Editorial Lucas Fernandes Diretor
Eu sou Lucas Fernandes, graduado em Design Gráfico e diretor dessa revista que vocês estão lendo. No começo desse ano eu entrei em contato com Tiago Krusse, o diretor da Design Magazine de Portugal, e começamos então a discutir sobre a possibilidade da criação de uma edição especial brasileira, mas fora da linha principal da revista. Depois de trocarmos alguns e-mails, a ideia foi evoluindo até que ele sugeriu a criação de uma versão brasileira, não simplesmente como uma edição especial, mas sim como uma publicação periódica. A já consolidada versão portuguesa da revista é focada principalmente em design, arquitetura e outras
2
lucasfads.com.br fb.com/lucasfads.designer @lucasfads
formas de expressão artística. A brasileira pretende trazer, além dessas, uma abordagem mais ampla de design e também de outras áreas relacionadas, como comunicação e cultura. Sendo assim, as duas versões seriam parceiras, coexistindo e complementando uma à outra. Com isso em mente, uma equipe foi formada com escritores, diagramadores, ilustradores, entre outros. Cobrimos alguns eventos e preparamos matérias bem interessantes e úteis para esses nossos primeiros passos. Espero que essa parceria e que esse projeto possam crescer e que vocês leitores aproveitem bem a primeira edição da DMB.
Design Magazine Brasil
3
Sumário O brasileiro não leva o Design a sério
8
Design, jogos e cultura
12
Me associar? Eu?
16
O tal do cartão de visita
22
A importância de sketchbooks
30
Propriedade intelectual e direitos autorais
34
Eu não consigo encontrar um emprego como designer!
38
Como se dar bem como freelancer?
42
Dica de Mestre: O Mercado de Design
46
FILE Games Rio
54
CG Extreme
64
Portfólio dos Leitores
82
4
Design Magazine Brasil
5
Créditos Diretor Lucas Fernandes
# 00 - Edição Especial designmagazinebrasil.com.br
Editor Chefe Hugo Limarque Projeto Editorial Estúdio Camaleão Supervisor de Design Diego Gomes Colaboradores Alvaro Vitorio Canha Berg Eliezer Santos Kevin Oliveira Ricardo Gonçalves Thiago Scramignan Diagramação Douglas Lopes Leandro Siqueira Ilustrações Gabriel Mikalauskas Gilberto Ferreira Fotografia Renan Sergio Sergio Willian
Apoio
http://designereffects.com.br/
http://design.blog.br/ Publicação criada em 2013 Design Magazine Brasil é uma parceira da Design Magazine de Portugal O logotipo da Design Magazine Brasil foi desenvolvido pela Elementos À Solta 6
Design Magazine Brasil
Um excelente conteĂşdo de design ao alcance de suas mĂŁos!
ASSINE / SUBSCREVA
Brasil
Portugal
designmagazinebrasil.com.br/assine
revistadesignmagazine.com/subscreva 7
O brasileiro não leva o Design a sério Eliezer Santos
Existe uma música da banda Charlie Brown Jr., chamada “Não é Sério” que diz a seguinte frase: “[…] o jovem no Brasil nunca é levado a sério.” Na verdade, muito pouca coisa no Brasil é levada a sério. O que falar então da frase que dá título à matéria, dita por Paolo Pininfarina numa matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, em 22 de outubro de 2012, quando o mesmo se mostrou desanimado em montar um escritório de sua empresa, a Pininfarina, na cidade de São Paulo? Pininfarina é um nome conhecido em todo mundo por se tratar de um escritório de design que é
8
fb.com/eliezer.j.santos
responsável por nada menos do que projetar carros de marcas mundialmente conhecidas, como Ferrari, Alfa Romeo, Porsche, entre outras, fora um leque variado de outros projetos menores que a empresa assinou, como embalagens de perfumes famosos, aparelhos domésticos, etc. O desânimo de Paolo se deu por conta de uma falta de interesse por parte dos brasileiros em associar-se a ele, já que ele esteve no Brasil procurando parcerias para instalar-se aqui, como bem descreve a matéria. A maioria dos brasileiros ainda desconhece o termo “DESIGN”, muito por causa da ampla gama de serviços e/ ou produtos oferecidos por quem segue esta profissão,
Design Magazine Brasil
mas também por total desconhecimento, e ainda uma ideia errônea sobre a atividade deste profissional, classificado muitas vezes como “desenhista”. Sim, o desenho é a alma do design, mas, muitas vezes, se torna apenas um esboço do produto final que é confeccionado pelo designer. O designer, na verdade, é um projetista, e sua profissão consiste em criar soluções ou alternativas para as necessidades humanas, e aí se inclui uma vasta gama de opções e carreiras que o designer pode seguir dentro da mesma profissão, tais como a de veículos automotores (designer projetista, como Paolo Pininfarina), confecção de embalagens (designer de produtos), até chegar nos meios de propaganda (webdesigner, designer gráfico, etc). Ou seja, hoje em dia, tudo o que você compra, consome ou usa passou pelas mãos de um designer. É o designer quem primeiro discute a forma, o nome, o conteúdo de cada produto, apresentando ideias e definindo assim as cores, o formato da embalagem, a aparência exterior do veículo, a maneira como ele será apresentado ao consumidor final, as estratégias de marketing, e por ai vai. Toda empresa que se preze hoje em dia conta com os serviços dos designers para quase todas as operações em que a empresa atua, principalmente nas áreas de produção e marketing. Os comerciais que você vê na TV também passam pelas mãos de designers, que são os designers de mídia, responsáveis pela elaboração de campanhas publicitárias, atuando junto com os responsáveis pelos setores de marketing das empresas.
Fonte: Wikimedia Commons
A área é tão extensa e as possibilidades de emprego são tantas que muitos designers preferem seguir “carreira solo”. São os freelancers. Quem trabalha como freelancer pode atuar em várias (senão em todas) áreas da profissão, cobrando e recebendo de acordo com cada serviço prestado, em formas de pagamento e valores combinados diretamente com os contratantes, ou seja, as pessoas que solicitam os serviços prestados pelo designer, que variam de acordo com o conhecimento técnico de cada um. Aliás, o conhecimento técnico do designer é outro fator de destaque. Com a evolução da informática, o designer
9
O brasileiro não leva o Design a sério
hoje necessita ter um amplo conhecimento técnico em softwares dos mais variados. Porém, há aqueles que são comuns a maioria dos designers, que são os “softwares de edição”. Os mais comuns entre estes são: de vetor (Adobe Illustrator, Corel Draw), de image (Adobe Photoshop), de vídeo (Adobe After Effects, Adobe Premiere Pro, Autodesk Smoke, Sony Vegas, Final Cut Pro), de áudio (Adobe Soundbooth), e, dependendo da área, vários softwares de manipulação 3D (Autodesk AutoCAD, Autodesk Maya, Autodesk 3DS Max, Google Sketch Up, Pixologic ZBrush).
Salão de Genebra 2013. Modelo faz homenagem ao mestre do design de carros Sergio Pininfarina. Fonte: Wikimedia Commons
10
Design Magazine Brasil
Concluindo, é uma profissão que exige muito estudo, habilidades específicas e variadas, tempo, dedicação, e claro, disponibilidade financeira, já que os cursos e faculdades da área não são baratos. Em contrapartida, é uma área em que o profissional pode ser independente, como os freelancers, ou pode trabalhar como empregado de carteira assinada, mas em ambos os casos, geralmente é muito bem pago pelo que faz. Sendo assim, se você é um empresário que quer expandir seus negócios e surge um italiano querendo formar uma parceria, avalie muito bem se não vale a pena abraçar a ideia do sujeito, pois vai que ele seja um Paolo Pininfarina e, como bonificação pela parceria, ele queira te “agraciar” com uma Ferrari novinha?
11
Design, jogos e cultura Ricardo Gonçalves
A partir da mudança de século, e do avanço estupendo tomado pela tecnologia, os jogos começaram a ganhar seu espaço no mundo, deixando de ser apenas um pequeno passatempo sem sentido e tornando-se uma obra de arte, esbanjando novos conhecimentos e culturas, e passaram a ser conhecidos como, para algumas pessoas, trabalho, seja criando, divulgando, ou administrando. Jogos agora requerem uma pesquisa maior, sobre onde o jogo vai se passar, sua história, quem vai estar lá, o porquê, entre outros aspectos, uma maneira interessante de divulgação e maior dedicação aos gráficos e a mecânica.
Design na Criação de Jogos O que faz o designer gráfico? O designer gráfico pode atuar em várias áreas, desde a criação de logotipos e sites até o visual de periódicos e outros. E como que o design gráfico pode ser utilizado dentro da área de jogos eletrônicos? Nas áreas de criação de interface, edição de
12
cutscenes (vídeos in-game), comerciais, teasers, trailers, design de embalagens. Portanto, ao contrário da crença da maioria das pessoas, para se trabalhar na indústria de games, não são apenas necessários profissionais capacitados na área de criação de jogos, mas também na área de comunicação visual, onde designers gráficos estão no topo da lista. No Brasil, oportunidades não faltam, onde
Design Magazine Brasil
a indústria de games vem se expandindo, oferecendo maior destaque aos profissionais mais habilidosos e inovadores. Com os consoles de nova geração trazendo aos jogadores e criadores novas possibilidades em gráfico e textura, a parte artística dos jogos se expande de maneira grandiosa, abrindo portas para os que desejam trabalhar na parte de concept art, 3D fundamental, entre outros, onde formados em design gráfico podem se aplicar para várias funções. Em outras áreas, como as mencionadas anteriormente, o design se aplica criando uma embalagem que facilita e torna a leitura mais atrativa e dinâmica, ou na edição de vídeos, para que o jogo tenha uma comunicação e propaganda mais chamativas e convidativas.
Cultura Implementada nos Jogos No dia 19 de fevereiro desse ano, a Ministra da Cultura Marta Suplicy apresentou o Vale-Cultura, que tem como principal objetivo possibilitar o acesso à cultura à classe trabalhadora. Porém, entre todos os itens que poderiam ser aproveitados pelo Vale, a Ministra deixou o setor jogos eletrônicos de fora, o que gerou grande descontentamento. Ela, durante a assembleia, deixou claro que, apesar de não aceitar games como forma de cultura, se lhe fosse apresentado algo mostrando que jogos eletrônicos são uma forma de cultura, poderiam, então, ser incluídos no programa.
Trazendo uma combinação de golpes, armas e veículos rápidos, Sleeping Dogs é narrado em Hong Kong, uma cidade vibrante e exótica que abriga as Tríades, uma poderosa organização criminosa. A trama relata a vida de Wei Shen, um policial disfarçado que tem como missão se infiltrar na máfia Sun On Yee e dissolver o crime organizado de toda região. Com ótimas animações e uma mecânica simples, Sleeping Dogs é uma ótima pedida para quem curte jogos do gênero com muitos tiros, perseguições e bastante ação.
Fonte: Reprodução/Flickr
13
Design, jogos e cultura
Assim como nem todos os livros, filmes e outras formas de entretenimento e arte podem trazer algum tipo de cultura às pessoas, nem todos os games também o proporcionam. No entanto, em sua maioria, os jogos de hoje trazem consigo diversos tipos de cultura, como, por exemplo, Sleeping Dogs, da produtora de jogos Square Enix, mostrando de perto os hábitos, costumes e comportamentos da sociedade chinesa de hoje, ou a série de jogos Assassin’s Creed da Ubisoft, em que o jogador é levado a diversos lugares e períodos históricos, onde é possível aprender sobre todo o contexto cultural da sociedade em sua respectiva época.
Trazendo uma combinação de golpes, armas e veículos rápidos, Sleeping Dogs é narrado em Hong Kong, uma cidade vibrante e exótica que abriga as Tríades, uma poderosa organização criminosa. A trama relata a vida de Wei Shen, um policial disfarçado que tem como missão se infiltrar na máfia Sun On Yee e dissolver o crime organizado de toda região. Com ótimas animações e uma mecânica simples, Sleeping Dogs é uma ótima pedida para quem curte jogos do gênero com muitos tiros, perseguições e bastante ação.
Fonte: Reprodução/Flickr
14
Design Magazine Brasil
Apesar da medida tomada pela Ministra da Cultura ter seus pontos de razão, a decisão pode ter sido tomada um pouco antes da hora e com pouca ou errônea avaliação de conteúdo. A produtora Square Enix, como resposta a declaração de Marta Suplicy, enviou uma carta contendo a cópia de um artbook assinado por Yoshitaka Amano e também o CD Distant Worlds: Music from Final Fantasy, com grandes temas da série em versões orquestradas. A carta tem o objetivo de esclarecer que games não são apenas arte, mas extremamente importantes como fator cultural.
Fonte: Reprodução/Square Enix Latin America
15
Me associar? Eu? Eliezer Santos
Se você é um designer ou estudante de uma das várias vertentes da profissão, certamente já ouviu dizer que os designers são egocêntricos, não compartilham o que sabem e, muito menos, se ajudam. Associação portanto é um substantivo que a maioria dos Designers desconhece, certo? Pois é, há alguns anos atrás, quando o design ainda era um termo que remetia ao amadorismo (pois só agora, em pleno 2013, é que a profissão está sendo regulamentada), o quadro geral era exatamente esse: Os designers não se ajudavam, e poucos eram os que se associavam, até porque haviam poucas e desconhecidas Associações voltadas para a profissão.
16
fb.com/eliezer.j.santos
A primeira associação de design no Brasil só surgiu em 1987, a Associação dos Profissionais em Design do Rio Grande do Sul (APDesign), e como o próprio nome já deixa claro, foi criada para os designers residentes daquele estado. A primeira associação de abrangência Nacional só seria criada dois anos depois, a Associação dos Designers Gráficos, ou ADG, que foi criada em 1989 e é reconhecida hoje como a principal associação do ramo. Isso fez com que aqueles que “largaram na frente”, ou seja, os pioneiros da profissão no Brasil, motivados pelo fato de que o design é uma profissão extremamente rentável (ou foi, um dia) desenvolvessem uma cultura de supervalorização de seus conhecimentos em relação a um mercado que já dava sinais de uma ascensão meteórica.
Design Magazine Brasil
Desde a criação das primeiras Associações, porém, este idealismo dos designers começou a mudar, pois as Associações se multiplicaram e hoje contam com milhares de associados! O fato é que, hoje, o designer que prefere ainda se arriscar sozinho no verdadeiro “oceano” de oportunidades que o ramo se transformou pode acabar “morrendo afogado”. Com a popularização da informática e, principalmente, o boom das redes sociais, os designers de modo geral passaram a ser exigidos em habilidades que antes eram específicas e hoje se mesclam, e o conhecimento técnico que hoje é exigido dele passou a ser quase desumano. Por exemplo: Um Programador que há uns anos atrás era o nerd, ou seja, o cara que sentava na cadeira e passava horas só trabalhando com as linguagens de programação, se hoje em dia não souber fazer um mísero layout “basicão”, com cabeçalho, conteúdo e rodapé, por exemplo, pode se considerar fora do mercado. O mesmo pode se dizer de um webdesigner, que antes só desenhava e hoje precisa entender de HTML e CSS. Isso sem esquecer de PHP, linguagem hoje indispensável para qualquer programador, e, num futuro próximo, o Web designer que não quiser aprendê-la corre o sério risco de vender bala no trem ou tentar a sorte no Big Brother. A saída para tantas exigências? Reconhecer que você não sabe tudo, que o seu colega também tem talento e pedir ajuda, ou, em outras palavras, associar-se e dividir tarefas, de acordo com a habilidade e a capacidade de cada um. Parafraseando Barack Obama, “Sim! Você pode!”. Fonte: Reprodução/FreeDigitalPhotos.net
17
Me associar? Eu?
Vantagens de se associar
Fonte: Reprodução/Pixabay
Claro que estamos falando basicamente de networking, mas, se você pensar bem, tudo se encaixa no mesmo contexto. Muitas associações de design oferecem suporte dos mais variados aos seus associados, inclusive, networking ou colaboração em trabalhos. Além das vantagens de permitir que o designer se aperfeiçoe cada vez mais em uma determinada disciplina, e poder assim oferecer um produto com muito mais qualidade aos seus
18
clientes, as associações oferecem tantas outras, como descontos em taxas de inscrição em palestras, isenção de taxas de inscrição em alguns concursos, workshops, premiações, cursos, livros, material de estudo, etc. Toda uma variedade, serviços e opções para que o associado se aprimore e se torne cada vez mais apto e conhecido.
Design Magazine Brasil
Listamos cinco das principais associações do país e uma breve descrição de sua importância e área de atuação, bem como os valores, exigências e as vantagens oferecidas ao associado: A AsBEA se propõe a defender os interesses de escritórios de arquitetura em todo o país.
ADG - Associação dos Designers Gráficos do Brasil
Como dito antes, foi fundada em 1989 e tem como objetivo congregar os profissionais da área com o intuito de fortalecer o design gráfico em caráter nacional. • Fundação: 1989 • Para de associar: - R$ 350,00 para Profissionais formados ou atuantes - R$ 245,00 para Juniores (até 2 anos de formado) e professores - R$ 150,00 para estudantes. • Oferece: workshops, concursos, cursos, descontos em faculdades e uma série de outros benefícios aos associados. • Site: www.adg.org.br
ADP - Associação dos Designers de Produto
A ADP representa os designers de produto em todo o Brasil, oferecendo palestras, workshops, exposições, concursos e seminários, entre outras atividades, com o intuito de aproximar os designers e convidá-los a discutir sobre os mais variados temas da profissão. • Fundação: 2002 • Para de associar: - R$ 300,00 (anuidade) para Profissionais - R$ 150,00 (anuidade) para Professores, estudantes e juniores • Oferece: descontos em eventos próprios, descontos em outros eventos, suporte, etc. • Site: www.adp.org.br
19
Me associar? Eu?
ABD - Associação Brasileira de Designers de Interiores
Desde 1980, a ABD se propõe a colaborar, formar, acompanhar e inspirar designers de interiores em todo o Brasil, e já conta hoje com mais de 5 mil inscritos. • Fundação: 1980 • Para de associar: - Profissionais: R$ 77,00 de inscrição + anuidade de R$ 616,00 - Estudantes: R$ 20,00 de inscrição + R$ 128,00 anuidade - Professores: R$ 20,00 de inscrição + R$ 0,00 anuidade (isento) • Oferece: banco de vagas, assessoria, parcerias, intercâmbio cultural dentre outros benefícios. • Site: www.abd.org.br
ABRAWEB - Associação Brasileira de Web Designers e Desenvolvedores
A ABRAWEB não diz quando foi fundada e tem como principal objetivo defender os interesses dos profissionais de web. • Para de associar: Inscrição gratuita através do site. • Oferece: descontos em planos de saúde e seguros, certificação, assessoria contábil, plano odontológico, entre outros. Não cobra taxas de anuidade. • Site: www.abraweb.com.br
20
Design Magazine Brasil
AsBEA- Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura
A AsBEA se propõe a defender os interesses de escritórios de arquitetura em todo o país. • Fundação: 1973 • Sede: São Paulo • Para de associar: Telefone (11) 3168-4982 • Oferece: networking, capacitação técnica, gestão, desenvolvimento de melhorias na profissão, descobrimento de novas tecnologias, entre outros. • Site: www.asbea.org.br
21
O tal do cartão de visita Kevin Oliveira Matéria cedida por Designer Effects
Uma parte do design em que muitos têm dúvidas é em como criar um cartão de visitas. Dentro deste assunto a dúvida se ramifica em muitas outras menores: o que se deve colocar no cartão, o que não teria tanta importância, quais cores e tipografias podem ser utilizadas, qual formato deve ser aplicado... E existem muitas outras a se levantar.
Um tipo de cartão para um tipo de profissional A carreira deve combinar com o grau de formalidade da profissão. Um profissional que possui seu próprio escritório e é uma pessoa extrovertida e liberal,
22
designereffects.com.br kevinoliveira.com.br @kvnol
por exemplo, dispõe de liberdade para ter um cartão mais criativo e, quem sabe, um pouco mais colorido, ao contrário de quem segue a carreira de advocacia. Mesmo sendo um profissional mais liberal, é preciso tomar alguns cuidados; não é aconselhável ter um cartão com exagero de cores, curvas e “firulas”. Tente imaginar: você está em uma festa, conversando numa roda de colegas/amigos que você não vê há anos, você lógico, entrega um cartão para este seu amigo de infância, ele olhará seu cartão todo colorido e bonito, ficará deslumbrado, claro, mas quando olhar sua profissão abaixo de seu nome verá advogado, talvez ele
Design Magazine Brasil
Fonte: Reprodução/Flickr
Fonte: Reprodução/Flickr
Fonte: Reprodução/Pixeden
Fonte: Reprodução/Pixeden
23
O tal do cartão de visita
não fale nada, mas pode ter pensado que você estivesse em uma carreira completamente diferente. Portanto, levar os fatos em consideração antes de criar a arte é um importante passo para evitar possíveis incoerências.
Quais informações devem estar em seu cartão?
Algumas informações são importantíssimas em um cartão de visitas, mas outras não precisam ser postas lá. Para não ocupar espaço e fazer a pessoa que receber o cartão simplesmente olhar e jogar fora, devemos utilizar menos informações, só que estas poucas informações devem ter mais relevância; isso fará a pessoa ler todo o breve conteúdo do cartão sem ela mesma querer ler. Mas isso dependerá também do layout, das cores e do contraste aplicados. Veja abaixo uma lista do que é importante conter em um cartão de visitas. Nome: deve estar sem dúvida no cartão, afinal é seu cartão, pois se você entrega o cartão para alguém desconhecido, a primeira coisa que a tal pessoa irá ler é seu nome, ou você pretende que ele pergunte seu nome com seu cartão na mão? Profissão: um dos itens mais importantes, se não for o mais importante, este elemento deve ir abaixo de seu nome, informando o que você faz, para quando alguém pegar seu cartão e ler poder saber se você pode ou não ajudá-la em algo. Se a pessoa está precisando de um ilustrador e perceber que você é um ilustrador, com certeza entrará em contato na hora, para poder fazer um orçamento. Mas se você for, por exemplo, um advogado, e no momento ela não estiver precisando de um, talvez não jogue fora e guarde seu cartão para quando precisar de um advogado, ou para indicar a amigos e familiares que precisam de um serviço similar. Entretanto, se seu cartão não especificar quais serviços você presta, é quase certeza de que jogue seu cartão fora, pois a pessoa não irá ligar só para perguntar o que você faz.
24
Fonte: Reprodução/DeviantArt
Telefone: um elemento que faz toda a diferença no cartão, pois hoje em dia todos têm telefones celulares nos bolsos. Se a pessoa está na rua com um cartão seu e precisar de um serviço imediato ela irá ligar para você, e não esperar para chegar em casa para mandar um e-mail. E-mail: outro tipo de contato importante, só que secundário. Porque, ainda que os smartphones tenham como mandar e-mails, a forma mais rápida ainda é telefonar, mas isso depende de cada um. Tem gente que acha melhor escrever ao invés de telefonar, por isso e-mail também é importante e não podemos deixá-lo de fora. Site/blog/portfólio: muitos acham um link para a web importante para se adicionar em um cartão, mas outros não ligam para isso; vai de cada um e de que tipo de serviço você faz. Se você é designer, ilustrador, fotógrafo, etc., e quiser colocar um link para seu portfólio no Behance, Flickr, DeviantART, é legal para a interação do público mais ativo nas redes, mas isso não é obrigatório.
Design Magazine Brasil
Fonte: Reprodução/Wikimedia Commons
Fonte: Reprodução/Flickr
Fonte: Reprodução/DeviantArt
Fonte: Reprodução/Flickr
25
O tal do cartão de visita
Endereço: um elemento importante, mas depende do caso. Se você tem um escritório é importantíssimo você colocar o endereço do mesmo no cartão, mas se você é freelancer e trabalha em casa não é legal ficar disponibilizando seu endereço residencial para qualquer pessoa.
O que não precisa estar no cartão? Do mesmo jeito que há elementos que não podem faltar em seu cartão, há elementos que não precisam estar no mesmo: quanto menos informações melhor. Considerando um cartão de 9x5cm, não seria adequado enchê-lo de informações “inúteis”. Se você é um designer gráfico, por exemplo, não precisa colocar no cartão que faz: banners, folders, cartões de visita, logotipos, etc.. Apenas diga sua ocupação e indique seu portfólio, site ou blog para que as pessoas possam acessar e lá ver que tipo de trabalhos presta no ramo de design gráfico.
Como criar meu cartão?
Depois destes tópicos acima é bem possível que uma anotação ou um esboço de como ficará o cartão de visita já tenha sido feito. Então vamos para a prática. Muita gente se pergunta sobre quais são os softwares que devem ser utilizados na construção do cartão. Isso vai depender muito do gosto de cada um e de qual programa se demonstra mais habilidade; é possível encontrar na internet alguns vídeos ensinando a fazer cartões de visita até mesmo no Microsoft Word! Os programas que eu recomendo e utilizo são, o Adobe Photoshop e o Adobe Illustrator, mas você consegue fazer também no Adobe Fireworks e no Corel Draw, um software bem conhecido, mas que não me agrada e que eu não acho confortável de trabalhar. Mas se você está começando agora, indico o Corel Draw, pois ele tem diversos tutoriais na internet que certamente lhe ajudarão. Abaixo listei alguns pontos para você começar a criar seu cartão de visitas:
26
Fonte: Reprodução/Pixeden
Os programas mais recomendados e utilizados são o Adobe Photoshop e o Adobe Illustrator, mas há aqueles que prefiram trabalhar com o Adobe Fireworks ou o Corel Draw (esse, embora seja um software bem conhecido, não agrada a muitos, por não ser tão confortável de se trabalhar). Na internet você pode encontrar facilmente diversos tutoriais para todos eles e ver qual mais lhe agrada.
Design Magazine Brasil
Abaixo estão listados alguns pontos para se começar a criar um cartão de visitas. A orientação: quando buscamos por inspiração, vemos que a criatividade faz com que alguns designers criem diversos tipos de cartões. Embora suas formas diferenciadas sejam impressionantes, o tipo de cartão mais comum é o horizontal. Se o objetivo for deixar um possível cliente boquiaberto, imaginação, criatividade e liberdade são qualidades indispensáveis na elaboração do cartão.
Conclusão
Não há lugar para a timidez no mundo do design. Buscar inspirações leva ao criar. A criação deve ser livre de quaisquer formas de impedimento. A ideia circula na cabeça do designer deve se manter crua, e não ser remodelada por conta de palpites presentes em outras ideias ou artigos como esse. A imaginação e a criatividade devem seguir juntas e tomar a frente.
As cores: antes de criar qualquer coisa, é preciso estudar, pelo menos, o mínimo de psicologia das cores, para não ter um resultado bizarro. Mas se você tiver bom senso já é o suficiente. O esquema de cores de cada cartão deve se adaptar à profissão, por isso não se pode ser muito exagerado ou limitado no uso das mesmas. O uso da tipografia correta: escolher a tipografia certa é um passo importante, mas complicado. Do mesmo modo que deve-se agir com o uso das cores, deve-se agir com o uso da tipografia. Se a escolha feita combinar com a ocasião, é quase certeza de sucesso. Uma boa tipografia é aquela que faz um bom contraste e faz as pessoas lerem sem mesmo querer ler. O contraste na tipografia e no layout em si podem ser as partes mais interessantes do projeto, se forem feitos da maneira correta. O tamanho e o papel: como dito anteriormente, o tamanho padrão é o de 9x5cm. Embora se possa ousar e sair desse modelo, não é qualquer gráfica que imprime em dimensões diferentes ou com facas especiais. E o material mais comum é o couché, que pode ter laminação fosca ou algum revestimento especial, como verniz. Algumas gráficas oferecem outras opções de materiais. Linhas de corte: também chamadas de “área de segurança” são uma parte muito importante da criação do cartão, pois não se quer perder nenhuma informação quando o arquivo for impresso pela gráfica. Alguns designers costumam utilizar uma margem entre 3 e 5 milímetros, da borda para o centro. Fonte: Reprodução/Flickr
27
28
Design Magazine Brasil
29
A importância de sketchbooks Canha Berg Matéria cedida pelo Design.Blog
Muitos designers concordam em algo: é importante ter um sketchbook. Mas o que é isso? Para que serve? Quais os melhores tipos para se comprar? Isso quer dizer que o designer precisa saber desenhar? Um sketchbook (ou sketch-book, ou até mesmo “caderno de rascunhos”) é o que significa: um caderno para sketches (“rascunhos”). Estes cadernos servem para rascunhar todo e qualquer tipo de coisa: desde ideias que vêm à sua mente durante o café a exemplos de um logo para cliente. Muitos cadernos não seguem nenhum tipo de lógica: são desenhos e textos diversos, sem separação por categoria e em uma desordem caótica que pode ser apenas entendida pelo próprio autor do caderno.
30
design.blog.br canha.net
Cadernos de rascunho são para bons pensadores. Existem infinitas variações desses cadernos: desde o tradicional Moleskine até cadernos mais simples e comuns. O ideal são cadernos pequenos, de tamanho A5 ou menor (148 por 210 mm), capa dura para um melhor apoio em qualquer superfície e sem pauta (ou seja, sem linhas). No entanto, alguns designers preferem cadernos com pautas claras e discretas, quase invisíveis para seguir de guia na hora do desenho. Neste caso, existem cadernos com linhas, pontos e quadrados que são excelentes para servir de referência. É preciso ser um artista para ser um bom designer? Não. Como mencionou o designer
Design Magazine Brasil
gráfico Jason Santa Maria recentemente, “Cadernos de rascunho não são apenas para bons artistas, são para bons pensadores“ . O objetivo destes cadernos é de rascunhar ideias, independente de quais sejam e quão bem sejam rascunhadas. Muitas pessoas das áreas criativas (publicidade, jornalismo, etc.) carregam consigo algum tipo de caderno para rascunhar ideias. São cadernos que cabem no bolso e são portáteis. A qualquer hora que lhes ocorrer uma ideia, sacam o caderninho e um lápis (ou caneta) e começam a rabiscar. Muitos podem achar que eles são loucos, mas vale lembrar que uma ideia pode facilmente desaparecer se não registrada (quantas vezes você teve uma ideia genial para fazer mais tarde e no final esqueceu-se o que era?). Não é só pra isso que o caderno serve: às vezes, escrevemos uma frase que achamos interessante, ou fazemos um pequeno desenho de algo que vimos na rua. Eventualmente, quando falta inspiração, o melhor local para se procurar é no seu caderno.
Fonte: Reprodução/Flickr
Fonte: Reprodução/Flickr
31
A importância de sketchbooks
Fonte: Reprodução/Flickr
Fonte: Reprodução/Flickr
Fonte: Reprodução/DeviantArt Fonte: Reprodução/Flickr
32
Design Magazine Brasil
Muitas vezes as pessoas demoram a achar o caderno de rascunhos ideal. É perfeitamente normal. Eu já tive vários cadernos diferentes – com um papel de outra cor, capa mole, capa dura, menor que uma folha A5, maior que esta e por aí vai. Teste diferentes cadernos até achar um ideal para você e sempre o carregue no seu bolso ou mochila. Assim, nenhuma ideia irá lhe escapar e quando você estiver procurando inspiração, é só folhear seu caderno. Ah, e não esqueça de levar também uma caneta ou lápis. Fonte: Reprodução/Flickr
Fonte: Reprodução/Flickr
Fonte: Reprodução/Flickr
33
Propriedade intelectual e direitos autorais Thiago Scramignan
Há muito se discute sobre os direitos autorais com relação ao trabalho de designers no Brasil, e quase nunca se chega a um senso comum. Na maioria das vezes é o profissional que sai perdendo por conta das empresas, melhor preparadas nesse quesito, que acabam a induzir o designer ao erro ou acabam se aproveitando por pura e simples falta de informação por parte do profissional. O começo do problema é que o profissional em design se encontra em um grande buraco! Nem todo designer tem formação suficiente pra ser um desenhista industrial, mas também não é um mero técnico em modelagem ou um reles funcionário de gráfica que sabe mexer em um programa de vetorização ou edição
34
de imagens. O designer é um profissional que sabe o suficiente pra ser um respeitado ilustrador e o dono da gráfica ao mesmo tempo! Alguns publicitários, em muitas das vezes, preferem recorrer a um produtor gráfico para a reprodução perfeita da imagem em sua imaginação, que lutar intensamente com três ou quatro programas pra produzir a arte final que quer, seja um logotipo, uma embalagem e tudo mais que envolver a área de atuação de um designer, às vezes um breve esboço é tudo que um profissional da área precisa. Mas mesmo com tudo isso esses profissionais caem no mesmo problema de sempre: “Até onde vai o meu
Design Magazine Brasil
direito sobre a obra que crio?”, “Então questionaremos sobre o que?”. Pois é! Muitas dúvidas. Então vamos à parte que interessa. O desenho industrial é regido sobre o registro de patentes! Muito diferente da lei que protege a criação autoral de cunho intelectual, mas o direito autoral vai muito além do que se imagina. O direito autoral é de cunho intelectual, ou seja, vem da criação e execução da “arte”, e a patente é mais direcionada ao desenho industrial. Mas como assim? Com o simples fato de patente ser para criação industrial, invenções e modelos industriais, obviamente um desenho que será usado como identidade de uma empresa não se enquadrará em nenhuma dessas descrições. E é ai que entram os direitos autorais. O direito autoral não é passível de registro para que se possa valer. Mas um desenho criado para ser uma marca deve sim ser registrado dentro de três opções para que ele
seja protegido como tal. O designer é muito mais que um “cara” que sabe o que está fazendo, ele é praticamente um artista de uma era completamente diferente da qual as leis foram criadas. E o designer tem que fazer valer seus direitos patrimoniais. Uma das opções de registro é o figurativo, que é composto unicamente por um desenho (mesmo que esse desenho seja composto por letras, essas letras devem formar uma figura). Nesse caso o registro é sobre o aspecto estético; o nominativo, constituído por letras. Nesse o registro será sobre o aspecto fonético e o misto, que é composto por ambos, tendo o registro caindo sobre os dois aspectos.
35
Propriedade intelectual e direitos autorais
Como garantir seus direitos como autor? Existem dois tipos de propriedade sobre uma criação, o direito autoral moral e o direito autoral patrimonial. E qual a diferença entre os dois? Embora pareça simples a resposta ela dá um nó na cabeça de muita gente. O direito moral é a ligação do criador do trabalho com a obra; é como a ligação de um pintor a um quadro, não importa o tempo que passe a criação vai continuar sendo do artista; mesmo que ela caia em patrimônio público a pintura permanecerá sendo sua. E o direito patrimonial é o direito negociável, é esse direito que você vende, cede, negocia... O direito patrimonial é negociável e o moral não! E esse é o grande problema! É comum achar que a criação pertence ao criador independente do contrato que e assina, mas é um doce e inocente erro. O CCDA (Contrato de Cessão de Direitos Autorais) pode o fazer ceder os direitos da obra por completo. E na cessão de Direitos Patrimoniais de forma definitiva o autor perde completamente os direitos sobre a obra! A não ser que ele compre de volta os direitos. O profissional não tem seu trabalho roubado, mas sim passado por livre e espontânea vontade.
36
Design Magazine Brasil
Como me protejo de possíveis aproveitadores do meu trabalho? Em alguns casos a cessão dos direitos é quase que uma necessidade. Um logotipo é praticamente a identidade da empresa, e cobrar pela utilização da mesma por todas as vezes que ela for utilizada é praticamente inviável. Nesse caso a cessão deve sim ser feita, se não houver uma opção melhor. A assinatura de contrato também pode garantir os seus direitos. O estabelecimento de tempo para a utilização e a não cessão da obra garantem que você não perca o controle sobre a sua criação. Caso o prazo não esteja previsto no contrato o tempo padrão para utilização é de cinco anos, depois desse período a marca não pode mais utilizar sua obra. Mas não se esqueça de ler muito bem o contrato e atentar a três pontos: a finalidade do trabalho, o território dessa utilização e o prazo de utilização e se há possibilidade de renovações. A inovação constante é uma ótima forma de se proteger. Atualizar constantemente a sua criação pode garantir que ela não seja copiada ou modificada por outros profissionais. Se você não leva adiante uma ideia ela poderá ser copiada. Mesmo colocando a reputação em risco, copiar sem autorização a obra de um autor é um problema de proporções tão semelhantes quanto às do criador ao ver seu trabalho veiculado contra a própria vontade. Uma boa opção também é abrir uma empresa. Com ela você pagará menos impostos e ainda terá um registro e um controle melhor sobre seus trabalhos. A melhor opção é você se informar! Você sendo um profissional e tendo estudado muito para isso, não deve se deixar a mercê dos outros pelo simples fato de não querer saber sobre seus direitos. Procure um advogado, leia as leis de registros e direitos autorais... Informação nunca é demais!
37
Eu não consigo encontrar um emprego como designer! Canha Berg Matéria Cedida por Design.blog Ilustração de Gilberto ferreira
Imagine quem acabou de se formar e está procurando onde trabalhar. Será que o mercado está saturado? Ou será que o problema está no portfólio? Talvez o motivo pelo qual não se encontre emprego como designer não seja nenhum destes. Esse é o pior pesadelo dos recém-formados: quatro anos de curso, quantias incalculáveis de dinheiro investidas no aprendizado e as únicas vagas encontradas são as de lanchonetes de fasf food. Desperdício de tempo, não é? Mas o problema não é sempre uma saturação no
38
desig.blog.br canha.net
mercado do design gráfico ou um portfólio com poucos trabalhos. Talvez o problema seja a maneira como se caça por empregos. Recebi um e-mail recentemente de um leitor que estava com este problema: meses sem encontrar nenhum emprego, mesmo entrando em contato com dezenas de empresas. Ele pediu para que eu analisasse o portfólio dele, enviado em anexo, para saber se o problema era com a qualidade do trabalho. Várias bandeiras vermelhas se levantaram, mas nenhuma relacionada a qualidade
Design Magazine Brasil
do trabalho em si (que era digna): o que me chamou a atenção foi como ele entrou em contato. E talvez você possa se relacionar com algo aqui.
Evite anexos grandes Quando se procura um emprego como designer, há o desejo de facilitar a vida do possível futuro empregador. Para isto, envia-se um e-mail com o portfólio em anexo. Não existe nada de errado com isto, e muitas vezes até é requerido por parte do responsável por contratações. Mas aí que passamos por uma linha tênue. A primeira coisa importante a se notar é o formato: nunca envie um arquivo que não seja em formato PDF. O PDF é um formato universal, ao contrário do DOCX, por exemplo, que só abre no Microsoft Word – e muitas empresas não utilizam o Word. Mas a principal dica é em relação ao tamanho do seu PDF. Um arquivo de até 1 MB é aceitável, mas o ideal é ser um arquivo menor ainda. Afinal, nem todos possuem uma alta taxa de transferência. Imagine então quando uma empresa abre vagas e recebe centenas de e-mails de pessoas com portfólios em anexo de 3MB ou mais! Comprimir o PDF ao máximo sem perder muito da qualidade é uma solução segura. Se isto ainda não for o suficiente, uma saída é manter apenas os trabalhos pelos quais se tem mais apego e informar um link do seu portfólio online, onde o empregador pode visualizar mais caso ele deseje. Outra solução é não enviar um anexo. Envie um e-mail, perguntando sobre a vaga e fornecendo o endereço do portfólio online. Se o empregador desejar, deve constar no e-mail a disposição de enviar um PDF com os melhores trabalhos e currículo. Assim, a caixa de e-mail do seu empregador não fica lotada e facilita a vida dele. Claro que se o anúncio dizia “envie seu portfólio em anexo”, essa dica deve ser ignorada.
39
Eu não consigo encontrar um emprego como designer!
Tenha um portfólio online Além de aumentar a visibilidade, é mais fácil de manter atualizado. Se uma empresa recebeu seu portfólio algum tempo atrás mas optou por outro profissional pode acabar guardando o link de seus trabalhos para quando precisarem abrir mais vagas, por exemplo. Portanto, não ter dinheiro ou conhecimento para montar um portfólio online não é desculpa. Colocar o currículo para download em um arquivo PDF ou esconder os trabalhos em um link obscuro dificultarão a vida do futuro empregador. Mesmo se linkar o LinkedIn ou Behance, já é mil vezes melhor do que forçar alguém a ter que baixar um arquivo que pode ser pesado. Os concorrentes estão apenas a um clique de distância, e o empregador sabe disto. Ele provavelmente terá centenas de e-mails para visualizar de jovens designers procurando emprego e não vai hesitar de ignorar o seu. Tenha um e-mail profissional
Tenha um e-mail profissional Nada grita a palavra “AMAAAADOOORR!” tão bem quanto aquele endereço de e-mail que foi criado em 2006: joselito_escorpiao17@hotmail.com. Até mesmo um e-mail mais profissional como “jose_dg@hotmail. com” não é tão impactante, especialmente se já houver um domínio próprio. Se o endereço de contato tiver a sua idade no ano em que foi criada, números e letras aleatórios ou for simplesmente impossível de pronunciar ao telefone, como fazer jus à minuciosidade descrita no currículo para o empregador? Dizer que “é muito caro ter um domínio e e-mail próprio” é pura bobagem. Existem serviços de hospedagem e registro de domínio viáveis no mercado, como a, criticada por alguns, Locaweb, que cobra a partir de R$ 33,20 mensais (hospedagem R$ 29,90 por mês + domínio de R$ 40 por ano) e a Brasilserv, que vai mais longe ainda: R$ 18,30 mensais (hospedagem de R$ 15 por mês + domínio de R$ 40 por ano), com o bônus de prestar um serviço
40
Design Magazine Brasil
excelente. É impossível ir ao mercado mais próximo para fazer as compras do mês e gastar menos de R$ 20. Comprar um domínio próprio e mandar redirecionar para um portfólio no Behance, por exemplo, e configurar um e-mail seunome@seudominio.com, já significa estar na frente de milhares de outros designers se candidatando a vagas na área que ainda possuem um @gmail.com, @hotmail.com, etc. O mesmo vale para endereço de Skype, ou outras formas de contato anunciados no seu site. Que imagem vai ser passada para o futuro empregador com um nick como “gatinha.manhosa” no Skype profissional? Uma coisa é ter e-mails pessoais para ter contato com os amigos, outra é para contatos profissionais.
Concluindo Não há 100% de certeza de conseguir um emprego assim, mas as chances de ser notado são maiores.
Boa sorte e sucesso!
41
Como se dar bem como freelancer? Kevin Oliveira Matéria cedida pelo Designer Effects
Para muitas pessoas freelance é uma carreira fácil de seguir, pois você pode trabalhar em casa, no conforto... Mas o que ninguém imagina é que o freelancer também passa por apuros nesta carreira; se ele não tiver um nome a zelar e amizades para o divulgar, poderá ser difícil. “Freelancer é o termo inglês para denominar o profissional autônomo, que se autoemprega em diferentes empresas ou, ainda, guia seus trabalhos por projetos, captando e atendendo seus clientes de forma independente. É uma tendência muito em voga no mercado de jornalismo, design, propaganda, web, tecnologia da informação, música e muitos outros.” Wikipédia
42
designereffects.com.br kevinoliveira.com.br @kvnol
Ultimamente, todos sonham em ser freelancers, pensando que é uma carreira fácil e de rápido retorno financeiro, mas estão totalmente errados. Para ter sucesso na carreira (tanto em design, quanto nas outras citadas acima) você primeiramente precisa ter reconhecimento onde atua, bons relacionamentos e, claro, clientes satisfeitos.
Design Magazine Brasil
Pare e pense em como se dar bem na carreira de freelancer:
Entenda os contratos Quando você começa a fazer trabalhos mais sérios, com certeza receberá vários contratos - seja por email ou por outras formas de contato -, e você deve ler todo este contrato. Parece chato e é mesmo, mas é bom ler e entender todo o contrato para não sofrer futuramente. Se não entender algumas coisas que estão escritas, procure em sites que possam tirar suas dúvidas, mas se ainda estiver confuso, busque conselhos com pessoas próximas, profissionais da área ou vá a uma organização de aconselhamento jurídico, para que tudo possa ser esclarecido.
Fonte: Reprodução/Stock.Xchng
Construa um forte portfólio
Nada é mais importante do que um portfólio forte. É a partir dele que pode-se atrair novos contatos. Por isso, mantenha o acervo atualizado com seus trabalhos mais recentes e de melhor qualidade. Outra dica é fazer versões impressas de seu portfólio, para entregar a empresas. Fonte: Reprodução/Flickr
43
Como se dar bem como freelancer?
Fonte: Reprodução/DeviantArt
Seja Social
Ultimamente a febre são as redes sociais, como o Facebook, Twitter, LinkedIn, etc.. Você pode usá-las para divulgar seus trabalhos mais facilmente e até conseguir contato com empresas. Dominando estas ferramentas que a web lhe oferece, você já dará um longo passo para o sucesso, e o importante é que fará muitas amizades.
44
Design Magazine Brasil
Deixe seus clientes felizes e satisfeitos
Agradar seus clientes é uma boa foram de divulgar mais seus trabalhos. Mostre para eles seus esboços, deixe-os bem informados, os envie algumas notícias sobre sua área (mas não muitas)... Assim, eles entenderão mais sobre ela. Corresponder ou superar a expectativa do cliente poderá te fazer ser indicado, o que o torna um excelente meio de divulgação.
Sempre aprenda coisas novas
Renovando sempre suas habilidades ficará mais fácil conseguir clientes, pois agora você já possui capacidade para atender a pedidos antes impossíveis de serem levados adiante. Procure tutoriais na internet, leia e converse sobre o assunto com profissionais da área; assim, você irá adquirir mais bagagem.
Fonte: Reprodução/Stock.Xchng
45
Dica de Mestre: O Mercado de Design Alvaro Vitorio Ilustrações de Alvaro Vitorio
O ano de 2012 testemunhou o nascimento de cerca de 51 milhões de novos sites ao redor do globo. 144 bilhões de e-mails foram enviados. No Brasil, uma média de 86.000 posts foram publicados mensalmente no Facebook. Em um universo tão vasto (e, em grande parte, inútil) de informação, é cada vez mais instigante o desafio da promoção profissional. Não que ela permaneça, de forma exclusiva, no mundo virtual. Muito pelo contrário. Promover seu trabalho é, acima de tudo, promover quem você é como designer. Embora não haja receita de bolo, um designer em formação deve se preparar para responder a algumas questões pessoais sobre a construção de sua carreira:
46
em que área(s) específica(s) de design quero atuar? Em que atividades eu mais me destaco? Com quem e para quem quero trabalhar? Quanto tempo de trabalho quero disponibilizar? Quanto quero ganhar? A vantagem de se atuar em uma atividade tão dinâmica das ciências humanas é o número de possibilidades a serem exploradas. Mas não se pode ignorar o autoconhecimento e a busca por objetivos claros, definidos. Alguns designers se perdem no meio do caminho, pois não conseguem demonstrar a relevância de seu trabalho. Quem irá pagar por algo que, de fato, não vale o que se espera valer?
Design Magazine Brasil
Ser designer é assumir a posição de alguém que se propõe a solucionar problemas. Como e de que maneira isso é feito depende da sua filosofia projetual, sua formação e talentos particulares. Ao cliente interessa a solução. E ela não reside na arte final, no upload do website ou na faca da embalagem e, sim, no relacionamento de trabalho, medido pelo compromisso com a tarefa, a parceria e a dedicação aos resultados. Voltemos às questões: profissional realizado é aquele que trabalha com o que, de fato, considera ser importante, relevante, como havia dito anteriormente. Quantas vezes ouvimos de alguém que só está em determinado emprego porque precisa pagar as contas? O quanto de talento é desperdiçado porque falta a ousadia e a paixão necessárias para se exercer uma atividade com sucesso? A busca pela identidade dos talentos individuais começa bem antes da graduação em nível superior. As preferências pessoais, o conhecimento empírico e o autodidatismo fazem parte deste processo. Nas grades curriculares dos cursos de design, encontram-se disciplinas que albergam conteúdo dos mais distintos segmentos de mercado (identidade visual, embalagem, ilustração, editoração eletrônica, design de interfaces, animação, videografismo, etc). É certo que cada aluno nutrirá interesse maior por umas e deixar outras em segundo plano, realizando uma triagem que reflete a escolha de sua especialização, intimamente ligada ao desempenho e à empatia pelo tema. Ilustro a segunda questão com um exemplo pessoal. Nunca fui bom no futebol, mesmo sendo admirador do esporte. Em parte, admito, pela falta da prática. De tanto ser o último a ser escolhido na partilha dos times (um dos primeiros processos seletivos da vida!), resolvi, então, assumir o ingrato ofício de goleiro. Debaixo das traves, não há meio termo: a glória da defesa decisiva ou a vergonha do frango. Mas não era exatamente isso que me impulsionava, e sim o prazer de jogar em uma posição mais reativa. Na minha cabeça, prever uma jogada do adversário era mais desafiador do que construir uma. Eu era bom nisso, e dessa forma fechei o círculo: aliei habilidade pessoal e importância em grupo. Fiz-me relevante.
47
Dica de Mestre: O Mercado de Design
É comum que muitos profissionais insistam em exercer posições com as quais, na verdade, não têm a afinidade necessária para que possam fazer das mesmas o norte condutor de suas carreiras. É inevitável que, em variadas ocasiões, seja preciso dar conta de tarefas múltiplas. Faz parte da natureza de mercado atual. Ninguém, todavia, pode ser bom em tudo. Reconhecer as vocações é primordial. Não insista em querer entender aquele código HTML quando seu tato é com os pinceis e as tintas. Além do mais, é preciso compreender a dinâmica entre aptidões e demandas. Não é raro nos depararmos com pessoas que possuem talentos especiais e, ao mesmo tempo, permanecem à margem da sociedade produtiva. Ou investem no lugar errado, ou suas habilidades não possuem mais o valor necessário dentro do contexto.
48
Design Magazine Brasil
A terceira questão é sobre, essencialmente, as relações sociais de trabalho. E a primeira palavra que vem à mente de muitos sobre este tema é o tal networking. Se há um modismo bobo relacionado às literaturas sobre gestão e negócios é dar nome a bois que já existem. Fazemos networking desde sempre. A discussão deve ficar em torno mesmo é do aspecto qualitativo da atividade. Networking, não podemos esquecer, é trabalho. Uma das tarefas mais delicadas, diga-se de passagem. Lidar com pessoas é o que move (e às vezes destrói) o mundo. E para que o tempo dispensado nas ocasiões propícias ao networking seja mais producente, é preciso que o profissional desenvolva seu senso de observação às afinidades em potencial, aliando-se com quem realmente preza pelo compromisso de um trabalho bem feito e rentável, unindo interesses e objetivos em comum. E para não confundirmos afinidade com afetividade, vale a lição: um bom amigo nem sempre será um bom sócio
49
Dica de Mestre: O Mercado de Design
As duas últimas questões estão conectadas e o argumento aqui dado conclui a discussão deste artigo. Se tempo é dinheiro, quanto vale, então, a minha hora de trabalho? Esta pergunta já foi, de outras maneiras, respondida aqui. Há uma relação notória entre a importância da atividade profissional e a respectiva remuneração. Mesmo que as mudanças socioeconômicas exerçam um impacto considerável, ao fim, são as ações individuais que definem o perfil de atuação. Considero o segmento ”indie” (do inglês independent) um exemplo. Em vez de os criadores de jogos, revistas em quadrinhos e toda a sorte de produtos do mercado do entretenimento baterem às portas das grandes publicadoras, são eles mesmos, através de ferramentas até então inexistentes (o financiamento coletivo é uma delas) que produzem diretamente o que intentam em seus projetos. Ou seja, mesmos objetivos, mas com meios diferentes. A conjuntura se altera, mas a relevância permanece. E não há coisa mais relevante para nós que o design.
50
Design Magazine Brasil
51
BRAINSTORM (Tempastade de ideas)
A palavra pode parecer difícil de se pronunciar, mas é um desafio bem mais simples do que encarar o seu significado. A palavra ganha mais poder por ser também chamada de “tempestade de ideias”, mas é possível enfrentar toda essa grandiosidade quando há uma orientação a seguir. Através de alguns conceitos básicos se pode chegar à solução ideal no design, e assim dissipar as pesadas nuvens que antecedem a bonança da finalização do processo criativo de um projeto em menos tempo.
54
Design Magazine Brasil
FILE Games Rio
“O evento mostrou a todos presentes que além de um modo de arte, jogos também podem ser vistos como cultura”
Ricardo Gonçalves Fotografia de Lucas Fernandes
55
FILE Games Rio
De 26 de março até 28 de abril a Oi Futuro Flamengo recebeu a terceira exposição da FILE Games. O objetivo do evento neste ano é mostrar a conexão existente entre games, animação e artes. Intitulado de Game Lover (um trocadilho com a expressão game over), o evento trouxe ao espectador diversos novos jogos, que prometem fazer a diversão dos jogadores mais casuais até a dos addicted players.
Logo no início estavam expostos dois interessantes jogos: o Buildasound, da espanhola Mónica Rikić, cujo objetivo é criar sons através de cubos, montando imagens de pássaros, gatos e cachorros, e De Novo, uma instalação sonora onde o jogador experimenta novos padrões sonoros pela interação de seu corpo com os elásticos da obra.
56
Design Magazine Brasil
Também houve espaço para os jogos brasileiros, como, por exemplo, o Xilo. O game narra a história de Biliu, um nordestino que, para salvar a sua família de uma doença grave, deve derrotar figuras do folclore brasileiro (como Mula-Sem-Cabeça, Curupira e Boto-Cor-de-Rosa). O jogo, que é totalmente em 2D, tem sua história contada a partir de rima de cordéis, baseada totalmente na cultura nativa do nordeste brasileiro. Quando ainda estava em sua fase beta, venceu pela categoria júri popular como o melhor jogo do SBGames em 2011.
Fonte: Reprodução/FILE
57
FILE Games Rio
Fonte: Reprodução/FILE
Journey, da produtora thatgamecompany, foi destaque na exposição. O jogo já é vencedor de vários prêmios, incluindo o de melhor realização artística pela Bafta Games de 2013, por seu cenário mágico e áudio impecável. A dinâmica do jogo é a seguinte: em um deserto, o jogador
deve alcançar uma montanha, que fica ao longe. Para realizar tal feito, ele deve atravessar o deserto com sua personagem. No percurso a ser feito, podem aparecer viajantes a qualquer momento, controlados por outros jogadores online. No entanto, os meios de comunicação entre
Fonte: Reprodução/FILE
Fonte: Reprodução/FILE
58
eles são limitados apenas a sons e movimentos da personagem. Com um estilo diferente do violento da maioria dos jogos de hoje, Journey propõe uma solitária e mágica viagem por um mundo desértico.
Design Magazine Brasil
Também foram mostrados outros jogos, como o Kaleidoscope, no qual o jogador é capaz de criar, transformar e alterar texturas e composições através de simples blocos de madeira; já em Efecto Mariposa, simula-se um mundo de cinzas vulcânicas em tempo real. Neste game, o jogador, usando as suas mãos, é capaz de modificar a atmosfera do cenário, manipulando a areia. Em Shadows, sombras do próprio jogador são gravadas e reproduzidas em sequência na tela.
59
FILE Games Rio
FILE Tablet O festival de arte eletrônica contou com diversas exposições de jogos para diferentes plataformas. Resultado de uma grande expansão na sua utilização, os tablets ganharam uma variedade de aplicativos para sua plataforma, com muitos jogos dedicados especialmente para eles. Starry Night, por exemplo, se baseia na obra-prima “A Noite Estrelada”, de Van Gogh, e permite dar movimento e vida à pintura ao simples toque na tela.
Com muita lógica, UltiMaze é um jogo que se deve vencer longos e complexos labirintos 3D. A intenção deste game é fazer com que uma bola seja guiada por uma correta sequência de números até o final do labirinto. Entretanto, o jogador não conduzirá a bola, mas sim o labirinto! Isso mesmo. Através do acelerômetro do dispositivo móvel deve-se calcular cada pequena mudança. A façanha deve ser realizada dentro de um tempo estabelecido.
60
Conheça e faça parte da história de Fadas - O Despertar do Caos, que narra o início de um grande conflito entre as maiores civilizações das "Terras Conhecidas". Dando inicio à trilogia "Fadas", o aplicativo explora os recursos singulares que as mídias digitais proporcionam.
Seja um alien enquanto joga Kosmo Spin, devendo percorrer a superfície de vários planetas diferentes, com o objetivo de reunir itens de um pequeno almoço. Porém, isso não será fácil: um alienígena malévolo com uma nave espacial tentará atrapalhá-lo, capturando tais itens antes de você e, se vacilar, você também. Os desafios são muito interessantes e o ponto forte do jogo.
Design Magazine Brasil
Após a conclusão do FILE e de tudo o que foi exibido e debatido no evento, jogos eletrônicos podem realmente ser considerados um tipo de arte? Segundo algumas opiniões, apenas uma interação direta do jogo com o jogador pode não ser o suficiente para julgá-lo como tal. Para que isto ocorra, um produto deve proporcionar ao seu usuário uma reflexão sobre o mundo, ou seja, todo jogo deve ser elabrado de forma capaz de fazer com que o jogador venha a aplicar aquilo no mundo real. Ficou comprovado nos jogos em exposição no FILE que o modo pelo qual se revelam os qualificou como arte, levando o jogador a pensar sobre a realidade do mundo em que vive, e não apenas o fazendo interagir com o mundo virtual.
61
FILE Games Rio
FILE Anima+ O FILE ANIMA+ demonstra no evento a parceria entre o universo dos jogos e da animação. De todas as obras que estiveram no FILE de São Paulo apenas algumas delas estiveram presentes no FILE carioca. Dentre elas temos:
The Lost Thing Enquanto catava tampas de garrafa na praia, um menino encontra um ser de aparência bizarra. Com o pensamento de que a criatura devia estar perdida, parte em busca de seu dono. Após a busca o garoto termina simpatizando com o ser, e procura um lar para ele (vencedor do Oscar de Melhor Curta-Metragem em Animação de 2011).
Fonte: Reprodução/FILE
The Silence Beneath the Bark Em uma floresta coberta por um manto gigantesco, criaturas pequenas e engraçadas descobrem a neve (indicado ao Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação em 2010).
Fonte: Reprodução/FILE
The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore Inspirado no furacão Katrina e em Buster Keaton e O Mágico de Oz, o curta de Morris Lessmore mostra a importância da leitura fazendo uma homenagem aos livros. É narrada a história de pessoas que dedicam todo o seu tempo aos livros e de como são retribuídas (vencedor do Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação em 2012).
Fonte: Reprodução/FILE
62
Design Magazine Brasil
Deixando claro ao espectador, o FILE Game Rio 2013 mostrou que, além de uma forma de arte, jogos também podem ser vistos como cultura.
Fonte: Reprodução/FILE
63
64
Design Magazine Brasil
CG Extreme
“O evento trouxe aos alunos um conhecimento que será lembrado e posto em prática sempre”
Ricardo Gonçalves Fotografia de Lucas Fernandes, Renan Sergio e Sergio Willian
65
CG Extreme
União Seven & Full Sail A Seven, originada em 2009, conta hoje com doze unidades espalhadas pelo Brasil, formando alunos em diversas áreas, como computação gráfica, game art e game development e produção musical. O Grupo Seven também abriu a primeira escola de jogos em Brasília, e agora, em 2013, abrirá mais cinco unidades de computação gráfica: três em São Paulo, uma em Goiânia e mais uma no Rio de Janeiro. A Full Sail University está há 30 anos no mercado e ao longo desse período construiu uma consolidada reputação, ao ponto de ser considerada uma das maiores escolas de entretenimento do mundo em 2011. Foi nomeada pela Associação de Escolas e Faculdades da Flórida (FAPSC) a “Escola / Faculdade do Ano” e contemplada pela The New Media Consortium como “Centro de Excelência”. A Full Sail também conta com vários cursos online, possibilitando que estudantes de todo o mundo conheçam melhor o sistema de ensino da faculdade.
66
Marcelo Hodge Crivella (presidente do Grupo Seven) e Garry Jones (presidente da Full Sail University) falando sobre a parceria das duas empresas.
Design Magazine Brasil
E nos dias 27 e 28 de abril, para selar essa união, ocorreu o CG Extreme, um espetáculo do entretenimento digital. Grandes nomes do Hall da Fama da Full Sail University estiveram presentes, compartilhando um pouco de suas experiências e conhecimentos com o público. O evento contou também com a participação das empresas Joox, We do Logos, Unity, SEBRAE, Abra Games, Character Ink e Wacom.
Após perceberem a magnitude do espetáculo, os professores da Seven Game Thiago Menezes (concept art) e Anna Luiza Soares (3D) informaram que com essa união surgiriam oportunidades de intercâmbio de alunos e melhoras, tanto na qualidade destes quanto na de seus respectivos trabalhos, além de uma mudança na grade curricular e uma aproximação do mercado internacional.
E agora, a Full Sail University tem planos para instalar uma sede no Rio de Janeiro. “A vontade da Full Sail em vir para o Brasil não é segredo, a universidade já vinha estudando essa possibilidade”, diz Marcelo Crivella Filho, presidente da Seven. E, ao que tudo indica, ainda em 2013 a Full Sail irá anunciar onde será a sua unidade no estado.
67
CG Extreme
O Evento
Ao entrar no evento e passar pela calorosa recepção, havia o Pavilhão de Carreiras, espaço reservado a oferecer vantagens junto a grandes e pequenas empresas, como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), We Do Logos, Joox, Wacom, Abra Games, Unity, HON (Heroes of Newerth), Character Ink, entre outras. Exposições de esculturas de alunos e professores da Seven, além de exposições virtuais, incluindo showreels, jogos prontos e outros tipos de trabalhos, também compunham esse cenário. Para completar, contamos com a presença de celebridades, como os irmãos Castro, os irmãos Piologo (Mundo Canibal) e alguns cosplayers (de Star Wars, Dragon Ball Z, Metroid, etc).
68
Design Magazine Brasil
As Palestras O evento teve de tudo para não ficar de fora do noticiário. Com direito a apresentador, não poderiam ter escolhido personalidade melhor que Luciano Amaral. No mercado dos jogos desde 2003, ele é hoje o responsável pelo comando de MOK, Go!Game, e High#Tag, programas da PlayTV. Luciano também já cobriu eventos conhecidos mundialmente, como a Comic-Con e a E3 (Electronic Entertainment Expo), que acontecem anualmente na Califórnia.
69
CG Extreme
Laurie Brugger Graduada pela Full Sail University em 2000, Laurie é uma senior character rigger, há mais de uma década no mercado de trabalho. Trabalhou em filmes como: Fúria de Titãs, Capitão América: O Primeiro Vingador, Onde Vivem os Monstros e Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1.
Durante a infância seu hobby era desenhar quadrinhos e, em 2000, quando tinha apenas 19 anos, formou-se em animação digital, tendo uma paixão imensa pela Pixar, cujos filmes lançados até o dia de sua graduação foram, segundo Laurie, os principais motivos para a escolha de sua profissão.
70
Brugger inaugurou a série de palestras no sábado comentando sobre sua vida profissional. Como exemplo, durante a palestra sobre facial rigging, mostrou Dobby, o elfo doméstico de Harry Potter. Para fazer com que o personagem ficasse com uma aparência realista, o estudo sobre anatomia foi imprescindível para conferir uma representação segura da musculatura, dos membros corporais e das expressões. Laurie também dedicou um pouco de seu tempo para mostrar as diferenças entre Dobby e Monstro (outro elfo), destacando as mudanças dos olhos, principalmente; mostrando como eles deveriam estar caídos e marcados pela idade. Comentou também sobre as rugas e movimentação.
Design Magazine Brasil
Tom Isaksen Com dez anos no mercado, Tom, dinamarquês, 36 anos, formou-se em animação digital pela NCCA Bournemouth University do Reino Unido e iniciou sua carreira trabalhando com programas de TV. Após três meses no ramo, se tornou lead artist. Durante seu tempo livre, Isaksen criava personagens, e assim descobriu que estava mais interessado em modelagem do que em animação.
Em 2003, Tom começou a trabalhar na IO Interactive, em Hitman: Contracts. Um ano após o lançamento de Hitman: Blood Money (2006), ele já tinha se tornado lead artist de personagens. Hoje, Tom é dono da Character Ink e trabalha com a Seven, preparando cursos de criação de personagens 3D.
Durante sua palestra no CG Extreme, o profissional trouxe ao público uma de suas criações, o Undead King, feito pelos programas ZBrush, Photoshop e 3ds Max. Enquanto o vídeo era mostrado, Tom expôs detalhadamente o processo, como as pequenas coisas que deviam chamar atenção - por exemplo, como o personagem agiria se quisesse tirar a roupa/armadura e sua aparência em contraste com o cenário e o desgaste do corpo e da armadura pelo tempo. Em seguida, Isaksen abordou a pintura digital em personagens 3D, o que é algo de grande importância, para dar ao personagem um aspecto orgânico e, no caso do Undead King, deixá-lo de acordo com o cenário ao qual pertence.
71
CG Extreme
ESPN – Stela Spironelli
A diretora de arte da ESPN Brasil apresentou ao público um pouco sobre o funcionamento da CG (Computação Gráfica) na televisão e as diferenças de como é tratada dentro e fora do Brasil. Também alertou para o leque de opções nessa área, enfatizando que se pode ter mais de um foco. Enquanto isso, havia na tela demonstrações de CG usadas pela ESPN.
72
Design Magazine Brasil
Jayson Whitmore Após a apresentação de Stela Spironelli subiu ao palco Jayson Whitmore, formado pela Full Sail University e diretor de criação de sua própria empresa, a Royale. Jayson abriu as portas da Royale em 2007, aos 27 anos de idade, e hoje a organização é conhecida por seus trabalhos para empresas como McDonald’s, MTV, Nike e Apple.
Durante sua apresentação Jayson falou um pouco sobre sua vida pessoal, relembrando que, aos 19 anos, em busca de seu primeiro emprego, teve seu portfólio ridicularizado por uma das empresas que procurara. Hoje, porém, a Royale é simplesmente concorrente da empresa que o caçoou e, segundo Whitmore, a sua empresa raramente perde. Jayson também comentou sobre insistência, inspiração e também em “acreditar”. Por meio de um discurso motivador e usando a história sobre a busca de seu primeiro emprego ele disse que o importante para alguém que busca seguir carreira no ramo da computação gráfica é sempre seguir em frente, não importa o que aconteça.
73
CG Extreme
Em um ponto da apresentação, Whitmore mostrou um de seus trabalhos para a Apple. Contou que certa vez foi a uma festa na praia onde havia “bastões de luz” e, a partir desta inspiração, criou um comercial que recebeu altos elogios de Steve Jobs. A história serviu para o diretor mostrar à plateia de onde vem sua inspiração no geral: do mundo exterior, das viagens e lugares que vai, das coisas que experimenta. Jayson esforçou-se por mostrar ao público que sair de casa e buscar inspiração “do lado de fora” quase sempre é a melhor opção.
74
Parte de sua palestra foi dedicada a mostrar aos presentes no CG Extreme que a única diferença entre ele e os que lá estavam era o tempo de trabalho; Jayson esclareceu que o importante não é o quão bom você é, mas o quão você quer ser. Para finalizar, ele mostrou um pouco de seus trabalhos, tais como Nike Free 5.0, The Bell Ringer, MTV Pulse e McDonald’s Fortune, seguidos por perguntas dos fãs.
Design Magazine Brasil
Sebastian Krys Fechando o dia esteve no palco o argentino Sebastian Krys, que já trabalhou com Shakira, Black Eyed Peas, Will Smith e Rick Martin. Foi premiado com quatro Grammy Awards e outros nove na edição latina e em 2009 entrou para o hall da fama da Full Sail. Em sua apresentação Krys direcionou seu primeiro tópico ao foco, onde mencionou que em sua experiência profissional, embora não fosse o mais criativo, sempre foi o mais focado. Por isso, por mais talentosa que a pessoa seja, a preguiça e a falta de foco não a farão chegar a lugar algum.
E há alguns instantes de fechar sua palestra, Sebastian relatou que, durante sua infância, por influência de seu pai, foi apresentado às músicas de Chico Buarque, Milton Nascimento, Gal Costa e outros. Porém Krys também criticou de modo negativo a cultura musical do Brasil: "O Brasil tem músicas mais bonitas do que as de qualquer país do mundo, mas tenho a impressão de que as coisas ficam velhas muito rápido aqui. Muitas vezes a música daqui é mais admirada no exterior, e os brasileiros não preservam a memória musical. Se um país não sabe de onde vem, também não sabe para onde está indo.".
Coberto por muitos aplausos, o produtor deu continuidade à sua palestra. Falando sobre o inicio de sua carreira como produtor: começou trabalhando para a Nickelodeon, fazendo a mixagem dos programas do canal. Ele comenta: “Não era o que eu queria, mas antes de ser o produtor musical é preciso ser o assistente. Vocês têm que traçar um objetivo. Aprendam a fazer o que a maioria não quer, porque você terá a oportunidade e, a partir daí, seus horizontes se abrem.”.
75
CG Extreme
Nathaniel Howe Abrindo a sessão de palestras de domingo (28 de abril) estava Nathaniel Howe, designer e diretor criativo, com mais de dez anos no ramo de branding, publicidade e televisão. Já trabalhou com a divulgação de Red Dead Redemption (da Rockstar Games), em canais de televisão, como Discovery Channel e Nickelodeon e também já foi contratado por marcas famosas. A extensa lista inclui nomes como Universal Pictures, Microsoft, Ford, NBA e MTV.
Acompanhado por lideres de torcida e jogadores de futebol americano, Howe fez uma entrada dinâmica com tal temática. O assunto de sua palestra foi criatividade. Nathaniel mostrou aos estudantes como sempre estar criativo, usando técnicas de meditação e busca de respostas dentro de si mesmo e sempre colocando o que está sentindo em uma imagem.
Após mostrar um pouco sobre como ser criativo, Nathaniel falou sobre sua jornada profissional, para auxiliar os alunos a traçar a jornada deles. Howe mostrou aos alunos que, para se tornar um bom profissional o importante é ser maleável, aprender a gostar de críticas e vê-las como uma oportunidade de se aprimorar, ir atrás de respostas e opiniões e saber se o trabalho transmite o que deveria... Estes são atributos que um artista deve seguir. Terminando a palestra, o designer falou sobre a importância da marca. Todo artista deve colocar sua marca em seu trabalho, para que tudo o que fizer tenha seu estilo.
76
Design Magazine Brasil
Cordy Rierson Produtora e especialista em efeitos visuais. E em games tais como: Silent Hill: Homecoming. A segunda palestrante de domingo, produtora executiva da Microsoft, já participou de trabalhos na indústria do entretenimento, principalmente no ramo cinematográfico, com efeitos visuais em Missão Impossível e Waterworld - O Segredo das Águas e na produção dos jogos The Da Vinci Code e Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith.
Logo de início Cordy resolveu brincar com o público, fazendo com que as pessoas levantassem e falassem para quem estava ao lado o que tinham feito nos últimos dez anos e suas expectativas. Assim como Howe, Cordy relembrou que estabelecer objetivos é muito importante. Por sinal, essa era a finalidade da brincadeira: fazer com que os alunos pensassem em metas para suas vidas. Logo após ter concluído esse exercício inicial, Cordy mostrou que o importante para quem deseja trabalhar em um ramo semelhante ao dela é a evolução. Nunca é tempo de parar. Buscar aprender mais e progredir são requisitos que não podem ser descartados.
77
CG Extreme
Cordy lembrou a todos que falhas são comuns e que até mesmo os melhores as cometem, afirmando sentir-se mal quando isso acontece com ela. Mostrou com isso mais um motivo para que a busca pela evolução e o aperfeiçoamento estejam sempre presentes. Mudando o tópico da apresentação, a produtora falou sobre como começar um projeto: tendo como primeiro passo um “brainstorm” (tempestade de ideias), o projeto deve ser mantido por dois dias, até que, se apresentar excelência, entre na fase de desenvolvimento do protótipo, que dura em média dois anos.
78
Design Magazine Brasil
Chance Glasco Finalmente chegou a vez da palestra mais esperada pela plateia, a de Chance Glasco, presente em seis dos dez jogos da franquia Call of Duty. Durante sua entrada houve a encenação de um combate armado que encantou a plateia. Em seguida, Chance começou falando um pouco sobre sua antiga vida de estudante, revelando não ter sido o melhor aluno nem o mais dedicado, o que, mais tarde, causou-lhe vários problemas, o levando a tomar medidas que acabaram atrapalhando seu cotidiano. O animador mostrou ao público algumas regras de animação para um FPS (First Person Shooter) e as diferenças de quando se trabalha com um FPS e um não FPS. Começando com uma demonstração de uma de suas animações, falou sobre a força que a arma executa em sobre o braço do personagem, o balanço que ela produz quando atira e a perspectiva
de visão do personagem, o que, por sua vez, resultou em uma aula de tiro ao alvo. Glasco disse ao público que, quando se segura uma arma, grande parte da visão do personagem é ocultada, mas que em jogos do estilo FPS a posição da arma deve ser alterada para que a visão do jogador não seja bloqueada. Outros pontos que exigem atenção do animador são a velocidade e o recuo da arma. Um dos motivos pelos quais Glasco iniciou aulas de tiro foi para perceber o ritmo da arma, e assim deixar o jogo com uma aparência mais realista. Após ter dado dicas à plateia de como animar jogos FPSs, Chance terminou respondendo perguntas dos fãs.
79
CG Extreme
Ed Jones Com o fim das palestras, ninguém melhor do que Edward Jones para encerrar o evento com chave de ouro. Jones é especialista em animação e efeitos especiais em 2D e 3D (vistos, por exemplo, em sucessos como Os Caçadores da Arca Perdida, O Império Contra-Ataca e Uma Cilada Para Roger Rabbit) e vencedor de dois Academy Awards (Oscar).
Inicialmente Edward abordou seu trabalho em Happy Feet, mostrando uma cena de perseguição entre um pinguim e uma focaleopardo, seguida por uma conversa. Edward explicou toda a criação e a animação dessa cena, seguidas pela aplicação da textura. Então chegou a vez da apresentação de Matrix, com uma cena em que o personagem principal, Neo, luta com vários inimigos. Jones mostrou que para fazer a cena foi criado um Neo totalmente digital a partir de recursos até então inéditos. O cenário, por sua vez, foi elaborado com base em programas já utilizados. Nesse momento, aproveitou para mostrar tudo que deve ser estudado, como luz e sombra, dobra de roupas e textura.
80
Jones também comentou sobre sua formação e o improviso das técnicas de produção dos filmes usadas tempos atrás.
Design Magazine Brasil
CG Extreme foi o evento que marcou a parceria entre a Full Sail e o Grupo Seven e que, além disso, trouxe aos alunos desta um conhecimento que será lembrado e posto em prática sempre, mas que desde já veio trazendo oportunidades que mudarão vidas.
81
82
Design Magazine Brasil
Portfólio dos Leitores
“Faça erros interessantes, faça erros incríveis, faça gloriosos e fantásticos erros. Quebre regras.Deixe o mundo mais interessante por você estar nele. Faça arte.” Neil Gaiman
83
Portfólios
Gabriel Mikalauskas Vencedor da promoção em parceria com a Moleco. Estou sempre buscando melhorar. Costumo dizer que a base do sucesso é a pratica e muito esforço.
Minha criatividade tomou forma para acompanhar o processo do desenho
84
mikalauskas.gabriel@gmail.com fb.com/SketchBookMikalauskas fb.com/ MikalauskasArt
Design Magazine Brasil
Me coloquei como um personagem de um dos meus games favoritos “MW3”
Fiz a Mônica, personagem famosa dos quadrinhos brasileiros, só que no meu estilo
85
Portf贸lios
Marco Antonio Um jovem designer gr谩fico, com 19 anos de idade, residente na cidade de Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Honesto, sensato e comprometido.
86
fb.com/MarkDesignerMD @mark_designer
Design Magazine Brasil
87
Portf贸lios
Marina Oliveira Mistura de devaneios, sonhos e desejos. 19 anos, estudante de psicologia e amante do design. Desenha como modo de escapar da realidade.
88
fb.com/go.marina imagineallthe.tumblr.com flickr.com/photos/marinago
Design Magazine Brasil
89
Curtiu? Sim
N達o
Ent達o envie-nos um feedback designmagazinebrasil.com.br fb.com/revistadesignmagazine.br
Curta nossa fanpage e nos ajude a melhorar sempre
90