Foto: Larissa Nato
Jornal Laboratório do curso de Comunicação Social Jornalismo FCSAC/Univap São José dos Campos Ano 15, Edição 1 Fevereiro, Março e Abril 2014
páginas 6 e 7
O Poder da Solidariedade Conheça histórias de pessoas que entenderam a importância de se estender a mão ao próximo
página 3
A triste realidade de mulheres agredidas
páginas 4 e 5 Novos agentes culturais: onde está o apoio?
página 12
Conheça o talento da bailarina Rafaela Pandolphi
EDITORIAL
O desejo de ser repórter Por Prof.º Fredy Cunha
Um combustível clássico do bom jornalista é o desejo incessante de levantar assuntos que
Por Georges Kirsteller Ryoki Inoue
vo do Brasil. Um estudo divulgado pela FGV — Fundação Getúlio Vargas, afirma que, apesar da expectativa de que o Mundial elevaria o PIB em 1,5%, em dezembro de 2013 o Banco Central previu um cenário diferente com menos de 1%. Es-
Há 64 anos, quando o Brasil se-
1964, nosso país atingiu o desen-
cândalos políticos também foram
dade precisa ver e saber, e que
diava a primeira Copa do Mundo e a
volvimento que se pretendia. Se, na-
decisivos para causar desconfiança
vão de encontro às mazelas e
moda continuava sendo o bambolê,
quele mesmo ano, não foi uma Copa
do mercado internacional. Resul-
desmandos que nos cercam no
cientistas políticos e economistas ti-
a melhor maneira de atingir rápidos
tado que podemos observar com
dia a dia. Se essa característica
veram que “rebolar” para criar estra-
resultados de crescimento, na atual
o aumento dos juros. Se você não
do jornalista já não se manifesta
tégias de estabilização econômica. E
Copa perdemos a melhor chance.
percebeu isso ainda, experimente
durante o período acadêmico, é
hoje? Estamos fazendo direito nossa
Afinal, foram previstos investimen-
comer um lanche ou mesmo tomar
certo que há algo errado no futu-
lição de casa? Independente da sua
tos de serviços em infraestrutura de
um sorvete durante a Copa.
ro profissional.
resposta, o resultado de quem paga
até R$ 30 bilhões.
o pato, a gente já conhece.
O clima de insatisfação já está
No Brasil, a Copa já começou no
instalado desde a abertura da Copa
torial desta primeira edição do
Para desacelerar as dúvidas e
negativo. Além dos outros proble-
das Confederações, quando a presi-
jornal Foca em Foco de 2014,
incertezas em 1958, Juscelino Ku-
mas, a Federação de Comércio de
dente Dilma Rousseff e o presidente
nos deparamos com uma equipe
bitschek lançou o PEM - Programa
Bens, Serviços e Turismo do Estado
da FIFA, Joseph Blatter, foram vaia-
de “estudantes repórteres” (ou
de Estabilização Monetária, para re-
de São Paulo — Fecomercio/SP, de-
dos diante do público presente no
seriam “repórteres estudantes”),
duzir taxas de inflação sem colocar
monstrou preocupação com o im-
estádio Mané Garrincha.
com gana e desejo patente de re-
em risco a execução de um estrutu-
pacto negativo dos 64 feriados au-
portar fatos de relevância. Com
rado plano de metas. Assim, consi-
torizados com a Lei Geral da Copa.
maestria, levantaram assuntos,
derando o desempenho positivo da
Segundo o economista e profes-
tanto, a bola não irá rolar somente
investigaram fatos, entrevista-
economia brasileira numa época de
sor da Univap, Roque Mendes, o fato
90 minutos dentro de campo. O jogo
ram personagens e escreveram
pós-Segunda Guerra Mundial até o
de um megaevento como a Copa
mais importante pode acontecer
bons textos.
advento do movimento militar de
não impulsionar o PIB de um país
fora dele.
Há dois meses da Copa, manifestações se tornaram frequentes. Por-
Neste ano, contamos, ainda, com a preciosa ajuda do professor Lucaz Mathias no projeto gráfico do nosso jornal. Com uma nova “cara”, o Foca em Foco segue buscando expor conteúdos jornalísticos que primam pela
jornal laboratório fcsac/univap Ano 15, Edição 1 2014
Taça de juros: ‘acréscimos’ de um jogo
não deve ser um problema exclusi-
vão ao encontro do que a socie-
Para a alegria do corpo edi-
02
ARTIGO
qualidade da informação. Só nesta edição, você, caro
CRÔNICA
Caixa de pipoca ou lata de sardinha? Por Ivan Carlos Cabral Vanzella
Aquela criança não parava de
acostumados com esse tipo de ocor-
dia são os “novos ricos” que se acos-
pedir! Repetia sempre a mesma coi-
rência. Assim como um zagueiro
tumaram a viver na miséria.
sa: “Mamãe, me dá a pipoca!”.
desarma um atacante com um carri-
Na terra do pau-brasil, tudo foi
leitor, lerá sobre assuntos po-
Enquanto eu era empurrado e
nho, aquela mesma criança da pipo-
pilhado. A corrupção é endêmica e o
lêmicos, como os lamentáveis
esmagado para subir no ônibus, ob-
ca utilizava-se dessa peripécia, mas,
governo, sempre a mando do Banco
e criminosos casos de violência
servava uma linda jovem de cabelos
dessa vez, para passar por baixo da
Central e FMI, faz a pátria cambale-
contra a mulher, a “novela” dos
escuros, esforçando-se ao máximo
catraca.
ar rumo ao desconhecido. O povo
kits escolares em São José dos
para pagar o pipoqueiro, temendo
Confesso que não me surpreendi
brasileiro é ingênuo e preconceitu-
Campos, a quantas anda a área
perder o ônibus que já estava par-
com a cena, já que desde cedo so-
oso por natureza. E é aí que eles são
cultural da cidade, além de uma
tindo. Quando estava quase sem
mos instruídos a dar um “jeitinho”
pegos pela propaganda, comprome-
pauta bem agradável, que es-
fôlego, consigo chegar ao cobrador.
para não termos que arcar com al-
tendo seus orçamentos muito acima
tampa nossa capa, com a temá-
Por sorte, já estava preparado com
gum prejuízo financeiro, o que me
do que seria possível.
tica da solidariedade. Aprecie
o cartão de passe em minhas mãos.
faz lembrar da Copa do Mundo.
estes e todos os outros assuntos
O ônibus dá um tranco logo
Um senhor de idade segurava
e o mesmo senhor de idade, que
após eu passar pela catraca e ouço
um jornal. No verso, pude ver que
acompanhava as notícias de futebol,
alguém reclamar que bateu a cabe-
se tratava da seção de esportes, na
olhou para o garoto que lhe ofere-
ça. Essa parece a única reclamação
qual a matéria principal descrevia
ceu a pipoca.
já que, pelo visto, todos já estão
a morte de dois operários na Arena
Com um semblante aparente-
de Itaquera. Mais abaixo, uma man-
mente feliz, ele aceitou. Não foram
chete mostrava a frase em letras
necessárias muitas mastigadas para
garrafais: “De fracasso em fracasso,
que ele se engasgasse. O Brazil não
o Brasil é campeão”.
é igual ao Brasil, que tentam escon-
abordados nesta edição. Desejamos a você uma excelente leitura!
EXPEDIENTE JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO (FCSAC) – TURMA 2014 Reitor Prof. Dr. Jair Cândido de Melo Diretor da FCSAC Prof. Dr. Manoel Otelino da C. Peixoto Coord. de Comunicação Social – Jornalismo Prof. Msc. Vânia Braz de Oliveira Editor-chefe Prof. Esp. Fredy Cunha (Mtb 47292) Projeto Gráfico Prof. Esp. Lucaz Mathias e Alunos do 5º período de Jornalismo Conselho Editorial Prof. Msc. Vânia Braz de Oliveira, Prof. Esp. Fredy Cunha e Prof. Esp. Lucaz Mathias Universidade do Vale do Paraíba – UNIVAP Av. Shishima Hifumi, 2.911, Urbanova, São José dos Campos – SP 12.244-000 / Tel.: (12) 39471083, www.univap.br Dúvidas e sugestões pelo e-mail: focaemfoco@univap.br
O ônibus fez mais uma parada
Se a nação tivesse todos seus
der durante o período de festivi-
problemas resolvidos, não haveria
dades, pois o segundo, assim como
problemas em sediar uma Copa. Mas
o “velhinho da pipoca”, só quem o
acontece que aqui há pobres que se
conhece pode dizer que falta pouco
matam pela vida. A nova classe mé-
para o último suspiro.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
A dor de ser Maria No começo, o sonho de se viver uma bela história de amor; na sequência, dor e sofrimento Por Emeline Domingues e Poliana Lorena
No ano passado, mais de 2 mil mulheres foram violentadas por
matando mulheres em todo o país”,
Femme Battue Ilustração: Mariana Zaninoto
afirma.
seus companheiros em São José dos Campos. De acordo com os dados
TRISTE REALIDADE
publicados pela SSP (Secretaria de
“Eu era violentada pelo meu
Segurança Pública de São Paulo), no
namorado. Ele me agrediu por di-
início deste ano, foram abertos 390
versas vezes até que eu decidi ter-
inquéritos, contra 247 do mesmo
minar o relacionamento. Achei que
período no ano passado. Estes são
estaria livre das marcas e dele, mas
apenas dados, mas cada número é
o flagrei me perseguindo. Estava
uma história de amor reescrita pelos
com medo e recorri à Delegacia da
episódios de espancamento.
Mulher, mas eles não puderam fazer
Maria das Dores* saiu da casa em
muito por mim. Não recebi nenhum
que vivia com os três filhos, em São
tipo de ajuda, apenas registrei o
Jose dos Campos, para viver com o
B.O. e fui liberada. Entrei insegura e
seu grande amor. Ela não sabia que,
sai acuada. Um papel me protegeria
em pouco tempo,
de alguém que foi
ele a levaria à de-
capaz de me agredir
Eu era violentada pelo meu namorado. Ele me agrediu por diversas vezes até que eu decidi terminar o relacionamento.
e agora me perseguia?”, conta Maria
ANTES DE MARIA
conta Maria da Assistência*. A as-
Inocência*.
DA PENHA
sistente social saiu de casa para fu-
O atendimento à
A primeira lei de combate à vio-
gir dos maus tratos do pai, mas não
vítima é feito na De-
lência contra a mulher no Brasil
esperava que fosse violentada por
legacia da Mulher.
veio em 2006, quando Maria da Pe-
quem amava. “Para que pudesse ter
Após a denúncia é
nha, cearense, ficou paralítica pelas
com quem compartilhar seu êxtase,
dios de espancamento, ela perma-
registrado o boletim de ocorrência e,
agressões que sofreu do marido.
ele me levou à dependência química
neceu ao lado de seu agressor até o
no caso de lesão corporal, é instaura-
Depois de sua criação, a violência
e depois disso fui agredida por qua-
fim. Ela viveu o que os especialistas
do um inquérito. Em casos de amea-
física, sexual, psicoló-
tro anos.”, conta. As
chamam de ciclo da violência. ”No
ça, a vítima é orientada a retornar no
gica, patrimonial e o
cicatrizes não fica-
ciclo, a mulher é agredida, mas por
prazo de seis meses se houver mais
assédio moral contra
dependência psicológica, fragilida-
um episódio de violência. Durante
a mulher deixaram de
de e medo ela volta a morar com o
esta reportagem, entramos em con-
ser crimes de menor
agressor e, muitas vezes, retira as
tato com as delegacias especiais de
potencial
denúncias”, explica a especialista
Taubaté, São José dos Campos e Pin-
Antes, os agressores
em violência doméstica Celina Si-
damonhangaba, todas elas atendem
pagavam com serviço
mões.
às vítimas apenas das 9h às 18h.
social. Hoje, a pena é
De acordo com Celina, o número
Não há plantão policial para essa
de até três anos de re-
de óbitos caiu com a promulgação
especialidade. Depois de atendidas,
clusão.
da Lei Maria da Penha, mas voltou
essas mulheres são encaminhadas
“Na minha época não havia lei
agressor foi condenado a dez anos de
a subir nos anos seguintes por fal-
para o corpo de delito, no caso de
que me protegesse e eu temia pela
prisão pelo estupro da filha de quatro
ta de assistência e informação. “O
agressões graves e depois ao atendi-
segurança da única coisa boa que
anos, por porte de drogas e armas.
descaso e a impunidade continuam
mento psicológico e social.
ele havia me dado, minha filha”,
à perda da liberdade e que a sua história de amor comporia os autos de um crime. Apesar dos vários episó-
ofensivo.
Agora, o autor do crime pode ser autuado em flagrante e, em alguns casos, pode ter prisão preventiva decretada. Delegada Renata Lourenço, de S. José
ram apenas na pele. Além dos cortes, ele a infectou com o vírus HIV. Maria da Assistência pensou em
denunciá-lo,
mas a falta de lei e apoio a impediram. Em 2001, seu
OS NÚMEROS
De acordo com a delegada da Delegacia da Mulher de São José dos Campos, Renata Lourenço, a lei foi um passo muito grande. “Agora, o
1h30
A CADA UMA HORA E MEIA UMA MULHER É ASSASSINADA VIOLENTAMENTE
472
MULHERES MORTAS A CADA MÊS
5.664
MORTES DE MULHERES POR CAUSAS VIOLENTAS A CADA ANO
15,52
50mil
MULHERES FORAM ASSASSINADAS NO BRASIL ENTRE 2001 E 2011
Fonte: http://www.ssp.sp.gov.br/ Acesso em abril / 2014
autor do crime pode ser autuado em flagrante e, em alguns casos, pode ter prisão preventiva decretada. A Lei Maria da Penha trouxe muito progresso no combate à violência contra a mulher, mas é muito importante que as vítimas façam uso da lei”.
MORTES POR DIA
* Todas as personagens citadas nesta reportagem receberam o nome de Maria para preservação de suas identidades
03 jornal laboratório fcsac/univap Ano 15, Edição 1 2014
pendência química,
MENOS CULTURA
“Não é da noite para o dia” Frase de diretor de grupo de teatro universitário expõe falta de apoio a projetos de novos agentes culturais Por Isabella Damião e Gabriela Leite
A falta de apoio aos novos agentes culturais é uma das realidades da cultura de nosso país. Dificuldades para locais de ensaio e falta de
Cenas da peça de teatro produzida pelo Grupo de Teatro Universitário Casa de Benê
verbas para a confecção de cenários e figurinos são apenas alguns dos obstáculos enfrentados por quem não possuiu o apoio do governo. Nascido da vontade dos alunos dos cursos de Comunicação Social da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), o Grupo de Teatro Universitário Casa de Benê vem tomando forma apenas neste ano de 2014. “Todo projeto demora para se firmar, não é da noite para o dia”, conta o diretor do grupo, Élcio de Carvalho (frase que estampa o título desta reportagem).
jornal laboratório fcsac/univap Ano 15, Edição 1 2014
04
centro de São José dos Campos.
sidade abriu portas para um apoio
para auxiliar os grupos na monta-
Criado em 2012, o Casa de Benê
O grupo conta com o apoio da
maior. Graças a este vínculo, o Casa
gem de uma produção teatral. São
vem lutando por apoio desde o iní-
universidade para conseguir um
de Benê conseguiu o fornecimento
trabalhados texto, produção, figuri-
cio do projeto, apesar de ser um dos
espaço para os ensaios. “O nosso
de material gráfico para a divulgação
no e orientações de palco. Porém, o
únicos grupos de teatro universitá-
apoio com a universidade foi para o
das produções. “Com este apoio, vá-
apoio é apenas conceitual. Os grupos
rio do Vale do Paraíba. O outro é da
espaço de ensaios e apresentação,
rias portas foram abertas para nós.
contemplados não recebem nenhum
Universidade de Lorena.
mas não temos apoio em relação a
O vínculo trouxe uma credibilidade
suporte financeiro.
O Casa de Benê surgiu a partir
figurino ou cenário, isso fazemos do
por ser um grupo
Quando a pro-
das oficinas de artes cênicas minis-
próprio bolso”, conta Élcio. O dire-
que está dentro de
dução é finalizada,
tradas pelo diretor Élcio, que é alu-
tor também fala como a falta de um
uma
no do curso de Rádio e TV da Uni-
espaço afeta a identidade de um
como essa”, diz o
vap e graduado em Artes Cênicas.
projeto: “Sem um espaço se perde
diretor.
O nome é uma homenagem ao Cine
uma identidade”.
Teatro Benedito Alves, localizado no
Porém, o vínculo com a univer-
universidade
TRAMA NOTÓRIA – O grupo ganhou mais
notoriedade
após a apresentação de sua última peça, “Lira para Pia-
Nosso maior problema, no começo, foi a falta de um espaço definido, pois sem um espaço perdese uma identidade. Élcio de Carvalho, diretor do Grupo de Teatro Universitário Casa de Benê
no e Pedras”. A trama se passa na época da ditadura militar e retrata os bastido-
ela entra em circulação pelas cidades do estado. O governo municipal fornece apoio nesta parte do projeto. As diárias e transportes para as cidades contempladas com as apre-
sentações são financiadas pela prefeitura municipal.
res da revolução. A produção levou todo o ano de 2013 para ser finalizada. “Passamos seis meses apenas ensaiando nosso último espetáculo”, conta ele. Os frutos começam a serem co-
Ao ser procurada pela equi-
lhidos agora, pelo Casa de Benê. O
pe do Foca em Foco, a Prefeitura
grupo foi aprovado em 2014 para o
Municipal de São José dos Cam-
projeto Ademar Guerra, da Secretaria
pos não se pronunciou em rela-
da Cultura do Estado de São Paulo. O
ção ao assunto e sobre a parce-
projeto apresentado para a secreta-
ria com a Secretaria do Estado
ria seguiu os mesmos moldes da pro-
no projeto Ademar Guerra.
posta para a universidade. Encenação da peça “Lira para Piano e Pedras”, da Casa de Benê
Fotos: Vinícius Anjos
Outro lado
Durante suas atividades, o
Procurando profissionalizar os
projeto já beneficiou mais de 80
novos agentes culturais, o projeto
grupos teatrais independentes
Ademar Guerra envia orientadores
no estado de São Paulo.
MAIS CULTURA
Cidade do avião. E a cultura? Responsável por fomentar a cultura na cidade, Fundação Cultural diz garantir liberdade e bem-estar de todos Por Alana Castilho e Vanessa Alves
São José dos Campos é considera-
De acordo com o assessor admi-
ram a um espetáculo de dança, em-
correr”, contesta o músico.
da a cidade do avião, cuja economia
nistrativo da Fundação, Arnaldo Akira
bora muitos saiam para dançar. Isso
DEPENDENTE – Segundo Sérgio
se ergue pela tecnologia de ponta e
Umeda, é obrigação do Poder Público
acontece porque grande parte dos
Pontí, a cidade ainda precisa de inde-
o culto ao “progresso”. Se de um lado
garantir o direito à cultura, indepen-
municípios não possui salas de cine-
pendência. “É preciso depender cada
o município é permeado por grandes
dentemente dos setores que mantêm
ma, teatro, museus e espaços cultu-
vez menos de instituições públicas,
fábricas, de outro quem passa pelas
a economia de uma cidade.
rais multiuso.
porque quando se fala em órgão pú-
ruas não precisa nem medir esforços:
“As políticas públicas de Cultura
“O aumento no número de espaços
blico ocorre muita briga por poder”,
a cidade também é “mãe” de um dos
são importantes em uma cidade in-
culturais pode aumentar a participa-
afirma. Para Eliana Amorim, a cultura
maiores poetas brasileiros, Cassiano
dustrial como São José não apenas
ção popular. Os indivíduos necessitam
é primordial para a vida das pessoas,
Ricardo, que dá nome a avenidas, pra-
para movimentar diretamente o setor
serem estimulados a frequentarem
já que o primeiro conceito de cultura
ças e espaços públi-
esses
cos em geral. E, para ilustrar esse cenário, a cidade conta com a Fundação
Cultural
Cassiano
Ricardo
(órgão mantido pela prefeitura), que tem o dever de fomentar as práticas culturais e elaborar políticas públicas de inclusão
espaços”,
afirma Eliana.
Os acontecimentos no mundo estão borbulhando, não dá pra gente ficar fazendo coisinhas e se encarapuçar de uma simpatia falsa e idiota pra ganhar dinheiro. A gente não é nada a não ser a pulsão da nossa alma. Sérgio Pontí, ator e cineasta em S. José
social.
é como realmente as pessoas vivem. A preservação da cultura e a sua per-
Hoje, a Funda-
petuação se fazem presentes quando
ção Cassiano Ricar-
as pessoas respeitam a diversidade da
do conta com 20
mesma.
espaços entre
culturais
bibliotecas,
UNESCO DESTACA
museus, teatros e
DIVERSIDADE CULTURAL
casas de cultura
Segundo a Unesco, a Diversidade
para uso público.
cultural pode ter um papel central no
Em contrapar-
desenvolvimento de projetos culturais
tida, para o músico
no país, especialmente com ênfase nos
Nadiejo
Pedroso,
indígenas e afrodescendentes.Ainda
esse número não
de acordo com a organização, o Brasil
Segundo dados da Fundação Cul-
econômico, mas para garantir a liber-
foi suficiente. Proprietário da Casa
tem uma notável diversidade criativa,
tural, a prefeitura da cidade orçou
dade e o bem-estar de todos”, afirma
Plural, espaço independente voltado
o que falta é uma abordagem cultural
para o exercício de 2014 um total de
Umeda.
para saraus e exposições artísticas na
mais profunda com relação a estes po-
cidade, Nadiejo afirma que há pouca
vos. Os dois grupos apresentam os pio-
opção para os artistas.
res indicadores sociais do país.
Liberdade e bem-estar são di-
usados em todas as obras, projetos e
reitos de todos e não devem se des-
custeios da cidade. Deste total, cerca
vencilhar de educação, contrapõe a
“É óbvio que a Fundação Cultural
de 19 milhões foram transferidos, fi-
socióloga Eliana Amorim. “A cultura
Cassiano Ricardo não atende às ne-
nanceiramente, à entidade cultural.
é primordial para a vida das pessoas,
cessidades de toda a produção artís-
“A percentagem do orçamento pú-
já que o primeiro conceito de cultura
tica da cidade. Não oferece cursos de
blico que é revertida para a área é ir-
é como realmente as pessoas vivem.
especialização, espetáculos e experi-
risória, muitíssimo desigual perante as
Precisamos de escolas de qualidade”.
ências artísticas suficientes para nos
demais categorias”, afirma Sérgio Pon-
UNESCO – Segundo a Unesco, mais
considerarmos uma cidade desenvol-
de 70% dos brasileiros nunca assisti-
vida. Ainda há muito caminho a per-
tí, que é ator e cineasta em São José.
Espaço é usado para atividades teatrais
jornal laboratório fcsac/univap Ano 15, Edição 1 2014
mais de dois bilhões de reais a serem
Criado em 1996, em São José dos Campos, o Centro de
Objetos em depósito na Fundação Cassiano Ricardo, em S. José Foto: Alana Castilho e Vanessa Alves
Estudos Teatrais (CET) é um espaço cultural aberto para os artistas exercerem atividades ligadas ao teatro. Para
um
grupo
teatral
agendar qualquer atividade no local, é necessário fazer uma solicitação por meio do site da Fundação Cultural Cassiano Ricardo. Hoje, a fundação possui cerca de 20 espaços culturais divididos entre bibliotecas, casas de cultura, museus e parques ambientais, espalhados pela cidade. Todos são abertos ao público.
05
O bom de f PODER DA SOLIDARIEDADE
Por Ana Beatriz Tamura e Larissa Nato
Não há obstáculos para quem quer
trabalho voluntário.
fazer o bem, seja ajudando ao próximo
Ao assistir ao filme “Patch Adams
com pequenas atitudes ou desenvol-
– O amor é contagioso”, Marjorie
vendo algum trabalho voluntário. Exis-
ficou fascinada e decidiu que que-
tem casos, em São José dos Campos,
ria fazer um trabalho como o dele.
de pessoas que superaram as adversi-
Encontrou o evento Portas Abertas,
dades e decidiram dar a volta por cima
para quem tivesse interesse em ser
ajudando outras pessoas.
um “doutor palhaço”. Foi aí que ela
Eis o exemplo do diretor adminis-
conseguiu uma vaga que iria mudar
trativo do Canibais Moto Clube, Sidnei Rett, de 69 anos.
ter dificuldades de engolir
alimentos,
decidiu fazer um exame de endoscopia. O resultado do exame
constatou
ticipa da Associação
desde a melhor aceitação da medi-
Plantão do Riso, que
cação à quebra de rotina. Já para o
leva alegria aos hos-
voluntário, a sensação é de dever
do processo o voluntário pode visi-
pitais da cidade.
cumprido.
tar os hospitais.
VAI E VOLTA –
“Enquanto houver pessoas fa-
De acordo com a
zendo o bem, o mal tem cura”, afir-
CARA DE POUCOS
psicóloga,
Débora
ma Poliana Rizzo, 26 anos, coorde-
AMIGOS, MAS UM
Castro, pessoas que
nadora da associação, sobre o que a
ENORME CORAÇÃO
fazem algum traba-
motiva a ajudar o próximo.
Todas as noites das quintas-feiras,
Para se tornar um doutor palha-
a região leste de São José recebe uma
equilíbrio
ço, é preciso participar do evento
visita nada convencional: homens de
emocional, índices
Portas Abertas, realizado uma vez
coletes de couro e de fisionomia de
baixos de depres-
por ano. Neste evento, é explicado
‘poucos amigos’ vêm com suas motos
são, níveis altos de
todo o projeto. Depois, inicia-se um
para se reunirem e pôr a conversa em
pia, fazendo com que as plaquetas
satisfação pessoal, além do bem-es-
treinamento de seis meses sobre
dia. Eles são dos Canibais Moto Clube.
sanguíneas diminuíssem.
tar. “O trabalho voluntário também
teatro, palhaço, improvisação e hi-
O moto clube, que é um grupo
Era preciso repor essas plaque-
proporciona alguns benefícios à
gienização hospitalar. No término
composto somente por homens mo-
tas no organismo por meio de uma
vida profissional. Ao se deparar com
transfusão de sangue. Para ajudar
problemas alheios, ganha-se habili-
Rett, os companheiros do moto
dade para olhar diversas situações
clube fizeram uma mobilização nas
sob a ótica do outro”, afirma a pro-
redes sociais. No dia da doação de
fissional.
a presença de um tumor no esôfago. jornal laboratório fcsac/univap Ano 15, Edição 1 2014
pode obter inúmeros benefícios
Ele foi submetido a tratamentos de radio e quimiotera-
lho voluntário apresentam
sangue, 33 motociclistas de vários motos clubes realizaram esse ato
O TRABALHO QUE
de solidariedade. O sangue doado
DESPERTA SORRISOS
ajudou Rett e outras pessoas que ti-
O Plantão do Riso é uma associa-
nham a mesma necessidade.
ção sem fins lucrativos, que faz vi-
FORÇA DO BEM – Já a comercian-
sitas a hospitais, clínicas de humor
te Marjorie Martins, 25 anos, passou
nas ruas e praças da cidade, além
boa parte da infância nos hospitais.
de palestras sobre voluntariado em
Com imunidade muito baixa, Mar-
universidades, empresas e escolas.
jorie ficou internada algumas vezes
Somente no ano passado, foram
por pneumonia, bronquite e até
feitas 6.000 intervenções em hos-
mesmo epilepsia. Felizmente, com o
pitais, isso sem contar as clínicas de
tempo, ela se recuperou e começou
humor e palestras. Como resultado
a ter muita vontade de fazer algum
do trabalho voluntário, o paciente
Foto: Letícia Ramos
06
No ano passado, ao
Participar de um trabalho voluntário é fazer o bem a alguém, mas acaba sendo uma troca, porque recebemos tanto quanto doamos. A transformação na vida de quem faz um trabalho assim é algo inexplicável . Marjorie Martins, voluntária na Associação Plantão do Riso
a sua vida. Hoje, par-
fazer o bem! Conheça alguns grupos que fazem a diferença em São José dos Campos; a solidariedade é apenas um passo para a construção de uma sociedade melhor
07
tociclistas, surgiu em abril de 1995. Com caráter solidário, o grupo realiza todo ano várias campanhas que suprem as necessidades de pessoas carentes. Segundo o vice-presidente do Canibais e coordenador das campanhas, Paulo Cezar Marinho, o grupo é considerado o primeiro moto clube a
Foto: Divulgação
O primeiro trabalho no ano é a Campanha do Agasalho, que acontece entre os meses de maio e junho. A outra campanha é a arrecadação de
Ponte, zona norte de São José, com a
alimentos, que é feita por meio da fes-
festa do “Papai Noel Anderson”, de 34
ta de comemoração do aniversário do
anos. Na confraternização são doados
grupo Canibais, que
brinquedos, paneto-
acontece em agosto,
nes e refrigerantes.
setembro ou outubro, e cuja entrada é um quilo de alimento. Em dezembro, é realizada a Campanha de Natal. Diversas crianças de famílias pobres recebem um kit que contém uma
No moto clube, há um espírito de solidariedade muito grande. Hoje, meus amigos motociclistas fazem orações pela minha saúde. Sidnei Rett, diretor administrativo do Canibais Moto Clube
Anderson, que é portador de uma deficiência, trabalha como catador de latas para arrecadar dinheiro para os materiais que serão doados na festa. Felizmente, Anderson não faz todo
bola e várias guloseimas. Segundo Ma-
o trabalho sozinho. Em 2013, o grupo
rinho, em 2013, foram doados aproxi-
Canibais doou 500 kits para presen-
madamente 2.700 kits.
tear as crianças na festa de Anderson. Mas não foram somente os pequeni-
SOLIDARIEDADE GERA
nos que receberam os presentes. O
SOLIDARIEDADE
Papai Noel deu uma volta com muito
No Natal, a alegria é garantida
estilo na moto de um dos membros do
para as crianças do bairro Alto da
moto clube.
jornal laboratório fcsac/univap Ano 15, Edição 1 2014
realizar campanhas sociais na região.
OLIMPÍADAS DE INVERNO
Esportes gelados Delegação brasileira quebra recordes em Sochi, mas esportes de inverno continuam em baixa Por Larissa Escobar
Pela primeira vez na história, o
Chang, na Coréia do Sul, em 2018.
planos para inserir modalidades de
delegação e modalidades, em 2018
esportes de inverno na agenda.
queremos bater recordes históricos
A reportagem do jornal Foca em
sia, e estreia em modalidades inédi-
Foco pesquisou se São José dos
tas nas Olimpíadas de Inverno, supera
Campos fomenta alguma prática
BALANÇO – O presidente da Con-
de resultados”, analisou o dirigente.
metas e volta com esperança de um
dos esportes “gelados” e, mesmo
federação e chefe de missão do Bra-
A campanha da delegação brasi-
futuro com medalhas no peito. A Con-
com a boa campanha do Brasil na
sil em Sochi, Stefano Arnhold, em en-
leira, considerada boa por Stefano,
federação Brasileira de Desportos na
Rússia, checou junto à assessoria de
trevista ao portal G1, fez um balanço
deixou marcas e uma boa impressão
Neve já visa a campanha de Pyeong-
imprensa da Prefeitura de São José
positivo sobre a passagem brasileira
para os brasileiros. A universitária
pela Rússia. Ele priorizou o fato de o
Helena Carvalho diz ter se emocio-
país ter classificado o maior número
nado com as histórias de superação
de atletas e modalidades.
e com a dedicação dos brasileiros
Foto: AFP
jornal laboratório fcsac/univap Ano 15, Edição 1 2014
mos bater recordes numéricos em
Brasil leva 13 atletas a Sochi, na Rús-
Delegação brasileira em Sochi, na Rússia
08
dos Campos que a cidade não tem
Modalidades com participação brasileira nas Olimpíadas de Inverno
“Foi excelente. A gente cumpriu
em cada modalidade. “Deu vontade
todos os objetivos, que eram clas-
de praticar esses esportes também”,
sificar o maior número de atletas,
disse Helena.
no maior número de modalidades,
A assessoria da secretaria de
no maior número de provas. Isso
esportes de São José dos Campos
foi conquistado antes de começar a
afirmou que, para investir nessas
competição. Além disso, nosso ob-
modalidades, é necessário um gas-
jetivo era em 70% das provas ob-
to muito alto em estrutura, equipa-
ter o melhor resultado da história,
mentos e instruções. Disse, também,
e isso foi atingido se você incluir as
que não há uma procura da própria
estreias. Eu não poderia estar mais
população joseense pelas práticas
contente. Se nesse ano consegui-
de tais esportes.
SNOW BOARD Isabel Clarck
BIATLO Jaqueline Mourão
ESQUI AERIALS Josi Santos
ESQUI ALPINO Maya Harrison e Jonathan Longhi
ESQUI CROSS COUNTRY Jaqueline Mourão e Leandro Ribela
PATINAÇÃO ARTÍSTICA Isadora Willians
BOBSLED Ordilei Carlos Pessoni, Edson Bindilatti, Edson Ricardo Martins, Fabio Silva, Fabiana Santos e Sally Silva
BOLA NA ÁREA
Os “São Josés” nos campos da cidade Por Luiz Kleber de Paiva
São José dos Campos, cidade co-
pos Futebol Clube, fundado em 1998,
SJEC x SJCFC – O São José Esporte
nhecida pelas indústrias e inovação
portanto “caçulinha” no município,
Clube teve seus tempos de glória. Em
tecnológica, vive um momento curio-
está dando alegrias para o jossense
1989, participou da elite do Campe-
so quando o assunto é futebol. Paixão
e luta com forças para estar na série
onato Paulista, eliminando o Corin-
de muitos brasileiros, o tema também
A-2 do Paulista de 2015. O time é, na
thians e chegando à final do torneio.
gera euforia entre os joseenses. O
verdade, o antigo Clube Atlético Jose-
Terminou com o vice-campeonato,
São José Esporte Clube, fundado em
ense. Neste ano (2014), por uma de-
perdendo para o São Paulo.
1933, time de tradição e bastante
cisão da diretoria, o clube passou a se
Já o São José dos Campos Futebol
querido pela torcida, está em crise e
chamar São José dos Campos Futebol
Clube, com uma história mais recen-
acaba de ser rebaixado para a série
Clube, gerando certa polêmica entre
te, luta para conseguir seu espaço
A-3 do Campeonato Paulista. Ou seja,
dirigentes e torcedores dos dois “São
no cenário do futebol joseense, a co-
em 2015, a Águia do Vale, como é co-
Josés”.
meçar pela conquista do gosto dos
nhecida, não disputará a série A-2, o
Representantes das duas equipes
torcedores. A subida para a série A-2
que a deixa longe do sonho de fazer
foram procurados pela reportagem,
do Campeonato Paulista pode ser um
parte da elite do futebol paulista.
para comentarem a situação de seus
bom motivo para que o time ganhe a
times, mas optaram por não falar.
simpatia dos joseenses.
Por sua vez, o São José dos Cam-
TERCEIRA IDADE
Merecida qualidade de vida Voltar às salas de aula e viver a “agitação acadêmica”, na terceira idade, podem ser excelentes escolhas Por Jéssica Cabral
A Universidade do Vale do Para-
Alunos da terceira idade ocupam o Teatro Univap
íba (Univap) oferece a Faculdade da
Foto: Luiz Madeira
3ª Idade, que acontece de segunda a quinta feira, das 14h às 17h, no prédio da Faculdade de Direito, no centro de São José. Ali, são oferecidos dois tipos de cursos: o Curso de Extensão e Atualização Cultural (CEAC) e o Centro de Estudos Avançados para Terceira Idade (CEATI). O curso de Extensão e Atualização Cultural (CEAC) é dividido em dois módulos, com duração de um semestre letivo cada. Já o Centro de Estudos Avançados para Terceira Idade (CEATI) é uma continuidade para os alunos que têm como objetivo proporcionar condição para o desenvolvimento do turas, teatro, dança, palestras, entre
munidade, reconhecendo seu poten-
outras atividades.
“São 13 anos dessa experiência e
la Molina, no Teatro Univap, Campus
eu amo esse lugar. Cada dia que passa,
Centro. A palestra teve como tema
Para o aluno João Mesquita, 58
aprendo algo diferente. Aqui, a gente
“Idoso Presente Construindo o Futu-
anos, é um prazer ir às aulas e poder
encontra companheirismo, amizade e
ro”, e contou com a participação de
O processo para matrícula é rea-
aprender. “É uma maneira de ocupar o
só coisa boa”, afirma Margarida Guer-
aproximadamente 400 pessoas, entre
lizado por semestre na secretaria da
tempo. Só fica velho quem quer”, diz
ra.
Faculdade. Basta ter acima de 45 anos
ele. A 3ª Idade é uma etapa da vida em
Já para Maria
e ser alfabetizado. O curso é gratuito.
que se pode ativar e desenvolver ou-
José, que está há
Debora Guedes, coordenadora do cur-
tros interesses, outras atividades que
9 anos no curso, é
so, comenta que no período de aula os
durante a juventude não teve a opor-
uma forma de sair
alunos participam de oficinas de pin-
tunidade de se ter.
de casa, buscar uma
cial de contribuição para a sociedade e seus direitos como cidadão.
alunos e convidados.
alternativa para coOs empolgados alunos a postos para mais uma aula Foto: Jéssica Cabral
nhecer algo diferente e vivenciar novas experiências. A
O evento também
A experiência nestes cursos é fundamental para a vida dos idosos, pois encontram uma forma de aprender, conhecer novas pessoas e até mesmo de espantar a preguiça.
contou com a presença da Pró-Reitora de Integração Universidade-Sociedade, Prof. Dra. Maria Regina de Aquino Silva, da Diretora da Faculdade de Ciências da Saúde e Vice-Presidente da
experiência
nestes cursos é fundamental para a
Função Valeparaibana de Ensino (FVE
vida dos idosos, pois encontram uma
- mantenedora da Univap), Prof. Dra.
forma de aprender, conhecer novas
Emília Angela Lo Schiavo Arisawa, da
pessoas e até mesmo de espantar a
Coordenadora do curso de Serviço
preguiça.
Social e FTI, Prof. Débora Wilza Guedes, e da equipe de apoio.
ALUNOS RECEBEM
Auditório cheio para ouvir a ex-nadadora Fabíola Molina Foto: Jéssica Cabral
09
Durante a aula, os alunos tam-
BOAS-VINDAS
bém receberam um convite para
Para dar início ao ano letivo de
prestigiar a apresentação dos músi-
2014, no dia 17 de março foi realizada
cos integrantes do Clube do Choro
a aula inaugural com a participação da
Pixinguinha, da Fundação Cultural
ex-atleta e nadadora olímpica Fabío-
Cassiano Ricardo.
Faculdade da Terceira Idade - Univap End.: Praça Cândido Dias Castejón, 116 – Centro Telefone: (12) 3928-9850 E-mail: fti@univap.br
TOME NOTA
jornal laboratório fcsac/univap Ano 15, Edição 1 2014
indivíduo e para sua integração na co-
TRANSPORTE RÁPIDO
BRT chega a São José
Com baixo custo e rapidez comprovada, o Bus Rapid Transit virou mania mundial e chega à cidade para agilizar o transporte Por Açucena Morais e Ana Paula Cunha
Em funcionamento em 35 países
investimento no transporte público.
junto com o Ministério das Cidades.
Fátima Araújo, 64 anos. “O VLT seria
e em 14 cidades brasileiras, o Bus
Se você se perdeu entre as siglas ou
Enquanto o investimento de R$ 800
inviável para a cidade. Além de caro,
Rapid Transit (BRT), ou transporte
nunca ouviu falar de nenhum dos
milhões do PAC Mobilidade no siste-
atenderia apenas uma parte da po-
rápido por ônibus, chega a São José
dois, fique tranquilo, você está entre
ma VLT seria suficiente para atender
pulação”, completou a aposentada.
depois de uma longa indecisão da
a maioria dos joseenses.
apenas 15 km de
De acordo com a
extensão, no BRT
Secretaria de Trans-
Prefeitura. Inicialmente com um
Em um dia o VLT seria a solução
projeto de instalação do VLT (Veí-
para todos os problemas, no outro
essa
culo Leve sobre Trilhos), a adminis-
o BRT parecia ser a melhor opção.
gem pula para 95
tração municipal mudou de ideia
Segundo a Secretaria Municipal de
km,
e, em novembro do ano passado,
Transportes, essa transição acon-
além das regiões
decidiu que o BRT seria o melhor
teceu após uma discussão em con-
central e sul – úni-
VLT EXTENSÃO
15KM
VALOR DA PASSAGEM - R$
4,5 a 5
REGIÕES
10
CENTRAL E SUL
BRT EXTENSÃO
95KM
R$ - VALOR DA PASSAGEM
3
REGIÕES CENTRAL, SUL, LESTE, SUDESTE E NORTE
quilometra-
atendendo,
cas regiões previstas para o VLT –, também as regiões leste, sudeste
Já ouvi falar sobre a troca do VLT para o BRT, mas não sei do que se trata. Mantendo o mesmo preço da passagem, acredito que já seja um avanço. Thiago Ferreira, estudante, morador da região sul de S.José
e norte, podendo
não está descartado, sendo
uma
opção
para o futuro. MODERNO – Em grandes cidades do mundo, o BRT também possui espaço reservado para bicicletas e tem ar-con-
ainda se estender para a zona oeste.
dicionado. Em São José, um estudo
“Não sei como vai ser o projeto
ainda precisa ser realizado para
em São José, mas no Rio de Janeiro o
definir se as bicicletas poderão ser
trecho do BRT tem atendido a popu-
transportadas e se todos os ônibus
lação com conforto e rapidez”, afir-
e estações terão ar-condicionado. O
mou a moradora da região central,
que se sabe até agora é que o BRT passará, inicialmente, por sete ei-
EDUCAÇÃO???
O polêmico Kit Escolar de SJC Por Mariane Ribeiro e Jéssica Emboava
jornal laboratório fcsac/univap Ano 15, Edição 1 2014
portes, o sistema VLT
xos principais: Av. Pedro Friggi, Av. Andrômeda, Estrada Velha, Av. dos Astronautas e bairro Santana, além de dois corredores na região central.
Há sete anos os estudantes de
Público, que abriu inquérito para
está de acordo com a série que
As estações de pré-embarque
escolas públicas estaduais de São
investigar o superfaturamento na
ela está cursando e vai ser usa-
terão pagamento antecipado e em-
Paulo recebem material escolar.
compra dos kits, está uma tabela
do”, diz.
barque em nível, ou seja, ninguém
Este ano, a Prefeitura de São José
com preços do mercado em con-
Há três anos trabalhando na
precisará subir degraus para entrar
dos Campos decidiu fazer o mesmo
fronto com os preços pagos no kit
rede municipal, a professora Mô-
no novo coletivo. Um monitoramento
com os alunos da rede municipal.
da Prefeitura. A diferença do que foi
nica Alves conta que os pais de
por GPS em tempo real também está
A atitude da atual administração
pago e da cotação elaborada pelos
seus alunos encararam a inicia-
nos planos da Secretaria, disponibi-
do prefeito Carlinhos Almeida (PT)
vereadores da oposição é superior a
tiva da prefeitura de modo posi-
lizando informações atualizadas aos
levantou uma série de polêmicas,
seis milhões de reais.
tivo. “Os materiais compõem os
usuários por meio de celulares e em
A demora na entrega dos kits
recursos pedagógicos utilizados
painéis nas estações. A obra está pre-
também esteve em pauta. “Proble-
em sala de aula e sua distribui-
vista para iniciar até o início de 2015.
Falha na distribuição e a suspei-
mas pontuais, como os decorrentes
ção gratuita garante que todos
A expectativa é que em 2016 o BRT já
ta de um superfaturamento foram
ao aumento do número de alunos de
os alunos participem igualmente
esteja circulando nas principais vias
os principais pontos negativos que
determinadas unidades escolares
das atividades.” A professora ain-
de São José.
deram início à crise na educação e
devido a matrículas e transferências
da afirma que seus alunos rece-
a um bombardeio da imprensa e do
realizadas após o fechamento da
beram o material no início do ano
OPINIÃO DE QUEM
bloco oposicionista da Câmara Mu-
lista inicial encaminhada ao forne-
letivo, sem prejuízos de tempo.
JÁ USOU
nicipal. “O preço foi o que gerou o
cedor, estão sendo corrigidos pela
Nascido em São José e morando
problema. Nós não estamos ques-
Secretaria de Educação”, explicou a
há dois anos no Paraná, o estudante
tionando a iniciativa política, nós
assessoria de imprensa, por e-mail.
Diego Hernandez, de 20 anos, vê mui-
principalmente pela forma como foi executada.
tas vantagens no BRT. “Da minha casa
concordamos que se é uma economia maior para os pais, isso é ótimo.
PROFESSORA ENALTECE
até o centro da cidade, no total de 15
Mas não pelo preço que a Prefeitura
INICIATIVA
km, levo cerca de 40 minutos com o
está pagando”, diz a vereadora Dul-
Patrícia Domingues, 34, é mãe
ônibus coletivo. Com o BRT a viagem
ce Rita (PSDB) em entrevista à re-
da Isabelle, de sete anos, e afirma:
leva entre 20 e 30 minutos”, afirmou
portagem do Foca em Foco.
“Eu esperava um material com mais
o morador de Curitiba, cidade pionei-
KIT DOS MILHÕES – Anexado ao
qualidade, faltaram alguns itens que
ra mundial na implantação do sistema
documento enviado ao Ministério
vou ter que comprar, mas o que veio
BRT, que esse ano completa 40 anos.
RAÍZES DO MAL
Máscaras do preconceito Infelizmente, um ato discriminatório e criminoso que, em alguns casos, é confundido com humor ças. “Eles fazem um trabalho que a
poder que ela exerce no mundo. Por
até parecem ‘inocentes’ são o escon-
gente ensina nossos filhos a não fa-
isso que as sociedades resistem tanto
derijo do preconceito sutil. Diferen-
zer. Apontam para os outros e dizem
às mudanças, porque do jeito que elas
te do preconceito direto e flagrante,
‘hahaha, você é preto, você é viado,
são fortes, mudar gera a dúvida: será
a discriminação com brincadeiras e
você é aleijado’. Eu sou politicamen-
que eu vou continuar sendo forte?”,
apelidos é muito mais difícil de ser de-
te correto. O politicamente correto é
explica Ferreira.
nunciada. O chamado ‘humor negro’ se
uma ferramenta civilizatória que in-
A psicóloga Raquel Sartoretto, de
torna cada vez mais frequente na pro-
ventamos para que uma criança negra
São José dos Campos, apresenta uma
gramação televisiva e conteúdo virtu-
não veja um negro sendo humilhado
visão semelhante: “Existem três fa-
al. Mas até onde estas ditas ‘piadas’
na TV. Mas todo garotão que é artis-
tores que influenciam o indivíduo a
podem ser consideradas inocentes?
ta gosta de dizer que o maneiro é ser
pensar de forma preconceituosa. O
Uma pesquisa realizada pela
politicamente incorreto. Isso não é
primeiro é o comportamental, ou seja,
Fundação Instituto de Pesquisas Eco-
engraçado, não é humor. Ser radical
a pessoa não possui flexibilidade para
nômicas (Fipe), em 2009, em 501
como artista é diferente de humilhar
considerar o que é diferente. O segun-
escolas públicas de todo o país, entre-
os outros”, comenta.
do é a própria cultura, já que algumas
vistou mais de 18,5 mil alunos, pais
VALORES – Mas como chegamos a
crenças limitam a forma de pensar e
e mães, professores e funcionários, e
este ponto em que o humor pode se
agir sobre determinada situação. E o
misturar com o pre-
terceiro é o fator educacional, uma vez
conceito? O historia-
que a pessoa possui pouco esclareci-
dor Marcelo Ferreira,
mento sobre o assunto e não busca o
de São José dos Cam-
conhecimento”, afirma a profissional.
revelou que 99,3% dessas pessoas demonstram
algum
tipo de preconceito étnico-racial, socio-
Existem três fatores que influenciam o indivíduo a pensar de forma preconceituosa. O comportamental, o cultural e o educacional. Psicóloga Raquel Sartoretto, de S. José
tocava na bola. O preconceito está tão incorpo-
pos, explica que toda sociedade se baseia
O MAL INCORPORADO
rado na nossa sociedade que, muitas
na imposição de va-
NA SOCIEDADE
vezes, gera dúvida, divertimento ou
lores culturais e ide-
Um caso recente foi a discri-
até naturalidade. Mas como mudar
ologias de um grupo.
minação que o volante do Cruzei-
A partir do momento
ro (MG), Tinga, sofreu durante um
“Se você tem uma cultura da di-
que encontramos algo que nos é di-
jogo da equipe na Taça Liberta-
versidade, você pode até estranhar,
Em uma entrevista para o site ‘O
ferente, isto está de alguma maneira
dores, contra o Real Garcilaso, do
mas não necessariamente você tem
Globo’, o ator Wagner Moura, muito
‘fora’ dos nossos valores e, portanto,
Peru. O jogo foi em fevereiro, mas,
preconceito”, argumenta o historia-
conhecido por seu papel como Ca-
gera um conflito social e um estra-
infelizmente, o futebol não foi o
dor Marcelo Ferreira.
pitão Nascimento no filme Tropa de
nhamento que pode se tornar uma
destaque da partida. Após entrar
“A melhor forma de combater o
Elite, deixou claro sua indignação
manifestação de preconceito. “São
em campo, Tinga sofreu com os gri-
preconceito é com esclarecimento e
com a influência que os programas de
esses valores que caracterizam aquela
tos da torcida adversária, que imi-
respeito às diferenças do próximo”,
‘humor negro’ geram sobre as crian-
sociedade e que dão a ela a força e o
tava um macaco toda vez que ele
ressalta a psicóloga Raquel Sartoretto.
econômico, de gênero, de geração, de orientação
sexual
ou territorial e com relação a portadores
de necessidades especiais.
isso?
TRANSTORNO SILENCIOSO
Bulimia: uma ameaça fantasma Por Daniela Smith, Kelly Della Torre e Ismael Branquinho
A bulimia nervosa é um transtor-
fase da adolescência e na adulta.
perda de relacionamentos.
11
“A pessoa com bulimia deve fazer um
no alimentar que ocorre por medo
A pessoa que desenvolve esse
Para prevenir a bulimia é impor-
acompanhamento psicoterapêutico,
exagerado de engordar, o que leva
transtorno alcança resultados com
tante ter hábitos saudáveis, como
no qual vai trabalhar o desenvolvi-
a pessoa a formar uma percepção
facilidade e isso contribui para a
cultivar a autoestima, manter uma
mento e amadurecimento psicológi-
distorcida da imagem do próprio
continuação do problema. “Emagreci
boa alimentação, praticar exercícios e
cos, a fim de que ela restabeleça sua
corpo. As reclamações da família
dez quilos em dois meses, todo mun-
garantir momentos de lazer e descan-
autoestima e segurança”, afirma a
sobre o peso estão entre as causas
do notava e isso era muito bom pra
so. A vítima deve procurar manter um
especialista em psicologia cognitiva,
mais comuns do início da doença. A
mim. Só que depois é horrível, por-
clima de diálogo e afetividade com fa-
Helenita Scherma Helenita Scherma,
compulsividade em ingerir alimen-
que você fica mal e sabe que a cul-
mília e amigos, para que ela não sinta
de Jacareí. A profissional ainda ressal-
tos em quantidade excessiva por um
pa é sua”, revela P.M.*, que já sofreu
que precisa lidar sozinha com suas
ta que o acompanhamento familiar é
período contínuo e curto é um dos
com a bulimia. O distúrbio prejudica
dificuldades.
essencial para que o paciente utilize
principais sintomas do indivíduo
a saúde, a aparência e a autoestima
O tratamento do bulímico pode
diagnosticado com esse distúrbio. A
da pessoa, o que leva à depressão, ao
contar com o auxílio de um psiquiatra
tamento funcional e sadio.
incidência é comum em mulheres na
isolamento e, consequentemente, à
e até com o uso de antidepressivos.
* a identidade da entrevistada foi preservada
seus recursos para obter um compor-
jornal laboratório fcsac/univap Ano 15, Edição 1 2014
Brincadeiras, piadas e apelidos que
Ilustração: Paula Vinhas
Por Paula Vinhas e Rafaela Garcia
DESTAQUE MIRIM
O pequeno grande talento A busca incessante por um sonho tem levado Rafaela Pandolphi, de 11 anos, a um posto de destaque na dança Por Letícia Ramos
Dança de Joinville, considerado pelo
uma criança normal. Com uma rotina bastante intensa,
Fotos: Divulgacão
a bailarina se divide entre os estu-
jornal laboratório fcsac/univap Ano 15, Edição 1 2014
12
GuinessBook o maior do mundo, na categoria Solo Clássico Infantil.
dos regulares e os ensaios de dança.
Já em 2014, o salto foi bem maior.
Ela conta que, muitas vezes, não tem
Rafaela foi uma das 30 solistas esco-
tempo para estudar para as provas
lhidas, dentre 600 candidatas, para
e, por isso, presta muita atenção em
representar o Brasil na competição
classe para ter um bom rendimento.
YAGP (Youth America Gran Prix), em
A rotina é muito corrida e, na maioria
Nova York, que aconteceu agora, no
das vezes, não tem tempo nem de
mês de abril.
almoçar com calma. Apesar de tudo,
EMOÇÃO – “Quando ouvi fala-
esse grande talento diz sentir-se feliz,
rem meu nome na relação dos baila-
mesmo quando tem que abrir mão das
rinos, senti uma emoção tão grande
brincadeiras, pois está trabalhando
que não conseguia acreditar! Eu te-
para alcançar seu sonho.
nho me dedicado bastante e saber
Pequena no tamanho, mas gigan-
apresentação a recém-bailarina pediu
te no talento. Aos 11 anos de idade,
que a levassem à Fundação Cultural
UMA SÉRIE DE
nas e meninos me fez acreditar que
a bailarina Rafaela Pandolphi tem se
Cassiano Ricardo para ver como eram
CONQUISTAS
tudo está valendo a pena”, afirmou
revelado uma grande promessa para
as aulas e conhecer os “bailarinos
Logo em sua primeira vez em
Rafaela.
o futuro da dança joseense. Conquis-
grandes”, como considerava e cha-
competições, a pequena Rafaela
tando o público com sua graciosida-
mava aqueles que
de, talento e, principalmente, com
estavam naquele es-
seu desejo de encantar a todos que
petáculo.
a assistem, a pequena bailarina não
FICOU SÉRIO – O
chegou a tal prestígio à toa. Ela tem se
que era apenas uma
dedicado há muitos anos e lutado por
“brincadeira”
este sonho.
nhou grandes pro-
ga-
Para isso, abrir mão de tantas coi-
porções a partir de
sas que as crianças procuram nesta
2012, quando Rafa-
idade foi uma escolha fundamental.
ela foi convidada a
Aos três anos, Rafaela iniciou seus es-
dançar uma coreo-
tudos de dança na Academia Cristina Cará, em São José. Segundo a mãe,
que fui escolhida entre tantas meni-
Pandolphi
Vejo que ela está sendo muito feliz e então tenho o dever de apoiá-la, e de cuidar de tudo o que ela possa precisar. Rossana Pandolphi, mãe da bailarina Rafaela
Segundo a mãe, Rossana Pandol-
ganhou
phi, o orgulho é muito grande em
primeiro lugar em
ver a filha sendo reconhecida pelo
sua categoria: prê-
esforço e dedicação, apesar de se
mio de bailarina re-
preocupar com o lado emocional da
velação e a primeira
pequena, já que está amadurecendo
bolsa de estudos
tão rápido. Apesar de tudo, Rossana
para um curso de
não esconde seu lado coruja ao ver
férias em Miami, Es-
Rafaela em cena, sorrindo, parecen-
tados Unidos.
do flutuar.
As
conquistas
O professor e diretor artístico,
não pararam mais
Marco Sanchez, também não mede
grafia solo e experimentar participar
desde então. Em 2013, ela participou
palavras ao elogiar a pequena. “A Ra-
de um festival regional.
também do 21º Passo de Arte, festi-
faela tem um diferencial que é o de-
Rossana Pandolphi, no começo era
Cada vez mais adquirindo res-
val realizado em Indaiatuba, o qual
sejo. Quando isto acontece e a crian-
apenas para fazer alguma atividade fí-
ponsabilidades de adulta, a bailarina
conquistou o 1º lugar na categoria
ça entende a necessidade de muitas
sica, além de incentivar um momento
passou a fazer aulas todos os dias da
Solo Clássico Feminino – Pré. Em seu
aulas e muitos ensaios e, como con-
de descontração para a pequena. Foi
semana e abriu mão de seu tempo
acervo de prêmios, também está a
sequência, abdicar de muitas coisas
apenas há três anos que a dança pas-
de brincar, passear e ter uma vida de
melhor classificação no Festival de
no seu dia a dia, tudo fica mais fácil”.
sou a ser algo além de uma atividade lúdica para Rafaela. “Levei a Rafaela como espectadora em 2011 ao Festival de Dança de Joinville (o maior festival de dança do país). Lá, ela pôde ver grandes nomes do ballet clássico brasileiro se apresentando e, quando voltamos para São José, Rafaela estava muito animada e pedindo para fazer mais aulas de ballet”, afirma Rossana. Foi quando Rafaela assistiu ao espetáculo “O Quebra Nozes”, apresentado pela Cia Jovem de Dança de São José dos Campos, que o encanto se fez presente novamente. Segundo a mãe da pequena bailarina, após assistir à