Revista NUPS - Educação Infantil e Ensino Fundamental I 2016

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NUPS

NÚCLEO DE PROJETOS SOCIAIS EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL I | 2016


EXPEDIENTE Lourenço Castanho Direção Geral Alexandre Abbatepaulo Direção Educacional Karyn Bulbarelli Direção de Currículo Fabia Antunes Direção da Educação Infantil Marcia Sprenger Dalla Stella Direção do Ensino Fundamental I Leandro Lamano Ferreira Coordenador do NUPS - EI e EFI Stefano Bigotti

Foto de capa Alunos do 3º ano em parceria com a Escola Estadual Ludovina. Projeto gráfico Editoração - Escola Lourenço Castanho Tiragem 1000 exemplares. Distribuição interna e gratuita.

DEZEMBRO DE 2016


EDITORIAL O Núcleo de Projetos Sociais da Lourenço Castanho tem como foco principal o desvendamento de realidades e a importância do reconhecimento da diversidade dos grupos sociais. Ampliando, ano após ano, suas ações para além dos limites físicos da nossa Escola, as possibilidades de troca (material e simbólica) e as vivências com diversos grupos trazem importantes pistas para o autoconhecimento e enriquecem a leitura de mundo de todos os envolvidos. Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I o NUPS realizou, em 2016, 10 diferentes ações, envolvendo 780 alunos da Escola e mais de 380 pessoas de instituições parceiras, em 17 encontros pedagógicos, resultado do investimento de mais de 33 mil reais. Além da manutenção dos projetos comuns realizados com as instituições parceiras Lar de Idosos Irmã Alice, Ballet de Cegas Fernanda Bianchini e Escola Estadual Professora Ludovina Credidio Peixoto, ampliamos nossa atuação com novas propostas, como o de Esportes Paralímpicos realizado com os alunos do 5º ano. Em outra atividade, visitamos a Biblioteca e o Parque Vila Lobos, oportunidade na qual nossos alunos do 1º ano conviveram com pessoas portadoras de deficiências físicas de diversas naturezas, convidandonos para uma reflexão sobre a importância de buscarmos uma sociedade mais inclusiva. O plantio de uma horta associada ao trabalho de jardinagem e de pintura de muros e paredes formaram o conjunto de tarefas do nosso mutirão de 2016, realizado no Centro de apoio à Criança e ao Adolescente “O Visconde”, localizado no bairro do Real Parque, zona sul de São Paulo. A mobilização de pais, alunos, funcionários da Escola e do parceiro foi inspiradora uma vez que, após a conclusão do mutirão, a comunidade local continua realizando ações de melhoria nos espaços da instituição. Na Educação Infantil, além da apresentação das bailarinas cegas, também tivemos a parceria de grupos de Maracatu e do Boi-Bumbá, do Centro Cultural Gracinha, que resultou na apresentação, pelos nossos alunos, de elementos dessas culturas na nossa Festa Junina. É com prazer que compartilhamos as páginas a seguir, breves registros de um ano repleto de atividades e de aprendizados.

Uma ótima leitura.

Stefano Bigotti Coordenador do Núcleo de Projetos Sociais Educação Infantil e Ensino Fundamental I

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Quantidade de encontros: 2 | Envolvidos: 1ºs anos Alunos

Uma lição de empatia

Pág. 6

105 32

Parceiros

*Associação Fernanda Bianchini

Data: 10/05

Integrando Gerações - Pág. 8

NUPS

Quantidade de encontros: 2 Envolvidos: 4ºs anos

86 34

Alunos Parceiros*

*Casa de Velhos Irmã Alice

Ações

Datas: 29/03 e 30/03

17

Da carta ao encontro - Pág. 10

Encontros pedagógicos

Quantidade de encontros: 4 Envolvidos: 3ºs anos

120 100

10

8

Alunos Parceiros*

Instituições Parceiras

*Escola Estadual Professora Ludovina Credidio Peixoto

Datas: 01/09 e 13/09

Um Momento Especial - Pág. 13 Coreografias e movimentos: enxergando Quantidade de encontros: 1 através do coração - Pág. 14 Envolvidos: Toda comunidade escolar

10 70

Participantes

Quantidade de encontros: 2 Envolvidos: Infantil 4

Parceiros*

300

*Associação Ballet de Cegos Fernanda Bianchini

Data: 13/08

Alunos

25

Parceiros*

*Associação Ballet de Cegos Fernanda Bianchini

Data: 29/04


Helen Drexel

Quantidade de encontros: 2 | Envolvidos: Infantil 5

Pág. 23

82 35

Alunos Alunos da Instituição Parceira*

*Associação Maria Helen Drexel

Data: 29/11

Lanche Solidário - Pág. 22 Envolvidos: Educação Infantil e Ensino Fundamental I

Educação Infantil e Ensino Fundamental I

Alunos

620 45

Parceiros*

*Associação Maria Helen Drexel

Data: Durante todo o ano letivo

PESSOAS ENVOLVIDAS

780

Mutirão de revitalização - Pág. 20

Alunos da Lourenço

Quantidade de encontros: 1 Envolvidos: Toda comunidade escolar

380

Participantes

130 20

Parceiros*

Parceiros

*Centro de apoio à Criança e ao Adolescente “O Visconde”

Data: 28/08

Vivência do NUPS apresenta o Golbol - Pág. 16 Quantidade de encontros: 1 Envolvidos: 5ºs anos Alunos

96

Parceiros*

3

Cantando, dançando e interagindo - Pág. 17 Quantidade de encontros: 2 Envolvidos: Educação Infantil Alunos

265 30

Parceiros*

*PEAMA

*Centro Cultural Gracinha

Data: 24/05

Datas: 26/04 e 03/05


UMA LIÇÃO DE EMPATIA Os 1ºs anos realizaram uma saída ao Parque Villa-Lobos, com o objetivo de aprimorar as discussões sobre o projeto da série (“Crianças em qualquer canto – um olhar para a diversidade”) e proporcionar, em parceria com o NUPS, um encontro entre as crianças da Lourenço e alguns dos alunos da Associação Fernanda Bianchini - Cia Ballet de Cegos (deficientes físicos, motores e intelectuais). O projeto integrador de série do 1º ano visa a compreender melhor o universo infantil. O ponto de partida são as crianças de São Paulo: conhecer os espaços culturais e de lazer que elas frequentam e a forma como interagem com esses espaços. O parque foi o primeiro local visitado pelas crianças. Durante a viagem de ida, elas já observaram, pela janela, o próximo local a ser estudado, o rio Tietê e seu entorno. Nesse estudo será discutido e será feita uma reflexão sobre como ele era um local de lazer e por que isso não é mais possível. A primeira meia-hora após a chegada foi reservada para as crianças se conhecerem e interagirem entre elas e com o espaço aberto, amplo e convidativo para brincadeiras ao ar livre. Em seguida, juntas, elas comeram um lanche e foram à biblioteca do parque. A monitoria da biblioteca dividiu as crianças em dois grupos, para apresentar local, que é conhecido como “biblioteca viva”. Esse espaço é interativo e munido de novas tecnologias que facilitam o acesso dos deficientes aos livros. Além disso, a biblioteca oferece jogos sensoriais, adaptados para crianças com deficiência visual como, por exemplo, o dominó com figuras em alto-relevo. Os alunos foram convidados a vendar os olhos para jogar, a fim de conhecer a sensação que as pessoas cegas sentem ao jogá-lo.

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As crianças realizaram um tour pelo local. Conheceram as infinitas possibilidades que ele oferece: acesso a computadores, videogames, jogos, livros e DVDs. Ela conheceram, ainda, máquinas como o folheador de páginas e a impressora térmica Braille, que auxiliam na leitura de pessoas paraplégicas, tetraplégicas e cegas, respectivamente.

Quantidade de encontros: 2 Envolvidos: 1ºs anos Alunos: 105 Parceiros: 32 (Associação Fernanda Bianchini) Data: 10/05

A visita se encerrou com uma divertida história, contada com fantoches e traduzida em libras, para facilitar o entendimento das crianças deficientes auditivas que estavam presentes.

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INTEGRANDO GERAÇÕES

O Núcleo de Projetos Sociais (NUPS) realizou uma saída com os alunos do 4º ano para o Lar de Idosos Irmã Alice, localizado em Guarulhos. O objetivo da saída era que as crianças interagissem com os idosos, pessoas que vivem uma realidade muito distante da dos alunos. Ao proporcionar o contato com realidades diferentes, é possível ampliar o conhecimento de mundo. A saída propiciou também aos alunos a realização de atividades relacionadas ao projeto de série “O povo brasileiro e sua diversidade”. Quando chegaram ao local, as crianças se surpreenderam com o espaço, com a arborização e tiveram a oportunidade de conhecê-lo melhor. Logo após se familiarizarem com as dependências, chegou o momento esperado: a interação. Munidos de diversas perguntas que deveriam ser feitas aos idosos, os alunos, divididos em grupos, adentraram em um universo completamente desconhecido de pessoas que têm muita história

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para contar. As perguntas, além de proporcionarem uma discussão para o projeto de série a partir das possíveis respostas, também serviram como pretexto para a aproximação entre os diferentes mundos. A pequena entrevista abrangia questões desde a infância até o maior sonho da vida dos residentes do Lar. Terminado esse primeiro contato, crianças e idosos compartilharam o refeitório e o lanche. Esse foi um momento importante para conhecer as limitações e restrições alimentares ou motoras dos residentes, completamente diferentes das infinitas possibilidades da infância. O último momento do encontro foi de pura diversão para todos: as crianças realizaram um campeonato de aviãozinho de papel e fizeram desenhos, juntamente com os idosos. É claro que, nessa competição amistosa, todos saíram ganhando com a experiência extraordinária.


Quantidade de encontros: 2 Envolvidos: 4ยบs anos Alunos: 86 Parceiros: 34 (Casa de Velhos Irmรฃ Alice) Datas: 29/03 e 30/03

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DA CARTA AO ENCONTRO Desde o ano passado, a Escola Estadual Ludovina Credidio Peixoto, localizada no Itaim Bibi, em parceira com o Núcleo de Projetos Sociais (NUPS) da Lourenço Castanho, participa de uma proposta de integração. O objetivo é fazer com que alunos que pertencem a realidades diferentes interajam e descubram divergências e pontos em comum. Ao mesmo tempo, eles têm que analisar e discutir aspectos relativos às instituições públicas e privadas. Os 3ºs anos da Lourenço Castanho e da Escola Ludovina escrevem cartas. Durante os meses de maio e junho, as crianças se corresponderam, mediadas pelas escolas, contando sobre elas, do que gostam e o que mais quisessem escrever. As cartas chegaram pelo correio, em períodos diferentes, o que gerou grandes expectativas. O segundo passo da integração foi a visita à Escola Ludovina. A chegada dos alunos da Lourenço ocorreu no horário do recreio. Algumas crianças se sentiram à vontade para comer a merenda, outras optaram pelo lanche que trouxeram de casa. Foi o primeiro momento de convívio entre as turmas. Já aproveitaram para jogar pebolim, correr pelo pátio e procurar pelos colegas que escreveram as cartas. Terminado o período do recreio, os alunos da Lourenço tiveram a oportunidade de conhecer o local de estudo de seus colegas da Ludovina. Chegaram à sala e sentaram-se em roda para participar de uma dinâmica. Uma bola colorida passava de mão em mão e as crianças tinham que falar em voz alta algumas informações que obtiveram através das cartas, para encontrar quem havia escrito. Aos poucos, os que se corresponderam foram se encontrando, conversando e se conhecendo melhor.

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Na sequência, os alunos da Lourenço foram convidados a transitar pela Escola Ludovina. Passaram pelos corredores do segundo andar e do térreo, observando salas de aula, a biblioteca e os espaços de convivência. A caminhada os levou novamente até o pátio, onde todos se acomodaram para participar de outra atividade.

O REENCONTRO Os estudantes dos 3ºs anos da Escola Estadual Ludovina Credidio Peixoto estiveram na unidade do Ensino Fundamental I da Lourenço Castanho para participar da segunda atividade de integração entre escola pública e particular. O primeiro encontro foi no dia 1º de setembro. Assim que os alunos da Ludovina chegaram, se reuniram com os 3ºs anos da unidade na Quadra II, onde se sentaram para receber dos professores

e coordenadores fitas coloridas amarelas, roxas, azuis e verdes. Cada cor de fita representava uma equipe e cada equipe formou uma fila. Na sequência, as crianças foram se espalhando na quadra. Era necessária uma certa distância, pois o inspetor Nilsinho estava prestes a mostrar e ensinar um pouco da ginga da capoeira. Os estudantes aprenderam os passos básicos para o combate e defesa e, depois, fizeram uma grande roda animada batendo palmas para aqueles que quisessem jogar capoeira no centro, em duplas. Quando a roda se desfez, os alunos gingaram trocando de duplas, ao ouvir a professora de Educação Física, Giovanna Ballarin, dizer “Troca!”. A atividade seguinte foi realizada na Quadra I o pega-pega capoeira. Primeiro, meninos jogaram contra meninos e meninas contra meninas e, por

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último, todos juntos. A regra era: aquele que fosse pego deveria ficar na posição de defesa da capoeira e, para voltar ao jogo, um colega teria que dar um golpe de ataque. Depois do pega-pega, uma pausa, para que as crianças pudessem tomar o lanche, recarregar as baterias e interagir livremente, realizando quaisquer atividades que desejassem. A aluna Yasmin Brito Melo, da Escola Ludovina, comentou sobre a atividade entre as duas escolas, enquanto conversava com sua nova amiga Mariah Zancanaro Tonet, do 3º ano F. “Eu acho que é um projeto legal para conhecer mais amigos, manter contato e a nossa amizade nunca acabar”. Na volta do intervalo, os alunos das duas escolas se organizaram novamente em suas equipes (de acordo com as cores das fitas) e se dirigiram às salas de aula. Nelas, se acomodaram para ouvir um conto árabe, pois o gênero está sendo trabalhado nos 3ºs anos. No conto, um homem chamado Mohamed teve um sonho e saiu em busca de um tesouro. Ele passou por diversas provações e, por fim, descobriu que o tesouro estava bem perto de sua casa. A história é finalizada com Mohamed encontrando o baú, mas não é revelado o tesouro. A moral do conto é que algumas coisas nos acontecem (neste caso, essa integração entre os alunos das escolas) como tesouros que sequer podemos imaginar. A última proposta, antes da despedida, era que os alunos escrevessem bilhetes contando o que acharam da história e da experiência de conhecer outras crianças. Esses bilhetes foram depositados em baús. A ideia é que, no final do ano, os baús sejam abertos, e o tesouro que cada criança adquiriu com a experiência seja revelado. Feitos os bilhetes e devidamente depositados nos baús, uma última reunião para agradecimentos foi realizada na Quadra II. Quantidade de encontros: 4 Envolvidos: 3ºs anos Alunos: 120 Parceiros: 100 (Escola Estadual Professora Ludovina Credidio Peixoto) Datas: 01/09 e 13/09

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UM MOMENTO ESPECIAL No sábado, dia 13 de agosto, a coordenação do NUPS (Núcleo de Projetos Sociais) organizou uma vivência que contou com a participação dos funcionários da Lourenço Castanho e dos alunos da Associação Ballet de Cegos Fernanda Bianchini. Ao todo, mais de 80 pessoas, entre professores, funcionários da área administrativa e alunos da instituição parceira e seus familiares, estiveram no acampamento República Lago, interior de São Paulo, para desfrutarem de um dia muito especial. O local, rico em belezas naturais, propiciou a realização de atividades muito diferentes das

cotidianas. Tirolesa, arvorismo, remo, banana boat, cama elástica na água e dança fizeram parte da programação. Agradecemos a todos que participaram e, especialmente, aos alunos da associação Ballet de Cegos Fernanda Bianchini pela oportunidade de convivência nesse dia tão especial. O texto a seguir é de autoria de Anna Paula Marinelli, voluntária da associação: “Somente tendo oportunidade de vivenciar experiências que estão ao alcance de todos, é que nos sentimos capazes de definir o que é um momento especial. Vamos do simples ao sofisticado e, se estiverem carregados de emoção, serão igualmente marcantes e significativos, nos tirando o sono de tanta ansiedade. Contar os minutos para poder sentir o roçar da grama nos pés e o perfume incrível da natureza; para balançar no jogo das águas e se refrescar nelas; para ver o mundo do alto das árvores, quase como os pássaros; para sobrevoar um lago, numa aventura ousada... e para dar as melhores gargalhadas “ever”, entre amigos que nos amam. Colégio Lourenço Castanho e Replago, lhes agradecemos o dia inesquecível que passamos hoje e agradecemos, principalmente, por nos ajudar a reconhecer o caráter especial que as coisas podem ter.”

Quantidade de encontros: 1 Envolvidos: Toda comunidade escolar Participantes: 10 Parceiros: 70 (Associação Ballet de Cegos Fernanda Bianchini) Data: 13/08

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COREOGRAFIAS E MOVIMENTOS: ENXERGANDO ATRAVÉS DO CORAÇÃO A unidade da Educação Infantil recebeu os bailarinos da Associação Fernanda Bianchini – Ballet de Cegos, com o objetivo de apresentar pessoas que vivem os desafios de ser um deficiente visual na nossa cidade e, ainda, mostrar a capacidade de superação das nossas limitações. A Associação Fernanda Bianchini, fundada em 1995, oferece aulas gratuitas das mais diversas atividades artísticas, estimulando os movimentos corporais (teatro, sapateado, ballet e pilates). Ela é reconhecida mundialmente devido à implantação de um método pioneiro pela bailarina e fisioterapeuta Fernanda Coneglian Bianchini Saad. O aprendizado se inicia com o toque: o passo é ensinado a cada aluno. O professor, sempre com muito carinho, orienta e repete todos os

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movimentos até que os bailarinos estejam aptos a dançar apenas com instruções orais. Quando chegaram à Escola, algumas das bailarinas sentaram-se ao lado das crianças, conversaram com elas e tocaram-nas, para conhecer como eram. Em seguida, os pequenos aprenderam sobre algumas particularidades da vida de pessoas cegas: o uso da bengala ou cãoguia para locomoção, o braile que proporciona a leitura, entre outras coisas. Foi passada a seguinte mensagem: os deficientes visuais não enxergam com os olhos, mas sim com o coração. “Eu estou amando a visita!”, afirmou Poliana Brito, aluna da Associação. Após esse primeiro contato, iniciaram as apresentações das coreografias. A primeira delas,


a chamada “Olhando para as estrelas”, leva o nome do documentário que conta a história da Associação e de algumas das bailarinas. “A coreografia tem esse nome porque, quando as meninas entram em sua primeira aula de Ballet, eu falo para elas que uma bailarina tem sempre que olhar para as estrelas, mesmo que não as enxergue; elas têm que brilhar como as estrelas”, conta Fernanda Bianchini. O documentário foi o primeiro colocado em um importante festival que ocorreu em Los Angeles, e sua estreia será em julho deste ano. Também foram apresentadas outras duas coreografias de ballet e uma de sapateado.

Infantil 4 para aprofundar o relacionamento com as crianças, conhecer a sala de aula e responder possíveis dúvidas ou questionamentos a respeito do universo de pessoas que não enxergam.

Por fim, as bailarinas deram sua contribuição para o Núcleo de Projetos Socais da Escola (NUPS). Elas compareceram às salas dos alunos do

Parceiros: 25 (Associação Ballet de Cegos Fernanda Bianchini)

Quantidade de encontros: 2 Envolvidos: Infantil 4 Alunos: 300

Data: 29/04

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VIVÊNCIA DO NUPS APRESENTA O GOLBOL

O Núcleo de Projetos Sociais da Escola, em parceria com o professor de Educação Física, proporcionou aos alunos dos 5ºs anos uma aula com um paratleta de Golbol. Com ele, os alunos puderam aprender um pouco mais sobre a modalidade, além de aprofundarem seus conhecimentos sobre as vivências de um atleta cego. O Brasil é campeão mundial de Golbol, modalidade criada em 1946 por Hanz Lorezen (austríaco) e Sett Reidle (alemão), para ser praticada por deficientes visuais. Um jogador deve lançar a bola com as mãos na direção do gol, que é defendido por outros três jogadores: um pivô central e dois alas laterais. A bola possui um guizo que orienta os jogadores, que podem ser cegos ou possuir baixa visão. Logo, para que um jogador não tenha vantagem sobre o outro, todos são vendados com óculos de proteção específicos do Golbol. O atleta Antônio Donizete de Oliveira compartilhou com os alunos a experiência de ter ficado cego aos 32 anos, após sofrer um acidente de carro. Há 19 anos, ele teve que se adaptar novamente à vida: conhecer sua casa de outra forma, reconhecer as pessoas pela voz. Ele acabou encontrando um novo esporte: o Golbol. “Há 16 anos eu jogo Golbol e adoro, é uma terapia para

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mim. Eu tive que continuar a minha vida e, através do esporte, conheci outras pessoas cegas com as quais troquei experiências”, contou aos alunos. Durante as aulas de Educação Física, as crianças têm praticado algumas modalidades paraolímpicas, como Vôlei Sentado e corrida de olhos vendados. Até mesmo Golbol já havia sido praticado como preparo para a visita do atleta. Após Donizete contar sua história, os alunos puderam fazer perguntas sobre o esporte e a vida pessoal do paratleta. Por exemplo, quais as modalidades praticadas por ele além do Golbol; se ele consegue visualizar a imagem das coisas, baseado nas lembranças que tem de quando enxergava, entre outras. Por último, as crianças e o atleta jogaram um pouco de Golbol. Quantidade de encontros: 1 Envolvidos: 5ºs anos Alunos: 96 Parceiros: 3 (PEAMA – Programa de Esportes e Atividades Motoras Adaptadas) Data: 24/05


CANTANDO, DANÇANDO E INTERAGINDO A tradição cultural Bumba Meu Boi, presente nas regiões Sul, Norte e Centro-Oeste do país, foi enredo de uma apresentação realizada pelos alunos do Centro Cultural Gracinha para as crianças da Educação Infantil. O objetivo foi introduzir essa manifestação da cultura popular brasileira, para que as crianças ampliassem seus conhecimentos sobre as diferentes realidades socioculturais que o Brasil abriga. Os alunos do Centro Cultural Gracinha fizeram uma apresentação colorida e alegre, com roupas típicas, cantigas e danças. Inicialmente, as crianças ficaram sentadas, assistindo e cantando alguns trechos de música. Posteriormente, foram convidadas a participar, entrar na roda, acariciar o boi e cantar junto com o grupo. Ocorrerá a continuidade do trabalho com a narração de histórias, apresentação de canções, brincadeiras entre outras atividades que permitirão que as crianças tenham um contato ainda maior com o Boi. Esse trabalho culminará em uma apresentação dos alunos na nossa Festa Junina.

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NO COMPASSO DO MARACATU As crianças da Educação Infantil assistiram e participaram da representação do Maracatu, realizada pelos alunos do Centro Cultural Gracinha. O objetivo foi introduzir aos alunos elementos de manifestações da cultura popular brasileira e, com isso, enriquecer os repertórios que estão em início de formação. O Maracatu teve suas origens entre os séculos XVII e XVIII, com base na fusão entre as culturas africana, indígena e europeia. É uma manifestação típica de Pernambuco que simboliza o cortejo dos Reis do Congo.

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Quantidade de encontros: 2 Envolvidos: Educação Infantil Alunos: 265 Parceiros: 30 (Centro Cultural Gracinha) Datas: 26/04 e 03/05

Os alunos do Centro Cultural Gracinha apresentaram cantigas e danças típicas do Maracatu às crianças e, ao final da apresentação, elas foram convidadas a participar da representação do cortejo e a aprender os passos. Posteriormente, durante as aulas, com as turmas do Infantil 4 e 5, serão realizadas atividades com o intuito de aprofundar os conhecimentos das crianças sobre o Maracatu. O trabalho com essa manifestação cultural resultará em uma apresentação das crianças na Festa Junina.

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MUTIRÃO DE REVITALIZAÇÃO O NUPS (Núcleo de Projetos Sociais) e a Associação de Pais da Escola Lourenço Castanho realizaram no domingo, dia 28 de agosto, um Mutirão para revitalização do Centro de apoio à Criança e ao Adolescente “O Visconde”, localizado no bairro do Real Parque, zona sul de São Paulo. “O Visconde” é um projeto que presta atendimento presencial diariamente para crianças e adolescentes de 6 a 18 anos que vivem na comunidade do Real Parque. Seu objetivo é contribuir para o desenvolvimento e

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formação integral das crianças de famílias socialmente vulneráveis da comunidade do bairro, fortalecendoas para enfrentar suas dificuldades escolares, de saúde, sociais e nutricionais. O trabalho envolveu pais, alunos, professores e funcionários administrativos da Escola, que realizaram a pintura dos muros e paredes bem como a revitalização das áreas ajardinadas da sede da instituição.

Quantidade de encontros: 1 Envolvidos: Toda comunidade escolar Participantes: 130 Parceiros: 20 (Centro de apoio à Criança e ao Adolescente “O Visconde”) Data: 28/08

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LANCHE SOLIDÁRIO Durante todo o ano letivo os alunos de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, trazem e montam os materiais para o lanche e bolo solidário, todos os produtos são enviados a Associação Maria Helen Drexel, instituição parceira da Escola e que sempre recebe nossos grupos para mostrar o trabalho realizado com as crianças e jovens que moram nas cinco casas que são responsáveis.

Envolvidos: Educação Infantil e Ensino Fundamental I Alunos: 620 pessoas Parceiros: 45 (Associação Maria Helen Drexel) Data: Durante todo o ano letivo

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HELEN DREXEL Todos os alunos do Infantil 5 visitaram o Espaço Cultura e Lazer da Associação Maria Helen Drexel (AMHD), localizado na Vila Cordeiro e uma das residências em que as crianças e adolescentes da associação moram. Nesse encontro, foram realizadas atividades de integração entre as crianças. Elas jogaram bola, ouviram as professoras lendo contos infantis e brincaram no espaço de convivência, parquinho e com os brinquedos. No final do encontro, um lanche foi servido e os alunos encerraram a confraternização. A AMHD cuida de e abriga crianças e adolescentes até completarem 18 anos, ou até que a adoção ocorra. Ao completarem a maioridade, eles são desligados do projeto. Cada lar da associação conta com quartos separados entre meninos e meninas, acesso à internet, sala de estudo e os demais cômodos de uma casa comum. Além disso, cada integrante recebe atendimento psicopedagógico

e

acompanhamento

diário

de duas cuidadoras residentes, objetivando a inserção social deles ao chegarem à vida adulta.

Quantidade de encontros: 2 Envolvidos: Infantil 5 Alunos: 82 Parceiros: 35 (Associação Maria Helen Drexel) Data: 29/11

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www.lourencocastanho.com.br


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