RIO x CIDADE: PLANO ESTRATÉGICO EM TRECHO DO POÇO DA PANELA E ENTORNO

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PLANO ESTRATÉGICO

RIO X CIDADE


APRESENTAÇÃO A elaboração desta atividade foi realizada pelos alunos: Elenny de Sousa, Giovanna Maria Chaves, Jessica Rangel, Lucas Tavares e Mirelle Falcão, docentes da disciplina de Ordenamento Urbano e Territorial da Universidade Católica de Pernambuco, no primeiro semestre de 2021, na qual foram assessorados por Lea Cavalcanti e Ricardo Pessoa de Melo.


SUMÁRIO

01

02

03

INTRODUÇÃO

2. QUADRO COM DESAFIOS E POTENCIALIDADES

3. MAPA SÍNTESE

04

05

06

4. PROPOSTAS: VAZIOS URBANOS

5. EIXO: MONTEIRO

6. EIXO: POÇO DA PANELA

07

08

09

7. EIXO: SANTANA

8. ZEIS

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


INTRODUÇÃO O presente documento consiste no Plano de estratégias no território em análise: grande parte do bairro do Poço da Panela, Santana e Monteiro, localizados na Zona Norte do Recife. A análise é delimitado pela Av. Dezessete de Agosto, Rua Jorge de Albuquerque, Rua Jorge Gomes de Sá, Rua Sant’Anna e o Rio Capibaribe. Tem por objetivo apresentar, após estudos e análises, pro postas e soluções para área estudada. Foi levado em conta estudo de fachadas, pavimentação das ruas, qualidade de calçadas, além de infraestrutura urbana e adensamento habitacional. O resultado almejado, após o estudo e opinião crítica é um diagnóstico propositivo com problemas, soluções, agentes e tempo e facilidade de intervenção.


QUADRO DE PROPOSTAS PROPOSTAS/ AÇÕES

AGENTES

Tornar em ruas compartilhadas, as ruas Eng. Jair Furtado Meireles, Franco Godin e partes da rua Jorge Gomes de Sá e Estrada Real do Poço.

Prefeitura

Vazio Urbano 1 (localizado no encontro das ruas Tito Lívio Soares com Virgílio de Oliveira): propor um espaço cultural para eventos e que se integre com a Praça do Amor.

Prefeitura/ População

FACILIDADE DA INTERVENÇÃO

TEMPO

OBSERVAÇÃO

Fácil

Curto (até 2 anos)

Fragmento da Rua Jorge Gomes de Sá será compartilhada uma vez que é continuação da Rua Eng. Jair Furtado Meireles.

Médio

Curto (até 2 anos)

Prefeitura

Difícil

Longo (4 anos ou mais)

Prefeitura

Médio

Médio (2 a 4 anos)

Pavimentação das ruas Eng. Jair Furtado Meireles, Joaquiam Xavier de Andrade, Tapacurá, Pinto Campos, Franco Godin, partes das ruas Luiz Guimarães e Marquês de Tamandaré e a Avenida Dr. Seixas.

Prefeitura

Fácil

Curto (até 2 anos)

Expansão das calçadas das ruas Marquês de Tamandaré e Oliveira Góes.

Prefeitura

Médio

Curto (até 2 anos)

Inserção de calçada em parte da Avenida Dr. Seixas.

Prefeitura

Fácil

Curto (até 2 anos)

Tornar a Praça do Monteiro em um espaço mais convidativo.

Prefeitura

Fácil

Curto (até 2 anos)

Inserir equipamento urbano.

Iniciativa privada

Fácil

Curto (até 2 anos)

Tornar fachada pErméavel

maior fiscalização das edificações pertencente as IEP’s e educar a população a respeito do seu patrimônio cultural.

Prefeitura

Fácil

Curto (até 2 anos)

Expandir a ZEPH para todo o bairro do Poço da Panela.

Prefeitura

Fácil

Prefeitura/ População

Fácil

Curto (até 2 anos)

prefeitura

Fácil

Curto (até 2 anos)

Vazio Urbano 2 (localizado na rua eng. Jair Furtado Meireles): Praça acessível integrada com um deck no rio. Vazio Urbano 3 (localizado na Avenida Dezessete de Agosto): Propor um pavilhão com foco em comércio e serviço para gerar movimento na área.

Alteração das fachadas do Colégio Ethos e Centro Escolar Carochinha, localizados na rua Oliveira Góes, dos lotes 85, 93, 177, 191, 331, 373, 374 e 422 Da Estrada Real do Poço, todos os lotes da Rua Eng. Bandeira de Melo, lotes 26, 56, 100 e 113 na rua Marquês de Paranagua, lote 282 Da rua Virgílio de Oliveira, lotes 25, 95, 183, 207, 235, 283, 320 e 361 Da rua Luiz Guimarães, lote 49 na rua Antônio Vitrúvio, lotes 272 e 290 Da rua dos Arcos, lote 318 Da rua Tapacurá, lotes 151 e 173 da rua Dona Olegarinha.

incentivo de Implantação de mais comércios e serviços dentro do bairro./ valorização do sítio histórico / mais implantação de praças públicas como elementos marcantes (gera convivência).

Inserção do uso hidroviário e incentivo governamental aos barqueiros e pesqueiros.

Curto (até 2 anos)


MAPA SÍNTESE

legenda inserção DE CALÇADAS ALARGAMENTO DE CALÇADAS RUAS COMPARTILHADAS centros compartilhados ALTERAÇÃO DE FACHADAS PAVIMENTAÇÃO DE VIAS

N



VAZIOS URBANOS A definição de vazios ubanos consiste em dizer que um espaço que está vago não é necessariamente desvalorizado e inabitável, e também a falta de edificação não expressa uma omissão de um uso, segundo a dissertação de Claudia Sousa. Diante disso, foi feita uma análise de todos os vazios urbanos existentes no sítio o qual está sendo estudado (fig.01). A primeira classificação é de espaço urbano desocupado, um território efetivamente vazio na cidade, sem edificação física e pode possuir um apelo sentimental para a comunidade das redondezas. Diferentemente da menção acima, os espaços desafectados possuem uma edificação presente sem um uso atual independente do seu estado de conservação. Em suma, há o espaço urbano subutilizado o qual possuem uma ocupação física ou não, contudo esse uso é inadequado para o terreno. A partir dessa categorização, foi selecionado no stítio de estudo 5 vazios urbanos relevantes de acordo com a situação atual da área e das propostas futuras, respectivamente: - Vazio urbano 1: localizado na Rua Pinto Campos, o terreno é categorizado por ser subutilizado pois, no presente, sua aplicação é feita para o lazer, há uma quadra de futebol improvisada para os moradores porém com péssimas qualidades estruturais e de higiene (fig.02). - Vazio urbano 2: localizado na esquina da Rua Virgílio de Oliveira com Rua Tito Lívio Soares, é notável uma área desocupada com um grande potencial para ser utilizado visto que o espaço fica de frente para a Praça do Amor, ambiente urbano de divertimento para os moradores (fig.03). - Vazio urbano 3: localizado no terreno de esquina da Av. 17 de

legenda ESPAÇOS URBANOS DESOCUPADOS ESPAÇOS URBANOS DESAFECTADOS N

ESPAÇOS URBANOS SUBUTILIZADOS

FIGURA 01. MAPA DE VAZIOS URBANOS - SÍTIO DE ESTUDO

Agosto com a Av. Dr. Seixas, o vazio urbano também é classifi cado como desocupado e apresenta grande capacidade de relevância por ficar localizado em uma avenida de grande fluxo e visibilidade na cidade do Recife (fig.04). - Vazio urbano 4: localizado na Rua Eng. Jaír Furtado Meireles, o espaço foi escolhido devido sua localização próximo ao rio, vetor de alta competência e pela sua edificação histórica existente no lote, pensando na sua preservação (fig.05). - Vazio urbano 5: localizado na Rua Eng. Jaír Furtado Meireles, espaço urbano subutilizado, atualmente está sendo apropriado para estacionamento de veículos, uso que não valoriza o pedestre e a riqueza da área dado que idem é na margem do Rio (fig.06).


FIGURA 04. Vazio urbano 3 / desocupado / terreno esquina da Av. 17 de Agosto com Av. Dr. Seixas

FIGURA 02. Vazio urbano 1 / subutilizado / terreno na Rua Pinto Campos FIGURA 05. Vazio urbano 4 / desafectado / terreno R. Eng. Jaír Furtado Meireles

FIGURA 03. Vazio urbano 2 / desocupado / terreno esquina da R. Virgílio de Oliveira com R. Tito Lívio Soares

N

legenda ESPAÇOS URBANOS DESOCUPADOS ESPAÇOS URBANOS DESAFECTADOS ESPAÇOS URBANOS SUBUTILIZADOS

FIGURA 06. Vazio urbano 5 / subutilizado / terreno R. Eng. Jaír Furtado Meireles


Alicerçado na escolha dos vazios urbanos, foi proposto algumas intervenções de acordo com cada personalidade e dimensão do espaço estabelecido: - Vazio urbano 1: Como foi visto anteriormente, esse espaço urbano é subutilizado como área de lazer pelos moradores da Zeis da Vila Esperança. A partir desse fato foi proposto um parque urbano para a área abrangendo não só aquele terreno mas adentrando por toda a Zeis, visto que vai ser apresentado a intervenção da Vila. Como referência foi posto o Parque da Macaxeira (fig.10), na cidade do Recife, o qual utiliza-se de um ambiente sem uso e abandonado para expressar vida naquela região, cuja muitas vezes a população precisava se deslocar para áreas mais distantes para praticar um exercício ou lazer. - Vazio urbano 2: Neste terreno, o principal fator de escolha foi a proximidade que ele possui com a Praça do Amor, tendo em vista o acolhimento, o abraço que faz com o espaço. Baseado nisso, foi pensado que aquela área podia ser um ponto de encontro para toda a comunidade do Poço da Panela, um local cultural de atrativos de música, dança, oficinas, entre outros. Há, como comprovação dessa assertiva, a Intervenção Urbana: Huellas Artes (fig.11) no centro de Santiago. O objetivo desse projeto é implantar um ambiente mais colorido e humano, com fins artísticos e mais expressivos em malha urbana muito adensada de edifícios.

FIGURA 07. Food Villa Market - vista interna

em algumas margens do respectivo Rio, foi proposto no vazio 4 uma área de apreciação para a natureza existente nos arredores. No Parque Red Ribbon (fig. 08, 09 e 13) em Qinhuangdao, na China, foi feito um mobiliário em forma de banco ao longo de toda a margen do Rio Tanghe, o qual gera um ambiente natural imersivo de contemplação para o parque e o rio. No vazio 5 a intenção foi de constituir um deck e um pequeno porto para a chegada e partida de barcos. Como referência, há o Cais de Fredriksdal (fig.14), localizado no lago Hammarby em Estocolmo na Suécia, o qual é composto por um grande deck de madeira com espaços de permanência e dando continuidade atrás dele há uma praça com playground para as crianças.

- Vazio urbano 3: Esse espaço urbano é bastante específico e interessante uma vez que é situado em um ponto bastante movimentado do bairro. Com essa lógica, a melhor solução foi sugestionar um centro de comércio ou serviço, aspirando um maior fluxo de pessoas para a região, consequentemente entregando mais vitalidade ao bairro. O Food Villa Market (fig.07 e 12) em Bangkok na Thailand é uma amostra de uso para o vazio urbano. O projeto consiste em um mercado em forma de galpão que se integra com o entorno, além do seu interior possuir área para degustação. - Vazio urbano 4 e 5: localizados os dois espaços na beira do Rio Capibaribe e já pensado no projeto do Parque Capibaribe

FIGURA 08. Parque Red Ribbon / Turenscape arquitetos

FIGURA 09.Parque Red Ribbon agenciamento


FIGURA 12. Proposta vazio urbano 3: Food Villa Market / I Like Design Studio

FIGURA 10.Proposta vazio urbano 1: Parque da Macaxeira, Recife. FIGURA 13. Proposta vazio urbano 4: Parque Red Ribbon / Turenscape arquitetos

N FIGURA 11.Proposta vazio urbano 2: Intervenção Urbana: Huellas Artes

legenda VAZIOS URBANOS QUE IRÃO SER OCUPADOS

FIGURA 14. Proposta vazio urbano 5: Fredriksdalskajen / Nivå Landskapsarkitektur


EIXO

MONTEIRO

Começando por sua história, o bairro do Monteiro fez parte do Engenho Várzea do Capibaribe, cujo seu primeiro proprietário foi Pantaleão Monteiro. O bairro iniciou sua ocupação com as famílias abastardas do Recife que frequentavam as áreas próximas do rio para veraneio, o bairro viveu seu ápice em meados do século XIX, quando eram sediadas diversas festas na área, sendo tão conhecidas que foram citadas em um fragmento do romance ‘A emparedada da Rua Nova’ de Carneiro Vilela. Segundo o Censo de 2010, a população residente é de 5.917, desse total 45,85% são homens, 52,06% estão entre 25 e 59 anos e 53,90% se identificam como brancos e a taxa de alfabetização de 10 anos ou mais é de 96,3%. As Zonas Especiais de Interesse Social do bairro são ZEIS Inaldo Martins, ZEIS Vila Esperança/Cobogó e parte da ZEIS Mandú/ Alto Santa Izabel. Como pode-se observar no mapa (fig. 15), o Monteiro tem apenas um colégio e perto dele, a única área verde em domínio público, outras áreas verdes no bairro só voltam a aparecer dentro de lotes particulares. Também pode-se conferir que a única UPA se encontra no outro lado da Avenida Dezessete de Agosto sendo a mesma uma unidade particular. Após essa análise, é proposto a adição de uma unidade básica de saúde pública e um posto da polícia civil, uma vez que o bairro não apresenta atendimento a população mais carente pois não tem segurança pública na área. Já no segundo mapa, pode se conferir as propostas atribuidas pela equipe ao bairro como a pavimentação da rua Pinto Campos e a colocação de calçadas, uma vez que a rua não tem espaço adequado para trânsito de automóveis e pedes-

legenda SERVIÇO DE SAÚDE ÁREA VERDE EDUCACIONAL

FIGURA 15. Mapa elementos existentes em Monteiro.

tres, também como o compartilhamento das vias em volta da Praça do Monteiro, visto que é um espaço agradável e próxima à uma unidade de ensino. Também é proposto o compartilhamento de quase todas as ruas da ZEIS Vila Esperança, já que essa área apresenta ruas bem estreitas e calçadas quase todas inexistentes. No quesito de fachadas foram conferidos os lotes 2727 na Rua Pinto Campos e 2413 na Av. Dezessete de Agosto a necessidade de remodulação das fachadas existentes, em virtude de que ambas são fechadas para rua, dificultando uma permeabilidade entre o espaço público e privado.


FIGURA 18. Imagem da fachada do edifício no lote 2413. Fonte: Google Street View FIGURA 16. Imagem da rua Pinto Campos. Fonte: Google Street View

FIGURA 17. Idealização da cidade Woonerf. Fonte: City Green

legenda PAVIMENTAÇÃO E COMPARTILHAMENTO DA RUA PAVIMENTAÇÃO DA RUA/COLACAÇÃO DE CALÇADAS ALTERAÇÃO DE FACHADAS

FIGURA 19. Pavimento térreo do edifício Vila Mariana. Fonte: Abasol


EIXO

POÇO DA PANELA

O bairro do Poço da Panela, localizado na Zona Norte do Recife, banhado pelo rio Capibaribe, que já foi considerado medicinal, surge em 1802, com a reabertura do antigo caminho, posteriormente chamado de Estrada Real. A ocupação humana toma impulso no local e, ainda no século XIX, com a divisão das terras do Engenho Casa Forte, percebe-se a instalação considerável de moradias no decorrer das margens do Rio Capibaribe formando povoados na tentativa de auxiliar o escoamento da produção de açúcar dos antigos engenhos da região. Após um surto de cólera que assolou a cidade do Recife no final do século XVIII, os banhos no Rio Capibaribe faziam parte da rotina de toda a população, sendo recomendados, inclusive, pelos médicos, fato que atraiu a elite que foi se instalando no bairro e construindo grandes casarões e sobrados. Nos dias atuais, através de análises, é notório perceber a pouca diversidade urbana, pois há o prevalecimento do uso habitacional, seguido pelo uso de serviço, pouco frequente. Além disso, vale ressaltar que grande maioria das edificações são habitações formais unifamiliares e poucos prédios existentes.

FIGURA 20. Largo da igreja de Distrito de Ponta Delgada, Portugal. Fonte: Archdaily.

No mapa de elementos existentes, é possível identificar os serviços de saúde, edificações educacionais, instituições culturais e praças. É válido ressaltar a ausência de postos policiais, escolas públicas, hospitais e supermercados em toda a região.

FIGURA 21. Parque Urbano da Orla do Guaíba, Porto Alegre. Fonte:


No mapa de proposições, foram indicados pavimentação de vias, alteração de fachadas, ruas a serem compartilhadas e principalmente áreas que serão centros compartilhados para servir a população local e impulsionar o turismo. Os centros compartilhados foram indicados no mapa de proposições como manchas azuis enumeradas por 1,2 e 3. Para o centro compartilhado 01, foi sugerido um centro histórico para o bairro, que inclui o largo do Poço da Panela, com a presença da Igreja Nossa Senhora da Saúde e a famigerada Estrada Real do Poço da Panela. A idealização desse centro histórico tem como objetivo convidar, preservar e impulsionar o turismo do bairro, o qual apresenta resquícios de um passado colonial, através das casas existentes, que possuem telhados com várias quedas d’água e inclinação. Além disso, há uma simetria e uma quantidade considerável de janelas e aberturas.

Por fim, o centro compartilhado 03, localizado às margens do Rio, tem como principal objetivo idealização de uma orla e criação de espaços de convivência para a população. O projeto do Parque Urbano da Orla do Guaíba, em Porto Alegre, é uma demonstração de requalifação de uma área banhada por rio, assim como o trecho em destaque. Além dessas proposições, é imprescindível a implantação de hospitais, postos policiais, escolas públicas, mercados e comércios em geral no bairro.

Como referência para o centro compartilhado, é apresentado a figura 20, projeto realizado por Paulo Vieitas e Alexandre Picanço do largo da igreja do Distrito de Ponta Delgada, Portugal. O centro compartilhado 02, é formado pela Praça do Amor e seus arredores. É indicado o aprimoramento da praça já existente, com o intuito de torná-la convidativa e humanizada, criando não apenas uma praça e sim, um território como exemplificado na figura 22.

FIGURA 22. Praça Superilla de Sant Antoni, Espanha. Fonte: Archdaily.


MAPA elementos existentes

LEGENDA SERVIÇOs DE SAÚDE EDUCACIONAis iNSTITUIÇões CULTURAis PRAÇAs

N


MAPA PROPOSIÇÕES

2 1 legenda inserção DE CALÇADAS ALARGAMENTO DE CALÇADAS RUAS COMPARTILHADAS centros compartilhados

N

ALTERAÇÃO DE FACHADAS PAVIMENTAÇÃO DE VIAS

3


EIXO

SANTANA

O bairro de Santana que está localizado na Zona Norte da cidade do Recife faz parte da RPA 3 junto com outros bairros como Aflitos, Graças, Poço da Panela e Monteiro. Segundo o Censo de 2010, a população residente é de 3.054, sendo 54,94% mulheres, 52,55% estão entre 25 e 59 anos e 66,40% são brancos e a taxa de alfabetização de 10 anos ou mais é de 97,6%. No bairro não existe Zona Especiais de Interesse Social (ZEIS). No primeiro mapa, é possível verificar que há um serviço de saúde público, duas instituições educacionais, uma instituição cultural relacionada a leitura e duas áreas verdes significativas, sendo uma delas o Parque de Santana. A partir da análise da área, é proposto a pavimentação e compartilhamento da Rua Jorge Gomes de Sá como complemento da Rua Eng. Jair Furtado Meireles, dado que essas vias estão em pontos estratégicos para circulação de pedestres. Também é proposto a colocação ou expansão de calçadas nas ruas Dona Olegarinha e Henrique Machado, na medida que as duas vias apresentam em alguns trechos calçadas estreitas ou não existe esse espaço para pedestres. Em relação às fachadas é proposto a alteração em dois lotes situados na rua Sant’Anna (fig. 23), ambos tem uma fachada impermeável e não permitem a conexão entre o espaço público e o privado.

legenda SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUIÇÃO CULTURAL ÁREA VERDE EDUCACIONAL

FIGURA 23. Fachada de casa na rua Sant’Anna. Fonte: Google Street View


FIGURA 24. Fachada permeável de casa. Fonte: Arqfashion

FIGURA 25. Fachada permeável com flores de edifício. Fonte: Opovo

legenda COMPARTILHAMENTO E PAVIMENTAÇÃO DA RUA COLOCAÇÃO OU EXPANSÃO DE CALÇADAS ALTERAÇÃO DE FACHADAS


ZEIS PROPOSTAS No Poço da Panela e no Monteiro, surgiram espontaneamente duas áreas de assentamento de população de baixa renda. Essa concentração populacional é chamada de ZEIS (Zona Especial de Interesse Social). A ZEIS tem como objetivo principal defender um território e garantir condições adequadas às comunidades existentes que residem em lugares privilegiados da cidade. No que diz respeito á legislação e urbanização, a ZEIS obedece às normas estabelecidas no Plano de Regularização das Zonas Especiais de Interesse Social - PREZEIS. Após estudos e análises foi possível observar algumas debilidades nas áreas como o adensamento de habitações, falta de pavimentação nas ruas, carência de calçadas de qualidade, além de questões como saneamento e infraestrutura.

FIGURA 27. Infraestrutura, pavimentação e qualidade urbana na ZEIS. Fonte: Google Maps.

Sabendo disso, com base no estudo de caso em Osasco (fig. 26), foi proposto um conjunto de habitações sociais, com urbanização das ruas, calçadas e fachadas para área (figura 29 e 30).

FIGURA 26. Urbanização do Jardim Vicentina, Osasco, São Paulo. Fonte: Archdaily.

FIGURA 28. Densidade habitacional na ZEIS. Fonte: Google Maps.


MAPA ZEIS

LEGENDA: - ZEIS - POÇO DA PANELA - ZEIS - MONTEIRO




REFERÊNCIAS Fonte: CENSO Demográfico, 2010. Resultados do universo: características da população e domicílios. Disponível em <http://www.ibge.gov.br> (Relacionado ao texto do monteiro). Acesso: maio de 2021 Fonte: CENSO Demográfico, 2010. Resultados do universo: características da população e domicílios. Disponível em <http://www.ibge.gov.br> Acesso: maio de 2021 Fonte: LEI Nº 15.926/94 Disponível em <http://www.leismunicipais.com.b> Data de acesso: maio de 2021 Fonte: CAVALCANTI, Carlos Bezerra. O Recife e seus bairros. Recife: Câmara Municipal do Recife, 1998. Fonte: CAVALCANTI, Carlos Bezerra. Enciclopédia urbana do Recife. Recife: Poço Cultural, 2018.

Fonte: Intervenção Urbana: Huellas Artes, um toque colorido no centro de Santiago Disponível em: <http://www.archdaily.com.br> Acesso: maio de 2021 Fonte: Food Villa Market / I Like Design Studio Disponível em: <http://www.archdaily.com.br> Acesso: maio de 2021 Fonte: Parque Red Ribbon / Turenscape Disponível em: <http://www.arcdaily.com.br> Acesso: maio de 2021 Fonte: Fredriksdalskajen / Nivå Landskapsarkitektur Disponível em: <http://www.archdaily.com.br> Acesso: maio de 2021 Fonte: Parque Urbano da Macaxeira Disponível em: <http://visit.recife.br> Fonte: SOUSA, Claudia. Do Cheio para o Vazio. Outubro, 2010.

Fonte: ESIG: https://licenciamento.recife.pe.gov.br/node/20 Acesso: março, abril e maio de 2021 Fonte: Requalificação urbana do largo da Igreja / Paulo Vieitas + Alexandre Picanço Disponível em: <http://www.archdaily.com.br> Acesso: maio de 2021 Fonte: Praça Superilla de Sant Antoni / Leku Studio Disponível em: <http://www.archdaily.com.br> Acesso: maio de 2021

Fonte: LYNCH, Kevin. A Imagem da Cidade. Tradução de Maria Cristina Tavares Afonso. Edições 70, 1960. Fonte: PREFEITURA DO RECIFE. Plano Santo Amaro Norte. 2017. Fonte: Plano Diretor do Recife. Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-recife-pe> Acesso: março, abril e maio de 2021.



RECIFE, 2021


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