DIAGNÓSTICO PAISAGÍSTICO - RUA ULHÔA CINTRA

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Diagnóstico

Paisagístico: Rua Ulhôa Cintra

Universidade católica de pernambuco

paisagismo II

2021.1



APRESENTAÇÃO Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco, como requisito para a avaliação parcial da disciplina de Paisagismo II realizado pelos alunos Bruna Cerqueira, Hugo Bresani, Jessica Rangel, Lucas Tavares e Natália Medeiros, orientado pelas professoras Lea Cavalcanti e Maria de Lourdes Nóbrega.


SU MÁ RIO

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INTRODUÇÃO

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CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 3.1 - ASPECTOS HISTÓRICOS 3.2 - ASPECTOS LEGISLATIVOS

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DO DIAGNÓSTICO 5.1 - DIRETRIZES PARA INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA


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APRESENTAÇÃO DA ÁREA 2.1 - APRESENTAÇÃO DA ÁREA GERAL 2.2 - APRESENTAÇÃO DA ÁREA ESPECÍFICA

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LEITURAS URBANAS 4.1 - USOS E ATIVIDADE FORMAIS E INFORMAIS 4.2 - TIPOS ARQUITETÔNICOS 4.3 - GABARITOS EXISTENTES 4.4 - ESTUDO DOS CHEIOS E VAZIOS DAS FACHADAS E DO SÍTIO 4.5 - MAPAS E SOMBRAS DO TRECHO A SEREM TRABALHADO 4.6 - FLUXOS E HIERARQUIA DE VIAS DA ÁREA 4.7 - VEGETAÇÃO, MOBILIÁRIO E INTEFERÊNCIA DA PAISAGEM

REFERÊNCIAS



INTRODUÇÃO O presente documento consiste no Diagnóstico Paisagístico de uma parte do bairro de Santo Antônio, localizado na zona central da cidade do Recife. A análise é delimitada pelas Ruas da Praça da República, Siqueira Campos, Rua do Sol e Avenida Martins Barros. Tem por objetivo apresentar, atráves de mapas e análises, o diagnóstico paisagístico da área de estudo. Com base na leitura territorial, tem-se como diretrizes patrimônio cultural, infraestrutura urbana, legislação, uso e ocupação do solo, cobertura vegetal. O resultado almejado por tais análises é um diagnóstico geral da rua intervencionada, objetivando o conhecimento da área e a formação de uma opinião crítica sobre o atual cenário existente.



APRESENTAÇÃO DA ÁREA


A área a ser estudada é um trecho pertencente ao bairro de Santo Antônio que está localizada na cidade do Recife, na Ilha de Santo Antônio também conhecida como Ilha Antônio de Vaz. O bairro apresenta área territorial de 81,00 hectares e sua densidade demográfica é de 3,53 hab./h, e está inserida na RPA 1 (Região Político Administrativo). Segundo o Censo de 2010, a taxa de alfabetização do bairro é 99,3% e a Taxa de Crescimento Anual da População é de -6,17%, que o coloca como um bairro mais comercial que um residencial. O bairro limita-se apenas diretamente com o bairro de São José e sua conexão com a vizinhança é feita através das pontes Boa Vista, Santa

Imagem 01: Rua Ulhôa Cintra/ Fonte: Autoral

Isabel e Maurício de Nassau. Em sua área pode-se encontrar diversas edificações históricas como o Palácio Campo das Princesas, a Igreja de Santo Antônio e o Teatro de Santa Isabel. A área de intervenção está localizada na Rua Ulhôa Cintra, indo da Avenida Dantas Barreto até a Rua do sol e engloba o prédio pertencente a polícia militar e edifícios com características protomodernistas, além disso, apresenta trechos de calçadas com pedra portuguesa original e espaço generoso para vagas de carros. A maioria das edificações está em estado degradado e sem uso, além do mais, o espaço para pedestres não está em boas condições e são pouco ou nem um pouco acessíveis.

Imagem 02: Rua Ulhôa Cintra para Av. Dantas Barreto/ Fonte: Autoral


Imagem 03: Imagem aérea do bairro Santo Antônio / Fonte: Google Maps

Imagem 04: Rua Ulhôa Cintra/ Fonte: Autoral

Imagem 05: Edifício da Polícia Militar/ Fonte: Autoral

Imagem 06: Terreno a ser estudado/ Fonte: Autoral

Imagem 07: Rua Ulhôa Cintra/ Fonte: Autoral



CONTEXTO HISTÓRICO


Aspectos Históricos O Bairro Santo Antônio está localizado em uma ilha no centro do Recife e é um dos bairros mais tradicionais da cidade. No passado a ilha pertencia ao colono Marcos André, fundador do Engenho da Torre, e continha apenas algumas casas de pescadores, sendo chamada de Ilha dos Navios e, durante a colonização holandesa, foi residência do conde Maurício de Nassau. A escolha de ocupação do Recife se deu devido às condições geográficas encontradas pelos holandeses em 1630. Olinda mesmo sendo mais desenvolvida, não oferecia garantia para defesa dos invasores, de forma que a mesma foi abandonada pelos invasores em setembro de 1631 e sofreu um incêndio em novembro do mesmo ano. No mesmo ano os holandeses escolheram ocupar e fortificar a cidade do Recife e a Ilha de Antônio Vaz. Realizaram o primeiro levantamento, feito pelo engenheiro Andreas Drewsen Bongesaltensis, e o mesmo realizou o projeto de fortificação do Recife e da Ilha de Antônio Vaz. Deu-se início a urbanização dos atuais bairros de São José e Santo Antônio. O bairro de Santo Antônio, local onde se encontrava o comércio varejista e de luxo, as principais edificações religiosas, além das organizações governamentais, sofreram consideravelmente com as mudanças na imagem urbana do local. Em nome dessa modernização, da potencialização eco-

Imagem 08: imagem aérea do bairro/ Fonte: TG de Clara Cavalcanti

nômica e rentabilização do solo, foram destruídos significativos edifícios dos séculos passados, dentre os quais se inclui a Igreja do Paraíso, que representava uma das primeiras edificações religiosas construídas no local, ainda no século XVII. Na península do Recife, a fortificação foi feita por meio de uma muralha que limitou todo o núcleo portuário. Já o processo de fortificação em Antônio Vaz é marcado por um sistema aberto de muralhas e dois fortes, Ernefta e Fredrik Henrici. O primeiro forte Ernefta é resultado da transformação do convento de Santo Antônio. O forte Fredrik Henrici, seria correspondente ao forte das cinco pontas, entretanto sua localização não coincidiu com o forte atual, posteriormente construído pelos portugueses. É possível notar como a ilha ainda era estreita e alagadiça, com um braço do rio que entra cortando-a até próximo ao forte Fredrik Henrici. Em 1637 o conde Maurício de Nassau chegou ao Recife, fato que marcou um novo processo de urbanização da cidade. A península do Recife encontrava-se muito construída, enquanto a ilha de Antônio Vaz ainda estava no começo da sua urbanização com poucas residências. Devido a sua localização estratégica e em virtude da intensa ocupação do Istmo e das facilidades de comunicação que a Ilha forneceria com o resto do continente, a ilha de Antônio Vaz foi escolhida por Nassau para ser o centro do império holandês e, em 1642, tornou-se a capital do império no Brasil, sendo denominada de cidade Maurícia. Entre 1637 e 1642 Nassau já morava na ilha, numa casa portuguesa localizada próxima ao forte Ernefta. A ocupação da cidade maurícia teve início em 1639, baseada no plano urbanístico do arquiteto Pieter Post. Foram planejadas novas áreas residenciais, comerciais e o centro do poder políti-


co, e o plano também incluía a construção da primeira ponte da cidade, hoje conhecida como Ponte da Boa Vista, conectando a península do Recife e a ilha de Antônio Vaz. Com aterros, foi realizada a ocupação mais extensa do território. Apesar do plano, o desenvolvimento da ilha não ocorreu como esperado, pois a dificuldade de comunicação entre a Ilha e o Istmo passou a atrair a população mais pobre, com casas simples, na área residencial. Contribuindo com a estratificação social do espaço, ao sul residências populares, na praça central atividades comerciais, e ao norte e oeste da ilha atividades políticas. Os primeiros engenhos de açúcar - formados pelos senhores de engenhos e suas famílias, lavradores, capelães, feitores, banqueiros e escravos - foram aparecendo às margens do Rio Capibaribe, e se constituindo em grandes núcleos populacionais que se multiplicavam nas senzalas, dando origem às vilas. Em 1654 ocorre o término da colonização holandesa. O engenheiro Louis Léger Vauthier, em outubro de 1840, foi recomendado para atuar na repartição e teve como missão adotar uma moderna e extensa rede de infraestrutura viária, além de novas obras urbanas. É de Vauthier o projeto do Teatro Santa Isabel, localizado no norte do bairro de Santo Antônio, importante marco na paisagem do bairro. Em 1846, Vauthier voltou para Paris, mas deixou na Repartição de Obras Públicas princípios do urbanismo francês. Com base nesses princípios

foram construídos diversos equipamentos, como a Casa de Detenção (1848) por Mamede Ferreira, a Biblioteca Pública (1852), a Estação Central ferroviária (1885), o Liceu de Artes e Ofícios (1871-1880), o Mercado de São José (1871) pelo francês Victor Lieuthier, o Campo das Princesas (1876) atual Praça da República, o Palácio do Governo foi substituído em 1841 consolidando a localização do mesmo. As pontes Buarque de Macêdo (1856) e Princesa Isabel (1863) são construídas estendendo a conexão do núcleo antigo com o continente. As edificações construídas em Santo Antônio nesse período desempenharam um caráter mais espetacular, com três pontos de convergência, a estação central, o teatro, o liceu e a biblioteca, e o Palácio. A Repartição de Obras Públicas realiza também a consolidação de rede viária que consolida os antigos caminhos rurais, criação de serviços urbanos como transporte público e abastecimento de água, entre outros. Entre a sua atuação é importante ressaltar a criação de normas para novas construções (1839), com o realinhamento de ruas, projeto de urbanização e construção de equipamentos

Imagem 09: Imagem aérea do bairro/ Fonte: TG de Clara Cavalcanti


públicos. Dessa forma é possível notar a atuação na mobilidade urbana, “Se, por um lado, se potencia a centralidade no núcleo antigo, por outro, criam-se as infraestruturas do crescimento urbano, capazes de colocá-lo a serviço da ocupação periférica. (REYNALDO, 2017, p. 89)”. No início do século XX, ocorreu a “conversão da cidade em centro urbano” (REYNALDO, 2017, p.102), impulsionando a expansão urbana. Os projetos de saneamento e desenvolvimento da mobilidade urbana com o sistema de transporte do bonde elétrico, em 1914, são fatores determinantes nesse processo. O engenheiro Saturnino de Brito chegou ao Recife em 1910 e passou a dirigir a Comissão de Saneamento do Recife, responsável pelo projeto de saneamento e abastecimento de água. Inicialmente Saturnino de Brito se posicionou contra a estrutura urbana da cidade colonial, porém a partir de 1916 se mostrou tolerante a mesma. Já no âmbito projetual, Saturnino de Brito teve significante “contribuição à manutenção da cidade existente” (REYNALDO, 2017, p.119). Dentre os projetos de expansão urbana é válido ressaltar o Projeto de Melhoramentos de Saturnino de Brito, em 1917, e o projeto de expansão urbana realizado pela Prefeitura do Recife, aprovado em 1918. O primeiro, não propunha

muitas transformações para a cidade existente, mas limitava-se a demarcá-la e propor expansão urbana. O projeto proposto pela prefeitura se baseia na proposta de Saturnino de Brito. A principal aposta do plano é baseada na expansão a oeste, porém sem desprezar a área ao norte da zona portuária e o sudeste de São José, tratando-se de intervir nos vazios existentes no território central. Além disso, apresenta a primeira grande intervenção no tecido urbano de Santo Antônio e São José, uma via que atravessa a ilha sentido norte-sul, saindo da Praça da República até próximo ao Forte das Cinco Pontas. Mais tarde sugerida em vários planos, resultaria na atual Av. Dantas Barreto. Nesse mesmo período, até a primeira metade dos anos 1920, os bairros do Recife e Santo Antônio perderam o protagonismo residencial e se consolidaram como atividades funcionais. Hoje, o bairro de Santo Antônio sofre com os vazios existentes e a baixíssima densidade populacional. O bairro ainda marca o centro antigo da cidade, e configura-se como centro comercial e de serviços, além de político-administrativo.

Imagem 10: Mapa do bairro/ Fonte: TG de Clara Imagem 11: Mapa do bairro/ Fonte: TG de Clara Cavalcanti Cavalcanti


Aspectos legislativos A legislação vigente no Recife é estabelecida pelo Plano Diretor do Município do Recife, Lei nº 18.770/2020. Lei nº 17.511, de 29 de dezembro de 2008, assim como a Lei de Uso e Ocupação do Solo da Cidade do Recife, nº 16.176, de 13 de abril de 1996. Entretanto, ambas as leis passaram pelo processo de revisão. O novo projeto de lei para a revisão do Plano Diretor foi aprovado e sancionado em dezembro de 2020, tendo 243 emendas, enquanto para a LUOS foi apresentado até então pela prefeitura um caderno de propostas. Entre as mudanças previstas, estava a criação de uma nova Zeis, a do Pilar, no Centro do Recife, e a ampliação de outras 21. As Zeis foram criadas, entre outros objetivos, para proteger a moradia popular da especulação imobiliária. O plano diretor de 2020 divide o macrozoneamento do Recife em duas macrozonas: Ambiente Natural e Cultural (MANC) e Ambiente Construído (MAC), e elas subdividem-se em quatro e três zonas, respectivamente. A Macrozona de Ambiente Natural é composta pela Zona de Ambiente Natural (ZAN) e Zona de Desenvolvimento Sustentável (ZDS). A ZAN subdivide-se em quatro Zonas de Ambiente Natural, são elas: ZAN Beberibe, ZAN Capibaribe, ZAN Tejipió e ZAN Orla. A Macrozona do Ambiente construído é composta pela Zona de Ambiente Construído (ZAC), Zona Centro (ZC) e Zona de Reestruturação Urbana (ZRU). A ZAC é subdividida em três zonas, ZAC restrita, ZAC controlada e ZAC moderada. Também são estabelecidas as Zonas Especiais (ZE), Imóveis Especiais (IE) e Unidades Protegidas (UN). As Zonas Especiais são classificadas em Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS); Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural (ZEPH). Os

imóveis Especiais são classificados em Imóveis Especiais de Interesse Social (IEIS) e Imóveis Especiais de Preservação (IEP). Já as Unidades Protegidas compreendem: Jardins Botânicos (JB), Unidades de Conservação da Natureza (UCN), Unidades De Conservação da Paisagem (UCP) e Unidades de Equilíbrio Ambiental (UEA). Os zoneamentos encontrados na área específica são: ZEPH-10 (SPA e SPR), UCN, SSA-2 e IEP. O IEP é “caracterizado por exemplares isolados de arquitetura significativa para o patrimônio histórico, artístico ou cultural da cidade do Recife” (RECIFE, 2020), cujo a proteção é dever do município e da comunidade, nos termos da Constituição Federal e da Lei Orgânica Municipal. Na área encontra-se um edifício classificado dessa forma, localizado na praça da Independência nº 91 (IEP-58), e três pontes também classificadas assim: a Ponte Princesa Isabel (IEP-243), Ponte Duarte Coelho (IEP-242) e Ponte da Boa Vista (IEP-241). O art. 94-A diz que os objetivos, diretrizes e parâmetros urbanísticos das Unidades de Conservação da Natureza (UCN) serão estabelecidos nos respectivos Planos de Manejo. O § 1º diz que caso não sejam definidos parâmetros urbanísticos nos Planos de Manejo, serão aplicáveis, no que couber, os parâmetros das zonas urbanísticas onde as Unidades de Conservação da Natureza (UCN) estiverem inseridas, observadas as condições estabelecidas pelos órgãos competentes. Segundo o art. 217, até que sejam concluídos os Planos de Manejo exigidos pelo Sistema Municipal de Unidades Protegidas (SMUP), permanecerão em vigor os atuais decretos regulamentadores das Unidades de Conservação da Natureza (UCN).


lígonos dispersos de SPA encontrados na área, contrastando com as edificações já existentes da SPR. A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo também está sendo atualizada, em relação a mesma foi apresentada pela Prefeitura do Recife um Caderno de propostas. Apesar de não se encontrar em vigência até o momento, a mesma será analisada, a nível de comparação com as leis vigentes. Imagem 12: Imagem do bairro antigamente/ Fonte: TG de Clara Cavalcanti

Segundo o art. 86, as ZEPH correspondem às áreas do território formadas por sítios, ruínas, conjuntos ou edifícios isolados de expressão artística, cultural, histórica, arqueológica ou paisagística, considerados representativos da memória arquitetônica, paisagística e urbanística da cidade. As ZEPH são áreas consideradas “representativos da memória arquitetônica, paisagística e urbanística da cidade” (RECIFE, 2020), cuja manutenção seja necessária para manter o patrimônio histórico-cultural. A ZEPH é subdividida em Setor de Preservação Ambiental (SPA) e o Setor de Preservação Rigorosa (SPR). O SPR é classificado por “áreas de importante significado histórico e/ou cultural que requerem sua manutenção, restauração ou compatibilização com o sítio integrante do conjunto” (RECIFE, 1996). E a SPA “é constituído por áreas de transição entre o SPR e as áreas circunvizinhas” (RECIFE, 1996). A área de análise trata-se da ZEPH, nomeada Santo Antônio/São José, assim no Anexo 11 da LUOS de 1996 encontram-se os parâmetros e requisitos urbanísticos dela. Enquanto para as áreas de SPR apenas são descritos requisitos especiais, para a SPA a taxa de solo natural, o coeficiente construtivo e os afastamentos serão definidos de acordo com a ZECP, onde a taxa de solo natural é de 20% e o coeficiente 7. Essas características podem possibilitar a construção de altos edifícios nos po-

O artigo 32 do Projeto de Lei 28/2018 diz: a Macrozona do Ambiente Natural e Cultural (MANC) compreende o sistema hídrico principal e secundário, parte das Unidades Protegidas integrantes do Sistema Municipal de Unidades Protegidas - SMUP do Recife e dos Setores de Sustentabilidade Ambiental 2 (SSA2), as Zonas Especiais de Patrimônio Histórico-Cultural (ZEPH) próximas à rede hídrica e os Setores de Reestruturação Urbana (SRU2 e SRU 3), previstos na Lei Municipal nº 16.719, de 30 de novembro de 2001. (RECIFE, 2018) Ainda, a Zona de Desenvolvimento Sustentável é subdividida em quatro, sendo a quarta a ZDS-Centro, que tem como característica principal a concentração de ZEPH no território, a fim de promover a associação da utilização dos imóveis à sua preservação e atender às definições do planejamento de preservação do patrimônio cultural. A ZDS terá seu detalhamento de uso e ocupação do solo apresentado na Lei de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo, e deve considerar o Sistema Municipal de Unidades Protegidas (SMUP) e os Setores de Sustentabilidade Ambiental (SSA) tanto ao longo dos corpos hídricos principais e secundários como no entorno dos parques e praças, visando preservar a ambiência desses elementos e potencializar seu papel qualificador da vida urbana. Segundo o Plano Diretor de 2020, a área de estudo continua sendo classificada como ZEPH.


Elementos de paisagem Analisando os aspectos históricos, fica fácil perceber a importância do bairro para a construção da cidade. Vamos destacar alguns elementos preserváveis / simbólicos, como igrejas, edifícios antigos, edifícios modernos, espaços polares vegetados e espaços públicos não-vegetados. O bairro é marcado pela presença do Rio Capibaribe e pelas suas pontes. Quatro pontes que ligam o bairro ao continente e são classificadas como IEP, e duas que conectam com o Bairro do Recife. Além das pontes, existem duas edificações classificadas como IEP, uma localizada na praça da independência nº 91 e a outra localizada na rua das Flores nº 129, ambas as edificações apresentam características do Art Deco e foram classificadas como edificações "modernas". Entre os elementos construídos, também é válido pontuar a importância do tecido urbano do bairro, onde também é possível notar as

Imagem 13: Imagem com zoneamento legislativo/ Fonte: ESIG

fases de sua ocupação e deve ser preservado e conservado, mantendo inclusive as pavimentações históricas. As edificações notáveis antigas são edificações construídas em diversas épocas de ocupação, desde o século XVII até aproximadamente 1920. Além das edificações citadas anteriormente, são encontradas mais cinco edificações com essas características, duas delas também se encontram próximo à Praça da República, o Liceu de Artes e Ofícios e o Palácio da Justiça. Por último, também se destacam os edifícios notáveis "modernos", esses são edificações construídas a partir de 1930, como visto anteriormente suas construções e reformas são importantes para a construção do bairro como ele se encontra hoje, principalmente após a construção da Av. Guararapes e Dantas Barreto. É possível notar que grande parte das edificações modernas encontram-se localizadas nessas avenidas.


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DIAGNÓSTICO Este capítulo foi analisado segundo os procedimentos metodológicos baseado nos conceitos aprendidos a partir dos livros de estudo “Centro Cidadão”, “10 paços da caminhabilidade” Jeff Speck e “Cidades para pessoas” de Jan Gehl, ambos expôem a necessidade que uma cidade precisa para se tornar mais caminhavel e saudável. Com a conclusão de cada análise, poderar-se-a identificar as necessidades do local referente a cada tópico. O objetivo deste estudo é fazer uma análise integrada para fazer possíveis propostas de paisagismo, implicando em um espaço mais acolhedor.


USOS EXISTENTES Um ambiente diversificado é caracterizado pela pluralidade de usos que gera uma boa segurança, desenvolvimento econômico e cultural, com a possibilidade das mais variadas escolhas e alternativas dos usos. A partir da definição do mapa de diversidade de usos formais e informais, foi concluído que há uma maior quantidade de edificações que são serviços, comércios e vazios. É necessário abordar que o bairro de Santo Antônio deixou de ser uma área residencial para ser uma região somente de serviços gerais, visto que todo o mercado imobiliário foi cres-

cendo para áreaa mais suburbanas, deixando o Recife antigo ”abandonado “. As pessoas somente frequentam em horário comercial, e por falta da variação de usos, em outros horários fica um ”deserto isolado”. É importante frisar também outros usos importantes da área como o religioso, institucional e cultural, os quals geram uma zona turística e educacional no sítio, recorrendo a implementação de hotéis, hostels, flats para turistas, valorizando ainda mais a diversidade dos usos que é preciso possuir naquela zona.

Imagem 14: Entrada do edifício da Polícia Militar/ Fonte: Autoral

Imagem 16: Entrada de comércio na Rua Ulhôa Cintra/ Fonte: Autoral

Imagem 15: Rua Ulhô Cintra/ Fonte: Autoral

Imagem 17: Entrada de comércio na Rua Ulhôa Cintra/ Fonte: Autoral

Imagem 18: Marquise de edificação/ Fonte: Autoral


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MAPA DE USOS

USO MISTO (COMERCIO E RESIDENCIAL)

USO MISTO (COMERCIO E EDUCACIONAL)

EDUCACIONAL

USO MISTO (SERV, COM, RES)

USO MISTO (SERVIÇO E EDUCACIONAL)

CULTURAL

RELIGIOSO

INSTITUCIONAL

USO MISTO (COMERCIO E SERVIÇO)

SERVIÇO

VAZIO / SEM USO

COMERCIAL

Unidade de medida: Variação de usos.

Grau de diversidade: Relação equilibrada do percentual do uso residencial e demais usos.

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ÁREAS LIVRES EXISTENTES O mapa de áreas livres existentes tem o intuito de exibir os perímetros, públicos e privados, desocupados no sítio de estudo. Enquanto foi feito a análise, foi identificado que as quadras com o traçado mais antigo têm menos possibilidade de ter áreas livres devido a sua densidade e compacticidade e as edificações sãoconstruídas, geralmente, no limite do lote. Algumas áreas desocupadas

Imagem 19: MImagem aérea/ Fonte: Google Earth

Imagem 20: Imagem áerea/ Fonte: Google Earth

aparecem em lotes vazios dessas antigas edificações seguindo a geometria extensa e estreita. Contudo, a maior parte dos trechos vagos são de zonas públicas como largos e calçadas cobertas pelos edifícios com marquise.


MAPA DE AREAS LIVRES

Áreas livres em lote privado Áreas livres públicas Vias N 0 25

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TIPOLOGIA ARQUITETÔNICA O mapa de tipologia arquitetônica tem como propósito expor os diferentes estilos arquitetônicos presentes na área que se estuda. A sua importância está em como as tipologias podem contar a história do local e explicar o porquê do seu traçado urbano corresponder ao existente. Na área existe um destaque da tipologia do tipo “casa de porta e janela” que remete a estrutura fundiária de lotes estreitos e extensos, pertencentes a ocupação original do bairro, no entanto outra tipologia bem aparente na área é o "edifício

Imagem 21: Edificação na rua Ulhôa Cintra/ Fonte: Autoral

galeria” o qual representa outro tipo de ocupação mais recente no território. Essas edificações estão concentradas nas Av. Dantas Barreto e Av. Guararapes, respectivamente. Pelo mapa, percebe-se a concentração das tipologias, formando pequenos núcleos com as características próprias que dão uma unidade e identidade a cada rua e quadra. Um exemplo é o trecho calçado da rua Ulhôa Cintra em que todas as características são do gênero “casa de porta e janela”.

Imagem 21: Fachada de edificação/ Fonte: Autoral


EDF. SINGULAR

EDF. MODERNO

EDF. GALERIAL

EDF. MARQUISE

EDF. CAIXÃO

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OUTRO

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EDF. SOBRE PILOTIS

EDF. PÓDIO

CASA SEM RECUO

TEMPLO

MAPA DE IDENTIDADE

CASA DE PORTA E JANELA

SOBRADO

Unidade de medida: Tipos arquitetônicos

Grau de iden dade: Recorrência de pos arquitetônicos similares.

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GABARITOS EXISTENTES O Bairro de Santo Antônio possui variedade de tipologias e gabaritos nas suas edificações. Existe uma predominância de construções com até dois pavimentos, e uma quantidade significativa de prédios com até cinco pavimentos. Os lotes que possuem gabaritos mais altos, de onze a vinte pavimentos, ou até mesmo acima de vinte pavimentos, são mais escassas no trecho de estudo. Porém, ainda assim, estão presentes, e trazem consigo a alteração da paisagem urbana do bairro ao longo dos anos. O gabarito das edifica-

Imagem 22: Rua Ulhôa Cintra para Av. Dantas Barreto/ Fonte: Autoral

ções traz a noção de proporcionalidade do bairro, que está relacionada com a harmonia existente entre a área construída e seus entornos. Quanto menor a variação de altura, maior o grau de proporção. Considera-se, após a análise da área, que o gabarito das edificações é predominantemente baixo, sendo assim, alta proporcionalidade.

Imagem 23: Fachada de edificações/ Fonte: Autoral


Unidade de medida: Gabarito.

MAPA DE GABARITOS EXISTENTES

ACIMA DE 20 PAVIMENTOS

11 A 20 PAVIMENTOS

5 A 10 PAVIMENTOS

3 A 4 PAVIMENTOS

2 PAVIMENTOS

TÉRREO

Grau de proporcionalidade: Percentual de variação de gabarito (quanto menor a variação maior a proporcionalidade)

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ESTUDO DE CHEIOS E VAZIOS O mapa de cheios e vazios, como o nome já diz, analisa os cheios (em preto) que significam as construções e os vazios (em branco) que significam espaços não edificados. A importância desse mapa está no reconhecimento da organização espacial das edificações nas cidades e seus espaços livres. Antes de projetar é essencial instruir-se sobre a densidade volumétrica do local onde a nova edificação estará inserida. Na área de intervenção, a partir do estudo de skyline (representação

Imagem 24: Fachada de edificação/ Fonte: Autoral

das fachadas do trecho para identificar seu gabarito e identidade arquitetônica e escala), foi possível analisar que há uma grande massa de pequenas edificações na parte inferior, sendo sua maioria casarios e edifícios pré-modernistas. Na parte superior, tem-se menos edificações sendo essas mais densas e mais espaçadas entre si. Essa área recebe essas características pois foram edificações e espaços planejados pelo conde Maurício de Nassau.

Imagem 25: rua Ulhôa Cintra/ Fonte: Autoral


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MAPA DE CHEIOS E VAZIOS


SKYLINE RUA ULHÔA CINTRA

SKYLINE ESTUDO DOS CHEIOS E VAZIOS



SOMBRAS O mapa de sombras é necessário para diagnosticar os perímetros que possuem o sombreamento das calçadas e da falta do mesmo. Após um estudo de sombras no trecho de análise, através dos horários do solstício de verão e do solstício de inverno, observamos a presença de pouco sombreamento gerado pelas edificações presentes. Algumas sombras são geradas por algumas marquises dispostas nas fachadas de algumas edificações, ou até

Imagem 26: Fachada de edificação/ Fonte: Autoral

mesmo alguns toldos, que geralmente encontram-se em barracas e fiteiros. A escassez de sombreamento gerado pelas edificações dispostas no trecho de estudo não colaboram para uma boa sensação térmica, logo é necessário uma maior arborização nas calçadas para reverter esse quadro.

Imagem 27: Rua Ulhôa Cintra/ Fonte: Autoral


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MAPA DE SOMBRAS


FLUXOS E HIERARQUIA DE VIAS O mapa mostra os principais fluxos tanto de pedestres quanto de veículos, paradas de transporte coletivo, e acessos de carros e pedestres aos usos presentes na Rua Ulhôa Cintra. tório dos meios de locomoção. Pelo mapa, percebe-se que a Ponte Princesa Isabel, Rua do Sol, Praça da República, Ponte Buarque de Macedo , R. Siqueira Campos, Av. Dantas Barreto e Av. Martins de Barros possuem os principais fluxos de

Dantas Barreto e Av. Martins Barros possuem os principais fluxos de veículos e de pedestres. Na Rua Ulhôa Cintra o principal fluxo é de veículos particulares, e conta com um pequeno trecho da rua para fluxo baixo de pedestres. Próximo à rua de intervenção percebe-se a existência de seis paradas de ônibus na Rua do Sol, e uma estação de BRT na Av. Dantas Barreto. Ainda na área de intervenção, o mapa identifica os acessos de carros e os de pedestres.

Imagem 28: Imagem áera do bairro de Santo Antônio/ Fonte: Google Earth

Imagem 29: Imagem áera do bairro de Santo Antônio/ Fonte: Google Earth


MAPA DE FLUXOS

Fluxos de veículos Fluxos de pedestres Paradas de ônibus Acesso de pedestres Acesso de veículos

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CONECTIVIDADE A conectividade é a relação da área analisada com o entorno, ao qual permite aos usuários e moradores uma conexão com outras áreas das redondezas, através do seu sistema viário. A hierarquia de conexão de vias é a unidade de medida utilizada para análise da conectividade. É caracterizada por quatro tipos de vias hierárquicas: metropolitanas, urbana, local, microlocal. O grau de

conectividade é definido pela amplitude da hierarquia de conexão das vias do território com o seu entorno. Quanto maior a ligação, maior será a conectividade. A área analisada possui uma boa conectividade, apresentando vias com diversas escalas de hierarquia, permitindo que as pessoas possuam uma variedade de escolhas de caminhos.

Imagem 30: Imagem da Avenida Dantas Barreto/ Fonte: Google Maps


Unidade de medida: Hierarquia de conexão das vias, nas escalas da cidade.

MAPA DE CONECTIVIDADE

Grau de conec vidade: Amplitude da hierarquia de conexão das vias do território com seu entorno. * a área de análise tem boa conec vidade quanto mais ampla for a escala de conexão nela existente.

VIAS DE EIXO METROPOLITANO

VIAS DE EIXO URBANO

VIAS LOCAIS

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MULTIMODALIDADE A multimodalidade representa a qualidade de uma via que tem a capacidade de acolher uma maior variedade possível de modais de transporte, com segurança e conforto, em coerência com sua hierarquia viária. Um espaço público deve acolher adequadamente os diversos tipos de usuários. Muitas pessoas circulam diariamente na área em análise, devido aos diversos usos existentes. Porém, por ser uma área de baixa densidade, a

Imagem 31 : Avenida Dantas Barreto/ Fonte: Google Maps

Imagem 32: Rua do Sol/ Fonte: Google Maps

maior parte das pessoas utiliza o carro e o transporte público para acessar o bairro. A área poderia apresentar melhores condições de multimodalidade, apesar de o conceito de multimodalidade considerar também o uso da bicicleta e o deslocamento a pé. É importante priorização de um sistema de transporte público, eficiente e integrado, que visa a mobilidade dos pedestres e ciclista. A organização e variedade dos transportes proporcionam uma população mais ativa e mais sustentável.


MAPA DE MULTIMODALIDADE MAPA DE MULTIMODALIDADE

Unidade de medida: Metros lineares de rua com mul modalidade.de medida: Unidade Metros lineares de rua com mul moGrau de mul modalidade: dalidade. Percentual de metros lineares de rua com mul modalidade (que abrigam o Grau de mul modalidade: máximo dede modais com sua hierarPercentual metros lineares de rua quia mul viária). com modalidade (que abrigam o máximo de modais com sua hierarquia viária).

VIAS DE EIXO METROPOLITANO VIAS DE EIXO URBANO VIAS DE EIXO METROPOLITANO VIAS LOCAIS VIAS DE EIXO URBANO VIAS MICROLOCAIS VIAS LOCAIS VIAS MICROLOCAIS PEDESTRIANIZADAS VIAS ESPAÇOS PÚBLICOS POLARES VIAS PEDESTRIANIZADAS VIAS COM MULTIMODALIDADE ESPAÇOS PÚBLICOS POLARES VIAS COM MULTIMODALIDADE

N N

0 25

100

200m

0 25

100

200m


VEGETAÇÃO EXISTENTE A sensação térmica em uma via urbana é definida pela quantidade de vegetação distribuída ao longo da mesma. Grandes espaços impermeáveis colaboram para o conforto térmico de um meio urbano, ao mesmo tempo em que a materialidade escolhida para o revestimento das fachadas de uma edificação também interfere na sensação térmica, pois pode gerar um aumento da temperatura ambiental. A massa vegetativa gerada pela arborização proporciona sombra, ajudando a criar um microclima, melhorando e influenciando a umidade local, tornando assim, mais agradável ao transeunte. Ao analisar a área de estudo perce-

be-se quão pouca vegetação a mesma possui, disposta em suas vias urbanas. Um trecho de muita história representada por sua urbanidade, pela arquitetura dos edifícios, mas que torna o caminhar não tão agradável por causa da sensação térmica. As árvores presentes concentram-se, em sua maioria, nas proximidades ao Teatro de Santa Isabel. Conforme vai-se adentrando nas vias urbanas adjacentes, as mesmas vão tornando-se escassas, ou mesmo nulas. Apesar da proximidade com o Rio Capibaribe, que proporciona boa ventilação, em especial, nas vias adjacentes ao mesmo, não se consegue ter boa qualidade térmica em quase 80% das vias do trecho de estudo.

Imagem 34: Praça da República/ Fonte: Google Maps

Imagem 33: Edifício da Polícia Militar/ Fonte: Autoral

Imagem 35: Praça da República/ Fonte: Google Maps


Unidade de medida: Metros lineares de calçadas sombreadas por árvores.

MAPA DE VEGETALIZAÇÃO

Grau de vegetalização: Percentual de metros lineares de calçadas sombreadas por árvores.

ÁRVORES DE MÉDIO E GRANDE PORTE ÁRVORES DE PEQUENO PORTE ÁRVORES DENTRO DE LOTES QUE SOMBREAM AS CALÇADAS CALÇADA SOMBREADA

N 0 25

100

200m


05


ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DO DIAGNÓSTICO


DIRETRIZES PARA INTERNVENÇÃO PAISAGÍSTICA PROGRAMA

IMPLANTAÇÃO DE ÁRVORES AMPLIAÇÃO DAS CALÇADAS ESPAÇOS DE DESCANSO

RUA COMPARTILHADA

BICICLETÁRIO

EQUIPAMENTOS PARA GINÁSTICA

ACABAMENTO DA PAGINAÇÃO EM TODA A CALÇADA

INTRODUZIR BALIZADORES MESAS PARA JOGOS

NIVELAMENTO DE PISO EM TODA A RUA

COLOCAÇÃO DE POSTES DE ILUMINAÇÃO DE PEDESTRES

LIXEIRO

PISO TÁTIL

A partir de todo o diagnóstico analisado no livro sobre a área de estudo, foi discutido que para se produzir um programa de intervenção paisagística é preciso toda uma leitura detalhada, humana e empática com o pedestre que está caminhando pelo sítio. Portanto, através dos mapas de usos, tipos arquitetônicos, vegetação e fluxos de carros e pedestres, foi proposto um programa com usos específicos de acordo com a necessidade do sítio.

Imagem 36: Imagem de fachada degrada/ Fonte: Autoral


ÁREA DE INTERVENÇÃO

RUA A SER COMPARTILHADA REVITALIZAÇÃO DE CALÇADA ÁRVORES A SEREM COLOCADAS ÁRVORE EXISTENTE (IPÊ ROSA) BALIZADORES

Mapa zoneamento paisagístico

EXPANSÃO DA CALÇADA


Mapa linhas de forças

Com isso, foi considerado a implantação de árvores, visto que no trecho só há presente apenas uma árvore (identificada como Ipê rosa), logo o caminho não possui uma boa disposição de sombras; Ampliação de calçadas, requalificação das mesmas para a paginação original em predra portuguesa e o nivelamento de piso em alguns trechos que não estão acessíveis de acordo com a norma; Espaços de descanso, permanência; Equipa-

Imagem 37: calçada sem acessibilidade/ Fonte: Autoral


mentos de ginática, em virtude que a região possui habitações residenciais e o anseio da população em usar uma academia da cidade para diversos tipos de exercícios; Espaços de jogos de mesas para a comunidade local e bicicletário para introduzir ainda mais esse meio de transporte na cidade do Recife. Em suma, é perceptível que a partir desse programa paisagístico irá ser gerado uma melhor caminhabilidade, acessibilidade e sustentabilidade no sítio, gerando uma vida mais vindoura positivamente para a comunidade.

Imagem 38: Imagem Rua ulhôa Cintra/ Fonte: Autoral

Imagem 36: Imagem de fachada degrada/ Fonte: Autoral

JOGOS

Mapa zoneamento paisagístico 2

ESTAR

GINÁSTICA


06


REFERÊNCIAS


CENSO Demográfico, 2010. Resultados do universo: características da população e domicílios. Disponível em <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em 16 de setembro de 2021. VAINSENCHER, Semira Adler. Santo Antônio (bairro, Recife). In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2006. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/santo-antonio-bairro-recife/. Acesso em: 15 de setembro de 2021. BARBOSA, Marcos. Brasil de Fato. Marcos Barbosa, 2018. Disponível em: https://www.brasildefatope.com.br/2018/12/03/bairro-de-santo-antonio-e-suas-pontes-nos-ligam-ao-passado-recifense Biblioteca IBG. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?id=440608&view=detalhes Prefeitura do Recife. http://www2.recife.pe.gov.br/pagina/historia SANTANA, Andresa; CAROLINA, Nadja. IV Colóquio de História. DE PATRIMÔNIO EDIFICADO A PATRIMÔNIO SILENCIADO: “MODERNIZAÇÕES” NO CENTRO URBANO DO RECIFE. 2010. Disponível em: http://www.unicap.br/coloquiodehistoria/wp-content/uploads/2013/11/4Col-p.514.pdf DANTAS, Rafael. Revista Algo Mais. 2018. Disponível em: https://revista.algomais.com/cultura/sao-jose-e-santo-antonio-regiao-de-historia Pesquisa Escolar. Semira Adler Vainsencher. 2021. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/santo-antonio-bairro-recife/ Plano de Preservação do Patrimônio Cultural do Recife. 2020. Disponível em: https://conselhodacidade.recife.pe.gov.br/sites/default/files/2020-12/VOL%201_Diagn%C3%B3stico%20ZEPH-10%20e%2014_FINAL%20R1.p df



DIAGNÓSTICO PAISAGÍSTICO

RUA ULHÔA CINTRA


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