Cartilha informativa sobre Vaginismo

Page 1

sdEs


Você já conhece os nossos podcasts? Venha nos ouvir!

Nossos podcasts são uma forma de divulgar informação para as mulheres. São uma conversa descontraída e divertida, feita para você poder ouvir mesmo se estiver no ônibus, andando na rua, fazendo seus afazeres domésticos. Basta acessar o nosso site https://luannaluchesi.wixsite.com/prazervulva. Seja bem-vinda!

O que é vaginismo? Inicialmente, antes de falarmos especificamente de Vaginismo precisamos entender o que é disfunção sexual, e como os quadros de cada disfunção podem trazer danos emocionais não só para mulheres. Qualquer pessoa pode apresentar um perturbação ou alteração no processo de resposta sexual, impossibilitando um sexo satisfatório e saudável. Estas dificuldades são reconhecidas como disfunções sexuais.


Tipos de Vaginismo O Vaginismo é caracterizado por contrações involuntárias dos músculos do períneo feminino. Os espasmos no momento dos sexo causam dor, constrangimento, inseguranças e impossibilidades de manter relação sexual. Estudos apontam que o vaginismo pode ser de três tipos: Primário: quando a dor e a dificuldade de penetração surge desde a primeira relação sexual. Secundário: quando a dor e a dificuldade de penetração surge depois de algumas relações sexuais. Terciário: quando a dificuldade de penetração surge apenas com alguns parceiros, e em determinadas posições.

Principais causas É importante pensar que muitas mulheres não se reconhecem com a disfunção do vaginismo, porque já tiveram relações sexuais normais e assim continuam fazendo sexo, mesmo sentindo muita dor, o que pode traumatizar o músculo. Isso acontece porque quando a mulher, por alguma razão, traumatiza o músculo do orifício vaginal, mesmo sentindo-se lubrificada , provavelmente não conseguirá ter relação sexual outras vezes. Agravando assim seu desconforto. Esses acontecimentos a longo prazo e sem o devido tratamento podem levar à ansiedade, baixa autoestima e depressão.


Sintomas mais comuns Para melhor reconhecer esta disfunção vamos aos sintomas mais comuns: • Contração involuntária da musculatura da pelve na relação sexual; • Dor durante a relação sexual; • Dificuldade de manipulação da região; • Baixa autoestima; • Ansiedade; • Ardência na vagina no momento no momento do sexo.


A importância de falar sobre o assunto: O cenário de disfunção sexual fica pior quando pensamos que a maioria das mulheres não estão abertas para falar e buscar ajuda quando percebem alguma perturbação ou disfunção sexual. Estima-se que somente 30% da mulheres casadas vão ao ginecologista para relatar este problema. Enquanto outros estudos apontam que o vaginismo acomete 1 a 6% das mulheres com vida sexual ativa. “As causas desta disfunção sexual são complexas, e comumente estão relacionadas a aspectos psicossociais, tais como religião, educação repressora, traumas e falta de conhecimento do próprio corpo. O tratamento, na maioria dos casos, é multidisciplinar, envolvendo ginecologista, fisioterapeuta e psicólogo”. Portanto, a importância e falarmos a respeito destas e outras disfunções é criar um espaço de diálogo com a mulher, quebrando os muros que o machismo nos impuseram durante tantos anos. Naturalizar o diálogo entre mulheres é também criar espaço e condição para que mulheres busquem ajuda, e consequentemente não percebam seu corpo, sua vagina como um estigma. O ideal é que caminhemos para uma sociedade em que a resposta sexual psicofisiológica da mulher dependa menos de causas como educação, tabus, religiões, moral, histórias de abuso, falta de conhecimento sexual e cultural. E mais pelo afeto, tesão, bom relacionamento entre parceiros ou parceiras, liberdade sexual, libido.


Tratamento de Vaginismo O tratamento para vaginismo se dá por meio de sessões de fisioterapia pélvica em que a terapeuta passa por anular o reflexo condicionado responsável pelo espasmo muscular que obstrui a entrada do canal vaginal no momento da penetração. Existem médicos, psicólogos e terapeutas especializados nestes problemas que devem ser consultados para evitar frustração por tratamentos inadequados. A paciente não deve ficar desmotivada se tiver que trocar de profissional se caso não se adequar ao primeiro.


Busca pelo prazer Pensando na saúde sexual que é ligada indiretamente a saúde psicológica, o que está sendo defendido aqui não só é a busca pelo orgasmo feminino e sim o empoderamento da mulher em sua performance sexual, sua autoestima, ir de encontro com seu corpo. Uma mulher que se conhece não vai deixar que um parceiro desrespeite seus limites.


Olá, mulheres! Se você está sentindo dor durante a penetração fique atenta ao seu corpo e procure um médico. Saiba que isso não é normal, o canal vaginal da mulher se dilata perfeitamente para não haver incômodos insuportáveis. Procurar ajuda é entender que o vaginismo é um desconforto possível de tratamento, por isso não hesite. Converse com outras mulheres que também passam ou já passaram pelo mesmo desconforto, ao conversar a respeito disso com outras migas verás que o vaginismo não é maior que você. E que isso é só um ponto que deve ser trabalhado para e ter uma vida sexual mais saudável e ativa. De todas as formas também estaremos aqui, prontas para receber mensagens e fazer interações. Nosso e-mail é prazervulva@gmail.com Baixe nossas cartilhas e acesse nossos podcasts no site: https://luannaluchesi.wixsite.com/prazervulva.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.