Jornais - Lourenço Castanho - Tietê - Mostra Cultural 2012

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São Paulo, 27 de Outubro de 2012

Notícias da Lourenço Castanho:

Os alunos do 6º ano da Escola Nova Lourenço Castanho visitaram as principais cidades por onde o rio Tietê passa: Salesópolis, São Paulo, Salto e Barra Bonita, nos meses de agosto e setembro.

“É importante os alunos visitarem as partes do rio para saber como preservá-lo”, conta a professora de Geografia Alessandra Garcia. A primeira cidade visitada foi Salesópolis, local onde se encontra a nascente do rio, exatamente no Parque das Nascentes do Tietê. Stella Lacerda, 11, disse que o rio é muito diferente de São Paulo. Os alunos tiveram a oportunidade de beber a água diretamente do rio, que é retirada do lençol freático que abastece a nascente. A água é 100% limpa e potável, por isso o 6º ano pôde tomá-la. No final do mês de agosto, o 6º ano participou do Navega São Paulo, um projeto do governo para mostrar à população a realidade do Tietê. Os estudantes coletaram, com a ajuda do professor de Matemática, Rodrigo Guimarães, amostras de água do rio. O professor de Ciências, Fernando Nogueira, mediu o pH da água, cujo resultado foi pH neutro. “Acho que talvez, se nós nos conscientizarmos, podemos ajudar os outros”, comentou Caroline Al-Assal, 11. No dia 2 de setembro de 2012, foram iniciados os estudos em relação ao município de Salto e em relação à cidade de Barra Bonita. Em Salto, a escola visitou o Parque das Lavras, onde viram muitos tipos de granito, e ruínas de uma antiga usina hidrelétrica, que foi destruída por uma enchente do rio Tietê.

• Alunos seguem curso do Tietê em estudo Pág.01 • Canoeiros morrem em acidente em Salto. Pág.02 • Acidente no Rio Nilo provoca 4 mortes. Pág.02 • Alunos descobrem tietê em diferentes pontos. Pág.06 Em Barra Bonita, eles foram à Fazenda Água Sumida, que usa o nome como trocadilho, pois a Fazenda tem muita água. Os principais produtos cultivados pela Fazenda são o café e a cana-deaçúcar, esse último sendo o produto mais cultivado na região. Os alunos tiveram a chance de comer a cana produzida na fazenda, conhecer os destinos dela e os produtos que dela são derivados. Eles também foram ao cafezal da Fazenda, que tem aproximadamente cinco mil pés de café. A última coisa a ser realizada no local foi poder ver a margem do rio, na beira da fazenda. “Vi que aqui as margens do rio são bem preservadas”, disse Patrícia Bastos, 12, aluna do 6º ano C. O último espaço a ser visitado na cidade foi a famosa Eclusa de Barra Bonita, para que os estudantes pudessem saber detalhadamente como é o funcionamento de uma eclusa. Até o barco atingir o nivelamento de água demora de 12 a 15 minutos, e a largura (aproximadamente) do canal de passagem é de 12 metros. A diferença de nível entre a parte mais alta e a mais baixa do rio é de 26 metros, e o volume de água deslocado no processo é de 500.000 mil litros. “As mercadorias mais transportadas são soja, açúcar e milho. Acho que aqui é mais um ponto turístico de Barra Bonita”, relatou um trabalhador do barco. “A experiência foi marcante. Não vou esquecer”, disse Laura Alvares, 12.

Há na cidade um prédio de uma antiga fábrica, a Brasital, que também era uma usina hidrelétrica perto da famosa “Queda do Tietê”, para aproveitar o vapor e a força que a água produzia nas turbinas. A fábrica fechou em 1997 e em seu lugar agora funciona uma universidade. Direto de Salto, os estudantes foram para a cidade de Barra Bonita, que seria a última cidade do Estudo de Campo.

Capitão Ferreira Pág.03

Ivan Franco Pág.05

Antiga Brasital, Atual faculdade CEUNSP

Elisângela Maria Pág.07


Lá puderam apreciar a beleza natural da cidade de Salesópolis mas é claro que a queda d’água, que gera energia para cinco cidades, foi tirada da rota da competição por causa do perigo.

Três canoeiros que estavam na competição de canoagem do Rio Tietê sofreram um acidente na cachoeira que dá energia à cidade de Salto. Dois morreram e um ficou ferido. Ambos estavam brigando pelo 20° lugar quando foram surpreendidos pela cachoeira. O americano Wenn Donalben, 33, morreu batendo a cabeça na pedra junto com o inglês Jonh Ken, 37, que morreu afogado. O único que sobreviveu foi o carioca Leonardo Pereira, 30. Ele foi achado junto com os corpos de seus amigos ao lado da cachoeira pelo morador Felipe Sogayar, 40, trabalhador da usina hidrelétrica da cidade de Salto. Ele avisou os bombeiros do local e os corpos foram encaminhados para o necrotério e o sobrevivente foi levado ao hospital com ferimentos graves.

Quando passaram pelo trecho do rio Tietê em São Paulo interromperam um concurso de saltos ornamentais, para a irritação de João Pedro Boulos, 21, que estava quase ganhando a competição. “Não foi justo. Meu adversário tinha errado seu salto, se eu acertasse um salto simples eu era campeão. Agora a competição vai ser reiniciada”, disse ele. São Paulo é muito famosa por suas competições de esportes aquáticos, no rio Tietê. O rio em São Paulo é, além de famoso, muito importante para cidade. Depois de São Paulo vem a cidade de Salto, que agora está com manifestantes contra o concurso, pois sabem que aquela queda já matou vários bandeirantes, na época das monções. Os canoeiros iriam ainda passar pela cidade de Barra Bonita e Igaraçu do Tietê, na metade do caminho. Lá nas cidades, o rio Tietê é limpo e largo, o que facilita a viagem dos canoeiros. Depois teriam um longo caminho até a divisória do estado de Mato Grosso do Sul e São Paulo, no Rio Paraná (foz do Rio Tietê).

“Eu estava passando por lá quan-

do vi três canoas. Fui andando mais adiante e vi os três caras perto da margem boiando. Chamei os bombeiros do local e enquanto eles não chegavam, eu vi se algum estava consciente e vivo. Então consegui manter o Leonardo vivo até a chegada das ambulâncias”, disse Eric Kenishi, 34, jornalista que fazia uma matéria sobre a competição. Os canoeiros saíram da cidade de Salesópolis onde nasce o rio Tietê.

Canoeiros no rio Tietê

Ainda esperam ansiosos para descobrir quem vai ser campeão e se Leonardo

Pereira irá sobreviver.

“Já faz um tempo que sofri um grande acidente no Nilo, eu quase morri, se não fosse um colega que veio me ajudar... sou muito grato a ele.”, disse Anpu Amon, 40, escriba, em seu local de trabalho. Neste sábado, começou a entrar água em um barco que estava levando mercadorias para o centro do Egito. O barco, que contava com 5 comerciantes, começou a afundar e, como eles não sabiam nadar, se afogaram e 4 morreram. “Foi horrível, eu vi todos os meus colegas morrerem ali afogados, só consegui me

O acidente ocorreu no Alto Egito, na parte nobre. Vizinhos relatam que viram o acontecido, e que ele ocorreu ás 14 horas, horário em que muitos barcos navegam pelo rio, comercializando mercadorias, pescando, como meio de transporte e até para lazer pessoal.

salvar porque segurei em um pedaço de madeira e consegui chegar até a beira do rio”, disse Hathor Akins, 36, único sobrevivente, em sua casa, ainda um pouco traumatizado. O rio Nilo, situado no nordeste do continente africano, nasce a sul da linha do Equador e deságua no Mar Mediterrâneo, produz a maioria dos alimentos para a população, pois suas cheias anuais fertilizam os campos. O rio é um dos principais meios de transporte dos egípcios, o rio Nilo é considerado o centro do mundo, um rio Deus. Muitos outros barcos já sofreram acidentes no Nilo, por causa de sua má construção, buracos feitos por peixes, e até as aguas turbulentas do rio.

Pintura Rio Nilo


As eclusas do rio Tietê tem tamanhos parecidos e desníveis médios de 26 metros de altura, com capacidade para receber comboios de carga com até 137 metros de comprimento, 11 metros de largura e calado máximo de 2,50 m (Comboio padrão Tietê). Todo o processo de enchimento e esvaziamento é feito por gravidade (não requer motores de bombeamento) .

C.F.: Encontrei uma Carpa de 50 quilos. Alunos: Quais são os principais rios que você gosta de navegar? Por quê? C.F.: O rio Tietê, pois me apeguei muito a ele. Alunos: Como é sua relação com os outros capitães? Barco San Marino — Barra Bonita

Alunos: Há quanto tempo você trabalha como capitão do na-

C.F.: Nós temos uma politica que é o seguinte: “Com vizinho

vio? E como é seu trabalho?

não se brinca”

C.F.: Eu trabalho como Capitão do navio desde 1980 e meu

Alunos: Você tem tripulação?

trabalho é gratificante. Alunos: Você sempre navegou no rio Tietê, ou já navegou em

C.F.: Sim, um capitão sem tripulação não é nada.

outros rios?

Alunos: Você já teve outros barcos?

C.F.: Somente no rio Tietê, a trabalho, mas já naveguei em

C.F.: Já, pois comecei minha carreira como marinheiro.

outros rios a passeio. Alunos: Você gostaria de ter

Alunos: Você já teve algum

outro emprego?

problema no barco? C.F.: Eu tenho tudo que é

C.F.: Eu até tenho outras

máquina, dá problema, por

formações, mas este é o

mais que você cuide.

trabalho que eu mais gosto.

Alunos: Qual foi sua maior surpresa

enquanto

você

navegava?

Na foto acima o Capitão Ferreira

C.F.: Estava navegando com a minha tripulação e vi um defunto boiando na água. Alunos: Qual foi a maior distância que você já percorreu? C.F.: A parte de transporte, que sai São Simão – Goiás, que chega ao Anhembi ou Santa Maria da Serra. Alunos: Sua família concorda com o seu trabalho? Sim, pois a vida inteira eu fiz isso. (risos) C.F.: Alunos: Você já encontrou algum animal fora do normal no rio?

Barco San Rafael — Barra Bonita

Leonardo Pereira, Giovanna Aragão, Madalena Teles, Giulia Bonato.


Rio Tietê poluído em Salto

Águas do rio Tietê


Barcaça para transporte de cana-de-açúcar no rio Tietê

Alunos: Há quantos anos você está em Barra Bonita?

cana-de-açúcar?

I.F.B.M.: Há 20 anos (o entrevistado possui mais de 20 anos).

I.F.B.M.: Sim, muita cana-de-açúcar. Na área do município de Jaú eu levei muita cana. Eu prometi para a Usina para ela ficar competitiva, porque já fazem muitas usinas que não conseguiam crescer.

Alunos: Durante esse tempo ocorreram muitas mudanças no rio? I.F.B.M.: Sim, eu acho que duas principais: a qualidade da água e a conclusão da hidrovia Tietê-Paraná.

Alunos: A hidrovia ajuda na economia da cidade?

Alunos: Há quanto tempo você trabalha como diretor de turismo?

I.F.B.M.: Olha, sim, a hidrovia ajuda, mas na atividade de transporte não. Ela ajuda mais com a questão do turismo.

I.F.B.M.: Teve início em janeiro de 2009.

Alunos: Você acha que vem mais gente ver o rio ou por outros motivos?

Alunos: Como diretor de turismo você realiza alguma atividade econômica no rio Tietê? I.F.B.M.: Sim, sou proprietário da Marina da Barra.

Ivan Franco Barreiro Machado

Alunos: Quantas vezes ao dia, em média, você recebe turistas para ver o rio? I.F.B.M.: Eu mesmo não recebo, quem recebe é a Marina da Barra, agora no município normalmente nos finais de semana, tem passeios agendados de outras cidades que organizam viagens para cá, diretamente com a companhia de navegação, e também as crianças durante o horário de escola, que vêm fazer passeios aqui. Alunos: Quando as pessoas chegam aqui elas acham que o rio é poluído como em São Paulo? I.F.B.M.: É engraçado, porque o nome Tietê já espanta muita gente, porque acham que vão chegar aqui e vão ver tudo poluído. O outro problema é que quando chegam aqui falam “Esse é o Tietê?”, e acham que vai daqui para São Paulo, mas na verdade ele vem de São Paulo. Então é isso que acontece por causa da reação das pessoas. Alunos: Eles acham isso porque aqui o rio é limpo e lá é sujo. I.F.B.M.: É, é isso. Alunos: A hidrovia é mais usada para transportar mercadorias ou para o turismo? I.F.B.M.: Bom, mercadorias. Ele vem com soja, e passa por aqui para ir para o Porto de Santos. Alunos: A gente viu hoje cana-de-açúcar na fazenda. Vem muita

I.F.B.M.: Elas vêm mais pela Eclusa, se tivesse só o rio sem a eclusa acredito que não teria muito movimento não. Alunos: Então tudo é comandado pelo rio?

I.F.B.M.: Sim, mas o maior ponto turístico não é o rio, é mesmo a eclusa. Alunos: A economia da cidade é sustentada pelo turismo? I.F.B.M.: Não, de jeito nenhum, o turismo ainda é um braço muito pequeno e muito acanhado ainda. Tem muito que desenvolver o turismo na cidade. Têm que aprender muita coisa. A principal atividade do munícipio é o setor aí, suco, suco energético, né? É... agregado à indústria. A Usina da Barra, é a maior usina de açúcar do mundo, produz energia elétrica, produz também cana-de-açúcar. Essa é a principal razão pela qual a economia da cidade é sustentada Alunos: Algumas atividades domésticas, como lavar roupa e tomar banho utilizam a água do rio? I.F.B.M.: Não, infelizmente não, quer dizer, esse é um problema que tem que ser resolvido num futuro não muito distante. Toda a água de Barra Bonita que é consumida nas residências é do Aquífero Guarani. Eu acho que vocês não sabem que... Alunos: O Aquífero Guarani é a maior reserva de água doce subterrânea no mundo. I.F.B.M.: Isso mesmo.

Felipe Sogayar, Giovanna Caridá, João P. Bispo e Raquel Gil.


O Parque das Nascentes do Tietê é um Local tombado pelo Patrimônio Histórico. Onde conheceremos as nascentes do Tietê, rio que nasce no reverso da Serra do Mar e corre contra o mar, cortando o Estado de São Paulo todo. Conhecido como Rio dos Bandeirantes, ele foi e é muito importante para o desenvolvimento do nosso Estado e País.

Os alunos da escola Lourenço Castanho visitaram os pontos principais do rio Tietê. Começando por Salesópolis, visitaram a nascente. Todos ficaram impressionados com a paisagem tão diferente da que estão acostumados. Marina Zarzur, 11, comenta: “Nunca

pensei que a nascente fosse ser assim, pensei que fosse bem mais poluído”. Com muita mata ciliar, mata preservada e pedras ao redor. Parque Nascentes do Tietê

Após terem visto a nascente foram visitar a Usina Parque. Lá viram como a usina funcionava antigamente e que atualmente fornece energia a um terço da cidade. Subindo ao topo da Usina Parque viram a margem de uma represa com uma paisagem magnífica. Conseguiram visualizar muito bem a usina, e conhecer mais a

A Marinha do Brasil instalou-se em Barra Bonita em 1973, o atual terreno foi doado pelo município em 1985. A Capitania Fluvial do Tietê-Paraná foi criada em 1995 e tem como objetivo o propósito de contribuir para a orientação, coordenação e controle das atividades relativas à Marinha Mercante, segurança da navegação, defesa nacional, salvaguarda da vida humana e prevenção da poluição hídrica, na sua área de jurisdição.

cidade de Salesópolis.

Os alunos foram pra Barra Bonita e perceberam que lá havia

Ao contrário de Salesópolis, São Paulo é a parte do Tietê que

um grande desnível no rio. Para poder ir para o nível mais alto do rio,

é muito poluída. Com

eles tinham que utilizar a eclu-

esgoto, lixo doméstico,

sa de Barra Bonita. Subindo a

lixo hospitalar e lixo indus-

parte mais alta do rio, viram

trial deixando o rio conta-

muita vegetação e canaviais.

minado e poluído. Eles

Fizeram um passeio de barco

ficaram

impressionados

e desceram para a parte mais

com a grande diferença.

baixa do rio após verem o

Juliana Castro, 11, disse

funcionamento da eclusa. “Eu

que comparando Salesó-

achei muito legal, e inteligente

polis e São Paulo fica

o funcionamento da eclusa”,

impressionada

afirma Felipe Sogayar, 11.

com

a

grande diferença e que quer ajudar a mudar. De tanto lixo jogado, o rio não

Usina Parque de Salesópolis

tem mais oxigênio.

A construção da eclusa de Barra Bonita começou em 1962 e sua inauguração foi em 1973, levando aproximadamente 11 anos para ficar pronta. Possui 25 metros de desnível e o tempo de eclusagem leva doze minutos para subir e descer. Tem importante poder econômico por viabilizar a Hidrovia Tietê-Paraná. Foi a primeira eclusa a ser explorada turisticamente no Estado de são Paulo. É a atração turística mais procurada em Barra Bonita pelos turistas do Brasil inteiro.

Eclusa de Barra Bonita


M.F.: A gente costuma procurar com cultura visual, um dos princípios do projeto é esse e também um trabalho com um tema transversal de ambientes e consumo consciente, então essa relação com o meio, essa leitura visual, essa ampliação da leitura visual é um principio do projeto, sempre a gente tenta trabalhar com essa relação do entorno imediato que é o bairro, ou dali para o bairro deles, pra casa deles, pra cidade deles, microrregião, macrorregião, país, mundo, a gente tá sempre trabalhando nesses eixos.

Alunos: Nosso professor tinha falado com a gente, que o seu projeto envolvia apenas crianças carentes, então nossas perguntas serão voltadas mais as crianças carentes. Vocês trabalham em uma região mais vulnerável, socialmente. Então, quando vocês vão para lá, vocês levam um grande grupo de pessoas para ajudar ?

Alunos: O nosso professor nos informou previamente que você trabalha com projetos sociais. M.F.: É um projeto de responsabilidade social, um projeto social. É um projeto aberto não só a crianças carentes, ele é para todos que queiram participar. A gente tem de crianças de 6 a 17 anos de Barra Bonita e de Igaraçu do Tietê.

Alunos: Vocês trabalham apenas com crianças e jovens ou os adultos que quiserem também podem participar? M.F.: Também, a gente tem digamos assim, dois eixos no projeto um que se chama Cultura e Desenvolvimento Humano que é para crianças e adolescentes, e o eixo Desenvolvimento Local que eu sou coordenadora. Nesse eixo a gente trabalha com a família das crianças e com os adultos que estiverem interessados. Para esses adultos a gente estimula o trabalho em redes sociais, por exemplo, a gente forma grupos, associações, cooperativas e também trabalha com estímulo à geração de renda, sempre baseado nas redes culturais. Temos grupos de artesanato. Tem um grupo, hoje em dia, que se transformou na Oficina Mania de Arte. Eles começaram com um grupo de customização e costura e hoje tem até blog na internet. Eles estão vendendo os produtos. Tá no começo da profissionalização, mas esse é um exemplo do trabalho que a gente faz.

Alunos: O que você mais gosta na cidade de Barra Bonita? M.F.: Eu gosto da paisagem. Na primavera e no verão fica muito lindo.

Alunos: Nesse projeto de vocês, por exemplo, vocês fazem interação dos participantes do projeto com a natureza. Esses participantes gostam disso? M.F.: Sim. A casa de Cultura e Cidadania tá num projeto que é na área rural da cidade. Ela fica a 7 quilômetros do centro e a 6 quilômetros do último bairro da cidade, sentido Jaú, e ali tem muitas características de bairro rural: muito mato, muito passarinho, estrada de terra ainda porque é um dos bairros mais vulneráveis da cidade. Ele carece de estrutura, não tem asfalto, a rede de água e esgoto precisa de um melhoramento. Mas não é por isso que ele é rural, ele tem características rurais, ele também tem essa infraestrutura que precisa de melhoramentos, e a gente, em nosso projeto, oferece linguagem artística às crianças: circo, teatro, música, dança, artes visuais e artes digitais.

M.F.: Então, a gente trabalha com 856 crianças, só que elas se dividem por idade e vão 2 dias por semana e no período oposto ao período da escola. A turma de 6 a 8 anos vai de segunda e sexta, a de 9 a 12 anos vai de terça e quinta e, a de 13 a 17 anos vai junto com o de 6 a 8, então são dois períodos que tem mais ou menos 230 por período, e são divididos em salas de linguagem, cada um pode fazer duas linguagens, então uma sala tem uns 30 alunos mais ou menos, aí a gente faz muita pesquisa de campo, por exemplo, o Rio Tietê é um tema sempre abordado, ele tá aqui, a água é muito presente, a gente já teve trabalhos sobre o que a água significa para o ser humano e essa relação toda dessa água com o corpo, eu não estou nas salas diretamente mas a gente como coordenadora ali, sempre sabe o que está acontecendo, por exemplo, os educadores de teatro, eles têm uma pesquisa aprofundada sobre o Tietê, as comunidades ribeirinhas, a gente tem antigamente a lenda do minhocão, que é uma cobra grande que habitava o rio e virava as embarcações. “É muito legal esse trabalho que você faz com essas crianças, por-

que nessa escola eles não gastam nada e ganham em troca a felicidade”. – Luca M.F.: É, é tudo gratuito, e ele não está voltado apenas a crianças carentes, mas na verdade, no Brasil como um todo a gente tem essa necessidade de muita mais estrutura, muito mais arte, muito mais educação. A Casa de Cultura oferece um ensino de qualidade. Por aulas, um saldo de arte-educadores que são renomados atualmente no Brasil, Samuel Ker, Anamei Barbosa, Karem Miller do teatro, então esses arte-educadores vêm aqui e passam atividades para depois nossos professores fazerem com as crianças, esse serviço seria muito caro, seria um serviço particular. Mesmo a cidade de Barra Bonita tendo dinheiro, a gente não tem acesso a isso, o projeto se destaca justamente por isso, a gente fez um levantamento de renda nessa região e escolheu para implantar o projeto justamente aqui, e todas as pesquisas a gente tentou fazer conforme a cultura do local.

Alunos: Então vocês também mostram para as crianças a cultura do local? M.F.: Na verdade eu acho que a gente realça essa relação. Como a gente ama o lugar que a gente vive, a gente sempre tenta se desenvolver nele e pra ele, ajudando, né.

Alunos: Quanto tempo vocês estão nesse projeto? M.F.: Há quatro anos. Eu estou desde o início. Desde Julho de 2008.

Alunos: Você deve se sentir muito feliz fazendo isso com crianças, não é?


M.F.: Sim, eu gosto bastante.

Alunos: O Tietê tem alguma relação com o seu dia a dia?

Alunos: Você tem filhos?

M.F.: Eu acho que sempre foi mais relacionado ao lazer mesmo, que é uma parte importante da nossa vida, para a gente se sentir bem e eu sempre tive essa relação bem próxima assim, com amigos. A gente sempre ia nas prainhas de rio. Minha família tinha rancho às margens do rio. Então, minha infância e adolescência toda, eu passei brincando. Até minhas cachorras pulavam na água. A gente pescava: nem sabia direito, mas ia lá e pescava, sempre brincando.

Não, eu não tenho. Até porque não dá tempo, tem trabalho de manhã, à tarde e à noite. (risos)

Alunos: O que em sua profissão mais envolve o Rio Tietê? M.F.: Atualmente, eu acho, que nessa relação cultural, de eu entender que a cidade se constituiu em função dele. O bairro que a gente está é o primeiro bairro da cidade, ele surgiu com relação ao surgimento das linhas férreas no estado. Era um entroncamento do centro -oeste paulista. Com a desativação das linhas férreas, a comunidade veio para mais perto do rio, por conta da pesca, pelo desenvolvimento turístico, então eu acho que assim, ele é importante para o turismo, e eu tenho como meta desenvolver a parte turística da cidade, e auxiliar as pessoas que estão entrando no mercado de trabalho, então atualmente tem tudo a ver.

Alunos: Você sabe quantas pessoas aproximadamente vêm para Barra Bonita por ano? M.F.: Não, isso eu não sei te dizer (risos).

Alunos: As crianças gostam dessas atividades de relação com o Rio Tietê? M.F.: Gostam, gostam bastante, inclusive elas começam a fazer até conexões que não faziam antes, de que estão relacionadas com o lugar, e que o desenvolvimento é feito através do rio, que essas lendas que os avós contam começam a fazer sentido para eles, tem tudo haver com um melhor desenvolvimento.

Alunos: Você vê uma grande diferença de como o rio era antigamente para como ele é agora? M.F.: Sim, ele é bem mais poluído agora, tem menos peixes, mudou muito o tipo de peixe, antigamente tinha muito Lambari, atualmente tinha muita Tilápia, e eu acho que a Tilápia não é natural do rio, e ele tem ficado mais sujo, mais mal cheiroso. M.F.: Lenda Do Minhocão M.F.: Conta-se a lenda que na época da piracema, muitos pescadores teimavam em pescar, e ai, nessa época o Minhocão surgia para proteger as águas do Rio Tietê. Contava-se a lenda que um minhocão muito grande com aproximadamente 40 metros, habitava embaixo da ponte, e ai ele atacava as embarcações, se enrola, nas embarcações e quebrava elas, ai alguns pescadores acabavam até morrendo, teve até uma época que falavam que as águas do Rio Tietê ficavam até vermelhas de sangue que era derramado, e ai de uma certa forma essa lenda deixava os pescadores com medo e ai eles decidiam parar de pescar na época de Piracema, o Minhocão era o protetor do Rio Tietê. Cassiano Ramacciotti, Laura Arruda, Luca Natel e Thatiane Doni.


São Paulo, 27 de Outubro de 2012

Notícias da Lourenço Castanho: • Alunos descobrem tietê em diferentes pontos Pág.01 • Dois competidores se chocam no meio de competição. Pág.02 • Mesopotâmicos criam novos recursos hídricos. Pág.02 • Tietê muda ao longo do Estado de São Paulo. Pág.06 Os alunos da escola Lourenço Castanho visitaram os pontos principais do rio Tietê. Começando por Salesópolis, visitaram a nascente. Todos ficaram impressionados com a paisagem tão diferente da que estão acostumados. Marina Zarzur, 11, comenta: “Nunca pensei que a

nascente fosse ser assim, pensei que fosse bem mais poluído”. Com muita mata ciliar, mata preservada

Em Salto, pelas quedas d’água, o Tietê já tem mais oxigênio, mas ainda contaminado por produtos químicos, e outros contaminantes. Com muita espuma devido ao grande excesso de detergente, o rio ainda é usado para fornecer energia para a cidade. “Achei muito legal e

interessante o rio neste ponto, mas fiquei surpreso com tanta espuma”, disse João Paulo Chofi, 11.

e pedras ao redor. Após terem visto a

Usina parque de Salesópolis

nascente

foram

visitar

Usina

a

Parque. Lá viram como

a

usina

funcionava antigamente e que atualmente fornece energia a um terço da cidade. Subindo ao topo da Usina Parque viram a margem de uma represa com uma paisagem magnífica. Conseguiram visualizar muito bem a usina, e conhecer mais a cidade de Salesópolis.

Saída da eclusa de Barra Bonita

Os alunos foram pra Barra Bonita e perceberam que lá havia

Ao contrário de Salesópolis, São Paulo é a parte do Tietê que é

um grande desnível no rio. Para poder ir para o nível mais alto do rio,

muito poluída. Com esgoto, lixo doméstico, lixo hospitalar e lixo industrial

eles tinham que utilizar a eclusa de Barra Bonita. Subindo a parte mais

deixando o rio contaminado e poluído. Eles ficaram impressionados com

alta do rio, viram muita vegetação e canaviais. Fizeram um passeio de

a grande diferença. Juliana Castro, 11, disse que comparando Salesópo-

barco e desceram para a parte mais baixa do rio após verem o funcio-

lis e São Paulo fica impressionada com a grande diferença e que quer

namento da eclusa. “Eu achei muito legal, e inteligente o funcionamento

ajudar a mudar. De tanto lixo jogado, o rio não tem mais oxigênio.

da eclusa”, afirma Felipe Sogayar, 11.

Patrícia e Yago Pág.03

Mariana e Fernanda Pág.05

Daniel Constantino Pág.07


A família do desaparecido Martins Soares está preocupada e muito triste. “Sonho com ele toda noite, tomara que o achem logo” disse sua filha Letícia, 8.

“Ficamos muito felizes em saber que o meu filho José está Dois competidores estavam no meio de um torneio de regata, no rio Tietê, São Paulo, quando um deles faz a curva muito fechada e

bem”, “Graças a deus meu irmão está vivo.” são comentários de pessoas da família do competidor José Marcos Amado.

provoca um choque. Os dois barcos afundam, mas apenas um consegue nadar até a margem, o outro ainda está desaparecido.

Curiosidades:

Na tarde de ontem dois dos 11 competidores do torneio de regata, no rio Tietê, se chocam e afundam, um deles conseguiu atingir a

Os clubes de remo surgiram em 1899, e foram muito impor-

margem, mas o outro afundou e desapareceu. Os policiais ainda estão

tantes para o desenvolvimento das cidades, na forma de lazer e de

procurando vestígios do homem desapare-

turismo.

cido.

Nas margens do Rio Tietê eram Outros competidores afirmaram ter

feitos piqueniques e passeios de barco.

ouvido gritos logo após o acidente, mas os

Um restaurante até começou a promover

bombeiros acharam ser impressão dos

passeios de barco aos domingos.

competidores.

O sucesso foi grande, e acabou motivando um grupo de homens a investir

“Por mais que tentamos, não conseguimos achar nenhum vestígio do competidor, só achamos pedaços do barco.” disse o chefe dos bombeiros, José Carlos Kenichi, 33.

Organizadores ajudando o competidor José Amado a se recuperar do choque.

na ideia de montar um clube de remo e de canoagem.

juntamente com o Rio Tigre. Ontem novos canais de irrigação foram instalados no rio Tigre, facilitando a agricultura para deixar o solo fértil tanto nas margens do rio quanto longe delas. O rio Tigre ou Tígris (em árabe ,‫ دجلة‬ijla, em turco: Dicle; na Bíblia Hideki) é o mais oriental dos dois grandes rios que delineiam a Mesopotâmia, junto com o Eufrates, que corre desde as montanhas de Anatólia através do Iraque. Os novos canais de irrigação e barragens deixaram fazendeiros contentes ao longo do rio Tigre. “Fiquei muito feliz com os novos canais, agora a minha família pode comer como nunca, estou muito feliz, meus animais poderão crescer prosperamente”, disse um fazen-

Ontem foram feitas novas rotas comerciais ao longo do Eufrates, e a nova linha de barcos comerciais foi lançada recentemente facilitando o comércio. “Não acredito, essas rotas são maravilhosas, eu comprei recentemente um novo barco esplendidamente bom, o comércio ficou mais fácil e acessível, consigo trabalhar mais tempo e com mais tranquilidade”, relatou Reish, um comerciante local. Os novos barcos não só servem para comércio como servem para transporte de mercadorias e de pessoas. Eles não só servirão para comércio como também com fins de guerra através dos rios.

deiro contente. “Acho que foi uma grande ideia”, disse Nabucodonosor 2º. Cálculos dizem que, com as novas barragens, cada fazendeiro irá produzir por volta de 1 tonelada de alimentos por ano. Foram inventadas melhores rotas no Eufrates e, com os novos barcos, o comércio ficou mais acessível. O rio Eufrates é importante para a comunidade. Seu nome é tradicional, em aramaico Frota/Fran, Persa antigo Furta, em árabe ‫نهر‬ ,‫الفرات‬e em turco Fırat), é um dos rios que forma a nossa Mesopotâmia

Novos Canais na fazenda belo tigre


essa tranquilidade que se você sentar na beira do rio é muito tranquilo, e também o clima daqui é bem melhor que o clima de uma cidade movimentada e grande.

Alunos: Por que você resolveu seguir esta profissão? P.: Então eu sou formada em artes cênicas. Na verdade eu sempre gostei desta questão da arte de estar envolvida com artes e com projetos sociais. Por isso resolvi seguir esta profissão, e eu adoro.

Alunos: Há quanto tempo você conhece o rio? P.: Eu tenho 27 anos, moro aqui em Igaraçu do Tietê, e conheço o rio

Alunos: Tem algum projeto no seu trabalho que tenha a ver com o rio Tietê?

desde que nasci, e eu sempre frequentei o rio. Durante 3 meses a

Y.: Sim, uma vez nos fomos para a hidroelétrica da aqui de barra bonita

minha família teve um restaurante na beira do rio, então eu sempre

para mostrar para os alunos, como que é produzida a energia e para

frequentava por ali.

mostrar também, essa movimentação, e depois nos fizemos um traba-

Y.: Eu também moro aqui desde que nasci eu tenho 18 anos e fre-

lho imitando, essa movimentação.

quento o rio desde pequeno.

Alunos: Como é o seu dia-a-dia?

Alunos: De 0 a 10 que nota você daria para o estado do rio?

P.: Eu trabalho bastante, e o tempo que eu estou trabalhando eu estou

P.Y.: Hoje eu daria uns sete, por que eu acho que ainda falta um olhar um pouco maior da comunidade, em valorizar um pouco mais o rio. É um lugar muito bonito só que eu acho que se o povo tivesse mais um

totalmente ligada nos meus alunos, eu tenho uma relação muito forte com eles. Y.: Eu trabalho também, o dia todo trabalho muito e quando estou no

pouco de conscientização, ele

trabalho eu aproveito muito, só

poderia ser mais bonito.

que minha rotina é muito corrida, pois à noite eu ainda vou pra

Alunos: Você conhece alguma

escola.

história do rio?

Alunos: Se você pudesse esco-

P.Y.: Nós conhecemos várias!

lher outro trabalho qual seria?

Por que na escola onde trabalhamos fizemos um trabalho

P.Y.: Não escolheria outro traba-

sobre lendas do Tietê uma que

conhecemos

é

a

Os entrevistados Patrícia e Yago

do

lho, eu amo meu trabalho, é tipo o trabalho perfeito para mim, e quan-

“Minhocão”, que fala que tem um minhocão vermelho que habita as

do eu faço alguma coisa, eu estou sempre aprendendo coisas novas, e

águas do rio, e a sua função é deter as embarcações que insistem em

eu não me vejo em outro trabalho.

pescar em época que não é para pescar.

Alunos: O que você acha que atrai os turistas para Barra Bonita e Igaraçu do Tietê? P.Y.: Eu acho que o que atrai pessoas para Barra Bonita e Igaraçu do

Alunos: Você conhece algum trabalho da cidade que tenha a ver com o rio Tietê? P.Y.: Nós conhecemos só duas, a da estação de tratamento de esgoto utilizam as aguas do rio para a produção de energia, e a hidroelétrica.

Tietê, só que eu acho que atrai poucas... O turismo não é tão valorizado, mas tem o passeio de barco e também existe a tranquilidade, que geralmente as pessoas que vem pra cá procuram

Nicole Lopes, Giovanna Barreto, Felipe de Lucca e Raul Pinheiro.


Mata ciliar rio TietĂŞ

Mata ciliar do rioTietĂŞ


Alunos: Como as senhoras fazem para ajudar no projeto? M.F.: Trabalhando com as atividades sócias educativas.

Ponte Campos Sales — Barra Bonita

Alunos: O rio ajuda com o seu projeto? De que

tínhamos

jeito ou forma?

Hoje em dia não, porque

o

costume.

não é mais cem por cento

M.F.: Sim, além de ser

limpos.

um lazer para as crianças, todo domingo elas

Alunos: As crianças ficam

vão visitar a margem.

empolgadas com a ideia

Não podemos as deixar

de terem o rio limpo na

nadar porque não há

cidade?

segurança

se

algo

acontecer.

Fachada da entrada do Projeto.

Alunos: As senhoras mos-

M.F.: Com certeza, um dia fizemos uma atividade no rio, e eles adoraram .

tram ou falam para as crianças o quanto devemos cuidar do rio, e o quanto ele é importante para nós?

Alunos: As senhoras já levaram as crianças para a Eclusa de Barra Bonita? M.F.: Sim, mas no passado. Hoje não temos condições financeiras para levarmos as crianças. Não temos verba. Dependemos da caridade das pessoas. Temos cento e vinte crianças, então é difícil conseguirmos.

Alunos: O que as senhoras acham que mais traz turistas para a cidade? M.F.: O rio Tietê, com certeza, e o artesanato também Garça no rio Tietê

M.F.: Sempre! Principalmente nesse trabalho externo que eu falei.

Alunos: As senhoras já nadaram, ou têm costume de nadar no rio aqui em Barra Bonita? M.F.: Nadávamos, não mais. Quando éramos crianças

traz turistas para a cidade.

Alunos: O que te inspirou a ajudar as crianças? M.F.: Ajudar... Não seria ajudar, mas seria educadora, de transmitir o que a gente sabe, e a gente também aprende muito com eles. Stella Lacerda, Giulia Naddeo, Patrícia Bastos e João P. Cury.


Em Salesópolis nasce o Rio Tietê. A nascente está localizada no Parque Estadual das Nascentes do Rio Tietê. O nome Salesópolis, Salesópolis é uma palavra composta que quer dizer: Cidade de Sales. Foi uma homenagem ao Presidente da República, Dr. Manoel Ferraz de Campos Sales, quando da sua visita.

No dia 15 de agosto, os alunos do 6º ano da Escola Lourenço Castanho foram até Salesópolis – SP visitar a nascente do rio Tietê. “Eu achei o rio em Salesópolis muito mais limpo do que São Paulo”, disse o aluno Eric Kenichi, 12. A nascente do rio Tietê se encontra no “Parque das Nascentes” com sua água 100% limpa, numa altitude de 1027 m, na Serra do Mar, em meio à Mata Atlântica. Em São Paulo o rio é poluído, pois as pessoas começaram a

Nascente do rio Tietê

jogar lixos hospitalares, industriais, domésticos. Além disso, a população começou a jogar lixo na

Em setembro, nos dias 2, 3 e 4, os alunos

Marginal Tietê e, quando chove, o lixo todo vai

partiram para uma viagem mais longa: eles visita-

para o rio. Também tem pessoas que jogam lixo

ram Salto e Barra Bonita. Hospedaram-se no

diretamente no rio. Um outro poluente do rio é o

A Palavra “Tietê”, que em tupi-guarani

esgoto, pois existem esgotos em São Paulo que

quer dizer água boa, rio verdadeiro .

não passam pela ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) e vão diretamente para o rio. Há o esgoto que vai todo limpo para lá, mas quando chegam ao rio, se misturam com o esgoto que não foi tratado e com os outros lixos. O rio tem apenas 0,001% de oxigênio em suas águas.

“Eu acho que ele inala um cheiro horrível e acho que as pes-

hotel “Panorama Park”.

“Eu achei o rio muito poluído, mas não como em São Paulo”, comentou Felipe Sogayar, 11, logo após ter visitado a cidade de Salto, no dia 2/9, domingo. Salto se localiza a 114 Km de São Pau-

lo. O rio é poluído por conta dos detergentes jogados lá e por conta das quedas d’água, o detergente se mistura com a força da água caindo e forma muita espuma e tem pouco oxigênio. Em Barra Bonita, o rio não é tão sujo, mas também não é tão limpo quanto em Salesópolis, e a sua

soas deveriam se consci-

água é quase 90% limpa. Dá

entizar dos estragos que

para nadar, navegar, mas não

estão causando tanto ao

dá para beber. Pelo menos,

meio ambiente, quanto ao

tem oxigênio, então tem ani-

rio”, afirmou o aluno Cassi-

mais morando dentro dele e

ano Ramacciotti, 12. “Eu

também em suas margens.

fiquei meio assustada em

“Eu acho que depois de pas-

Salesópolis, porque é mui-

sar pela sujeira de São Paulo e

to diferente dos outros

Salto, foi um rio diferente”,

lugares”,

contou a aluna Laura Alvares,

contou

Giulia

Naddeo, 11.

Rio Tietê — Barra Bonita.

12.

Em meados do séc. 19 , começa a canalização de água em São Paulo, pela Cia Cantareira de Água e Esgoto. No final do século 19 começo do séc. 20 , era retirado barro do Tietê para a feitura de tijolos que construíam as casas e prédios na cidade de São Paulo, os tijolos eram armazenados nas margens. Como o crescimento da cidade é muito grande , se fez necessário que os reservatórios sejam construídos mais longe, as passagens de canos se torna cada vez maior. Em 1960 as jazidas de areia em São Paulo estão esgotadas, em 1969 , após a retificação, as marginais são inauguradas.

Marginal do Tietê ,São Paulo 1960


Rio tietê em Barra Bonita

Alunos: Qual é a sua profissão? Eu estudei para ser diretor de turismo.

Alunos: Qual a relação entre o seu trabalho e o rio? D.J.C.: Como eu sou diretor de turismo, é bom saber a história do rio O entrevistado Daniel Josué Constantino

e a da cidade, que também se interligam. Pois assim minhas explicações ficam mais ricas e interessantes e eu também aprendo mais

Alunos: Qual o seu nome completo? D.J.C.: O meu nome completo é Daniel Josué Constantino

sobre a cidade.

Alunos: Em sua opinião, qual a importância do rio para a cidade?

Alunos: Quantos anos você tem?

Se o rio não existisse a cidade estaria menos desenvolvida, pois os

D.J.C.: Eu tenho 23 anos

portugueses usaram o rio para adentrar e fundarem os municípios.

Alunos: Você mora na cidade há quanto tempo?

Alunos: Desde o tempo que você mora aqui, o rio apresentou mu-

D.J.C.: Eu moro há nove anos na cidade.

danças? Quais?

Alunos: Qual é a sua profissão?

D.J.C.: Sim, pois a turbidez e os objetos não orgânicos diminuíram,

D.J.C.: Eu estudei para ser diretor de turismo.

Alunos: Nesses nove anos, você trabalhava com turismo? D.J.C.: Não, só por seis anos, nos outros três eu trabalhava na área ambiental de outras regiões do Brasil.

mas a poluição continua a vir de outras cidades, o que deixa aqui malcheiroso. Fora isso ainda tem que melhorar a condição do rio.

Alunos: O rio transmite alguma doença? Quais? D.J.C.: Sim, de todos os tipos, mas a principal é Leptospirose, uma bactéria que é causada por roedores. As doenças fazem mal à parte

Alunos: Você é casado?

interna, causam cólera e outros problemas.

D.J.C.: Não.

Alunos: Quais os transportes mais usados na cidade?

Alunos: O que você faz nas horas vagas?

D.J.C.: Os transportes mais utilizados são carros, motos, caminhões,

D.J.C.: Estudo e pratico esportes radicais como saltar de paraque-

ônibus,...

das, fazer escalada, etc...

Alunos: Quais deles poluem o rio?

Alunos: Você estuda o que?

D.J.C.: Nenhum deles. O que polui são os afluentes sujos.

D.J.C.: Eu estudo biologia e geologia.

Rio Tietê Poluído Hidrelétrica em Barra Bonita

Caroline Al-Assal, Eric Kenichi, Helena Spinelli e Guilherme Giannubilo .


Gato Maracajá — Leopardus wiedii


São Paulo, 27 de Outubro de 2012

Notícias da Lourenço Castanho: • Alunos realizam estudo do meio e

Alunos do colégio Lourenço Castanho visitam o Rio Tietê em quatro lugares: Salesópolis, São Paulo, Salto e Barra Bonita .

visitam o Rio Tietê. Pág.01 • Primeiros modelos de barco afundam em teste. Pág.02 • Primeiros modelos de barco afundam em teste. Pág.02 • Enchente destrói máquinas e deixa Salto sem energia. Pág.06

Alunos do 6º ano do Colégio Lourenço Castanho, fundamental

ventando muito, mas estava muito sol. O capitão do barco, Arnoldo

ll, visitaram o Rio Tietê em Salesópolis, São Paulo, Salto e Barra Bonita

Pereira, falou que achou muito interessante a escola fazer isso com os

nos dias 1, 2, 3 e 4 de setembro.

alunos.

No dia 2 de setembro, visitaram a nascente do Rio Tietê. Ao

Depois de um tempo, os alunos cumpriram a última etapa do

verem a nascente, apreciaram a água limpa do lugar. A monitora do

estudo do meio, São Paulo. Fizeram uma navegação em São Paulo, no

parque falou que eles foram uma turma muito educada e que realizaram

Rio Tietê muito poluído com lixos recicláveis, tóxicos, hospitalares e

o estudo do meio muito bem em sua primeira parte.

esgoto. Esta etapa para eles foi a pior, por causa do mau cheiro, do esgoto e da água. “O cheiro era péssimo, não aguentava mais ficar

George Henrique Djehdian, 12, estudante falou que não podia acreditar que era o Rio Tietê, pois era muito limpo comparado a São Paulo.

naquele barco, estava quase vomitando de nojo do cheiro e de ver a água suja”, falou Luiza Sarquis, 11, estudante. De volta à escola Lourenço Castanho, já visto o Tietê em todos

No dia 3, visitaram Salto. Havia muitas espumas, pois os deter-

os seus lugares, os alunos refletiram que tinham que mudar suas atitu-

gentes jogados no rio em Salto vão se misturando com a água e confor-

des em relação ao rio. A viagem rendeu bem para o estudo de meio

me as quedas d’água, os detergentes formam as espumas e deixam a

conscientizando os alunos. Decidiram que iam mudar sua postura e

água muito ácida, mas também é contaminada por lixos recicláveis e

ajudar o rio.

outros. “A espuma parece de banho, e água aqui é estranha. Tem pe-

dras e árvores em volta do rio e muitas quedas de água”, disse Maria Ester Castro, 11, aluna. No último dia, foram para o rio em Barra Bonita, onde era 92% limpo. Fizeram uma navegação pelo Rio Tietê até a eclusa e voltaram. Os alunos acharam muito interessante a ideia da eclusa, pois foi um aprendizado novo para eles. Thiago Velloso, 11, estudante, falou que a esclusa demorou um pouco mas foi muito bom e que no dia estava

Elisangela, Yago e Patrícia Pág.05

Daniel José Constantino Pág.03

Rio Tietê em São Paulo

Nilcéia Alves Pág.07


Um grupo de senhores e senhoras do asilo de São Januário visitaram as eliminatórias do Campeonato Paulista de Canoagem no Rio Tietê em São Paulo. Competidores realizando a prova durante campeonato paulista de Remo

Ontem durante a tarde, o Rio Tietê recebeu o CPC (Campeonato Paulista de Canoagem) e um público inesperado: mais

O rio Tietê nasce na cidade de Salesópolis, a 22 km do

de 100 pessoas acima de 60 anos do asilo São Januário que fica em

litoral e por conta disso, tem apelido de “rio contrário” porque, ao invés

Cotia – SP. “Vim aqui relembrar os meus tempos de criança, nesse

de desaguar no mar, como um rio comum, atravessa o estado de

rio tão adorável e limpinho. Lembro

São Paulo inteiro para chegar

que participava de campeonatos de

até sua foz, no rio Paraná, tendo

natação e canoagem representando

em

o clube Esperia”, disse Afonso Car-

1 010 km.

doso, 67, aposentado.

conta

aproximadamente

Uma das outras im-

Após o encerramento da

portantes cidades por onde o

competição, que teve 7 participantes

Tietê passa é Salto, cidade loca-

eliminados, um dos vencedores

lizada a 104 km de São Paulo. É

comentou que seria muito interes-

muito conhecido por suas que-

sante que essa competição perpetuasse para seus futuros netos e bis-

das d’água, que são fundamenCompetidores do clube de regatas Tietê

netos terem essa mesma oportunidade, de conhecer esse magnífico rio da nascente em Salesópolis à foz..

tais para a produção de energia da cidade. A principal empresa

de fornecimento de energia e outros produtos se chama Brasital.

Ontem, o primeiro modelo de barco foi finalizado e testado no rio Tigre, porém o teste não teve um bom resultado. Duas pessoas que acompanhavam o barco foram afogadas pela correnteza, que fez o barco virar. Felizmente uma das pessoas sobreviveu, pois nadou até uma cidade-estado, a outra perdeu a vida, pois a madeira do barco bateu em sua cabeça e a abriu.

“Minha experiência na natação me ajudou naquele momento de vida ou morte”, comentou o sobrevivente, Homuralli Atsuguen, 47.

Barco do teste - foto tirada antes do acidente

Os habitantes da região mesopotâmica acreditam que os deuses agem como seres humanos, fazem coisas ruins e boas, então eles oferecem alimentos de seus plantios para os imperadores que

De acordo com os especialistas, houve um erro gravíssimo na

sobem em um Zigurate (torre alta que possibilita a comunicação entre

embarcação, o casco não era resistente o suficiente para aguentar a

imperadores e deuses segundo quem acredita) e rezam, oferecendo

força das águas e, se estivessem em transporte de mercadorias, o aci-

o alimento do povo. Os habitantes também usavam amuletos para se

dente traria mais prejuízos e até mais mortes.

proteger do mal que poderia ser feito pelos deuses.

Segundo Homuralli, as plantações das margens serviram de

O rio Tigre tem 1900 km de extensão, nasce nos montes Tau-

abrigo provisório durante três dias. “Pensei nos alimentos que meu com-

rus da Turquia oriental e corre geralmente para sudeste até unir-se ao

panheiro não ofereceu ao imperador e ao deus Absu (deus das águas).

rio Eufrates, seu rio irmão, que juntos formam o canal de Shatt al-Arab,

Isso deve ter causado sua morte”, explicou. Passados os três dias, recu-

que deságua no sul do Iraque e seu meio dá origem à região meso-

perou suas forças e conseguiu alcançar a cidade-estado Uruk.

potâmica e às cidades-estados.


Rio Tietê em Salto — Espuma formada pelo excesso de poluição

que são os principais atrativos da cidade, mas financeiramente em

Alunos: Desde quando a cidade de Salto foi fundada até hoje em dia,

outras partes não.

quais foram as mudanças ocorridas com o rio?

Alunos: Você tem alguma hipótese para limpar a parte do Rio Tietê

D.J.C.: Com o rio a mudança foi a poluição, são mais ou menos ses-

que está em São Paulo?

senta anos de pura sujeira e degradação dentro do Rio Tietê na cidade

D.J.C.: Trabalho, muito trabalho com os governos, ONGS ambientais,

de São Paulo e aqui também no estado de São Paulo.

com o próprio governador, prefeito de São Paulo, são caras que tem

Alunos: O rio influencia no seu trabalho e no seu dia a dia?

que se mexer para cuidar da natureza, coisas que não pertencem a

D.J.C.: influencia às vezes, o cheiro, o calor que faz acaba atrapalhando por causa que as pessoas acabam passando mal com esse mau cheiro, fora a sujeira.

eles mas que eles destruíram, se isso for feito junto com as cidades que despejam seus esgotos no rio, dentro de trinta anos temos um rio melhor.

Alunos: Você já fez alguma campanha ou protesto para limpar a parte

Alunos: As pessoas de Salto utilizam o rio?

do rio Tiete que está em Salto?

D.J.C.: Não, por causa da sujeira. Tem algumas pessoas corajosas que pescam no rio, só que os peixes estão contaminados.

D.J.C.: Fizemos um protesto na estrada de Cabreúva, quando reinventaram de construir três Usinas Hidrelétricas lá,

Alunos: Em sua opinião, a parte do Rio Tietê

iam desmatar áreas de Mata Atlântica, mas as

que está em Salto é limpa ou suja? Dê uma

três cidades fizeram baixo assinado, Salto, Itu e

nota de 0 a 10.

Cabreúva e por fim deu certo.

D.J.C.: Suja, a qualidade da água ultimamente

Alunos: Os turistas visitam Salto somente por

tem melhorado em torno de 4,5 a 5,0.

causa do rio? Ou tem outro ponto turístico?

Alunos: Quando você era criança, você tinha o

D.J.C.: São vários pontos turísticos dentro da

mesmo cuidado com o rio, como hoje em dia?

cidade, o Parque de Lavras, o Monumento da

D.J.C.: Eu só fui conhecer esse rio há nove

Na foto acima o entrevistado Daniel José Constantino

Padroeira, o Memorial do Rio Tietê, o Museu da

anos, mas em todo lugar que sempre estive

Cidade de Salto, o Parque do Lago e a Igreja

perto de um rio, sempre cuidei.

Matriz do Monte Serra que fica de frente com a

Alunos: Se o rio estivesse totalmente poluído, no que ele prejudicaria a

antiga Brasital.

cidade? ID.J.C.: ria dificultar cada vez mais a vinda de turistas para cá se ele fosse vezes mais poluído do que é em São Paulo atualmente.

Alunos: O rio ajuda economicamente a cidade de Salto? D.J.C.: Turisticamente, sim, devido à cachoeira e à ponte Pênsil,

Rio Tietê em Salto — São Paulo

Charbel Pery Khoury , Luiza Yunes Sarquis, Clara Helena Do Valle.


Mata Atlântica

Bicho Preguiça


era fonte de irrigação? E.Y.P.: Não, mas a cana-de açúcar normalmente utiliza o rio como fonte de irrigação.

Alunos: Você já quis fazer outro trabalho? E.Y.P.: Sim, cinema. Mas agora prefiro teatro. – Patrícia e Yago.

Alunos: Qual é a principal qualidade do projeto?

Alunos: A água do rio Tietê é utilizada no projeto social?

E.Y.P.: As transformações que o projeto faz nas vidas

E.Y.P.: Não.

das pessoas.

Alunos: Fora do projeto

Alunos: Vocês fazem

vocês utiliza a água do

uma apresentação

rio Tietê?

no final do ano?

E.Y.P.: Sim, já nadei no

E.Y.P.: Sim, nós faze-

rio Tietê, e a maioria das

mos.

pessoas vão a uma escola de caiaque para

Alunos: Obrigada por

apreciar a vista. A rela-

dar um pouco do seu

ção do rio é bem próxi-

tempo para nossa

ma com a população da

entrevista.

cidade de Barra Bonita.

Os entrevistados Elisangela, Yago e Patrícia

Alunos: Em sua opinião qual é a principal característica do rio Tietê? E.Y.P.: Acho que a beleza e a vida que ele traz.

Alunos: Por que vocês resolveram fazer esse trabalho? AES Tietê e Casa da Cultura e Cidadania

E.Y.P.: Eu sempre tive vontade de fazer teatro, e apareceu esta oportunidade que pra mim é uma conquista, com patrocí-

Sobre a Casa de Cultura e Cidadania – A Casa de Cultura e Cida-

nio da AES Tietê. Acredito em ajudar as pessoas como educa-

dania é um projeto sociocultural viabilizado pela Lei Rouanet, do

dora.

Ministério da Cultura, patrocinado pela empresa AES Tietê e realiza-

Alunos: Vocês gostariam de fazer alguma mudança neste pro-

O projeto é um espaço que tem por objetivo promover a formação,

jeto?

expressão e lazer para crianças, jovens e adultos, atuando também

do pela H.Melillo – Grupo de Articulação Social – e Instituto Agires.

como polo cultural que envolve comunidades de baixa renda. São

E.Y.P.: Todo mundo quer mudar alguma coisa, e eu acho que

oferecidos cursos de arte educação, oficinas de geração de renda

por estar muito longe, as pessoas ficam um pouco com pregui-

abertas para toda a comunidade e formação técnica para jovens na

ça de andar 7 km até o projeto, e eu acho que é isso.

área cultural, além de atividades culturais, como cinema e apresentações artísticas.

Alunos: Para a cidade o rio Tietê é importante? E.Y.P.: Muito! Principalmente pelo turismo.

Alunos: Você já foi a alguma plantação em que o rio Tietê

Giulia Napoli, Gabriela Queiroz, Antonio Abud e Ruy Nogueira.


O Clube Esperia é um clube poliesportivo da cidade de São Paulo, fundado em 1º novembro de 1899, às margens do rio Tietê por membros da colônia italiana, em sua origem tinha como esporte principal o remo que era praticado no rio Tietê.

Ruas de Salto alagadas após a enchente

Ontem, após uma estrondosa chuva, máquinas da hidrelétrica de Salto foram destruídas pela enchente do rio Tietê. Mais de 4.500 habitantes ficarão sem energia por cerca de uma semana, até as novas máquinas chegarem.

Remadores do clube Esperia

“Quando cheguei na hidrelétrica de manhã, as

Nos primeiros dias de fevereiro de 1983, a

máquinas estavam todas destruídas e estava

cidade de Salto foi assolada por aquela

Paulo, centenas de pessoas se reuniram para

tudo alagado”, lamentou Jorge Simões Castro,

que, segundo muitos, foi a maior das en-

assistir a final de uma competição de remo,

funcionário da hidrelétrica, desde 1898, que ficará sem trabalhar por um tempo.

chentes já vista pelos saltenses.

Fora a falta de energia, a enchente atin-

No mesmo dia da enchente, em São

organizada pelo clube Esperia. O campeonato ocorreu por volta das 10 horas da manhã. “O atleta brasileiro Anderson

giu algumas casas e deixou 13 feridos, 7 mortos e 5 desaparecidos.

Nogueira está muito bem treinado para esta prova” disse o técnico

Maria Julia Bortoli, 7, falou que quando acordou para ir à escola, ficou

Dirceu Ourfali, da seleção brasileira de remo. A prova foi muito dispu-

muito assustada, pois sua casa estava inundada e sem energia.

tada e vieram pessoas de todos os Anderson Nogueira sai da água

O

rio

Tietê

após ser penalizado lugares do mundo. Anderson Nogueira foi penalizado por largar antes

inunda porque quando chove

ele

do tiro de largada e

também

não pôde competir.

recebe a água dos seus

“Eu estou muito feliz e

a fl u e n t es .

orgulhoso, pois esta

“Nesses casos, o rio

prova foi muito disputa-

não ganha velocidade

da”, exclamou o ven-

e a água vai se acumu-

cedor, Rubens Galleto.

lando até transbordar”, explicou

a

geógrafa

Alessandra Garcia. Dependências da Brasital após enchente

Embora existam referências de meados do século XIX a respeito de uma grande enchente que destruiu a ponte que ligava as margens do rio Tietê, na altura do atual bairro da Barra, passando por uma ilha (conhecida antigamente por Ilha da Santa Feia, pouco acima da atual ponte Salto-Itu), os relatos de antigos moradores de Salto informavam que a enchente de 1929 havia sido realmente extraordinária. Uma das fotos que se tem desse episódio, de autoria de Biágio Ferraro, mostra as águas cobrindo a Ilha dos Amores, onde existia um coreto. Enchente em Salto 1929


Barra Bonita

Alunos: O seu trabalho tem alguma coisa a ver com o rio Tietê? N.A.: Claro. A maioria dos nossos hóspedes vêm por conta do rio Tietê.

N.A.: Se nós, assim , a cidade toda vive em função do rio. Mais ai tem pessoas que poluem o rio, nós aqui da cidade. Teria que fazer ainda mais investimentos na conscientização de saneamento básico nas

Alunos: Você pratica alguma atividade diária com o rio Tietê?

cidades lá de cima, e nossas famílias aqui em Barra Bonita poderiam

N.A.: Diariamente não. Mas eu acompanho todos os grupos de terceira

parar de jogar a sacolinha no rio, a garrafinha pet... As que vão lá pas-

idade que vêm para cá. Eu vou com eles no barco que tem todos os

sear no centro, que vocês vão ver amanhã, eles jogam latinhas no rio,

dias. Todos os dias não, na maioria dos sábados e domingos.

este tipo de coisa. Poderia não acontecer mais, aí seria perfeito.

Alunos: E sua família tem alguma relação com o rio?

Alunos: Para você, a maioria dos turistas que vêm para cá, vêm por

N.A.: Muitas relações com o rio. Meu filho faz parte de um projeto cha-

causa do rio?

mado “Navegando” que aqui na cidade de Barra Bonita ensina a práti-

N.A.: 100% dos turistas que vêm para cá, vem por causa do rio.

ca de caiaque, e a gente pesca também no fim de semana. Fazemos

Alunos: Aumenta o lucro da pousada?

um monte de coisas.

N.A.: Se não tivesse rio, não teria pousada. A pousada vive em função

Alunos: Há quanto tempo você mora em Barra Bonita?

do rio. É o nosso maior atrativo do rio, e ainda por cima ele está muito

N.A.: Há 40 anos, minha idade.

limpo aqui. O pessoal de São Paulo fala: é o mesmo Tietê de lá? É o

Alunos: Você conhece o rio Tietê em São Paulo?

mesmo Tietê só que aqui é muito mais limpo, tem peixes que são as tilápias porque somos os maiores fornecedores de tilápia do estado de

N.A.: Conheço, morei em São Paulo quando eu era adolescente.

São Paulo.

Alunos: Você acha que a poluição dele atrapalha na continuação das

Alunos: Você usa a água do rio para usos profissionais?

outras cidades? N.A.: Atrapalha. Atrapalha porque essa cidade, Barra Bonita, está com só 60% de esgoto tratado, em Guarau está com 100%. São duas cidades divididas pelo rio Tietê. Aqui então, nós não poluímos o rio, e não jogamos nada no rio. Muitas sujeiras não são daqui de Barra Bonita, só que vem de São Paulo não só da cidade capital mas as cidades que descem, que vão descendo, igual Pirapora, tem muitas cidades que tem muita espuma que é Salto, e nós não temos isso. Nem nossa maior usina de fabricação que fica aqui em Barra Bonita não joga o lixo

N.A.: Não, do rio não, mas uma das minas que desce. Alunos: Além do rio, existe algum outro atrativo muito procurado pelos hóspedes? N.A.: Nossos, de todos os nossos hóspedes, a gente tem alguns segmentos, então a gente tem muitos grupos de terceira idade para conhecer o rio mesmo porque o maior emissor cliente é São Paulo. E nós recebemos muitos colégios que vêm estudar o nosso rio. Por conta disso existe até um projeto de andamento aí, de montar um laboratório

no rio nem mais ninguém aqui. O que acontece as vezes de alguma

só sobre a fauna e flora do rio Tietê.

poluição do rio é porque vem descendo e para aqui na barragem, como

Alunos: Você precisa do rio Tietê para sobreviver?

vocês viram em Agua Sumida, a parte suja do rio, porque vai parando nas barragens. Aqui na frente do hotel é um pouco mais limpo.

N.A.: Pessoalmente para sobreviver, não. Eu, porque o meu trabalho depende do rio, se não, eu estaria desempregada. Eu sou formada em

Alunos: Você acha o rio Tietê aqui em Barra Bonita limpo?

hotelaria e turismo então o meu trabalho é em função do rio mesmo.

N.A.: Eu acho limpo, mas ele poderia ser mais limpo ainda.

Só que provavelmente se não tivesse rio, não teria muita coisa. Não

Alunos: Como poderia melhorar? N.A.: Na questão de limpeza? Alunos: É.

teria este hotel, não teria o outro hotel, não teriam mais barcos, afetaria toda uma cadeia econômica, se não tivesse o rio, ou se ele fosse morto.

Isabella F. Cordeiro, Matias Helmeister, João P. Iza e Maria J. Bortoli


Floresta de Eucaliptos


São Paulo, 27 de Outubro de 2012

Notícias da Lourenço Castanho: • Alunos da Lourenço Castanho

Alunos da Escola Lourenço Castanho visitam os vários pontos da bacia hidrográfica

visitam o rio Tietê. Pág.01 • Durante competição garoto cai em rio e quase se afoga. Pág.02 • Rio Nilo alaga suas margens inesperadamente. Pág.02 • Garoto sofre acidente em competição no rio Tietê. Pág.06

do rio Tietê no estado de São Paulo, entre agosto e setembro. Alunos da Escola Lourenço Castanho foram à nascente do rio Tietê, que antes era propriedade da D. Teresinha, mas o governo se apropriou do local e transformou-o em um patrimônio histórico em Salesópolis.

Mirante da padroeira em Salto

Em Salto foram ver como funcionava a antiga fábrica de tecelagem Brasital além de conhecerem o mirante da Padroeira e os matacões. Nascente do rio Tietê Salesópolis

“Nunca imaginei que em um trecho do rio Tietê ele fosse limpo”, disse Valentina, 11, do 6º A.. Os alunos também foram à usina hidrelétrica

Também visitaram a eclusa em Barra Bonita. “São paisagens

muito bonitas, não acredito que vi o Tietê limpo” disse Isabela, 11, do 6ºB. Foram visitar a fazenda Água Sumida ver a mata ciliar e estudar

que foi desativada durante um tempo, mas voltou a funcionar.

mais sobre o rio Tietê, a cana de açúcar e o café além de se divertirem bastante!

Represa hidrelétrica em Barra Bonita Vista aérea de Barra Bonita

Ivan Franco Pág.03

Nilcéia Alves Pág.05

Gilvan Pág.05


Na manhã do último sábado, aconteceu um torneio de natação e de saltos ornamentais, que atraiu atletas de todo o mundo para nadar no “rio contrário” em seu trecho de São Paulo. Enquanto todos prestavam atenção no torneio, um garotinho caiu no rio Tietê. Durante o 10º torneio de natação e saltos ornamentais no rio, dia

Competidor de saltos ornamentais no rio Tietê

Após 2 minutos de sufoco, sua mãe notou sua ausência e começou a busca desesperada, até que ouviu gritos de socorro e reconheceu a

15 de junho, um espectador que

voz de seu filho lhe chamando .

acompanhava o pai (nadador), caiu

“Fiquei com muito medo, achei que

acidentalmente no rio Tietê e foi salvo

ninguém me ouviria e acabaria me

por um dos participantes da prova.

afogando”, disse Paulo após sair do rio.

Paulo de Souza filho, 7, estudante do colégio Dante Alighieri, diz

“Se o nadador Antônio Vieras não

que enquanto torcia, acabou pisando

tivesse aparecido, meu filho não estaria aqui. Não sei nadar, e por

em uma pedra solta e caiu no rio e, como não sabia nadar, começou a

Competidores no rio Tietê

sorte, encontrei alguém que pudes-

pedir por socorro, mas como todos estavam prestando atenção na prova não repararam no pequeno menino que estava se afogando.

isso não consegui fazer nada. Por

se me ajudar”, disse a mãe, aflita.

Ontem, dia 3 de outubro, Rá enfureceu-se e agitou o Nilo absurdamente, num raio de 20 quilômetros, causando incontáveis estragos ao povo egípcio, como consequência dos arquitetos construtores da grandiosa esfinge egípcia terem se esquecido de fazer oferendas a ele. O que mais marcou foi uma rachadura na pata da Esfinge; dano que significou grande ofensa, vergonha e desgraça para o povo, que teve como resultado a morte dolorosa dos tais construtores na fogueira dos

Rio Nilo cheio traz prejuízos à população.

não credores.

“Vocês não podem fazer isso!”, disse um dos arquitetos aos berros. “Foi culpa deles!”.

mas não funcionou, pois houve a conhecida revolta “Também queremos democracia!”, referindo-se à Grécia.

A conclusão que Menes tomou foi contrária à decisão do faraó

Após esse estrago na sagrada Esfinge, Menes, ameaçado pelo

anterior a ele que não se manifestou quando um fenômeno parecido

povo, tratou de comprar mais escravos para reparar a pata da sagrada

ocorreu no litoral; uma enorme onda do Mar Vermelho destruiu grande

Esfinge. Ele está assustado com essa inesperada reação do povo, usan-

parte do Baixo Egito. Ele queria ser um faraó mais rígido e respeitado,

do os sanguinários gregos como um exemplo a seguir.


Transporte de cargas na Hidrovia Tietê - Paraná

Alunos: A cidade interfere no rio? Em que?

Alunos: O rio interfere no seu trabalho? Como? I.F.P.: Bom, o rio Tietê não é que ele interfere ele é praticamente a ra-

II.F.P.: Interfere, ainda está interferindo de uma forma muito ruim, mas em dezembro será inaugurada a estação de esgoto que vai tratar

zão do meu trabalho como diretor de departamento de turismo. O nos-

100% do esgoto de Barra Bonita, já está fazendo e quando vocês pas-

so turismo principal, a nossa atração turística principal é o passeio de

sarem de barco vocês vão ver é um grande complexo, já o esgoto de

barco no rio Tietê, é aquele passeio que faz na Eclusa, que é conhecida

Barra Bonita já está 100% coletado e agora 100% tratado. Isso vai

como a segunda maior eclusa do país.

ajudar o turismo e também a cidade de baixo porque a poluição não vai

Alunos: Qual é a principal importância do rio para sua cidade?

da população dá importância do ambiente, quando um poder público

pra lá, mas isso ajuda de uma maneira geral porque a conscientização

I.F.P.: Diretamente para a cidade, digo que é o turismo e também, não

faz a parte dele incentiva a população a fazer o mesmo.

sei, qualidade de vida, também porque a população, que é muito legal

Alunos: Você já nadou no rio? Quando?

ter um rio passando perto do centro da cidade. Então fico dividido em

I.F.P.: Sim, sempre nado.

saber se é o turismo ou se é o próprio morador da cidade de Barra Bonita. E também tem a usina hidrelétrica que gera energia para a cidade.

Alunos: Na sua opinião como as pessoas poderiam ajudar o rio a ficar 100% limpo ?

Alunos: Você gostaria de ter outro trabalho? Você acha que teria mais a ver com o rio Tietê? I.F.P.: Eu tenho vários trabalhos, eu também cuido do departamento do meio ambiente e também tenho outros trabalhos empresariais. Eu gostaria de exercer a profissão que eu tinha antes.

I.F.P.: Cada um fazendo sua parte no rio. A alguém não fez o dever de casa, alguém

Alunos: Os turistas que vêm para Barra Bonita querem ver o rio ou outro ponto turístico?

não pegou o lixo e jogou no lugar onde não

I.F.P.: O ponto turístico fundamental

devia, e foi parar no rio Tietê. Imagine São

é o rio, mas também têm alguns

Paulo, que hoje está com 40.000.000 de

locais na cidade que não perde o

habitantes, quase 60.000.000 de habitan-

interesse, como a praça do artesa-

tes, então veja bem, se toda essa popula-

nato, a mini cidade da criança, que a

sujeira não vem por acaso, alguém jogou,

gente vai reformar agora, tem uma

ção fizesse seu dever de casa, não existiria lixo no rio Tietê. A sujeira que se faz somos nós mesmos, sempre tem que falar pros

pequena usina hidrelétrica, as cidaNa foto acima o entrevistado Ivan Franco P. Machado

amigos e familiares “não jogue o lixo no

des vizinhas também têm muita coisa para se ver. E a gente tem que trabalhar muito porque o turismo é

rio”, ”o lixo é pra ser jogado no lixo”.

regional, não só apenas de Barra Bonita.

Alunos: Há quanto tempo você mora na cidade?

Alunos: Por que você acha que os turistas vêm para Barra Bonita? O que você mais gosta da cidade?

I.F.P.: Eu moro mesmo desde 1992, fez esse ano 20 anos que moro aqui.

Alunos: Quais foram as principais mudanças que ocorreram no rio des-

I.F.P.: Sem dúvida nenhuma por causa do passeio na Eclusa, passeio de barco para conhecer a eclusa, que foi a primeira na América do sul.

de que você mora aqui? I.F.P.: A principal mudança que ocorreu foi á conclusão da hidrovia Tietê-Paraná, que em 2003 inaugurou a ultima parte dela que são três. Ligou uma linha que dá pra se navegar (...) que está cada dia mais linda, e isso eu acho que é o mais importante.

Gabriela Dias, Manuela Haddad e Marcelo Labate


Pássaro se banhando no rio Tietê

Corocochó - Carpornis cucullata


porque vai parando nas barragens. Aqui na frente do hotel é um pouco mais limpo.

Alunos: Você acha o rio Tietê aqui em Barra Bonita limpo? N.A.: Sim, mas ele poderia ser mais limpo ainda.

Alunos: Como poderia melhorar? N.A.: A cidade toda vive em função do rio. Mas também tem as pessoas que poluem o rio. O governo teria que investir na conscientização de saneamento básico nas cidades vizinhas e nossas famílias aqui em Barra Bonita poderiam parar de jogar sacolinhas no rio, garrafas pets... As pessoas que vão passear no centro que vocês verão amanhã no passeio de barco, eles jogam latinhas no rio, este tipo de coisa. Poderia

Alunos: O seu trabalho tem alguma relação com o rio Tietê?

não acontecer mais, aí seria perfeito.

N.A.: Tem muita relação, a maioria dos nossos hóspedes

Alunos: Para você, a maioria dos turistas que vêm para

vem pelo rio Tietê.

cá, vêm por causa do rio?

Alunos: Você pratica alguma atividade diária no rio?

N.A.: 100% dos turistas vêm para cá por causa do rio.

N.A.: Todo dia não. Mas eu acompanho todos os grupos

Alunos: Aumenta o lucro da pousada?

de terceira idade que vêm para o hotel. Eu vou com eles nos passeios de barco pelo rio. Mas não todos os dias, na maioria dos sábados e domingos.

N.A.: Sim, se não tivesse rio, não teria pousada. A pousaBarra Bonita

da vive em função do rio. É o nosso maior atrativo, e ainda por cima ele está muito limpo aqui. Os turistas de

Alunos: E sua família, tem alguma relação com o rio?

São Paulo falam: “É o mesmo Tietê lá?” E respondemos

N.A.: Sim, ela possui muitas relações com o rio. Meu filho

“É o mesmo Tietê só que aqui é mais limpo, tem peixes e

faz parte de um projeto chamado “Navegando” aqui na

tilápias”. Nós somos os maiores fornecedores de tilápia

cidade de Barra Bonita que ensina a prática de caiaque, e

do estado de São Paulo.

a gente pesca também nos fins de semana, esse tipo de

Barra Bonita

coisa.

Alunos: Você usa a água do rio para usos profissionais? N.A.: Não, do rio não, mas umas das minas descem para o rio sim. A

Alunos: Há quanto tempo você mora em Barra Bonita?

água da piscina é aguam mineral, tem uma mina que abastece. E, se

N.A.: Há 40 anos, minha idade.

não existisse o rio, a pousada não seria um atrativo para os turistas.

Alunos: Você conhece o rio Tietê em São Paulo?

Alunos: Por quais outros motivos as pessoas frequentam o hotel? O

N.A.: Sim, morei em São Paulo quando era jovem.

Alunos: Você acha que a poluição dele atrapalha sua continuação nas outras cidades?

que elas fazem? N.A.: Para todos os nossos hóspedes, nós temos algumas atividades, então a gente tem muitos grupos de terceira idade para conhecer o rio mesmo porque o maior emissor cliente é São Paulo. E nós recebemos

N.A.: Atrapalha, porque essa cidade, Barra Bonita, está com só 60% de

muitos colégios que vêm estudar o nosso rio. Por conta disso existe até

esgoto tratado, Igaraçu esta com 100%. São duas cidades divididas

um projeto em andamento, de montar um laboratório só sobre a fauna

pelo rio Tietê. Aqui então, nós poluímos o rio, e não jogamos nada no

e a flora do rio Tietê.

rio. Muita sujeira não é daqui de Barra Bonita, só que vem de São Paulo, não só da cidade capital, mas das cidades que descem, o lixo vai descendo também, igual Pirapora. Existem muitas cidades que seus rios possuem espumas. Uma delas é Salto, mas nós não temos isso. Nem nossa maior usina, a maior do mundo que fica aqui em Barra Bonita (Usina da Barra) não joga lixo no rio, nem mais ninguém aqui. A poluição aparece às vezes existe porque ela vem descendo das outras cidades e para aqui na barragem. Como vocês viram, na fazenda Água Sumida, tem um pouco de lixo no rio,

Alunos: Você precisa do rio Tietê para sobreviver? N.A.: Para sobreviver não. Mas sem o rio, eu estaria desempregada. Sou formada em hotelaria e turismo então o meu trabalho é em função do rio mesmo. Só em hotelaria e turismo então o meu trabalho é em função do rio mesmo. Só que provavelmente se não tivesse o rio, não teria muita coisa. Não teria este hotel, não teria outro hotel, não teriam mais os barcos, afetaria toda uma cadeia econômica, se não tivesse o rio, ou se ele fosse morto.

Beatriz Bim , Marina Zarzur e Gustavo Tena


Um torcedor de Marcos Silva foi atropelado no rio Tietê pelo barco 24, de uma competição de canoagem na tarde de anteontem. O homem que atropelou o garoto pagou as cirurgias.

Em meados da década de 1950, o Rio Tietê começou a passar por um processo de mudança graças a um crescimento desordenado e descontrolado da cidade de São Paulo. Esse crescimento repentino fez com que canais de esgoto fossem desviados para o rio, tornando-o cada vez mais poluído e contaminado.

Canoagem no rio Tietê Treino dos competidores no rio Tietê

Na tarde de quinta-feira, ocorreu uma competição de canoagem em que mais de 50 competidores e torcedores participaram e torceram por seus

A última regata no rio Tietê ocorreu

amigos e familiares. Pedro, 15, um dos torcedores de

em 1972.

Marcos Silva, animou-se com a competição e foi até a beira do rio, quando tropeçou e caiu no Tietê. Todos se preocuparam e cancelaram a competição. “Já tinha remado quando percebi o garoto caído”, conta João Oliveira, 35, competidor 24. Seus parentes se preocuparam e João ofereceu-se a pagar as cirurgias de Pedro, que

Adolescentes fizeram piquenique, crianças se divertiram às margens do rio, e adultos reuniram-se até a madrugada de sábado.

“ Acho que o rio Tietê é uma das maiores riquezas da cidade de São Paulo, passo os meus melhores momentos nele com os meus familiares e amigos”, conta Carolina, 17, após o término da competição de canoagem. Todos os feriados e fins de semana o rio Tietê recebe 7mil pessoas ao longo

foi imediatamente leva-

do dia. Turistas visitam

do ao hospital da região.

São Paulo apenas para

João foi levado para a

conhecer o rio. “Vim de

delegacia para explicar o

Mato Grosso, para um

caso. Mas ontem, na tarde

ensolarada

almoço com os meus

de

familiares nas margens

sexta-feira, apesar do

do rio”.

ocorrido, a competição voltou a ser realizada. Remadores do clube Esperia

Haviam muitos clubes de regatas que disputavam importantes e famosas competições no rio Tietê. Dentre eles destacavam-se o Remo do São Paulo Futebol Clube, com sede no Canindé, às margens do rio Tietê, o clube de Regatas Tietê com sede na avenida Tiradentes, o Clube Tietê instituiu a Prova Clássica Fundação da Cidade de São Paulo, o clube Esperia com sede na avenida Santos Dummont, ambos as margens do rio Tietê. Outros clubes foram fundados às margens do Tietê, como o Sport Club Corinthians Paulista , que tem um par de remos em seu escudo, lembrando a origem ligada ao rio .

Regata no rio Tietê


Mata Atlântica

G.: Sim, porque as pessoas usam a água dele.

Alunos: Você já viu o rio em outro lugar? G.: Rio, rio assim grande, só o rio Tietê mesmo.

Alunos: Você já viu alguém jogando lixo no rio? G.: Sim, lá na cidade jogam muita sacolinha de lixo, eles chegam lá

Alunos: O rio Tietê interfere em seu trabalho?

perto com um papelzinho e está lá e já joga, mas tá errado.

G.: Sim, interfere por causa da usina e o rio Tietê interfere porque preci-

Alunos: Você já nadou ou pescou no rio?

sa de muita água para regar a cana.

G.: Pescar, pescar, só pesquei uma vez, mas nadar assim nunca

Alunos: A cana é regada com a água do rio Tietê?

nadei.

G.: Sim, é regada.

Alunos: Você depende do rio?

Alunos: Você acha que o rio poderia ser mais limpo do que ele é?

G.: Sim, o pessoal depende muito do rio, mas não cuida aí fica assim

G.: Sim, porque cada um tem que fazer a sua parte porque eu e você

poluído.

temos que fazer nossa parte e não jogar a sujeira e não jogar lixo porque não é bom e o pessoal joga muita sujeira e a gente tem que colaborar.

Alunos: Você já visitou a nascente do rio Tietê? G.: Não, nunca visitei não.

Alunos: Mas você tem uma ideia de como ela pode ser? G.: Ter uma ideia, não, não tenho não.

Alunos: Você acha que o rio é importante para a sua cidade? Por quê?

Cana de açúcar

Juliana, Michelle, Thomas e Rodrigo Bucalem.


Por Luigi Bianchini


São Paulo, 27 de Outubro de 2012

Notícias da Lourenço Castanho:

Alunos do 6°ano visitam a nascente do rio Tietê, em Salesópolis, e ficam encantados ao saber que há uma parte do Rio Tietê 100% limpa

• Alunos da Escola Nova Lourenço Castanho se encantam com a nascente do Rio Tietê. Pág.01 • Copa do Mundo de remo é iniciada no Rio Tietê. Pág.02 • Menina morre após barco afundar. Pág.02 • Rio Tietê comemora seu dia. Pág.06

No dia 15 de agosto, os alunos da Escola Nova Lourenço Castanho visitaram a nascente do rio Tietê, localizada em Salesópolis, cidade que fica a 96 km de São Paulo.

“Fiquei realmente encantado de saber que aquele rio cheio de esgoto, lixo industrial, residencial e hospitalar, que passa por São Paulo, tem uma nascente preservada”, argumentou Matias Helmeister, 12, estudante da Lourenço. No lugar onde agora é a nascente do Rio Tietê era a propriedade particular da Dona Teresinha. Ela usava o rio para lavar louça e

Nascente do Rio Tietê

roupa e quando descobriram que a nascente era ali, mandaram ela

A nascente do rio Tietê se localiza na Serra do Mar, que fica

para outro lugar e transformaram a região em um parque preservado.

a 22 km do litoral. Porém, o rio segue para o interior. Por isso, é chamado de “rio contrário”. Depois dessa visita, os alunos também visitaram o rio Tietê em Salto e Barra Bonita para concluir o estudo, comparando a sua qualidade, cheiro, cor em cada cidade. A impressão dos alunos foi bem diferente do que os professores imaginaram. “Eu falava muito sobre a nascente para eles, a

minha impressão é de que eles não achariam nada demais, mas foi Observação dos alunos da nascente, Salesópolis, foto tirada no dia 15

o contrário, eles se interessaram bastante sobre o assunto, fizeram

de Agosto

perguntas para os monitores, tanto que eles vieram comentar sobre os nossos alunos, que eles estavam bem interessados no assunto e colaboravam bastante”, disse José Fernando, 42, professor de Ciências da Lourenço.

Capitão Ferreira Pág.03

Ivan Franco Pág.05

Giuvane de Santos Pág.06


No dia 24 de Janeiro de 1913 iniciou-se uma das mais disputadas competições de remo da cidade de São Paulo. A corrida começou às 8h30 da manhã. O percurso vai de São Paulo até Barra Bonita, passando por Salto, a parte mais difícil por causa de suas quedas. Os ganhadores foram os irmãos paulistanos José Eduardo Santos e Guilherme Santos no barco 42. “Já tínhamos participado de

Na foto acima competidores durante a copa do mundo de canoagem

lavava as suas roupas e louças nela.

muitas corridas e estávamos esperando um dia ganhar. A emoção,

O Tietê em Salto tem uma fábrica chamada Brasital que utili-

portanto, foi muito grande”, disse Guilherme Santos, 31, funcionário do

za as águas do rio para movimentar suas máquinas. Suas águas são

Banco do Brasil.

limpas e com muitas

“Quando chegamos em Salto as

quedas. Ao seu redor há mata ciliar e rochas como

quedas d´água eram muito fortes,

o granito.

achávamos que o barco fosse virar”, conta José Eduardo,36, pedreiro.

Em Barra Bonita o Rio Tietê tem águas

O Rio Tietê nasce na cidade de

limpas e claras. Os laze-

Salesópolis, que se localiza na Serra

res são os esportes náuti-

do Mar. Uma parte da nascente era

cos, a pesca e a praia.

uma propriedade particular de Dona Terezinha. Ela não sabia que era a

Vila operária da Brasital – Salto São Paulo

nascente de um rio e então O barco não aguentou e rachou ao meio, o pai rapidamente conseguiu ir para a margem nadando contra a correnteza. Ana Maria foi levada pela correnteza, ele tentou ajudar ela com o remo, mas ela não conseguiu alcançar. Ana Maria, 10, pegou uma grave doença após beber água do

André voltou correndo para a casa e avisou a esposa, Fabia-

Rio Nilo contaminado por fezes de um animal. Sua família, desespera-

na, 32, que, aos choros, expulsou-o de casa e disse que não o perdoa-

da, pegou um barco velho que tinha na sua residência e foi a caminho

ria nunca.

da cidade, pelo rio Nilo, à procura de um médico, que pudesse curá-la.

O Rio Nilo se localiza no continente africano. Ele atravessa três

André, seu pai, lhe pediu que pegasse um pouco de água em

países africanos: Uganda, Sudão e Egito. É considerado o maior rio

um poço que havia ali perto, para a sua família. Ao chegar, teve vontade

do mundo. Numa região desértica, esse rio assume funções prioritá-

de beber um pouco antes de chegar em casa. Quando chegou, come-

rias na sociedade. Os egípcios usam a água para beber, pescar e

çou a passar mal, e avisou a todos que não bebessem a água, pois

irrigar a agricultura (através de canais de irrigação). Após a cheia do

estava com um gosto estranho. No dia seguinte, apareceu passando na

rio, fica nas margens um lodo fértil (húmus) que fertiliza o solo para o

sala, seu pai logo pegou um barco que tinha sido de seu avô e pediu

plantio. O rio é utilizado também como via de transporte de mercadori-

que sua filha entrasse que iria levá-la para a cidade pelo rio Nilo. “Nunca

as e pessoas. No Egito Antigo, os egípcios chamam o rio Nilo de Iteru,

pensei que pedir para minha filha pegar água de um poço iria prejudicar

que significava “o grande rio”.

sua vida”, comentou ele. No meio do caminho, seu barco começou a ranger, fazer barulhos estranhos que o assustavam. André continuou a remar, tentando acalmar a filha que não sabia nadar, estava traumatizada pois pegou a doença no rio e estava navegando nele para se salvar. “Está tudo bem,

pois esse é o jeito mais rápido de chegar ao médico, não se preocupe vai dar tudo certo”, disse André para sua filha.

Barcos navegando no Rio Nilo


C.F.: Hoje nos temos hidrovia Tietê-Paraná que é formada pelo rio Tietê e pelo rio Paraná pelo menos ai uns 2.400 km de rio prolongados o rio tem hoje de São Simão ao município de Anhembi e Santa Maria da Serra e tem uma parte aqui de Terreiras aonde existem os portes de intermontrais e Araçatuba que tem lá alguns estaleiros que hoje esta se iniciando a construção das pelo menos 80 chácaras e 20 empurradores que em breve estarão funcionando para a hidrovia e transportando o etanol que é um álcool, então em praticamente dois anos o número de embarcações aqui no rio Tietê vai no mínimo dobrar então isso vai gerar muito emprego e vai crescer muito o transporte.

Alunos: O que levou você a virar capitão desse barco? C.F.: Primeiramente a admiração pela natureza e depois o prazer que

Alunos: Porque você acha que com o aumento de embarcações vai ser importante?

esse serviço me dá. A linda natureza e o contato com tudo nos traz

C.F.: Esse aumento vai fazer algumas coisas positivas como, por exem-

muito conhecimento e realmente isso é muito bom de fazer é trabalho com gente, é alegria, é vida.

plo: primeiro o transporte que se comparar com o transporte hidroviário é bem mais barato em função de volume transportado, pela mão de obra aplicada então isso leva o produto há um preço no mercado com

Alunos: Se o rio Tietê fosse sujo, o que você seria hoje? C.F.: Eu seguramente iria fazer o que nos fazemos aqui no rio hoje, lutar por melhorias na qualidade do rio Tietê, que vem sendo feito já há muito tempo e nos temos hoje resultados brilhantes, até a própria vista que nos temos do rio: fauna, flora e toda essa maravilha, mas seguramente

um valor mais baixo, vai tirar muitos caminhões da estrada porque hoje nos temos muitas malhas rodoviárias (rodovias em excesso), então se levasse em consideração esse ponto, além de barato e ele também vai aliviar a parte rodoviária.

se eu não fosse um capitão eu iria trabalhar em algum outro lugar que

Alunos: O rio Tietê é importante para você?

fosse do ramo.

C.F.: O rio Tietê é importante para mim porque o meu trabalho depende

Alunos: Você já foi para São Paulo? O que você achou do rio Tietê lá?

diretamente do rio e segundo que a gente tem que mostrar a realidade

C.F.: Eu conheço São Paulo, conheço o Rio Tietê lá, e eu ainda continuo achando melhor, eu tenho certeza que aquele ponto é um ponto que é possível de se mudar e já se melhorou um pouco, mas ele deve ainda melhor bastante, mas para mim o maior problema hoje não só em São Paulo em outras cidades eu acredito que é um pouco de educação, as pessoas jogam muito lixo na rua, jogam

para vocês como, por exemplo, amanha vocês irão passear pelo rio e mostrar que a natureza não é perfeita que essas águas que nos estaremos navegando amanhã elas já passaram por São Paulo e isso da ao entender que a natureza é brilhante. E não só porque eu trabalho “nele”, mas também trabalho na orientação de fazer que as pessoas entendam e respeitem a natureza e com isso temos a chance dela melhorar e daqui alguns anos estar boa como era antigamente.

muita coisa em bueiro, que é um local de coleta de rio, mas se todos nos fizéssemos um pouquinho o

Alunos: Quando as pessoas navegam no rio você acha que elas têm uma boa ou má impressão?

rio Tietê poderia estar bem melhor.

C.F.: Eu posso te garantir que uma ótima impressão

Alunos: Antigamente quando você era menor como era o rio Tietê aqui?

porque quem conhece o rio Tietê em São Paulo

água fluvial, água de chuva que vai diretamente ao

C.F.: Eu estou com 47 anos eu vivo aqui na beira do

quando chegam aqui e nós falamos que aquela Capitão Ferreira, no hotel Panorama

rio desde os meus sete anos de idade, quando eu vinha pescar com o meu pai. Antes tinha muita diferença como, por exemplo: a mata ciliar que antes era preservada e ouve um período que

água vem de são Paulo as pessoas custam a acreditar porque nos temos árvores, bichos, plantas pelo

caminho da navegação e por isso acho que elas tem uma boa impressão.

estava numa decadência muito grande, hoje já está sendo feito um

Alunos: O barco tem bastante movimento?

trabalho de reflorestamento muito forte e melhorou-se, mas comparado

C.F.: Sim em media 200 mil pessoas por ano vêm navegar.

a 40 anos atrás está bem diferente e com uma condição pior e que felizmente vem sendo corrigida.

Alunos: Você tem que saber do rio para trabalhar nele?

Alunos: Qual é a importância do rio Tietê aqui em barra bonita?

C.F.: Sim como em qualquer profissão é importante você conhecer os

C.F.: O Rio Tietê ele não é importante só para Barra Bonita, mas aqui o

me fizeram eu sei responder por que eu fui aprendendo a questão de

rio tem uma posição especial porque Barra Bonita é o centro do município exatamente as margens do rio Tietê, o centro da cidade de barra bonita esta dentro do rio Tietê e isso nos faz diferente, pois também há 200 municípios que estão nas margens do rio e parte de uma das princi-

detalhes daquilo que você vai fazer e todas essas perguntas que vocês valorizar meu trabalho e o meu local de trabalho e porque preciso conhecer tudo que a gente sabe: as coisas boas e ruins e preservar o que é bom e melhorar o que é ruim.

pais hidrovias do país.

Alunos: O que você acha que vai acontecer com o Rio Tietê no futuro?

Isabela Campos, Stefano Giorgetti, Emanuelle Tuma e Gabriel Munhoz


Planeta Terra

Águas poluídas do Rio Tietê em Pirapora do Bom Jesus


Alunos: Como você acha que é a qualidade da água do rio em Salesópolis, Mogi, São Paulo e Barra Bonita? I.F.P.: Salesópolis é a nascente e é limpa, em Mogi já é um pouco poluído, em São Paulo é muita poluição e aqui já chega limpo.

Alunos: Qual é o principal motivo das pessoas virem visitar

Alunos: O turismo é o principal agente econômico da ci-

Barra Bonita?

dade?

I.F.P.: Barra Bonita é uma cidade turística, por causa da eclusa

I.F.P.: Não o turismo é um “braço”, a principal é a agroin-

do Tietê.

dústria, de cana-de-açúcar, depois tem as cerâmicas e

Alunos: Em o que o rio Tietê influencia no turismo da cidade?

pequenos comércios.

Alunos: Você acha que se

I.F.P.: É voltado para a

o rio Tietê estivesse sujo

eclusa e para a hidrovia

em Barra Bonita viriam

do Tietê/Paraná.

menos turistas para cá?

Alunos: Os turistas res-

I.F.P.: Ninguém gostaria

peitam o Tietê?

de fazer turismo em um

I.F.P.: Os turistas respei-

rio sujo. Atrapalharia

tam o rio, mas às vezes

muito.

vem um ou outro que não respeitam no passado

eles

respeitavam

Alunos: Em o que o rio Diretor de turismo de Barra Bonita, Ivan Franco Pinheiro

vida pessoal? Por quê?

menos.

Alunos: Qual classe social tem mais interesse em conhecer o rio Tietê em Barra Bonita? I.F.P.: A classe social C e B, muitos jovens, crianças, escolas e a terceira idade.

Alunos: Você sabe por que a classe A não vem visitar o rio Tietê? I.F.P.: A classe A é um público diferente, gostam de ter mais privacidade, procuram lugares mais glamorosos.

Alunos: Você acha que a classe A respeita menos o rio? I.F.P.: A classe A exige tudo mais requentado. É dificilmente

Tietê influencia na sua

I.F.P.: O rio Tietê foi e é muito marcante para mim porque eu fiquei impressionado desde a primeira vez que vi o potencial turístico do rio. E eu acho isso fantástico!

Alunos: Em o que ajudaria se a hidrovia aumentasse? I.F.P.: Na verdade já está aumentando para Salto, e sim, se a hidrovia aumentasse mais, acho que ajudaria no turismo.

Alunos: Com qual frequência você utiliza o rio Tietê? Para que? I.F.P.: Muito pouco atualmente, mas antigamente utilizava muito. Eu tenho utilizado o rio para praticar esportes.

uma pessoa da classe A ter interesse em conhecer o rio.

Alunos: Em sua opinião, qual é a qualidade da agua do rio Tietê em Barra Bonita? I.F.P.: Boa seguindo o índice da CETESB. De 7 a 8. A poluição de São Paulo não chega a Barra Bonita.

João P. Simões, Henrique Lacaz, Maria Ester , Marina Dias


Os ganhos no controle da poluição do Tietê ainda não são visíveis aos moradores da capital. Apenas no interior, onde a sujeira que cobria o rio recuou 160 quilômetros nos últimos anos. “Mas a situação já melhorou”, aponta Carlos Eduardo Carrela, superintendente de Projetos da Sabesp. Em relação a 1991, o rio deixa de receber hoje, por dia, 1,3 bilhão de litros de esgoto puro.

Teatro sobre o rio Tietê do Projeto Social Casa de Cultura e Cidadania

No dia 3 de outubro, houve uma comemoração do rio Tietê. Na Ambientalistas no dia do Rio Tietê

cidade de Salesópolis fizeram um evento em homenagem à nascente. “Eu nunca vi tanta gente querendo visitar o par-

que!”, disse o diretor do Parque da nascente José da Silva Pereira, 45. Também muitas pessoas foram visitar a usina hidrelétrica. “Nunca tinha

de Monte Serrat). No Parque das Lavras também

Dia 22 de Setembro é comemorado o dia

houve muitas visitas. “Na hora que vi o rio não

do rio Tietê. "Rio verdadeiro", como é

acreditei. Era muita espuma!”, comentou André

vindo aqui e achei muito legal!”, disse Maria Joa-

conhecido o Tietê em tupi guarani. O rio

na, 8, estudante.

dos paulistas: assim é carinhosamente

Em São Paulo houve um memorial do rio.

chamado o Tietê.

Pinheiros, 50, pedreiro. Em Barra Bonita houve uma apresentação de teatro do projeto social Casa de Cultura e Cidadania. “Eu gostei bastante

da peça! Achei criativa e espontânea”, afirmou

Também em suas margens soltaram balões

Fernanda Barbosa, 17, estudante. Na fazenda

coloridos. A Rede Globo transmitiu um filme so-

Água Sumida houve uma festa e passeios para

bre o rio e seus problemas como a poluição e o esgoto. “Achei muito

visitar as plantações de cana-de-açúcar, café e a represa que tem lá. Na

legal esse memorial. Conscientiza as pessoas”, falou Ariadne Olímpio,

eclusa da cidade houve passeios grátis. “Achei muito legal! Eu nunca

31, professora da escola Lourenço Castanho.

tinha ido a uma eclusa”, comentou João Adalberto, 38, médico do pronto socorro da cidade.

Em Salto, houve um musical sobre o rio

Ontem, em São

em volta da Santa Pa-

Paulo, no Parque Ibirapu-

droeira. “Isso foi muito

era aconteceu uma corri-

lindo e inspirador”, co-

da de bicicletas para

mentou Ana Maria Bra-

comemorar o dia do

ga que foi participar do

Tietê. “Foi muito cansati-

evento.

uma

vo, mas também diverti-

missa na Igreja Matriz

do”, disse Eduardo Se-

(Antigo nome

querlle que competiu na

Senhora

Houve

Nossa Rio Tietê — São Paulo

corrida.

A Sabesp é responsável pelo Projeto Tietê, um dos maiores programas de saneamento ambiental do Brasil. O objetivo da iniciativa é coletar e tratar os esgotos de cerca de 18 milhões de pessoas da Região Metropolitana de São Paulo, melhorando as condições ambientais e de saúde pública. O rio Tietê possui uma grande importância para a história e o desenvolvimento de São Paulo e do interior do Brasil. Com o crescimento urbano, alguns trechos de seu curso foram alterados, marginais foram construídas ao seu redor, e muito esgoto e outros tipos de poluição foram lançados, causando sua deterioração.

Projeto Tietê


G.: É... a época do ano que eu tenho mais trabalho na produção de cana é dezembro, que começa a safra de cana queimada e a gente começa a dispor no trabalho, por mais que a gente não para. É... a gente, vamos supor, chega no trabalho, começa a safra é sete, oito mês de sábado, então esse tempo que a gente trabalha. Aí esse tempo que a gente trabalha, tem que parar, enquanto a gente não para, nós não para de trabalhar também. Quando deu oito meses não vai trabalhar mais, a usina parou, nós para também. Ao contrário nós continua trabalhando. Mas vamos dizer uma coisa nós trabalha porque assim, que nem no trabalho da empresa direto, o corte também é pro plantio, que nós corta cana na palha. Cana na

Alunos: Com quantos anos você começou a trabalhar na cana-de–açúcar ? G.: Já tem uns quinze anos que eu trabalho na cana – de - açúcar .

Alunos: Quantos anos você tem? G.: Eu tenho trinta e seis anos.

Alunos: O Rio Tietê te influencia ou te influenciou no seu trabalho? G.: “É... influencia porque se eu fosse o rio era muito difícil a usina se movimentar porque ela precisa de bastante água para lavar cana-de-açúcar”.

Alunos: Que nota você daria para a qualidade da água do Rio Tietê em Barra Bonita? G.: Ah, hoje a poluição não é tanta porque é bem tratada, hoje a nota que

palha, é a cana sem queimar, isso pra plantar, porque não pode queimar pra plantar. E aí sempre nós trabalha, mas o trabalho mais pesado que a gente pega é agora na safra.

Alunos: Você mora aqui em Barra Bonita ou você vem só pra trabalhar? G.: Eu sou de Sergipe, eu não sou daqui, eu sou de Sergipe, eu vim pra cá tem uns oito, nove anos e aqui eu construí uma família, casei e arrumei uma mulher, um filho, que tem três. E continuei trabalhando na empresa, trabalho e acho bom.

Alunos: Faz mais de nove anos que você mudou para cá? G.: É foi mais ou menos nove anos que eu mudei pra cá, arrumei família, fui só passear e ver minha mãe, meu pai, e morei aqui.

eu do é dez, para o Rio Tietê em Barra Bonita.

Alunos: A não ser o Rio Tietê, tem mais rios em Barra Bonita?

Alunos: O que você faz no seu tempo livre?

G.: Não, aqui só mesmo o Rio Tietê .

G.: Fora o meu trabalho, no meu tempo livre eu saio com o meu filho, fico

Alunos: Qual é a importância do Rio Tietê para sua cidade?

em casa brincando com ele, vou no supermercado, brinco no parquinho com o meu filho, vou na lanchonete, no mercado, o tempo que eu tenho para ficar com ele eu faço o que for melhor.

Alunos: E quantos anos tem o seu filho? G.: Três anos.

Alunos: Aqui em Barra Bonita vocês recebem muitas pessoas por causa do Rio Tietê? G.: Bastante, bastante, turista tem muito, no final de semana chega muito turista. Eles querem andar de barco aqui no rio, eles vai e vem, não sei se você foi, mas se você for é muito legal, você vai ver.

Alunos: Você já passeou no Rio Tietê? G.: Já fui uma vez, mas sempre eu vou lá ver pessoal pescar, de varinha, e vou tomar uma cervejinha, um sorvetinho, sempre é legal lá.

Alunos: Você já navegou ou nadou no Rio Tietê? G.: Não.

Alunos: Mas você gostaria? G.: Eu nunca fiz o teste não, mas eu gostaria sim.

Alunos: Na sua opinião o Rio Tietê aqui sempre foi limpo? G.: Ah, ele era muito sujo, porque hoje ele é limpo, mas hoje, pelo o que era, ele tá limpo. Hoje ele é mais limpo, mais bem cuidado.

Alunos: Qual é a época que você tem mais trabalho na produção de cana?

R: Ah, a importância é grande, a gente tem que cuidar do meio ambiente e preservar o rio porque o rio é tudo pra gente, cuidar do meio ambiente, que inclusive a gente cuida até na lavoura da cana e não pode jogar na sacola plástica, não pode jogar papel, não pode jogar nada e então se cada um fazer sua parte não existe poluição. Porque o meio-ambiente ele tem que ser cuidado então a gente cuida bastante. Então tem que tentar cuidar porque se não, chega um tempo que acaba, a poluição é grande.

Alunos: Você já viu a nascente do rio Tietê? G.: A nascente, não, não vi.

Alunos: Mas você já viu ele em São Paulo? G.: Já, em São Paulo sim.

Alunos: É muito sujo né?

Colheita Cana-de-açúcar

G.: É horrível e se cada um fizesse sua parte, não existia aquilo. Vamos supor você usa esse papel, você joga, aí como é que ele vai limpar? Se não cada um tem que fazer sua parte. Eu pego esse papel não tem um lixo aí guarda no bolso. Que nem a gente faz na lavoura, a gente tem um lixinho dentro do ônibus, e tem uma sacolinha de plástico ou uma casca de banana e aí a gente joga ali. Na hora do almoço a gente tem também, e a gente nem pode encostar no terreno, porque se não mata a poluição do rio. Vem o vento e leva para o rio.

Maria Isabel ,Hanna Leandrini , Gabriel Kimura e Bruno Abrahão


Nascente do Rio TietĂŞ


São Paulo, 27 de Outubro de 2012

Notícias da Lourenço Castanho: • Lourenço Castanho explora rio

Tietê. Pág.01 • Brasital é inaugurada em Salto. Pág.02 • Rio Nilo alaga suas margens inesperadamente. Pág.02 • Alunos visitam eclusa do rio Tietê. Pág.06

Durante o mês de agosto, os alunos do 6° ano da Escola Nova Lourenço Castanho, viajaram para as principais cidades por onde o rio Tietê passa, para observar melhor os diferentes ecossistemas presentes em um mesmo rio. Foram para Salesópolis, para observar sua nascente, Salto, para observar suas quedas d’água que formam espuma, Barra Bonita,

No mesmo dia, subiram no monumento de 30 metros, da Padroeira da cidade de Salto, que fica no Parque das Lavras.

para observar a eclusa e agricultura.

Desceram e no mesmo parque, viram alguns tipos de matacão

No dia 15 de agosto, os alunos da escola se reuniram e foram de ônibus para a cidade de Salesópolis, onde foram para o Parque das Nascentes do rio Tietê, para ver a principal de todas as que possui. Depois, foram à Usina Parque de Salesópolis, onde aprende-

e uma usina hidrelétrica que não funciona mais. O aluno Marcelo Labate, 11, do 6° A disse que foi interessante e divertido. Saíram da cidade e foram para a cidade de Barra Bonita, onde se hospedaram na Pousada Panorama e ficaram lá até o dia 4.

ram sobre as usinas hidrelétricas do rio Tietê. “Eu gostei da Usina Parque pois pude aprender como se produz energia elétrica e nunca tinha ido a uma antes”, comentou Beatriz Bim, 11, do 6º ano A.

trabalharam em um canavial, em uma plantação de café e uma parte do rio que passa por lá, mas mesmo assim tiveram um tempo para se

No dia 2 de setembro, se reuniram novamente e também foram de ônibus para a cidade de Salto.

divertir. No dia seguinte, navegaram até a eclusa e entraram nela. No

Quando foram ao museu do Memorial do rio Tietê, observaram o rio, com suas quedas d’água que, por causa dos produtos químicos e detergentes que vêm de São Paulo, forma espuma.

Nesses dias na cidade, foram à Fazenda Água Sumida, onde

passeio, os alunos puderam vivenciar o que os transportadores de produtos fazem diariamente. Voltaram do passeio de duas horas e foram para São Paulo novamente. “Achei muito interessante conhecer vários tipos de granito em Salto. Em Barra Bonita me diverti na Fazenda e entrar na eclusa foi muito interessante”, relata Ariadne Olímpio, 31, professora de português do 6° ano. Na cidade de São Paulo o 6° ano deveria ter ido navegar no rio Tietê, mas não foi possível, pois todas as navegações haviam sido canceladas.

Nascente do rio tietê

Valdemir Ferreira Pág.03

Daniel Constantino Pág.05

Juliana e Mariana Pág.05


Os alunos da escola Lourenço Castanho, do 6º ano, visitaram trechos do Rio Tietê em Salesópolis, em São Paulo, em Salto e em Barra Bonita. No dia 15 de agosto de 1941 a escola saiu em busca de explorar o rio tão falado no Brasil. Eles foram aprender mais fora da escola, vendo ao vivo. Eles ficaram impressionados pela sujeira que havia em algumas partes do rio. Brasital foi inaugurada com seus operários.

Os alunos saíram da escola e partiram para a cidade de Salesópolis para visitar a nascente do Rio Tietê. No caminho os alunos fizeram

Nesta fábrica, a movimentação das máquinas é feita a partir do

um trabalho de observar o caminho até chegar à nascente do rio. Viram

vapor da água que faz uma válvula girar que produz energia elétrica para

grandes plantações de eucalipto. Ao chegarem à nascente encontraram

a fábrica. es no próprio rio. A fábrica contém mais de 1.000 pessoas traba-

dona Teresinha, “eu uso esse peque-

lhando.

no lago para lavar minhas roupas,

Os operários vivem em

minhas louças”, comentou Teresinha,

casas totalmente iguais de tama-

65, moradora do local.

nho, têm um quintal no meio da vila

O tão famoso Sport Club Co-

onde os operários podem conver-

rinthians treinava seus esportes no rio

sar com os amigos e familiares. “Eu

no trecho de São Paulo, treinando

adoro ter um lugar para conversar

natação e remo. Pessoas utilizavam-

com a minha família e amigos”,

no como meio de transporte de mer-

contou Helena, 17, moradora de

cadorias e para competições de natação e de remo. As pessoas mais no-

uma das casas. Rio Tietê no parque das Lavras em Salto.

bres utilizavam os barcos (que era alugável) para assistir as competições. Em Salto, onde foi inaugurada a primeira fábrica de tecidos em 1941, visitaram a Brasital.

Em Barra Bonita, os alunos

viram peixes, vegetação, animais habitando o local novamente. “Adoro nadar e brincar no rio com os meus amigos, eu me divirto demais!”, disse Pedro, 9, estudante.

Ontem, o rio Nilo alagou suas margens após uma chuva muito forte. Muitos moradores morreram e outros ficaram feridos por essa tragédia, no Alto Egito. Segundo Tutancâmon, jovem faraó, a enchente alagou todas as margens, inclusive seu reino, sem contar a plantação de papiro. Alguns plantadores que não ficaram feridos ficaram muito felizes ao ter a sorte de a enchente ter feito um vale fértil.

Rio Nilo antes do temporal ocorrido, egípcios navegando nele.

“Isso foi uma falta de respeito dos nossos deuses, damos tudo para eles e nos retribuem desse jeito”, disse Zaid, 22.

Aconteceram muitos protestos contra o faraó que ainda não des-

Com a cheia, o nariz da Esfinge acabou sendo destruído e aca-

cobriu quem foi o responsável por essa imprudência. Egípcios estão em

bou indo pelo leito do rio para o Baixo Egito. Muitas pessoas no Egito

greve contra os deuses e dizem que nunca mais irão dar nada para eles,

acreditam que uma pessoa aborreceu o deus Seth (o deus da tempesta-

“graças aos deuses, aconteceu que o curso do rio foi modificado pelo

de), o faraó mandou a investigação imediata de seus servos.

temporal, e agora esse grande rio não passa mais por um vale fértil”.


o lixo químico ou plantas? V.F: Olha, um problema que nós temos às vezes é a vegetação, moitas, ilhas de Iguapé, ilhas de mato que às vezes soltam da margem e vêm parar aqui nos pés das barragens que obrigatoriamente temos que passar e isso afeta sim . O lixo não afeta muito nossa região ,mas um dos problemas do lixo em barra bonita é o esgoto doméstico, isso é o

Alunos: Há quantos anos você trabalha como capitão?

que mais contribui.

V.F: Bom, eu trabalho na área de navegação desde 1980.

Alunos: Você já navegou em outro trecho do Tietê?

Alunos: A vinda de turistas no seu barco traz muitas informações sobre o rio?

V.F: Já, o rio Tietê na medida que ele vai descendo até desaguar no rio Paraná ele é cada vez mais limpo.

V.F: Traz, há tempo que temos muito contato com pessoas, pessoas que trazem aquelas perguntas bem mais profundas ,bem mais técnicas,

Alunos: Você navega só no rio Tietê, ou em outro rio também?

acontece muitas vezes que o pessoal compara alguns lugares da Euro-

V.F: Profissionalmente eu navego aqui no rio, às vezes eu vou pra ou-

pa conta o que ele vem visitar , isso é bem interessante, a gente aprende

tros lugares mas só a passeio mesmo.

muito também.

Alunos: E você acha se não tivesse a cidade de são Paulo o rio estaria

Alunos: Houve muitas mudanças no próprio rio sem ser mata ao redor?

em melhor estado?

V.F: Houve a própria implantação da hidrovia e o transporte, foi uma

V.F: O problema não é a cidade de são Paulo ,são Paulo é um municí-

coisa que foi plantada, até com as construções das barragens do Tietê

pio ,o problema são as pessoas, se as pessoas parassem de jogar

que são seis no total.

resíduos no rio ele estaria bem melhor.

Alunos: Para você qual é o principal agente de transformação do rio? Por

Alunos: Como é qualidade da água neste trecho do rio?

quê? Por que ele fez tantas transformações?

V.F: Aqui na nossa região a água já está boa, tem um pouco de esgoto,

V.F: Olha, eu não falo isso no radical, mas o ser humano tem essa falta

lixo, mas já está se resolvendo esta questão, para podermos fazer es-

de educação com a natureza, esse desrespeito ,e isso só traz maus

portes no rio.

resultados pro ser humano, isso deve ser feito de

Alunos: Qual é a profundidade do rio? Isso influen-

maneira sustentável, que hoje se faz muito, e todo

cia na navegação?

trabalho que existe hoje é consequência.

V.F: Sim, isso é um ponto fundamental para qual-

Alunos: Quais mudanças no rio você já presenciou ?

quer embarcação que navega, a média aqui na

V.F: Bom, as mudanças do rio fauna, flora, um dos

nossa região ela fica entre cinco e quinze metros de

problemas que acontece muito por aí com flora é o

profundidade, mas tem placas no rio de sinalização

açoreamento pela devastação da mata ciliar natural-

de profundidade.

mente no rio Tietê.

Alunos: O que você acha que o Tietê tem de dife-

Alunos: É possível nadar no trecho do Tietê em Barra

rente, comparado aos outros rios?

Bonita? Você já nadou?

V.F: O Tietê tem uma coisa interessantíssima que é já correr ao contrário do mar, isso já é um fato dife-

V.F: Já nadei, já comi muito peixe daqui, como peixe daqui. Mas é possível sim nadar nesse trecho. Tem muita gente que anda Jet esqui, nós temos pontos do Tietê que o pessoal pesca.

Na foto acima, Capitão Ferreira e Eduardo, na recepção do hotel.

Alunos: Qual foi o maior peixe que você já pescou ?

rente de tudo aquilo que você já ouviu falar dele até porque um dia todo mundo aprende que um rio nasce e corre para o mar e já contraria a 22 km do oceano atlântico ele desce cortando exatamente o

centro do estado de são Paulo e vai desaguar no rio Paraná.

V.F: Aqui no Tietê há um tempo, numa enchente, o rio encheu e depois que abaixou ficou uma carpa, que chama carpa cabeçuda que é um peixe de espécie grande, aquela carpa tinha quase 50 kg , não peguei , foi o maior que eu vi.

Alunos: Em seus anos de trabalho no rio você teve algum problema com

Eduardo Fisher, Beatriz Borup, Gabriela Rotta e Matheus Rheda. Entrevista realizada no dia 03 de setembro, na recepção do hotel Panorama.


A natureza pede socorro

Aquecimento global


Alunos: O rio interfere no seu trabalho? Como? D.C: Não. Trecho Salto Km 36 (Ponte Rio Tietê)

Alunos: Você gosta do seu trabalho? Por quê? D.C: Gosto, porque todos os dias nós interagimos com todo tipo de

D.C: Com certeza. Sendo biólogo preciso sempre estar fazendo a mi-

público, crianças, jovens, adultos, melhor tipo de idade.

nha parte, que é passar também para os outros pelo menos da idade mais jovem que façam sua parte também.

Há quanto tempo você trabalha aqui?

Alunos: Você depende do rio para quê?

D.C: 6 anos.

D.C: Para ganhar meu dinheiro e trabalho,

Alunos: Há quanto tempo você mora

que é contando a história do rio Tietê que eu

aqui?

acabo trabalhando como monitor de turismo,

D.C: 9 anos.

se não fosse esse rio eu não teria a parte de

Alunos: Você usa ou já usou o rio?

turismo ambiental na cidade.

Para quê?

Alunos: Você já viu alguém jogando lixo no

D.C: Só em visitas na área limpa, fora

rio? O que você acha disso?

isso, a parte de coleta de amostras na

D.C: Muitas vezes, e quando eu via com

área suja.

Alunos: O rio atrai muitos turistas?

certeza eu chamava atenção, mas é daquele Na foto acima o entrevistado Daniel Constantino

D.C: Muitos turistas, a maior parte deles de São Paulo que vem ver qual é a ação deles lá em cima e o que acarreta aqui embaixo.

jeito, não se chama atenção de pessoas da

antiga, mas a gente mexe com a cabeça dos mais jovens.

Alunos: Você acha que o rio interfere no turismo? D.C: De vez em quando sim. Porque o cheiro misturado com um monte de compostos químicos, acaba liberando um fedor meio que incomodante, então as pessoas acabam se sentindo nauseadas ou acabam passando mal por causa do fedor. (Ou seja, espanta os turistas).

Alunos: O rio tem uma boa história na cidade de Salto? D.C: Sim, o Tietê tem a parte ali onde tem o afluente rio Jundiaí Tietê, que é quando existia o clube de regatas, o pessoal nadava, pescava, e na cachoeira também pescavam, e existia um restaurante ali que eles pegavam o peixe direto do rio para assar, isso na época em que o rio Rio Tietê em Salto

era limpo.

Alunos: Por que você acha que as pessoas gostam de vir aqui? D.C: Aqui em Salto tem muitos lugares bons para passear também, sem contar que nós temos a cachoeira Utubuaçu, que é a maior cachoeira do rio Tietê de 12 metros de altura, e ela também faz com que o rio comece a se limpar pra chegar na região de Porto Feliz já assim sem resíduos inorgânicos, apenas produtos químicos ainda na água.

Alunos: Você contribui para que o rio fique mais limpo? Como?

Rio Tietê em Salto

Rio Tietê e Brasital

Giovanna Versatti, João Paulo Chohfi, Hermano Amaral e Alexia Saddi.


Após ingressar na eclusa, que tem comprimento de 142m, largura de 12m e desnível de 26m, são necessários 50 milhões de litros de água para completar o processo de enchimento e esvaziamento.

A eclusa serve como transporte de mercadoria, turismo e também facilita a passagem do barco.

Eclusa do rio Tietê Transporte da produção através da hidrovia

Os alunos da escola Lourenço Castanho nos dias 2,3 e 4 de setembro, hospedaram-se no hotel Pa-

Uma eclusa é uma obra de enge-

norama em Barra Bonita para visitar a eclusa do rio

nharia hidráulica que permite que barcos subam ou desçam os rios ou

Tietê.

mares em locais onde há desníveis Em sua navegação, viram que a eclusa funcio-

(barragem, quedas de água ou

na da seguinte maneira: abre-se uma comporta, a água

corredeiras).

A estudante Marina Fernandes disse que gostou de visitar a eclusa e que gostaria de voltar. Após a viagem, os alunos discutiram

passa por várias tubulações, onde é igualada com a do

sobre o seu passeio e muitos disseram que

outro lado da eclusa o que possibilita o barco passar

visitar a eclusa foi a parte mais legal de seu

para o outro lado.

estudo.

Rio Tietê, Barra Bonita

San Marino é uma das embarcações que fazem o agradável passeio pela eclusa. Com capacidade para 700 pessoas, peso de 210 toneladas, o San Marino é um dos mais modernos e luxuosos barcos em navegação, oferecendo conforto e segurança aos passageiros. Numa velocidade de 10 nós por hora (19km aproximadamente), o barco caminha suavemente sobre as águas, onde a profundidade acima da barragem chega a 40 metros. San Marino


Rio Tietê Poluído

Alunos: Como você acha que é a nascente do rio Tietê? J. & M.: Não sei limpa, mas eu só a vi na televisão.

Alunos: Como você acha que a sua cidade trata o rio? J. & M.: Muitas vezes eles jogam óleo no rio e não é legal. Mas a maioria

Como o rio interferiu na sua vida?

cuida muito bem do rio.

J. & M.: O rio está no dia-dia das pessoas, especialmente na minha,

Alunos: Como você acha que podemos melhorar as condições do rio?

porque eu trabalho muito com ele, eu levo muito as crianças lá.

Alunos: Você gosta da sua profissão? J. & M.: Sim, porque eu acho interessante trabalhar com a vida das crianças, lado a lado, e viver o que elas sentem. Elas me contam muito sobre a vida delas.

J. & M.: Não jogar lixo no rio, não desperdiçar óleo.

Alunos: Você acha que os turistas tem a mesma consciência que vocês em relação ao rio? J. & M.: Mais ou menos, alguns jogam lixo, outros não, eles jogam mais na rua.

Alunos: Você acha importante a presença do rio em Barra Bonita? J. & M.: Sim, é um dos maiores pontos turísticos da cidade. Todo mundo vai nele.

Alunos: Quais as suas impressões do rio? J. & M.: Ele é limpo, muito bonito, e bem cuidado, comparado a São Paulo que é sujo e fedido.

Alunos: Você acha que os seus alunos conhecem e se importam com o rio? J. & M.: Sim, já os levamos na “prainha” muitas vezes, eles adoram.

Prainha Barra Bonita -São Paulo

Valentina Prada, Luigi Bianchini e Mariana Mariotto.


Destruindo a beleza


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