DIZ Magazine #02

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LE VA E QU V Ê OC DA IN A O Ã N V IU !

DIZ magazine - janeiro/fevereiro 2009 - Ano 1 - número#02

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Respeitável Público Na imaginação da criança uma pequena banheira torna-se um “Oceano” de aventuras

Nova Gokula Hare Krishna, Krishna Krishna Hare Hare, Hare Rama Hare Rama, Rama Rama Hare Hare

Vicentina Aranha Um retrato dos valores e modos da época cafeeira no país.

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Editorial

Foto: Flávio André / fábrica imagens

2009 razões Estamos, com prazer, iniciando o ano com mais uma edição da Diz Magazine. Após férias, carnaval e o tanto que se falou em crise financeira, o Vale do Paraíba vem resistindo e trabalhando muito mais para mostrar a riqueza desta próspera região e as razões que a tornam destaque no país. Esperamos retratar sempre o que mais identifique o dia-a-dia do nosso público e o momento é de arregaçar as mangas, respirar fundo e fazer o que tem de ser feito, criar mais e mais razões. Viver sempre é um desafio e o brasileiro tem apresentado o que de melhor o identifica, sua criatividade. Esta é a palavra da atualidade e é este lema que permeia as linhas da Diz Magazine. Além do que, sem a criatividade do nosso meio, a nossa, com certeza, estaria atrofiada. Desejamos que 2009 seja a razão de 365 dias de muito trabalho, realizações, descobertas e que a crise passe longe dos que são otimistas e criativos. Bote a cachola para funcionar, só assim as dificuldades serão dribladas e aquela grande idéia virá à tona. Bem, nesta edição nos atrevemos, por inúmeras razões, a comentar vários temas: tecnologia, a alegria do circo, uma dieta equilibrada para aliviar o peso pós-folia, o cotidiano de uma comunidade Hare Krishna e muito mais. Leia, aproveite para exercitar seu cérebro e nos ajudar a criar e inventar muito conteúdo para você, povo do Vale, nossa principal razão. Enfrente 2009! Janaina Lacerda Editora

FOTOGRAFIA Memórias documentadas em belas imagens

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SAÚDE Dieta para livrar o corpo dos excessos da folia

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decoração Renove ambientes gastando pouco e criando muito

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CIRCO Um grqnde espetáculo e uma bela histótia

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Pós-parto Beleza e auto-estima para as mamães

hare krishna Paz e harmonia no coração do Vale

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E X P E D I E N T E

Os artigos publicados na edição não refletem a opinião da Diz Magazine e seus responsáveis

Tiragem 10.000 exemplares

Impressão Gráfica Modelo

Colaboração João Rural, Flávio André, Helen Tavares e Vanavihari

Gilberto Marques Comercial comercial@dizmagazine.com.br

Lucaz Mathias Projeto Gráfico e Diagramação contato@dizmagazine.com.br

Janaina Lacerda Editora e Jornalista Responsável MTB: 49.172 jornalismo@dizmagazine.com.br

Diz Magazine Edição 02 Ano I Publicação bimestral distribuída gratuitamente nas cidades do Vale do Paraíba

Foto Capa: Divulgação


Foto: Flávio André / fábrica imagens

Variedades

Memórias por Flávio André

Como sabemos a fotografia tem várias áreas e uma delas é a fotografia de memórias ou documental. O nome já diz bastante, documentar é guardar para a posteridade, para nós ou outra pessoa. Há alguns pontos que devem ser observados quando decidimos documentar algo. Uma documentação não precisa ser necessariamente um assunto complicado que você não conheça, pode ser sua família, sua rua, cidade, seu jardim, uma viagem. Se for algo que não conheça, então estude, aprenda mais sobre o assunto, pois, quanto mais souber, melhores serão suas fotos e o documentário sairá mais bacana. Como qualquer outro tipo de fotografia, preste muita atenção à técnica. Não descuide do enquadramento, da luz, melhores horários. Na cidade de onde vim, há um senhor que fotografa a mesma esquina todos os anos, sempre pela manhã, quando a luz naquele lugar é a ideal, ele já faz isso há 25 anos, imaginem que série de fotos ele não tem. Defina um tema e mantenha-se nele. Se durante o trabalho aparecerem coisas interessantes, anote, faça referências a ele, e só depois de terminar o que está fazendo inicie este outro projeto. Mas lembre-se sempre, anote, boas idéias se perdem em nossa memória. 6

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Mantenha sempre suas fotos organizadas, estabeleça um fluxo de trabalho, de maneira lógica. Capture, descarregue, edite (separe o que ficou bom e o que ficou ruim), salve de maneira organizada, por exemplo: pasta trabalho/dia e mês/assunto. Enfim, encontre uma maneira de se organizar, porque, depois que tem-se um número grande de imagens fica muito difícil e trabalhoso, senão quase impossível organizar ou encontrar o que você quer. Tão importante quanto organizar é manter cópias de segurança, computadores queimam, hd’s pifam, cd’s riscam. Sempre tenha mais de uma cópia das suas fotos. Como dissemos no início, a documentação não precisa ser algo mirabolante, ou inusitada, já conheci pessoas que documentaram o jardim de suas casas de maneira surpreendentes com imagens que muitas vezes não vemos, a não ser por fotografia. Sempre imprima suas fotos, um belo trabalho não deve ficar “preso” dentro de seu computador. Se não imprimir, publique na internet, é uma maneira interessante de compartilhar seu trabalho. Boas fotos!

Flávio André é fotógrafo diretor do estúdio Fábrica Imagens


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Saúde

Dieta criada por Nutricionista pode evitar o mal estar após os exessos do Carnaval.

Durante a maior festa do mundo as pessoas abusam do consumo de comidas gordurosas e bebidas alcoólicas. Para evitar aquela sensação de mal estar depois da folia e dar uma ajuda ao organismo nesta recuperação, a nutricionista Daniela Cyrulin, montou uma dieta desintoxicante. Quem tem dificuldades em seguir dietas rigorosas pode se dar muito bem com esta, que deve ser seguida por três dias. O cardápio inclui muito líquido, como sucos, chás e sopas, além de alimentos integrais, iogurtes e ingredientes leves. “Alimentos como abacaxi, maçã e a couve manteiga possuem enzimas que favorecem a drenagem de toxinas e auxiliam na desintoxicação feita pelo fígado”, explica a nutricionista.

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Saiba como equ após a folia de


uilibrar o organismo Carnaval Cardápio da dieta desintoxicante primeiro dia

segundo dia

terceiro dia

Café da Manhã: 1 copo de suco de abacaxi, maçã, couve manteiga, laranja e sementes de linhaça / 1 pote com: 1 banana média picada, 4 morangos picados, 1 colher de sopa de aveia em flocos finos e 1 colher de sobremesa de mel Lanche da Manhã: 1 iogurte natural desnatado com 1 colher de sobremesa rasa de musli

Café da Manhã : 1 xícara de chá de erva doce / 1 fatia de pão de linhaça / 2 fatias de queijo branco / 1 maçã

Café da Manhã: 1 copo de suco cenoura, laranja e beterraba / 1 torrada de pão de centeio / 1 colher de sopa de ricota misturada com queijo cottage

Almoço: Salada de alface crespa, agrião e beterraba ralada/1 prato de sobremesa de legumes refogados (abobrinha italiana: com cebola, alho, tomate sem sementes em cubinhos e orégano) / 1 filé de pescada temperado com alho e limão e depois assado com alho poró e alecrim /1 fatia de melancia / 1 copo de suco de maracujá natural com pêra

Almoço: Salada de rúcula e agrião com tomate cereja fatiado ao meio / 2 colheres de sopa de arroz 7 cereais refogado com tomate e cebola / 3 colheres de sopa de cenoura e vagem no vapor com azeite / 1 filé de peito de frango grelhado com suco de laranja e cheiro verde picado / 1 pêra / 1 copo de suco de laranja e acerola em polpa com adoçante de frutose

Lanche da Tarde: 1 xícara de chá vermelho / 1 fatia de pão integral 7 grãos / colher de sopa de queijo cottage temperado com salsinha picada

Lanche da Tarde: 1 taça de gelatina diet com pedaços de maçã

Jantar: 1 prato de Sopa Desintoxicante (Receita 1) / 1 copo de suco de melão / 1 taça de creme de papaya batido com iogurte natural desnatado

foto: www.shutterstock.com

Lanche da Noite: 2 torradas integrais / 1 colher de sobremesa de geléia sem açúcar e sem adoçante / 1 xícara de chá verde

Lanche da manhã: 1 pote de salada de frutas com uvas verdes, manga picadinha, banana picadinha e suco de laranja e 1 colher de sopa de granola / 1 copo de suco de abacaxi com raspas de gengibre e hortelã

Jantar: 1 Prato de sopa de espinafre, mandioquinha, cenoura, bardana e aveia em flocos / 1 copo de suco de morango com laranja / 1 espetinho de papaya com banana Lanche da Noite: 2 biscoitos integrais / 1 colher de chá de geléia sem açúcar e sem adoçante / 1 xícara de chá de erva cidreira

Lanche da Manhã: 1 água de coco / 1 fatia de melão Almoço: Salada de alface americana, pepino sem casca em palitos, kani kama desfiado, nacos de manga e gergelim torrado / 2 colheres de sopa de purê de mandioquinha sem leite / 1 filé de salmão grelhado com suco de limão, alho e 1 colher de chá de mel / 1 alcachofra cozida / 1 copo de suco de manga com laranja / 1 kiwi Lanche da Tarde: Frutas ao vapor (Receita 2) / 1 copo de suco de melancia com limão Jantar: 1 prato de sopa de abóbora, abobrinha, inhame, beterraba e aveia em flocos / 1 copo de suco de goiaba com clorofila e aveia em flocos finos / 1 banana assada com suco de laranja e canela em pó Lanche da noite: 1 xícara de chá de camomila / 1 torrada integral com 1 fatia de queijo branco

receita 01

receita 02

SOPA DESINTOXICANTE Rendimento: 1 porção (1 prato fundo) Calorias: 125 kcal Ingredientes: ½ xícara de chá de abóbora ½ xícara de chá de cenoura ½ xícara de chá de agrião 1 xícara de chá de inhame 1 talo de salsão ½ xícara de folhas de acelga ¼ de xícara de arroz integral 500 ml de água

FRUTAS AO VAPOR Rendimento: 2 porções Calorias: 124 kcal Ingredientes: 4 morangos ½ kiwi ½ banana nanica 1 fatia fina de abacaxi 1 damasco cortado ao meio Folhas de hortelã 2 cravos da índia 1 colher de sopa de adoçante culinário Modo de preparo: Os ingredientes devem ser picados e colocados em um quadrado de folha de alumínio. Feche a folha formando uma trouxinha. Leve ao forno por cerca de 20 minutos. Uma ótima opção é regar as frutas com chá de hortelã gelado. JANEIRO/FEVEREIRO - 2009

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terceiro setor

Marketing Social x Marketing Relacionado a uma Causa (MRC)

O MOVISS – Movimento Pró Voluntariado, Inclusão Social e Sustentabilidade, uma organização do terceiro setor com qualificação de OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, tem trabalhado nos últimos anos para difundir conceitos do marketing social, desenvolver parcerias sociais estratégicas e auxiliar outras organizações e empresas no complexo caminho do marketing social. Fale com o MOVISS através do número: (12) 3027-2222. 10

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Marketing no terceiro setor Nos últimos anos a expressão marketing social passou a ser empregada para designar noções bastante distintas, o que tem causado uma certa confusão quando se fala sobre marketing no Terceiro Setor. Há uma quantidade crescente de noções que, devido à incompreensão, à falta de clareza, ou ainda a determinados interesses, têm sido utilizadas de forma indiscriminada. Marketing Social, Marketing Relacionado à Causas Sociais, Marketing Comunitário, Marketing de Campanhas Sociais, Responsabilidade Social, Cidadania Empresarial ou, até mesmo, Marketing da Filantropia estão entre os termos que têm sido utilizados para designar a postura “voltada para o social” ou ações sociais. O crescimento do Terceiro Setor e a “descoberta do social” por algumas empresas que passaram a valorizar explicitamente uma atuação socialmente responsável explicam, em parte, essa abundância de termos e expressões. Mas é preciso ter em mente a origem da questão. Marketing Social, segundo a origem da expressão, consiste em um conjunto de atividades, técnicas e estratégias que são utilizadas para estimular e promover mudanças sociais, como alteração de crenças, atitudes e comportamentos. Assim, no marketing social são empregados conceitos e ferramentas originárias do marketing convencional para influenciar comportamentos com o objetivo de promover mudanças sociais. Exemplos clássicos de aplicação do marketing social podem ser vistos em programas ou campanhas de planejamento familiar, prevenção de doenças, direitos humanos, economia de energia e preservação ambiental. Assim, precisamos ficar atentos. O termo marketing social não se aplica a empresas que utilizam instrumentos de marketing apenas para divulgar suas ações sociais, tornar pública sua postura socialmente responsável ou mesmo melhorar sua imagem junto à so-

ciedade, pois essas ações não tem o objetivo de promover mudanças sociais. Essas tentativas que têm sido identificadas como “marketing social” ou ações de responsabilidade social das empresas apenas geram maior confusão e dificultam a compreensão de conceitos distintos. O marketing social também não deve ser confundido com o chamado “marketing relacionado a uma causa”, em que uma organização agrega uma causa, como o combate ao trabalho infantil ou a preservação ambiental, aos processos de produção, promoção e vendas de seus produtos e serviços. Nesse caso a empresa vincula seu produto ou sua imagem institucional a uma determinada causa, seja social ou não, com o objetivo de atrair ou conquistar a fidelidade de seus consumidores por afinidade. Um exemplo clássico desse tipo de marketing é o realizado pelas empresas de cartão de crédito, que possibilitam ao cliente escolher cartões vinculados tanto a um time de futebol como a uma campanha em defesa dos direitos da criança. Desse modo, podemos destacar que a principal diferença entre o marketing social e o marketing relacionado a uma causa está nos resultados que serão alcançados com a utilização de um ou outro conceito. No caso do Marketing Social o principal impacto será a transformação da sociedade na qual a empresa ou instituição está inserida. Já no caso do Marketing Relacionado a Causas Sociais, retornos financeiros ou de imagem, diretamente voltados para a empresa ou instituição, serão mais evidentes.

Gilberto Marques é publicitário, consultor em marketing e marketing social.


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PARQUE DA CIDADE. Diversão e lazer para toda a família.

A Prefeitura de Jacareí trabalha todos os dias para dar mais qualidade de vida para cada cidadão. Por isso, presenteou a população com o tão esperado Parque da Cidade – um espaço de lazer e diversão para toda a família, com completa infra-estrutura e ampla área com cerca de 100 diferentes espécies de árvores. Tudo por uma cidade cada dia melhor para você.

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design

Decoração é um problema?

foto: www.shutterstock.com

Com criatividade é possível renovar os ambientes sem gastar muito.

Decorar uma residência nem sempre é uma tarefa fácil. Em tempos de crise e de redução de custos, projetos podem ser adiados ou abandonados em função dos custos. Mas com criatividade é possível renovar os ambientes sem gastar muito. Confira as dicas de Bruna Castro, arquiteta da construtora Tecnisa, para transformar o que seria um problema em solução. 1) O primeiro passo é a pintura das paredes. Utilize sempre uma base clara e neutra como branco ou off white e escolha algumas paredes ou ambientes para abusar na cor. Isto já transformará o ambiente e você não precisará gastar com papel de parede, revestimentos em tecidos ou painéis de madeira. 2) Na hora da compra dos móveis vale pesquisar em pontas de estoque, feiras e até aguardar a troca de coleção do show room que normalmente acontece nos meses de janeiro e fevereiro. Se você já tem algum móvel veja o que pode ser reaproveitado. Uma capa para o sofá ou uma nova pintura na mesa os deixará com cara de novos! 14

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3) Cortinas e tapetes são mais difíceis de serem reaproveitados, pois normalmente são feitos sobre medida para a janela ou o ambiente. No caso da cortina vale comprar o tecido em tecelagens, fazer a bainha você mesmo ou solicitar à sua costureira de confiança. Os suportes são facilmente encontrados em lojas especializadas. Já os tapetes podem ser comprados já cortados e não sobre medida, a redução do custo normalmente é drástica! Utilizar carpetes cortados sob medida também pode reduzir muito o custo! 4) Quadros e telas são facilmente substituídos por espelhos (que além de decorar ampliam o ambiente) ou por fotos e ilustrações emolduradas. O custo deverá ser mais baixo. 5) Na hora de produzir os ambientes com objetos vale sempre abusar das velas, porta-retratos, revistas de moda ou arquitetura (substituindo os livros de arte), flores e principalmente objetos que você já tenha. Isso fará com que a casa tenha a sua cara e seja repleta de boas lembranças.


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fotos: divulgação

Cultura

O Roda Brasil apresenta proposta contemporânea de espetáculo.

Circo Roda Bra Um espetáculo cheio de surpresas e que não deixa passar a ingenuidade das brincadeiras circenses e das palhaçadas. Diante de um cenário fantasioso, idealizado por Luís Frúgoli e trilha sonora muito bem trabalhada por Branco Mello, dos Titãs, e Emerson Vilani, do Funk Como Le Gusta o conjunto do espetáculo “Oceano”, estrelado pelas companhias paulistanas Parlapatões e Pia Fraus promete boas risadas e um visual instigante do começo ao fim, na temporada do Circo Roda Brasil em São José dos Campos. “Oceano” narra as aventuras de um menino que, na tentativa de recuperar um brinquedo é engolido pelo ralo de sua banheira e descobre um universo novo no fundo do mar. É a partir dessa história simples e que brinca com a fantasia popular, que o espetáculo se desenvolve. Comparado ao Cirque Du Soleil por alguns, o Roda Brasil apresenta proposta contemporânea de espetáculo, com linguagem visual diferenciada e pautado pela radicalidade, reunindo elementos como a comicidade e o teatro de bonecos, para reproduzir as sensações de leveza e flutuação do universo submarino. Com acrobacias, esquetes cômicas, malabares, trapézios e pernas-de-pau, mesclados a recursos de ilusão, efeitos especiais, projeções, iluminação e bonecos infláveis, o espectador realiza um verdadeiro mergulho radical nas situações e imagens que a vida no oceano pode inspirar. Além disso, a patinação radical realizada em halfs denota uma linguagem acrobática, que reforça o estilo inovador do espetáculo. O elenco é composto pelos artistas circenses: Raul Barretto, Claudinei Brandão, Rodrigo Mangal e Eduardo Lamberti, entre outros. A direção artística é de Hugo Possolo, que também co-assina o roteiro, ao lado de Raul Barretto e Beto Andreetta. O Circo Roda Brasil é patrocinado pela NovaDutra (Empresa do Grupo CCR). O primeiro espetáculo da companhia, “Stapafúrdyo”, foi assistido por mais de 120 mil


asil, surpreendente! pessoas, em 15 cidades. “Oceano” pretende dar continuidade à abordagem inédita proposta pelo Circo Roda Brasil e que já exerce influência na prática da arte circense do Brasil. Segundo o diretor artístico do espetáculo, Hugo Possolo “a idéia é ir além do espetáculo voltado apenas para família e atingir também aos jovens, que representam um segmento de possível crescimento, em termos de formação de platéia para o circo brasileiro”. História O circo apareceu na Roma antiga, onde era utilizado para exibição de cavalos e corridas de bigas, shows equestres, batalhas encenadas, shows de animais adestrados, malabaristas e acrobatas. Acredita-se que o circo de Roma tenha sido influenciado pelos gregos. Com a queda de Roma, os grandes circos desapareceram da Europa, sobrando apenas treinadores de animais e outros artistas itinerantes. O conceito moderno de circo como uma arena circular com assentos, exibição de acrobacias, animais e outros artistas remetem ao final do século XVIII. Philip Astley foi um dos pioneiros da época, popularizando o circo na Inglaterra. No Brasil Com companhias e famílias vindas da Europa, no século XIX, dá-se início ao circo no Brasil. Estas pessoas agruparam-se em guetos e manifestavam sentimentos diversos através de interpretações teatrais onde não demonstravam apenas interesses individuais, mas também despertavam consciência mútua. No Brasil, mesmo antes do circo de Astley, já haviam os ciganos que vieram da Europa, onde eram perseguidos. Sempre houve ligação dos ciganos com o circo. Entre suas especialidades incluíam-se a doma de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos. Eles viajavam de cidade em cidade, e adaptavam seus espetáculos ao gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados do programa.

Novo circo No Brasil existem atualmente vários grupos pesquisando e utilizando esta nova linguagem. O novo circo é um movimento recente que adiciona às técnicas de circo tradicionais a influência de outras linguagens artísticas como a dança e o teatro, levando em conta que a música sempre fez parte da tradição circense. Serviço Temporada São José dos Campos A partir de 13 de fevereiro Local: Shopping Colinas – Av. São João, 2200 – Jd. das Colinas Sessões: de quarta a sexta (20h30) Sábados (17h00 e 20h30) Domingos (17h00 e 19h00) Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) Capacidade: 700 pessoas Duração: 100 minutos (com intervalo) Classificação etária: livre


Beleza

Existem tratamentos estéticos para ajudar a mulher na recuperação de sua auto-estima

A gestação é um período intenso para a mulher, marcado por mudanças físicas e emocionais. Do ponto de vista estético, a forma física apresenta modificações visíveis: os seios antes firmes podem ficar flácidos; o abdômen também pode sofrer com o acúmulo de gordura, processo que pode ser acompanhado de flacidez e estrias. Dependendo de quantos quilos a pessoa engordou durante a gravidez, a recuperação se torna mais lenta e difícil. Mas, felizmente, existem os tratamentos estéticos e a cirurgia plástica para ajudar a mulher na recuperação de sua auto-estima e do contorno corporal. Para falar sobre esse assunto, conversamos com o cirurgião plástico Dr. Alan Landecker, Membro Titular e Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), membro da prestigiada International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) e autor do livro Cirurgia Plástica - Manual do Paciente, que respondeu as principais dúvidas sobre esse tema. Confira abaixo! 1) Durante a gestação, a mulher pode se submeter a alguma cirurgia plástica? Não é indicada a realização de qualquer cirurgia plástica durante a gestação, justamente por conta das substâncias anestésicas utilizadas na operação que podem prejudicar o desenvolvimento do bebê no útero. Além disso, durante a gravidez ocorrem alterações hormonais significativas, que levam ao acúmulo de gordura e retenção de líquidos, fatores que

Após o parto: quando fazer uma plástica?

interferem no contorno original do corpo. Ou seja, o cirurgião não terá um visual real do corpo dessa mulher para planejar a cirurgia. 2) Algum tipo de cirurgia plástica pode ser realizada logo após o parto? Ou quanto tempo após? Por conta das alterações hormonais, o ideal é que a mulher realize uma cirurgia plástica pelo menos seis (6) meses após parar de amamentar porque, passado este período, o corpo está mais equilibrado do ponto de vista hormonal. Mas, é necessária uma avaliação médica criteriosa. No entanto, se ela ainda estiver com o peso acima do indicado, sugerimos que a mulher realize um “programa de bem-estar” que inclui acompanhamento nutricional, endocrinológico e assessoria esportiva. A cirurgia plástica entra como a parte final deste programa, pois os melhores resultados são obtidos quando a mulher está em boas condições físicas e com o peso mais próximo do ideal. 3)Quais são os principais tipos de cirurgias plásticas realizadas pelas mulheres, após a gravidez? Principalmente, lipoaspiração, mamas (com ou sem prótese) e abdominoplastia. 4) Caso a mulher opte por realizar uma abdominoplastia ou miniabdominoplastia após o parto, quais seriam as condições ideais? Em primeiro lugar, ela deve seguir as orientações de seu ginecologista. Após o parto, como qualquer outro paciente, a mulher deve

estar clinicamente saudável e com o peso bem próximo ao que tinha antes da gravidez. 5) No caso da mulher ter passado por uma cesariana e ainda ter propensão à formação de quelóides, como deve ser o procedimento na cirurgia plástica? O tipo de parto (normal ou cesárea) não influencia na realização da operação. Se a mulher tem propensão à formação de quelóides, ela deve comunicar isso ao cirurgião plástico. Ele deverá analisar a condição da pele, para evitar que isso volte a ocorrer. Com o avanço da medicina, foram desenvolvidas técnicas de sutura que minimizam o aparecimento de quelóides. 6) A lipoaspiração é a melhor técnica para reduzir as gorduras acumuladas no abdômen, costas e coxas, após o parto? A lipoaspiração pode ser a melhor técnica para remodelar o corpo, retirar a gordura localizada e, assim, harmonizar o contorno corporal. Pode ser o procedimento mais indicado em pacientes sem flacidez de pele. Porém, caso a paciente apresente muita flacidez no abdômen, o recomendado é a abdominoplastia. É essencial que o cirurgião plástico analise a condição da pele da paciente para decidir o tipo de cirurgia mais adequado. 7) O implante de silicone nas mamas pode interferir na amamentação? Quando a mulher pode realizar plástica nos seios depois da gravidez? A cirurgia plástica de mamas, dentro dos princípios técnicos corretos e, independente


foto: www.shutterstock.com

do tipo de corte realizado, não interfere na amamentação. O tempo indicado para realização da plástica é seis (6) meses após parar de amamentar. Todas as mulheres devem realizar exames anuais para o controle das mamas, após a inclusão da prótese (mamografias, etc) 8) Após ter se submetido a uma cirurgia plástica de abdômen, mamas ou lipoaspiração, o que pode acontecer ao corpo feminino na eventualidade de uma nova gravidez? Uma eventual gravidez pode anular ou prejudicar o resultado obtido. Para que isso não ocorra, é vital que o médico e a paciente conversem sobre os planos de uma nova gestação. Estes aspectos têm que ser discutidos detalhadamente, porque a paciente tem que entender que uma nova gravidez irá interferir nos ganhos obtidos com a cirurgia plástica, principalmente de abdômen e mama, podendo causar estiramento de pele nestas regiões. Por isso, pode ser recomendável que mulheres que desejam engravidar num futuro próximo adiem a cirurgia plástica para depois do encerramento da prole. 9) A cirurgia plástica, após a gravidez, é recomendada para a remoção de estrias? Em caso negativo, qual seria o tratamento indicado? Estrias são cicatrizes profundas na derme. Dependendo do local onde elas estão e do aspecto da pele, procura-se não operar. Mulheres que possuem estrias na parte inferior do abdome (abaixo do umbigo) até

podem realizar uma abdominoplastia para removê-las na totalidade, mas a pessoa vai trocar as estrias por uma cicatriz na região. Não é possível intervir cirurgicamente em estrias localizadas no ‘pneuzinho’ ou nos seios, por exemplo. Hoje, existem tratamentos que podem melhorar o aspecto das estrias, como é o caso do Laser e da Carboxiterapia, técnica nova que ainda está em estudo. Recomendo que a paciente consulte um dermatologista. 10) Quais são os principais erros que uma mulher comete após a gravidez com o desejo de recuperar logo a forma física? O grande erro é não adotar uma rotina saudável, com alimentação equilibrada e exercícios físicos. Muitas delas querem emagrecer drasticamente e ficam sem comer. Várias mulheres depositam na cirurgia plástica todas as esperanças de conseguir um corpo renovado. Mas, elas precisam ter consciência de que a cirurgia será o complemento de um programa de bem-estar, que inclui dieta balanceada, exercícios físicos e também equilíbrio psicológico. 11) A mulher pode realizar algum dos tratamentos de rejuvenescimento facial após o parto? Qual o mais indicado para remoção de manchas? Qualquer procedimento que envolva anestesia deve ser realizado seis (6) meses após parar de amamentar. Outros tratamentos estéticos não evasivos devem ser analisados e indicados por um médico dermatologista. JANEIRO/FEVEREIRO - 2009

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Foto: Flávio André / fábrica imagens

2003. Em 1996 foi preservado por lei municipal n.º 4.928/96 pelo Comphac (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural) e, em 2001, tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo). Em 2004, foram encerradas as atividades no complexo. Hoje, está em processo de tombamento pelo IPHAM (Instituto do Patrimônio Histórico e Ambiental). Atualmente a administração do Parque está a cargo da Secretaria de Planejamento Urbano da Prefeitura Municipal de São José dos Campos.

Hoje, um parque repleto de história. No passado, um dos primeiros sanatórios do país. O Vicentina Aranha abriga em sua arquitetura muita beleza e a sobriedade de um patrimônio histórico digno de muita preservação. O prédio, que pertencia á Santa Casa de Misericórdia de São Paulo foi projetado em 1918 e inaugurado em 1924. Os autores do projeto São Francisco de Paula Ramos de Azevedo, arquiteto e Arnaldo Vieira de Carvalho, engenheiro civil; porém a obra foi realizada pelo engenheiro Augusto Toledo. O Vicentina Aranha foi o primeiro sanatório a ser construído em São José dos Campos e representava uma alternativa à Santa Casa de São Paulo não comportar a grande quantidade de doentes tuberculosos, daí sentiu-se a necessidade de se construir um hospital. O prédio encontrava-se fora da cidade, para isolamento e descanso. Era muito arborizado, com eucaliptos e bambus, para proteger os doentes dos ventos frios. Sofreu várias reformas e ampliações até 1945 e após este ano passou a diminuir suas atividades com o desenvolvimento do tratamento e possibilidades de cura da tuberculose. Em 1980, o Vicentina Aranha passou a abrigar um hospital geriátrico, por decisão da Santa Casa de São Paulo, fechado em 20

Curioso e belo, Vicentina Aranh

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Quem foi Vicentina de Queiros Aranha Uma verdadeira ativista que sonhou com a assistência aos tuberculosos, esposa do Senador Olavo Egídio. Houve uma época em que a tuberculose era uma das grandes preocupações entre as epidemias (varíola, tifo e febre amarela) e exigia uma ação social efetiva. O contingente de tuberculosos, naquele momento, era significativo e naturalmente demandava os hospitais paulistanos, uma vez que a cidade reunia, por seu porte, melhores condições para o tratamento médico com profissionais habilitados e instituições sedimentadas, entre as quais se destacava a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. A campanha de Vicentina Aranha prosseguiu, mesmo após sua morte. Seu marido, o senador levou adiante sua idéia. Com ele trabalhou Paulo Setúbal, casado com Francisca, filha do Senador. A necessidade de se edificar um hospital de isolamento para os tuberculosos, além de ser coerente com a mentalidade médica, naquela ocasião, tinha a seu favor outros fatores muito importantes. Para a população Hoje, quem quiser visitar o Parque Vicentina Aranha poderá fazê-lo das 6h às 20h. Um lugar ideal para realizar uma caminhada,

corrida ou mesmo fazer um piquenique com uma companhia bem agradável nos jardins do parque. Curiosidade Com a retirada do muro das avenidas São João, Nove de Julho e da rua Prudente Meireles de Moraes, foram identificados mais de 40 tipos de tijolos, entre formatos e tipo de fabricação, utilizados ao longo da trajetória do Vicentina Aranha. Os cerca de 40 mil tijolos que já foram retirados para substituição do muro por grade, poderão ser reaproveitados e estão sendo cuidadosamente guardados para, se necessário, serem utilizados na restauração dos prédios do complexo. Como toda a construção, os tijolos guardam valor histórico e cultural, pois datam de uma época onde as peças eram feitas artesanalmente. Foto: Flávio André / fábrica imagens

VALE

Um casarão que ilustra os valores e modos da época cafeeira do Brasil.


ha Perfil arquitetônico Uma das particularidades de um hospital para a cura da tuberculose pulmonar é a ventilação e a insolação nas edificações, visto que, ambos os fatores são considerados de propriedades terapêuticas. No caso do sanatório Vicentina Aranha, há áreas livres entre os edifícios que, geralmente, resguardam a distância de 50m, para garantir ventilação e insolação ideais. Dentre as características arquitetônicas principais podemos citar o telhado dos pavilhões pequenos que possibilitam a entrada de luz. A edificação dos prédios a aproximadamente 0.50 m do solo constituem uma espécie de barra impermeável para o pavimento térreo formando os porões para ventilação que possuem abertura com grades de ferro. O piso dos quartos, enfermarias, biblioteca e

administração são feitos em madeira (tábua corrida). Utilizaram o ladrilho hidráulico na cozinha, banheiros, refeitório, área de circulação, galerias de cura e todo setor médico. Encontra-se bem à frente do hall do Pavilhão Central uma marquise em estrutura de ferro fundido, no estilo Art-Nouveau, de procedência não determinada, com cobertura em vidro da época, segundo depoimentos. Compondo o alpendre da entrada, construído para o abrigo dos doentes que chegavam ao sanatório em dias de chuva. As janelas com vergas em arco abatido, que estão no centro do Pavilhão Central, alternam-se às janelas com ângulos retos que compõem todo o resto da fachada. Fonte: Site do Comphac (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural) http://www.fccr.org.br/comphac/vicentina.htm

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Gastronomia

Um dos pratos mais tradicionais do Litoral Norte passa por polêmicas mas não perde o sabor.

Azul Marinho o Peixe com Bana por João Rural

Menos de dois anos depois da chegada de Cabral, Américo Vespúcio descobre Ilhabela. Ao mesmo tempo cria a vila no continente, denominada São Sebastião, por ser a data do santo. Começam aí as descobertas da “Terra Brasilis”. E dentre todas elas a primeira a ser procurada foi com certeza a comida, pois todos precisavam se alimentar, depois de cansativas viagens. O peixe foi o primeiro prato, que os viajantes já conheciam. Mas aqui surgiram novidades como o azul marinho, a ova de tainha, considerada o caviar brasileiro e os peixes na folha de bananeira. Entrando na mata, encontraram outros sabores inéditos para eles. Tomaram contato com as frutas de diversas cores e sabores. Descobriram a cará, a abóbora, a banana da terra, o milho (avati) e a mais importante delas: a mani-oca (casa de mani), ou ainda mani, aypi e ubi-antam. Acabou se tornando a popular mandioca. Outros nomes surgiram, como macaxeira, carimã e aipim e são usados até hoje em regiões diferentes. Um alimento de grande

importância no dia-a-dia dos índios e presente até em pratos da alta cozinha, como o bobó de camarão. Aos poucos os descobridores foram assimilando os sabores, usando os pratos locais ou procurando introduzir os sabores trazidos. Entrou então a pimenta, os temperos diversos e o modo de se comer. O costume dos índios, até então, era comer tudo moqueado. O moquém, como era chamado, tostava, peixes, caças, mandioca, cará e até o milho verde ou seco. Depois tudo era comido em separado, misturando-se na boca. Até mesmo a farinha era jogada na boca, logo depois dos alimentos. Aos poucos os descobridores foram introduzindo a panela, sendo aceita pelos moradores e os cozidos começaram a surgir. Tudo com influência dos cozinheiros portugueses, espanhóis, holandeses, piratas e, principalmente os negros. Pratos foram transformados, outros criados e outros aniquilados do cardápio. Mas muitos ficaram para nos encher de sabores.

Azul Marinho e sua história Um dos pratos mais tradicionais do Litoral Norte é o Azul Marinho. Prato apreciado pelos caiçaras das quatro cidades. Mas, atualmente passa por algumas polêmicas, devido ao prato ser tombado pela Câmara Municipal de São Sebastião como patrimônio cultural. A primeira discussão é que o prato não pode ser considerado patrimônio somente de uma cidade. A segunda torna-se mais interessante, pois a receita que foi divulgada não agradou aos antigos caiçaras. Muitos alegam que a receita original é outra, conforme eles aprenderam com os pais. Outro aspecto defendido é que o prato não chamava Azul Marinho, mas sim Peixe com Banana Verde. A caiçara Maria Nascimento de Laura, mais conhecida por Dona Mariquinha, é uma das que contesta a nova receita e também o nome. Atualmente com 80 anos, nascida nos costões da Pitangueiras em São Sebastião, afirma que sua mãe chamava o prato somente de “peixe com banana verde” e que o novo nome ela só ouviu por volta de 1970.

Receita Azul Marinho Ingredientes 1,5 kg de Carapau, 1 dúzia de banana naniquinha ou São Tomé, coentro, cebolinha, alfavaca, alho socado, pimentão, tomate, pimenta vermelha a gosto e farinha de mandioca. Como fazer Cozinhe a banana com a casca. Depois de mole, retire as bananas e reserve o caldo (este é o fator azul marinho). Corte o peixe em pedaços e tempere. Coloque para cozinhar, com o pimentão e o tomate, no caldo do peixe, deixando amolecer. Amasse as bananas, usando um pouco do caldo do peixe, fazendo um pirão mole. Pode-se colocar a farinha de mandioca na panela ou no prato na hora de comer. Faz-se o pirão e coloca-se o peixe cozido por cima do pirão. 22

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ou ana Verde? Diz ainda que o peixe era preparado em panela de barro, pois panelas de ferro eram raras naquela época. Um detalhe lembrado por Dona Mariquinha é que o peixe devia ser mexido com uma colher de ferro. No preparo ela destaca que as bananas verdes eram cozidas descascadas, podendo ser a Nanica ou a São Tomé. Como tempero somente cheiro verde e coentro. Quanto ao peixe ela afirma que era a Garoupa, a Tainha, o Robalo ou a Cavala, pois esses peixes possuem a carne mais rija. Outros caiçaras afirmam que o peixe ideal é mesmo a Garoupa. João Rural é jornalista e pesquisador entusiasta da cultura regional.

Coentro do litoral Esta plantinha, citada por viajantas no século XIX, é encontrada em abundância no Litoral Norte e comparada ao coentro comum, originário do Sul da Europa e Oriente. O coentro “antigo” ou “folha grande”, como é chamado pelos caiçaras, exige terreno arenoso e um clima úmido, como o das encostas da Serra do Mar. Antigos caiçara têm sempre um canteirinho com o tempero. Este coentro possui um aroma mais fraco, o que proporciona um sabor suave aos peixes. Aliás, é bom lembrar que a introdução do coentro no peixe não foi para temperar, mas para encobrir o sabor forte de algumas espécies.

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Turismo

Um pedaço da no Vale do Par A fazenda Nova Gokula, em Pindamonhangaba, remete o visitante a uma rara experiência nos dias atuais, o exemplo prático da vida simples segundo a filosofia védica. Uma comunidade surpreendente que está ao alcance de quem se dispor a conhecer um centro de encontro alternativo, onde muitos turistas, estudantes, naturalistas e, principalmente, espiritualistas visitam abertamente. Com 30 anos de existência Nova Gokula nasceu a partir do sonho de um grupo de devotos de Krishna, reunidos em torno de um ideal espiritual. No início existiam duas pequenas casas, que foram completamente reformadas, depois houve a construção de um templo e de um alojamento. Hoje, a comunidade é composta por famílias de sacerdotes, monges estudantes, jovens e crianças que moram em suas diferentes casas ou alojamentos distribuídos em quatro vilas de casas que abrigam os moradores, vilas Nrisimha, Matsya, Giridhari e Védica. Paraíso ecológico e espiritual Nova Gokula combina a beleza natural das montanhas da Serra da Mantiqueira com a tradição Vaishnava da Índia milenar védica. Está situada em uma área de preservação ambiental de 119,5 hectares no Vale do Rio Paraíba do Sul, no circuito turístico entre as capitais São Paulo e Rio de Janeiro, onde recebe visitantes de toda parte do Brasil e do mundo. Além do Templo de Radha-Gokulananda, construído em estilo arquitetônico védico, a comunidade dispõe de várias atrações. Entre elas, destacam-se trilha ecológica, pontos de banho no Rio Yamuna, que corta a fazenda; jardins e a exuberante fauna e flora silvestres. Hospedagens aconchegantes ficam por conta da Pousada Nova Gokula. E, para quem prefere acomodações mais próximas do cenário campestre das montanhas, a opção é o Camping Balarama.

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No Restaurante Govinda, saboreiam-se pizzas e refeições com iguarias da cozinha indiana e lacto vegetariana, com seus salgados suculentos e deliciosos doces, descobrindo assim um mundo de sabores exóticos. Além de desjejum e delicioso açaí. Para quem busca refúgio e equilíbrio na terapia Ayurvédica, a Escola Ganga de Terapias Ayurvédicas oferece atendimentos, cursos, semanas de terapia intensiva e prática de Hata Yoga. Quem tiver interesse em visitas e pacotes para grupos pode entrar em contato com Sri Lalita pelo telefone 12 3643 4552. Vale a pena conhecer este paraíso espiritual. A vida em Nova Gokula Todos os moradores, como qualquer membro do Movimento Hare Krishna, praticam quatro princípios: 1 – Não comer carne, nem peixe, nem ovos; 2 – Não se intoxicar; 3 – Não praticar sexo ilícito; e 4 – Não praticar jogos de azar. Os devotos seguem o calendário Lunar Védico, com datas sagradas, que celebram com jejuns, quebrados em festas com banquetes de Prasada (alimento oferecido a Deus), rituais especiais (Agni Hotra ou Cerimônia de Fogo), arati (adoração às deidades do altar do templo), farta distribuição de alimentos vegetarianos, palestras e festivais onde fazem apresentações musicais, teatrais e de danças típicas da cultura védica. Quem vive em Nova Gokula está lá com a finalidade de servir às deidades de RadhaGokulananda, formas de Krisha e de sua consorte Radharani, que se encontram no centro do altar no templo, cercadas por outras deidades – à direita, Ramachandra, Sita, Lakshmana e Hanuman; à esquerda, Gaura Nitai; e, aos pés Shalagrama Shila. Os devotos prestam serviços diretos de adoração às deidades nos altar, seis vezes por dia, confeccionam roupas para as deidades,


Índia raíba preparam oferendas, limpam e decoram o templo e o altar. Além disso, os moradores mantêm a lojinha de artigos devocionais da fazenda, a lanchonete Jaganatha; são responsáveis pelos cuidados com jardins, bosques e preservação ambiental de Nova Gokula. Quem mora na comunidade, mas trabalha fora, colabora de com serviços indiretos às deidades do altar. Isto se chama Bhakti Yoga, a prática de serviço amoroso e devocional a Deus. Segundo Vanavihari, porta-voz da fazenda, em determinados momentos os moradores praticam a meditação com recitação de mantras para invocar e glorificar Krishna (ou Vishnu, que é uma expansão de Krishna). “Temos aulas de filosofia, com estudos de clássicos védicos, como Srimad Bhagavatam,Purana que apresenta a vida de Krishna, e Bhagavadgita ou a Canção do Senhor, um poema contido no épico védico Mahabharata, em que Krishna se apresenta como a Verdade Absoluta e revela o processo de Bhakti Yoga como a única maneira de a humanidade se libertar dos sofrimentos motivados pelo apego aos valores materiais”, afirma. Os rituais de adoração às deidades no templo, são grandes festas onde os devotos dançam e cantam mantras para glorificar os santos nomes de Deus. “Diariamente também entoamos o Maha-mantra, grande mantra, Hare Krishna - Hare Krishna Hare Krishna, Krishna Krishna Hare Hare, Hare Rama Hare Rama, Rama Rama Hare Hare - por 16 voltas de um mala, tipo de rosário com 108 contas”, lembra Vanavihari. As crianças de Nova Gokula já foram alfabetizadas na própria fazenda em uma escola de Ensino Fundamental que funcionou durante vários anos. Atualmente, os pequenos devotos de Krishna estudam em Pindamonhangaba em escolas públicas ou particulares e as instalações da antiga escola irão abrigar, futuramente, um Seminário de Filosofia Védica.

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Tecnologia

Tudo ao mesmo tempo, agora, e em qualquer lugar.

Revoluçã móvel Marcelo Zenga

uma

explosão de estilo

shopping center esplanada - loja 06 tel 12 39416698 - sjc 26 JANEIRO/FEVEREIRO - 2009

A década de 90 foi marcada por inúmeros fatos históricos, seja no âmbito político, social e econômico. O mundo assistiu ao final da Guerra Fria, à destituição da União Soviética, à triste Guerra do Golfo e também pôde presenciar a popularização do PC (computador pessoal, na sigla em inglês), da Internet e do celular. De lá para cá, muitas inovações surgiram e a tecnologia da informação ganhou mobilidade e passou a estar cada vez mais presente em nossas vidas. Às vezes não percebemos, mas estamos cercados de tecnologia móvel por todos os lados, desde a simples compra do pãozinho na padaria até o processamento de uma transação bancária, ambas feitas em um terminal móvel. No escritório, na fábrica ou no comércio, a computação móvel virou um item imprescindível, para não dizer obrigatório, e hoje ninguém se imagina desempenhando sua função da mesma forma sem o auxílio de tais equipamentos e os inúmeros recursos tecnológicos que eles proporcionam. A esta incorporação do uso da tecnologia móvel ao nosso dia-a-dia, soma-se a tendência da convergência de mídias e o advento de redes móveis de alta velocidade, que vêm permitindo que façamos muito mais, em muito menos tempo, a qualquer hora e de qualquer lugar. Daí o crescimento exponencial da base de celulares e em particular nos últimos anos, o aumento vertiginoso na compra dos telefones inteligentes, os chamados smartphones. Alguns dados do Gartner demonstram bem este cenário: apenas no segundo trimestre de 2008, mais de 32,2 milhões de smartphones foram vendidos no mundo, o que representa um aumento de 15,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa de crescimento do mercado esperada para este ano é de 52%. A projeção é de que sejam vendidos 190 milhões de unidades, o que corresponde a 15% do total de dispositivos móveis. Já para 2012, ainda de acordo com o Gartner, a estimativa é que o mercado atinja 700 milhões de unidades, movimentando algo em torno de 200 bilhões de dólares.

Para se ter uma idéia, atualmente 20% de todos os telefones móveis vendidos na América Latina são smartphones, de acordo com uma pesquisa da TNS Technology. No primeiro trimestre de 2008, as vendas desse tipo de handset na América Latina cresceram 496% em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo análise da consultoria IDC. No Brasil, estimativas também indicam um aumento significativo na procura pelos celulares inteligentes. Também chamados de ‘computadores de mão’, eles possuem praticamente as mesmas funcionalidades dos laptops ou desktops de última geração, com a diferença de que cabem no bolso. Isso é crucial para profissionais que se deslocam freqüentemente e passam boa parte do dia fora do escritório ou que viajam com certa freqüência. Com esse tipo de telefone e as diversas opções de aplicativos disponíveis, é possível, por exemplo, fechar o pedido de um cliente por meio de um software de gestão (ERP) da empresa, enviar um e-mail para o seu chefe comemorando a venda e uma mensagem de voz para sua mulher confirmando o jantar romântico naquele restaurante (que você reservou pela internet no caminho entre duas


foto: www.shutterstock.com

ão

reuniões de negócio). Tudo isso em poucos minutos, de qualquer lugar, a qualquer hora. Desenvolvido inicialmente para o segmento corporativo, hoje observamos uma tendência de crescimento dos smartphones também para uso no dia-a-dia. É comum que usuários de celulares convencionais migrem para handsets com recursos como tela de toque (touch screen), acesso direto a e-mail, sincronização com aplicativo de correio eletrônico, navegação na Web em alta velocidade e teclado profissional, que são os principais atributos dos smartphones. Uma pesquisa divulgada recentemente pelo Gartner apontou que até 2010 cerca de 350 milhões de pessoas terão acesso a e-mails a partir de dispositivos móveis. Isso representará cerca de 20% das contas de e-mail existentes no mundo. Certamente o aumento da disponibilidade de redes de terceira geração (3G) no Brasil e o lançamento de novos modelos de terminais ampliarão a utilização dos recursos por aqui, em especial os acessos à web e ao correio eletrônico. Outra transformação provocada por conta da expansão deste mercado está no fato das empresas de diversos setores terem de repensar suas estratégias comerciais e de marketing.

Muitas delas já começam a desenvolver versões customizadas de seus produtos e serviços para que sejam utilizadas a partir de um dispositivo móvel. Isso inclui desde a prestação de serviços, como recebimento de notícias, cotação de ações, previsão do tempo, localizador de rotas, até aplicativos para transações financeiras. Parece que nenhum segmento pretende ficar fora desse movimento, já que isso pode significar perda de competitividade e de rendimentos. Neste contexto, uma das novas áreas que mais se beneficiam e têm crescido com essa revolução da mobilidade é o mobile marketing, uma nova fronteira e uma enorme oportunidade para ampliar o relacionamento e a interação com o consumidor, em favor de marcas e corporações. Quando empregado da maneira correta, é uma ferramenta poderosa que traz no seu cerne a promessa do tão sonhado marketing one-to-one, no Brasil e no mundo. Já existem diversos indicadores de que este é um movimento irreversível. Mas isso é assunto para uma nova conversa. Marcelo Zenga é diretor de marketing da Palm no Brasil. JANEIRO/FEVEREIRO - 2009

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meio ambiente

Cartuchos agor tem destino cer

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HP inaugura no Brasil primeiro centro de reciclagem de cartuchos da América Latina

A HP Brasil anuncia o início das operações de seu primeiro centro de reciclagem de cartuchos do Brasil e da América Latina, localizado em Sorocaba, no interior de São Paulo. O centro tem capacidade para receber 1,2 milhão de cartuchos por ano e processar os produtos que voltarão à cadeia produtiva como matéria-prima para novos cartuchos e peças de impressoras novas. A previsão da empresa é reciclar no primeiro mês cerca de 30 mil unidades, vindas principalmente de seu programa Planet Partners, de coleta de cartuchos e toners para a reciclagem junto a clientes corporativos. “A HP não só investe em tecnologias inovadoras para garantir produtos, serviços e soluções de qualidade, segurança e alta tecnologia, como também está totalmente comprometida com o meio ambiente e em manter operações sustentáveis”, afirma Mário Anseloni, presidente da HP Brasil. “O Centro de Reciclagem de Cartuchos faz parte do Programa Integrado de Sustentabilidade da HP Brasil que, por meio de investimentos em pesquisas e capacitação, consolida o elo sustentável de nossa cadeia produtiva” afirma Kami Saidi, diretor de Operações da HP para o Mercosul e diretor do Comitê de Sustentabilidade Ambiental da HP Brasil. “Os processos de desenvolvimento 28

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de nossos produtos e insumos de impressão já são desenhados para possibilitar a adequada reciclagem e o retorno da matériaprima à linha de nossa própria produção. O conjunto destas iniciativas capacita a HP a oferecer produtos sustentáveis com segurança e qualidade.”A iniciativa de abrigar o Centro de Reciclagem de Cartuchos no Brasil vai ao encontro da adequação logística de sua manufatura de impressoras localizada no país associada ao histórico de ações ambientais. Em 2006, a HP Brasil criou um modelo inédito de calço de polpa, composto por papéis em testes de impressão da companhia utilizado nas embalagens de impressoras fabricadas no Brasil. Em sua segunda fase, o Centro de Reciclagem de Cartuchos contará com o Environmental Innovation Lab, que desenvolverá pesquisas e análises de suprimentos utilizados na fabricação dos produtos. O principal objetivo do laboratório é desenvolver processos de reintegração dos materiais utilizando o conceito end-to-end, em que seus produtos e suprimentos , quando obsoletos, são tratados pelos programas de reciclagem da companhia e retornam à cadeia produtiva. A HP oferece um serviço gratuito de coleta para cartuchos e toners genuínos da marca. A empresa atende solicitações de, no mínimo, cinco peças. Os interessados podem solicitar a coleta pelo e-mail recoleta.cartuchos@hp.com. Qualidade e segurança para usuários É possível reciclar 100% do corpo do cartucho de tintas. Por meio do programa batizado de Planet Partners, as unidades recolhidas passarão por um processo multifásico de reciclagem. O material reciclado em pequenas partículas será enviado para uma empresa homologada e parceira da HP com a tecnologia necessária para transformar o material em resina, junto com fibra de vidro e material de garrafas Pet. A resina,


ra rto por sua vez, será injetada na produção de novos cartuchos e partes de impressoras. No Brasil, estudos recentes já permitem a fabricação de impressoras com material reciclado. As partes e peças foram desenvolvidas pela equipe de Engenharia de Pesquisa & Desenvolvimento da HP Brasil, que fez testes e as adaptou para que tivessem as mesmas características e propriedades de material virgem. “Ao reciclar seus cartuchos, a HP economiza energia, mantém o plástico longe dos aterros sanitários e evita a reinserção de produtos que não contenham a garantia da qualidade, segurança, eficiência e confor-

midade de normas ambientais encontradas em seus suprimentos de impressão originais”, explica Fernando Lewis, vice-presidente do Grupo de Imagem e Impressão da HP Brasil. Calço de polpa No modelo desenvolvido pela subsidiária brasileira da HP, o tradicional calço de proteção das embalagens de impressoras era feito de isopor e foi substituído por um composto de polpa, fibra de côco e canade-açúcar. Neste processo, a empresa reaproveita os papéis utilizados nos testes de impressoras em sua fábrica no país.

Desde 2006, a reciclagem desses papéis já resultou em mais de 4,5 milhões de calços, que substituíram o isopor nas embalagens de impressoras HP produzidas no Brasil. Só em 2008, cerca de 7,5 toneladas de papel foram transformados na produção de calços. A meta de redução no consumo de papel nos escritórios da HP em 1%, potencializada também pela impressão nos dois lados da mesma folha a partir de 2007, e a utilização do papel reciclado em todos os seus escritórios traduzem o engajamento da empresa no uso consciente de insumos da natureza pelos seus funcionários.

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+ meio ambiente >> Curtas

três Idéias para um mundo melHor Carrinhos de plástico para supermercadosOs supermercados do litoral vivem uma situação muito peculiar em relação às outras empresas do mercado, pois, devido à maresia, são muito altos os gastos com a manutenção dos carrinhos convencionais de metal, que enferrujam e emperram mais rápido, são ruidosos e de difícil limpeza. Os carrinhos fabricados em nylon reforçado da Masterplastic® são uma solução inteligente e sustentável para essa questão inerente ao ambiente litorâneo, já que têm maior durabilidade, higiene, design e resistência à maresia e são 100% recicláveis.

Banquinhos de papelão são alternativa sustentável

Papel sintético

Lançamento oferece solução resistente e criativa ao mercado que, cada vez mais, reúne pessoas e empresas preocupadas com as questões ambientais Elaborado pela área de Pesquisa e Desenvolvimento da Orsa Celulose, Papel e Embalagens, o banquinho de papelão ondulado oferece ao mercado uma solução ecologicamente correta, inovadora e prática. É 100% reciclável e pode ser fabricado

Em breve, os setores gráfico e de embalagem poderão contar com mais uma inovação. O já conhecido papel sintético ganha mais um atributo de sustentabilidade e passa a ser produzido com plásticos reciclados. O produto utiliza a tecnologia dos filmes de polipropileno biorientado (BOPP) - filmes plásticos que são usados em rótulos, embalagens de biscoitos, salgadinhos, pet food, na indústria gráfica, entre outras aplicações - porém contendo diferentes tipos de polímeros em sua composição. O resultado é um material resistente, com aspecto diferenciado, similar ao do papel “couché”. O grande diferencial da inovação é que não há no mundo outra tecnologia desenvolvida para usar diferentes plásticos reciclados como o PP, PE, PVC, EVA - na composição do papel sintético. Vindo de garrafas descartadas, embalagens, frascos plásticos usados, entre outros, o material resulta em uma mistura homogênea, perfeita para a produção do filme. Graças a esse diferencial no desenvolvimento, o produto conquistou uma patente, depositada em nome dos três parceiros envolvidos: Vitopel, UFSCar e FAPESP. O projeto levou cerca de três anos para ser desenvolvido.

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tanto em papelão kraft (pardo) como em branco. Pesando 1,14 kg e com capacidade para suportar até 800 kg, o banquinho é fácil de montar, armazenar e carregar por ser fabricado em peça única. Vem com alça de transporte e permite impressão em até seis cores ou cinco cores mais verniz de alto brilho. Também pode ser comercializado sem impressão.


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