EDIFÍCIO BECO DO SOL

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Bruna Cerqueira Jessica Rangel Lucas Tavares

EDIFÍCIO BECO DO SOL


BC ARQUITETURA


APRESENTAÇÃO Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco, como requisito para a avaliação da disciplina de Atelier de Projeto VIII realizado pelos dicentes Bruna Cerqueira, Jessica Rangel e Lucas Tavares, orientados pelo professor José Nilson de Andrade.


SUMÁRIO


01 02 03 04 05 06

INTRODUÇÃO 1.1 - Área de estudo 1.2 - Definições de consonância e dissonância

ESTUDO DE VIABILIDADE 2.1 - Legislação regente 2.2 - Usos existentes 2.3 - Gabaritos existentes 2.4 - Fluxos e hierarquia de vias 2.5 - Tipologias arquitetônicas 2.6 - Estudo de cheios e vazios

ESTUDO DA CONTEXTUALIZAÇÃO DA PROPOSTA 3.1 - Implantação 3.2 - Volumetria 3.3 - Ritmo 3.4 - Escala 3.5 - Densidade e massa 3.6 - Cores e texturas

ASPECTOS TÉCNICOS DA PROPOSTA 4.1 - Planta de situação 4.2 - Planta de locação e coberta 4.3 - Planta baixa dos pavimentos 4.4 - Cortes AA’ e BB’ 4.5 - Detalhes da Coberta e Greenwall 4.6 - Fachadas A e B (Sudeste) 4.7 - Perspectivas

ESTUDO DE CASO: TEART DO PODOLE 5.1 - Sobre o projeto 5.2 - Implantação 5.3 - Volumetria 5.4 - Ritmo 5.5 - Escala 5.6 - Densidade e massa 5. 7- Cores e texturas

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


INTRODUÇÃO

O presente documento consiste no estudo e elaboração de um anteprojeto de uma intervenção arquitetônica que deve coindizer com a preexistências existentes no meio urbano, respeito o caráter histórico do sítio. A edificação está localizada na Rua Ulhôa Cintra no bairro de Santo Antônio, na zona central da cidade do Recife. O referente trabalho tem por objetivo apresentar o projeto e seu entorno atráves de croquis, textos, perspectivas, plantas e imagens. Com base na leitura territorial, tem-se como diretrizes a metodologia presente na dissertação de mestrado Nivaldo Andrade Júnior (2006) com ênfase nas definições de conssonância e dessonância. O resultado almejado por tais estudos é uma proposta que dialogo com suas adjacências respeitando os valores históricos e culturais.

01


1.1 - ÁREA DE ESTUDO

Foto 01. Mapa área de estudo. Fonte Google Maps.

A área a ser estudada é um trecho pertencente ao bairro de Santo Antônio que está localizada na cidade do Recife, na Ilha de Santo Antônio também conhecida como Ilha Antônio de Vaz. O bairro apresenta área territorial de 81,00 hectares e sua densidade demográfica é de 3,53 hab./h, e está inserida na RPA 1 (Região Político Administrativo). Segundo o Censo de 2010, a taxa de alfabetização do bairro é 99,3% e a Taxa de Crescimento Anual da População é de -6,17%, que o coloca como um bairro mais comercial que um residencial. O bairro limita-se apenas diretamente com o bairro de São José e sua conexão com a vizinhança é feita através das pontes Boa Vista, Santa Isabel e Maurício de Nassau e em sua área pode-se encontrar diversas edificações históricas como o Palácio Campo das Princesas, a Igreja de Santo Antônio e o Teatro de Santa Isabel. O bairro Santo Antônio está localizado em uma ilha no centro do Recife e é um dos bairros mais tradicionais da cidade. Foram feitos diversos aterros para melhor ocupação da área, uma vez que as terras eram estreitas e ainda era cortada por um braço de rio. A presença do engenheiro Louis Léger Vauthier foi importante para o desenvolvimento da paisagem urbana do bairro como a criação do Teatro Santa Isabel. A partir dos seus ensinamentos foram construídas: a Casa de dentenção (1848), a Biblioteca Pública (1852), o Liceu de Artes e Ofícios (1871-1880) e

tantos outros. As pontes Buarque de Macêdo (1856) e Princesa Isabel (1863) são construídas estendendo a conexão do núcleo antigo com o continente. No início do século XX, ocorreu a “conversão da cidade em centro urbano” (REYNALDO, 2017, p.102), impulsionando a expansão urbana. Os projetos de saneamento e desenvolvimento da mobilidade urbana com o sistema de transporte do bonde elétrico, em 1914, são fatores determinantes nesse processo. Dentre os projetos de expansão urbana é válido ressaltar o Projeto de Melhoramentos de Saturnino de Brito, em 1917, e o projeto de expansão urbana realizado pela Prefeitura do Recife, aprovado em 1918. O primeiro, não propunha muitas transformações para a cidade existente, mas limitava-se a demarcá-la e propor expansão urbana. Nesse mesmo período, até a primeira metade dos anos 1920, os bairros do Recife e Santo Antônio perderam o protagonismo residencial e se consolidaram como atividades funcionais. Santo Antônio apresenta uma diversidade de atividades com comércio, serviços, lazer e político-administrativo. Hoje, o bairro de Santo Antônio sofre com os vazios existentes e a baixíssima densidade populacional. O bairro ainda marca o centro antigo da cidade, e configura-se como centro comercial e de serviços, além de político-administrativo.


Foto 02. Rua Ulhôa Cintra. Fonte autoral.

Foto 03. Rua Ulhôa Cintra. Fonte autoral.

Foto 04. Rua Ulhôa Cintra. Fonte autoral.

Foto 05. Rua Ulhôa Cintra. Fonte autoral.

Foto 06. Rua Ulhôa Cintra. Fonte autoral.

Foto 07. Rua Ulhôa Cintra. Fonte autoral.


1.2 - CONSONÂNCIA X DISSONÂNCIA Os conceitos e estudos utilizados como diretrizes para elaboração do projeto, tão quanto para a análise de cada aspecto da edificação a ser projetada com o seu entorno foram baseados na tese de mestrado de Nilvado Andrade Júnior: “Metamorfose arquitetônica. Intervenções projetuais contemporâneas sobre o patrimônio edificado.” O arquiteto fala em seu estudo sobre a forma arquitetônica e seus elementos, diz que a obra deve ser desenvolvida em conjunto com o meio que a circunda, ocorrendo, às vezes, a forma do edifício seguir a sua função. Sua análise desconsidera o interior do edifício. O diagnóstico da forma do objeto arquitetônico em seu contexto urbano é feita sem a análise do espaço interno, a partir disso são identificados alguns aspectos principais como a implantação, escala, volumetria, ritmo, densidade e massa, e cores e texturas.

Foto 08. Centro Cultural Carré d'Art. Fonte: foster + partners.

Foto 10. Centro Cultural Carré d'Art. Fonte: foster + partners.

A partir desses aspectos, as relações entre as intervenções arquitetônicas e as preexistências edificadas podem ser consideradas como: consonantes (quando há harmonia entre as edificações em certos aspectos) e dissonantes (quando não há concordância entre as edificações em alguma circunstância). Para melhor esclarecimento desse tópico mas sem aprofundamento nos aspectos, traz-se como exemplo o Centro Cultural Carré d’Art do arquiteto Norman Foster que mostra consonância no aspecto de escala, uma vez que a edificação respeita a escala do monumento existente. Como segundo exemplo, é o Museu Judaico de Berlim do arquiteto Daniel Libenskind, que apesar do edifício ser projetado pensando na história do lugar e dos homenageados, sua arquitetura é dissonante em diversos aspectos com a edificação existente.

Foto 09. Centro Cultural Carré d'Art. Fonte: foster + partners.

Foto 11. Centro Cultural Carré d'Art. Fonte: foster + partners.


1.2.1 - IMPLANTAÇÃO A implantação tem relação com a localização do novo objeto arquitetônico, sua análise é importante para o reconhecimento de um padrão da inserção de edificações em uma área, para estar em cossonância, é necessário respeitar a lógica do traçado urbano da região, como os recuos e afastamentos existentes, assim como também o formato da quadra. A equipe traz como exemplo a Locação de Conjunto the Economist em Londres, no qual é formado por três edifícios que foram construídos em alturas diferentes e abrem espaços de circulação entre as edificações, contrariando as edificações londrinas que são maciças e não apresentam espaços para circular entre edifícios, logo as edificações estão dissonantes do entorno.

Imagem 12. Locação do Conjunto the Economist. Fonte: a+t research group.

Imagem 13. Locação do Conjunto the Economist. Fonte: Alison e Peter Smithson.

1.2.2 - ESCALA A importância do estudo da escala está na relação das dimensões entre a nova construção e a existente. Para estar em consonância, é fundamental que as dimensões do novo objeto sejam similares às preexistências. A análise da escala também é usado para correção de um edifício existente, isso significa aproximar a escala de um determinado prédio com seu entorno. Para exemplificar, é trazido o Centro Cultural Carré D’Art na França que utiliza pavimentos no subsolo para conseguir atender o programa extenso que esse tipo de edficiação precisa e assim não prejudicar a escala da edificação existente, logo o centro cultural está consonante com seu entorno.

Imagem 14. Centro Cultural Carré d'Art. Fonte: Foster + partners.


1.2.3 - VOLUMETRIA O estudo da volumetria é essencial para identificar a forma geral ou a morfologia da obra arquitetônica. A partir disso é possível definir a aparência do projeto. Vale salientar que uma edificação pode estar consonante com seu entorno, mesmo que seus materiais não sejam similares. Para exemplificar, traz-se a Embaixada Suíça em Berlim, um edifício neoclássico que necessitava de ampliação e para isso foi adicionado uma nova edificação paralelepipeda, respeitando a escala da edificação preexistente, logo é possível concluir que a ampliação está consonante.

Imagem 15. Embaixada da Suíça em Berlim. Fonte: Desconhecida.

1.2.4 - RITMO Em ritmo, é estudado à respeito da repetição de determinado elemento no edifício, os quais caracterizam a aparência do mesmo. Esses elementos podem ser aberturas, estruturas, elementos decorativos, mudança de materiais, cores ou acabamentos de fachada. Tem-se a Torre Velasca em Milão, como exemplo, que tem seu ritmo marcado pela estrutura de concreto saliente a fachada e suas aberturas que fazem referência ao seu entorno, logo a edificação está consonante.

Imagem 16. Torre Velasca em Milão. Fonte: Archdaily.


1.2.5 - DENSIDADE E MASSA A massa e densidade está vinculada ao volume da edificação e corresponde ao peso aparente do objeto arquitetônico, podendo possuir uma arquitetura um pouco maciça. O uso do material é determinante, uma vez que influencia na densidade do edifício, assim como a presença e dimensão das aberturas. Pode-se mencionar o Centro Galego de Arte Contemporânea em Santiago de Compostela que a nova edificação apresenta materialidade parecida e suas aberturas são escassas como a original, tem-se como conclusão que a edificação está consonante com o entorno que está inserida.

Imagem 17. Centro Galego de Arte Contemporânea em Santiago Compostela. Fonte: Fernando Guerra.

1.2.6 - CORES E TEXTURAS As cores e texturas são referentes as características dos materiais utilizados na nova arquitetura em relação aos usados na preexistência. A cor é utilizada para dar ênfase ao caráter do edifício, enquanto a textura é usada para destacar suas divisões e movimentos. A análise das cores e texturas utiliza as fotografias como método de estudo. Para exemplificar, traz-se o Museu de Arte Contemporânea em Barcelona, no qual está totalmente dissonante com seu entorno. A edificação traz materiais como vidro em grande parte de sua fachada junto com uma única cor, que é o branco, diferente do entorno que apresenta uma maior gama de mateiriais e cores mais diferenciadas.

Imagem 18. Centro Galego de Arte Contemporânea em Santiago Compostela. Fonte: Matriz Skate.


ESTUDO DE VIABILIDADE

O estudo de viabiliade tem como intuito expor as potencialidades e dificuldades do entorno que envolve o terreno do projeto. Nele serão analisados a legislação que incide, os usos existentes, os fluxos e hierarquia das vias, as tipologias arquitetônicas e o estudo de cheios e vazios.

02


2.1 - LEGISLAÇÃO VIGENTE A legislação vigente no Recife é o Plano Diretor que foi aprovado e sancionado em dezembro de 2020, tendo 243 emendas. Entre as mudanças previstas, estava a criação de uma nova Zeis, a do Pilar, no Centro do Recife, e a ampliação de outras 21. As Zeis foram criadas, entre outros objetivos, para proteger a moradia popular da especulação imobiliária. Na área encontra-se algumas IEPs, sendo esses um edifício classificado dessa forma, localizado na praça da Independência nº 91 (IEP-58), e três pontes também classificadas assim: a Ponte Princesa Isabel (IEP-243), Ponte Duarte Coelho (IEP-242) e Ponte da Boa Vista (IEP-241). Se referindo as ZEPH correspondem às áreas do território formadas por sítios, ruínas, conjuntos ou edifícios isolados de expressão artística, cultural, histórica, arqueológica ou paisagística, considerados representativos da memória arquitetônica, paisagística e urbanística da cidade. A área de análise trata-se da ZEPH, nomeada Santo Antônio/São José, assim no Anexo 11 da LUOS de 1996, encontram-se os parâmetros e requisitos urbanísticos dela. Enquanto para as áreas de SPR apenas são descritos requisitos especiais, para a SPA a taxa de solo natural, o coeficiente construtivo e os afastamentos serão definidos de acordo com a ZECP, onde a taxa de solo natural é de 20% e o coeficiente 7. Essas características podem possibilitar a construção de altos edifícios nos polígonos dispersos de SPA encontrados na área, contrastando com as edificações já existentes da SPR.

Imagem 19: Imagem aérea com zoneamentos vigentes na área. Fonte: ESIG


2.2 - USOS EXISTENTES Um ambiente diversificado é caracterizado pela pluralidade de usos que gera uma boa segurança, desenvolvimento econômico e cultural, com a possibilidade das mais variadas escolhas e alternativas dos usos. A partir da definição do mapa de diversidade de usos formais e informais, foi concluído que há uma maior quantidade de edificações que são serviços, comércios e vazios. É necessário abordar que o bairro de Santo Antônio deixou de ser uma área residencial para ser uma região somente de serviços gerais, visto que todo o mercado imobiliário foi crescendo para área mais suburbana deixando o Recife antigo ”abandonado”. As pessoas somente frequentam em determinadas horas do dia, em outras fica um deserto isolado, pois os usos não são variados. É importante frisar também outros usos relevantes da área como o religioso, institucional e cultural o qual gera uma zona turística e educadora no sítio, recorrendo a implementação de hotéis, hostels, flats para turistas, valorizando ainda mais a diversidade dos usos que é preciso possuir naquela zona.

Imagem 20: Entrada do edifício da Polícia Militar/ Fonte: Autoral

Imagem 22: Entrada de comércio na Rua Ulhôa Cintra/ Fonte: Autoral

Imagem 21: Rua Ulhô Cintra/ Fonte: Autoral

Imagem 23: Entrada de comércio na Rua Ulhôa Cintra/ Fonte: Autoral

Imagem 24: Marquise de edificação/ Fonte: Autoral


0 25

100

MAPA DE USOS

USO MISTO (COMERCIO E RESIDENCIAL)

USO MISTO (COMERCIO E EDUCACIONAL)

EDUCACIONAL

USO MISTO (SERV, COM, RES)

USO MISTO (SERVIÇO E EDUCACIONAL)

CULTURAL

RELIGIOSO

INSTITUCIONAL

USO MISTO (COMERCIO E SERVIÇO)

SERVIÇO

VAZIO / SEM USO

COMERCIAL

Unidade de medida: Variação de usos.

Grau de diversidade: Relação equilibrada do percentual do uso residencial e demais usos.

N

200m


2.3 - GABARITOS EXISTENTES O Bairro de Santo Antônio possui variedade de tipologias e gabaritos nas suas edificações. Existe uma predominância de construções com até dois pavimentos, e uma quantidade significativa de prédios com até cinco pavimentos. Os lotes que possuem gabaritos mais altos, de onze a vinte pavimentos, ou até mesmo acima de vinte pavimentos, são mais escassas no trecho de estudo. Porém, ainda assim, estão presentes, e trazem consigo a alteração da paisagem urbana do bairro ao longo dos anos. O gabarito das edificações traz a noção de proporcionalidade do bairro, que está relacionada com a harmonia existente entre a área construída e seus entornos. Quanto menor a variação de altura, maior o grau de proporção. Considera-se, após a análise da área, que o gabarito das edificações é predominantemente baixo, sendo assim, alta proporcionalidade.

Imagem 25: Rua Ulhôa Cintra para Av. Dantas Barreto/ Fonte: Autoral

Imagem 26: Fachada de edificações/ Fonte: Autoral


Unidade de medida: Gabarito.

MAPA DE GABARITOS EXISTENTES

ACIMA DE 20 PAVIMENTOS

11 A 20 PAVIMENTOS

5 A 10 PAVIMENTOS

3 A 4 PAVIMENTOS

2 PAVIMENTOS

TÉRREO

Grau de proporcionalidade: Percentual de variação de gabarito (quanto menor a variação maior a proporcionalidade)

89

N 0 25

100

200m


2.4 - FLUXOS E HIERARQUIA DE VIAS O mapa mostra os principais fluxos tanto de pedestres quanto de veículos, paradas de transporte coletivo, e acessos de carros e pedestres aos usos presentes na Rua Ulhôa Cintra. A análise foi feita através dos mapas, considerando a integração do território com os meios de locomoção. Pelo mapa, percebe-se que a Ponte Princesa Isabel, Rua do Sol, Praça da República, Ponte Buarque de Macedo , R. Siqueira Campos, Av. Dantas Barreto e Av. Martins de Barros possuem os principais fluxos de veículos e de pedestres. Na Rua Ulhôa Coelho o principal fluxo é de carros, e conta com um pequeno trecho da rua com fluxos apenas de pedestres. Próximo à rua de intervenção percebe-se a existência de seis paradas de ônibus na Rua do Sol, e uma estação de BRT na Av. Dantas Barreto. Ainda na área de intervenção, o mapa identifica os acessos de carros e os de pedestres.

Imagem 27: Imagem áera do bairro de Santo Antônio/ Fonte: Google

Imagem 28: Imagem áera do bairro de Santo Antônio/ Fonte: Google Earth


MAPA DE FLUXOS

Fluxos de veículos Fluxos de pedestres Paradas de ônibus Acesso de pedestres Acesso de veículos

89

N 0 25

100

200m


2.5 - TIPOLOGIAS ARQUITETÔNICAS O mapa de tipologia arquitetônica tem como propósito expor os diferentes estilos arquitetônicos presentes na área que se estuda. A sua importância está em como as tipologias podem contar a história do local e explicar o porquê do seu traçado urbano corresponder ao existente. Na área existe um destaque da tipologia do tipo “casa de porta e janela” que remete a estrutura fundiária de lotes estreitos e extensos, pertencentes a ocupação original do bairro, no entanto outra tipologia bem aparente na área é o "edifício galeria” que já representa outro tipo de ocupação mais recente no local. Essas edificações estão concentradas na Av. Dantas Barreto e Av. guararapes, respectivamente. Pelo mapa percebe-se a concentração das tipologias formando pequenos núcleos com as características próprias que dão uma unidade e identidade a cada rua e quadra. Um exemplo é o trecho calçado da rua Ulhôa Cintra em que todas as tipologias são do tipo “casa de porta e janela”.

Imagem 29: Edificação na rua Ulhôa Cintra/ Fonte: Autoral

Imagem 30: Fachada de edificação/ Fonte: Autoral


EDF. SINGULAR

EDF. MODERNO

EDF. GALERIAL

EDF. MARQUISE

EDF. CAIXÃO

...

OUTRO

...

0 25

EDF. SOBRE PILOTIS

EDF. PÓDIO

CASA SEM RECUO

TEMPLO

MAPA DE IDENTIDADE

CASA DE PORTA E JANELA

SOBRADO

Unidade de medida: Tipos arquitetônicos

Grau de iden dade: Recorrência de pos arquitetônicos similares.

N

100

200m


2.6 - ESTUDO DE CHEIOS E VAZIOS O mapa de cheios e vazios, como o nome já diz, analisa os cheios (em preto) que significam as construções e os vazios (em branco) que significam espaços não edificados. A importância desse mapa está no reconhecimento da organização espacial das edificações nas cidades e seus espaços livres. Antes de projetar é essencial instruir-se sobre a densidade volumétrica do local onde a nova edificação estará inserida. Na área de intervenção, a partir do estudo de skyline (representação das fachadas do trecho para identificar seu gabarito, identidade arquitetônica e escala), foi possível analisar que há uma grande massa de pequenas edificações na parte inferior, sendo sua maioria casarios e edifícios pré-modernistas. Na parte superior, tem-se menos edificações sendo essas mais densas e mais espaçadas entre si. Essa área recebe essas características pois foram edificações e espaços planejados pelo conde Maurício de Nassau.

Imagem 31: Fachada de edificação/ Fonte: Autoral

Imagem 32: rua Ulhôa Cintra/ Fonte: Autoral


N

0 25

100

200m

MAPA DE CHEIOS E VAZIOS


ESTUDO DA CONTEXTUALIZAÇÃO DA PROPOSTA

03


3.1 - IMPLATAÇÃO Acerca da implantação no qual fala sobre a localização do novo objeto arquitetônico imerso na área de entorno, o projeto elaborado pela equipe constitui-se a partir de um gride 3x5m para definir os cheios e o vazios, os recuos laterais e a formação dos pátios internos dos volumes. Portanto, considera-se um recuo frontal somente no térreo para transmitir a sensação de amplitude da calçada, contudo o recuo frontal foi evitado nos pavimentos superiores para respeitar o traçado urbano. É utilizado o recuo lateral no volume na parte posterior e de pátios internos para usufruir da ventilação e iluminação natural e trazer para o edifício biofilia e a permeabilidade com a rua, uma vez que o terreno é curto e estreito. Em suma, o edifício, apesar de apresentar características cosonantes como os pátios internos encontrados no entorno, é decidido que o prédio é dissonante pois apresenta uma grande fragmentação da construção.

Foto 33. Área de estudo com cheios e vazios das edificações. Google Maps.


LAJE IMPERM EABILIZA

DA

12,35

LAJE IMPERM EABILIZA DA 2,40

RUA ULHÔ

A CINTRA

Foto 34. Zoom da área de estudo. ESIG.

- pátio

SOLO NATURAL SOLO NATURAL

- recuo lateral - implantação sugerida

EDIFICAÇÃO

EDIFICAÇÃO

PÁTIO

SOLO NATURAL

EDIFICAÇÃO


3.2 - ESCALA A respeito da escala que relaciona as dimensões entre a nova edificação e a existente.Na área de estudo, foi perceptível uma pequena variação dessa escala, indo de edificações com apenas pavimento térreo até edificações com até 10 pavimentos. Após elaborar o skyline da rua em que está inserido o terreno do projeto, a equipe pode perceber uma baixíssima variação entre os edifícios existentes, sendo o lado da rua onde o projeto será inserido majoritariamente com edifícios baixos de até três pavimentos (térreo + dois). Devido a isso, optou-se pela edificação mais alta, Edifício Douro, sendo essa de três pavimentos, para assim ser possível explorar mais usos na edificação ao longo dos andares. A altura dos gabaritos varias conforme seus usos, logo no térreo o pé direito é de 4,50m, e os dois pavimentos tipos são de 3,0m. A partir disso foi reconhecido que a escala do edifício possui uma consonância com a maioria dos volumes presentes na área.

Foto 35. Rua Ulhôa Cintra. Fonte autoral.

Foto 36. Rua Ulhôa Cintra. Fonte autoral.

Edf. Douro

3,0m 3,0m 4,5m

SKYLINE 1 ESCALA 1:600

uso comercial

uso residencial

24m 18m

8,3m

12,5m 4,5m

SKYLINE 1 ESCALA 1:650


3.3 - VOLUMETRIA

Casa de porta e janela

Edifício caixão

Após a aula in loco, foi identificado diferentes tipologias arquitetônicas presentes. Na área de estudo é constado edificações do estilo protomodernista, sendo essas densas, com poucos recuos ou quase nenhum e algumas com pátios internos. Também foi identificado edificações de um ou dois pavimentos, datadas de 1939, segundo dados das Informações Geográficas do Recife (ESIG), que também são condensadas, sem recuos e telhados de duas águas que podem ser disfarçadas por platibandas, independente da tipologia das

Foto 37. Perspectiva vôo de pássaro. Fonte autoral.

Foto 38. Perspectiva vôo de pássaro. Fonte autoral.

Casa sem recuo

Edifício galerial

edificações. Muitas apresentaram marquises ou toldos nas entradas principais. A Forma que a equipe explorou a volumetria foi através do estudo de implantação, sendo realizado com recuos laterais e a formação de pátios internos. Logo, o volume possui uma altura de 10,5m, sendo distribuído pelo térreo + 2 pavimentos. Foi utilizado uma releitura da tipologia de porta e janela, além de uma marquise para gerar sombra para os pedestre. Respectivamente as características acima são consonantes com a região trabalhada.


3.4 - RITMO Para entender como o ritmo funciona na área de estudo, que fala sobre a repetição de um determinado elemento no edifício. A partir dos dois sklyline’s da rua em que está inserido o projeto, é perceptível um ritmo com as janelas das edificações de estilo protomodernistas e que essas mesmas edificações ocupam grandes terrenos sem recuos frontais e apresentando em alguns casos, pátios internos. Uma especificamente apresenta cobogó e janela em fita. As edificações menores e sem uma data particular de construção têm características como terrenos compridos e estreitos por não apresentarem recuos. As edificações apenas possuem aberturas em sua fachada frontal, sendo essas só uma grande abertura ou uma janela e porta. Para o projeto, a equipe utilizou o ritmo das janelas em todos os pavimentos, sendo esse cortado por uma pele que rasga a marquise e vai até o térreo. A lógica visou a proporção e unidade do edifício, como visto no seu entorno, logo a edificação nesse aspecto é consonante.

SKYLINE 1 - Ritmo

RITMO SUGERIDO

SKYLINE 2 - Ritmo


3.5 - DENSIDADE E MASSA A densidade e massa que diz respeito ao peso aparente do objeto arquitetônico, tem a análise feita também pelo perfil do skyline, no qual tem a intenção de identificar a massa através da materialidade e aberturas. A partir do estudo pode-se observar os cheios em branco e os vazios hachurados em preto nas edificações. Logo foi concluído que a área possui densidade equilibrada pois dispõe de uma certa harmonia nas aberturas dos edifícios. Seguindo, essa lógica a proposta inserida foi apresentar uma constância entre o cheio e o vazio através das esquadrias e da pele do estudo do ritmo. Conclui-se que é consonante.

CHEIO

VAZIO

CHEIO

SKYLINE 1 - DENSIDADE E MASSA ESC: 1:600

DENSIDADE E MASSA SUGERIDO

SKYLINE 2 - DENSIDADE E MASSA ESC: 1:600


3.6 - CORES E TEXTURAS A cor é utilizada para dar ênfase ao caráter do edifício, enquanto a textura é usada para destacar suas divisões e movimentos. A partir disso a análise das cores e texturas utiliza as fotografias como método de estudo. Portanto, foi diagnosticado baseado nas edificações, cores com tons mais terrosos e claros. Há como exemplo a cor marrom, cinza, azul, bege, roxo, laranja, entre outros. Em relação as texturas, foi observado a presença da alvenaria com pintura, tijolo aparente, concreto, vidro translúcidos nas esquadrias, gradis de ferro e metal. No projeto foram escolhidos cores terrosas no tom bege e terracota nos pavimentos tipos e na moldura, e além disso é utilizado o cinza claro no térreo para destacar as reentrâncias e a diferença de uso. O material escolhido para as paredes externas foi alvenaria revestida de argamassa na cor bege com textura em chapisco na parte superior e concreto aparente no térreo, na moldura foi usado metal na cor terracota, todos esses elementos citados fazem analogia ao entorno. Por fim, uma pele metálica com elemento em vidro, vazada na cor marrom para trazer a contemporaneidade ao projeto. Logo, a edificação é consonante nesse aspecto.

Foto 39. Sítio de Estudo. Fonte docente UNICAP.

SKYLINE 1 - CORES E TEXTURA ESC: 1:600

SKYLINE 2 - CORES E TEXTURA ESC: 1:650


Foto 40. Rua Ulhôa Cintra. Fonte autoral.

Foto 41. Rua Ulhôa Cintra. Fonte docente UNICAP.

Foto 42. Rua Ulhôa Cintra. Fonte docente UNICAP.

Foto 43. Rua Ulhôa Cintra. Fonte docente UNICAP.


ASPECTOS TÉCNICOS DA PROPOSTA

04


So l do

Ru a

ôa

C

in tra

am

po s

ei

ira Camp os

rreto

Rua Siqu e

Av. Dan tas Ba

ei r aC

leto C a

Siq u

ôa Cin tra

Rua C

Ru a

Rua Ulh

Rua Dr. Jo sé Henriqu e Vanderl

Ul h

mpêlo

Ru a

N

PLANTA DE SITUAÇÃO ESC: 1:1000


LAJE IMPERMEABILIZADA 12,35

LAJE IMPERMEABILIZADA 2,40

RUA ULHÔA CINTRA

N PLANTA DE COBERTA ESC: 1:100


DEPÓSITO

0,15

LOJA 2

LOJA 3

WC 0,15

0,15

0,15

WC 0,15

ACESSO LOJA

0,15

LIXO

0,15

MEDIDORES

HALL DE ENTRADA

SALA DE ESPERA

CORRER

B

ACESSO LOJA

0,15

ACESSO RESIDENCIAL

0,15

Gás

0,10

0,00

CAFETERIA

LOJA 1

0,15

0,15

ACESSO PRINCIPAL

RUA ULHÔA CINTRA

N PLANTA BAIXA TÉRREO ESC: 1:100

A


BWC

BWC SUÍTE

SUÍTE

COZINHA

SALA DE ESTAR

SALA DE JANTAR

COZINHA

SALA DE ESTAR

SALA DE JANTAR 4.50

4.50

B

ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA

4.50

QUARTO 02

COZINHA

COZINHA

4.50

BWC

SALA DE JANTAR

QUARTO 01

QUARTO 02

4.50

SALA DE JANTAR

SALA DE ESTAR

BWC

SALA DE ESTAR QUARTO 01

RUA ULHÔA CINTRA

N PLANTA BAIXA 1ºPAVIMENTO ESC: 1:100

A


BWC

BWC SUÍTE

SUÍTE

COZINHA

COZINHA

SALA DE JANTAR

SALA DE ESTAR

SALA DE ESTAR

SALA DE JANTAR 7.50

7.50

LAVANDERIA

CORRER

B

7.50

QUARTO 02

COZINHA

COZINHA

7.50

BWC

SALA DE JANTAR

QUARTO 02

7.50

SALA DE JANTAR

BWC

SALA DE ESTAR

SALA DE ESTAR

QUARTO 01

QUARTO 01

RUA ULHÔA CINTRA

RUA ULHÔA CINTRA

PLANTA BAIXA 2ºPAVIMENTO ESC: 1:100

A

N


RESERVATÓRIO SUPERIOR

BARRILETE

CAIXA DO ELEVADOR/ ACESSO CAIXA D´ÁGUA

DET.01

APARTAMENTO 2

7.50

4.50

CAFETERIA

CORTE AA ESC: 1/150

CORTE BB ESC: 1/100

CORTE BB ESC: 1/100

COZINHA

BWC

4.50

LOJA 3

ACESSO RESIDENCIAL

0.15

BWC

7.50

ESPAÇO DE ESTAR

APARTAMENTO 1

COZINHA

0.15


DET.01

CAIBRO DE MADEIRA CALHA

TELHA CANAL 40,0x23,0

RUFO-DILATADO SOBRE CALHA TERÇA FINAL MADEIRA TESOURO DA MADEIRA

ELEVAÇÃO DA ALVENARIA

ELEVAÇÃO DA TERÇA 25CM SOBRE PARA A LAJE

LAJE DE CONCRETO

TUBULAÇÃO

DETALHE 01-TELHA CANAL ESC:1:20

PEÇA LATERAL TERRA CANAL DE IRRIGAÇÃO MÓDULO INTEIRO

DETALHE GREENWALL ESCALA 1/20


FACHADA SUL VOLTADA PARA RUA ULHÔA CINTRA ESC: 1:75


FACHADA SUL - BLOCO COM VISTA PARA O PÁTIO ESC: 1:75


Foto 44. Vista da Rua Ulhôa Cintra.

Foto 45. Vista da Rua Ulhôa Cintra.


Foto 46. Vista da Rua Ulhôa Cintra.

Foto 47. Vista da Rua Ulhôa Cintra.


Foto 48. Vista da Rua Ulhôa Cintra.

Foto 49. Vista da entrada do pátio interno.


Foto 50. Vista da loja 01.

Foto 51. Vista da cafeteria.


Foto 52. Vista do pátio interno.

Foto 53. Vista do pátio interno.


Foto 54. Vista do pátio interno.

Foto 55. Vista do pátio interno.


Foto 56. Vista do pátio interno.

Foto 57. Vista da passarela com acesso aos apartamentos.


Foto 58. Vista da passarela com acesso à lavanderia.

Foto 59. Vista da sala de estar do apartamento.


Foto 60. Vista quarto de casal do apartamento.

Foto 61. Vista do quarto de solteiro do apartamento.


Foto 62. Vista do espaço de permanência do condomínio do residencial.

Foto 63. Vista da lavanderia.


ESTUDO DE CASO: TEART DO PODOLE

05


5.1 - SOBRE O PROJETO O estudo de caso escolhido pela equipe é o Teatro Podole, localizado em Kyiv City na Ucrânia, projetado pelo escritório Drozdov & Partners. Sua construção começou nos anos 90 e se manteve abandonada desde então (construído entre 2015 e 2017). A proposta de um novo projeto trazendo transformações significativas foi sugerida, ao mesmo tempo que o teatro evoluiu de um exclusivo “palácio” para um espaço público inclusivo, em caráter funcional. Quase todo o esquema foi alterado, incluindo os níveis, o que simplificou a interação entre o teatro em si, seus convidados e a cidade. os auditórios e o palco são os únicos volumes que permanecem intactos. Sua nova fachada é feita de tijolos reciclados, que recupera o parcelamento perdido e o volume dentro da escala geral da rua. O volume retraído, todo revestido em titânio e zinco, possui todas as características técnicas massivas inerentes a um teatro. Ele se funde a colina verde por trás dele. Possui vazios de cada lado, que fazem parte do cenário de entreterimento. O portal de entrada faz a comunicação física e visual entre a rua e o lobby, que é um local para vários eventos, tanto durante o dia como a noite. este portal “transmite” eventos de um espaço para o outro, com os espectadores do teatro e pedestres se transformando em atores e espectadores, e vice-versa, dependendo do ponto de vista.

Imagem 64: Teart do Podole. Drozdov & partners.


5.2 - IMPLANTAÇÃO Acerca da implantação, que é relacionado com a localização do novo objeto arquitetônico, o teatro manteve grande parte de sua estrutura original. O edifício original como as intervenções respeitaram o traçado urbano do entorno, seguindo bem o alinhamento do lote. Logo, pode-se concluir que no aspecto de implantação, o Teart na Podole é consonante.

Imagem 65: Teart do Podole. Drozdov & partners.

5.3 - VOLUMETRIA A equipe constatou que a volumetria, que identifica a forma geral da obra arquitetônica, do Teart na Podole é consonante com seu entorno, uma vez que apresenta reentrâncias na fachada que simulam as esquadrias dos edifícios próximos, além das proporções serem constante ao porte das edificações.

Imagem 66: Teart do Podole. Drozdov & partners.


5.4 - RITMO O ritmo, que identifica a repetição de determinado elemento no edifício, de ambos os volumes possui uma lógica similar a encontrada no entorno. A parte do edifício dos anos 90 tem reentrâncias na fachada com um ritmo constante, e mesma proporção, o que o faz consonante com o entorno. Já a fachada do volume que passou por alterações não possui tal constância ou proporção no espaçamento entre as aberturas, portanto dizemos que o mesmo é dissonante.

Imagem 67: Teart do Podole. Drozdov & partners.

5.5 - ESCALA Acerca da escala, que relaciona as dimensões da nova construção com as existentes e após analisar as imagens da edificação com o entorno, é possível constatar que a edificação original mantem uma escala aproximada com as outras edificações, logo é consonante. Já adição feita ao edifício é dissonante, uma vez que apresenta uma altura mais elevada do que o entorno, também é possível ressaltar que as diferentes materailidades auxiliam nessa percepção. É valido evidenciar que a edificação está localizada em uma colina, logo as alturas não são iguais devido a inclinação presente.

Imagem 68: Teart do Podole. Drozdov & partners.


5.4 - DENSIDADE E MASSA A partir das imagens pode ser bem visto a retratação da massa e densidade, que corresponde ao peso aparente do objeto arquitetônico, mesmo com as intervenções realizadas, é um edifício bastante denso e maciço, em relação ao entorno, portanto conclui-se que é consonante. Tanto a edificação em sua forma prévia como depois das alterações, apresentam o mesmo peso aparente.

Imagem 69: Teart do Podole. Fonte: Google Maps 2015

Imagem 70: Teart do Podole. Drozdov & partners.

5.5 - CORES E TEXTURAS Em relação as cores e texturas que refere-se as características dos materiais, as cores dos edifícios do entornos são, em sua maioria, cores pasteis e acabamento em argamassa e pintura, já o Teatro utilizado de estudo pela equipe, possui dois tipos de revestimento, tijolos e titânio. Portanto, apesar do tom pastel do volume dos anos 90 ser consonante, em relação a cor dos tijolos, a textura, o torna dissonante, assim como a cor e a textura do volume adicionado.

Imagem 71: Teart do Podole. Drozdov & partners.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

06


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RECIFE, 2021


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