Revista NIDP - 1º Semestre 2015

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Revista NIDP 1º SEMESTRE/ 2015

Mediação da Aprendizagem Série de formações “Aprender fazendo” abordará a diversidade de estratégias em sala de aula. Foto: Aula do Projeto Integrador de Série - 6º ano, 2014.


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CARTA

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COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS NEPS

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INOVAÇÃO

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ACONTECE

EXPEDIENTE A Revista NIDP é uma publicação semestral do Núcleo de Inovação e Desenvolvimento Profissional da Escola Lourenço Castanho. Sócias Fundadoras: Jeannette De Vivo | Marília Noronha | Marilu Aidar | Sylvia Gouvêa Conselho Consultivo do NIDP Diretor Geral: Alexandre Abbatepaulo Diretores de Unidade: EI - Marcia Dalla Stella EFI - Leandro Lamano EFII - Antonio Sérgio Pfleger EM - Wagner Borja Diretora Educacional: Karyn Bulbarelli Diretora de Currículo: Fabia Antunes Gerente de Marketing: Edgar Bim Gerente Administrativo e Financeiro: Luiz Jaria Conselho Executivo do NIDP e Conselho Editorial: Edgar Bim | Eduardo Chammas | Fabia Antunes | Margareth Polido | Roberta Alves Projeto Gráfico: Pamela Ferreira – Dpto. Mkt - Escola Lourenço Castanho Revisão: Ariadne Mattos Olímpio Assistente de eventos: Simone Xavier Tiragem: 350 exemplares. Distribuição interna e gratuita. Contatos: 11. 2858 8600 nidp@lourencocastanho.com.br www.lourencocastanho.com.br


Carta O NIDP, em 2014, proporcionou uma diversidade de ofertas formativas no ano em que alcançamos nosso meio século de educação, ano que nos fez revisitar nossa história e almejar os próximos cinquenta anos. Com o papel de um espaço catalizador de formação e com o objetivo de institucionalizar uma cultura de aprendizagem, apresentamos, neste segundo número da Revista do NIDP, um panorama das ofertas formativas de 2014. Na trilha das competências ESSENCIAIS, encontramos temas ligados à cultura brasileira e também à ampliação de repertório. O texto do professor de Sociologia Uyrá Lopes dos Santos nos leva a refletir sobre o papel do futebol em nosso país. A reflexão sobre os 50 anos de arte, da coordenadora de Arte Fabiana Queirolo, nos faz percorrer de modo diverso os 50 anos da Escola: por meio da arte que se desenvolveu nesse período. Por fim, também os filmes escolhidos para o cineclube neste ano, O som ao redor (2012) e São Paulo S/A (1965), permitem pensar a sociedade brasileira em diferentes momentos e por perspectivas complementares, de alguma forma: a industrialização da São Paulo da década de 1960 e os latifúndios e suas metáforas, no século XXI. As duas sessões do cineclube contaram com a mediação do coordenador de História Eduardo Chammas. Na trilha das competências ESPECÍFICAS, os textos aqui apresentados tratam de três aspectos essenciais para o cotidiano pedagógico na Lourenço: Indicadores de Avaliação, ministrado pela coordenadora de Geografia Lisângela Kati do Nascimento, Desmistificando o Ensino por Competências, que ficou a cargo da coordenadora de Espanhol Beatriz Villarroel Andrade Glaessel, e Diversificando Estratégias (de Sala de Aula!), oferecido pela coordenadora de Ciências da Natureza Margareth Ferreira. Os três cursos, de algum modo, relacionam-se e complementamse, na medida em que trabalham com diferentes aspectos, todos essenciais, no planejamento e efetivação dos cursos em nossa Escola.

Na trilha de INOVAÇÃO, os cursos Mobile Learning e Flipped Classroom, ministrados respectivamente por Regina Fernandes (Tecnologia Educacional) e pelas professoras Janine Campos e Daniela Coccaro, trataram dos desafios da educação no século XXI e das inúmeras ferramentas que podem nos auxiliar a aproximar a sala de aula de nossos alunos. Neste número da revista é possível encontrar ainda notícias sobre o NEPS e a bem-vinda parceria com a Coopermiti, que vai permitir aos colaboradores da escola o descarte adequado de resíduos sólidos como computadores e celulares, por exemplo. Por fim, a revista traz na seção ACONTECE, o calendário do NIDP para 2015. Organize-se, participe!

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Competências Essenciais 50 ANOS DE LC, 50 ANOS DE ARTE: ALGUNS COMENTÁRIOS Fabiana Queirolo

O cinquentenário da Lourenço Castanho favoreceu uma reflexão sobre os últimos cinquenta anos de arte brasileira, formalizada por meio de questões abordadas na palestra 50 anos de LC, 50 anos de Arte, realizada na Escola em 2014: Experiência – qual é o papel do espectador na arte contemporânea? Espaço – arte urbana, intervenção, performance: qual é o lugar da obra de arte? Materialidade – se qualquer coisa pode ser usada para fazer arte, o que a torna diferente de uma coisa qualquer? Diálogo – que diálogos a arte contemporânea estabelece com a arte de outros tempos e com outras áreas do conhecimento? Temporalidade – como medir o tempo do olhar e do sentir? Artista – quais são os principais artistas desse tempo recente? A partir dessas questões, cerca de vinte e sete obras de artistas brasileiros, como Lygia Clark, Lygia Pape, Hélio Oiticica, Cildo Meireles, Rubens Mano, Marilá Dardot, Jac Leiner e Leda Catunda, entre vários outros, nos deram subsídios para refletir sobre o surgimento, o desenvolvimento e a potência da arte contemporânea no país, destacando nossas particularidades, muitas vezes, diretamente relacionadas ao nosso contexto específico. A Arte, na Lourenço Castanho, sempre teve um papel determinante na formação de nossos alunos e passou, enquanto componente curricular, por diversas transformações para manter-se atualizada e atuante em relação ao currículo das diversas faixas etárias. Ao aglutinar

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conhecimentos de diversas áreas, o universo artístico está muito presente nos Projetos Integradores das séries. Dessa forma, a Arte se destaca no 9o Ano do Fundamental II, em que os alunos fazem um estudo de campo cujo percurso contempla uma visita ao Instituto Inhotim, que possui um dos acervos de arte contemporânea mais importantes do Brasil. Ali, os alunos vivenciam a experiência da arte de forma intensa e entram em contato direto com as questões apontadas acima. Como parte da preparação de repertório para que possam usufruir ao máximo a visita a Inhotim, a professora de Artes Visuais, Vera Helena, trabalha conceitos ligados à arte contemporânea internacional, como podemos conferir no texto de sua autoria, utilizado em suas aulas.


ARTE CONTEMPORÂNEA Vera Helena Ferreira da Silva Isto é arte? Não, senhoras e senhores, A arte é que é isto. Ronaldo Brito A arte tornou-se contemporânea. E para isto, percorreu a História. Não foi do dia para a noite que se apropriou das características vigentes; e nem mesmo foi em um momento preciso que deflagrou a ruptura, a ousadia, a inovação a ela relacionada. Faz parte de um contexto histórico a apresentação da arte na contemporaneidade: o contexto dos tempos que vivemos. Alguns definem o início da arte contemporânea associado às produções de movimentos artísticos como o minimalismo ou a Pop Art; muitos consideram Marcel Duchamp, que integrou o movimento Dadaísta, um artista referencial para a arte contemporânea.

“Em 1913, momento das vanguardas europeias, Marcel Duchamp propôs obras chamadas “readymade”, feitas a partir de objetos do dia a dia. O que ele fazia era apresentar esses objetos de forma descontextualizada e sem a possibilidade de serem utilizados. Por exemplo: um mictório no meio de uma sala, sem encanamento. Com essa “provocação”, Duchamp chamou a atenção para a arte produzida naquele momento. Ela não seria mais uma representação do real, como um retrato. Ela seria a própria realidade. O objeto de arte não representa algo, mas ele é algo. Mesmo se o artista não tiver fabricado os elementos que compõem sua obra. Duchamp também questionava o conceito de arte como associado a um ideal de belo e à crítica de arte. O objetivo da obra de arte, assim, era também promover o debate sobre a definição e a finalidade da arte” (Valéria Peixoto de Alencar, “Arte Contemporânea: como entender o seu sentido?”). A partir do momento em que Duchamp desloca um objeto de seu ambiente cotidiano para outro legitimador (o museu), passa a questionar a própria natureza da arte, quem a produz, quem a legitima. A ideia de que um objeto torna-se arte pela simples denominação do artista de que “isto é arte”, mexe consideravelmente com algumas estruturas consolidadas no contexto da produção artística da época. O objeto “ready-made” não deveria provocar nenhuma qualidade estética, e a atitude do artista é que elevaria os produtos industrializados à condição de “obras”. Neste sentido, Marcel Duchamp pode ser considerado como um dos mais influentes artistas na configuração do que entendemos por arte contemporânea atualmente, impulsionando o surgimento de algumas novas linguagens, tais como as “performances” (espécie de ação artística

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momentânea, envolvendo o artista ou outras pessoas segundo sua proposição), “instalações” (construções espaciais com objetos, que fogem à classificação de escultura), “videoarte” (propostas com imagens em movimento que não se enquadram no cinema e na TV tradicionais).

interrogações. A realidade vivenciada é matériaprima para a arte contemporânea. E será através da imensidão de linguagens, apropriadas de distintas formas pelos artistas, que se construirão novas realidades, em consonância com os efeitos de sentido produzidos pelo espectador.

Na arte contemporânea, vivemos a era da comunicação, das novas tecnologias, da aparente inexistência das vanguardas, movimentos ou grupos definidos, da produção individualizada por parte do artista que, frequentemente, procura pela contribuição de especialistas de outras áreas do conhecimento para realizar uma obra artística. Por isso, muito do que se produz hoje, ou se produziu nas últimas décadas, desafia a hegemonia de linguagens tradicionais (pintura, escultura, desenho), além de causar estranhamento no espectador que se depara com objetos do cotidiano apresentados como arte. Muitas vezes as obras expostas podem ser manipuladas, tocadas, deslocadas, cheiradas, degustadas, vestidas e até desmaterializadas, o público então experimenta outras formas de recepção da obra que vão além da contemplação passiva, do olhar. Outros sentidos são convidados a fazer parte desta “apreciação/fruição/leitura,” e o “espectador/leitor/interator” é convidado a ser um participante ativo da mesma.

São muitos os desafios que se colocam para os produtores, para os críticos e para o próprio público, pois abrir os olhos e o coração para essa arte não é aceitar tudo sem ordem de valores. É necessário buscar continuamente referências e informações que permitam estabelecer uma real vivência estética e caminhos de fruição. Comodismo não funciona para quem deseja uma vida rica em experiências.

Hoje vivemos no mundo dos fatos, onde tudo é efêmero e nada é perpétuo. A cada dia mergulhamos mais no presente e nos desvinculamos do passado e tão logo do futuro, pois estamos no tempo do agora, e este momento é fugaz. O que se noticia hoje aconteceu há pouco, acaba que não se produz mais história, mas uma rede de acontecimentos simultâneos, bombardeios de informações, em que é difícil construir memória. Consequentemente, a arte contemporânea se nutre neste amplo cenário, que confere a ela características como a efemeridade, o banal, a dessacralização de seu objeto, a interatividade, o abandono do romantismo da figura do artista. Há jogos existentes em cada proposição artística: ironia, crítica, até mesmo

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FONTES: Ayrton Dutra Corrêa, “Cartografias contemporâneas da arte-educação”. Editora UFSM, Santa Maria, 2008. Cristina Freire, “Arte Conceitual”. Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 2006. Edward Lucie-Smith, “Movements in Art since 1945”. Thames and Hudson, Londres, 1969. Michael Archer, “Arte Contemporânea - Uma história concisa”. Editora Martins Fontes, São Paulo, 2012. Valéria Peixoto de Alencar, “Arte Contemporânea: como entender o seu sentido?”. Disponível em: <http://goo.gl/0KHTs5>. Acesso em 13 dez.2014.


FUTEBOL Uyrá Lopes dos Santos “Dessa dicotomia entre, por um lado, o ‘nacional’, o último refúgio das paixões do mundo antigo, e, por outro, o ‘transnacional’, resulta para os amantes do futebol, assim como para os meios que gravitam em torno desse esporte, uma verdadeira esquizofrenia, extremamente complexa (...) que ilustra perfeitamente o mundo ambivalente no qual todos nós vivemos”.(*) O dia era 14 de outubro de 2014, o cronômetro marcava 41 minutos do primeiro tempo no Estádio Partinzan, em Belgrado, capital da Sérvia. O jogo era válido pelas eliminatórias da Eurocopa 2016. Subitamente, um drone inicia um pouso: o aparato tecnológico não tripulado, criado para fins militares, mas que hoje também cativa entusiastas por hobbies, portava uma bandeira. A bandeira que o drone carregava continha um mapa com o território que os albaneses acreditam ser seu por direito histórico. Ao vislumbrar a bandeira, o jogador sérvio, Mitrovic, tratou de pular para pegar a bandeira. Foi o suficiente para catalisar uma briga generalizada entre os jogadores da seleção da Albânia e da Sérvia, contando ainda com a participação de torcedores locais, que invadiram o gramado, num rompante de violência bárbara. O jogo foi suspenso, e as confederações devem cerca de R$ 300.000,00 para a UEFA. A seleção da Albânia ocupa a 50ª posição no ranking da FIFA, enquanto a Sérvia está um pouco melhor, no 46º lugar, segundo a entidade máxima do futebol. Esse relato evidencia a importância do futebol como instrumento de compreensão e análise da sociedade. Em campo, estava em jogo muito mais do que três pontos importantes para a classificação no torneio europeu – os 22 jogadores mimetizavam um conflito mais amplo. Após a guerra Turco-Russa, entre 1878 e 1879, que acabou com derrota do Império Otomano, verificou-se uma expansão do território

sérvio, que gerou um êxodo de cerca de 80.000 muçulmanos e eslavos. Desde então, um conflito étnico assola a região dos Balcãs. Ao voltarmos as lentes para o nosso futebol em 2014, podemos diagnosticar uma situação alarmante. Quatro casos ganharam os noticiários com um tema que o brasileiro insiste em não tratar: o Racismo. O caso do goleiro Aranha, que defende o Santos, foi o mais emblemático, pois, com o auxílio de uma câmera (mais uma vez os aparatos tecnológicos), o racismo saiu do anonimato e ganhou um rosto. Uma torcedora foi flagrada e detida. A torcedora foi punida, e o Grêmio, clube mandante do jogo, foi eliminado da competição. O futebol trouxe para a sociedade brasileira uma reflexão importante, sobre uma pesquisa realizada pela Folha de S.P. em 1995. A nação revelou-se paradoxal: 88% dos entrevistados, ao serem perguntados se tinham preconceito racial, responderam não. Quando perguntados se praticam preconceito racial contra o negro, ainda que de maneira indireta, 83% responderam que sim. Quase 20 anos depois da pesquisa realizada, percebemos resquícios desse paradoxo no comportamento da torcedora indiciada, que afirmava com todas as letras que não era racista e que até tinha amigos negros. Racismo, xenofobia, nacionalismo, território, poder, economia, guerras, tecnologia, privacidade, espaço público, controle, panóptico moderno, estatística, identidade são alguns dos conceitos de suma importância para que o aluno construa uma visão crítica do mundo, verificados a partir dos dois episódios relatados. É evidente a importância de se discutir o futebol em sala de aula. Ah! E ainda teve Copa do Mundo.... *Pierre Brochand, “Economie, diplomatie et football”, em Pascal Boniface (ed.), Géopolitique du Football (Bruxelas,1998), p.78.

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CINECLUBE LC 2014: DOIS FILMES, DUAS CIDADES Eduardo Zayat Chammas

O filme problematiza as raízes históricas da violência urbana que marca o nosso cotidiano ao traçar um paralelo entre a violência do escravismo, no passado, e as heranças do patriarcado rural e a cordialidade das relações sociais no presente. Esse paralelo faz-se possível devido à atualização do legado escravista em meio às marcas da verticalização que altera profundamente a paisagem urbana de Recife, mas mantem alguns conflitos e dilemas do passado, que se expressam por meio de seus sons urbanos e barulhos subterrâneos. “São Paulo Sociedade Anônima” é um filme dirigido por Luís Sérgio Person que mostra os dilemas e angústias de um jovem de classe média que se torna gerente de uma fábrica de autopeças, mas vive insatisfeito com a sua vida pessoal e profissional em uma São Paulo que se urbaniza e se industrializa. No CINECLUBE LC 2014, assistimos a dois filmes muito diferentes entre si: “O som ao redor”, filme de 2012, e “São Paulo Sociedade Anônima”, filme em preto e branco de 1965. Os dois, no entanto, têm alguns pontos em comum: são produções nacionais de destaque e têm como pano de fundo as profundas transformações pelas quais passam as cidades em que se desenrolam as suas respectivas histórias. “O som ao redor” é um filme pernambucano dirigido por Kléber Mendonça Filho que tem como ponto de partida os sons característicos e as relações entre os moradores de uma rua de um bairro de classe média em Recife. Esse, no entanto, é apenas o contexto disparador para diferentes tramas que colocam em discussão questões fundamentais da história do Brasil e da formação da sociedade brasileira.

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Com um enquadramento provocador da cidade, o filme narra as angústias e a solidão da vida na metrópole que cresce, se moderniza e atropela as relações pessoais e sociais em meio aos ideais de progresso e desenvolvimento, que estavam em voga em São Paulo nos anos 1960 e ainda marcam a trajetória da cidade nos tempos que correm. Assim, ao assistirmos e debatermos os filmes “O som ao redor” e “São Paulo Sociedade Anônima”, problematizamos um pouco do espírito caótico das cidades em transformação, que ao mesmo tempo carregam consigo heranças violentas e desiguais de tempos passados, como é o caso da escravidão e do patriarcado rural no filme recifense, e marcas contemporâneas de mecanização e automação da vida e das relações, como mostra o filme de Person.


Competências Específicas APRENDER FAZENDO... INDICADORES DE AVALIAÇÃO Avaliação no contexto da construção do conhecimento pelos alunos Lisângela Kati do Nascimento “A competência essencial do professor consiste, portanto, em saber criar as condições suscetíveis de permitir que os alunos construam os seus próprios saberes”. (PERRENOUD, 2010) A avaliação é um momento inseparável de outros que compõem o ensino. Estudos apontam que a forma como os alunos aprendem é determinada não só pela maneira como são ensinados, mas também pelo modo como são avaliados. Nesse sentido, a avaliação não deve se constituir em um momento único e isolado e sim uma prática permanente no ensino, um conjunto de momentos em que se obtêm informações acerca de como se modificam as aprendizagens iniciais. Para Hadji (2001), a avaliação se constitui num instrumento pelo qual o aluno também aprende e pode compreender o seu próprio processo de construção do conhecimento. Segundo o autor, “a avaliação, em um contexto de ensino, tem o objetivo legítimo de contribuir para o êxito do ensino, isto é, para a construção de saberes e competências pelos alunos” (Hadji, 2001, p.15). Nessa perspectiva, a avaliação está a serviço da regulação das aprendizagens, tornandose instrumento importante para que o aluno possa identificar suas dificuldades, analisá-las e operacionalizar os procedimentos necessários para progredir; portanto, o erro deixa de ser um sinônimo de fracasso para tornar-se fonte de informação tanto para o aluno quanto para o professor. Para o aluno, compreender o erro significa a possibilidade de progredir. A partir do erro do aluno, o professor pode verificar se o que está sendo proposto, de fato, está sendo aprendido e, a partir dos índices observados, avaliar se

a proposta de ensino está adequada ou se há necessidade de ajustá-la. Assim, a avaliação não pode se restringir a um único instrumento e sim a um rol de recursos que permitirá a manifestação de diferentes competências, possibilitando ao professor que atue de forma adequada para o aluno avançar na construção do conhecimento. Em Geografia, por exemplo, as avaliações devem voltar-se para as aprendizagens dos conceitos trabalhados, como também para os procedimentos importantes da área, tais como leitura de mapas, de gráficos, de tabelas, de imagens, organização das ideias escritas, leitura e compreensão de textos da área, comunicação oral, elaboração de registros, sínteses de aulas expositivas, discussões coletivas etc. São vários os instrumentos de avaliação: provas, elaboração de resumos, de sínteses, de textos argumentativos, apresentação de seminários, construção de mapas conceituais etc. Esses instrumentos devem adequar-se ao conteúdo em foco e às diferentes etapas de trabalho. Os instrumentos de avaliação precisam trazer informações para o professor sobre como os alunos estudam, como resolvem problemas, como articulam conceitos para explicar relações complexas, como constroem explicações para os problemas apresentados e sobre quais são os aspectos que dificultam suas aprendizagens. Portanto, esses instrumentos precisam ser bem elaborados, pois é a partir de seus resultados, os quais precisam ser confiáveis, que o professor deve reavaliar o seu planejamento e corrigir rotas, visando sempre à construção de aprendizagens significativas pelos alunos.

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Para Hadji (2011), qualquer avaliação pode ser formativa desde que atenda a três características essenciais: favoreça o desenvolvimento do aluno; informe professores e alunos e regule professores e alunos. Os principais objetivos da avaliação formativa são: privilegiar a autorregulação; definir para os alunos o que se espera construir a partir do ensino; permitir a apropriação, por parte do aluno, dos critérios de êxito e tornar o professor capaz de diagnosticar problemas e planejar intervenções didáticas variadas em cada caso identificado. Portanto, para ser formativa, a avaliação precisa ajudar o aluno a aprender e o professor a ensinar. É o que Allal, Bain e Perrenoud (1993) exprimem da seguinte maneira: “Uma avalição a serviço da aprendizagem do aluno, uma avaliação que permita a adequação da formação às necessidades dos alunos (1993, p. 13). Ou ainda: uma avaliação que ajude o aluno a aprender ou, em outras palavras, que contribua para a regulação contínua das suas aprendizagens” (p. 29). Nesse contexto, de acordo com Perrenoud, a regulação torna-se uma metodologia pedagógica, possibilitando intervir em tempo real nas aprendizagens dos alunos ao longo do processo. Nesta perspectiva, o principal objeto dessa regulação é a aprendizagem efetuada, de fato, pelo aluno e não a atividade que ele está realizando. E o objeto principal da avaliação formativa é o aluno no seu percurso de formação. Assim, de acordo com Perrenoud (1999): “(...) a ambição é agir o mais próximo possível daquilo que está sendo construído na cabeça daquele que aprende, com todas as dificuldades que isso comporta, tendo em vista a possibilidade de observar diretamente essa construção. Portanto, apesar de a ideia central da avaliação formativa ser simples, a sua realização será sempre muito difícil.” (grifos nossos)

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Para fazer uma avaliação formativa, é necessário que o professor tenha sempre o objetivo de esclarecer os atores do processo de aprendizagem; utilize diferentes modalidades de práticas educativas e avaliativas; busque maior coerência entre as informações a serem levantadas e os objetivos buscados com o trabalho e torne os dispositivos transparentes, cuidando da comunicação do resultado. Para isso, é preciso relacionar com coerência as atividades de avaliação com o objeto avaliado e especificar para os alunos as expectativas e critérios por meio dos quais estão sendo avaliados. Embora o discurso da avaliação formativa esteja mais significativamente difundido no Brasil, ainda é comum, na maioria das escolas, uma avaliação que tem por objetivo principal classificar o aluno. Corroboramos com Depresbiteris (2009, p.42), quando afirma que “considerando o processo de avaliação como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, suas finalidades estão intimamente relacionadas às concepções do que significa aprender”. A autora nos coloca a seguinte questão: “O que se pretende avaliar: memorização de conteúdos apresentados na sala de aula ou a capacidade de resolver problemas de forma autônoma?” (Depresbiteris, 2009, p. 42). Dentro da concepção de ensino tradicional em que o papel do professor é “passar conteúdos e informações” e o papel do aluno é “absorvêlos”, os conteúdos conceituais assumem posição central, e “as estratégias de aprendizagem baseiam-se na competência didática do professor, apoiado por todos os recursos necessários para tornar as aulas mais estimulantes” (Depresbiteris, 2009, p. 42). Nesse contexto, compreende-se que ensinar e aprender são sinônimos e, portanto, um bom ensino sempre leva a uma boa aprendizagem. Daí decorre:


“Os instrumentos de avaliação que mais se aproximam dessa abordagem são aqueles que solicitam do educando a reprodução dos conceitos aprendidos. A falta de aprendizagem é vista, muitas vezes, como incapacidade de o aluno alcançar o que a escola propõe. Informações sobre o processo que pode ter gerado dificuldades de aprendizagem raramente são foco da avaliação”. (Depresbiteris, 2009, p. 43) E nesse contexto, a avaliação não cumpre o seu principal papel: contribuir para que os alunos avancem no processo de construção do conhecimento. Isso ocorre, sobretudo, porque, conforme ressalta Perrenoud (1999), a regulação necessária dentro de um processo de avaliação formativa não é imediata e, muito menos, automática. “A dificuldade para o professor é imaginar, inventar, construir e realizar a regulação adequada”. Para Perrenoud, a avaliação formativa é uma estratégia pedagógica, “constituindo um elemento chave do dispositivo pedagógico elaborado para combater o fracasso escolar” (PERRENOUD, 1999, p.32).

BIBLIOGRAFIA: DEPRESBITÉRIS, Lea. Diversificar é preciso...: instrumentos e técnicas de avaliação da aprendizagem. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2009. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre, Mediação 2001. PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999. ___________. 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000. ___________. Não mexam na minha avaliação! Para uma abordagem sistêmica da mudança pedagógica. In: NÓVOA, A. Avaliação em educação: novas perspectivas. Porto, Portugal: Porto Editora, 1993.

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APRENDER FAZENDO... DESMISTIFICANDO O ENSINO POR COMPETÊNCIAS Beatriz Villarroel Andrade Glaessel

“Construir uma competência significa aprender a identificar e encontrar os conhecimentos pertinentes. Estando já presentes, organizados e designados pelo contexto, fica escamoteada essa parte essencial da transferência e da mobilização” (PERRENOUD, 1999)

Os encontros foram planejados a partir de algumas das dificuldades mais comuns ao planejar e ensinar por competências: definir de maneira segura os conceitos de competência e habilidade, determinar os papéis do professor e do aluno nessa proposta e discutir as escolhas de conteúdos (conceituais, procedimentais e atitudinais) e de estratégias para desenvolvimento adequado da proposta.

O curso “Aprender Fazendo - Desmistificando o ensino por competências”, da trilha Competências Específicas - Pedagógico Educacional foi oferecido no segundo semestre e contou com três encontros. A ideia foi discutir e vivenciar propostas de atividades que fizessem o grupo pensar em conceitos e ações necessários para que um educador possa realizar o ensino por competências de maneira que seus alunos aprendam mais.

Para isso, algumas estratégias foram utilizadas. No primeiro encontro, por exemplo, uma série de perguntas foi entregue aos grupos. Elas visavam a proporcionar uma discussão sobre o contexto no qual ocorre o ensino atualmente e sobre os novos papéis desempenhados pelo professor, pelo aluno e pela instituição escolar. A ideia era fomentar as novas demandas para ensinar na sociedade do conhecimento. Lembremos que a informação circula rapidamente, tem um alcance

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inimaginável e muda as formas de pensar e agir constantemente. Como continuar utilizando as mesmas dinâmicas de décadas atrás em sala de aula nesse novo contexto? Impossível. É preciso que o professor se aproxime das novas formas de aprender contemporaneamente. Nesse sentido, o trabalho de pesquisa adquire importância, assim como pensar as etapas para um trabalho mais autônomo por parte do aluno e mediado pelo professor, planejar com objetivos claros e avaliar, contemplando diversos formatos, utilizando a avaliação como forma de autorregulação da aprendizagem. O curso contou ainda com uma parte prática voltada ao planejamento. Após a leitura de referenciais teóricos que sustentam a proposta pedagógica da Lourenço Castanho, os participantes escolheram uma competência para esboçar o planejamento de uma sequência didática. A competência deveria estar definida num ciclo e numa série e ter uma justificativa para a escolha. Essa atividade permitiu uma rica troca entre os participantes, pois, sendo de áreas

de conhecimento e de ciclos diferentes, todos puderam compartilhar os documentos que regem seus planejamentos e comentar um pouco sobre a especificidade do ensino/aprendizagem em cada ciclo e série. Outra dinâmica importante no curso foi a de propor aos participantes que tentassem se colocar no papel de alunos e vivenciassem as dificuldades do processo de aprendizagem, resgatando estratégias e habilidades para pesquisa e trabalho em grupo, considerando os feedbacks necessários e os tempos da aprendizagem em sala. A finalização do curso previu a socialização das propostas de cada um e a troca de ideias entre os participantes, algo desejável não apenas no curso, mas também nas sequências didáticas que cada um de nós pretende implementar em nossas aulas na Lourenço Castanho. Em 2015, os interessados terão uma nova oportunidade de fazer o curso, já que ele será novamente oferecido. Para aqueles que já o cursaram e quiserem aprofundar a discussão, é possível fazer o curso Avaliar por competências, que também ocorrerá em 2015.

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APRENDER FAZENDO... ESTRATÉGIAS DE SALA DE AULA Margareth Polido Pires

“Não é porque as coisas são difíceis que não ousamos fazê-las; é porque não ousamos, que elas são difíceis” (Sêneca, filósofo do Império Romano) Este pequeno texto tem como pretensão colocar em marcha uma inquietação sobre o que valorizamos no processo de ensino aprendizagem: os processos ou os produtos? Essa reflexão é de extrema importância, ao lidarmos com a temática das estratégias de sala de aula, as utilizadas pelos professores para ensinar e pelos alunos para aprender. É claro que tal reflexão também influi, diretamente, sobre as escolhas de conteúdos, as definições dos indicadores e instrumentos de avaliação, sobre o que é avaliar, sobre o olhar para os alunos. Mas vamos tentar manter o foco na questão das estratégias. Para conduzir essa reflexão, tomo alguns trechos de trabalhos publicados, unindo exemplos, fragmentos, considerações e sínteses, frutos dos trabalhos de educadores pesquisadores sobre a questão. Quero crer que não é um plágio, mas uma associação entre ideias, um tomar emprestado. Sem dúvida, a leitura integral desses trabalhos, que recomendo fortemente, pode conduzir a outras associações, conclusões e discordâncias da construção aqui realizada. Conto com isso! Para começar essa associação entre ideias, creio que possamos ver algumas definições para “estratégia”, relacionadas ao campo do ensino aprendizagem: • Sequências integradas de procedimentos, ações, atividades ou passos escolhidos com um determinado propósito (Lamas, 2000);

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• É um plano cuidadosamente preparado, envolvendo uma sequência de passos concebidos para atingir uma determinada meta (Hyman, 1987); • É uma organização ou arranjo sequencial de ações ou atividades de ensino que são utilizadas durante um intervalo de tempo e com a finalidade de levar os alunos a realizarem determinadas aprendizagens (Cruz, 1989); • Coordenação de procedimentos, escolhidos num painel de possibilidades, em razão de uma suposta eficiência e em função de uma dada finalidade (Perraudeau, 2009). As definições podem ser estendidas muito além desses exemplos. É possível, com certeza, apresentar uma lista que ocupa toda a página, mas o quadro acima parece bastar para indicar que há um ponto em comum entre todos esses autores - as estratégias estão intimamente ligadas a ações propositais, previamente definidas e com o propósito (por vezes, não tão declarado nas definições acima, mas de alguma forma implícito) de promover a aprendizagem dos alunos. A questão que proponho a partir dessas definições é: a compreensão sobre o que são estratégias pode apresentar múltiplos sentidos, dependendo da visão do professor sobre o que é aprender? Digamos que, para alguns, a aprendizagem é definida a partir do comportamento dos alunos e das estruturas de pensamento que sustentam esse comportamento. Nesse caso, qual é o sentido de estratégia? Podemos pensar que, para outros, a aprendizagem é algo que possa ser definida a


partir de desempenhos esperados. Nesse caso, que sentido dar às estratégias? E se a aprendizagem é entendida a partir de competências empregadas pelos alunos para atingir desempenhos? Teremos outra interpretação para estratégia? O que procuro explicitar é que a definição de estratégia está intimamente relacionada à visão sobre aprendizagem concebida pelo professor e, talvez, da clareza que ele possui sobre a diferença entre aprender e compreender. Assim, de acordo com tais crenças, as definições do quadro acima podem mostrar-se antagonistas ou mesmo, uma grande baboseira. Na tentativa de potencializar um pouco mais a reflexão sobre o assunto, apresento a seguir dois exemplos de ação que, grosso modo, pretendem o mesmo resultado, utilizando estratégias diferentes, porque o que se acredita ser “aprender” também são distintos. Estes exemplos foram muito potentes para mim quando li, pela primeira vez, esse livro (Monereo, 1989) e creio que o caráter de “aconteceu numa sala de aula” ajuda muito a tornar reflexões didático pedagógicas mais interessantes. Vamos aos exemplos: PROFESSOR A – pretende que os alunos realizem uma planta baixa da classe; para isso, primeiro, ele ensina como se pode fazer uma planta parecida: a do pátio do recreio. Diante dos alunos, desenha um retângulo (esta é a forma do pátio) e explica que utilizará uns símbolos para representar todos os elementos. Depois de colocar os símbolos, cada um no seu lugar, sugere que os alunos façam a planta da própria classe, da mesma maneira: -“Vamos fazer uma planta baixa de nossa classe. Relembrem-se de tudo que acabo de fazer e não se esqueçam de que é preciso utilizar símbolos apropriados!” (aponta para os símbolos descritos na lousa - janela, porta, mesas, cadeiras, armários e outros materiais presentes na sala). Fornece aos alunos folhas de papel quadriculado para que realizem a tarefa. Os alunos, em pares, iniciam o trabalho.

APRENDER X COMPREENDER (Perraudeau, 2009) Até metade do século XX, o acúmulo e a repetição eram modalidades pedagógicas preferidas em detrimento da explicação e da argumentação. Os progressos no conhecimento do desenvolvimento da criança e o nascimento da psicologia cognitiva revolucionam as concepções da aprendizagem. As tarefas que antes marcavam a aprendizagem, como memorizar, consolidar, dotar de saberes ou do saber fazer, foram dando espaço para as tarefas da compreensão, destinadas a fazer refletir, levantar problemas, incitar e criar novos procedimentos. Porém, essa dicotomia ainda é muito formal e teórica, já que as práticas efetivas apresentam dificuldades em evoluírem no mesmo ritmo que as construções teóricas, prevalecendo um campo ambíguo entre definir a aprendizagem e lidar com a aprendizagem. Talvez, pensar sobre as diferenças entre acertar e compreender, entre processo e produto, seja um elemento a ser considerado antes de lançar-se a definições ou escolhas estratégicas. Talvez, o objetivo a ser alcançado por uma estratégia deveria estar mais vinculado à competência (o que é mobilizado para chegar ao resultado) do que ao desempenho (a exatidão do resultado) e isso possa, de fato, ser uma aprendizagem a ser posta em movimento pelo professor – como pensar mais nos processos ao invés de só se dedicar aos resultados. Tarefa difícil, mas necessária. Necessário também pensar no ritmo imposto para respeitar o programa escolar, em que, uma vez vista uma noção de compreensão, se avança, sem que se tenha o cuidado e tempo para voltar a ela. O saber é, implicitamente, compreendido como acúmulo de conhecimento. A atividade do aluno é vista como ações sucessivas programadas e não como tempo de aprendizagem. A ação é necessária, mas não suficiente à aprendizagem. A temporalidade do procedimento não é levada em conta. As estratégias não solicitadas correm o risco de serem esquecidas. Ainda se prioriza, com muita frequência, a estratégia de desempenho, a técnica de resolução, e não a reflexão. Valoriza-se mais a “resposta correta” do que o processo, o resultado do percurso.

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PROFESSOR B – pretende que os alunos realizem uma planta baixa da classe; antes de começar a atividade, apresenta aos alunos diferentes plantas baixas: de uma cozinha, extraída de uma revista de decoração, em que se detalham todos os móveis e elementos decorativos; uma planta baixa de um apartamento, realizado por um arquiteto, feito em escala, com abundantes símbolos; por último, uma planta baixa da mesma sala, desenhada por um aluno no ano anterior. “Quero que pensem para que servem estas plantas baixas, qual é sua finalidade?” Uma vez acordada a finalidade de uma planta baixa, o professor sugere que os alunos analisem em quais aspectos se parecem e em quais se diferenciam os três exemplos. Depois de discussões e registros, o professor acorda com os alunos que todos esses elementos podem ser levados em consideração na tarefa deles, de elaborar a planta baixa da classe. “Antes de começar, pensem sobre a finalidade da planta que vamos fazer, o que temos que fazer, retomem e vejam se está claro, como medir os elementos, se sabem como desenhá-los e como farão as escolhas dos símbolos correspondentes a esses elementos”. Os alunos em pares discutem como realizar a tarefa e iniciam o trabalho.

METACOGNIÇÃO (Perraudeau, 2009) “Realizar uma tarefa é uma coisa; no entanto, um aluno pode realizar um trabalho sem ter compreendido totalmente o que estava implicado em termos de saber, ou em termos de procedimentos empregados. A compreensão exige uma lucidez, uma consciência da atividade iniciada. A tomada de consciência, muitas vezes facilitada pela verbalização dos procedimentos, permite ao aluno dotar-se dos instrumentos de reflexão para ser capaz de reutilizar ou de adaptar um procedimento válido. A metacognição é a competência que permite distanciar-se, analisar e usar o que foi feito anteriormente”.

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Como marquei no início, esses dois exemplos pretendem evidenciar algumas diferenças substanciais no tipo de aprendizagem que se deseja promover, ou melhor, sobre o que se compreende por “aprender” e como isso se relaciona com as escolhas estratégicas, do professor e dos alunos. Nos dois casos, os alunos elaboram uma planta baixa. Parece correto afirmar que o produto formal da sua aprendizagem, entendido como resultado observado ou tarefa realizada, é o mesmo. Mas o processo é muito distinto. Tais diferenças são devidas, fundamentalmente, às intenções que, explícita ou implicitamente, guiam a atuação do professor. O professor A parece estar guiado unicamente pelo objetivo de os alunos elaborarem uma planta baixa da classe, enquanto o professor B tem objetivos mais ambiciosos, analisar as características da realização de qualquer planta baixa, aprender a tomar decisões, ampliar as possibilidades de enfrentar a tarefa proposta etc. Utilizar procedimentos para repetir uma tarefa é muito diferente de refletir sobre o que se está fazendo, como se está fazendo, como poderia fazer diferente. No caso B, os alunos aprendem estratégias para melhorar sua aprendizagem e geri-la de forma autônoma e eficaz, o que exigiu do professor escolhas de estratégias de ensino bem diferentes do que o professor A, ainda que ambos concordem que estratégias se constituam por ações intencionais preestabelecidas para que se atinja um objetivo. Em Anijovich e Mora (2010), encontramos alguns princípios a serem considerados no planejamento das estratégias: • tempo para acordar com os alunos as metas de aprendizagem; • criar situações que sejam contextualizadas, planejando tarefas e atividades genuínas, de problemas reais, promovendo a interação com o mundo vivido;


• usar materiais de fontes variadas, tanto para obter informação, quanto para produzir diferentes tipos de registros e comunicação; • desafiar os alunos com tarefas que eles dão conta de realizar, de modo que o conhecimento em construção seja a única novidade com que terão que lidar; • favorecer diferentes usos do tempo, dos espaços e de formas de agrupamento; • promover a avaliação contínua, incluindo instâncias de metacognição - reflexão dos alunos sobre seus próprios modos de aprender, sobre o que se está fazendo e sobre o que foi aprendido. Voltando ao início do texto, retomando as definições para estratégias, creio que não importa muito qual definição consideramos mais adequada. O que precisamos, de fato, ter em mente é que tipo de experiência de aprendizagem nós pretendemos potencializar. Somente os produtos ou também os processos? Há uma vasta lista de exemplo de estratégias de ensino que os professores podem adotar para tornar suas aulas diferentes (apresento algumas sugestões no final), mas é importante lembrar que, adotada sem reflexão sobre que tipo de aprendizagem acreditamos querer promover, ela deixa de ser uma estratégia para se tornar uma técnica de alcançar resultados. Com reflexão, torna-se uma estratégia para vivenciar processos, potencializando aprendizagens significativas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (em negrito, obras com sugestões de estratégias de ensino aprendizagem) Anijovich, R. Mora, S. (2010). Estrategias de enseñanza – outra mirada al quehacer em el aula. Aique Educación. Bordenave, J.D. Pereira, A.M. (1986). Estratégias de Ensino Aprendizagem. Editora Vozes Cruz, M.N. (1989). Utilização de estratégias metacognitivas no desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas – um estudo com alunos de física e química do 10° ano. Dissertação de mestrado, Universidade de Lisboa. Hyman, R.T. (1987). Discussion strategies and tactics. In W.W. Wilen, Questions, questioning tecniques and affective teaching (pp. 136-153). National Education Association Lamas, E.P.R. (Coord.). (2000). Dicionário de metalinguagens da didáctica. Porto Editora. Monereo, C. (Coord.).(1999). Estrategias de enseñanza y aprendizaje – formación del professorado y aplicación em la escuela. Grao Editora. Perraudeau, M. (2009). Estratégias de aprendizagem – Como acompanhar os alunos na aquisição dos saberes. Artmed Vieira, R.M. Vieira, C. (2005). Estratégias de Ensino Aprendizagem. Horizontes Pedagógicos.

“Pensar em nuestros alunos como generadores de conocimiento, en lugar de ubicarlos em el rol de consumidores de información”. (Jamie Mackenzie) “Las buenas prácticas de enseñanza se proponen formar estudiantes estratégicos”. (Carles Monereo)

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NEPS NEPS E COOPERMITI: UMA PARCERIA PARA TODA A COMUNIDADE Daniela Coccaro

Você já percebeu com que velocidade as tecnologias são substituídas? Pense, por exemplo, nos telefones celulares e computadores. Quando se substitui uma tecnologia, para onde vão os equipamentos “obsoletos”? Difícil responder essa pergunta? Acreditamos que a maioria vai para o lixo comum, não é? No nosso dia a dia, não pensamos nisso. Não paramos para pensar quanto uma bateria de celular ou de notebook pode poluir o solo ou os lençóis freáticos – e, muitas vezes, nem sabemos que poluem. Nós nos enganamos quando pensamos que apenas os equipamentos de alta tecnologia (computadores, câmeras, celulares etc.) poluem o ambiente. Rádios, televisores, aparelhos de som, geladeiras e outros equipamentos também contêm inúmeros elementos altamente poluentes. O descarte incorreto desses equipamentos causa grande impacto ao meio ambiente e, por isso, deve representar uma preocupação socioambiental. Entretanto, descartar corretamente esses equipamentos não é tarefa simples, uma vez que postos de coleta de lixo eletroeletrônico não são encontrados com facilidade. Pensando nisso, o NEPS (Núcleo de Estudo e Pesquisa para Sustentabilidade) estabeleceu uma importante parceria com a cooperativa COOPERMITI que atenderá a toda a comunidade da Escola Lourenço Castanho. A COOPERMITI, cooperativa sem fins lucrativos conforme Lei 5.764/71, é uma central de triagem de resíduos eletroeletrônicos (lixo eletrônico, lixo tecnológico ou e-lixo), pioneira no Brasil, a ser conveniada com um órgão de gestão pública para essa finalidade. Com um Sistema Integrado de Gestão da Qualidade e

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Meio Ambiente (Certificado ISO 9001:2008 e ISO 14001:2004), desenvolve e opera soluções para o desfazimento do lixo eletroeletrônico (computadores, CPUs, impressoras, rádios, celulares, televisões, micro-ondas, eletrodomésticos, entre outros), realizando um trabalho de inclusão social, inclusão digital, capacitação, educação ambiental e cultura. Todo material recebido ou coletado, após triagem, é destinado, reciclado ou reutilizado, gerando renda aos cooperados e proporcionando doações. Viabilização da parceria A partir de janeiro de 2015, alunos, pais, professores e funcionários da escola poderão contar com um posto de coleta para o descarte do lixo eletroeletrônico na própria escola. Eletroeletrônicos de pequeno volume (celulares, baterias, pilhas, mouses etc.) podem ser entregues em qualquer uma das unidades da escola, diretamente nas secretarias. Eletroeletrônicos de médio porte (computadores, impressoras, liquidificadores etc.) devem ser entregues na Casa do Conselho. Para eletroeletrônicos de grande porte (geladeiras, fogões etc.), é preciso entrar em contato com a COOPERMITI, para agendar a retirada do equipamento na residência. Acreditamos que a parceria com a COOPERMITI nos auxilie, individualmente, a assumir práticas sustentáveis na gestão de nossos próprios recursos. Contato NEPS: neps@lourencocastanho.com.br Contato COOPERMITI: http://www.coopermiti.com.br/contato


NOVO SISTEMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS LOURENÇO CASTANHO Daniela Coccaro

De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), no ano de 2012 foram geradas 64 milhões de toneladas de resíduos, das quais 24 milhões foram enviadas para destinos inadequados. O descarte inadequado de lixo é prejudicial à saúde pública e danoso ao meio ambiente. Na tentativa de enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais do manejo incorreto dos resíduos sólidos, a Lei nº 12.305/10 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Essa política propõe a prática de hábitos de consumo sustentável e contém vários instrumentos de incentivo à reciclagem e ao reaproveitamento de materiais bem como o descarte ambientalmente adequado desses resíduos.

A PNRS também deixa clara a importância de empresas privadas e serviços públicos trabalharem conjuntamente, o que tem sido tratado no documento como “responsabilidade compartilhada”. Vale lembrar que a PNRS foi implantada no ano de 2010, com a expectativa que em quatro anos todos os setores públicos e privados estivessem inseridos e preocupados em atender as metas por ela estabelecidas. Infelizmente, muito pouco aconteceu, e a coleta seletiva e reciclagem do lixo ainda estão distantes da expectativa original. A Escola Lourenço Castanho, considerando todas as suas quatro unidades, ainda não estava adequada às novas regulamentações da PNRS e, por esse motivo, o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Sustentabilidade (NEPS) desenvolveu, por meio de seus integrantes, um programa de ações que objetiva tornar a escola um modelo no que diz respeito não somente ao destino dos resíduos sólidos que produz, mas também na conscientização e mobilização da comunidade escolar nas questões relativas ao consumo, descarte e coleta seletiva.

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Foram previstas medidas como: treinamento de funcionários, sensibilização e engajamento de alunos, professores e pais, alinhamento de prestadores de serviço de coleta e destinação de resíduos e implantação de infraestrutura adequada. Parceria Recicleiros Parte do projeto foi desenvolvida em parceria entre a Escola Lourenço Castanho e a empresa de desenvolvimento de projetos socioambientais Recicleiros e teve como objetivo principal o estabelecimento de um padrão para gestão sustentável dos resíduos gerados pelas operações normais da escola, composta por suas quatro unidades. O modelo de coleta escolhido, a ser implantado em janeiro de 2015, foi o de duas cores:

SISTEMA VERDE O QUE É O sistema verde é um canal para destinação de resíduos sólidos secos com destinação simples, ou seja, ensacados. São os resíduos comumente classificados como recicláveis em geral, compostos por: papéis,
 plásticos, metais
, vidros e embalagens em geral (longa vida, embalagens laminadas de salgadinhos, biscoitos, entre outras). DESCARTE Deverão ser descartados em uma das lixeiras verdes que estarão equipadas com sacos verdes translúcidos. DESTINAÇÃO Serão coletados pela empresa Multilixo nos dias e horários definidos no contrato de prestação de serviço e encaminhados para cooperativa de catadores.

SISTEMA CINZA O QUE É O sistema cinza é um canal para destinação de resíduos não recicláveis com destinação simples, ou seja, ensacados. São os resíduos comumente classificados como rejeito, compostos por: resíduo de varrição (folhas, galhos e fuligem), embalagens contaminadas (sachês de condimento),
 goma de mascar, filtro de cigarro,
 guardanapos sujos, restos de alimentos e lixo de banheiro. DESCARTE Deverão ser descartados em uma das lixeiras cinzas que estarão equipadas com sacos transparentes ou cinzas. DESTINAÇÃO Serão coletados pela empresa Multilixo nos dias e horários definidos no contrato de prestação de serviço e encaminhados para aterro sanitário.

Sendo assim, convidamos a todos a compartilhar conosco esse desafio e a tornarem-se parceiros do Neps! Contato: NEPS-ELC@lourencocastanho.com.br

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Inovação MOBILE LEARNING – COOPERAR E COMPARTILHAR Janine Moura Campos, Regina Fernandes e Roberta Hernandes Alves Com a evolução da tecnologia e a sua apropriação pelas escolas, estão sendo colocados novos desafios às metodologias de ensino. É de fundamental importância acompanharmos as inovações, que já vêm ocorrendo desde os anos 1980 até os dias de hoje, traduzindo-as e adaptando-as ao cotidiano escolar.

desktops (computadores de mesa) e refletir sobre as possibilidades de aplicação dessas tecnologias em sala de aula.

Hoje, a Internet (Web 2.0) está baseada na construção coletiva do conhecimento. Sem fronteiras físicas, o usuário produz conteúdo, armazena-o virtualmente, compartilha, colabora, interage, soma, modifica realidades e saberes.

1. Colaboração com Google Docs

Na escola, a Internet é uma aliada da tecnologia da educação e passa a ter um papel central, propondo uma experiência de uso semelhante à de aplicativos para desktop, como é o caso do Google Docs, que disponibiliza (online) ferramentas com as mesmas características e a maioria das funções dos Aplicativos da Microsoft (Word, Power Point e Excel) que rodavam off-line e eram pagos. Os dispositivos tornaram-se mais leves e menores (tablets e smartphones), permitindo, assim, maior mobilidade e podendo ser utilizados em sala de aula, fora da escola, em qualquer lugar e horário e no ritmo de cada estudante, desde que se tenha acesso à Internet ou hotspot Wifi. Arquivos compartilhados entre alunos e professores e trabalhos realizados colaborativamente mudam a dimensão do espaço e do tempo da sala de aula. Diante do quadro de transformações apresentado acima, o curso “Mobile Learning – Cooperar e Compartilhar” foi elaborado para auxiliar o professor a explorar diversas ferramentas colaborativas, utilizar dispositivos móveis (tablets, smartphones e notebooks) e

As ferramentas colaborativas exploradas no curso foram:

• Instruções: Google Drive e aplicativos. Criar, editar e compartilhar Documentos, Apresentações, Planilhas e Formulários. Fazer upload e download de arquivos em diversos formatos; • Explorar os recursos: Criar um Google Documento, Apresentação e Formulário/ Planilha. Compartilhar e colaborar com os participantes; • Observar e aprender novas ideias a partir do compartilhamento com os colegas; • Pensar em atividades para a sala de aula. 2. Educreations – aplicativo que utiliza o Tablet ou desktop para criação de videoaulas. 3. Creative Commons – direitos autorais e mídias amigáveis para utilização de imagens, áudios e vídeos da Internet. 4. Collaborize Classroom – plataforma de aprendizagem (on-line) gratuita para professores e alunos criarem debates, ampliarem as discussões e interagirem com planos de aulas, em uma comunidade privada. 5. Padlet - aplicativo da Web que permite a criação de um mural virtual onde é possível adicionar textos, imagens, vídeos e endereços de sites.

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6. ThingLink - permite transformar uma foto estática numa imagem interativa, enriquecida com links, áudios, vídeos, perfis de redes sociais, textos e outros conteúdos relacionados. 7. Today´s Meet - chat instantâneo. 8. YouTube – local para o compartilhamento de vídeos. Criar um canal. Refletir sobre projetos. 9. Hangout - recurso que possibilita videoconferências. Para alguns professores, o curso foi o primeiro contato com as ferramentas apresentadas. A cada aula, além das instruções dadas sobre o funcionamento dos programas, foram postadas as respectivas videoaulas, que poderiam ser retomadas pelo professor, caso fosse necessário. Os participantes precisavam refletir sobre a aplicabilidade dos recursos e fazer o compartilhamento com os colegas. Durante o curso, observamos como os aplicativos encaixavam-se às necessidades dos professores e como podiam levar algum frescor à sala de aula e estímulo aos alunos na construção de seu conhecimento.

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Como integrar as ferramentas aprendidas ao planejamento por componente? Essa foi a questão final do curso para a prática do professor. Educreation para criação de videoaulas em História, ThingLink para dar vida a imagens e textos na História da Filosofia, Padlet na construção de mural para o Estudo do Meio, Google Docs e a história do Taekwondo em Educação Física e Google Apresentação para a sistematização do Modernismo de 1922 em Literatura. Esses foram alguns dos projetos pensados pelos frequentadores do curso e, depois, detalhados para serem aplicados em sala de aula. Após o término do curso, continuamos nossa troca e acompanhamos projetos desenvolvidos pelos participantes, como, por exemplo, a capacitação dos professores do Colégio Santa Amália para o uso das novas tecnologias. Compartilhar, colaborar, refletir, errar e aceitar, modificar, inspirar-se e aprender com os outros, criar novas ideias para enriquecer o repertório de cada um, tudo parece formar um círculo contínuo quando se pensa em trabalhar com a Internet e a Educação.


FLIPPED CLASSROOM Daniela Coccaro e Janine Moura Atualmente, o panorama da educação representa um desafio não só para professores como também para alunos. Os chamados alunos do século XXI começam a não estar disponíveis para o tradicional modelo de ensino aprendizagem ao mesmo tempo em que ainda são confrontados com exames vestibulares bastante tradicionais. Na tentativa de amenizar os conflitos eminentes nós, professores, passamos a buscar novas formas de trabalhar e de transferir conceitos na tentativa de dar ao aluno mais destaque no processo de ensino aprendizagem, ou seja, colocá-lo no centro do processo educativo. Nesse caminho, muitas metodologias surgem como alternativa possível e uma, bastante promissora, ficou conhecida como Flipped Classroom ou Sala de Aula Invertida e foi esse o tema do curso ministrado pelas professoras Daniela Coccaro e Janine Campos, que, no ano de 2014, inverteram parte de suas aulas.

de temas, estimulando as discussões e trocas entre os alunos. Após as reflexões sobre a Sala de Aula Invertida que ocorreram durante o primeiro encontro, o curso assumiu um caráter bastante prático estimulando os professores a elaborarem seus próprios projetos. Na tentativa de atender a esse objetivo trabalhou-se: a sequência das etapas que permitem a inversão “segura” da sala de aula e possíveis aplicativos necessários para o desenvolvimento do trabalho - Capture, Google Hangouts, Cantasia Studio, Jing, Vdownloades, Aimer Video Converter e Hover Cam.​ No último encontro, os professores foram desafiados a elaborar um pequeno projeto invertendo – parcialmente ou completamente – uma sequência didática já elaborada. O curso de Flipped Classroom contou com a participação de professores de diferentes unidades da Escola Lourenço Castanho e três professores provenientes de outras escolas.

O curso, realizado em três encontros, teve como foco as reflexões pedagógicas de Jonathan Bergmann e Aaron Sams, precursores do conceito da Sala de Aula Invertida (Flip Your Classroom: Reach Every Student in Every Class Every Day Paperback– July 15, 2012). A Sala de aula invertida é o nome que se dá ao método que inverte a lógica de organização da sala de aula. Com ela, os alunos aprendem o conteúdo em suas próprias casas, levando em consideração o ritmo de cada um, por meio de videoaulas ou outros recursos interativos. Na sala de aula física, o professor deixa de ser o expositor de conteúdos e passa a ser o orientador na realização de exercícios, nas atividades em grupo, nos trabalhos por projetos e no aprofundamento

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Acontece PROGRAMAÇÃO NIDP 2015

alunos e às tecnologias, mediante as quais podemos construir conhecimento e contribuir para a produção de identidades individuais e sociais.

EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS POR TRILHA

FORMADORES: Fabia Antunes, Karyn Bulbarelli e Leandro Lamano.

TRILHA FORMATIVA:

PÚBLICO ALVO: Colaboradores novos (período de admissão: de fevereiro 2013 a janeiro 2015)

CULTURA LC CIDADANIA LOURENÇO CASTANHO Módulo da base comum da programação promovida pelo NIDP para promover o desenvolvimento dos colaboradores da Escola Lourenço Castanho e ampliar o vínculo e o envolvimento com a escola, explorando diferentes maneiras de disseminar o conhecimento e despertar o espírito de aprendizagem permanente de todos os membros da organização. O principal objetivo é infundir, entre todos, a cultura, os valores, as tradições e a visão da instituição. FORMADORAS: Jeannette Alicke De Vivo, Marília de Azevedo Noronha, Maria de Lourdes Pereira Marinho Aidar e Sylvia Figueiredo Gouvêa. PÚBLICO ALVO: Colaboradores novos (período de admissão: de fevereiro 2013 a janeiro 2015) LOCAL: Ensino Médio. DATAS: 27/jan (Terça) – das 17h às 18h CARGA HORÁRIA: 1 hora.

LOCAL: Ensino Médio DATA: 27/jan (Terça) – das 18h às 19h – Equipe Pedagógica DATA: À definir – Equipe Administrativa CARGA HORÁRIA: 1 hora. APRENDIZAGENS INTEGRADORAS A Orientação Educacional na Escola Lourenço Castanho constitui parte do projeto pedagógicoeducacional da Escola, compondo a Área das Atividades Integradoras; sua proposta está essencialmente vinculada ao desenvolvimento físico, emocional, intelectual e social do estudante, bem como às dinâmicas estabelecidas nos grupos. Esses processos, por envolverem competências ligadas ao desenvolvimento mais subjetivo dos estudantes, demandam diálogos e intercâmbios constantes com pais, educadores e funcionários de outros setores da escola. O trabalho de Orientação Educacional está estruturado em três eixos de conteúdo: autoconhecimento, relações interpessoais e projetos pessoais. FORMADORA: Karyn Bulbarelli

PROPOSTA CURRICULAR A Proposta Curricular é um documento público que organiza e regula as práticas educativas da Escola Lourenço Castanho. Não é um simples instrumento técnico nem está desprovido de intencionalidade social e cultural porque o conteúdo educativo é um discurso sobre a cultura. No documento, contemplamos as novas relações entre escolaridade e sociedade e identificamos o modo como a cultura se faz acessível aos nossos

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PÚBLICO ALVO: Professores da instituição escolar e coordenadores de série. DATA E LOCAL: EI – 27/jan (Terça) - das 11h às 12h EFI – 27/jan (Terça) - das 8h às 9h EFII – 28/jan (Quarta) - das 11h às 12h EM – 28/jan (Quarta) - das 8h às 9h CARGA HORÁRIA: 1 hora.


LEITURA DE MUNDO A proposta é discutir a interpretação sobre o nosso percurso histórico recente, de forma que possamos compartilhar uma visão comum sobre o passado e avançar na compreensão do mundo em que vivemos. O que se pretende – ao menos em parte e, talvez, com certa ousadia – é resgatar os “mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas”, tentando construir coletivamente uma “relação orgânica com o passado e a época em que vivemos”. FORMADORES: Eduardo Chammas e Roberta Alves PÚBLICO ALVO: Professores da instituição escolar. LOCAL:

do Campo e sairemos por Cubatão, de onde um ônibus nos levará até o centro histórico de Santos para o almoço. No período da tarde, faremos uma visita à Bolsa Oficial do Café, imponente prédio histórico de 1922, onde visitaremos o Salão do Pregão, com seu mobiliário nobre, seu vitral, seus ricos ornamentos e o célebre tríptico do artista Benedito Calixto. A saída de São Paulo está prevista para as 8h e o retorno para as 18h. Observação: a caminhada tem grau médio de dificuldade, devido à distância e ao grau de inclinação da estrada, com um pouco de declividade. Não recomendada para pessoas com dificuldade de locomoção, problemas em joelhos, tornozelos e pés. Não recomendado para pessoas idosas e crianças abaixo de 7 anos. FORMADOR: Eduardo Chammas

24/mar – EM

PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores e seus familiares.

02/jun – Fundamental II

NÚMERO MÍNIMO: 30

DATAS:

NÚMERO MÁXIMO: 50

24/mar (Terça) – das 18h40 às 20h10 – EI e EFI 02/jun (Terça) – das 16h30 às 18h00 – EFII e EM

ENCONTRO: às 7h45, na entrada do Fundamental I.

CARGA HORÁRIA: 2 horas.

DATAS: 08/ago (Sábado) – das 7h45 às 18h CARGA HORÁRIA: 10 horas.

TRILHA FORMATIVA: COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS ESTUDO DE CAMPO Estrada Velha de Santos: De São Paulo a Santos: A ideia é descer a Estrada Velha de Santos a pé, por dentro do parque “Caminhos do Mar”, em um roteiro ecocultural de cerca de 9 km, em uma região de Mata Atlântica. O trajeto passa por monumentos e trechos de caminhos históricos da Serra do Mar, além de mirantes com vistas deslumbrantes para o litoral e a Baixada Santista. Para caminhar pela Estrada Velha, iremos de ônibus até a entrada da estrada em São Bernardo

INSCRIÇÕES: As inscrições precisam ser feitas até 30 de abril. No ato da inscrição, o colaborador deverá assinar a autorização para desconto em folha, na recepção da casa do conselho, com Simone. VALOR: Colaboradores R$ 40,00 – a ser descontado em folha. Familiares R$ 80,00 – a ser descontado em folha.

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CINEPIZZA LC Ao longo do ano, faremos duas sessões de cinema na escola, com pipoca, debate e pizza no final: “Entre Rios”: Documentário, produzido em 2009 por alunos do curso de Audiovisual do SENAC, que conta a história de São Paulo a partir da relação da cidade com os seus rios. O documentário mostra como os rios tiveram papel fundamental no nascimento e no desenvolvimento de São Paulo, e como a cidade virou as costas para os seus rios, enterrando muitos deles e transformando outros em canais de esgoto a céu aberto. Trata-se de um excelente documentário que oportuniza importantes discussões sobre São Paulo, tendo como referência os olhares das Ciências Humanas e das Ciências da Natureza. “Quase Dois Irmãos”: Filme brasileiro de 2004, dirigido por Lucia Murat, mostra os dilemas e impasses da sociedade brasileira a partir da trajetória de dois amigos em três tempos: na infância dos anos 1950, quando o filho do intelectual de classe média encontra o filho do sambista do morro; na juventude do final dos anos 1960, quando o preso político encontra o preso comum no presídio da Ilha Grande; na vida adulta dos anos 2000, quando o político “do asfalto” encontra o universo dos bailes funks do morro. O longa-metragem provoca o olhar e gera boas reflexões sobre a desigualdade, a violência e os conflitos da sociedade brasileira nos últimos 60 anos.

**Após o evento, teremos pizza na Administração.** CARGA HORÁRIA: 2,5 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias da data de cada sessão PARQUE E MUSEU, MUSEU E PARQUE: A ideia é articular a ida ao museu com uma visita ao parque, discutindo um pouco da sua história, do seu uso, da sua concepção, do seu projeto, da sua relação com o museu. MAC e Parque Ibirapuera: O MAC foi fundado em 1963 e reúne um rico acervo de arte moderna e contemporânea, com obras de artistas como Pablo Picasso, Tarsila do Amaral e Cândido Portinari. Recentemente, mudou-se para o antigo prédio do Detran, nas cercanias do Parque Ibirapuera. O parque, apesar de muito próximo da nossa comunidade, nem sempre é pensado em função de sua história, ligada à comemoração do IV Centenário de São Paulo, em 1954, de seu projeto, pensado por Oscar Niemeyer, e do conjunto de equipamentos culturais que abriga. A ideia é explorar esses aspectos pouco conhecidos do parque. FORMADORES: Eduardo Chammas e Fabiana Queirolo PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores e seus familiares. NÚMERO MÍNIMO: 15

FORMADOR: Eduardo Chammas

NÚMERO MÁXIMO: 30

PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores e seus familiares.

ENCONTRO: às 9h30 na entrada do MAC.

NÚMERO MÍNIMO: 10

DATA:

NÚMERO MÁXIMO: 30

MAC e Parque Ibirapuera: 28/fev (Sábado) – das 9h30 às 12h30

DATAS:

CARGA HORÁRIA: 3 horas

“Quase dois irmãos”:

INSCRIÇÕES: Até 10 dias do evento

17/abr (Sexta) – das 18h30 às 21h “Entre rios”: 02/out (Sexta) – das 18h30 às 21h

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TRILHA FORMATIVA: COMPETÊNCIAS PEDAGÓGICO/ EDUCACIONAL O PAPEL DO PROFESSOR NO DESENVOLVIMENTO GRÁFICO INFANTIL Desde as primeiras garatujas até as primeiras composições figurativas, as crianças vivenciam experiências significativas que possibilitam a aprendizagem de habilidades fundamentais em torno da linguagem visual. Cada qual percorre um caminho próprio, repleto de investigações e descobertas que são incorporadas e vão ampliando o repertório construído. Qual é o papel do professor nessa trajetória? Como planejar situações desafiadoras e convidativas nesse processo? Como analisar os desdobramentos de cada aluno e de seu grupo? Ao abordar as diferentes fases desse percurso, aliando noções teóricas às práticas docentes na Educação Infantil, o curso pretende contribuir para que professores e alunos possam compartilhar e potencializar cada pequena conquista em direção ao desenvolvimento das potencialidades da linguagem gráfica da criança.

INDICADORES DE AVALIAÇÃO Aprender Fazendo... Indicadores de Avaliação (Módulo I – mesma edição de 2014) Os indicadores de avaliação são as referências ou critérios construídos com a finalidade de oferecer orientações para as ações de sala de aula, para o planejamento das avaliações e, sobretudo, para a avaliação dos resultados e consequentes encaminhamentos. Essa oficina tem como proposta discutir e orientar a elaboração de indicadores que balizem o processo educativo. FORMADORA: Lisângela Kati do Nascimento PÚBLICO ALVO: Professores e coordenadores de todos os níveis de ensino. NÚMERO MÍNIMO: 15 NÚMERO MÁXIMO: 30 LOCAL: Ensino Médio. DATAS: 3 encontros – 02, 09 e 23/Fev (Segunda) – das 18h30 às 20h30 CARGA HORÁRIA: 6 horas Aprender Fazendo... Indicadores de Avaliação em Ação (Módulo II)

NÚMERO MÍNIMO: 10

Os indicadores de avaliação são referências essenciais para o professor acompanhar o processo de aprendizagem do aluno. A proposta dessa oficina é acompanhar os indicadores elaborados nas sequências didáticas e refletir como impacta na aprendizagem do aluno durante o processo educativo.

NÚMERO MÁXIMO: 20

FORMADORA: Lisângela Kati do Nascimento

FORMADOR: Fabiana Queirolo PÚBLICO ALVO: Professores da Educação Infantil.

LOCAL: Fundamental II DATAS: 3 encontros - 11 e 25/mar e 8/abr (Quarta) – das 18h30 às 20h30 CARGA HORÁRIA: 6 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro.

PÚBLICO ALVO: Professores e coordenadores de todos os níveis de ensino. NÚMERO MÍNIMO: 15 NÚMERO MÁXIMO: 30 LOCAL: Fundamental II DATAS: 3 encontros – 30/mar, 06 e 13/abr (Segunda) – das 18h30 às 20h30 CARGA HORÁRIA: 6 horas INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro.

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MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

tornando-se um sujeito ativo em seu processo de aprendizagem

Aprender Fazendo... Diversificando Estratégias de Sala ee Aula (Módulo I – mesma edição de 2014)

FORMADOR: Cristiano Guastelli

Essa oficina tem como propósito explorar algumas possibilidades de estratégias de aula, visando a os recursos de ensino e o potencial de aprendizagem. A ideia é revisitar velhas estratégias para gerar novas possibilidades educativas.

NÚMERO MÍNIMO: 15

FORMADORA: Margareth Ferreira PÚBLICO ALVO: Professores e coordenadores de todos os níveis de ensino. NÚMERO MÍNIMO: 15

PÚBLICO ALVO: Professores e coordenadores de todos os níveis de ensino. NÚMERO MÁXIMO: 30 LOCAL: Ensino Fundamental II DATAS: 3 encontros – 9, 16 e 23/abr (Quinta) das 18h30 às 20h30 CARGA HORÁRIA: 6 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro.

NÚMERO MÁXIMO: 30 LOCAL: Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II

Aprender Fazendo... Mediação em Estudo de Campo

DATAS: 3 encontros -

Como o trabalho de campo pode ajudar na investigação do problema? Mediação em campo: o trânsito parado, e o tempo perdido nos deslocamentos em São Paulo.

Educação Infantil e Fundamental I – 5, 12 e 19/ fev (Quinta) – das 18h30 às 20h30 Ensino Fundamental II e Ensino Médio – 18 e 25/mar, 08/abr (Quarta) – das 18h30 às 20h30 CARGA HORÁRIA: 6 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro. Aprender Fazendo... O Papel de Mediador do Professor (Módulo II) Aprendizagem mecânica? Reflexiva? Significativa? Qual o papel do professor? Facilitador? Conciliador? Transmissor? Mediador? Nessa oficina, pretende-se suscitar a discussão e reflexão da linguagem, da ação e dos recursos metodológicos que o professor pode lançar mão para utilizar estratégias e estímulos que ajudem os alunos na atribuição de significado aos conteúdos, na ampliação da relação com o conhecimento, na participação e ação qualificada,

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O trabalho de campo é uma etapa da pesquisa acadêmica ou escolar. Demanda preparação prévia, atitude investigativa no local e, na volta, reelaboração dos saberes adquiridos. Por meio de uma experiência investigativa na cidade de São Paulo, realizaremos algumas dinâmicas para preparar a coleta de informações e, no retorno, o grupo organizará uma apresentação. No primeiro encontro, utilizando um quebracabeça cartográfico e sucatas, estabeleceremos a relação entre o sítio urbano e o sistema viário paulistano, com a intenção de obter uma visão global da organização espacial da cidade e revelar a “natureza” escondida pelas edificações. (2 horas) No segundo encontro, com a utilização de um vídeo e de pequenos excertos, analisaremos as escolhas que os paulistanos e o poder público municipal realizaram para equacionar os


deslocamentos urbanos, desde que a metrópole começou a ganhar corpo em meados do século passado. Algumas questões-problema deverão ser levantadas pelo grupo antes do trabalho de campo. (2 horas) O terceiro encontro será o trabalho de campo no centro da cidade, com material de apoio oferecido pelo curso. Com uma caminhada atenta entre o Mercadão e o Teatro Municipal e algumas paradas de observação, poderemos desvendar alguns dos problemas levantados ou fazer novas perguntas. (4 horas) O quarto encontro terá dois momentos. O primeiro, de sistematização das informações coletadas no campo e o compartilhamento das conclusões, ainda que provisórias. O segundo, uma reflexão, apoiada na experiência e em alguns excertos, sobre o caráter do trabalho de campo e os potenciais de sua utilização na educação. (2 horas) FORMADOR: Antônio Sérgio Pfleger de Almeida PÚBLICO ALVO: Professores e coordenadores de todos os níveis de ensino. NÚMERO MÍNIMO: 15 NÚMERO MÁXIMO: 30

COMPETÊNCIAS Aprender Fazendo... Desmistificando o Ensino por Competências (Módulo I – mesma edição de 2014) O aluno que se encontra em sala de aula no século XXI - com acesso à informação através dos mais variados recurso tecnológicos - nos traz o desafio da mudança de paradigma dentro de sala de aula. Buscamos a formação de um aluno com mais autonomia, que protagonize seu processo de ensino-aprendizagem e que esteja preparado para a busca contínua de conhecimento de forma acadêmica durante sua formação escolar. Nesse contexto, o professor tem a função de desestabilizar, orientar, reorientar, mediar essa busca pelo saber e de instrumentalizar o saber fazer. Nessa oficina, vamos discutir o planejamento de atividades visando ao desenvolvimento de competências, o resgate e a discussão dos procedimentos e estratégias possíveis e o encaminhamento dos instrumentos de avaliação. FORMADORA: Beatriz Villarroel Andrade Glaessel

LOCAL: Ensino Fundamental II e Centro de São Paulo

PÚBLICO ALVO: Professores e coordenadores de todos os níveis de ensino.

DATAS: 4 encontros - 07 e 14/mai (Quinta) – das 18h30 às 20h30

NÚMERO MÍNIMO: 15 NÚMERO MÁXIMO: 30

16/mai (Sábado) – das 8h30 às 12h30 (encontro em frente à Catedral da Sé)

LOCAL: Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II

21/mai (Quinta) – das 18h30 às 20h30

DATAS: 3 encontros – 12, 19 e 26/mar (Quinta) – das 18h30 às 20h30

CARGA HORÁRIA: 10 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro.

CARGA HORÁRIA: 6 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro.

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Aprender Fazendo... Avaliação por Competências (Módulo II) Como acompanhar as mudanças curriculares no processo de avaliação? Qual a diferença da avaliação por competências da avaliação tradicional? Quais evidências os intrumentros de avaliação indicam no desenvolvimento de competências? Nessa oficina, vamos discutir sobre a avaliação do processo de desenvolvimento das competências e refletir sobre os instrumentos. FORMADORA: Beatriz Villarroel Andrade Glaessel PÚBLICO ALVO: Professores e coordenadores de todos os níveis de ensino. NÚMERO MÍNIMO: 15 NÚMERO MÁXIMO: 30

formas de exportar arquivos para que funcionem em outros dispositivos, como um computador PC, usando Powerpoint, ou até mesmo os iPads e iPhones FORMADORA: William Jacques PÚBLICO ALVO: Professores e coordenadores de todos os níveis de ensino. NÚMERO MÍNIMO: 15 NÚMERO MÁXIMO: 30 LOCAL: Ensino Fundamental II DATAS: 2 encontros – 05 e 12/ago (Quarta) – das 18h30 às 20h30 CARGA HORÁRIA: 4 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro.

LOCAL: Ensino Fundamental II DATAS: 3 encontros – 17, 24 e 31/ago (Segunda) – das 18h30 às 20h30 CARGA HORÁRIA: 6 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro.

TENDÊNCIAS: REDES SOCIAIS E APPS Os aplicativos e sites de interatividade social mais usados pela juventude. O que está sendo usado e o que está por vir. Recursos, benefícios e riscos que eles podem oferecer. FORMADOR: William Ribeiro de Araújo

TRILHA FORMATIVA:

PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores.

INOVAÇÃO

NÚMERO MÍNIMO: 15 NÚMERO MÁXIMO: 30

KEYNOTE

LOCAL: Ensino Fundamental II

O Keynote é um software de produtividade da Apple, voltado para apresentações ou criação de hipertextos em que o usuário pode navegar por vídeos, links da Internet, termos de glossário, etc. Pode ser utilizado para que o professor produza material de apoio para suas aulas, de estudos para seus alunos ou como ferramenta de trabalho para a produção dos próprios alunos.

DATAS: 29/abr (Quarta) – das 18h30 às 20h30

O curso abordará passo a passo o uso dos recursos do Keynote, disponíveis para criar e exibir apresentações e hipertextos, assim como as

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CARGA HORÁRIA: 2 horas. INSCRIÇÕES: as inscrições até 10 dias do encontro. BÊ-Á-BÁ DA ROBÓTICA – CRIAR E EXPERIMENTAR COM SCRATCH & ARDUÍNO A utilização do Scratch e Arduíno no contexto educacional contribui de forma objetiva no


desenvolvimento de competências importantes para o processo de aprendizagem do aluno, entre elas, o pensamento computacional, a colaboração, e o pensamento crítico. Esse conhecimento é necessário na preparação dos alunos para inserção no século 21, independentemente da sua área final de estudo ou de carreira profissional. Profissionais, em qualquer disciplina – sejam artistas, designers, profissionais de comunicação ou saúde, artesãos ou empresários – precisam entender computação para serem produtivos e competitivos em suas áreas. FORMADOR: Rodrigo Lemonica PÚBLICO ALVO: Professores e coordenadores Fundamental I ao Ensino Médio. NÚMERO MÍNIMO: 15 NÚMERO MÁXIMO: 30 LOCAL: Ensino Fundamental II DATAS: 3 encontros – 11, 18 e 25/mai (Segunda) – das 18h30 às 20h30 CARGA HORÁRIA: 6 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro. VIDEOAULAS INTERATIVAS, UTILIZANDO O TED-ED O TED-Ed é plataforma gratuita de videoaulas lançada pelo TED (Technology, Entertainment, Design), organização sem fins lucrativos que tem a missão de disseminar boas ideias. A instituição surgiu em 1984, como uma conferência anual de palestras inspiradoras e curtas, de até 18 minutos. Com o TED-Ed, podemos criar videoaulas, fornecendo perguntas sobre o conteúdo relacionado ao vídeo e ainda atribuir links com materiais de referência para o aluno se aprofundar no assunto. Cada videoaula possui um fórum de discussão, em que tópicos relacionados podem ser debatidos por todos. Apesar de o site ter seus próprios vídeos, chamados de TED-Ed Originals (conteúdo em inglês), também podemos criar a partir de vídeos do Youtube (de autoria própria ou de outros autores), seguindo a mesma diretriz de

informar links úteis, para que os alunos possam se aprofundar no assunto caso desejado. FORMADOR: Rodrigo Lemonica PÚBLICO ALVO: Professores e coordenadores Fundamental I ao Ensino Médio NÚMERO MÍNIMO: 15 NÚMERO MÁXIMO: 30 LOCAL: Ensino Fundamental II DATAS: 2 encontros – 02 e 09/mar (Segunda) – das 18h30 às 20h30 CARGA HORÁRIA: 4 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro. DUAS FERRAMENTAS DA WEB QUE VOCÊ NÃO PODE VIVER SEM Edmodo: Apresentação da Plataforma de Mídia Social, com estrutura semelhante ao Facebook, mas que foi desenvolvida, especificamente, para o trabalho entre professores e alunos. Versal: Aplicativo voltado para o professor, que inova a maneira de criar e fazer cursos e aulas interativas online. Disponibiliza para o usuário uma gama de ferramentas fáceis de utilizar e que podem ter um impacto positivo na aprendizagem do aluno. FORMADORA: Regina Fernandes PÚBLICO ALVO: Professores e coordenadores Fundamental I ao Ensino Médio. NÚMERO MÍNIMO: 15 NÚMERO MÁXIMO: 30 LOCAL: Ensino Fundamental II DATAS: 2 encontros– 25 e 26/fev (Quarta e Quinta) – das 18h30 às 20h30 CARGA HORÁRIA: 4 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro.

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GOOGLE E MICROSOFT: POT-POURRI DE APLICATIVOS E PROGRAMAS Aplicativos e programas mais conhecidos da Google e da Microsoft, voltados para a descoberta, colaboração e compartilhamento dos saberes entre alunos e professores. FORMADORA: Regina Fernandes PÚBLICO ALVO: Professores e coordenadores Fundamental I ao Ensino Médio. NÚMERO MÍNIMO: 15 NÚMERO MÁXIMO: 30 LOCAL: Ensino Fundamental II DATAS: 2 encontros– 04 e 11/fev (Quarta) – das 18h30 às 20h30

ONEDRIVE Utilização do OneDrive. Compartilhamento de arquivos com outros usuários internos e externos. Sincronização com seu notebook ou computador. Essas serão algumas das ferramentas apresentadas na formação. FORMADOR: Equipe de TI da LC PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores da Escola. NÚMERO MÍNIMO: 15 NÚMERO MÁXIMO: 30 LOCAL: Ensino Fundamental II DATAS: 20/mai (Quarta) – das 18h30 às 20h30

CARGA HORÁRIA: 4 horas.

CARGA HORÁRIA: 2 horas.

INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro.

INSCRIÇÕES: Até 10 dias do encontro.

OUTLOOK (e-mail, calendário e tarefas) Utilização dos e-mails: composição de novo e-mail, reencaminhar, apagar, catálogo de endereços, respostas automáticas, regras de arquivamento, utilização do calendário, compartilhamento do calendário, criação de tarefas particulares, compartilhamento de tarefas, acompanhamento de tarefas. Criação de assinaturas de e-mails, configurações do ambiente WEB do Outlook. Essas serão algumas das ferramentas apresentadas na formação. FORMADOR: Equipe de TI da LC

SHAREPOINT Utilização do Sharepoint Online, com criação de sites, compartilhando documentos por meio do Sharepoint Online. Criação de regras, postagens, alertas e site pessoal do colaborador. Essas serão algumas das ferramentas apresentadas na formação. FORMADOR: Equipe de TI da LC PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores da Escola. NÚMERO MÍNIMO: 15

PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores da Escola.

NÚMERO MÁXIMO: 30

NÚMERO MÍNIMO: 15

LOCAL: Ensino Fundamental II

NÚMERO MÁXIMO: 30

DATAS: 2 encontros – 15 e 22/abr (Quarta) – das 18h30 às 20h30

LOCAL: Ensino Fundamental II DATAS: 2 encontros– 02 e 03/set (Quarta e Quinta) – das 18h30 às 20h30 CARGA HORÁRIA: 4 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro.

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CARGA HORÁRIA: 4 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro.


LYNC Criação de grupos de usuários, conversas, reuniões online, apresentações, documentos e planilhas. Configuração do Lync Online, personalização da ferramenta. Essas serão algumas das ferramentas apresentadas na formação. FORMADOR: Equipe de TI da LC

Personalização da sua conta, alteração de foto, dados cadastrais, postagens. Criação de grupos, comunidades, configurando o Yammer em seu dispositivo móvel. Essas serão algumas das ferramentas apresentadas na formação. FORMADOR: Equipe de TI da LC PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores da Escola.

PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores da Escola.

NÚMERO MÍNIMO: 15

NÚMERO MÍNIMO: 15

LOCAL: Ensino Fundamental II

NÚMERO MÁXIMO: 30 LOCAL: Ensino Fundamental II DATAS: 01/jun (Segunda) – das 18h30 às 20h30 CARGA HORÁRIA: 2 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias do encontro. ONENOTE Criação e compartilhamento de anotações, bloco de notas e cadernos. Criação de salas de aula para acompanhamento de trabalhos e fóruns de discussão. Essas serão algumas das ferramentas apresentadas na formação. FORMADOR: Equipe de TI da LC PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores da Escola. NÚMERO MÍNIMO: 15 NÚMERO MÁXIMO: 30 LOCAL: Ensino Fundamental II DATAS: 3 encontros– 01, 08 e 15/out (Quinta) – das 18h30 às 20h30 CARGA HORÁRIA: 6 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro. YAMMER Rede social da Microsoft, com possibilidade de comunicação de grupos fechados de discussão.

NÚMERO MÁXIMO: 30 DATAS: 24/set (Quinta) – das 18h30 às 20h30 CARGA HORÁRIA: 2 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias do encontro. TRILHA FORMATIVA: ADMINISTRAÇÃO E MARKETING O WORKSHOP SUPER APRESENTAÇÕES Uma história bem contada nunca se esquece. O Workshop Super Apresentações traz a essência do método de criação de apresentações com a aplicação das mais modernas técnicas de comunicação. Nesse workshop são apresentados, dentre várias técnicas, os erros mais comuns na criação de exposições orais com apoio audiovisual, ferramentas para dar vida a uma apresentação além de maneiras de trabalhar com elementos gráficos e fontes para tornar sua mensagem mais fácil de ser entendida. O objetivo é o de permitir que se realizem apresentações capazes de criar interesse, gerar entendimento e engajar a audiência. FORMADOR: Alessandra Braga PÚBLICO ALVO: Diretores, coordenadores de área e série e equipe de marketing. NÚMERO MÁXIMO: 30 LOCAL: Ensino Médio DATAS: 22/jan – das 8h às 17h

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EXCEL O curso EXCEL será divido em dois módulos. O módulo I, com 4 encontros de 2 horas, destinase a todos aqueles que pretendem assimilar os recursos básicos oferecidos pelo EXCEL e, então, utilizá-lo com eficácia na criação de planilhas eletrônicas, tanto para fins pessoais quanto profissionais. Os assuntos apresentados no decorrer das aulas incluem o trabalho simultâneo com várias planilhas, os cálculos com porcentagem, potência e raiz, a referência a células, a utilização de funções, o controle da aparência da planilha, o uso de sequência, classificação e filtragem de dados. Já no módulo II, com 8 encontros de 2 horas, o objetivo é aprimorar suas habilidades por meio de técnicas avançadas para o desenvolvimento de planilhas eletrônicas mais sofisticadas. Os assuntos apresentados no decorrer das aulas incluem o trabalho com gráficos, a criação de modelos, o uso de espaços de trabalho e exibições personalizadas, referência e auditoria de fórmulas, a organização de dados, a dinamização de planilhas, a importação de dados, o trabalho com funções, a análise de dados, o uso de macros e formulários personalizados e a proteção de pastas de trabalho. FORMADOR: Moacyr Rodrigues Júnior PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores da Escola. NÚMERO MÍNIMO: 10 NÚMERO MÁXIMO: 25 LOCAL: Ensino Fundamental II DATAS: Módulo I - 4 encontros – 05, 12, 19 e 26/mar (Quinta) – das 17h às 19h Módulo II - 8 encontros – 07, 14, 21 e 28/mai (Quinta) – das 17h às 19h 06, 13, 20 e 27/ago (Quinta) – das 17h às 19h CARGA HORÁRIA: Módulo I - 8 horas e Módulo II – 16 horas. INSCRIÇÕES: Até 10 dias antes do primeiro encontro.

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CULTURA LC COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS

CURSO

DATA

DIA DA SEMANA

HORÁRIO

LOCAL

Proposta Curricular Equipe pedagógica

27/jan

Terça

Das 18h às 19h

Ensino Médio

Cidadania LC

27/jan

Terça

Das 17h às 18h

Ensino Médio

Aprendizagens Integradoras

EI – 27/jan EFI – 27/jan EFII– 28/jan EM – 28/jan

Terça Terça Quarta Quarta

11h às 12h 8h às 9h 11h às 12h 8h às 9h

Unidades

Leitura de Mundo

24/mar 02/jun

Terça

Das 18h40 às 20h10 (EI e EFI) Das 16h30 às 18h00 (EFII e EM)

Ensino Médio Fundamental II

CURSO

DATA

DIA DA SEMANA

HORÁRIO

LOCAL

Parque/Museu MAC e Ibirapuera

28/fev

Sábado

Das 9h30 às 12h30

Encontro no MAC

Cinepizza – “Quase dois irmãos”

17/abr

Sexta

Das 18h30 às 21h

Educação Infantil

Estudos de campo – Estrada Velha de Santos

08/ago

Sábado

Das 7h45 às 18h

Encontro na unidade do Ensino Fundamental I

Cinepizza – “Entre rios”

02/out

Sexta

Das 18h30 às 21h

Educação Infantil

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS PEDAGÓGICO/EDUCACIONAL

CURSO

DATA

DIA DA SEMANA

HORÁRIO

LOCAL

Aprender Fazendo... Indicadores de Avaliação (módulo I)

02, 09 e 23/fev

Segunda

Das 14h às 17h

Ensino Médio

Aprender Fazendo... Indicadores de Avaliação em ação (módulo II)

30/mar, 06 e 13/abr

Segunda

Das 18h30 às 20h30

Fundamental II

Aprender Fazendo Diversificando Estratégias de Sala de Aula EI/EFI

5, 12 e 19/fev

Quinta

Das 18h30 às 20h30

Fundamental I

Aprender Fazendo Diversificando Estratégias de Sala de Aula EFII/EM

18 e 25/mar 08/abr

Quarta

Das 18h30 às 20h30

Fundamental II

Aprender Fazendo – Mediação em sala de aula

09, 16 e 23/abr

Quinta

Das 18h30 às 20h30

Fundamental II

Aprender Fazendo – Mediação em Estudo de campo

07 e 14/mai 16/mai 23/mai

Quinta Sábado Quinta

18h30 às 20h30 8h30 às 12h30 18h30 às 20h30

Fundamental II

Aprender Fazendo Desmistificando o Ensino por competências

12, 19 e 26/mar

Quinta

Das 18h30 às 20h30

Fundamental II

Aprender Fazendo – Avaliação por competências

17, 24 e 31/ago

Segunda

Das 18h30 às 20h30

Fundamental II

Quarta

Das 18h30 às 20h30

Fundamental II

O papel do professor no 11 e 25/mar desenvolvimento gráfico infantil. 08/abr

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CURSO

DATA

DIA DA SEMANA

HORÁRIO

LOCAL

Keynote

05 e 12/ago

Quarta

Das 18h30 às 20h30

Fundamental II

Tendências: redes sociais e apps

29/abr

Quarta

Das 18h30 às 20h30

Fundamental II

11, 18 e 25/ Segunda Das 18h30 às 20h30 mai

Fundamental II

Vídeo aulas interativas utilizando 02 e 09/mar Segunda Das 18h30 às 20h30 o ted-ed

Fundamental II

INOVAÇÃO

Bê-á-bá da robótica – criar e experimentar com scratch & arduíno

Duas ferramentas da web que você não pode viver sem – edmodo/versal

23 e 25/fev

Google e microsoft: pot-pourri de 04 e 11/fev aplicativos e programas

Segunda e Das 18h30 às 20h30 Quarta

Quarta Quarta

Fundamental II

Das 18h30 às 20h30

Fundamental II

Quarta e Das 18h30 às 20h30 Quinta

Fundamental II

Outlook

02 e 03/set

Onedrive

20/mai

Quarta

Das 18h30 às 20h30

Fundamental II

Sharepoint

15 e 22/abr

Quarta

Das 16h00 às 18h00 Das 18h30 às 20h30

Fundamental II

Lync

01/jun

Segunda Das 18h30 às 20h30

Fundamental II

Onenote

1, 8, 15/out

Quinta

Das 18h30 às 20h30

Fundamental II

Yammer

24/set

Quinta

Das 18h30 às 20h30

Fundamental II

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ADMINISTRAÇÃO E MARKETING

CURSO

DATA

DIA DA SEMANA

HORÁRIO

LOCAL

O Workshop Super Apresentações

23/jan

Quinta

Das 8h às 17h

Ensino Médio

Quinta

Das 17h00 às 19h00

Fundamental II

Módulo I 5, 12, 19 e 26/mar Excel

Modulo II 7, 14, 21 e 28/mai 6, 13, 20 e 27/ago

Faça suas inscrições por e-mail: nidp@lourencocastanho.com.br

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NIDP | 1º Semestre 2015




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