Livro Ação e Redação 2014

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IV CONCURSO - 2014

Ação e Redação



IV CONCURSO - 2014

Ação e Redação


Equipe Sócias Fundadoras Jeannette Alicke De Vivo Maria de Lourdes Pereira Marinho Aidar Marília de Azevedo Noronha Sylvia Figueiredo Gouvêa Diretor Geral Alexandre Abbatepaulo Diretora Educacional Karyn Bulbarelli Diretora de Currículo Fabia Helena Chiorboli Antunes Diretor de Unidade - Ensino Fundamental II Antonio Sérgio Pfleger de Almeida Diretor de Unidade - Ensino Médio Wagner Cafagni Borja Coordenadora de Língua Portuguesa Roberta Hernandes Alves Professoras do Ensino Fundamental Ariadne Mattos Olímpio - 6º ano Débie dos Santos Bastos - 7º ano Larissa Teodoro Andrade - 8º ano Maria Elisa Curti Salome - 8º ano Daniela de Arruda Garcia - 9º ano Nayara Moreira Santos - Corretora Professoras do Ensino Médio Amanda Lacerda de Lacerda - 1ª série Tatiana Albergaria Ricardo - 1ª série Nayara Moreira Santos - 2ª série Camila Flessati - 2ª série Gabriele de Souza e Castro Schumm - 3ª série Roberta Hernandes Alves - 3ª série Larissa Teodoro de Andrade - Corretora Priscilla Cardoso Carvalho Coelho - Estagiária

www.lourencocastanho.com.br


Agradecimentos Nosso especial agradecimento às professoras Amanda Lacerda de Lacerda, Ariadne Mattos Olímpio, Camila Flessati, Daniela de Arruda Garcia, Débie dos Santos Bastos, Gabriele de Souza e Castro Schumm, Larissa Teodoro Andrade, Maria Elisa Curti Salome, Nayara Moreira Santos, Priscilla Cardoso Carvalho Coelho, Roberta Hernandes Alves, Tatiana Albergaria Ricardo. Nosso muito obrigado também à Simone de Ávila Xavier.


Prefácio

Tropeçavas nos astros desastrada Quase não tínhamos livros em casa E a cidade não tinha livraria Mas os livros que em nossa vida entraram São como a radiação de um corpo negro Apontando pra expansão do Universo Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso (E, sem dúvida, sobretudo o verso) É o que pode lançar mundos no mundo [...] (Caetano Veloso – Livro (CD) 1998)

A sociedade do século XXI é a da imagem. Facebook, blog, instagram. Todos querem ver e ser vistos, numa superexposição constante. Mas não nos esqueçamos de que esta é também a sociedade da palavra, especialmente da palavra escrita: leis, notícias, direitos e deveres, protestos e reivindicações circulam pela via escrita e é o homem letrado quem mais chances tem de inserir-se de forma abrangente e atuante na malha social. A leitura é conhecimento, entretenimento, cultura e, também, poder. Para o educador pernambucano Paulo Freire, o ato de ler é importante porque amplia nossa possibilidade de ler o mundo. Se ao chegar à escola a criança já é capaz de ler, já que a leitura de mundo precede a leitura da palavra, será na escola que ela desbravará o universo da palavra escrita, sem perder de perspectiva que ler um texto exige mais do que a decodificação das palavras, exige que se realize uma leitura da realidade ao redor, percebendo a importância social do texto e o contexto em que ele foi escrito. Nesse sentido, o papel do processo educativo é o de potencializar nossa capacidade leitora. Decifrando palavras e textos, descobrimos novos mundos, aos quais temos direito mais do que dever, diria o crítico literário Antonio Candido. E a literatura ocupa lugar privilegiado no contato com a leitura no espaço escolar. Para Candido, a literatura seria o “sonho acordado das civilizações” e, assim como não é possível haver equilíbrio psíquico sem o sonho durante o sono, também não seria possível haver equilíbrio social sem a literatura, sem a leitura que fantasia e reconstrói o cotidiano, atribui sentido a desejos, revoltas, frustrações. O ato de ler foi também problematizado pelo romancista francês Daniel Pennac. Em sua enunciação sobre os 10 direitos do leitor, ele afirma que este contaria com direitos como os de não de ler, de pular páginas, de não terminar um livro. Num primeiro momento, parece quase uma desobrigação preguiçosa da leitura. Mas o que o autor busca reafirmar é o direito amplo de escolha, a liberdade. Sendo possível rechaçar uma leitura, intensificam-se direitos como os de reler, ler qualquer coisa em qualquer lugar, ler em voz alta. No ano em que a Escola Lourenço Castanho completa 50 anos, o papel social da leitura, aprendizado escolar fundamental, se torna foco do olhar dos alunos na quarta edição de nosso Concurso de Redação. Depois que nos tornamos leitores formados, temos a tendência de esquecer a emoção de decifrar as primeiras letras, de formar palavras e mundos onde as imagens se compõem em nós mesmos e as telas são dispensáveis. Quem não tem uma história de amor, de estranhamento ou de desafio para contar a respeito de uma leitura que tenha feito? Quem não se perde decifrando sentidos que as palavras carregam, arranjadas de modo inusitado num conto, num poema, num ensaio sociológico, num manifesto? Em 2014, nossos alunos foram desafiados a pensar sobre sua trajetória leitora, sobre a importância que a leitura – de textos e de mundos – teve e tem em sua formação como estudantes. Seja por meio de relatos pessoais, crônicas, poemas, artigos de opinião, dissertações, o foco da escrita está na relação entre o sujeito leitor e aquilo que ele lê, decifra, ressignifica. Convidamos a comunidade escolar a compartilhar o resultado do concurso e refletir sobre o papel da escola e da leitura, de mundo e de textos – escritos, visuais, multimodais, pictóricos etc. – em nossas vidas. Roberta Hernandes Alves Coordenadora de Língua Portuguesa – Fundamental II e Ensino Médio Escola Lourenço Castanho


Sumário 6º ano: Relatos pessoais ........................................................................... Embarcando em uma viagem encantadora com os livros ............................................. Meu mundo ................................................................................................................... Minha primeira viagem .................................................................................................. Uma porta para outro mundo ........................................................................................ Uma vida sem título .......................................................................................................

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7º ano: Crônicas ....................................................................................... Amor à segunda vista ..................................................................................................... Até que um ponto nos separe ........................................................................................ Relevos .......................................................................................................................... Santa Bíblia .................................................................................................................... Um Verdadeiro Capítulo ................................................................................................

17 19 20 21 22 23

8º ano: Poemas ......................................................................................... Alimento para a alma ..................................................................................................... Histórias de um leitor .................................................................................................... Meu aviãozinho de papel ............................................................................................... O mundo no meu sofá ................................................................................................... Um novo mundo ............................................................................................................

25 27 28 29 30 31

9º ano: Artigos de opinião ........................................................................ A diversidade literária .................................................................................................... A influência da leitura .................................................................................................... Baú de sabores ............................................................................................................... Gênero Não Se Discute .................................................................................................. Só opina quem lê ...........................................................................................................

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1ª série: Artigos de opinião ...................................................................... A codificação de uma nova era ....................................................................................... A importância da leitura na construção do cidadão ...................................................... O direito de ler e o ler direito ........................................................................................ Por um mundo com mais leitura ................................................................................... Ser cidadão ....................................................................................................................

41 43 44 45 46 47

2ª série: Crônicas ..................................................................................... A explosão da bolha ....................................................................................................... Ele leu ............................................................................................................................ O poeta da rua ............................................................................................................... Os seres alados .............................................................................................................. Reflexões sobre cores, branco .......................................................................................

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3ª série: Dissertações ............................................................................... A cultura do silêncio ....................................................................................................... A leitura ativa, ativa o cidadão ....................................................................................... A leitura como instrumento de construção ................................................................... A leitura que transforma ................................................................................................ Ler: o ato que liberta ......................................................................................................

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6ยบ ano: Relatos pessoais



Embarcando em uma viagem encantadora com os livros Quando eu era menor, eu não gostava de ler. Eu só queria brincar de esconde-esconde, cama-elástica e amarelinha com as minhas amigas. Até que um dia comecei a ler. E aprendi a brincar lendo. Nos livros de comédia, eu rachava de rir, que só vendo. Nos de romance lembrava dos meus paquerinhas ... Nos de aventura eu me aventurava também. E não cansava de me perder no tempo viajando. Viajava para mundos mágicos, como no de “Alice no País das Maravilhas” e ficava com água na boca de ler “A Fábrica de Chocolate”. Na época, eram livros grandes para mim, mas isso não era problema para uma garotinha como eu, cheia de imaginação. Quando eu lia livros sem imagens, eu imaginava como era aquele lugar ou os personagens. Eu me envolvia tanto com os personagens que eu sentia as mesmas coisas que eles. Nas cenas de tensão, quem estava tensa era eu! Parecia que eu estava ao lado do personagem, sentindo as mesmas vibrações que ele. Parecia também que eu estava em outro lugar, cheio de fantasia. Às vezes, eu me identificava com os personagens, como Luísa, de 6 anos, que é personagem do livro “Minha Querida Assombração”. Sentia os mesmos medos e o jeito de pensar. Um livro que eu adorei e que lemos em classe foi “O Menino no Espelho”. Fernando, o personagem principal, pensava ter um esconderijo na piscina. E isso me lembrou muito de quando eu era menor, e eu pensava que no sofá do meu sítio, você tirava a almofada e era um escorregador que ia até um jardim com flores, brinquedos e uma piscina. E era assim que eu mergulhava nos livros e mergulho até hoje. Luisa Doria de Almeida – 6º C

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Meu mundo Livros para mim são chaves. Não chaves que abrem portas comuns. Chaves que abrem as portas para o meu mundo. Um mundo onde heróis lutam contra as forças do mal, detetives desvendam mistérios, crianças viajam pelo mundo, animais falam e bruxos e bruxas travam batalhas espetaculares. Pelos livros eu tenho carinho e respeito, como tanta sabedoria ou história pode caber dentro de um espaço tão pequeno! É um grande mistério... Porém, não precisamos entender isso para aproveitar o livro, o que vale é a história e o valor sentimental. Quando leio, eu automaticamente me conecto na história, viro um dos personagens e minhas emoções seguem o texto. Quando alguma coisa ou frase é engraçada eu rio, quando alguma coisa feliz acontece eu sorrio, quando o vilão ataca ou alguma coisa injusta acontece eu fico brava e quando alguém morre ou se machuca eu fico triste e preocupada. Eu tenho esse tipo de ligação com os livros. O mundo é cheio de problemas e para piorar eu ainda tenho os meus, mas basta abrir um livro na minha frente que eu já entro no meu universo, onde os problemas são resolvidos com um simples toque de varinha de condão e assim eu me isolo do resto a minha volta e me aprofundo na história. Um livro de que eu realmente gosto é “Ruby Redfort em Respire pela última vez” de Lauren Child. Eu já havia lido alguns livros desta autora mas nunca havia lido esta série. Ruby Redfort é uma menina de treze anos que, apesar de estar na escola, é uma agente quebra códigos que tem que resolver muitos mistérios. Esse livro me deixou muito curiosa e eu senti toda a história. Foi difícil escolher este livro, pois eu amo todos os meus livros e já os li umas cinco vezes e não me canso de continuar lendo. Tenho alguns finos, mas na maioria eles são grossos. Eu valorizo muito poder ter dinheiro para comprá-los e devorar suas histórias. Espero um dia poder fazer a mesma coisa para outras crianças que não têm tanto dinheiro, para elas poderem aprender a gostar de ler esses livros tanto quanto eu. Luisa Castro Barros – 6º A

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Minha primeira viagem Quando pequena estava em Paris e logo que cheguei recebi por e-mail da minha tia uma série de quatro livros chamada Hush Hush. Foi nesse dia que minha primeira viagem realmente se iniciou. Fui para um mundo completamente diferente, onde a luz nem sempre significa o bem e a escuridão nem sempre significa o mal. Comecei a ler o primeiro livro, mas logo no começo parei. Sei lá, achei que não era livro para minha idade. Pensei “Ah. E eu vou lá ler livro de adolescente? Um pouquinho demais, né?” Mas a vontade de pegar e ler o livro de novo começou a me matar por dentro. Nem aproveitei o dia direito, pois esperava a hora de chegar no hotel. Quando lá cheguei ninguém me segurava, fui ler o livro, mas dessa vez ler direito, ler do começo até o último ponto final. Minhas primeiras sensações? Nossa, aquele livro me consumia de dentro para fora! Não parava de ler nem sequer um minuto, minha mãe tinha de tirar meu Ipad para eu parar! Passava os dias ansiosa para chegar logo no hotel e viajar pelas aventuras, viajar para um lugar fantástico, meu pequeno mundo. Aquele livro era minha cara! Eu praticamente lia minha vida sendo vivida por outra pessoa. Se apaixonando pelo cara errado, sofrendo por algumas amizades, a protagonista era igualzinha a mim. Eu entrava na história de uma forma que eu nunca tinha visto antes! Eu participava da história. Até que um dia minha alegria se foi, pois o livro acabou. Não conseguia entender aquele final que reli mais de 20 vezes. Não consegui conter minhas lágrimas. Como iria continuar vivendo minha vida sem aquele livro? Sem meu melhor amigo, meu tudo, eu fui por água abaixo. Não queria ler o livro de novo, pois já sabia toda a história. Qual seria a graça? Os sentimentos de quando li pela primeira vez não iriam voltar. Mas me enganei. Para mim, sentimento é uma coisa inexplicável, uma coisa que a gente não controla, e foi por isso que errei. Quando não aguentei e li o livro de novo, todas as emoções, tristezas, alegrias, amor, tudo voltou como se eu nunca tivesse lido o livro. Até hoje releio os livros, e aqueles sentimentos, os mesmos de quando li pela primeira vez, voltam. E essa foi minha primeira viagem, viagem ao mundo, ao meu pequeno mundo! Julia Giraudon – 6º B

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Uma porta para outro mundo Como eu adoro ler... eu, às vezes, fico o dia inteiro, lá, com a cara enfiada em um livro. Para mim, um livro bom, bom mesmo, é uma porta, uma porta para outro mundo, um mundo novo, diferente do meu e do seu, onde cavaleiros lutam com espadas, os mortos voltam, a caminhar, os animais falam e os monstros saem à noite... Já li vários livros, de Percy Jackson a As crônicas de Gelo e Fogo, de Jogos Vorazes a Matilda. Nesses livros, eu sentia como seu eu estivesse lá, vendo a história se desenvolver. Sentia raiva daqueles personagens que eram falsos e traíras. Sentia pena daqueles que eram traídos pelos amigos, e que, apesar de terem ganhado todas as batalhas que a vida proporcionou, acabaram perdendo a guerra, de um modo injusto a ele. Me sentia feliz por aqueles personagens que superaram os obstáculos da vida ou achavam aquilo que procuravam. Na coleção: As Crônicas de Gelo e Fogo, quase quis espancar o autor, pois ele sempre matava ou fazia cair uma desgraça sobre os personagens que eu gostava ou admirava, ou que, na minha opinião, tinham uma causa justa. Até parece que R. R. Martins tem uma roleta, que se chama: Que personagem vou matar hoje?, já que é tão repentino: num momento, os personagens estavam felizes, festejando, e no outro segundo, eles estavam nas criptas. Você fica o livro inteiro pensando “ai, meu deus, o que vai acontecer agora?” Eu prefiro um livro a um filme, já que você pode imaginar os personagens, o ambiente etc. Ontem, eu estava lendo um livro que se chama “Não olhe para trás”, nossa! Como esse livro dá medo, uma sensação de nó no estômago... Esses livros são bons, os livros que fazem você acreditar, acreditar que você, nunca, nunca está sozinho... Emilie Chen – 6º D

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Uma vida sem título Entusiasmada, eu gostava de viver, de viver ao redor de livros. Me encantava por tê-los a meu lado. O preferido? Não tinha. Mas tinha um diferente, um lá no meio dos meus amados. Chamava-se “Um grande livro para guardar pequenas coisas”. Ele foi um livro de encanto, um que fazia meus olhos brilharem ao encarar os olhos dele. Era de arte, de expressão, diferente dos outros, e era isso que me atraía. Eu possuía um grande afeto por ele, tanto que é indescritível. Tanta paixão que, ao final, quando a interação acabou, li novamente, fingindo que não sabia a história. Tentei pôr fim a esse fingimento, mas não conseguia desapegar-me dele. Foi aí, aos 8 anos de idade, que surgiu uma ideia em minha cabeça: se era tão necessária uma segunda versão, faria uma eu mesma. A este ponto de minha vida já havia passado por muita coisa, mas nunca por nada tão intenso. Nas primeira cinco, seis páginas, introduzi o livro, mas o resto ainda não havia sido feito. Cansei. Após um bom tempo, reencontrei-o no fundo de minha gaveta. Emocionei-me ao perceber certos erros de ortografia. Foram eles que me fizeram lembrar de como era bom aquele passado, aquele tempo livre e expressivo; sem julgamentos ou preocupações. Continuei até umas onze páginas. Páginas de acontecimentos absurdos e muitas vezes fictícios. Agora ele é praticamente um diário, onde recordo e guardo meus tesouros. Ainda tenho uma vaga impressão de que escreverei em meu livro até tomar outro caminho e “passar dessa pra melhor”. Um pouco “clichê”, mas é a mais pura verdade. Agora sei em absoluto que o livro inacabado de minha vida, onde guardo as mais belas memórias que fugiram de minha cabeça para ir morar no papel, é o meu amado sem nome, pois, afinal, o livro ainda não possui um título além de vida. Nina K. Cirello – 6º C

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7潞 ano: Cr么nicas



Amor à segunda vista Antes do Fundamental 1, eu nunca gostei de livros, até o fatídico dia em que houve trégua de uma guerra que durou tempos, como ocorreu na faixa de Gaza. Antes desse dia eu já havia tentado ler Percy Jackson e o Ladrão de Raios, O assassinato no hotel 5 estrelas (se eu não me engano esse é o título), mas nunca acabei nenhum. Porém, praticamente todos os livros que li além de Diário de um Banana e Zack Power foram mandados pela escola e eu tinha que ler TODOS os livros, como A Bolsa Amarela, Os Colegas. Foram minhas únicas leituras até o Fundamental 2 no 6º ano. No momento em que me deparei com aquele livro, meu coração parou, eu sentia algo muito forte dentro de mim e senti uma flecha acertar o meu coração, 200 páginas. A flecha que acertou meu coração era de papel e algo muito forte era a infecção causada pelo papel, então isso fez com que meu coração parasse (sentido figurado!), não ia acabar esse livro com vida. O título era: A Droga da Obediência e era exatamente o que eu pensava, obedecer é ruim, e eu iria tentar não obedecer a todo custo. Porém, é impossível negar a ordem de uma mãe ou haveria consequências graves. Quando comecei a ler percebi que não era tão entediante, depois se tornou até que legal, até que se tornou o melhor livro que já li, foi amor à segunda vista, nunca deveria ter julgado um livro pela capa, foi como uma mulher, fala mais que a boca, porém tudo que fala é sensacional! Essa narrativa trata de cinco amigos do colégio Elite que lutam junto ao detetive Andrade contra uma droga que faz obedecer. Quando acabei, foi como se alguém próximo de mim tivesse morrido, até que meu amigo Rafael Lopes me mostrou outros livros do mesmo autor (Pedro Bandeira): Droga do amor, O anjo da morte, O Pântano de Sangue e a Droga da Americana, nesse momento, comecei a ler e acabei em um piscar de olhos, mas quando acabei algo dentro de mim morreu e espero até hoje por um livro que me deixe “completo” outra vez. Eduardo Mangini – 7º B

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Até que um ponto nos separe Era quase um casamento. Depois de ter comprado “Diário de um Banana”, não pensava mais em nenhuma garota, só naquelas páginas sensuais, era um amor eterno. Aquele livro me encantava, não sei bem porque, mas me identificava um pouco com ele. As coisas que aconteciam com o protagonista, “Greg”, faziam com que eu rachasse de rir, todo dia, toda hora, todo instante, na escola, no inglês, em casa, no banho, no quarto ele estava sempre ao meu lado. A história do livro era bem boba, mas para mim era sensacional, o melhor entretenimento possível. Meu pai não gostava do livro, dizia que não ia mudar nada na minha vida e sempre queria que eu lesse outra coisa, com uma melhor cultura, mas eu não conseguia me desapegar, eu namorava o livro, ele me fazia sentir melhor e me dava dicas para a vida. Um dia o meu pai pegou o meu amor e disse: - Você já leu esse livro cem vezes, leia outra coisa, qualquer coisa, estou cansado de ver esse livro! - Mas esse livro é lindo, me faz rir, me faz bem, não me separarei desse livro, nunca! - Não me importo, leia qualquer outra coisa, além disso, esse livro é muito ruim. Pegue esse dinheiro e vá à livraria ali na esquina ou até mesmo na banca e compre algo para ler. Pensei em ir à livraria, mas quis comprar uma coisa bem mais legal na banca. - Cheguei, pai! Vou ler a revista que comprei. - Revista? Que revista? - Depois te mostro, é uma revista com belas paisagens. - Deixa eu ver – nesse momento gelei – ai, meu Deus, você comprou uma revista de mulher pelada? - Você disse qualquer coisa, lembra? - Está de castigo por uma semana, não admito este tipo de coisa em casa! - Pelo menos você me devolve meu amor? - Tome esta porcaria, melhor que nada... Eu e meu amor fomos felizes para sempre juntos. Miguel Viveiros – 7º C

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Relevos Hoje eu estava passando pela rua e senti um livro, jogado entre meus pés. Parecia novo, mas também abandonado, sozinho em seu próprio mundo, guardando em segredo ou um suspense, ou um assassinato, talvez um romance, não sei o que, mas, como ele se parecia muito comigo, sozinho e isolado, peguei-o para mim. Passei a mão por sua capa, com alguns relevos no título “Lost Boys”, e também no prólogo, que falava de dois amantes se abraçando em um banco, em algum lugar remoto. Continuei minha caminhada até em casa e coloquei-o na mesa enquanto sentia o tecido do encosto da cadeira em minhas costas. Sua primeira página descrevia a minha vida, uma menina comum que teve que mudar de vida completamente, deixando tudo para trás. Com meus dedos, via a vida e o romance que uma garota de 17 anos poderia ter, lê-la com meus dedos e poder imaginar como seria ver aquele carvalho no meio do pátio da escola me tirou a solidão. Tirei meus óculos e comecei a tocar as páginas como se aquilo fosse a minha salvação e, de um momento para outro, passei de um mundo escuro e sem vida, sem cores e luzes, para um mundo novo, bonito, cheio de flores e rostos novos que eu estava vendo! Nunca tive a oportunidade de ver o mundo assim, mas quando cheguei ao último relevo, ou braile, da página 359, ele me disse “fim”, e com isso eu sabia que aquele livro seria minha esperança de viver “feliz para sempre” vendo o mundo, mesmo que na minha imaginação. Paula B. Priore – 7º B

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Santa Bíblia Eu estava em uma noite tão bela de domingo, tendo que ler um livro super divertido! Se chamava Bíblia, e isso porque no dia seguinte eu ia concluir a primeira comunhão e teria que falar sobre a Bíblia. Nem mesmo Deus podia me salvar desse sofrimento, eu estava destinado a ser torturado por todos aqueles versículos. E o pior é que já eram 7 horas da noite e eu ainda estava lendo Adão e Eva, mas ainda podia piorar, a revista Playboy que eu havia encomendado tinha acabado de chegar. Mas se eu não lesse eu iria falar sobre o que na apresentação? Sobre as coelhinhas da Playboy? Então sentei no sofá e comecei a ler, eram páginas e páginas, versículos e versículos. Eu estava correndo contra o tempo, tinha que ler a Bíblia inteira até as onze da manhã. Sendo assim, tive que passar a noite em claro lendo aquelas benditas 1000 páginas, e a única forma de eu ter feito isso foi bebendo várias xícaras de café extraforte, e várias latas de Red Bull. Quando estava de manhã, eu felizmente consegui acabar de ler, pulei várias partes pouco importantes, mas esperava que eu não me prejudicasse por causa disso. Consegui fazer a apresentação, só que com a ajuda de um resumo da internet. Quando cheguei em casa, estava com tanto sono que eu nem conseguia me animar para ler a Playboy. Eu apenas queria dormir. Luca Coutinho Melão – 7º C

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Um Verdadeiro Capítulo Estava no meu quarto, tinha que ler mais um livro que a escola pediu. Peguei-o do meu armário, minha mão quase caiu de tão pesado que era, pensei: “mais uma Bíblia que tenho de ler”. Era uma véspera de corrida e se não terminasse pelo mesmo um capítulo, não iria correr no outro dia. Sentei na cama, coloquei o livro entre as pernas e comecei a folhear. O título do livro era: “O livro: é bom ou ruim?”, ele descrevia situações em que o livro poderia ser bom ou ruim. Achei meio estranho, mas tinha que ler. Olhei o índice e vi um capítulo chamado “O pódio”, como estava ligado ao esporte que fazia, decidi começar por ele. O capítulo descrevia uma situação em que, ao invés de um troféu, os três primeiros recebiam um livro devido ao patrocinador do evento. Achei estranho, mas ao mesmo tempo engraçado. Como estava em véspera de corrida, e já tinha lido o capítulo que precisava, decidi parar por ali, pois também estava cansado. De manhã, acordei, tomei café, escovei os dentes e coloquei meu macacão. Meu pai buzinou, então desci, entrei no carro e fui para a pista. Parecia ser um dia normal de corrida. Já sentado no kart esperando para largar, refleti um pouco sobre o capítulo que tinha lido no dia anterior e me perguntei “E se aquilo acontecesse comigo?”, era bobagem, é claro que não iria acontecer, então me concentrei e fui para a corrida. Depois de uma corrida emocionante, ofegante, com várias ultrapassagens e disputas, fui para o podium, lá estavam os três primeiros. Esperava ser um prêmio grande, bonito e pesado, devido ao esforço de minha corrida. E lá estava vendo o meu “troféu”, como esperava, grande, bonito e pesado, só tinha um único detalhe, era um livro! Minha cara se fechou completamente, olhei para o lado e vi um banner no qual estava escrito “Saraiva”, era exatamente a mesma situação que o capítulo que tinha lido na noite anterior descrevia. Dei um sorriso e pensei “Acabou de acontecer o que mais temia”. Caio Collet – 7º A

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8ยบ ano: Poemas



Alimento para a alma De mentes fechadas, o abrimento De pessoas vazias, o pensamento Livros Fontes inesgotáveis de conhecimento Mas o que são os livros Sem as pessoas para lê-los? Eles nada mais são Que nossas chaves, nossos elos Para um temporal de sensações Um dos mais belos Mesmo de volta à realidade O viajante sem chave Continua do outro lado Início de outra clave Uma nova clave Para outra leitura Longa, curta Com drama ou brandura Novas clavas Pois melhor que um gato e seu novelo, O homem e suas palavras De exatos, a abstração De ignorantes, a erudição Livros Não caberiam numa definição. Raffaella De Vivo Queiroz – 8º C

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Histórias de um leitor Abaixo do sol ardente Sob o parvo céu azul Viaja o cowboy inteligente De Oeste a Sul Olho para o céu, Cavalgo em meu corcel O menino a voar, Ele irá pousar! Viajo em minha nave, No espaço sideral. Para um universo de palavras, um mundo sem igual. Nesse lugar divergente, O amor não é diferente. Com seus cabelos amarelos, Quem salvará a princesa do castelo? Entre os mares de poemas, Os declamadores marinheiros Vivem para navegar E para salvar seus companheiros Então a história terminarei, Meu livro acabei O que posso fazer? Se ler me faz viver! Beatriz de Souza Bim – 8º A

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Meu aviãozinho de papel Abrir um infinito de letras viajantes

O sabor do saber

Ter um passaporte e estar preparada

Sacia minha mente

Para um mundo, um conto

Mas se tratando da leitura

Onde sonho acordada

Sou um comilão insolente

Pulando de ponto em ponto

Mas tem algo,

Ir trilhando minha jornada

Que me acalma

Afinal? Quem não gosta

Olhar pro livro e para estante

De por um livro ser maravilhada?

Que no fundo me salva

Na leitura,

Laura Arruda Alvares – 8º B

Sou o principal e o figurante, O que pra mim, já é bastante! Mas as páginas vão voando Sob os olhos de quem as lê Me sinto uma criança Que não quer mais crescer Não mais sou gigante Não mais sou anão Não mais sou eu Me redescubro, perdida, Mas sei que me encontro, diferente, em cada história Por mim lida Mergulho no meu paraíso Encontro no branco papel Meu pequeno pedaço de céu Uma aventura me aguarda Na capa avermelhada

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O mundo no meu sofá Viajei para o sul para o leste para oeste Fui para a rua para a África para o fundo do mar. Conheço o espaço Os planetas são legais As estrelas cantam Tenho amigos em Marte Conheci seu Zé um barbeiro com chulé conheci Mariana que tinha um pé de banana O Osvaldinho um lindo menininho Para isso nem carro, bicicleta, avião ou cavalo precisei Viajei com a imaginação Viajei com os livros Que não têm motor, pedal ou freio, mas te levam a qualquer destino até onde sua imaginação chegar. Giulia Naddeo – 8º C

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Um novo mundo Os livros são estantes Nos mostram a paixão Os livros são instantes Uma grande ilusão Desenhos, infância Robin Hood, herói Phileas Fogg, aventureiro Sherlock Holmes, destemido Ler é a busca pelo infinito Navegar sem direção Será que é o fim? Quando leio sou concreto Não procuro outros mundos Encontro o meu Guilherme Alves Barreto – 8º B

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9ยบ ano: Artigos de opiniรฃo



A diversidade literária Durante a vida escolar somos obrigados a ler diversos livros, normalmente livros tradicionais, que os jovens não costumam ter prazer ao ler, mas é o dever da escola apresentá-los. Esses livros tradicionais são os que, segundo a crítica, fazem parte da “alta literatura”, são os livros que nos levam a uma reflexão profunda e servem para entender quem somos e aonde chegamos, mas percebe-se que esse tipo de literatura afasta os jovens que, muitas vezes, só realizam a leitura deles porque serão cobradas em provas. O que os jovens realmente gostam de ler são os Best-Sellers, livros que, segundo a opinião da crítica, são superficiais, desnecessários e sem originalidade. Mas apesar de tantas críticas negativas sobre o Best-Seller, eles são a porta que leva os jovens ao mundo da leitura, o jovem que lê Best-Seller hoje pode ser o adulto devorador de cânones amanhã, afinal, estamos sempre tentando evoluir. A leitura de algo que nos faz pensar durante dias é realmente muito importante, mas ler algo descontraído para acalmar os sentimentos também é, o problema é o excesso de alguma dessas duas literaturas, mas, quando balanceadas, as duas podem trazer grandes benefícios. Como já foi dito, é o dever da escola apresentar aos alunos a literatura, mas ao invés dos professores criticarem tanto e temerem os Best-Sellers, eles deveriam ser introduzidos também, assim como as leituras que não se encaixam em nenhuma das classificações. Se forem escolhidos bons livros para os jovens lerem é possível despertar ou aumentar a paixão por leitura independentemente de sua classificação ou gênero. O problema é uma má leitura causar uma impressão tão ruim que poderá até afetar a vida literária de um jovem leitor. Ana Clara Cervone – 9º C

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A influência da leitura A cada dia mais e mais meios de diversão surgem e os livros acabam sendo deixados de lado por algumas pessoas. As escolas tentam aproximar-nos, jovens e crianças, através de leituras de clássicos obrigatórias as quais, na maioria das vezes, acabam por ser mal vistas pelos alunos e conquistam a reputação de “longos” ou “difíceis de se entender”. Enquanto esses cânones são rejeitados pelos alunos, existem outros tipos de livros que são mais bem aceitos, como, por exemplo, os best-sellers. Frequentemente vemos jovens devorando “Jogos Vorazes”, de Suzanne Collins ou “Crepúsculo”, de Stephanie Meyer. Essas são livros de 300 ou até 600 páginas que escolas e intelectuais julgam como superficiais e sem originalidade. Mas eles esquecem que os best-sellers acabam por criar uma boa “visão” dos jovens sobre os livros. Eu acredito que os mais vendidos são extremamente importantes para a formação de novos leitores. E ao invés de serem colocados de lado pelo tema educação, deveriam ser motivados pela “elite da leitura” e fazer parte das leituras escolares. Talvez, assim, mais jovens se interessassem pelo ato de ler e no futuro leriam os clássicos sem julgá-los apenas como “longos” ou “difíceis de ler”. Não há uma leitura ruim. Independentemente de ter gostado ou não de um livro ou dele ser um clássico ou um best-seller, ele sempre trará algo de novo, sendo conhecimento, vocabulário ou ajuda na descoberta de sua identidade. Todos os livros merecem espaço na escola e na “sociedade da leitura”. Nina Saeki Sunago – 9º C

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Baú de sabores Há quem diga que a solução do mundo é o dinheiro; existem aqueles que pensam que a chave da felicidade é o respeito mútuo. Já eu acredito que, além desses e outros fatores, uma das soluções para grande parte dos problemas é a abertura das portas do conhecimento, possibilitando que todos tenham acesso a todo e qualquer tipo de cultura existente. Os saberes do mundo, da capacidade humana e das inúmeras possibilidades que estão ao nosso alcance nos fazem olhar a vida de uma forma diferente. E querer mudá-la. Como admiradora da arte e da literatura, em especial, acredito que não há forma melhor de enxergar e entrar em contato com outras realidades do que abrir um livro. Existe uma variedade infindável de obras, autores e modos de ver uma mesma situação, viabilizando um leque de leituras, com diferentes efeitos. Em uma grade geral, podemos dividir os livros em dois grupos: best-sellers e clássicos. Os best-sellers são os livros que estouram no mercado, tendo um altíssimo nível de vendas e, por isso, estão sempre estampando vitrines de livrarias. As obras que entram nesse grupo são caracterizadas por terem uma linguagem de mais fácil compreensão, uma abordagem mais simples dos seus temas e por serem aclamadas pelo público jovem. Predominantemente na adolescência, esses livros exercem uma forte influência, tanto em relação à trajetória literária, quanto à formação de identidade e como modelo de inspiração para quem os lê. Do outro lado, temos os clássicos. Estes compõem um conjunto de livros que são considerados importantes, em certo espaço e período de tempo. Possuem um linguajar diferenciado, influenciados pela época em que foram escritos e costumam abordar suas questões de forma ampla e profunda, com inúmeras reflexões. Os clássicos são livros que deixaram sua marca no meio artístico, capazes de impor essenciais questionamentos e nos explicar sobre quem somos e o caminho traçado até aqui. São adotados pelas escolas e, pelo nível de complexidade que podem ter, são rejeitados por parte dos alunos. Diante dessas classificações e comparações, é compreensível que exista uma preferência. No entanto, muitos críticos literários tendem a discriminar os best-sellers, afirmando que apenas os cânones valem o esforço da leitura. Os mesmos defendem que apenas aqueles que sejam capazes de serem “reais leitores” podem entrar em contato com os clássicos. A elite cultural reforça a ideia de que a chamada Alta Literatura é para privilegiados, como se todo o conhecimento estivesse em um baú e poucos tivessem a chave. Nada nesse mundo é bom para todos. Sempre haverá uma divergência e o contexto em que cada experiência se insere faz com que seu significado mude. Cada leitura representará algo na trajetória do leitor e deve ser da sua escolha analisar o que é valioso. É de dever dos educadores, também, apresentar ambos os tipos e trabalhar na construção dos conceitos e pensamento crítico de seus alunos. Classificar uma obra pelo título é equivalente a julgar um livro pela capa, alguém pela aparência. Todos aqueles que se interessem em ler certa produção, devem ter a oportunidade, seja o que for. A chave desse baú de saber deve ser unicamente a sede do conhecimento, a vontade de mudança. Maria Luiza de Oliveira Jorge – 9º A

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Gênero Não Se Discute É impossível não perceber como a leitura faz parte do nosso cotidiano. Estimulamos as crianças desde pequenas a escutarem histórias para que um dia elas mesmas tenham a vontade de pegar um livro e ler. E no momento em que ela se acostuma é que começa o encanto. Não podemos dizer de outro jeito, ler é mágico. Lemos pra dar uma pausa na realidade, pra adquirir conhecimento, pra ver com os olhos dos outros por algumas páginas. Não há uma leitura que seja um desperdício de tempo. Cada placa de rua, cada artigo de jornal, cada receita de bolo. Se ler é mágico, não podemos restringir a definição de magia. Com isso quero dizer que limitar-se a ler apenas livros clássicos seria uma arrogância. Cânones são, sem dúvida, algo para se admirar. Fugir da obsolescência é no mínimo um grande feito. Mas definitivamente não perdoa o desprezo pelos tão aclamados Best-Sellers. É característico de um Best-Seller possuir elementos que facilitem a sua venda. Palavras/ vocabulário fáceis. Contexto com falta de aprofundamento. Nenhuma das características acima invalida o lugar do best-seller na categoria literatura. Se formos julgar baseando-nos na “propaganda” e facilidade de venda, podemos então chamar o cânone de best-seller no momento em que a valorização dos mesmo pelos intelectuais o torna tão superior que é um requisito tê-lo na sua estante. Best-Sellers vendem como pão fresco. Um dia, é lógico, ele murcha. Mas nem por isso deixamos de comê-lo. Clássicos também vendem. A singularidade de seu gênero o torna atemporal. O best-seller estoura nas vendas com um assunto que pode vir a se tornar obsoleto ou pode virar, surpresa! Um clássico. O importante mesmo é que livros são lidos e devem continuar sendo. Simples assim. Devemos então dar mais espaço ao best-seller na escola, senão para lê-lo, ao mesmo discuti-lo. Vai que essa falta de aprofundamento só está ali porque nós nem tentamos procurar... Giulia Durães de Souza – 9º A

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Só opina quem lê Livros são ferramentas de diversos tipos que se aplicam a diferentes pessoas de distintas formas. Não se aplicam a algumas: as que não leem. Se uma leitura é realizada, ela necessariamente tem um efeito sobre quem a faz, seja ele positivo, seja ele negativo. Pode quase nem ter, mas só quase, pois o impacto, por menor que seja, sempre é causado. Assim, nenhuma leitura é irrelevante. De todo modo, não ser irrelevante não é sinônimo de ser bom. Como “bom” e “ruim” são classificações extremamente subjetivas, não há como tornar a qualidade de um livro uma razão maior ou fato. Muitas pessoas que leem cânones desprezam best-sellers, enquanto apaixonados por John Green podem não ver por que ler George Orwell, e cada um tem seus motivos para tal. Também há quem goste de tudo isso e veja diferentes qualidades em seus respectivos gêneros. De acordo com a preferência literária da pessoa, ela criará padrões e expectativas próprios para considerar uma leitura boa ou não. Portanto, nem toda leitura é boa, mas isso depende mais do leitor do que do livro em questão. Livros com bons impactos (a curto ou longo prazo) tendem a receber críticas positivas daqueles que os leram e sentiram que valeu a pena. Para criar parâmetros de qualificação e tomar conhecimento de suas preferências, é preciso que a pessoa leia mais de um gênero literário, além de, é claro, ler cânones e best-sellers. A escola deve, sim, ter espaço para ambos. Ensinando aos alunos sobre os conceitos de literatura e mostrando os livros que representem os gêneros, serão formados leitores mais perspicazes e atentos ao que leem, com maior capacidade de interpretação e entendimento de suas leituras. Um livro clássico pode ter milhares de significados, interpretações e reflexões profundas, enquanto um best-seller pode ser simples, divertido e até engraçado. Sendo assim, não há por que não aproveitar ambos, cada um em seu momento. Amanda Casseb – 9º B

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1ª série: Artigos de opinião



A codificação de uma nova era “A cidadania esteve e está em permanente construção”. É comum ouvirmos, lermos em diferentes meios e mídia essa frase/afirmação. Talvez porque essa tenha sido uma de nossas maiores conquistas até os dias de hoje. Se tantas conquistas foram alcançadas, é porque não só um, e sim muitos indivíduos começaram a mudar sua leitura de mundo desde o tempo da antiguidade. Se antes se vivia na época da “barbárie”, hoje se vive na época “digital”, na época da palavra, na concretização registrada de um pensamento, na transmissão do conhecimento, seja ela qual for. Quando pensamos em conhecimento, automaticamente, pensamos em livros, jornais, internet, essas são as formas que a maioria das coisas que consideramos “conhecimento” chega a nós. A competência de leitura de diferentes tipos de códigos é o que nos torna humanos, o que nos diferencia de outros seres. É o que nos levou, por exemplo, à conquista, à construção do que conhecemos por “cidadania”. Se hoje temos que exercer os direitos e deveres políticos, sociais e civis, é porque temos consciência de que todos somos cidadãos e fazemos parte de uma mesma sociedade. Se todos somos por si cidadãos e fazemos parte de uma mesma sociedade, temos o direito e dever de exercê-lo. Cabe a nós, portanto, cobrar de nossos representantes que prezem e nos garantam esse direito, que deve ser igualitário, independente da cor ou classe social. Reconhecer e considerar as diferenças formas de receber e transmitir conhecimento sempre deve ser considerado, mas também ampliado. A alfabetização é o “ápice” do conhecimento mínimo, que, assim como a cidadania, deve ser geral. Ela nos permite a complementação – ampliação de nossa leitura acima de tudo. Certo ou não, vivemos em uma sociedade letrada, que gira em torno da palavra, ler, interpretá-la é fundamental para que possamos exercer e apontar nossos direitos, pois é através dela que ele está colocado na constituição. É inaceitável a existência de milhões de analfabetos em nosso país. Lutar para que o senso crítico de todos aumente, juntamente aos direitos, cabe a nós. Ampliar o conhecimento, principalmente em cima da palavra, é construir mais um degrau da cidadania. É ela que possibilitará a mudança e melhoria da realidade. Isso só comprova como é possível mudar o hoje, para que amanhã alguém possa olhar e se orgulhar de tantos avanços, assim como nós fazemos e devemos continuar fazendo quando comparamos séculos de muita luta. Marina Bechara – 1ª A

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A importância da leitura na construção do cidadão A cidadania é o ato de participar ativamente da sociedade, ou seja, reivindicar direitos e deveres enquanto cidadão. Em um país emergente e em processo de desconstrução das desigualdades sociais como o Brasil, a construção da cidadania esteve e está em permanente formação, e está, sim, ligada à difusão da leitura. Ampliando-se o acesso à obra literária, possibilita-se o amadurecimento do intelecto do indivíduo e, tal cidadão, com um outro olhar sobre a sociedade, acabaria por contribuir para a diminuição das hegemonias sociais, o que, por sua vez, proporcionaria uma maior difusão da leitura, criando um ciclo que visaria à diminuição das desigualdades sociais. Segundo o literato Paulo Freire, realizamos dois tipos de leitura: a de mundo e a da palavra, que nada mais é do que a decodificação da palavra escrita. Mesmo a alfabetização não sendo o único processo de desenvolvimento do intelecto, é parte importante deste, pois possibilita ao cidadão uma leitura mais crítica e intelectual da leitura anterior, de mundo. A leitura é um traço definidor da personalidade humana. O ato de decodificar, através da palavra, a leitura de mundo que outros realizam, confere ao leitor uma maior capacidade de empatia e compreensão em relação a terceiros. Logo, o acesso à leitura é indispensável na construção da cidadania, que não é nada senão o entendimento da sociedade como um todo. Marcelo Augusto dos Santos – 1ª C

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O direito de ler e o ler direito É em 1988 que o Brasil cria sua Constituição e assim a aplicação dos direitos humanos entra em vigor. O Brasil vive hoje nessa democracia, ou seja, o Brasil é um país de cidadãos: um país de moradores que têm seus direitos respeitados. Será que na prática é assim mesmo que funciona? Por mais que não seja tudo na vida, ler é um tópico extremamente importante para uma vida mais culta e profissional. Aquele que lê conhece, experiencia, aprende e entende mais, uma vez que vivemos numa sociedade em que as principais formas de comunicação e expressão utilizam o sistema letrado para funcionar. Logo, surge um problema: não são todos aqueles que sabem ler. Seria então prejudicial o não saber ler, ou seria algo corriqueiro e trivial? Sabe-se que mais de 5% da população brasileira é analfabeta, e isso infringe e interrompe a classificação do Brasil como um país que garante os direitos humanos e, consequentemente, a cidadania a todos. Afinal, uma parcela da população não tem acesso aos meios provedores de conhecimento, que são os livros. Ler é um ato que influencia muito os nossos direitos. Sem sombra de dúvida, o bemestar econômico e social deriva de conhecimentos prévios e experiência que podem ser presenteadas a um cidadão através dos livros. Ler nos permite adquirir novos conhecimentos que para sempre nos ajudarão: ler potencializa a criatividade e exercita o cérebro. É verdade que existem outros provedores de conhecimento e existem outras leituras importantes que não se firmam na cultura letrada. Mas, ao mesmo tempo, é difícil um analfabeto ter o mesmo repertório que um alfabetizado na sociedade em que vivemos. Numa sociedade em que a ascensão social se dá pelo aprendizado educacional sistemático (a educação no Brasil é regrada por exames nacionais preparados por letras e palavras), é muito provável que alguém alfabetizado tenha mais direitos respeitados que um não alfabetizado. Podemos perceber, então, a cidadania parcial que os moradores do Brasil adotam. Se uma parte do povo não tem acesso aos meios essenciais para poder participar ativamente de uma sociedade letrada, então parte da afirmação de que o Brasil adota a cidadania está errada. Como o Brasil pode ser um país de todos, se nem todos são sequer reais cidadãos com direitos garantidos? Na prática, não é totalmente respeitada a Constituição de 88. Felipe Ioschpe – 1ª C

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Por um mundo com mais leitura É certo dizer que a cidadania está sempre em construção e é um dos fatores mais essenciais na vida de uma pessoa que convive em uma sociedade. Segundo T.H. Marshall, só se pode ter uma cidadania completa, se houver estes três tipos de direito: O civil, o político e o social. Mas, no caso do Brasil, esta cidadania está muito longe de milhares de brasileiros que ainda vivem na miséria e sem educação básica. O conceito de leitura muitas vezes é visto como sendo só o processo da alfabetização e sua utilização, este erro é muito comum, mas tal conceito também abrange imagens, cores, sinais e muitos outros aspectos do mundo. Ou seja, a leitura é o modo como o indivíduo vê o mundo a sua volta e é o que forma o pensamento, portanto, todos os indivíduos com o mínimo de vivência possuem a sua própria visão, não podendo assim condenar outra pessoa a uma cidadania limitada só porque este não vivenciou algum processo durante sua vida, um exemplo é a alfabetização. Ao consultar o gráfico “como evolui o analfabetismo no Brasil?”, é possível ver que, em 1900, o percentual de analfabetos da população brasileira era muito alto, 70%, mas com o passar dos anos a população aumentou muito, só que a taxa de analfabetos não acompanhou este crescimento, portanto, em 2009, de 145 milhões de habitantes 14 milhões eram analfabetos, havendo, portanto, uma taxa de 9,7% de analfabetos no Brasil, um número muito menor em relação a 1900. Isso quer dizer que, conforme o desenvolvimento do país, a maioria dos brasileiros começou a ter uma educação básica nos mostrando o quanto o Brasil evoluiu e ainda pode, mas também deve-se lembrar que 14 milhões ainda é um número muito alto. Como visto no texto “O primata que conta histórias”, exercitar a leitura traz efeitos positivos, tais como o desenvolvimento da imaginação, o conhecimento, o vocabulário e a habilidade de associar elementos mais rapidamente. Por esse motivo, viver novas experiências muda e melhora seu pensamento, tornando-o um cidadão melhor e com um conhecimento mais amplo. Por fim, pode-se dizer que, quanto mais igualitária for nossa sociedade e com mais espaços para o exercício da mente, maior poderá ser a leitura que os cidadãos poderão fazer, podendo então contribuir para um melhor entendimento de mundo de cada indivíduo. Mateus Kim Kuang – 1ª C

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Ser cidadão Ao falar de leitura, a primeira coisa que nos vem à mente é, inegavelmente, a palavra escrita, já que tal leitura é a mais frequente após nossa alfabetização, porém, não podemos nos esquecer de que mesmo antes dessa, já fazíamos a chamada leitura de mundo, pois percebíamos e associávamos o mundo ao nosso redor (cores, imagens e sensações) com palavras, mas é fato que ainda não éramos reconhecidos como cidadãos. O porquê de tal classificação pode ser explicado pela definição dada à cidadania por T. H. Marshall, que afirma que nossa plena cidadania só é exercida quando temos garantidos nossos direitos civis, políticos e sociais, sendo a leitura parte desses direitos e primordial para o exercício de tantos outros. Sendo assim, quando não somos alfabetizados, não exercemos nossa cidadania completamente e muitas vezes não temos ao menos consciência disso, nos tornando alheios a decisões de grande impacto em nossa vida. Como dito por Adilson de Carvalho, essa cidadania limitada pune o “cidadão” duas vezes, pois além de não participar de decisões políticas do Estado, por exemplo, ainda tem o acesso à alfabetização negado, impedindo-o de ter o direito à leitura como forma de lazer, garantia de outros direitos, entre outros, respeitados, gerando um ciclo de descumprimento de direitos que nos tornam cidadãos. Por isso, garantir uma alfabetização de qualidade e, consequentemente, o direito à leitura é um fator decisivo, já que quebra esse “ciclo”, participando da construção de cada cidadão que, sem esses, não pode ser chamado como tal. Mirela Rodrigues – 1ª B

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2ª série: Crônicas



A explosão da bolha Assustados, preocupados: esses são os meus pais. Já tenho 17 anos e, por incrível que pareça, eu nunca andei de ônibus público no Brasil. Meu pai, Roberto, diz que é perigoso demais. Já a minha mãe, Sônia, sempre afirma: “Pra que andar de ônibus se temos um motorista que te leva para onde quiser em um carro blindado?” Pois é, sigo esses pensamentos até hoje, do mesmo jeito que a minha irmã mais velha, Linda, de 19 anos, que ganhou seu próprio carro aos 18. Já o meu irmão mais novo, Toti, não sai de casa sem alguém ao seu lado segurando as suas mãos. Acreditemos, não é sua namorada. Sou muito ligado à música eletrônica e à discotecagem. Fico extremamente empolgado com as batidas eletrizantes de grandes produtores estrangeiros, portanto, decidi fazer um curso de produção para fazer igual a eles. Porém, o estúdio é muito longe da minha casa. Da Vila Nova Conceição até a Avenida Paulista, sem trânsito, demoro aproximadamente 30 minutos. Com trânsito, 1 hora. Sempre fico parado em uma avenida que é sinônimo de trânsito, Avenida Brigadeiro Luís Antônio, enquanto vejo vários ônibus passando no corredor livre. Pelo fato de que é preciso ler para aprender, tive de ler vários livros sobre música e produção, e, com isso, eu percebi como é divertido ler. Em uma triste e depressiva manhã de Domingo, estava sem nada para fazer e então decidi ler o jornal que chega em casa todos os dias. Folheando o jornal pouco a pouco, me chamou a atenção uma matéria sobre mobilidade urbana, que nem era a manchete do jornal daquele dia. Um infográfico mostrava o tempo economizado por um sujeito ao fazer o mesmo trajeto de ônibus e de carro. Os resultados eram surpreendentes, por isso duvidei. Desafiando aquelas informações, decidi pegar um ônibus até o estúdio onde faço o curso. Não se passaram 20 minutos e eu já estava com os dedos no teclado e os fones de ouvido. Tive a coragem de contar o que fiz para os meus pais. A bronca que levei foi umas das maiores de todas, mas foi através da leitura que eu tive a ideia e a liberdade de sair da bolha em que eu vivo e mostrar para os meus pais que eu quebrei a barreira de preconceito que eles haviam me passado. Além disso, mostrei que todos são iguais. O ônibus, por exemplo, é para todos, e agora, para eles, está mais que provado. Pedro Abreu Barbara – 2ª B

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Ele leu Ele acordou com sua mãe batendo a porta. Acendeu seu abajur que quase não iluminava mais. Vestiu sua camisa que quase não servia mais. Abriu a persiana que quase não subia mais. Olhou. Como todas as manhãs, imaginou um mundo em que a tristeza quase não existia mais. Desceu as escadas estreitas e improvisadas, comeu sua bolacha que era pouca e regulada, beijou sua mãe cansada e desgastada, saiu. Estudou como se tivesse chance, trabalhou para pagar um lance, fumou para que se distanciasse daquilo. Sem sucesso. Voltou pra sua quase casa, sentou em seu meio sofá, tirou o seu velho tênis, pegou um objeto na mão. Abriu com certo desgosto, preferia estar louco de doce, folheou para sentir seu gosto, leu o primeiro capítulo. Sua mente entrou em transe, nenhuma droga lhe deu isso antes, era quase uma alucinação. Seu mundo virou em um instante, a magia dos seres falantes, detalhados naquelas páginas. E agora o pobre menino, que era rei dentro de seu livro, achou a fórmula nada secreta, de se livrar daquele mundo de merda. O livro era como um templo, purificava e curava sem medo, fechava as feridas do mundo, abria a cabeça ao profundo. Valentina Facury – 2ª A

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O poeta da rua Outro dia cheguei em casa depois do trabalho e lá estava minha filha de 14 anos reclamando que teria que ler dois livros para a escola. Reclamou, reclamou, reclamou, depois de jantar, reclamou um pouco mais e nada de começar a ler os livros. Ela não sabia a sorte que tinha de poder ler aqueles livros que tinha em mãos e eu, cansada de reclamação, resolvi contar pra ela a história de Umberto. “mas quem é Umberto, mamãe?” Umberto é um senhor indigente, um sem casa ou, como dizem, um “homeless”. Um senhor de 63 anos que cresceu nas ruas, fugiu de casa e veio para São Paulo. Quando decidiu voltar para casa, não tinha mais ninguém e estava sozinho neste mundo. “Sozinho como?” Ele estava sozinho, não tinha estudado, não sabia ler e escrever e a língua era outra. Era tudo diferente. Seus olhos azuis se arregalaram assustados, “Sabe aquela biblioteca grande lá no Centro que eu te levei outro dia filha? Umberto também foi lá, com a mesma idade que você e ele pegou um livro e tentou ler. “Ele conseguiu mamãe?” Se você também quer saber, não, ele não conseguiu. Saiu de lá bravo e reclamando como você. E ele corou. Mas aquele livro de capa verde tinha alguma coisa que ele precisava descobrir. “De repente, a vejo agarrando um dos livros que tinha que ler para a escola, que também tinha capa verde, por sinal.” Ele voltou à biblioteca, ele pegou o livro e ficou lá, dias e dias, horas e horas, todos os dias e, quando percebia, tinha 8, 10 livros em mãos. “Ele aprendeu a ler?” Sim, ele aprendeu a ler, aprendeu a escrever e, o melhor disso, ele aprendeu a gostar de ler. E cada vez mais queria ler e descobrir novas coisas e ele ia longe. Os livros o deixavam em “outro universo”. “Como assim, mamãe?” Ele estava ali sentado na cadeira da biblioteca, mas era como se não estivesse, pois aqueles livros que lia faziam sua mente ir longe, faziam ele descobrir um mundo novo, faziam ele se descobrir. E era um livro novo por semana e ele cresceu entre livros e livros. “E aí?” “E aí, sabe o que aconteceu? Ele se viu dentro de um livro e tentou levar para sua casa de papelão junto a ele”. Via o brilho nos olhos dela. “E o segurança da biblioteca o pegou e o proibiu de entrar na biblioteca. Sabe o que ele fez? Ele começou a escrever, nos papelões que antes eram a parede de sua casa. E ele escreveu tantas e tantas palavras, frases, poemas que ficou conhecido como “O poeta da rua”. E havia algo no que escrevia que fazia as pessoas quererem conversar com ele e descobriu quem era. “E quem era ele afinal, mamãe?” Aí você vai ter que ler o livro que ele escreveu sobre sua história, Maria. A partir daquele instante ela percebeu que sim, ler é se arriscar, ler é perigoso, descobrir novas verdades, mas que mais que isso, não ler é se arriscar mais, não ler é mais que perigoso. Fabiana Campos Ponzoni – 2ª C

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Os seres alados A luz já tinha sido feita, e o mundo lá fora já era este que conhecemos. Mas o primeiro dia veio muito depois. Para Carlos, o sol brilhou mais forte quando tinha, em suas mãos, papéis organizados, com imagens, coloridos, com palavras, com capa dura, mágicos. Ele não sabia bem como chamar aquilo, mas foi como se fosse “era uma vez”. O real e a ilusão se confundiam, por outro lado, Carlos entendia tudo. Os reis, as princesas, os castelos, os animais, os dragões. Naquela noite, todos estes dormiram com ele, junto com uma leve dor na parte superior de suas costas. O segundo dia foi mais intenso, Carlos não sabia muito bem o que queria dizer “infantojuvenil”, mas também não era preciso. As aventuras de que ele fizera parte eram vividas, de corpo e alma, mas, de repente, ele estava de volta ao seu quarto, seguro. No final do dia, a penugem começou a crescer. Carlos acordou, no terceiro dia, cansado. Por isso “leu” aqueles “livros” da vida (essas palavras ainda soavam estranhas para ele). São aquelas histórias, que todos conhecem, edições que seus pais te emprestam e que fluem perfeitamente. As primeiras penas já saíram de seu corpo. Queria voar como um apanhador no campo de centeio. No quarto dia, Carlos leu os que chamavam de “clássicos”, livros mais difíceis, por algum motivo, não mais apreciados. Foi neste instante que tudo ficou mais sério. As penas de suas costas cresceram bastante para os lados. Segundo seus pais, eram “asas” que estavam ficando cada vez maiores. Carlos ficou com medo, a princípio, mas, logo depois, viu que não tinha motivo para tal. O quinto dia foi o melhor. As suas leituras foram distraídas, dispersas, desconexas, mas o tocaram de maneira que ele não imaginava. Nesse dia ele compreendeu que a distração é feita com amor e que ela nos deixa expostos, nus, e, assim, é mais fácil das palavras entrarem em nós. Os livros do sexto dia foram necessários, apenas. Carlos me falou pouco sobre esse dia. Entendemos que a poesia deva ser sentida, não explicada. Mas ele disse que foi quando suas asas tiveram o maior crescimento. A dor, infelizmente, faz brotar. No sétimo dia, ele leu quase nada. Algumas notícias de jornal, chutando alto. Mas, agora, sentia que ele e o texto eram um só. Seus pais sabiam que aquele era o dia. Suas asas estavam enormes e o menino, de tão criança e adulto que era, tinha que voar. Depois de uma semana, que mais pareceu um século, Carlos só tinha que pensar que, a partir desse momento, nem a estratosfera era um limite. Rodrigo Falcão – 2ª A

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Reflexões sobre cores, branco e preto Maria achava aquele objeto muito estranho. Não achava nada atraente. “Porque é que as pessoas gostam disso? É horrível!” – “tente” – insistiu o comerciante – “Experimente”. Relutante, Maria foi persuadida a comprar o objeto. Era uma espécie de relíquia; um amuleto de algum tipo. Pelo menos era isso que o comerciante deu a entender. Maria, ansiosa para usufruir de sua compra correu para casa e se trancou em seu quarto. No início a sensação era desconfortável. Ela não se acertava com o objeto. Ora sua posição não estava boa, ora seus olhos doíam. O comerciante avisou sobre isso. Disse para tentar e tentar. Uma hora iria de ajeitar. Ele tinha razão. A vista parou de doer e logo Maria e a relíquia eram apenas um. Agora entendia a insistência do comerciante na compra do amuleto. Logo um já não era o bastante. Usufruía de um a cada dois dias. “Comecei com um por mês. Meu ritmo está muito mais acelerado...” A relíquia deixou rastros na mente de Maria. De uma garotinha inocente, passou a ser uma filósofa, crítica, inventora, guerreira, poeta. Dependia do dia. Não via mais em seu jardim árvores e pássaros. Agora via Palmeiras e Sabiás. O mundo deixou de ser branco e preto: existiam infinitos tons de cinza entre estas duas cores. Não era assim, tudo tão simples. Cada vez que desfrutava, uma nova cor era introduzida ao seu espectro. Infinitas cores novas. Realizava viagens com os amuletos: tomava um barca e ia para o inferno e tomava um barco e chegava em Troia. Uma voz lhe contava sobre as guerras e Maria conseguia viajar no tempo: passado, presente e futuro. Curiosamente, a voz era a sua própria. Precisava de mais. Retornou ao comerciante e pediu mais. Por favor, mais. “Chegou uma novidade, garota. Coisa boa, da mais alta qualidade. É europeu. Um tal de Karl inventou. Cuidado viu... Nunca vi ninguém se recuperar dos efeitos disso aí. Esse é da pesada... Cuidado garota: isso pode virar sua cabeça do avesso... Só vi um cara que conseguiu se recuperar... E se você for pega com isso... Já viu.” Tensa, Maria não tinha como parar. Naquele ponto não tinha mais volta. Chegou em casa e se trancou. O usufruto desta vez durou mais do que o habitual. Quando abriu a porta, Maria viu tudo com outros olhos. Entendia como tudo funcionava: a teoria das classes, a práxis, o trabalho, o capital. Era preciso mudar o mundo! Pouco a pouco conheceu outras pessoas também viciadas nas relíquias e amuletos. Suas ideias estavam ganhando cada vez mais força. Estavam ganhando cada vez mais notoriedade. Maria fez uma visita a sua mãe, que não via há tempos. Conversaram sobre magia e meditação e coisas do planalto central. Horrorizada, impressionada e orgulhosa com o intelecto da filha e com a brusca e enorme evolução, a mãe, uma simples dona de casa aposentada que trabalhou a vida toda como empregada doméstica, perguntou: “Filha, o que aconteceu? Como você mudou!” A filha, sem jeito respondeu: “Mãe, isso é culpa dos livros!” Mário Pimenta Camargo Neto – 2ª C

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3ª série: Dissertações



A cultura do silêncio Nunca antes na história leu-se tanto. Porém, a leitura só será capaz de mudar a realidade se for provida de reflexão, que, então, possibilitará a crítica. Seja internamente ou externamente, seja no cidadão ou na sociedade, a leitura transforma. Esta contribui para a formação do indivíduo, pois a partir do momento em que se adquire o conhecimento proporcionado por ela, passa-se a compreender o mundo em que se vive, tendo um olhar diferenciado sobre a realidade. Além disso, contribui para a construção de uma ideologia individual, que permitirá o discurso (pois este só existe quando há um conjunto de ideias formadas). Tendo sua identidade formada e apresentando mais argumentos e segurança sobre o que diz, mais facilmente se manifestará o cidadão. Primeiramente, em nosso mundo, as desigualdades surgiram pela posse de conhecimento (adquirido posteriormente por meio da leitura). Deste modo, tem mais poder e “riqueza” aquele que o domina, sendo assim, em uma sociedade torna-se mais fácil dominar o povo mantido pela ignorância, que é mais vantajoso para um governo (que muitas vezes visa manter esta condição), pois o povo não se torna crítico. No Brasil, por exemplo, temos mais de 13 milhões de pessoas não alfabetizadas, o que as impossibilita de ler e dificulta criar uma identidade própria. Portanto, ler é libertar. Lendo constrói-se um indivíduo que, criando uma ideologia e crítica, poderá se manifestar e multiplicar suas ideias. Este fugirá da condição de “aceitação” da “cultura silenciosa” (onde, sendo pela ignorância ou não, apenas repete-se a informação ao invés de criar uma reflexão sobre esta). O cidadão, ao ter opinião, ganhará poder e voz, de forma que passará a ser compreendido por outros. Desta forma, não basta ler e armazenar o que se leu, é preciso articular e utilizar o conteúdo de forma que este seja capaz de mudar um indivíduo, mudar uma nação. Laura Klink – 3ª C

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A leitura ativa, ativa o cidadão A partir da segunda metade século XX, o mundo entrou em um acelerado processo de desenvolvimento tecnológico. Desde então, as invenções são diversas, das mais simples às mais complexas. O ramo tecnológico tem introduzindo melhorias tanto para o meio educacional quanto para o social. No entanto, à medida que tais tecnologias trazem benefícios, os malefícios são avistados. O hábito da leitura entre os jovens tem sido questionado e alvo de constantes pesquisas, julga-se que a tecnologia tem influências em tal hábito, uma vez que é comum notarmos a euforia dos jovens em busca de celulares ao invés de livros. Os resultados não são apenas para os indivíduos, mas para toda uma massa. O ato de ler, não apenas livros mas textos de diversos gêneros, requer dos leitores a interpretação dos textos assim como a incorporação dos argumentos. Em contraste está a televisão, tal mecanismo dá as informações prontas para o vulgo “leitor”, medida que inibe o leitor de retirar ou acrescentar suas conclusões, em represália às interpretações pessoais e à autonomia do leitor. A leitura é o principal mecanismo para a formação de um indivíduo ativo socialmente, uma vez que não só nos instrui como também nos aguça a sensibilidade, a criatividade, o senso crítico e nos emociona. As leituras marcam a trajetória do indivíduo, uma vez que ela, através das informações cedidas, está diretamente ligada ao ato da escrita e, portanto, à difusão de informações. A leitura, por ser uma necessidade e um direito do cidadão, deve ser incentivada primordialmente entre os jovens, uma vez que, aguçando o pensamento crítico dos mesmos, o resultado será avistado no futuro, potencializando indivíduos mais ativos e contextualizado com o mundo globalizado. Gabriel de Nasc. Olanda – 3ª B

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A leitura como instrumento de construção Desde as primeiras civilizações que dominavam a escrita, decifrar esses códigos era um elemento de comunicação importante entre os indivíduos. No decorrer da história viu-se que a leitura tinha um papel além da interação entre os indivíduos e as noções do mundo exterior. O ato de ler é uma necessidade de suma importância na construção de uma sociedade. Segundo o educador Paulo Freire, a leitura é o processo de entendimento do mundo através das palavras. A disposição dos livros, como “Minha luta” de Hitler e “O manifesto comunista” de Karl Marx, revela ao leitor a diversidade de ideologias, não só políticas, mas também sobre outros aspectos do mundo que os rodeia. Dado isso, percebe-se que as sociedades foram construídas inspiradas em ideais propagados em livros, cujas visões adaptaram-se às realidades e novas identidades foram criadas. Além disso, a leitura tem um potencial de construção do senso crítico dos indivíduos. Nas sociedades democráticas, a manifestação da opinião do cidadão é concretizada no voto eleitoral, por exemplo, em que este é capaz de julgar e escolher o representante político que melhor lhe convém. Portanto, o domínio da leitura é importante para que os indivíduos exerçam seu direito enquanto membros de uma sociedade: de expressão e de cidadania. Para que uma sociedade seja construída com base em uma ou mais ideologias, por cidadãos críticos que manifestem suas opiniões, é necessário que haja a garantia de acesso fácil aos livros. Por isso, os governos ao redor do mundo devem expandir o processo de educação básica para que a leitura e a interpretação de livros sejam universais, além de disponibilizar os materiais de leitura para os membros da sociedade como um todo. Sofia Borges – 3ª B

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A leitura que transforma A leitura possui um exímio papel dentro da história humana, sem ela, não teríamos acesso a informações que ocorreram em tempos e lugares diferentes do que o nosso. Além da amplamente conhecida capacidade de transmitir conhecimento, a leitura também possui a habilidade de transformação de uma sociedade. É conhecido o fato de que com a leitura é possível ampliar o conhecimento de uma pessoa. Com mais conhecimento adquirido, essa pessoa passa a fazer uma reflexão mais crítica sobre a realidade em que vive, e a partir dessa reflexão ela passa a cobrar mais do governo por melhorias na sociedade em que vive. A revolução Russa é um exemplo que comprova que, através da leitura de O capital e do Manifesto comunista, ambos de Karl Marx, os bolcheviques obtiveram uma fonte para criar um novo modelo de Estado. A leitura também tem caráter transformador por enriquecer culturalmente uma sociedade. Ao ler mais, os cidadãos passam a conhecer mais a história, a cultura e a religião de um outro povo e o que nos é conhecido, deixa de ser estranho ou diferente. Isso contribui para a transformação da sociedade por diminuir preconceitos que muitos possuem por simplesmente não conhecer algo. Portanto, a leitura dentro da sociedade forma cidadãos mais conscientes e contribui para a quebra de preconceitos, fazendo dessa uma sociedade melhor. Quando observamos a sociedade brasileira, a quantidade de livros que ela lê quando comparada a outros países de mundo é baixa. Isso poderia mudar com uma menor taxação sobre os livros e com a criação de mais bibliotecas públicas em lugares que sejam de grande circulação de pessoas como metrôs e praças. Giovanna Delallo – 3ª C

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Ler: o ato que liberta Desde os primórdios da civilização, o homem coexiste com as constantes relações de poder, seja político, econômico ou social. Historicamente, a camada social dominante era aquela que possuía e manipulava o conhecimento – a igreja católica sobre a camada popular. Na Idade Média, por exemplo. Ler é o modo pelo qual o homem absorve novas ideias e informações já que a escrita é a forma como o homem registra o conhecimento. Assim, a leitura tem o caráter de libertar o homem de toda manipulação proveniente da alienação. No âmbito social, além do caráter lúdico da leitura, o ato de ler traz a integração do indivíduo ao meio, já que estes, tendo múltiplas ideias, será capaz de falar sobre diversos assuntos. A multiplicidade de ideias, advinda da leitura, também eleva o pensamento crítico devido ao conhecimento que o leitor passa a adquirir sobre o seu entorno. Com o aumento de “cidadãos leitores”, que se informam, a política do país seria potencialmente melhorada. Fugir das notícias da mídia, que trazem um caráter muito mais seletivo para a informação, permitiria ao homem conhecer totalmente os problemas do país. Assim, com senso crítico e a “fuga” da alienação, os cidadãos seriam mais criteriosos na escolha de seus representantes. A sociedade, tendo mais ideais, sendo mais pensante, não admitiria (e não estaria alienada) às manipulações políticas e sociais decorrentes. A leitura também tem o poder de promover a extinção do preconceito, tendo em vista que ela [leitura] faz parte da construção da educação social – comportamento social – e caráter de cada cidadão. Um governo dito Estado de Direito deve, como parte fundamental do desenvolvimento da sociedade, promover ações públicas (gratuitas) que provoquem o interesse e facilitem o ato de ler, implantando melhores condições de iluminação e, por exemplo, distribuição de exemplares. É fundamental a existência de um jornal, impresso, completo e gratuito sendo entregue à população. Destarte, esta será parte ativa no desenvolvimento do país, promovendo debates e soluções. A leitura traz a liberdade de toda uma nação, transformando a mente dos indivíduos, melhorando a educação (social e acadêmica) e integrando as pessoas. A leitura promove a disseminação da razão. Pedro V. Borges – 3ª C

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