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AMANDA VIERA CLARA HARGER ESTÁCIO ANACLETO LUCAS TAVARES
EQUIPE 5
Análise urbana integrada: bairro do Poço da Panela- Recife
APRESENTAÇÃO O objetivo do trabalho é a análise urbanística do bairro do Poço da Panela, mais especificamente entre os limites da loja Chá com Chita e o Parque Santana. A partir da ida à área designada é notório o estudo feito com as definições de rua cidadã e espaço urbano cidadão, os quais foram o ponto de partida para a síntese examinada. A equipe responsável pela produção gráfica e conteudista do livro são: Amanda Barbosa; Clara Harger; Estácio Anacleto e Lucas Tavares, alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco. Assessorados pelas professoras Clarissa Duarte e Lea Cavalcanti, é perceptível que se almeja em cada capítulo um resultado claro que possa ser discutido e pensado em futuras intervenções. Dessa forma, é cognoscível que um novo projeto seja respeitoso e honesto com os moradores. Sempre com um olhar no âmbito social, um plano urbano que alcance de maneira igualitária a comunidade local.
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1. INTRODUÇÃO Este exercício tem como objetivo a análise urbana integrada do bairro do Poço da panela, localizado na cidade do Recife. Fundamentado nesses estudos, foram examinados os seguintes aspectos: identidade, proporcionalidade, diversidade, densidade, acessibilidade, multimodalidade, conectividade, colaboração, iluminação, caminhabilidade, permeabilidade, e vegetalização. O resultado esperado dessas análises é um diagnóstico específico para cada tópico, a fim de estabelecer parâmetros do local, para que possa ser ajustado aos parâmetros de Espaço urbano cidadão,
INTRODUÇÃO
A produção dessa atividade foi realizada pelos alunos: Amanda Barbosa Vieira de Vasconcelos, Clara Harger Rivero, Estácio André Anacleto de Sá, Lucas Teixeira Tavares, estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Católica de Pernambuco, assistidos pelas docentes Clarissa Duarte e Léa Cavalcanti. Portanto, é imprescindível a análise dos interesses da comunidade, para que as mudanças possam alcançar o objetivo de atingir diversos âmbitos sociais, buscando sempre as melhores decisões para a sociedade.
2.1 CIDADE PARA PESSOAS Com a ascensão dos ideais modernistas em meados do século XX, as ideologias que vem dominando o planejamento até hoje colocam os automóveis como prioridade no uso das cidades negligenciando a dimensão humana, com largas vias e construções individuais autônomas. O resultado disso vêm aparecendo ao longo desses anos, cidades cada vez mais vazias e sem vida, distanciando os indivíduos da ideia do espaço urbano como principal meio de interações sociais.
Muitos pesquisadores vêm discutindo sobre o colapso dessas cidades e as formas mais viáveis de mudar esse quadro. No início da década de 60, jane jacobs teve importante papel nesse debate com seu livro Morte e vida das grandes cidades, nele ela coloca que, a vitalidade de uma cidade está ligada a qualidade dos espaços públicos e sua relação com a escala humana. As experiências visuais e sensoriais que uma cidade promove as pessoas vai levar a ocupação ou a falta dela. Para uma cidade viva, segura e sustentável, o primeiro pré requisito, é a caminhabilidade. Essa caminhabilidade pode ser promovida a partir de mudanças nesses espaços. Entender as ruas e calçadas não apenas como uma forma de chegar nos locais mas sim um lugar onde acontece todas as interações humanas, é o início desse processo. O ambiente tem que ser seguro, atrativo e interessante, calçadas largas e o uso misto dos espaços assim como locais de permanências que promovam encontros, viabiliza essas transformações.
Com isso se conclui que essas mudanças no espaço podem trazer grandes renovações no comportamento das pessoas. Na cidade de Melbourne, na Austrália, por exemplo, pequenos ajustes como investimentos em atividades artísticas, inserção de mobiliários urbanos, criação de ciclovias, e melhorias nas condições dos transportes verdes, assim como inviabilização Imagem tirada do livro “o urbanismo” de Le Corbusier. O gráfica mostra o avanço dos automóveis ao longo dos anos, do uso de automóveis em determinados locais, a partir do final do século XIX até os anos 20 do século XX. causou transformações positivas nesses espaÉ notório o crescimento veloz das colunos, caracterizando ços, tornando eles seguro, multifacetado, inteo comodismo da população, a substituição do caminhar. ressante e democrático.
2.2 ESPAÇO URBANO CIDADÃO
2.3 RUA CIDADÃ
Todo urbanista em sua concepção de projeto busca idealizar a integração dos componentes por ele estabelecidos para que ocorra de forma fluida a composição do Espaço Urbano Cidadão, embora é muito comum que ocorra durante o seu processo problemáticas que por vezes fazem com que o programa seja adequado para suprir determinadas circunstâncias. Dessa forma, nem toda cidade possui em sua composição os elementos necessários para resolver essa problemática, para isso é necessário um maior entendimento do assunto e tudo que o envolve
A rua cidadã é o local público onde circulam e habitam pessoas, onde os aspectos urbanos, como vegetação bem trabalhada, mobiliário urbano harmônico, mobilidade desenvolvida e interfaces são calculados e planejados de maneira ideal para melhorar e agradar a segurança e conforto dos cidadãos, é o espaço socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente responsável.
espaço urbano cidadão social
econômico
ambiental
Infográfico sobre o Espaço Urbano Cidadão.
O conceito de Espaço Urbano Cidadão abrange a integração entre os ambientes públicos e privados, os quais são utilizados pelos habitantes que residem e usufruem o lugar. Sendo equiparados à prática contemporânea de conceber a cidade, é entendida como um recinto de trocas sociais, tendo noção que isso seja base para o suprimento da necessidade humana. Compreende-se que seja buscada a sinergia entre todos os componentes e que foram planejados de forma integralizada e conjunta, levando em consideração os conceitos nele aplicados.
Para entender o que significa Espaço Urbano Cidadão é preciso entender também o sentido de Rua Cidadã e Arquitetura Urbana, já que ambos em coesão compõem a definição do que é o Espaço Urbano Cidadão e em sua totalidade dão acepção ao que se trata a Paisagem Cultural. O principal norte dessa conceitualização é a dimensão humana, a forma como tudo isso afeta o homem diante do seu ir e vir, seu uso, onde o intuito é promover a existência de recursos no ambiente que dê suporte através dos componentes que devem existir no espaço.
São as principais características de uma rua cidadã: Mobiliário urbano: São móveis implantados em lugares públicos, disponíveis à utilização da população, que estabelecem urbanismo e design à cidade.
Mobilidade urbana: No dicionário, mobilidade significa “facilidade para se mover”. Ou seja, é a condição que permite o deslocamento das pessoas em uma cidade, com o objetivo de desenvolver relações sociais e econômicas.
Fotografia do site GMC online
Imagem do site Dopernambuco.com. Foto do calçadão da Av. Boa viagem. Indica o mobiliário urbano presente na praia.
Vegetação: Fundamentais nas ruas e avenidas, as árvores possuem, além de uma função estética, um importante papel no conforto térmico do local. Além dessa importante característica, elas também colaboram com a redução da poluição sonora e do ar e ainda fornecem sombra. imagem Recife antigo/ Fonte: TripAdvisor/ adaptada e remontada por nossa autoria.
Fotografia feito pela autoria do grupo. Representa a vegetação no Poço.
Interface urbana: É possível entender-se a interface sendo um espaço (o lugar onde decorre a interação e a troca), é a relação do privado com o público, sendo medido com o grau de permeabilidade visual.
Chá com Chita, serviço na Av. 17 de Agosto.
3.1 ASPECTOS HISTÓRICOS O Poço da panela surgiu por meio de um pequeno povoado na beira do rio Capibaribe no século XVIII, a população vivia das grandes plantações de cana de açúcar, a qual era comandada por Anna Paes. Existia uma tradição de que o rio possuía capacidades curativas e medicinais, visto que, naquela época o rio era bastante limpo e cristalino, portanto a elite começou a se instalar nas redondezas com o intuito desse banho espiritual.
Uma igreja dedicada a nossa senhora da saúde foi edificada pelo maior proprietário do local, o capitão Henrique Martins. Tal capela foi erguida por conta das águas do poço terem contribuídos para sanar as epidemias. Em 1802 tomou-se a iniciativa de abrir uma estrada em um antigo caminho que começava na ilha Antônio de Vaz, passando no mondego e depois atravessando o riacho do manguinho por uma ponte de pedra. Essa ação estava ligada com o interesse de unir engenhos com terras muito férteis, tais quais o de Casa Forte, Monteiro e Dois Irmãos, a nova estrada transformava-se, assim, em Estrada Real. No século 19 os engenhos e chácaras foram gradativamente sendo desativados, instalando-se então moradias próximas ao rio. A estrada facilitou e incentivou a ocupação dos lugares, inclusive a instalação de uma rede ferroviária urbana.
Imagem retirada do site da fundaj.gov.br. Representa um casarão no Poço da panela nos séculos passados.
Depois que os lotes foram repartidos, a área virou um local predominante da classe média e continua tendo seu charme e muito Com a comunidade ribeirinha cres- valor arquitetônico. cendo, começou a surgir desabastecimento de água visto que não achavam correto utilizar a água do rio. Depois de um período de tempo descobriram um olho d água de frente à igreja local, como solução para eles construírem um poço. Para não perder essa nascente foi necessário fazer uma estrutura de barro com um formato de uma panela para segurar as paredes do poço. Desse modo, foi criado o nome do Poço da panela pela brilhan- Capitania de Pernambuco Fonte:Conhecimento Científite ideia da construção do equipamento co Náutico Professor Fernando. em prol da sobrevivência da comunidade. Hoje o bairro que contém a estrada real do poço, tombada pelo patrimônio histórico, habita a classe média recifense, e conta sua histórias com belos casarões seculares, fundações e ruas de pedra.
O surgimento dos engenhos no Brasil com a ideia de implementar os engenhos de cana de açúcar em diversos territórios brasileiros, comercializá-lo internacionalmente e se aproveitar dos lucros. Para melhor administrar esses locais, foram criadas as capitanias hereditárias, que eram lotes de terras entregues a pessoas ligadas a coroa portuguesa.
Engenho de casa Forte:
O engenho Casa Forte foi criado em meados do século XVI por Diogo Gonçalves, em uma parte das terras que lhe foram doadas provenientes das capitanias hereditárias de Pernambuco. Teve vários proprietários e vários nomes, Os engenhos surgiram no Brasil no final mas só foi se chamar engenho Casa Fordo século XVI, Portugal com o objetivo de sair te a partir de 1645 e se localizava na da crise financeira que se encontrava, além de margem esquerda do rio Capibaribe impedir que outros países invadissem o Brasil, partiu com a ideia de implementar os enge- A casa dos engenhos se localizanhos de cana de açúcar em diversos territórios va num local que se chamava, campina brasileiros, comercializá-lo internacionalmente de Casa Forte até 1645, quando lá, onde e se aproveitar dos lucros. Para melhor admi- atualmente se encontra a praça de casa nistrar esses locais, foram criadas as capitanias forte, aconteceu a Batalha de Casa Forte. hereditárias, que eram lotes de terras entregues a pessoas ligadas a coroa portuguesa. A batalha de Casa Forte aconteceu entre brasileiros e holandeses Os engenhos eram constituídos de e foi uma das mais notórias guerplantações de cana de açúcar, equipamentos ras que marca a vitória pernambupara processá lo e construções, nessas conscana contra o domínio holandês . truções ficavam as senzalas e os casarões dos senhores de engenho.Na cidade do Recife a maioria dos engenhos se encontra às margens do capibaribe, pois isso facilitava o transporte, muitos deles deram nomes a bairros, como Engenho Madalena, Engenho Torre, Engenho Casa Forte, Engenho Apipucos.
3.2 LEGISLAÇÃO URBANA A área escolhida de análise foi no bairro do poço da panela, com os limites na Av. 17 de Agosto (Norte); Rio Capibaribe (Sul); Rua Jorge Guimarães (Oeste) e Rua Da. Olegarinha (Leste). A legislação e os regramentos presentes em todo o bairro serão citados abaixo:
Igreja de Nossa Senhora da Saúde Fonte: Site Por aqui.
ZEIS: ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL: - Seleciona regramentos arquitetônicos e urbanísticos para áreas mais debilitadas em infraestrutura. imagens do capibaribe, PROJETOS parque capibaribe fonte inciti.org.
ZEPH: ZONA ESPECIAL DE PRESERVAÇÃO HISTÓRICO; - Define as regras urbanísticas e arquitetônicas para a área de patrimônio histórico. Estrada real do poço imagem: Braulio Moura.
IPAV: IMÓVEIS DE PRESERVAÇÃO DE ÁREAS VERDES; - São imóveis que possuem uma área verde muito significativa e contínua, a qual ameniza o clima deixando o bem-estar coletivo.
A ARU é dividida em três setores, cujo são: - SRU 1: Sistema de reestruturação urbana I; Representada por uma área muito densa, constituída por habitações predominantemente multifamiliares e com as principais vias saturadas. - SRU 2: Sistema de reestruturação urbana II; Estrutura a área com um grande processo de transformação, referente ao uso e à ocupação do solo. Visando o equilíbrio da área construída e a oferta de infraestrutura. - SRU 3: Sistema de reestruturação urbana III; Esse setor é desenvolvido a partir do ambiente que margeia o Rio Capibaribe e apresenta habitações predominante unifamiliar, com o intuito de preservar a sua paisagem natural. Como podemos ver abaixo, a área do Polo da panela está determinada apenas pela o SRU3.
Legislação urbana da área 5. Composta pela Zona Especial de Preservação Histórico.
IEP: IMÓVEIS ESPECIAIS DE PRESERVAÇÃO; - São referências de arquitetura de valor para o patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade. ZAN: ZONA DE AMBIENTE NATURAL; - Áreas não urbanizadas e com forte presença de matas nativas e unidades de conservação da natureza (UCN). São encontradas definidas em função dos cursos dos formadores das bacias hidrográficas e pela orla marítima. ZAC: ZONA DE AMBIENTE CONSTRUÍDO; - Existem dois tipo da ZAC, a controlada e a restritiva, com o intuito de conhecer a geomorfologia da área, enfrentar o avanços imobiliários desgovernado e o espessamento construtivo. Uma outra legislação presente na área analisada é a ARU, área de reestruturação urbana, mais conhecida como Lei dos doze bairros. A qual determina as condições de uso e ocupação dos bairros do Derby, Espinheiro, Graças, Aflitos, Jaqueira, Parnamirim, Santana, Casa Forte, Poço da Panela, Monteiro, Apipucos e parte do bairro tamarineira.
4.1 LEITURA URBANA LOCAL Este capítulo foi analisado segundo os procedimentos metodológicos baseado na leitura das qualidades urbanas, conceitos aprendidos a partir do livro de estudo “Centro Cidadão”, que fala da concepção de um “espaço urbano cidadão”, pontuando sobre um conceito de cidade sustentável que promova a integração entre os espaços públicos e privados, e coloque como principal motor do planejamento urbano a relação da escala humana com a cidade, pensando no seu conforto e segurança. A partir desses conceitos são examinandos doze qualidades urbanas a partir do “espaço urbano sustentável”, correlacionado com os conceitos do “espaço urbano cidadão” e da “rua cidadã”. São esses: Identidade, proporcionalidade, densidade, diversidade, permeabilidade, caminhabilidade, vegetalização, iluminação, acessibilidade, multimodalidade, conectividade e colaboração. Com a conclusão de cada análise, será colocado um infográfico que indique o grau de qualidade urbana, podendo ser baixo, médio e alta. O objetivo deste estudo é fazer uma análise integrada para fazer possíveis propostas de melhorias neste pequeno recorte urbano.
4.2 IDENTIDADE O conceito de identidade para o Urbanismo está relacionado ao olhar do homem em relação ao seu redor e como associa o seu nexo visual diante a paisagem em análise, sendo aderido como principal definidor os padrões arquitetônicos encontrados na região. Dessa forma é possível distinguir no meio as similaridades e disparidades perante diagnósticos estabelecidos e consequentemente conseguir defini-la, já que quanto maior for a repetição de um tipo arquitetônico maior será a sua identidade visual. Diante dos lotes analisados foi possível perceber a existência de um certo padrão nas edificações da região, onde majoritariamente são residências e apenas alguns estão voltados para o comércio ou sendo uma edificação de uso misto. Dentre os tipos encontrados podem ser citados: casa soltas no lote; casa geminada; casa com recuo lateral; sobrado; casa com recuo frontal e casa de porta e janela.
e através de mapas que possibilitavam identificar as lacunas que poderiam passar despercebidas ao olho nu. As casas com recuo frontal foram o tipo encontrado com maior frequência, correspondendo a 31% do território, seguido pelas casas com recuo lateral e sobrados que obtiveram 19%, por seguinte foram apontadas as casas geminadas com 14%, seguidamente as casas soltas no lote com 12% e por último as pautadas como casas de porta e janela equivalendo a 5% das quadras examinadas. Portanto, compreendeu-se que o espaço estudado possui uma tipologia padrão, não havendo uma disparidade entre elas, desse modo pode-se afirmar que o grau de identidade é mediano.
Por meio de uma visita técnica ao local e com o auxílio de recursos digitais sucedeu-se o diagnóstico da área e sua catalogação por meio do modo sensorial
Imagem retirada através do google maps. Casas geminadas na Rua Luiz Guimarães.
4.3 PROPORCIONALIDADE
Unidade de medida: Gabarito
Grau de proporcionalidade:
Percentual de variação de gabaritos (quanto menor a variação maior a proporcionalidade)
Imagem retirada através do google maps. Casa com 1 pavimento na Rua dos Arcos.
A proporcionalidade está relacionada com a harmonia existente entre a área construída e seus entornos. É a medida a partir do equilíbrio dos gabaritos das edificações, ou seja, quanto menor a variação, maior o grau de proporção.
Então, constata-se que mais de 60% das edificações possuem apenas 1 pavimento. Ao caminhar pela área, é perceptível os baixos gabaritos e a boa sensação de integração, maior segurança, permeabilidade, e boa caminhabilidade.
É possível dizer que a área analisada obtém um alto índice de regularidade, visto que há 66,6% com pavimento térreo e 28,5% de imóveis considerados como sobrado. O predomínio do tipo arquitetônico identificado anteriormente reporta-se na relação harmônica da altura das edificações da área, já que o padrão arquitetônico desse tipo tem entre 3 e 4 metros de altura. A partir disso, percebe-se que existe pouca diferenciação em seus pers altimétricos e o Fonte: Caos Planejado. gabarito da área é considerado predominantemente baixo, portanto, encontra-se uma proporcionalidade alta.
2 PAVIMENTOS
TÉRREO Legenda TÉRREO- 66,6
2 PAVIMENTOS - 28,5%
ESCALA: 1/2000 20 0
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4.4 DIVERSIDADE Um ambiente diversificado é caracterizado pela pluralidade de usos que gera uma boa segurança, desenvolvimento econômico e cultural, com a possibilidade das mais variadas escolhas e alternativas dos usos. Desse modo é nítido a necessidade do uso residencial com um preenchimento de 50% da área, pois é primordial que haja o fluxo de indivíduos no espaço urbano durante todo o período do dia, havendo assim uma movimentação eficaz, propiciando uma rua mais segura. Quadras com uma maior concentração de uso de serviço, tende a ficar em algumas horas do dia mais desertas, prejudicando a caminhabilidade do pedestre.
Unidade de medida: Rariação de usos. Grau de diversidade: Relação equilibrado do percentual do uso residencial e demais usos.
O serviço possui 4,9% com 2 lotes, os dois sendo bares e restaurantes, localizados no limite do bairro, de esquina com a Av. Dezessete de Agosto, ponto específico onde há uma grande visibilidade e circulaçao de pessoas. Destarte, a área analisada possui uma baixa diversidade por conta do alto índice de unidades habitacionais, logo a caracterização é de um território vazio, sem movimento, consequentemente a necessidade do veículo para que todas as atividades sejam possibilitadas .
2,40%
VAZIO / SEM USO
4,90%%
USO MISTO ( RESIDENCIAL E SERVIÇO )
4,90%%
UNIDADE HABITACIONAL MULTIFAMILIAR
85,40%
SERVIÇO
Imagem retirada através do google maps. Casa de uso misto na Rua dos Arcos.
UNIDADE HABITACIONAL UNIFAMILIAR
A análise do nosso território está distribuída com mais de 80% de uso residencial, uma quadra praticamente familiar, sendo mais específico são 85,4% de unidade habitacional unifamiliar e 4,9% de unidade habitacional multifamiliar, assim sendo a maior predominância de casa e sobrados. Há apenas um lote Imagem retirada do google maps. Escritório de com uso misto e um lote sem uso, represen- Advogacia. uso comercial. tando cada um 2,4%, respectivamente um bar junto com uma residência e um terreno vazio.
ESCALA: 1/2000 20
2,40%
0
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4.5 DENSIDADE A densidade é um fator determinante na hora de analisar os aspectos de uma região. Locais densos trazem vitalidade, segurança e intensidade, que surgem não só de quantas pessoas habitam aquela região, mas também quantas circularam aquela área durante dia e noite. Esse dado se relaciona intrínsecamente GEHL, Jan. Cidades para pessoas. PISEAGRAcom o que Jane Jacobs chama de “olhos nas MA, Belo Horizonte, sem número, 02 out. 2015. ruas”. Com isso, nossas pesquisas identificaram uma baixa densidade em relação a área de estudo, trazendo uma análise, podemos notar a região feita predominante por habitações residenciais sem muitos comércios ou serviços. Comparando a região com algumas outras áreas de recife notamos um nível mais baixo Mariana Gil/WRI Brasil que o comum, bairros como Casa Amarela, Casa Forte, Cordeiro que fazem fronteira. Esses bairros possuem uma densidade maior que 100 habitantes, enquanto o Poço da panela possui uma média inferior a 50 (46,04). A baixa densidade populacional podem ter consequências negativas em relação a caminhabilidade, segurança e até mesmo questões econômicas do local.
Dados retirados do BDE(bases de dado do estado) e prefeitura do recife. O gráfico diz o grau de densidade dos bairros do Recife.
Imagem do livro Cidade para Pessoas de Jan Gehl, a qual representa um grande movimento de indivíduos, uma extensa densidade.
20 0
80 40
140
4.6 CONECTIVIDADE O mapa de conectividade representa a ligação das ruas e avenidas de uma determinada área a partir de sua ordenação, logo calcula o quanto de interação os moradores possuem com as redondezas. O grau de conectividade é diagnosticado através da hierarquia das vias, como por exemplo: as vias de eixo metropolitano que ligam uma cidade com a outra; via de eixo urbano que conecta dois bairros; via local a qual Imagem retirada do google maps. A foto resó passa por dentro do bairro específico e a via presenta a ligação da via microlocal (Rua Paumicrolocal que serve como ponte de duas locais. lo Inojosa) com a via local ( Rua dos Arcos).
Unidade de medida: Hierarquia de conexão das vias, nas escalas da cidade (escalas: metropolitana, urbana, local e microlocal). Grau de conectividade: Amplitude da hierarquia de conexão das vias do território com o seu entorno. * A área de análise possui uma baixa conectividade pois está presente apenas dois tipos de vias, uma que engloba outros bairros e a outra dentro do mesmo.
400m (RAIO CAMINHÁVEL)* PLANTA DE SITUAÇÃO - ESC: 1:500000
É notório que quanto mais vias metropolitanas e de eixo urbano, maior será o seu grau de conectividade, e quanto mais vias locais e mircrolocais menor a disposição da conexão. Nossa área analisada do Poço faz parte de um raio de 400 metros que abrange toda ela para fazer o estudo. O resultado foi para baixa conectividade pois nela só possui vias locais e microlocais, portanto o fluxo é somente de pessoas que moram no território ou estão de passagem, não possui uma articulação com toda a cidade. Imagem retirada do google maps. Rua Luiz Guimarães, via local.
VIAS LOCAIS 847,62m - 89,8%
VIAS MICROLOCAIS 95,83m - 10,2%
LEGENDA VIAS LOCAIS
Imagem retirada do google maps. A perspectiva mostra a conectividade de duas vias locais, a Rua Luiz Guimarães com a Estrada Real do Poço
VIAS MICROLOCAIS
ESCALA: 1/2000 20 0
80 40
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4.7 MULTIMODALIDADE O estudo da multimodalidade tem como principio analisar no contexto urbano as formas de locomoção que determinada área pode oferecer para aqueles que à trafegam. Com o avanço dos conceitos relacionados a sustentabilidade, cada vez mais as cidades buscam adequar as suas ruas para que comportem o uso de mais variados tipos modais. Dessa forma cada vez mais os projetos urbanísticos veem pensando em diversificar os recursos que proporcionem a mobilidade, porque é necessário que o espaço público seja propício para os mais distintos pessoas.
As quadras utilizadas como instrumento de estudo acolhem as ruas Luiz Guimarães, Soares de Azevedo, Paulo Inojosa, Estrada Real do Poço e a Rua dos Arcos, são consideravelmente compostas de edificações voltados para a moradia, tendo poucas edificações de uso comercial ou misto. Sendo assim, foi averiguado, tanto nas vias locais quanto nas microlocais, que não se detinha uma diversificação modal na área, tendo o seu uso voltado apenas para o pedestre e a utilização de carros particulares, não existindo um espaço destinado para o uso Para a realização deste estudo buscou- exclusivo de bicicletas assim como para-se realizar a identificação dos tipos modais gens e rotas para a utilização de ônibus. que poderiam existir na região designada, tendo como princípio dessa verificação o discernimento se o território pode ser considerado ou não como “cidadão”, ou seja, que consiga suprir as necessidades da população usuária desse espaço. As suas características estão voltadas ao objetivo de proporcionar o direito de ir e vir dos mais variados modos, oferecendo ruas adequadas para os meios de transportes, seja Imagem retirada do google maps. Limiprivado ou de uso coletivo, como carros, mo- te da nossa área de estudo, exibindo a multimodalidade presente na região. Rua dos tos e ônibus por exemplo, calçadas mais lar- Arcos e Rua Soares de Azevedo fazengas e ciclovias ou ciclofaixas para os ciclistas. do conexão com Av. Dezessete de Agosto.
Unidade de medida: Metros lineares de ruas com multimodalidade. Grau de multimodalidade: Percentual de metros lineares de ruas com multimodalidade (que abrigam o máximo de modais em coerência com sua hierarquia viária).
VIAS SEM MULTIMODALIDADE - 100%
LEGENDA Imagem retirada do google maps. Rua do Arcos, multimodalidade presente, acesso de veículos e pedestres. Obs: sem ciclovia.
VIAS LOCAIS
ESCALA: 1/2000
VIAS MICROLOCAIS
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80 40
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4.8 ACESSIBILIDADE
Unidade de medida: Metros lineares de calçada com conservação, continuidade e largura simultaneamente adequadas
A forma como as cidades são planejadas, causam um enorme impacto na vida das pessoas, de coisas simples e pequenas que aos poucos se tornam grandes problemas para a população.
Grau de acessibilidade: Percentual de calçadas com conservação, continuidade e largura simultaneamentre adequadas
Ao invés de calçadas mais largas, mais parques, mais ciclovias, e apoio para uma cidade mais sustentável, estão sendo feitas mais estradas para atender a número de veículos que tende a crescer cada vez mais, já que não há uma conscientização da população e infra estruturas adequadas e suficientes para se obter uma cidade que proporcione uma qualidade de vida melhor. São muitas as barreiras arquitetônicas encontradas no meio urbano, como: escadas íngremes e sem corrimãos, portas estreitas, degraus na entrada de estabelecimentos, pisos escorregadios. Para ter uma cidade acessível a todos, deve-se respeitar a diversidade física e sensorial entre as pessoas e as modificações pelas quais passa o nosso corpo, da infância à velhice. Deve-se pensar sempre na inclusão, com as rampas, calçadas mais largas, sinalização nas calçadas para deficientes visuais, sinaleira para pedestres e ciclovias. A importância da acessibilidade está na Inclusão Social, sendo que quando a sociedade modifica a edificação e o ambiente urbano, visando contemplar este aspecto, todas as pessoas podem ter acesso, além participar juntas e ativamente nos mesmos locais.
A área analisada tem acessibilidade insatisfatória, visto que 47% das calçadas são estreitas, ou seja, tem largura menor que 2.5m e 53,8% são descontínuas, ou seja, com obstáculos. Estes, provocados pela presença de rampas com inclinação irregular, postes, raízes de árvores que não tem a pavimentação adequada e também vasos de plantas colocadas pelos moradores do bairro, e vegetação que cresceu no lugar inadequado. Além disso, 45% das calçadas estão em bom estado de conservação, enquanto 26,9% estão regulares, e 28,1% estão em estado ruim. Esses impasses tem como consequência a degradação da pavimentação existente, bem como a insegurança e desconforto total para o pedestre.
Metros lineares de calçada analisadas: 956,10 Metros lineares de calçadas acessíveis: 0
Fica claro, então, constatar que o atendimento às normas de acessibilidade urbana, como a NBR 9050 e suas exigências de implantação de sinalização tátil nas calçadas, não faz o mínimo sentido se antes não houver a garantia de implantação de “rotas acessíveis” (com largura, estado de conservação e continuidade simultaneamente adequados).
CONTINUO 46,2%
DESCONTÍNUO 53,8% LARGA 11,1%
QUANTO À CONTINUIDADE DO PASSEIO DE PEDESTRES (PRESENÇA DE OBSTÁCULOS)
BOM 45%
RUIM 28,1%
CONTÍNUO DESCONTÍNUO QUANTO AO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO DA CALÇADA
Imagens retirada do google maps. Acessibiliade boa nesse trecho da Rua Paulo Inojosa.
Imagem retirada do google maps. Acessibiliade razoável na Estrada Real do Poço.
MÉDIA 41,9% ESTREITA 47%
RUIM REGULAR BOM
REGULAR 26,9%
ESCALA: 1/2000
QUANTO À LARGURA ESTREITA (DE 0 A 1.20m) MÉDIA (DE 1.20m A 2.50m) LARGA (ACIMA DE 2.50m)
20 0
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4.9 COLABORAÇÃO A colaboração é um fator muito importante, pois o senso de pertencimento a um lugar cria vínculos que nos ajudam a zelar e procurar melhorar um ambiente para todos, trazendo um grande senso de comunidade e empatia com o bairro e com as pessoas que nele habitam. Neste local analisamos dois tipos de comunidade: a de moradores e a de serviços. Terreno/Foto: Nathalia Zouain jardim secreto Conversando com alguns moradores da região, antes da colaboração comunitária colaborativa. conhecemos dois projetos da comunidade. Os colaboradores do jardim secreto e amapp. O primeiro diz respeito a um jardim comunitário construído a partir de um trabalho coletivo ganhou o primeiro Transplante Urbano do Recife. Batizado de Jardim Secreto, o espaço surgiu a partir da iniciativa conjunta de moradores do bairro. Existe um grupo colaborativo que se une para fazer a manutenção, limpeza, promover eventos e ações comunitárias, eles se denominam “colaboradores do jardim secreto”. O segundo é a amapp, uma organização coletiva de articulação política e social, que tem como objetivo garantir melhor qualidade de vida para todos, pensando nos interesses coletivos e individuais do bairro.
Imagem retirada do site do Jormal Diário de Pernambuco. Associação de moradores reunidos protestando contra a construção de uma estabelecimento comercial no Poço da Panela.
fotos: Letícia Lins / #OxeRecife jardim secreto depois da revitalização comunitária colaborativa. A imagem exibi um espaço colaborativo da comunidade do bairro do Poço da Panela.
20 0
80 40
ESCALA: 1/2000 140
4.10 CAMINHABILIDADE
Unidade de medida:
Metros lineares de calçadas com conservação, continuidade e largura simultaneamente adequadas e, ainda, com permeabilidade visual alta de sua interface.
Grau de caminhabilidade:
Percentual de calçadas com conservação, continuidade e largura simultaneamente adequadas e, ainda, com permeabilidade visual alta de sua interface.
BOM 45%
RUIM 28,1%
Fonte prefeitura de São paulo. Esquema demonstra as características de uma calçada com mais de 2 metro.
Rua caminhável em Washington, DC fonte archdaily.
O conceito de caminhabilidade se refere a qualidade do lugar, a boa acessibilidade do pedestre às diferentes partes da cidade, que por sua vez, deve proporcionar uma motivação para as pessoas adotarem o caminhar como forma de deslocamento. A caminhabilidade pode também estar associada com outros meios de deslocamento, como a bicicleta e os automóveis, desde que dê privilégio ao pedestre. O movimento de pedestres ocorre em locais distintos, como calçadas, praças, passagem entre modais de transporte, para alcançar edificações; espaços públicos, mas na maioria das vezes, as calçadas não são adequadas por terem uma capacidade de fluxo e condições físicas impróprias ao seu deslocamento, como por exemplo: pisos escorregadios, desníveis no passeio, calçada com largura inferior à mínima recomendada, falta de sinaleiras e faixas elevadas para pedestres.
O “gostar mais” de caminhar nas ruas está relacionado a melhoria das calçadas, que são alargadas, recebendo pavimento regular e equipamentos urbanos que permitem os pedestres conforto ao caminhar, segurança devido a redução da velocidade dos carros, e da iluminação, além da possibilidade de sentar para descansar ou desfrutar da experiência estética. A rua transmite possibilidades às pessoas de caminhar com tranquilidade, registrando as suas percepções quando estão captando e vivenciando a paisagem urbana. Todos esses fatores estão relacionados à caminhabilidade.
Os fatores que podem tornar as calçadas mais adequadas à caminhabilidade estão geralmente relacionados a variáveis como: atratividade, conforto, segurança, manutenção e segurança pública. Ou seja, calçadas largas, livres de obstáculos, sem desníveis e que devem estar em ótimo estado de conservação e limpeza.
Então, de acordo com os dados apresentados, o estudo foi realizado de acordo com esses parâmetros. Dado isso, pode-se observar que dos 956,10 metros de calçada analisados, foram considerados caminháveis, ou seja, que tenha boa acessibilidade e permeabilidade alta, apenas 54,56 metros. Por conseguinte, a caminhabilidade da área analisada é extremamente baixa.
REGULAR 26,9% Metros lineares de calçada analisadas: 956,10 Metros lineares de calçadas caminhaveis: 54,56
LARGA 11,1%
MÉDIA 41,9% ESTREITA 47%
CONTINUO 46,2%
DESCONTÍNUO 53,8% QUANTO À CONTINUIDADE DO PASSEIO DE PEDESTRES (PRESENÇA DE OBSTÁCULOS) CONTÍNUO DESCONTÍNUO QUANTO AO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO DA CALÇADA
RUIM
RUIM REGULAR BOM QUANTO À LARGURA* ESTREITA (DE 0 A 1.20m) MÉDIA (DE 1.20m A 2.50m) LARGA (ACIMA DE 2.50m)
BOM REGULAR
ESCALA: 1/2000
GRAU DE INTEGRAÇÃO DA ARQUITETURA
RUIM REGULAR BOM
20 0
80 40
140
4.11 PERMEABILIDADE A definição de permeabilidade é a capacidade transmitir um determinado fluxo, uma função de viabilização. Na permeabilidade visual não é diferente, pois faz relação com a interface urbana, logo é a condição que a pessoa tem de observar uma edificação direta ou indiretamente, é a dinâmica visual do espaço público com o privado. Quanto menor esse muramento na frente do lote, maior a permeabilidade, portanto a segurança e a proteção ficam em maior evidência visto que há uma troca de interação humana, uma ajuda para recorrer. Um outro fator é a produtividade do terreno, por exemplo os lotes que são de serviço ou comércio possuem um maior índice de comunicação com as pessoas, logicamente aumenta a sua interface e a sua permeabilidade. O grau de permeabilidade é o percentual de interfaces arquitetônicas com permeabilidade alta. Na nossa área, analisamos a partir de 3 graus de permeabilidade: alta, a qual possui um ângulo visual direto do pedestre com interior do lote; baixa, possui conato visual porém com alguns empecilhos, não é retilínea; nula, logo não possui nenhum contato visual do interior com o exterior.
Unidade de medida: Metros lineares de interfaces arquitetônicas com permeabilidade visual alta. Grau de permeabilidade: Percentual de interfaces arquitetônicas com permeabilidade visual alta.
QUANTO À PRODUTIVIDADE DO TÉRREO
Imagem retirada através do google maps. Casas com permeabilidades distintas na Rua Soares de Azevedo.
É observado no espaço estudado um percentual de 18,2% de permeabilidade alta, 19,1% de permeabilidade baixa e 62,7% de permeabilidade nula. Em relação as edificações produtivas e edificações não-produtivas, foi constatado 9,3% e 90,7% respectivamente. Desse modo o diagnóstico geral de permeabilidade visual é baixa pois apresente poucos graus de visibilidade boa da interface urbana.
EDIFICAÇÕES NÃO-PRODUTIVAS - 90,7%
EDIFICAÇÕES PRODUTIVAS - 9,3%
- METROS LINEARES DE INTERFACES ANALISADAS: 956,10 - METRO LINEARES DE INTERFACES COM PERMEABILIDADE VISUAL ALTA: 174,03
QUANTO À PERMEABILIDADE VISUAL DA INTERFACE ARQUITETÔNICA
LEGENDA QUANTO À PERMEABILIDADE DO LOTE
PERMEABILIDADE BAIXA - 19,1%
PERMEABILIDADE ALTA PERMEABILIDADE NULA - 62,7%
PERMEABILIDADE BAIXA PERMEABILIDADE NULA
Imagem retirada através do google maps. Casas com permeabilidades visuais diferentes na Rua dos Arcos.
PERMEABILIDADE ALTA - 18,2%
QUANTO À PRODUTIVIDADE DO TÉRREO
ESCALA: 1/2000
PRODUTIVO
NÃO PRODUTIVO
20 0
80 40
140
4.12 ILUMINAÇÃO A iluminação pública é um fator essencial para a vitalidade e segurança das ruas de uma cidade e para a existência da vida noturna. Esta última noção compreende que uma cidade que é habitada em todos os horários do dia cria uma sensação de acolhimento para quem caminha nela e estimula a vivência dos centros com tudo que
Levando isso em consideração, desconsiderando a influência de fiação e vegetação podemos perceber uma grande defasagem e descaso com o espaço público, apenas 9,6% dos metros lineares de calçadas são iluminados, e não existe nenhum poste de de iluminação para pedestres. Dentre os 34 postes da região, apenas 10 são postes de iluminação, o que corresponde em 29,4%. A conclusão da análise demonstra um baixo grau de iluminação da região, trazendo inúmeros malefícios para os moradores.
Fonte: site Fui ser viajante. Iluminação para pedestre na Rua do Bom Jesus no Bairro do Recife.
Para que isso possa acontecer é preciso pensar nas ruas com iluminação em maior escala (para vias e automóveis) e tbm em menor escala (para calçadas e pessoas).
Fontes: SDS, Prefeitura do Recife.
fonte: Raquel Almeida vivagreen
Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press. Represente o baixo índice de iluminação por causa da presença das árvores, as quais fazem sombra durante o dia contudo pela noite ficam sob os postes na rua.
ESCALA: 1/2000 20 0
80 40
140
4.13 VEGETALIZAÇÃO
Unidade de medida: Metros lineares de calçadas sombreadas por árvores. Grau de vegetalização: Percentual de metros lineares de calçadas sombreadas por árvores.
METROS LINEARES DE CALÇADAS ANALISADAS: 980,1 METROS LINEARES DE CALÇADAS SOMBREADAS: 214,56
Imagem retirada através do google maps. Calçada com um predomínio alto de vegetação, ocasionando sombra, na Rua Soares de Azevedo.
O aspecto climático de uma cidade é definido pela quantidade de vegetação que são distribuídas por toda a sua área, que tem em sua contrapartida, principalmente nas grandes cidades, os espaços impermeáveis e edificações que devido a sua materialidade possam aumentar a temperatura. As árvores propiciam sombra, ajudam a criar um microclima, melhoram e influenciam na umidade do local, fazendo com que seja mais agradável transitar pelas áreas mais arborizadas do que aquelas que não possuem ou No estudo realizado é perceptível que o sombreamento proporcionado pelas copas das árvores, sejam elas encontradas no meio das calçadas ou dentro dos lotes possibilitando um caminhar mais agradável, comedido e deslumbrativo para o pedestre. A análise realizada possuiu como objetivo identificar as árvores que possibilitavam o sombreamento das calçadas, como estavam distribuídas, a sua classificação de acordo com o seu porte e se estavam dentro ou fora dos lotes.
Diante da área analisada ficou constatado que não existe uma expressiva quantidade de árvores espalhadas que façam o devido sombreamento das calçadas, onde em torno de 78,10% delas ficam expostas ao sol em contrapartida aos 21,09% das que não são. Ao examinar o perímetro dos lotes foi percebido que as árvores grande e de médio porte compunham uma quantidade relativa a 27,07%, enquanto as de pequeno porte possuíam 58,85% e aquelas que se encontravam dentro dos lotes mas que também favoreciam o pedestre com o sombreamento proporcionado pelas suas copas tem o percentual de 24,07%.
CALÇADAS SOMBREADAS - 214,56m ( 21,9%)
CALÇADAS NÃO SOMBREADAS - 765,54m ( 78,10%) TIPO ARBÓREO ÁRVORES DE GRANDE E MÉDIO PORTE 13 ( 27,07%)
LEGENDA TIPO ARBÓREO ÁRVORES DE MÉDIO E GRANDE PORTE
Imagem retirada através do google maps. Calçada com sombra causada pela árvore dentro do lote, na Rua Soares de Azevedo.
ÁRVORES DE PEQUENO PORTE 28 ( 51,85%)
ÁRVORES DENTR0 DO LOTE QUE SOBREIAM AS CALÇADAS 13 ( 24,07%)
ÁRVORES DE PEQUENO PORTE
ESCALA: 1/2000
ÁRVORES DENTRO DE LOTES QUE SOMBREAM AS CALÇADAS
20
SOMBREAMENTO METRO LINEAR DE CALÇADA SOMBREADA
0
80 40
140
5.1 LEITURA INTEGRADA Diante dessa leitura final, tendo como exemplo o conceito de “Espaço urbano cidadão” que tem como base o planejamento urbano mais integrado, foram examinadas 12 qualidades urbanas do bairro do poço da panela. São elas: proporcionalidade, identidade, densidade e diversidade,que tem como objetivo manter o espaço preservado e produtivo. Colaboração, multimodalidade, conectividade e acessibilidade, que observa se o espaço é integrado e inclusivo. E a permeabilidade, iluminação, vegetalização e caminhabilidade, aspectos que deixam o ambiente humanizado, seguro e confortável.
Por conseguinte, em cada análise foram feitos gráficos que indicam os graus de intensidade de cada qualidade citada. Assim, todos esses gráficos se reúnem em um gráfico em formato similar ao de uma margarida, e cada “pétala” se refere a uma das doze características citadas. A pétala completamente pintada se refere a um bom grau de intensidade, metade da pétala pintada representa um grau médio ou razoável, a pétala mais curta simboliza um grau ruim ou precário, e a pétala que não foi pintada traduz um grau de intensidade nulo, inexistente. Portanto, o grau de identidade foi considerado médio, o grau de proporcionalidade é alto, o grau de densidade é baixo, assim como o grau de diversidade. O grau de colaboração e o de conectividade são baixos, mas o de multimodalidade e acessibilidade são nulos. Já os graus de permeabilidade, caminhabilidade, vegetalização e iluminação todos foram considerados ruins ou precários. Segue a abaixo uma proporsta de intervenção a partir de uma colagem, com o antes e depois, para uma das ruas da área estudada.
Imagem retirada no site Ministerio de disenõ.
Antes da intervenção. Rua do Arcos Poço da Panlea.
Depois da intervenção. Rua dos Arcos, Poço da Panela. O trecho que pegamos para fazer essa intervenção da nova visão urbana foi na rua dos Arcos, já próxima a Avenida dezessete de agosto. Escolhemos esse lugar por conta de seu maior tráfego de pessoas e pelo uso das edificações presentes em seu entorno, possuindo serviços de grande importância, o que gera movimento. A rua possui uma calçada muito pequena, sem ciclofaixa. A parte de imobiliário urbano não existia, o máximo eram postes para o carro. Vegetação também era muito vaga numa parte da rua, ou seja, não possuía quase nenhum requisito para ser um espaço urbano cidadão. A nossa refirma foi com da mais vivencia á rua, alargando a calçada, colocando espaços de permanência, parklet, postes para pedestres. Também a implantação de uma ciclofaixa sendo essencial e as arvores por causa das sombras para os pedestres. Desta forma a rua vira um ambiente atrativo que não faz com que passa desperce-
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GEHL, Jan. "Cidades para pessoas. São Paulo. Editora Perspectiva,2013. JACOBS, Jane. Morte e vida das grandes cidades. São Paulo. Editora WMF Martins, 2011. SPECK, Jeff. Cidade caminhável. Editora Perspectiva SA, 2016. HARRIS, Elizabeth Davis. Corbusier. Studio Nobel, 1987. LÚCIA GASPAR. Fundação Joaquim Nabuco. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov. br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=572&Itemid=1>. Acesso em 05 de abril de 2020. LEONARDO CHAVES. Fundação Joaquim Nabuco. Disponível em:<https://oreversodomundo.com/2015/12/08/batalha-de-casa-forte/ http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em 09 de maio de 2020. CASA Forte. Wikipédia. Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_Forte_(Recife) http://humanae.esuda.com.br/index.php/humanae/article/view/513/145 http://inciti.org/pesquisa/engenhos-trapiches-e-o-caminho-das-aguas/>. Acesso em 12 de abril de 2020. BARRETTO, Margarita; GILSON, Jacinta Milanez. O flâneur revisitado: processos de revitalização urbana e caminhabilidade. Revista Hospitalidade, 2013. Disponível em: < https://www.revhosp.org/hospitalidade/article/view/507/531>. Acesso em 15 de abril de 2020.