Revista NIDP - 2º semestre 2016

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Revista NIDP NO 5 - 2º SEMESTRE / 2016

Projeto Integrador de Série Elemento integrador de saberes do currículo da Lourenço Castanho


03 CARTA 04 CULTURA LC 04

As marcas da Lourenço: a educação do cidadão

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Relato de uma experiência na orientação educacional

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Projeto escola sem partido

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COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS Dias legais para comemorar – Nossa visão sobre datas comemorativas

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Dias legais para comemorar parte II – Uma conversa com as famílias

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Filme ‘O começo da vida’

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Trabalhos da LC apresentados no VIII Congresso ICLOC Práticas na sala de aula

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2º ICLOC Jovem - 2016

30 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS 30

O adolescente e a música

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Projeto integrador de série na Lourenço Castanho

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Tecnologia educacional no processo de aprendizagem Uma parceria entre a Lourenço Castanho e a Microsoft

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INOVAÇÃO

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SCRATCH@MIT 2016

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Participação no FabLearn Brasil

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Pesquisa no Ensino Fundamental

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ACONTECE Programação NIDP 2016 - 2º semestre

EXPEDIENTE A Revista NIDP é uma publicação semestral do Núcleo de Inovação e Desenvolvimento Profissional da Escola Lourenço Castanho. Sócias Fundadoras: Jeannette De Vivo | Marília Noronha | Marilu Aidar | Sylvia Gouvêa Conselho Consultivo do NIDP Diretor Geral: Alexandre Abbatepaulo Diretores de Unidade: EI - Marcia Dalla Stella EFI - Leandro Lamano EFII - Antonio Sérgio Pfleger EM - Alexandre Abbatepaulo Diretora Educacional: Karyn Bulbarelli Diretora de Currículo: Fabia Antunes Diretor Administrativo e Financeiro: Ricardo Augusto Yoshimi Goto Diretor de Marketing: Edgar Bim Conselho Executivo do NIDP e Conselho Editorial: Edgar Bim | Fabia Antunes Auxiliar de Eventos: Simone Xavier Projeto Gráfico: Pamela Ferreira – Dpto. Mkt - Escola Lourenço Castanho Revisão: Ariadne Mattos Olímpio Foto da Capa: Estudo de Campo Centro Histórico de SP, 6º ano - 2015. Tiragem: 350 exemplares. Distribuição interna e gratuita. Contatos: 11. 2858 8600 nidp@lourencocastanho.com.br www.lourencocastanho.com.br


Carta Caro colaborador, Chegamos à quinta edição da Revista do NIDP. Para abrir este editorial, resgatamos o primeiro parágrafo do documento síntese do currículo, redigido e distribuído para os pais da nossa Escola no ano de 2015. Ele coloca todos os colaboradores, em especial os educadores, diante de um importante desafio. Diz o texto: “Entendendo que a escola é uma construção coletiva e permanente, refletir sobre o nosso fazer e sobre as referências que o fundamentam passa a ser um imperativo próprio de sua essência, além de constituir-se num fator de constante conexão com o mundo.” Ao relembramos que a postura profissional, a clareza na leitura de mundo e o ser aprendiz são competências essenciais de todos os colaboradores da Lourenço e um dos pilares que fundamentam o NIDP, percebemos como são convergentes as iniciativas desse Núcleo e as propostas do Currículo da LC. Não é por outro motivo que trazemos como matéria de capa da edição nº 5 uma potente estratégia de ensino-aprendizagem, o Projeto Integrador de Série. Completando a seção Competências Específicas, reflexões sobre a relação do adolescente com a música e uma matéria que aborda a tecnologia educacional no processo de aprendizagem. Na Cultura LC, a educação do cidadão é tema da série ‘As marcas da Lourenço’. Na mesma seção, o registro da ABEPAR, instituição da qual nossa escola faz parte, sobre o projeto escola sem partido. Na seção Competências Essenciais temos dois interessantes textos sobre datas comemorativas, um convite para que todos prestigiem o documentário ‘O Começo da Vida’, e o registro dos trabalhos apresentados pelos nossos professores no VIII Congresso ICLOC - Práticas na sala de aula. Completando essa edição, além da agenda detalhada dos cursos promovidos pelo NIDP no segundo semestre de 2016 e de um interessante artigo sobre a Pesquisa no Ensino Fundamental, registramos a presença dos professores Rodrigo Lemonica e Regina Fernandez no SCRATCH@MIT 2016, ocorrido no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em agosto. Esperamos que gostem. Boa leitura!

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Cultura LC AS MARCAS DA LOURENÇO: A EDUCAÇÃO DO CIDADÃO por Eduardo Zayat Chammas Nas duas últimas edições da Revista do NIDP, publicamos a seção “As marcas da Lourenço”, em que elegemos temas contemporâneos a serem resgatados na história da Escola, em suas publicações e em suas práticas do passado. Para tanto, consultamos o acervo do Centro de Memória, espaço privilegiado de pesquisa e investigação, aberto a toda comunidade escolar. A ideia é que esta seção seja um convite aos educadores para que se aproximem da história da Lourenço a partir do contato com o Centro de Memória. Para este terceiro texto, escolhemos como tema a questão da educação do cidadão, tendo em vista o cenário de polarização política em que estamos imersos, que repercute intensamente nas escolas, e as reflexões que podemos fazer acerca do papel da escola nesse contexto. Desde a onda de manifestações de junho de 2013 e as eleições de 2014, vivemos um período de crescente polarização política e mobilização. No ano de 2016, os ânimos estão especialmente acirrados por conta de toda a discussão em torno do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O que tem impressionado a muitos, no entanto, é a impossibilidade do diálogo e da escuta do outro que parece ter se estabelecido. Agressões verbais, reações desproporcionais, rótulos e estereótipos que esvaziam e diminuem o interlocutor e pensamentos preconceituosos são expressos sem pudor. Há grande dificuldade de aceitação daquele que pensa diferente ou que se opõe aos seus posicionamentos. Muitas vezes, a sensação é de que a convivência democrática entre os cidadãos – principalmente entre aqueles que divergem – estaria ameaçada. O que torna a situação ainda mais grave é o fato de que as reações mais raivosas e destemperadas têm vindo de adultos que convivem com crianças. Em algumas famílias, por exemplo, os próprios pais dão o péssimo exemplo: reagem ao noticiário de maneira bastante agressiva, com profundo ódio e desprezo por aqueles que têm outras posições e pontos de vista. Ao invés de eles cultivarem dentro de casa o respeito ao outro e valorizarem a divergência saudável e civilizada, acabam por transmitir aos filhos o mesmo preconceito e a mesma raiva e agressividade com que costumam se manifestar politicamente.

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Inevitavelmente, essas reações chegam às escolas. Passamos a ouvir relatos de intolerância política ou de reprodução de comportamentos inadequados entre as crianças e os adolescentes de diferentes idades. O questionamento que devemos nos fazer: qual é o papel da escola nesse contexto? Como fazer da escola um lugar de aprendizagem da convivência democrática? Como desconstruir, na escola, os ódios e preconceitos que circulam na sociedade? Para responder a essas e outras perguntas, fomos buscar reflexões e debates feitos na Lourenço há pouco mais de 45 anos sobre as questões políticas e a educação dos cidadãos. No início de sua história, uma parte das discussões realizadas pela Escola se transformava depois em artigos e dossiês publicados na revista Educação para o desenvolvimento, que foi criada com o objetivo inicial de divulgar o trabalho da Lourenço entre os pais e, depois, de contribuir com o debate público sobre educação e difundir um pouco da experiência da Escola, a partir das problematizações práticas e teóricas que se colocavam no dia a dia do fazer escolar. Entre os exemplos, encontramos um interessante dossiê sobre a área de “Estudos Sociais” (chamada assim, naquela época) e algumas das suas implicações políticas na Educação para o desenvolvimento nº 16, de outubro de 1969. Reproduzimos aqui um trecho do artigo “A Educação do Cidadão e os Estudos Sociais”, de John Jarolimek:


“Enquanto os Estudos Sociais têm a única responsabilidade de ajudar as crianças a desenvolverem os conhecimentos, atitudes e habilidades que são requisitos prévios para bons cidadãos, a cidadania, em si mesma, não pode ser inteiramente ensinada dentro dos Estudos Sociais. Precisa ser uma parte da vida escolar inteira da criança. Escolas que ensinam os direitos dos cidadãos durante o período de Estudos Sociais, mas que ensinam aritmética e ignoram os direitos do cidadão durante o período destinado a ela, têm programas bem superficiais de educação do cidadão. A necessidade de colocar crianças em atividade que lhes permitam começar a fazer experiências com as responsabilidades que envolvem um grupo de pouca idade já foi reconhecida por bons professores. As crianças, em todas as partes, estão assumindo, cada vez mais, maiores responsabilidades relativas às rotinas da vida da classe. Atualmente, não é incomum ver crianças de classes elementares se organizarem de manhã e dividirem o tempo de maneira ordenada e eficiente, quase sem a assistência do professor. (...)

Muitas escolas elementares organizaram conselhos de estudantes que deram uma experiência valiosa às crianças, para exercitarem hábitos de cidadãos responsáveis. Para serem efetivos, enquanto tratam diretamente da educação dos cidadãos, os Estudos Sociais precisam ter seus ensinamentos embasados pela prática da vida em grupo durante o dia escolar.” A leitura suscita a reflexão sobre a construção das atitudes (ou do ensino e da aprendizagem dos conteúdos atitudinais) relacionadas às questões políticas: não basta que os educadores reajam às posturas agressivas, preconceituosas e inadequadas dos alunos. Esse é apenas o aspecto mais imediato da ação do educador. Para que essas posturas sejam desconstruídas, é preciso que a escola propicie um ambiente de convivência democrática, com ações, intencionalmente planejadas, voltadas para a construção e responsabilização do coletivo, tomada de decisões no grupo, respeito à diversidade de opiniões e pontos de vista. O aprendizado da cultura democrática não se dá simplesmente por meio de aulas expositivas, discursos “moralistas” ou pela imposição de normas e regras, mas pela convivência em um ambiente que valoriza a coletividade e a diversidade e respeita as diferenças. Em outro trecho, o autor retoma o desafio do trabalho com os conteúdos atitudinais: “Se o professor, com problemas de atitude na classe que refletem falta de consideração pelos outros, discutir o assunto com seus alunos, talvez fique admirado de ver que as crianças sabem tudo a respeito de ‘como deveríamos ser amáveis e bons para todos’. Pode acontecer que o professor se orgulhe de sua capacidade de levar os alunos ao ponto certo. Ficará surpreendido, de novo, contudo, quando descobrir, no próximo recreio, que os alunos continuam tão sem consideração uns com os outros quanto sempre foram.” Capa da Revista Educação para o Desenvolvimento no 16, outubro de 1969. Centro de memória, registro T -1024-1.

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Com isso, o texto reforça a ideia de que “a cidadania precisa ser uma parte da vida escolar inteira da criança”. As práticas coletivas e respeitosas devem permear toda a experiência do estudante na escola e não só nos momentos explicitamente dedicados aos temas políticos. A convivência democrática deve ser aprendida em todos os âmbitos da vida social assim como nas mais diversas vivências escolares. Essa breve retomada histórica da discussão sobre a educação dos cidadãos no final dos anos 1960, quando a Lourenço ainda dava os

seus primeiros passos, nos conta um pouco da atualidade desse debate e da sua importância desde os anos iniciais da Escola até os dias de hoje. Ainda que estivesse sob uma ditadura, a temática da educação do cidadão e da formação democrática nunca deixou de ser preocupação da Lourenço. Da mesma forma, ainda que os dias que correm sejam sensíveis para o tema, apenas um ambiente coletivo, propício à troca e à convivência com o outro, permitirá à Escola seguir construindo uma cultura democrática e formando os seus alunos para o exercício da cidadania.

Alunos do Ensino Médio em debate sobre a crise política brasileira, 09 de maio de 2016.

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RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA NA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL por Sylvia Gouvêa No dia 17 de março de 2016, os alunos chegaram à escola muito agitados. Na véspera, observadores, curiosos e questionadores tinham visto e ouvido fatos impossíveis de serem ignorados, na televisão, no rádio, nas redes sociais, nas conversas familiares. Foi principalmente no F I e no F II que aconteceram agitações inéditas: os da Educação Infantil eram muito pequenos? Os do Ensino Médio tinham entendido melhor? O fato é que foram os de 6 a 15 anos que clamaram por respostas e expressaram o que tinham escutado: frases agressivas, “fora, fora..” e até palavrões. O nono ano recusou-se a entrar para as aulas, os alunos ficaram no pátio; no FI, os de quinto ano fizeram uma formação no recreio e desfilavam ao som de vozes de comando. Chamou muito a atenção de todos o quanto eles queriam saber “quem era contra e quem era a favor” das decisões que tinham sido tomadas na véspera. Um pequeno grupo de alunos estava incomodado com aquelas manisfestações da maioria dos colegas. Quando esse grupo se posicionou, não houve o necessário respeito à diversidade de pensamento e o discurso predominante soou como uma imposição. A minoria começou a ser hostilizada. Compreendendo que o horário escolar devia ser cumprido e que os outros alunos precisavam ser respeitados, a ordem voltou e conversas sobre o assunto foram agendadas. A convite do Diretor Sérgio e da Coordenadora Fernanda, participei de um encontro com os nonos anos. Sala de projetos cheia, silêncio total, olhares curiosos formaram o cenário durante o tempo em que resumi para eles meu percurso de vida do ponto de vista político. Queria mostrar-lhes que o mundo muda e a gente também, assim como pessoas que eram modelos passaram a não mais corresponder ao que pensávamos.

Contei-lhes que nasci durante a ditadura de Getúlio Vargas, filha de pai conservador, membro da administração pública paulista e mãe muito ligada à Igreja Católica e que passei os quinze primeiros anos da minha vida seguindo sem grande entusiasmo os ideais democráticos da minha família e admirando os troféus acumulados por meu pai na Revolução Constitucionalista de 1932. Quando cursava o final do Ensino Médio, uma figura carismática me envolveu: Carlos Lacerda! Alguém que brigava pelas suas crenças, que percebera o poder da comunicação, na época pelo jornal, que era capaz de rever suas posições, quando os fatos indicavam novos rumos. Comunista ativo, logo reviu sua ideologia que, segundo ele “levaria a uma ditadura, pior do que as outras, porque muito mais organizada, e, portanto, muito mais difícil de derrubar". A partir de então, como político e escritor, consagrou-se como um dos maiores portavozes das ideologias conservadora e direitista no país, e grande adversário de Getúlio Vargas, dos movimentos políticos trabalhista e comunista. Falei sobre o grande trauma sofrido pelo país com o suicídio de Getúlio Vargas e como o povo foi para rua para seguir seu enterro. Nesse momento, os nonos anos se agitaram, alguns queriam saber mais detalhes do suicídio, um aluno perguntou por que ele não deu logo um tiro na cabeça, ao que outro respondeu “mas ele não saiu da vida para entrar na história? Se não tivesse um furo no peito, seu pijama não estaria no museu”. Continuei contando-lhes que a vida ia passando, o mundo ia se transformando e a cabeça da gente mudando. Primeira desilução com Carlos Lacerda: ele não apoiava Juscelino Kubitschek, o homem moderno, o primeiro Plano de Metas, prometia “cinquenta anos em cinco”. Agora, já na Faculdade,

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beirando os vinte anos, novo atrito com a família, temerosa do vice, Jango Goulart, talvez comunista. Os movimentos da Direita e da Igreja Católica não atraíam mais os jovens, Jânio Quadros, com sua vassoura, tambem não; os estudantes universitários sentiam um perigo no ar; nossas cabeças se debatiam entre as leituras dos textos de Marx e Engels, junto com os de Raymond Aron; pensávamos em Fidel Castro e sua, para nós, romântica revolução nas montanhas assim como na truculência americana em cima de um país que não era o deles. Um grupo de amigos nossos fundou o Porão, e a turma se reunia para decidir o que pensar. Além de tudo, contestar o que nossa família pensava era sinal de crescimento, independência e pertencimento ao grupo da idade.

menos de 30 anos de idade e que tinham, juntos, feito o mesmo percurso descrito acima.

Em seguida, veio o Golpe Militar, a respeito do qual meus pais também foram contra, pois perceberam que seus filhos, parentes, amigos estavam sendo presos e torturados em nome do repúdio a essa nova ditadura.

Queríamos uma escola que preparasse os alunos para a vida, para construir seus caminhos baseados em conhecimentos bem fundamentados. Havia uma frase, hoje emblemática para a Lourenço Castanho, hoje fazendo parte do seu Regimento Escolar: “estimular o desenvolvimento e a integração de todos os aspectos da personalidade do educando, tendo como objetivo final formar o aluno para participar, de maneira efetiva, da sociedade em que vive, sendo capaz de avaliá-la, criticá-la e, em consequência, de agir para mantêla e enriquecê-la ou para modificá-la, de acordo com as necessidades e os recursos existentes”.

Enfim, havia muita confusão no ar: quem era a favor dos militares seria a “favor dos americanos”, de “direita”; sendo contra, seria “comunista”, de “esquerda”. Nossa turma combatia os militares, mas não adotava o comunismo como saída. O que éramos então? De 1964 até 1985, não houve eleições no Brasil, não havia Congresso, a censura sobre textos, músicas, reuniões em geral era muito grande. Amigos, parentes, grandes cabeças, políticos, economistas, cientistas brasileiros, exilados. Chico Buarque teve que sair do país por causa das letras de suas canções como “Apesar de você / Amanhã há de ser outro dia”. Fora do Brasil, o líder soviético Kruschev acabou caindo em desgraça e deixou o posto em 1964. Depois dele, o comunismo russo entrou em decadência, vindo a terminar com a queda do Muro de Berlim em 1990. Pois exatamente em 1964 a Escola Lourenço Castanho foi fundada por quatro jovens com

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O que pensávamos nós? Por que escolhemos fundar uma Escola e ajudar os pais a educar seus filhos? Por que tínhamos aprendido que participar da sociedade, empreender um negócio, realizar um sonho exige pensamento aberto, conhecimento de todos os lados das questões, saber procurar, saber escolher, rever posições, lutar pelas próprias escolhas. Lembrávamos que, apesar das boas lembranças, as nossas escolas não tinham nos ajudado a conhecer o mundo e sempre mostravam só um lado das teses e só uma solução para os conflitos.

Terminei perguntando se, hoje, a Lourenço Castanho era assim para eles. O encontro chegou ao fim e a Coordendora combinou que o assunto teria continuidade nas próximas aulas de OE. Depois, soube que, nessas aulas seguintes, os alunos colocaram suas opiniões e mostraram ter bastante conhecimento do que se passava no Brasil.


PROJETO ESCOLA SEM PARTIDO Dialogar é melhor do que proibir por Abepar A Lourenço Castanho, em conjunto com outras escolas de excelência do país, manifestaram-se a respeito do projeto de lei que visa a proibir a chamada “partidarização do ensino”. Por meio da ABEPAR - Associação Brasileira de Escolas Particulares, essas instituições divulgaram uma carta propondo o diálogo em vez da proibição. Defendemos que o diálogo franco e aberto é sempre o melhor recurso para a correção de eventuais desvios. A íntegra da nota, da qual a Lourenço Castanho é signatária, segue abaixo: Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que vem inquietando a comunidade educacional e produzindo desconforto junto a professores, coordenadores e mantenedores de escolas. Pretende esta iniciativa evitar a “partidarização” do ensino, proibindo por decreto que professores atuem na sala de aula como “doutrinadores políticos e ideológicos”. A “partidarização do ensino” – entendida assim em sentido absoluto, como aparece formulada no projeto – é, foi e sempre será um desvirtuamento da atividade docente. Com a saudável intenção de combater essa prática, que nenhum educador defende, o legislador termina por validar regras que poderiam cercear e até inviabilizar o trabalho pedagógico. É preciso levar em conta que a ação pedagógica se dá por meio de um delicado equilíbrio de forças, de pesos e contrapesos, envolvendo professores, alunos, famílias, escolas e sociedade. O diálogo franco e aberto é sempre o melhor recurso para a correção de eventuais desvios. E é assim que fazemos em nossas escolas. Os educadores comprometidos com os seus alunos recusam qualquer tipo de doutrinação política, ideológica, cultural, religiosa ou comportamental.

Sabem eles que o papel da escola e do professor é sempre o de contribuir para a autonomia intelectual e existencial do aluno – o que pressupõe acesso amplo e sem restrições a um conjunto diversificado de teorias políticas, culturais, sociais, científicas e econômicas. Bons professores nunca são “doutrinadores”. Os melhores docentes são aqueles que se revelam capazes de mobilizar a inteligência do aluno, levando-o a refletir e a compreender a excepcional complexidade dos fenômenos históricos, políticos, sociais, culturais e científicos. E esses bons professores estão espalhados pelo Brasil. Muitos deles estão reunidos em instituições ligadas à Abepar (Associação Brasileira de Escolas Particulares). A democracia é o valor maior que professamos, o que implica ampla aceitação das diferenças políticas, ideológicas, religiosas ou culturais. Acreditamos, assim, na pluralidade política e ideológica da sociedade brasileira. Entendemos, por isso, que iniciativas que visam interferir na sala de aula, ainda que bemintencionadas, podem contribuir muito mais para punir a diversidade, o pensamento livre e a fomentar a exclusão do que a limitar a partidarização.

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Por tudo isso, por tudo o que vivenciamos em nossa rotina de trabalho, confiamos plenamente no diálogo com toda a comunidade escolar para superar eventuais desvios. Atuamos lado a lado com nossos professores e coordenadores buscando estimular cada vez mais o senso crítico de nossos alunos em relação às mais diversas tendências, correntes, partidos, crenças e ideologias. Acreditamos falar em nome de muitos educadores, gestores, mantenedores, professores e de tantos outros que militam na área ao propor aos membros dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as instâncias, aos integrantes do Ministério Público, um diálogo franco e aberto com a comunidade escolar. A Abepar, que reúne a escola particular, estará sempre pronta a participar de todas as iniciativas que visem aprimorar a educação em nosso país. Estamos dispostos a oferecer nossos melhores talentos para que esse diálogo com as instituições seja o mais profícuo possível. Se isso de fato acontecer, estaremos nos credenciando coletivamente para superar o atraso que ainda se verifica na qualidade da educação em nosso país. Abepar (Associação Brasileira de Escolas Particulares) - Junho de 2016 Escolas Associadas à Abepar: Carandá Vivavida Educação; Colégio Bandeirantes; Colégio Elvira Brandão; Colégio Guilherme Dumont Villares; Colégio Mackenzie; Colégio Magno; Colégio Oswald de Andrade; Colégio Palmares; Colégio Pentágono; Colégio Santa Cruz; Colégio Uirapuru; Escola CEB; Escola da Vila; Escola Lourenço Castanho; Escola Móbile; Escola Panamby; Escola Santi; Escola Vera Cruz; Escola Viva.

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Competências Essenciais DIAS LEGAIS PARA COMEMORAR – NOSSA VISÃO SOBRE DATAS COMEMORATIVAS por EMEI Jardim Monte Belo É uma característica do ser humano marcar a passagem do tempo de alguma forma, e fazer rituais de passagem e comemoração. Precisamos registrar o tempo. E precisamos, também, de memória. Precisamos marcar datas – lembrar um luto, uma luta, um momento especial, um aniversário, um fato histórico; precisamos homenagear pessoas e lembrar, periodicamente, situações que marcaram a vida de toda uma sociedade. E toda sociedade estabelece um calendário de datas comuns que são importantes, sejam feriados ou não. São datas que vão pautando nossas vidas e nos fazendo crer quais dias são legais para se comemorar. Essas datas são aceitas por todas as instituições como “oficiais”, e logo acabam fazendo parte da rotina das pessoas. É assim com datas históricas e patrióticas (Dia da Independência, Dia da Proclamação da República, Dia da Bandeira), datas afetivas (Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, Dia das Crianças), datas festivas e religiosas (Carnaval, Festa Junina, Páscoa, Natal), datas simbólicas (Dia da Mulher, Dia do Índio, Dia da Consciência Negra, Dia da Declaração dos Direitos Humanos, Dia da Paz), datas culturais (Dia do Livro, Dia das Bruxas, Dia do Esporte), datas que marcam eventos naturais (Início das estações do ano, Ano Novo, Aniversários) e datas de homenagem (Dia do Médico, Dia do Professor, Dia dos Animais). A escola, por muito tempo, acreditou que fosse importante comemorar todas essas datas dentro de seus portões. Acreditávamos que, ao dar um desenho para pintar com uma imagem sobre um desses temas, ao copiar um pequeno texto, ao fazer uma lembrancinha, pintar o rosto, fazer um

trabalho artístico, uma brincadeira, ou fazer uma festa ou ritual religioso ou patriótico, estaríamos inserindo os alunos dentro da sociedade da melhor maneira. Porém, aos poucos, fomos percebendo que, na verdade, nosso papel não era simplesmente reproduzir os discursos sociais… E sim ter sobre eles uma visão crítica… Modificá-los. E muita coisa mudou. Mudou nossa visão sobre sociedade, sobre história, sobre a escola e sobre o jeito de ensinar. Mudou nossa visão sobre consumo, sobre manipulação, sobre crítica. Mudou nossa visão sobre direitos do homem, da mulher e da criança. Mudou nossa visão sobre arte, sobre cultura, sobre o mundo. Mudaram as famílias e religiões. Mudou nossa visão sobre o que realmente é significativo ou não comemorar dentro da escola, sobre o papel do professor e da professora e sobre como as pessoas aprendem. E diante disso tudo… Como não mudaria nossa visão sobre datas comemorativas? Não fazemos mais nosso planejamento baseado nessas datas como faziam (e ainda fazem) tantas escolas de Educação Infantil. Essa decisão é resultado de um longo processo que durou anos de discussão, e nos custou abrir mão de velhos hábitos que nem sabíamos de onde vinham. Aqui expomos algumas de nossas razões pelas quais não comemoramos mais alguns dias que todos comemoram sem pensar por quê.

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NÃO COMEMORAMOS DATAS RELIGIOSAS, PORQUE A ESCOLA PÚBLICA NÃO TEM RELIGIÃO A escola pública, como todo o Estado brasileiro, é laica. E isso quer dizer que não temos nenhuma religião oficial. Isso é uma determinação legal da nossa Constituição Federal, que visa garantir que o Brasil, um país democrático, seja um lugar onde todos possam expressar seus pensamentos e crenças. Portanto, datas como o Natal, a Páscoa, Corpus Christi ou Dia de Nossa Senhora Aparecida, embora sejam feriados em nosso país, não podem ser comemorados com rituais religiosos dentro da escola, porque ações como essas ferem os princípios de pessoas que não são cristãs – pessoas que merecem ser respeitadas como todas as outras. Além disso, não podemos privilegiar uma religião em detrimento das outras, ou até mesmo das pessoas que não professam nenhuma fé. Católicos, evangélicos, ateus, espíritas, umbandistas, budistas, ou representantes de qualquer outro credo – cada família tem o direito de escolher sua religião e tê-la respeitada pela escola sem nenhum tipo de constrangimento. A mesma postura temos em relação a festas como o Carnaval e as Festas Juninas, que não poderão mais levar nome de nenhum santo católico. NÃO COMEMORAMOS DATAS AFETIVAS E FAMILIARES, PORQUE RESPEITAMOS TODAS AS FORMAS DE FAMÍLIA Já faz muito tempo que não temos mais uma família nuclear estruturada como era feito há 200 anos atrás, com pai, mãe, muitos filhos, avós, tios e primos por perto. Hoje temos outras realidades. Lidamos com muitas famílias diferentes na escola, e não podemos impor um modelo como sendo o correto. Algumas de nossas crianças são criadas pelos avós, outros são adotados, outros são filhos de casais homoafetivos, outros de pais separados, alguns foram abandonados, outras crianças são institucionalizadas o tempo todo e não conhecem

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os pais e mães. Algumas crianças são filhos e filhas únicos, outros têm muitos irmãos. Alguns convivem com padrastos e madrastas, e outros, só com o pai ou só com a mãe. Muitos não sabem o que é um carinho de família. Como poderíamos entrar em terreno tão delicado de maneira leviana comemorando datas que não fazem sentido para tantas dessas crianças e reforçando um modelo de pai ou mãe que muitas delas não têm? NÃO COMEMORAMOS DATAS QUE INCENTIVAM O CONSUMISMO DESENFREADO Em uma sociedade consumista, individualista e pouco reflexiva como a nossa, um dos meios mais comuns de se expressar afeto é pagar por ele com presentes. Muitas datas comemorativas perderam o sentido para o consumo que a mídia prega de maneira indiscriminada. É assim com o Dia dos Namorados, o Dia das Mães e o Dia dos Pais, a Páscoa, o Natal, o Dia das Crianças, o Dia da Mulher – são datas que perderam seu significado simbólico para a troca de presentes, sem que junto com isso necessariamente haja troca de afeto. Não


conseguirmos fazer uma discussão séria sobre o assunto. Por isso, tratamos com muito respeito e seriedade todos esses temas e as lutas dessas pessoas, e procuramos não reforçar preconceitos e ideias que só atrapalham a compreensão das crianças sobre a razão de se homenagear índios, negros, mulheres e outros grupos de excluídos nesses dias especiais. NÃO COMEMORAMOS DATAS HISTÓRICAS QUE NÃO POSSAM SER VISTAS DE FORMA CRÍTICA E AMPLA POR NOSSOS ALUNOS E SUAS FAMÍLIAS

queremos reforçar essa ideia; antes, preferimos ter uma visão crítica dessas datas, retomando, para nós, o seu significado original, e evitando repassar para as crianças o discurso da mídia que apenas tem como objetivo fazer todos nós gastarmos mais e mais. NÃO COMEMORAMOS DE MANEIRA SUPERFICIAL DATAS QUE COSTUMAM TRATAR COM DESRESPEITO OU DE MANEIRA ESTERIOTIPADA A LUTA DE OUTRAS CULTURAS E GRUPOS DA NOSSA SOCIEDADE Não faz nenhum sentido comemorar o Dia do Índio com um desenho no rosto ou reforçando ideias que nem existem de fato quando ignoramos, todos os dias, a matança dos povos indígenas que ocorre em nosso tempo, em nossa época, nas lutas por terra e recursos naturais em nosso país; não faz sentido comemorar o Dia da Mulher entregando uma rosa de papel sem discutir a opressão da mulher na nossa sociedade; não faz sentido comemorar o Dia da Consciência Negra com um discurso vazio quando alimentamos práticas racistas em nosso dia a dia sem perceber, por não

A História é uma ciência humana, e como tal, tem muitas visões; e cada visão traz em si uma ideologia, um jeito de ver o mundo, de pensar a vida. É muito difícil dizer que o Dia de Tiradentes mereça ser mais comemorado que o Dia da Conjuração Baiana, se ambos os movimentos buscavam a independência do país; é complicado falar em “Descobrimento” do Brasil, desconsiderando o fato de que aqui moravam índios antes da chegada dos portugueses, e que o Brasil não foi descoberto por acaso; muito estranho falar em Dia da Independência do Brasil, quando ela foi proclamada pelo filho do Rei de Portugal. Nossa História está cheia de fatos controversos e que precisam ser olhados de maneira crítica, e por isso acreditamos que não vale a pena repassar uma visão simplista a nossas crianças sobre essas datas. Por essa razão, achamos que muitas das datas que tradicionalmente comemorávamos, não são mais dias legais para comemorar. Mas isso não quer dizer que somos pessoas amargas, que não gostam de festa e não gostam de comemorar nada. Muito pelo contrário! Estamos discutindo, e bastante, uma maneira de fazer um calendário REALMENTE significativo para as crianças e para a comunidade, e que dialogue com o nosso projeto pedagógico.

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Por exemplo… Que tal fazer um DIA DE QUEM CUIDA DE MIM, para comemorar a alegria de ter uma família, seja ela qual for? Que tal fazer uma comemoração do DIA DO LIVRO, para mostrar que crianças têm direito ao legado cultural e artístico que a humanidade produziu? Que bom seria fazer FESTAS sem motivos, apenas para dividir comida, brincar juntos e ter momentos em que possamos partilhar coisas? E como seria interessante trabalhar com datas importantes para nós, como o DIA DA PROCLAMAÇÃO DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA, o DIA DO DEFICIENTE, ou o DIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL, que são datas de lutas que acreditamos e achamos importante divulgar? Além disso, achamos importante manter algumas datas que já fazem parte da cultura e tradição da nossa comunidade, mas sem o sentido que tinham antes… Como a FESTA JUNINA ou os ANIVERSÁRIOS. O importante é entender que a escola é, sim, lugar de comemoração, mas que seja uma comemoração inclusiva, consciente, transformadora… Feliz para todos e todas que aqui comungam de uma vida em comum. Participe dessa discussão conosco!

Fonte: https://giracirandinha.wordpress.com/2015/04/02/dias-legais-para-comemorar-nossa-visao-sobredatas-comemorativas/

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DIAS LEGAIS PARA COMEMORAR PARTE II – UMA CONVERSA COM AS FAMÍLIAS por Karina Cabral - EMEI Jardim Monte Belo Tempos atrás, postamos um texto em nosso blog que virou campeão de acessos e provocou muitas outras conversas com educadores e educadoras, via e-mail, encontros, discussões, fóruns – vide páginas 09, 10, 11 e 12. Ele trata sobre a nossa postura em relação à comemoração de datas que as escolas infantis tradicionalmente comemoram. Esclarecemos, em nossa escrita, parte de anos de nossas discussões internas. Entendemos nosso papel como educadoras e educadores de escola pública. E a escola pública é laica (não professa religião nenhuma), inclusiva, consciente dos fatos de nossa História (sempre contada pelos dominantes, nunca pelos dominados) e não pode incentivar o consumismo. Embora não fosse, na época, uma postura comum, era uma postura de acordo com as leis do nosso país (Constituição Federal – 1988, e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB – 9394/96) e também de acordo com os ideais de uma educação democrática, para todos e todas, sem deixar ninguém de fora. O texto rendeu muitas discussões, mas percebemos que faltava uma conversa que era a mais importante – com as famílias das crianças de nossa escola. Nas reuniões de Conselho de Escola, esse tema surgiu várias vezes. Todos os anos, metade dos alunos da escola vão para o Ensino Fundamental, e recebemos novas crianças. Essas novas famílias precisam entender nosso ponto de vista sobre esse assunto, tirar as dúvidas e dar sua opinião. E toda vez que essa troca acontece, também nos faz mudar de perspectiva, confirmando ou mudando nossas posições. Aqui está o registro escrito da conversa que tivemos na última reunião de famílias e educadoras, este ano.

POR QUE COMEMORÁVAMOS DATAS NA ESCOLA? Tempos atrás, aqui na EMEI Jardim Monte Belo, era comum comemorarmos essas datas na escola. É uma prática antiga, e que fazíamos sem pensar. Páscoa, dia das mães, festa junina, dia das crianças, dia do índio, dia disso, dia daquilo… Muitas escolas baseiam todo o seu planejamento educativo nessas datas. Mas, aos poucos, começamos a nos perguntar SE deveríamos comemorar essas datas, e POR QUE deveríamos comemorá-las. E as respostas vieram… E atrás delas outras perguntas: “Precisamos pedagógicas.”

de

temas

para

atividades

Mas… Se estamos construindo um projeto pedagógico sério, estudando as melhores formas de educar as crianças, precisamos mesmo “disfarçar” as atividades em temas supostamente agradáveis? “Todo mundo faz essas comemorações, é um costume.” Mas… De onde vem esse costume? Que ideologias estão por trás dele? Compactuamos com essa ideologia? A escola é um lugar de transformação ou reprodução do meio social? “Fazemos isso para homenagear determinado grupo de pessoas.”

um

Mas… Será que essas pessoas estão sendo homenageadas da melhor forma? Comemorar o “dia do índio” é mesmo dar voz a um povo que é massacrado todos os dias? Comemorar o “dia da mulher” é

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falar sobre a luta das mulheres? Comemorar o dia das mães da maneira tradicional é respeitar as novas formatações de família que temos em nossa sociedade, e entre nossas crianças? Por que valorizar tanto o dia das mães, e negligenciar o dia dos pais? “É um jeito de divulgar nosso trabalho para as famílias.” Mas… Será que as famílias não são capazes de compreender a fundo nossa proposta pedagógica, se explicarmos a elas? Será que um enfeite ou presentinho falará mais do que um debate, uma reflexão em grupo, uma conversa aberta, uma formação para os pais e mães? “É uma desculpa para fazermos festas e brincadeiras para as crianças, elas gostam e se divertem.” Mas… A escola não deveria ser um lugar divertido e prazeroso para as crianças sempre? Não deveria ser um lugar de brincadeiras, de ludicidade, de infância todos os dias do ano? “As datas aproximam as famílias da escola.” Mas… Será que não podemos chamar as famílias em outras oportunidades, para vivenciar o trabalho da escola como ele é no cotidiano, e não apenas em uma ocasião “produzida” para isso? “As datas ensinam valores religiosos, afetivos e morais importantes para as crianças.” Mas… Que valores são esses? Temos o direito de pisar em determinados terrenos sem permissão e tirar da família certas escolhas sobre a educação das crianças? Como fazemos com as crianças que são excluídas dessas comemorações por motivos afetivos, econômicos, sociais, religiosos? Manteremos essas pessoas à margem do padrão?

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COMO FOI O NOSSO PROCESSO DE DISCUSSÃO? Diante de tantas perguntas, pensamos, como grupo, que algo estava muito errado, e precisava mudar. Partimos para um estudo detalhado sobre o tema de cada data, e também sobre as datas em si. Entramos em contato com os movimentos organizados da sociedade sobre as lutas das mulheres, dos índios, dos negros, e aprendemos muitas coisas. Paralelamente à nossa discussão, foram acontecendo mudanças em nosso país também. Leis educacionais foram sendo promulgadas, garantindo direitos a grupos que antes eram desprezados pela sociedade (Lei 10639/2003, e Lei 11645/2008). Começamos a entender que a escola só será para todos quando todos e todas estiverem dentro dela, podendo ser quem são, e tendo a origem, cultura e opções de vida respeitadas. Começamos a fazer pequenas mudanças. Retiramos o viés de consumo e individualidade de datas como a páscoa. Paramos de comemorar datas que não tinham sentido para nós. Fomos eliminando algumas comemorações que não diziam respeito às crianças, e, ao mesmo tempo, nosso Projeto Político Pedagógico foi ganhando corpo, e mudando a nossa concepção de infância e de educação para a infância. Nenhuma ação fica sem reação, e, claro, as famílias estranharam as mudanças. Abrimos um diálogo difícil, mas necessário com elas. Tocar nesse assunto é romper paradigmas; isso causa medo, insegurança; e muitas coisas precisam ser discutidas para que cheguemos a um consenso. Amadurecendo e estudando cada vez mais… Chegamos, enfim, a um rompimento com essa prática. Abolimos as comemorações de páscoa, dia das mães, natal… E transformamos o caráter da festa junina e do dia das crianças. Foi um momento de postura radical do grupo, que já não via sentido nisso tudo.


Mas percebemos que esse também não era o caminho. Não há problema em comemorar… O problema é o que se comemora, e como se faz isso. E foi então que partimos para uma reelaboração do calendário de datas comemorativas da nossa EMEI. FALAR DE DATAS COMEMORATIVAS NA ESCOLA É FALAR DE VALORES… Percebemos que a ideia de valor é sempre individual ou social, nunca absoluta. Cada sociedade elege, em seu tempo, lugar e cultura, o que vai transformar em “valor” ou não. E se é assim, começamos a pensar em quais valores identificávamos em nossa sociedade. E percebemos que eles não eram, de fato, nossos, e não eram os valores que queríamos acordar com as crianças e famílias que passavam por aqui.

• Nossa sociedade é baseada em violência, exclusão e intolerância… Resolvemos os problemas da convivência com agressões, com discursos duros e egoísmo. Mas nós queremos que nossas crianças respeitem todas as pessoas como são, aceitem a diversidade, incluam a todos e todas e sejam pacíficas! • Nossa sociedade é baseada em alienação… Fazemos as coisas no “automático”, sem pensar, refletir ou transformar; colocamos a nossa mente em uma tela de TV, celular ou computador e não observamos o que estamos fazendo com o mundo, com a natureza, com as outras pessoas, e conosco. Mas nós acreditamos na consciência, responsabilidade, na capacidade de pensar e mudar as coisas para melhor!

• Nossa sociedade é baseada em individualismo… Cada um por si, e quem pode mais se dá melhor.

• Nossa sociedade é baseada em autoritarismo… Obedecemos ordens que nem sabemos de onde vêm, e o poder individual é sempre valorizado.

Mas nós pensamos em coletividade, em convivência mútua!

Mas nós acreditamos em diálogo, democracia e em construção de poder coletivo, dividido!

• Nossa sociedade é baseada em meritocracia… Você ganha mais coisas tanto mais consegue produzir ou fazer, ainda que as condições não sejam as mesmas para todos no início.

O trabalho com datas comemorativas, muitas vezes, reforçava valores da sociedade que temos, e não da que queremos ter.

Porém, acreditamos em solidariedade, justiça e igualdade!

COLETIVO, DEMOCRACIA

• Nossa sociedade é baseada em consumismo… Quanto mais você tem, mais você é valorizado. Mas nós queremos valorizar o que as pessoas são, e não o que elas têm! • Nossa sociedade é baseada em esperteza… Não importa o que você faça, apenas tenha sucesso. Mas nós buscamos a ética nos relacionamentos, onde ninguém passa ninguém para trás para se dar bem, ainda que isso lhe custe algumas desvantagens!

ESCOLA

PÚBLICA

E

A palavra “coletivo” vem do latim “collectivus”, que significa “aquilo que agrupa, que ajunta” (fonte: site Origem da Palavra). Portanto, para fazer um coletivo, não podemos buscar o que entre nós é desacordo, é separado, é motivo de afastamento; buscamos aquilo que nos une. E sendo assim, não vamos discriminar ninguém – de nenhum tipo de configuração familiar, religião, posição política. Não vamos sacrificar as posições de nenhuma família para fazer uma comemoração que é familiar, ou de um determinado grupo religioso; não vamos fazer o que é de todos e todas algo que é apenas de alguns e algumas.

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A escola pública não é o quintal da casa de ninguém. Ela não é prolongamento de nenhuma família. Ela é um espaço que é, ao mesmo tempo, de todos e todas, mas não só desse ou daquela. É uma ideia difícil de entender, mas fácil de viver se conseguirmos nos respeitar e aceitar que a nossa origem, as nossas posições, o nosso modo de ser, viver, pensar a vida não é o único… É só mais um, em um coletivo. Há muita confusão acerca do conceito de democracia. Democracia não é apenas “seguir a vontade da maioria” massacrando as minorias… Mas é buscar soluções em conjunto para que todas as pessoas sejam, de alguma forma, acolhidas e respeitadas. Especialmente em um espaço público.

abolição da escravatura”. Mas podemos respeitar as lutas desses grupos e celebrar, com eles, as suas datas importantes. Podemos não mais comemorar o “natal”, e a “páscoa”, datas religiosas extremamente tomadas pelo consumo. Mas podemos comemorar o “dia da solidariedade”, o “dia da gentileza”, o “dia da comunidade”. Por que não? “Dia do livro”, “semana internacional do brincar”, “dia da poesia”, “dia da arte”… São muitas as possibilidades de festa, celebração e consciência. Vamos celebrar?

Por isso, nossa postura em relação às datas comemorativas tradicionais é firme, mas não é fechada. Ela tem princípios, mas pode se configurar de muitas maneiras alternativas. Mantendo a legalidade, a consciência, o diálogo, a inclusão, a qualificação pedagógica… Tentamos, então, dar um passo em direção ao futuro… E estamos conseguindo. E ENTÃO… NÃO COMEMORAMOS MAIS NADA? Mas nós gostamos de festa! Gostamos de celebrar! Há muitas datas interessantes que podemos recuperar, criar. Há muitas situações interessantes para viver com as crianças na escola, e nós agora estamos nesse momento… Em busca desse calendário alternativo. Assim sendo, podemos não comemorar mais o “dia das mães”, ou o “dia dos pais”… Mas podemos fazer o “dia de quem cuida de mim”, que inclui todas as crianças e famílias que desejarem participar. Podemos não mais fazer a “festa junina” tradicional da igreja católica, mas podemos fazer a “festa da cultura brasileira”. Podemos não mais fazer comemorações sem sentido no “dia da mulher”, “dia do índio”, “dia da

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Fonte: https://giracirandinha.wordpress. com/2016/06/01/dias-legais-para-comemorarparte-ii-uma-conversa-com-as-familias/


FILME ‘O COMEÇO DA VIDA’

O Começo da Vida é um filme que percorre os quatro cantos do mundo para mostrar a importância dos primeiros anos de vida na formação de cada pessoa. Filmado ao longo de dois anos em nove países (Brasil, EUA, Itália, China, Índia, Canadá, Argentina, Quênia e França), o documentário busca tratar sua temática de forma universal sob o prisma da pluralidade de culturas, etnias e classes sociais. Adotando uma narrativa bastante didática, ‘O Começo da Vida’ se concentra em adentrar a mente das crianças para que o espectador compartilhe do sentimento das primeiras descobertas, dos primeiros laços afetivos e da relevância destas experiências para o desenvolvimento da relação entre pais e filhos. Vale a pena assistir!! SINOPSE Um dos maiores avanços da neurociência é ter descoberto que os bebês são muito mais do que uma carga genética. O desenvolvimento de todos os seres humanos encontra-se na combinação da genética com a qualidade das relações que desenvolvemos e do ambiente em que estamos inseridos. O Começo da Vida convida todo mundo a refletir como parte da sociedade: estamos cuidando bem dos primeiros anos de vida, que definem tanto o presente quanto o futuro da humanidade? Gênero:Documentário Duração: 120 min. Origem: Brasil, Argentina, Canadá, China, Índia, Itália, Quênia, Estados Unidos Direção e Roteiro: Estela Renner Distribuidor: Maria Farinha Filmes Classificação: Livre | Ano: 2016

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TRABALHOS DA LC APRESENTADOS NO VIII CONGRESSO ICLOC - PRÁTICAS NA SALA DE AULA CANTOS: O PRAZER DE MONTAR E O PRAZER DE BRINCAR Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Djamilia V. Gloria Silbermann Tamiris Emanuelle Padiar de Souza Bruna Calogi Mirahy de Lima Área: Desenvolvimento de habilidades e competências – Tema: O brincar e o aprender Os cantos são uma modalidade de organização do tempo, do espaço e do trabalho, que oferece várias possibilidades de atividades ao mesmo tempo de modo que as crianças possam escolher onde e com quem estar e o que fazer. Na Escola Lourenço Castanho, a organização dessas atividades é sustentada por três critérios que embasam a promoção de todas as experiências a serem vivenciadas pelos alunos, para o alcance das expectativas de aprendizagem de cada série: Construção da identidade e autonomia – Quando planejamos e propomos os cantos, primeiramente temos a intenção de acolher o aluno que chega à escola, de forma interessante e estimuladora. Dessa forma, a criança exercitará sua autonomia, escolhendo em qual proposta prefere brincar, segundo suas preferências, tendo garantido seus direitos de participação, sem a ação direta do adulto, que apenas acompanha e auxilia quando necessário ou quando solicitado. O papel do professor aqui configura-se como mediador. Interação e socialização (social, familiar e escolar) – Este tipo de organização favorece a interação das crianças, que se relacionam, ao brincar de maneira coletiva, mas também individual quando assim preferem. Ampliação e conhecimento de mundo – Ao se relacionarem com materiais (estruturados e não estruturados) e com outras crianças e adultos, as crianças descobrem, investigam e aprendem sobre o mundo, ampliando seus conhecimentos prévios. Com base nestes aspectos, o grupo docente reflete conjunta e constantemente sobre esta proposta,

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planejando com intencionalidade e preparando ambientes de aprendizagem que promovam o desenvolvimento integral das crianças. Este é um dos motivos que fazem com que tenhamos elegido os cantos de atividades diversificadas como uma prática permanente. AVALIAÇÃO CRIATIVA – INDO MUITO ALÉM DA PROVA Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Claudia de A. Boyago Priore Área: Língua Estrangeira – Inglês Este projeto partiu da observação, ao longo dos anos, de uma experiência traumática para muitas crianças ao serem avaliadas em língua estrangeira. O momento de cada aluno, suas habilidades e diferentes inteligências (como nos mostra Gardner, por exemplo) torna o processo avaliativo em um momento de terror para muitas crianças. Além disso, os pequenos acabam tendo a errada noção de que só precisam “decorar” algumas estruturas para obter bons resultados (entenda-se aqui nota). As novas teorias de aquisição de língua estrangeira mostram, cada vez mais, a necessidade de contexto e sentido para o aprendizado. Diante dessas observações faz-se necessário mudar o jeito de avaliar. A experiência vem sendo utilizada com os alunos dos 4os e 5os anos do Ensino Fundamental I com excelentes resultados.


A ADAPTAÇÃO CURRICULAR A PARTIR DE UM OLHAR PSICANALÍTICO Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Gabriela Cordaro Área: Gestão da aula – Tema: inclusão escolar A partir do princípio de que não se pode trabalhar com certezas inflexíveis já que são alunos e sujeitos em desenvolvimento, deve-se pensar o currículo como algo que possa desenvolver potencialidades de cada um. Assim, este projeto pretendeu equiparar oportunidades para alunos que não apresentam condições de acompanhar o currículo escolar esperado para seu grau e idade. Para isto, objetivou-se adaptar o currículo de algumas crianças, tornando a vida escolar mais possível a elas. O trabalho foi realizado em 2015, com alguns alunos, do Fundamental I ao Ensino Médio. Iniciamos, tomando conhecimento do caso dos alunos a partir de observação e reuniões com equipe da escola, acompanhantes terapêuticos (ATs) e equipe externa. Então, construímos coletivamente planos específicos para cada aluno a partir de suas demandas, e materiais adaptados ou específicos que serviram como colaboradores para o aprendizado e inclusão escolar deles. Consideramos muito importante que este trabalho seja revisto e renovado constantemente, levando em conta como o aluno tem respondido a todo este projeto pensado para ele. Foi possível perceber uma resposta positiva tanto dos alunos quanto de seus pais, que valorizaram a ação da escola. Algumas crianças puderam avançar pedagogicamente dentro de seus limites, o que consideramos grandes ganhos. Além disso, percebemos, em alguns casos, mudanças no âmbito social dos alunos, que se sentiram mais à vontade e pertencentes à escola, já que suas diferenças puderam ser consideradas e a escola se tornou um ambiente mais acolhedor. O MAKERSPACE NA EDUCAÇÃO: UM AMBIENTE DE APRENDIZAGEM INOVADOR ALIADO ÀS METODOLOGIAS STEM, DIY E PBL

Área: Desenvolvimento de habilidades e competências – Tema: Práticas em que Ciência, Engenharia, Matemática e Tecnologia se apresentam de forma contextualizada A fabricação digital e o movimento MAKER, inovações no campo da tecnologia educacional, estão se tornando uma realidade na educação. Por meio destas propostas, criamos um meio de engajar os alunos, não só no uso de tecnologias sofisticadas, como também demos incentivo à invenção, programação, construção, discussão e compartilhamento de suas criações. Desta forma, os alunos se prepararam para responder às demandas e às mudanças constantes e complexas do mundo atual. Os espaços de aprendizagem MAKER, dedicados à criatividade, à experimentação e à colaboração multidisciplinar com vista à criação, formação e investigação, tiveram por objetivo tornar o aprendizado mais abrangente e útil para o futuro. Ligado à cultura faça-você-mesmo, do inglês DIY (Do-It-Yourself), o movimento MAKER, tem em sua gênese a ideia de que pessoas comuns podem construir, consertar, modificar e fabricar diversos tipos de objetos e projetos colocando suas próprias mãos na massa. A interlocução entre a metodologia STEM e a aprendizagem “hands-on”, sob uma abordagem interdisciplinar e aplicada, acoplada e baseada em projetos, do inglês, Project Based Learning (PBL), propicia uma prática pedagógica que dá lugar a uma aprendizagem crítica, e um paradigma de aprendizagem coeso. A STEM é inspirada na ideia de educar os alunos em quatro disciplinas, Tecnologia, Engenharia, Ciências e Matemática. Por meio de tarefas e desafios, os alunos são convidados a resolver problemas e elaborar projetos que fazem parte de seu cotidiano. Essas áreas juntas são essenciais para o sucesso do aluno, pois estes campos estão profundamente interligados ao mundo real e a forma como eles aprendem, quando estão criando e construindo soluções, torna-se mais eficaz. Os projetos que os alunos desenvolveram em 2015 tiveram como esteio pedagógico as metodologias acima descritas.

Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Rodrigo Lemonica Rosa Luiza Regina Branco Fernandes

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PAISAGEM URBANA: FRAGMENTOS DE UMA CIDADE Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Helena Silva Pinto do Carmo Área: Arte – Teatro Construções, monumentos, parques, fachadas, carros e pedestres são como elementos que escrevem uma cidade. É preciso ver e reconhecer essa cidade para se tornar parte dela. A paisagem urbana se apresenta aos olhos da criança. Porém, é preciso decodificar e reconhecer aquilo que se observa, às vezes de dentro de um carro ou de um ônibus, ou até mesmo da janela de sua casa. Trabalhando com pesquisa, fragmentos de mapas retirados do Google Maps, tinta acrílica e leitura de imagens, a sequência didática que será mostrada nesta apresentação busca unir conceitos de paisagem das Ciências Humanas com o gênero pictórico de paisagem das Artes Visuais, além de experimentar novo suporte e técnicas. O suporte por sua vez é o mapa da região e sua paisagem irá se revelar com a interferência do aluno por meio de desenho e tinta acrílica aquarelada na sua superfície. Apreciação e leitura de obras de artistas brasileiros, pesquisa, desenho e técnica de pintura transitam entre outros componentes num projeto de série que busca compreender nossa relação com o espaço urbano. EXPERIÊNCIAS DENTRO DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO EM TEATRO Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Pedro Haddad Martins João Afrânio Lessa Neto [joao.afranio@gmail.com] Área: Arte – Teatro O presente trabalho tem por finalidade apresentar e analisar a experiência da implantação de um sistema de avaliação e autoavaliação elaborado dentro do componente Teatro, realizado com alunos do 6o ano do Ensino Fundamental (entre 10 e 11 anos de idade). Esse sistema, que vem sendo implantado e aprimorado desde 2012, tem como objetivo abarcar a experiência do aluno em sala de aula, visando: retratar de maneira sensível sua trajetória, abrangendo a multiplicidade de sua experiência durante o processo, fornecer elementos para que ele seja capaz de pensar e avaliar o seu próprio fazer (durante as aulas e no momento da autoavaliação), elaborar uma alternativa que dê elementos para o professor avaliar o aluno de maneira mais abrangente, não reduzindo seu desempenho a números ou fórmulas, fazer da avaliação um

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elemento coletivo, integrado ao processo e parte da experiência artística do aluno, tendo ela também um caráter artístico-pedagógico. Este sistema consiste numa autoavaliação trimestral feita pelos alunos a partir dos indicadores de aprendizagem de cada trimestre e a sua comparação com a avaliação feita pelo professor (seguindo os mesmos critérios). A análise comparativa das duas avaliações, que permite revisitar o processo do aluno, resulta no estabelecimento de metas de aprendizagem. Além disso, a avaliação é complementada pela feitura de um “Livro de Expressão” de cada turma, onde os processos desenvolvidos em sala de aula são registrados livremente pelos alunos, e apresentados dentro do coletivo, resultando num “diário de bordo” das experiências das turmas, que serve para visualizar a totalidade do processo. THE GIVER: LEITURA DE OBRA ORIGINAL EM CURSO REGULAR DA LÍNGUA INGLESA Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Dominika Janiszewska Picco Área: Língua Estrangeira – Inglês O trabalho faz elo com o projeto de série da Escola, que objetiva ampliar o senso de identidade e protagonismo dos alunos do 9o ano. A leitura do livro The Giver, no componente Inglês, teve como foco empoderar os alunos do curso de idioma regular a reconhecerem materiais autênticos como acessíveis ao seu nível de conhecimento no idioma, perante a mediação do grupo e comparações com a versão Hollywoodiana. São desenvolvidas atividades para despertar o senso de protagonismo dos alunos em relação à língua estrangeira e, para que os alunos enxerguem a si mesmos como verdadeiros falantes do idioma estrangeiro, independentemente de seu nível de aperfeiçoamento no idioma. A socialização do conteúdo, em que os alunos se misturaram em grupos independentes de nível de fluência, permitiu que todos trouxessem a riqueza de seu repertório geral para a mesa do debate sobre os temas do livro; o que abriu espaço para a sensação de engajamento para todos, pois a contribuição não dependia apenas do desempenho no idioma estrangeiro. Desta forma, foram feitas

apresentações orais e visuais que permitiram maior prática de fala, e evolução do repertório lexical necessário para desenvolver prazer na leitura. PROJETO INTEGRADOR NO 6O ANO: COMO ME RELACIONO COM OS PROBLEMAS DO MUNDO? Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Vagner Rodrigues De Moraes João Marcello De Araújo C. Lopes De Almeida Lígia Pinheiro Paganini Área: Gestão da aula – Tema: Projeto integrador das várias disciplinas Os estudantes do 6o ano têm contato com diferentes professores especialistas e podem aprofundar seus conhecimentos em diversas áreas do saber. Mas a especialização não deve se conformar como uma separação radical entre os diversos ramos do conhecimento, devendo a multiplicidade disciplinar servir à promoção de diálogos entre as distintas áreas. Na Escola Lourenço Castanho, os diferentes saberes articulam-se nos Projetos Integradores, responsáveis pela criação de caminhos comuns entre as áreas. Por meio do trabalho em equipe, estudantes e professores investigam o mundo de modo integrado, com o objetivo de compreender e dar respostas aos problemas da contemporaneidade. A partir da questão-problema “Como eu me relaciono com os problemas do mundo?”, proposta no início do ano letivo de 2015, os trabalhos desenvolvidos tiveram por objetivos: estabelecer conexões entre as questões do mundo e as experiências dos jovens estudantes; conectar saberes das diferentes linguagens e ciências na compreensão das questões do mundo; proporcionar situações de aprendizagem para investigar o mundo e comunicar o conhecimento. A partir de diferentes estratégias e vivências, estudantes e professores trilharam os caminhos de construção do conhecimento e, na Mostra Cultural da Escola, apresentaram seus percursos e seus trabalhos. Nesta apresentação, serão mostrados dois trabalhos: Etapas e procedimentos para desenvolvimento do projeto e um produto final, denominado THIGLINK.

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LITERATURA E PSICANÁLISE PASSAGEM DO XIX PARA O XX

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Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Roberta Hernandes Alves Área: Língua Portuguesa Este trabalho, desenvolvido como uma sequência didática, tinha por objetivo instrumentalizar os alunos teoricamente para que pudessem analisar obras de várias naturezas com mais precisão e propriedade, com foco nas vanguardas artísticas europeias do início do século XX e na arte modernista, especialmente a brasileira, cujo marco central é a Semana de Arte Moderna de 1922. O trabalho foi realizado com alunos da 3a série do Ensino Médio, teve a duração de cerca de oito aulas e contou com etapas que previam aulas expositivas dialogadas, leitura de textos teóricos, atividades escritas, análise de conto de fadas em trios, entre outras. Os recursos utilizados variaram entre vídeos, material impresso elaborado pela professora, uso de PowerPoint. Todas as atividades tinham na figura da professora uma mediadora que apresentava e sistematizava conceitos que eram, primeiramente, explorados e discutidos pelo grupo classe. EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO, TRABALHANDO POR MÓDULOS DE CONHECIMENTO Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Stefano Bigotti Ernesto Domingues Leila Achur Genta Área: Educação Física A Educação Física, inserida na área de linguagens, códigos e suas tecnologias, permite aos alunos o acesso ao conhecimento sobre a cultura do movimento. Esperamos que estas culturas difundidas em nossas aulas possam formar adultos com estilos de vida ativos. Almejamos também que nossos alunos, por meio de vivências propostas, possam discutir e refletir sobre as práticas corporais presentes, ou não, em

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nosso cotidiano. Por meio de vivências como jogos, danças, esportes, lutas, vivências motoras e academia, buscamos ampliar o referencial teórico de observação dos estudantes, que passam a analisar o movimento considerando também sua dimensão cultural, e qual seu significado dentro do contexto apresentado. Concomitantemente, são apresentadas fichas com informações do tema abordado no trimestre. No final do processo, ou seja, ao término do Ensino Médio, o aluno conhecerá seis módulos. Os temas abordados são: MITOS E VERDADES SOBRE ATIVIDADES FÍSICAS; INFLUÊNCIA DA SOCIEDADE NA IMAGEM CORPORAL; PRIMEIROS SOCORROS; AVALIAÇÃO FÍSICA; GRANDES EVENTOS ESPORTIVOS, ESPORTE, LAZER E POLÍTICAS PÚBLICAS E TREINAMENTO DE FORÇA. Desta forma, acreditamos que conseguimos oferecer um conhecimento de qualidade e uma prática importante para formarmos adultos críticos em relação ao repertório motor e aos conteúdos e conceitos trabalhados em aula. O FORTALECIMENTO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS FORA DO AMBIENTE ESCOLAR Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Douglas Everton Moraes Laís de Sousa Nozaki Área: Educação Física A partir do projeto proposto no ano de 2015: “A utilização de espaços públicos nas aulas de Educação Física para ampliação de experiências na Educação Infantil”, discutiremos todas as atividades interdisciplinares vivenciadas pelas crianças fora dos muros da escola, apresentando a parceria com a professora titular e a de artes visuais. Compartilharemos todas as etapas do processo, desde a concepção, o planejamento, a organização, a aplicação e a avaliação, elegendo aspectos relevantes para a continuidade e ampliação dele, com o objetivo de fortalecer as intenções formativas do nosso currículo.

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UMA PONTE, UM POUCO DE PINTURA... E OUTRAS AVENTURAS Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Bruna Iza Santos Ribeiro Selma Barbosa Área: Artes Plásticas Este trabalho teve por objetivo compartilhar uma experiência prática de desenvolvimento de projetos com crianças de três anos. Observamos desde o início do ano um perfil de alunos sensíveis que observavam todos os dias elementos como os detalhes que eram mudados na classe ou mesmo as roupas e acessórios que as professoras utilizavam, além do interesse generalizado em pintar e “se melecar”. A partir da escuta e observação dos alunos, as professoras perceberam que durante o parque as crianças observavam muito as flores, folhas, pedrinhas e árvores do ambiente e decidiram utilizar-se desta característica para a apreciação de quadros. Apresentamos algumas reproduções de quadros de Claude Monet, artista que também dedicava seu tempo na observação dos jardins para produzir suas obras. Depois outros artistas foram apresentados, apreciados e muitas aventuras foram realizadas. Manter a curiosidade, o apreço, o espírito investigativo e a criação passaram a ser a

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intenção deste projeto, que retratou as experiências vividas por meio da produção de desenhos, pinturas, roupas, esculturas e vídeos, já que o que o que moveu esse grupo foi a sensibilidade estética e poética. AS PRÁTICAS DE LINGUAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O TRABALHO COM A ANÁLISE E A REFLEXÃO LINGUÍSTICAS Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Fernanda Gazal Carnevalli Karina Simas Nogara Área: Língua Portuguesa De acordo com a Proposta Curricular da Escola Lourenço Castanho, “O que está em questão na educação infantil não é a aprendizagem formal do sistema alfabético, mas sim o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita [...] e a ampliação dos letramentos da criança” (p. 92). Para atingir esse objetivo, o trabalho com linguagem na Lourenço Castanho é organizado em três práticas: compreensão de textos escritos e orais; produção de textos escritos e orais; análise e reflexão linguísticas. Para a prática de análise linguística, os alunos entram em contato com diversos gêneros da tradição oral, como parlendas, cantigas, contos


etc ., sendo os trava-línguas e as adivinhas os gêneros de foco do Infantil 5. São planejadas atividades com textos destes gêneros, de forma que os alunos possam refletir sobre o sistema de escrita por meio da análise da composição das palavras-chave (letras inicial e final); pareamento entre as pautas sonora e gráfica; textos lacunados, dentre outras atividades que também contribuem para ampliar o repertório de leitura, explorando usos e funções da linguagem escrita. OBSERVAÇÃO, EXPLORAÇÃO E INVESTIGAÇÃO Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Camila Pinheiro dos Santos Marani Andreza Varga Gomes de Lima Área: Ciências Naturais A escola deve constituir-se como espaço que auxilia e incentiva as crianças a explorar, a extravasar sua curiosidade, a gerar perguntas e, a partir delas, construir conhecimento. Com este intuito, as propostas envolvendo experimentação e observação de elementos do mundo físico e social, auxiliam na formação de “pequenos pesquisadores”, o que alinha-se com a concepção da escola de que as crianças são ativas, capazes e devem ser protagonistas das próprias aprendizagens. Ao manipular objetos, experimentar desafios, explorar situações, construir arranjos, buscar informações (por meio da observação, da pesquisa ou da leitura de imagens), classificar materiais e reconhecer diferentes modos de vida, assim como a diversidade natural e cultural, as crianças encontram ferramentas para ampliar seus questionamentos e indagações sobre o mundo. Assim, vão se apropriando de formas produtivas de pensar, de observar, de reconhecer semelhanças, diferenças e regularidades, desenvolvendo a percepção de si, do outro, dos objetos, da natureza e da cultura da qual fazem parte.

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ATIVIDADE SEQUENCIADA – MANIFESTAÇÃO CULTURAL: O CARNAVAL (“BLOQUINHOS DE RUA”) Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Fabiane de Carvalho da Costa Juliana Gomes Groppo Área: Arte – Folclore Um dos desafios da educação básica é colocar as crianças em contato com a diversidade e ampliar repertórios relacionados à cultura popular brasileira. Para o sucesso do trabalho é fundamental reconhecer as características das faixas etárias, para que as propostas sejam pertinentes e adequadas a cada contexto. Foi com esta intenção que demos início a uma atividade sequenciada abordando a manifestação “Carnaval”, nas turmas de Infantil 4. As atividades envolveram diversos campos de experiência, como aqueles relacionados às artes, música e contação de história. Após pesquisa sobre a história do Carnaval, o trabalho com as marchinhas, a confecção de adereços, a escolha do nome do bloco, o trabalho culminou em uma grande festa de Carnaval, com a apresentação das crianças em espaço público (Praça de Milão).

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O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA NO PROCESSO DE REVISÃO TEXTUAL Instituição: Escola Lourenço Castanho Autoria: Valdirene da Silva de Sousa Área: Língua Portuguesa A revisão de texto é um conteúdo procedimental que corresponde a uma das etapas da produção escrita, quais sejam: planejamento, produção, revisão e reescrita. Diante da necessidade de ensinar os alunos a revisarem e a chegarem a uma versão final mais qualificada de seus textos, de maneira autônoma, foi desenvolvida uma sequência didática com indicadores de avaliação voltados para esses objetivos. A partir do uso de sinais de revisão e de uma grade de (auto)avaliação, os alunos aprenderam a analisar e a revisar os aspectos discursivos, textuais, estilísticos e normativos dos contos que escreveram. O resultado foi um processo de aprendizagem significativo, no qual os alunos estiveram no centro do processo e puderam ampliar sua consciência sobre o processo de produção de texto.


VENHA PRESTIGIAR AS APRESENTAÇÕES DOS NOSSOS ALUNOS NO 2º ICLOC JOVEM - 2016 1. A incidência e reemergência da dengue em Embu das Artes: A análise crítica de dados epidemiológicos para investigar causas e traçar um panorama futuro para prevenção e combate à dengue. - Andre Garcia de Oliveira 2. Assentamentos Urbanos: Simulando o desenvolvimento de um Padrão de Adensamento Urbano e Ambiental (PADUA). - Stefáni Augustoli Morcillo e Isabella Lapoian Iervolino 3. Cyberbullying: Uma Agressão Virtualizada. - Gabriela Guarita Lunardelli 4. Implicações e reflexões sobre o projeto de regulamentação da prostituição no Brasil. - Elisa Levi Costa Sousa e Isadora Borelli Noronha 5. Verticalização e precarização das moradias nas favelas de São Paulo: projeção e desenvolvimento do Índice de Potencialidade de Adensamento Precário (IPAP). - Gabriela Fernandes e Mirela Rodrigues de Oliveira

Dia 08 de Outubro

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Competências Específicas O ADOLESCENTE E A MÚSICA por Cássia Maria de Araújo

“[...] a música na escola cumpre um papel transformador e humanizador. A música atua no trabalho da escuta do coletivo, na relação do grupo e auxilia o trabalho como um todo, a sensibilização do ser humano”. (LOUREIRO, 2010, p. 73) Os adolescentes chegam à escola munidos de aparelhos sonoros, fones de ouvido, iPods, celulares com milhões de músicas baixadas da internet. Diferentemente das crianças, os adolescentes já possuem seus gostos musicais e interagem com seu grupo pela identidade sonora, como estilo musical ou banda. Na fase da adolescência, tanto as meninas como os meninos adoram videoclipes musicais, identificam-se com os gestos e os estilos de determinados artistas, que cantam e dançam, e se apoiam nesses personagens para construir sua imagem com mais segurança. Calligaris (2011, p. 52) diz: “O adolescente vive com uma trilha sonora permanente e inspiradora de imagens, com as quais compõe a sua identidade”. Para o adolescente, a música é algo libertador, seja no fone de ouvido ou no volume ensurdecedor com que ouve seus sons, ignorando se incomoda ou

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não quem está perto. Para eles, “os incomodados que se mudem”. É assim... Eles estouram seus ouvidos sem cerimônia. Há uma falta de consciência do volume sonoro, o que é muito sério. Por isso, como educadores, além de alimentar e trocar musicalmente com os adolescentes, devemos conscientizá-los sobre o volume sonoro em que ouvem seus aparelhos e sobre os riscos à saúde que isso pode acarretar. Durante a adolescência, o indivíduo, muitas vezes, parece ser antissocial. No entanto, ele medita continuamente sobre a sociedade, mas a sociedade que lhe interessa é aquela que ele quer reformar, tendo desprezo pela sociedade real. Ao considerar a música como importante elemento de afirmação dos adolescentes e relacioná-los à escola, espaço fundamental de socialização, a possibilidade da implementação de práticas de criação musical no ambiente escolar torna-se um desafio (SEBBEN & SUBTILL, 2010).


Como educadores, devemos buscar uma aproximação com os gostos musicais de nossos alunos, contextualizando-os, fortalecendo a compreensão deles em relação ao que eles ouvem, enriquecendo cada vez mais seu universo musical. Para isso, é fundamental que os saberes dos alunos sejam respeitados, assim como seus gostos musicais (mesmo que muitas vezes focados em apenas um estilo, por desconhecimento ou por preconceitos musicais), tendo o educador o papel de promover uma inclusão musical, ser criativo e transformador para poder ampliar o repertório musical dos seus alunos. Para Loureiro (2010): Hoje o ensino de música requer uma proposta curricular que considere as diferenças culturais, o respeito à individualidade e às experiências de cada aluno, principalmente as vivências musicais que os alunos levam para dentro do espaço escolar. (LOUREIRO, 2010, p. 130) O respeito à individualidade envolve afeto. A afetividade é sempre o que impulsiona e motiva as ações, potencializando qualquer proposta de atividade. Ainda de acordo com Loureiro (2010): Por se tratar de uma atividade profundamente humana, cultural e social, as experiências musicais tornam-se de grande valor para a manutenção emocional do indivíduo. Sua contribuição para o desenvolvimento sensorial, da afetividade, das capacidades motoras e mentais é inegável. (LOUREIRO, 2010, p. 133) A escola é o espaço em que o aluno passa a maior parte do tempo, sendo este um espaço de vivências e de trocas necessárias. O conhecimento formal e também a comunicação sobre a vida além dos muros da escola fazem parte da formação integral do adolescente, podendo transformar a música em seu meio de expressão e socialização.

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Muitos adolescentes aprendem a tocar sozinhos. Na internet, há vários sites que disponibilizam aulas de música em vídeo. Os adolescentes sabem o instrumento que lhes interessa e tentam imitar seus ídolos no estilo musical e visual, comportamento característico e comum nessa fase, o que, de certa forma, os ajuda a se sentirem inseridos na sociedade, que, a partir de agora, parece assumir uma posição de cobrança, vislumbrando cidadãos com potencial produtivo para o mercado de trabalho. Dos 11 aos 15 anos, idade que corresponde ao Ensino Fundamental II, alguns alunos já estudam música independentemente da escola regular, ou seja, têm aula com professores particulares de música, com um instrumento específico e de seu interesse, de forma individual. Os instrumentos musicais mais escolhidos pelos estudantes normalmente têm um poder sonoro potente, como a guitarra, o contra baixo elétrico ou a bateria. Os instrumentos que os adolescentes mais apreciam nessa idade costumam estar ligados aos estilos rock e rap. Acredito que o educador deve sempre estar conectado com os estilos e os gostos musicais dos alunos. É curioso observar como cada faixa etária corresponde musicalmente a um estágio de desenvolvimento. No entanto, ao educador cabe direcioná-los numa ampliação desses gostos para um ouvir diferenciado, ou seja, encaminhando e apresentando novos estilos, artistas, compositores, culturas diversas e ritmos diversos. Adolescentes são outro mundo. Eles gostam de música de modo geral, mas normalmente não estão interessados em ouvir música como ela é apresentada na escola. O professor tem de chegar a um acordo sobre o que trabalhar. É inevitável negociar. (SWANWICK, 2003, p. 10) O objetivo específico da educação musical não é somente ensinar a tocar um instrumento, é musicalizar, ou seja, tornar o indivíduo sensível e receptivo ao fenômeno sonoro, promovendo nele uma resposta de índole musical (GAINZA, 1988, p.101). Mas é preciso reconhecer que o domínio da matéria musical não basta se não estiver unido ao interesse, ao entusiasmo e à convicção da utilidade daquilo que se está transmitindo. BIBLIOGRAFIA CALLIGARIS, Contardo. A adolescência. São Paulo: Publifolha, 2011. GAINZA, Violeta H. Estudos de psicopedagogia musical. Trad. Beatriz. A. Cannabrava. São Paulo: Summus, 1988. LOUREIRO, Alícia M. A. O ensino de música na escola fundamental. Campinas: Papirus, 2010. SEBBEN, Egon Eduardo. & SUBTIL, Maria José. Concepções de adolescentes de 8.ª série sobre música: possíveis implicações para a implementação das práticas musicais na escola. Revista da Abem, Porto Alegre, v.23 n.23, p. 48-57, 2010. SWANWICK, Keith. Ensinando música musicalmente. Trad. Alda Oliveira; Cristina Tourinho. São Paulo: Moderna, 2003.

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PROJETO INTEGRADOR DE SÉRIE NA LOURENÇO CASTANHO por Fabia Antunes O Projeto Integrador de Série (PIS) é um dos elementos articuladores de saberes do currículo da Lourenço Castanho, considerado uma potente estratégia de ensino-aprendizagem, capaz de instigar a inteligência dos estudantes ao mobilizar habilidades e conteúdos de diversas naturezas. Mobilização esta realizada por meio de uma problematização, intencionalmente elaborada, pautada nas intenções formativas do ciclo, no desenvolvimento das competências relacionadas ao universo do aluno, permitindo que ele possa reformular, ampliar e ressignificar novos saberes. “Uma ação se concretizando na elaboração de um produto de valor social, que ao mesmo tempo em que transforma o meio, transforma também a identidade de seus autores ao produzir novas competências através da resolução dos problemas enfrentados.” BASCLE (2000)

O processo de planejamento do Projeto Integrador de Série parte do interior de cada componente das quatro áreas do conhecimento, que se estrutura por eixos de conteúdo, estabelecendo sentido de pertencimento à área e sua integração ao currículo. As áreas do conhecimento e seus eixos são: Ciências Humanas e suas Tecnologias (Eixos: Poder, Espaço, Trabalho, Tempo e Identidade), Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Ser humano/Saúde, Biodiversidade, Mundo físico-químico, Tratamento de informação, Tratamento algébrico, Espaço e forma, Números e operações e Grandezas e medidas), Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Código, Texto e Identidade cultural) e as Aprendizagens Integradoras (Corpo e saúde, Atitudes e valores e Postura de estudante).

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A intenção de trabalhar com Projeto Integrador de Série é criar oportunidades para uma aprendizagem significativa e ativa dos estudantes e docentes por meio do âmbito problematizador e/ou perguntas problematizadoras, transformando um saber existente em um novo saber. Percurso este que pode ser planejado dentro ou fora da sala, como por exemplo, os estudos de campo. APRENDIZAGEM Concebida como uma produção ativa (não passiva) de significados em relação aos conhecimentos sociais e à própria bagagem do aprendiz, dando significado à aprendizagem construída e gerando nova aprendizagem/novo conhecimento.

ESTUDO DE CAMPO Uma modalidade que permite a aproximação entre o trabalho desenvolvido em sala de aula e a realidade estudada, contribuindo em diferentes etapas do projeto integrador de série, na mobilização/sensibilização e/ou levantamento de dados/pesquisa.

Etapa de problematização A partir da mobilização do estudante, na etapa de problematização, os conteúdos são relacionados ao contexto e o estudante assume o papel de pesquisador, partindo de problemas ou perguntas instigantes, envolvendo a perspectiva interdisciplinar e humanista, explorada com a mediação e a intencionalidade da equipe docente. Edgar Morin (2000) discorre sobre o “espírito problematizador”, enfatizando que o emprego da inteligência exige o exercício da faculdade mais ativa na infância, a curiosidade. Algumas vezes, a curiosidade é aniquilada pela instrução, sendo fundamental despertá-la, encorajando o espírito interrogativo, o fomento à dúvida, combustível de toda atividade crítica.

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Etapa de planejamento, Preparo e Arquitetura Após a mobilização dos estudantes, inicia-se a etapa de planejamento, preparação e arquitetura, com a ordenação ou sequenciamento dos conteúdos, articulando as hipóteses dos alunos com a estrutura de pano de fundo desenhada pelo grupo de docentes para aquele problema. Os docentes vão reorganizando os conteúdos de maneira dialética na interação da classe. No final do desenvolvimento da sequência do processo de ensino-aprendizagem, explicita-se, a título de revisão crítica, os focos de interesse detectados para destacar, as estruturas, noções-chave que permitam aos alunos estabelecer relações com seu conhecimento base e realizar transferências que lhes possibilitem continuar aprendendo (HERNÁNDEZ, 2000). O docente, nesta etapa, possibilita momentos de escuta e compartilhamento entre o grupo, para que todos reconheçam o ambiente coletivo de aprendizagem. A transcrição das conversas, dos debates e sua análise, faz parte do “conteúdo” do projeto, responsabilizando os alunos pelas suas contribuições e também pelas considerações trazidas pelos outros como parte facilitadora da própria aprendizagem. Assim, o projeto contribui para a criação de atitudes de participação e reconhecimento do “outro” que transcendem o âmbito problematizador da pesquisa (HERNÁNDEZ, 2000). Etapa de Conclusão No momento da nova síntese, na etapa de conclusão, cabe ao professor coordenar o processo de reflexão crítica da busca de conhecimento realizada pelos estudantes, ajudando-os a nortear a “resposta provisória” à questão de aprendizagem, sem perder de vista a articulação à prática social e cidadã. O professor deve destacar algumas informações, facilitar que o grupo de estudantes perceba diferenças de abordagens teóricas e suas implicações, ajudando-o a construir a leitura crítica da própria literatura, o que obviamente é processo árduo e gradativo, porém fundamental na perspectiva de formação. Isso exige que o professor também amplie seu repertório, podendo contribuir

com outros textos, com seus conhecimentos acumulados, socializando saberes de modo significativo, o que implica não desconsiderar, em hipótese alguma, a busca de conhecimento feita pelo estudante, pois ela é o ponto de partida para o esforço do estudante em responsabilizar-se também pela busca de conhecimentos relevantes. “Que os estudantes desenvolvam um conhecimento capaz de compreender os problemas do nosso mundo e saibam elaborar pensamentos autônomos sobre a realidade, críticos e capazes de decidir e agir.” (Projeto Político Pedagógico da Escola Lourenço Castanho, 2006) Etapa de Avaliação e Comunicação A última etapa, de avaliação e comunicação, é o processo em que se aprecia com clareza o sentido da inovação educativa que implica trabalhar por projetos. “O papel da avaliação passa a fazer parte do próprio processo de aprendizagem, e não é um apêndice que estabelece e qualifica o grau de ajuste dos alunos com a ‘resposta única’ que o docente define. Se um projeto de trabalho pressupõe uma elaboração do conhecimento, a partir da relação das fontes com a informação que os alunos têm (às vezes de maneira fragmentada, outras errôneas, com frequência de senso comum), a avaliação deverá possibilitar essa reconstrução. O papel do professor consistirá em organizar com um critério de complexidade as evidências nas quais se reflita o aprendizado dos alunos não como um ato de controle, mas sim de construção de conhecimento compartilhado.” (HERNÁNDEZ, 2000)

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A equipe docente mobiliza os estudantes para decidir a forma como o novo saber será compartilhado com a comunidade escolar. A Mostra Cultural da Lourenço Castanho, por exemplo, é um espaço privilegiado para o qual os alunos decidirão como o novo saber será apresentado. Construindo o trabalho por projetos na Lourenço Castanho É importante salientar que o Projeto Integrador de Série, na Lourenço Castanho, deve partir de uma problematização proposta pela Escola, que faça sentido para o aluno, e considere o levantamento dos conteúdos abordados pelos componentes curriculares, estruturando-se de forma interdisciplinar. Desejamos a integração dos componentes no Projeto Integrador de Série, desde que seja construída e validada em parceria com a coordenação de área/pedagógica, respeitando o plano de curso do componente. Sendo assim, o envolvimento de cada componente não é obrigatório e forçado, pois cada um está alinhado com a progressão do mesmo no ciclo e entre ciclos, garantindo a relevância e pertinência da integração. Portanto, durante o planejamento trimestral, nas sequências didáticas, as propostas relacionadas com o Projeto Integrador de Série devem estar descritas nas atividades de aprendizagem, apresentando suas intencionalidades nos indicadores de aprendizagem e nos produtos. Consequentemente, caso o produto tenha atribuição de nota, a mesma deverá estar presente apenas nos componentes envolvidos. Dimensão do projeto em cada ciclo Ainda que a concepção seja a mesma, em cada ciclo da escolarização o Projeto Integrador de Série apresenta suas particularidades, sendo redimensionado de maneira que acompanhe as intenções formativas da Educação Infantil ao Ensino Médio.

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Na Educação Infantil, os alunos do Infantil 2 e 3 desenvolvem os projetos de classe compartilhando com o Projeto Integrador de Série a ideia do conhecimento não fragmentado, mas o âmbito problematizador surge dos interesses ou necessidades do grupo. A partir daí, são propostos desafios cuja resolução esteja ao alcance das crianças. Nas séries do Infantil 4 e 5, os alunos são mobilizados pela problematização proposta pela equipe docente e coordenação, respeitando os campos de experiência e atendendo às expectativas de aprendizagem de cada faixa etária. No Fundamental I, inicia-se o processo de estruturação dos cursos por componentes curriculares, sendo o Projeto Integrador de Série um importante elemento para evitar a fragmentação dos saberes para os alunos. As possibilidades de realinhamento dos conteúdos são mais flexíveis sem prejuízo à progressão, desde que compactuadas com a equipe de coordenação pedagógica/área. No Ensino Fundamental II, os Projetos Integradores de Série são elaborados com base nas intenções formativas do ciclo e preveem uma progressão entre as séries, conectando os componentes curriculares em prol do desenvolvimento das competências sociais e acadêmicas dos estudantes. Os Projetos Integradores de Série encontram nas aulas de Projetos um espaço de articulação dos trabalhos propostos, de preparação e reflexão dos alunos para as atividades que desenvolverão em sala e em campo, bem como momentos de sistematização e organização da comunicação do conhecimento. Devem contemplar também, em parceria com os demais componentes, momentos de metacognição para que os alunos reflitam sobre o seu percurso na produção do conhecimento. Em cada série, há uma questão-problema geral, elaborada pela equipe docente, a partir das demandas dos programas dos componentes curriculares. Os estudos de campo são um momento importante para o desenvolvimento das habilidades de pesquisa e os locais estudados são escolhidos em


Projeto integrador de série 2º ano “Brinquedos e Brincadeiras”

função do potencial que possuem para contribuir com as respostas que os alunos precisarão dar às questões-problema de suas séries. A 1ª série EM representa o último ano com a mesma estrutura de trabalho dos ciclos anteriores, como um importante elemento integrador do currículo e etapa preparatória para o projeto científico. Na 2ª série EM, o projeto é voltado para a iniciação científica, em que cada dupla de alunos levantará sua problematização com o orientador, produzirá um relatório de pesquisa, que poderá estar estruturado pelo método científico (hipóteses) ou método engenharia (solução de problema). Na 3ª série EM, o projeto passagem é uma modalidade eletiva, em que o aluno propõe uma reflexão sobre seu percurso como aprendiz a partir de uma área de conhecimento relacionando-a, quase sempre, a uma linguagem artística: literatura, música, dança, cinema, fotografia.

BIBLIOGRAFIA BLASCE, M. A pedagogia de projetos no ensino agrícola francês. Seminário Internacional de Educação Profissional. Brasília, 2000. HERNÁNDEZ, F. Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de Trabalho. Porto Alegre: Editora Artmed, 2000. MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2000.

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TECNOLOGIA EDUCACIONAL NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM - UMA PARCERIA ENTRE A LOURENÇO CASTANHO E A MICROSOFT

por Raissa Gvozdar Schreiter

A Lourenço Castanho e a Microsoft celebraram, desde 2013, uma parceria que tem como objetivo colocar a tecnologia a serviço do fazer docente e da otimização das atividades administrativas da Escola. A equipe gestora, há mais de três anos utiliza players criados pela empresa. Já os estudantes do Ensino Médio tiveram acesso ao e-mail do Office 365 em 2015, quando também o laboratório de tecnologia educacional do Ensino Fundamental I recebeu computadores ASUS que já possuem o Windows 10 instalado, permitindo acesso aos apps da Microsoft. A partir de 2017, alunos dos 4os e 5os anos também utilizarão o e-mail do Office 365 e alguns dos aplicativos disponíveis no menu como OneNote, Sway, Office Mix e Microsoft Classroom. Fabia Antunes, Diretora de Currículo, Ana Paula, Luiza Regina e Rodrigo Lemonica, equipe de Tecnologia Educacional da Escola, estiveram presentes no Microsoft Tecnology Center, onde conheceram ferramentas que se alinham à proposta pedagógica da Escola. “O Windows 10 e o Office 365 têm muitas vantagens, são amplamente utilizados no mundo corporativo, pois proporcionam um nível de comunicação e interação sem precedentes. Nesse sentido, são úteis para que os estudantes colaborem uns com os outros, com os professores e envolvam os pais. Essa é uma experiência bastante rica para eles”, conclui Antonio Moraes, Diretor do Segmento Educacional da Microsoft. Os alunos dos 4os e 5os participarão de aulas introdutórias para aprender a utilizar os recursos do Office 365. Segundo a educadora de tecnologia do Ensino Fundamental I, Ana Paula Soares, o OneNote, além de possibilitar a interação e execução de tarefas online, também possui um recurso muito precioso para alunos de inclusão, o Learning Tools, que facilita a leitura para deficientes visuais

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e intelectuais. Ele possibilita o aumento das letras que constituem as palavras, efetua a leitura de textos (com velocidade da leitura configurável), faz separação das sílabas, sublinha os verbos, substantivos e adjetivos, conforme a solicitação, entre outras opções. Esse recurso, portanto, capacitará os estudantes que, muitas vezes, necessitam do auxílio dos professores para realizar atividades, a desenvolverem sua autonomia. O aplicativo Sway é ideal para apresentações de trabalhos, pois admite a inclusão de vídeos, textos e imagens. O Office Mix já está sendo testado por alguns alunos. É um add-on para Power Point que permite uma exposição interativa, com vídeos, gravações de áudio, de questionários, quizzes e fornece um feedback da interação para o criador da apresentação. Já o Microsoft Classroom é uma plataforma criada exclusivamente para atender à demanda educacional e deverá ser utilizada pelos alunos assim que o acesso a ela for liberado. Os profissionais da Microsoft comparecerão à Escola durante o segundo semestre para uma formação de professores, com o objetivo de ensinálos a usar os aplicativos e favorecer o aprendizado. Acompanhe o calendário do NIDP! Para saber um pouco mais sobre os aplicativos: OneNote (http://onenoteforteachers.com/) Learning Tools (https://www.onenote.com/ learningtools) Office Mix (https://mix.office.com/en-us/Home) Microsoft Classroom (https://classroom. microsoft.com/) Sway (https://sway.com/?omkt=pt-BR)


Inovação SCRATCH@MIT 2016 por Regina Fernandes e Rodrigo Lemonica

Em agosto, os professores Regina Fernandes e Rodrigo Fernandes apresentaram os projetos Simple System 1 (2014-2015) e SS2 (2015-2016) na Conferência Scratch@MIT 2016, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Boston nos Estados Unidos. A iniciativa, Simple System, foi elaborada e desenvolvida por alunos dos 6º anos com o objetivo de desenvolver dispositivos eletrônicos economicamente acessíveis e aprender a programar compreendendo os conceitos básicos da ciência da computação. Como parte da Oferta Formativa Ampliada da Escola Lourenço Castanho, no componente eletivo “Clube de Programação Scratch”, os alunos aprendem a programar utilizando a linguagem de programação Scratch. Durante um ano (20142015), uma vez por semana, os alunos se reuniam com os professores, para desenvolverem um game – “TIJONES” – e modelarem um protótipo de um computador portátil, intitulado Simple System One “SS1”, utilizando o Scratch e o Raspeberry Pi, com

o uso da espiral de criatividade durante as aulas, permitindo que o aluno imagine, implemente, compartilhe e reflita sobre suas ideias, criações e suas experiências. No ano seguinte, os alunos construíram um novo protótipo - “o SS2”, utilizando o Scratch, Raspeberry Pi e Makey Makey, um novo jogo, o “Snake”, e a integração entre Hardware e Software, por meio da construção de um joystick de lápis e papel. O projeto envolveu diversos componentes do Lab de criação da Lourenço Castanho, como a placa Makey Makey, Raspeberry Pi e a linguagem de programação Scratch, possibilitando a reflexão sobre novas perspectivas e metodologias do conceito MAKER na educação. Encaminharemos o projeto pesquisando novas possibilidades de componentes com baixo custo, além estabelecer uma parceria com o Núcleo de Projetos Sociais da Escola (NUPS), envolvendo estudantes de diferentes localidades de São Paulo num projeto de criação compartilhado.

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PARTICIPAÇÃO NO FABLEARN BRASIL Alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio apresentam seus projetos em conferência. por Raissa Gvozdar Schreiter Às 9h do dia 10 de setembro, iniciaram-se as atividades do segundo dia de conferência do FabLearn Brasil, sediado na Universidade de São Paulo. Os alunos Byron Egonu, da 2ª série do Ensino Médio, Eduardo Mangini, do 9º ano, Helena Romeu e Pedro Cafaro, do 7º ano, apresentaram seus projetos no evento. O intuito das conferências FabLearn é reunir acadêmicos, educadores, pesquisadores, estudantes e colaboradores de diversas áreas, para apresentar, compartilhar experiências, ideias e discutir sobre cultura maker, fablabs, fabricação digital e aprendizagem “mão na massa”. Essas estratégias possibilitam o protagonismo do aluno no processo de aprendizagem e são valorizadas na Lourenço Castanho, que conta com um Laboratório de Criação na unidade do Ensino Fundamental II. A primeira edição do FabLearn aconteceu em 2011, na Universidade de Stanford (EUA). O Brasil é o primeiro país da América Latina a receber o evento, com dois dias de duração. Desde 2014, conferências FabLearn são realizadas em dois países da Europa, três da Ásia e um da Oceania.

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Paulo Blikstein, brasileiro, professor da Universidade de Stanford, pesquisador da área de Educação, verificou a eficácia do aprendizado quando um aluno é protagonista e pode experimentar, criar, antes mesmo de aprender a teoria (cultura maker). Blinkstein, portanto, como figura influente nessa nova tendência educacional, prestigiou o evento e falou ao público na abertura e na conclusão. Nas duas sessões inaugurais, antes do almoço, foram projetados painéis digitais para exposição do conteúdo. A primeira sessão foi dos educadores. Cada um tinha cinco minutos para explicar sobre o projeto que desenvolveu com seus estudantes. Contaram o que os motivou; o passo a passo; os resultados; quais serão as próximas iniciativas; a repercussão e as lições que tiraram. Durante sua fala, a professora Claudia Lozada, de Brasília, destacou: “Trabalhar com projeto desperta o estudante para a cultura do cientificismo, para o erro, que é sempre condenado na sala de aula. Quando eles começam o projeto, na verdade, dá tudo errado. Não é assim que funciona com as experiências em laboratório?”.


Um intervalo de trinta minutos separou a primeira sessão da segunda. Essa tinha como proposta apresentar pesquisas em educação. Os pesquisadores tinham quinze minutos para explanar sobre seus trabalhos. Os minutos finais de cada sessão foram reservados às perguntas dos espectadores. Na Apresentação Pôsteres e Demos, das 12h às 12h30, os representantes dos projetos tiveram pouco menos de um minuto para introduzi-los e persuadir os conferencistas a conhecer o pôster ou stand. A ampla maioria dos conferencistas era composta por universitários, pesquisadores e professores do ensino superior. Havia apenas seis trabalhos de estudantes da educação básica, dentre eles, três da Lourenço Castanho. Duas horas foram reservadas para o almoço e a apresentação dos projetos. Os alunos Helena e Pedro, representaram o projeto Simple System Two. Eduardo, o Simple System One. Simple System é o computador criado nas aulas da Oficina de Scratch para crianças do Ensino Fundamental I ou de escolas públicas. Ele roda com a tecnologia Raspberry Pi.

para o processo de aprendizagem. O ideal, segundo o estudante, é que o espaço seja aberto, também, aos alunos de escolas públicas. A apresentação dos pôsteres da Lourenço Castanho teve sucesso. Em seus poucos minutos, entre uma fala e outra, Byron comentou a respeito da experiência de expor seu projeto em uma conferência. “É importante compartilhar nossas ideias com essas pessoas, porque você recebe sugestões tanto daqueles que estão fazendo coisas similares quanto dos que não estão, mas conhecem o assunto”. Ao mesmo tempo, era curioso observar os adolescentes do Ensino Fundamental II explicando aos adultos sobre seu projeto e desempenhando essa tarefa de forma desenvolta. Após o almoço, a conferência seguiu com o Painel de Jovens Makers, Making de baixo custo, o Keynote de encerramento e a conclusão.

Byron faz parte do Projeto Científico da 2ª série e optou por realizá-lo individualmente. A intenção do jovem é apresentar uma proposta de Espaço Maker para a diretoria da unidade. Em suas pesquisas, foram levantados os custos; com base em estudos de engenharia, o planejamento do espaço; e também foram estudados os benefícios

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PESQUISA NO ENSINO FUNDAMENTAL por Ana Paula Soares

O ato de pesquisar já está inserido no nosso cotidiano - fazemos isso o tempo todo. Pesquisamos uma viagem, referências bibliográficas para justificar escolhas em trabalhos acadêmicos, um material de que precisamos para complementar uma aula, e por aí vai. Mas como eu ensino meus alunos a pesquisar? Será que é só pedir para que o aluno pesquise um tema? Como inserir essa prática no meu planejamento? Alguns dos maiores problemas, quando pedimos para que o aluno realize uma pesquisa, são os resultados serem um trabalho totalmente desconexo ao que foi pedido ou textos copiados integralmente da internet.

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Ensinar os alunos a pesquisar exige um trabalho de orientação contínua, sempre de acordo com o planejamento das atividades de aprendizagem pensadas pelo professor. Assim como diz Cristiane Cagnoto Mori e Jacqueline Peixoto Barbosa em seu texto “O trabalho com pesquisa na escola: em busca da autoria do aluno-pesquisador”: “A pesquisa escolar até pode gerar novos conhecimentos, mas, em geral, trabalha com a reconstrução de conhecimentos existentes. Além disso, o trabalho com pesquisa na escola visa à aprendizagem de procedimentos e ao desenvolvimento de habilidades para tratar informações e dados”.


Assim, o objetivo da pesquisa escolar deve ser claro e objetivo, de maneira que o aluno não tenha dúvidas sobre o que vai ser pesquisado. O aluno precisa entender o que são fontes confiáveis quando realiza a pesquisa. Uma maneira é explicar a possibilidade de qualquer um deles se tornar um produtor de conteúdo na internet. Em sites como Wikipédia, é possível pesquisar informações ao mesmo tempo que qualquer pessoa pode inserir ou modificar um dado existente, tornando esse site uma fonte não confiável. Em contrapartida, sites como Scielo e Google Acadêmico oferecem material confiável, com fontes reconhecidas e atuais, além de sites educacionais, que oferecem conteúdos elaborados por especialistas, tais como USP, Nova Escola, Info Escola, entre outros. Após selecionar os sites confiáveis, os alunos terão que interpretar e analisar as informações que eles encontrarem. Essa parte é fundamental, porque é o momento em que eles vão ter que verificar se o conteúdo é coerente. Eles terão que fazer comparações entre os sites e selecionar trechos importantes para a construção do texto. Dependendo da faixa etária dos alunos, o professor seleciona quais serão os sites confiáveis para pesquisa, deixando para uma próxima etapa da escolarização a seleção criteriosa deles.

O final desse processo pode ser o compartilhamento de experiências da pesquisa entre os alunos, apresentando os resultados, as etapas da atividade, o que foi pesquisado, quais as dificuldades que tiveram, quais fontes foram consultadas, como foi a escrita do texto e à qual conclusão chegaram. O aluno que pesquisa consegue ampliar seus conhecimentos e pensar criticamente sobre o assunto, elaborando conexões entre as informações. A inclusão da pesquisa dentro da sala de aula permite uma aprendizagem crítica sobre os conteúdos fornecidos através das tecnologias, tornando o aprender mais significativo e atraente. BIBLIOGRAFIA MORI, C.C.; BARBOSA, J.P. O trabalho com pesquisa na escola: em busca da autoria do aluno-pesquisador. Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/ conteudo/biblioteca/nossas-publicacoes/ revista/artigos/artigo/431/o-trabalhocom-pesquisa-na-escola-em-busca-daautoria-do-aluno-pesquisador>. Acesso em: 19 de ago.2016. BAGNO, M. Pesquisa na Escola: O que é? Como se faz. Edição Loyola, 1998.

Na elaboração do texto, é importante a orientação do professor, para que o aluno entenda que não pode copiar e colar da internet, sem anotar as referências de cada local pesquisado. Este é um momento para falar sobre plágio e deixar claro as consequências da cópia sem referenciar os autores. O aluno, ao longo desse processo, deve valorizar a escrita com as próprias palavras, e os professores devem incentivar esse momento, em que eles podem compreender, analisar, comparar as informações e chegar às suas próprias conclusões. Ao longo desse trabalho, o aluno deve registrar os sites pesquisados, de maneira que possa revisitar os conteúdos e montar as referências pesquisadas.

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Acontece PROGRAMAÇÃO NIDP 2016 EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS POR TRILHA TRILHA FORMATIVA: COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS CINEPIZZA LC Faremos uma sessão de cinema na Escola, com pipoca, debate e pizza no final. “Machuca”: País: Chile, 2004 Direção: Andrés Wood Sinopse: Inspirado pelo governo de Salvador Allende, em 1973 o padre McEnroe (Ernesto Malbran), diretor do tradicional colégio Saint Patrick, decide implementar uma política de integração em que alunos das periferias de Santiago passem a estudar junto aos meninos da renomada escola. Este contexto proporciona o encontro entre Gonzalo Infante (Matías Quer), um garoto tímido e deslocado dos outros colegas, e Pedro Machuca (Ariel Mateluna), confiante e ao mesmo tempo arredio. A relação dos meninos, suas descobertas, afinidades, distanciamentos e os desdobramentos deste cenário político fazem deste filme um exemplar da problemática social da época visto pelo viés da educação. FORMADORA: Amanda Lacerda de Lacerda. PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores e seus familiares. LOCAL: Ensino Fundamental II. DATA: 09 de setembro (Sexta-feira) – das 18h30 às 21h00 NÚMERO DE VAGAS: 30 (mínimo de 10 inscritos). CARGA HORÁRIA: 2h30.

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EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA Sabemos que a cidade de São Paulo oferece inúmeros programas culturais. Nos últimos anos, diversos museus e centros culturais têm recebido exposições de artes visuais de artistas consagrados ou de movimentos artísticos significativos da história da arte. Eles possuem exposições permanentes com importantes obras nacionais e internacionais que fazem parte de seus acervos. Na formação do professor contemporâneo, a Arte assume uma importante função como linguagem e como instrumento para leitura de mundo. A proposta é um encontro que antecede a exposição em cartaz, para contextualizar o momento histórico, social e cultural em que está inserida, assim como, conhecer a biografia do artista, sua técnica e as possíveis influências nas obras. Posteriormente, a visita ao museu para que possam compartilhar suas impressões e experiências. FORMADORA: Fernanda Gazal Carnevalli. PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores e seus familiares. LOCAL: A definir DATA: 13 e 15 de outubro (Quinta-feira e Sábado) – das 18h45 às 20h00 e das 10h00 às 12h00 NÚMERO DE VAGAS: 30 (mínimo de 10 inscritos). CARGA HORÁRIA: 3h15 - 1 encontro (1h15) - 5ª feira das 18h45 às 20h - 1 visita (2h) – sábado das 10h às 12h TRILHA FORMATIVA: COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS PEDAGÓGICO/EDUCACIONAL APRENDER FAZENDO - AVALIAÇÃO POR COMPETÊNCIAS O aluno que se encontra em sala de aula no século XXI - com acesso à informação através dos mais variados recursos tecnológicos - nos traz o desafio da mudança de paradigma dentro de sala


de aula. Buscamos a formação de um aluno com mais autonomia, que protagonize seu processo de ensino-aprendizagem e que esteja preparado para a busca contínua de conhecimento de forma acadêmica durante sua formação escolar. Nesse contexto, o professor tem a função de desestabilizar, orientar, reorientar, mediar essa busca pelo saber e de instrumentalizar o saber fazer. Nessa oficina, vamos discutir o planejamento de atividades, visando ao desenvolvimento de competências, o resgate e a discussão dos procedimentos e estratégias possíveis nesse trabalho, além do encaminhamento dos instrumentos de avaliação nesse contexto.

DESENHO: UMA LINGUAGEM FUNDAMENTAL O desenho é uma forma de expressão espontânea das crianças que encontram acolhimento, tempo, espaço e materiais disponíveis. É uma linguagem em que as possibilidades expressivas e poéticas multiplicam-se conforme as habilidades específicas vão sendo desenvolvidas e, ao mesmo tempo, favorece um diálogo direto entre a criança e o mundo. Por meio do desenho, é possível elaborar acontecimentos, descobertas, ideias, fantasias, hipóteses, narrativas, brincadeiras, tentativas, conceitos...

DATAS: 08, 15 e 22 de setembro (Quinta-feira) – das 18h45 às 20h45

O que é preciso garantir, como docente, para que esse desenvolvimento seja potencializado? Qual é o espaço do desenho na aprendizagem das diversas áreas do conhecimento? Como incorporar essa linguagem e explorar todo o seu potencial, em diferentes situações de aprendizagem? Essas questões vão nortear as reflexões propostas nesses encontros de formação.

NÚMERO DE VAGAS: 30 (mínimo de 10 inscritos).

FORMADORA: Fabiana Queirolo.

CARGA HORÁRIA: 6 horas

PÚBLICO ALVO: Professores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I.

FORMADORA: Beatriz Villarroel Glaessel. PÚBLICO ALVO: Professores e coordenadores de todos os níveis de ensino. LOCAL: Ensino Fundamental II.

SALA DE AULA PARA TODOS Lidar com todos os níveis de heterogeneidade dos alunos em sala aula é um desafio muito importante e valioso para todo educador. O termo ‘inclusão’, muito debatido nos últimos tempos, será abordado com profundidade nesse módulo, especialmente: como construir um ambiente escolar contributivo, a adaptação curricular, relações sociais, a implicação dos professores e família no processo escolar. FORMADORA: Leda Bernardino PÚBLICO ALVO: Professores e coordenadores de todos os níveis de ensino. LOCAL: Ensino Fundamental II. DATAS: 10 de agosto, 14 de setembro, 05 e 26 de outubro (Quarta-feira) – das 18h45 às 20h45 NÚMERO DE VAGAS: 40 (mínimo de 10 inscritos). CARGA HORÁRIA: 8 horas

LOCAL: Ensino Fundamental I. DATAS: 21 de setembro (Quarta-feira) – das 18h45 às 20h45 NÚMERO DE VAGAS: 40 (mínimo de 10 inscritos). CARGA HORÁRIA: 4 horas. LEITURA DE IMAGEM E O DESENVOLVIMENTO DO OLHAR Na vida contemporânea, compartilhamos imagens presentes em toda parte: nas casas, nas ruas, nos livros, nas escolas, nos museus, nas redes... No entanto, cada um de nós tem seu próprio olhar, intimamente ligado à personalidade, ao contexto, ao repertório e à visão de mundo que se projeta no que é visto. Desse modo, o olhar está em constante (trans)formação... Qual é o papel do professor no desenvolvimento do olhar de seus alunos? Como trabalhar a leitura de imagem de modo a

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ampliar e potencializar essa sensibilidade? Como transformá-la em recurso para a sistematização de conceitos específicos?

DATAS: 22 de agosto, 26 de setembro, 10 e 31 de outubro (Segunda-feira) – das 18h45 às 20h45

Por meio de atividades, textos e reflexões, esse curso visa a orientar o professor na condução dessa aprendizagem.

CARGA HORÁRIA: 2 horas.

FORMADORA: Fabiana Queirolo. PÚBLICO ALVO: Professores do Fundamental I. LOCAL: Ensino Fundamental I. DATAS: 19 de Outubro (Quarta-feira) – das 18h45 às 20h45 NÚMERO DE VAGAS: 40 (mínimo de 10 inscritos). CARGA HORÁRIA: 2 horas. MATEMÁTICA - OFICINA DE PRODUÇÃO DE ATIVIDADE PARA EDUCAÇÃO INFANTIL (4 E 5) O objetivo dessa frente de formação é ampliar o conhecimento sobre a Didática da Matemática, tendo como norte a construção sequências didáticas e atividades nos diferentes eixos do currículo. Para isso, será oportunizada uma imersão em situações matemáticas interessantes, cuja resolução permita ampliar o sentido que determinado conteúdo apresenta e promover uma reflexão a respeito da aprendizagem, por parte das crianças. Além disso, nos encontros, também discutiremos sobre os encaminhamentos didáticos e contextos de ensino que sejam mais favoráveis à aprendizagem. Centraremos nossas análises e discussões nos seguintes focos: • Os eixos da área da Matemática; • Características de boas situações didáticas e condições que precisam estar garantidas para que a aprendizagem aconteça; • Planejamento em Matemática.

NÚMERO DE VAGAS: 30 (mínimo de 10 inscritos).

TRILHA FORMATIVA: INOVAÇÃO ONENOTE O OneNote é o seu bloco de anotações digital para capturar e organizar tudo em seus dispositivos. Anote suas ideias, controle as anotações de sala de aula e reunião, faça recortes da Web ou uma lista de tarefas, além de desenhar e esboçar suas ideias. FORMADOR: Equipe Microsoft. PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores. LOCAL: Ensino Fundamental I. DATAS: 9 de setembro (Sexta-feira) – das 14h00 às 18h00 NÚMERO DE VAGAS: 20 (mínimo de 10 inscritos). CARGA HORÁRIA: 4 horas. SWAY Reinvente a forma como as suas ideias ganham vida. O Sway é um aplicativo digital contador de histórias, que pode ser usado no trabalho, na escola e em casa. É um aplicativo que torna rápida e fácil a criação e o compartilhamento de relatórios interativos, apresentações, histórias pessoais e muito mais. Adicione seu conteúdo e o Sway fará o resto. FORMADOR: Equipe Microsoft. PÚBLICO ALVO: Todos os colaboradores. LOCAL: Microsoft

FORMADORA: Camilla Schiavo Ritzmann.

DATAS: 30 de setembro (Sexta-feira) – das 15h00 às 17h00

PÚBLICO ALVO: Professores da Educação Infantil.

NÚMERO DE VAGAS: 20 (mínimo de 10 inscritos).

LOCAL: Educação Infantil.

Carga horária: 2 horas.

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COMP. ESSENCIAIS

CURSO

DATA

DIA DA SEMANA

HORÁRIO

LOCAL

Cinepizza Lc - “Machuca”

09/set

Sexta

das 18h30 às 21h00

EFII

Exposição Temporária

13, 15/out

Quinta e Sábado

das 18h45 às 20h das 10h às 12h

A definir

CURSO

DATA

DIA DA SEMANA

HORÁRIO

LOCAL

das 18h45 às 20h45

EFII

das 18h45 às 20h45

EDUCAÇÃO INFANTIL

INOVAÇÃO

COMP. ESPECÍFICAS

Sala de Aula para Todos Matemática - Oficina de Produção de Atividade para Educação Infantil (4 e 5)

10/ago, 14/set, Quarta 05 e 26/out 22/ago, 26/set e Segunda 10 e 31/out

Desenho: Uma Linguagem Fundamental

21/set

Quarta

das 18h45 às 20h45

EFI

Aprender Fazendo - Avaliação por Competências

08, 15 e 22/ set

Quinta

das 18h45 às 20h45

EFII

Leitura de Imagem e o Desenvolvimento do Olhar

19/out

Quarta

das 18h45 às 20h45

EFI

CURSO

DATA

DIA DA SEMANA

HORÁRIO

LOCAL

OneNote

09/set

Sexta

das 14h00 às 18h00

EFI

Sway

30/set

Sexta

das 15h00 às 17h00

Microsoft

Faça suas inscrições por e-mail: nidp@lourencocastanho.com.br

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