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ISSN 2175-2966
Desde 2008
Publicação Semestral dos Alunos de Relações Públicas • Ano IX • nº 17 • Março a Julho de 2019
Piso salarial do RP é reajustado em 3% em 2019
MAIS: RPs aprovados em concurso público • Oferta de estágios •
RPs e seus planos de previdência privados • Agência de RP na Califórnia
EDITORIAL A 17ª edição do newsletter Mercado RP apresenta como notícia principal o reajuste do piso salarial para o profissional de RP, apesar da crise econômica em que nos encontramos. Em um sistema que aglomera muitas formas laborais e uma remuneração média influenciada por distintos fatores e realidades regionais, vale a pena dar uma lida nos dados informados. Esta edição apresenta também o resultado positivo alcançado por três relações-públicas em concurso público, que superaram as dificuldades e mostraram que paciência e resiliência são ótimos aliados para uma boa trajetória. Em outra notícia, sobre estágio obrigatório para estudantes de RP, entenda porque a oferta de vagas foi maior que a procura no primeiro semestre de 2019. Você também pode obter informações úteis sobre a contratação de um plano de previdência privada no início da carreira de RP. E, por último, uma entrevista com Mike Wangbickler, RP de uma agência californiana, especializada em impulsionar o mercado de bebidas. O mercado de trabalho hoje é amplo, complexo e diverso! Então, aproveite as informações que a Mercado RP está trazendo para você nesta edição. Boa leitura! Equipe Mercado RP Emille Santos
NEWSLETTER O periódico enviado ao público específico de uma organização.
EXPEDIENTE Mercado RP
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Universidade Federal do Maranhão Curso de Comunicação Social – Relações Públicas Reitora: Profª Dra. Nair Portela Silva Coutinho Vice-Reitor: Prof. Dr. Fernando Carvalho Silva Diretora do CCSo: Profª Dra. Lindalva Martins Maia Maciel Chefe de Departamento: Prof. Me. Carlos Benedito Alves da Silva Junior Coordenadora de Curso: Profª Me. Luiziane Silva Saraiva
Equipe: Emille Rithyanne dos Anjos Santos Jasmyne de Moraes Calilxto João Pedro Alves Gomes Priscila de Lourdes Silva Dias Ravyane Mendes Rayane Martins Ayres Stefany Rêgo Silva Thais Istefanny Alves Costa
Editora: Profª Dra. Luciana Saraiva de Oliveira Jerônimo Projeto Gráfico: Larissa Régia Ramos da Silva Diagramação: Brenna Santos Freire Revisão Textual: Profª Dra. Jovelina Maria Oliveira dos Reis Orientação Fotográfica: Mary Áurea de Almeida Costa Everton Selo comemorativo 10 anos: Justhon Monteiro Silva
E-mail: mercadorp.comunicacao.ufma@gmail.com Endereço: Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências Sociais – CCSo, Departamento de Comunicação. Av. dos Portugueses, 1966 – Cidade Universitária Dom Delgado Bacanga – CEP 65080-805 São Luís - MA.
Fotografia: João Gomes Da esquerda para a direita, os aprovados no concurso da Câmara Municipal de São Luís: Silen Oliveira Ribeiro, 1º lugar para bacharel em RP; Leandro Almeida Ferreira, 3º lugar para bacharel em RP; Gersony Santos Ramos, 3º Lugar para técnico em RP
pegar provas anteriores é um passo posterior, pois, importante mesmo é conseguir organizar seus horários para estudar cada matéria do edital. A partir daí, você pega provas anteriores. Você consulta qual é a linha daquela instituição responsável pelas provas do concurso. Porém, fundamental mesmo é a questão de como estudar: como é que eu vou organizar os horários para estudar de acordo com a minha disponibilidade de tempo.” Leandro Almeida Ferreira e Gersony Santos Ramos também foram aprovados no mesmo concurso e falaram sobre a importância de não desistir do curso de Relações Públicas para suas aprovações. Leandro, aprovado em 3º lugar para o nível superior, destacou que o resultado dos esforços não é colhido de imediato e revelou quanto tempo levou da época em que começou a participar de concursos até ser aprovado: “Levou aproximadamente 10 anos (2008), eu tinha 18 anos na época. Estou agora com 30.”. Já Gersony, aprovado em 3º lugar para o nível técnico, falou sobre a importância do curso de Relações Públicas: “Eu posso te falar que a UFMA contribuiu 100% para que essa aprovação vingasse. Aliado a isso, teve a questão de mercado.
Eu trabalhei tentado olhar a comunicação como um todo. Isso, de certa forma, me ajudou em algumas questões que caíram na prova”. Sobre isso, Silen completa: “Para mim o curso de RP foi fundamental! Foi lá que eu tive toda minha base. Sem essa base é muito difícil você conseguir passar em concurso para a área. E eu sempre falo isso”. Cada um definiu qual foi a sensação de ser aprovado em um concurso público. Silen afirmou: “Sensação de satisfação, de dever cumprido, de felicidade mesmo!”. Já Leandro explicou: “A sensação é muito boa. É um alivio! Você está vendo que seus esforços não estão sendo em vão; que você está obtendo resultado com os seus estudos”. Gersony, com o mesmo tom, disse: “Trouxe tranquilidade. Não pelo fato de ser um cargo público, mas essa é uma coisa que mostra que o que aprendi na faculdade tem um valor significativo para mim, enquanto pessoa e enquanto profissional. E a UFMA contribuiu muito para que esse sonho de ser funcionário público fosse possível.”. João Gomes
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Nos últimos dois anos, 18 concursos públicos foram abertos com vagas para a área de Relações Públicas no Brasil. No estado do Maranhão, foram abertos apenas 2 concursos: um para o IFMA (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia), concluído em 2018, e outro para a Câmara Municipal de São Luís, com 2 vagas para Bacharel em Relações Públicas e 2 vagas para Técnico em Comunicação Social - RP, concluído em 2019. Neste último, 6 bacharéis egressos do curso de Relações Públicas da UFMA (Universidade Federal do Maranhão) foram aprovados. Dentre os 06 aprovados, 03 conversaram com a Mercado RP sobre: a preparação para concursos públicos, organização e estratégias de estudos, do que abriram mão para estudar, sobre a importância do curso de Relações Públicas para sua aprovação e a sensação de ser aprovado. Realizar o sonho de passar em um concurso público não é fácil! Silen Oliveira Ribeiro, que foi aprovada em 1º lugar para as duas vagas no concurso da Câmara (Bacharel e Técnico em RP), falou um pouco sobre quais devem ser os primeiros passos para quem almeja passar em um concurso. “É importante saber qual é o conteúdo da prova. Eu acredito que
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Egressos do curso de Relações Públicas da UFMA são aprovados em Concurso da Câmara Municipal de São Luís
Piso salarial do RP é reajustado em 3% em 2019
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O Ministério da Economia fechou o reajuste salarial para os funcionários de CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), da categoria membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas e gerentes, no qual está inserido o profissional de Relações Públicas, em 3%, para 2019. Em diferentes regiões do país, o reajuste resultou em aumentos no salário que chegaram a ultrapassar o índice de correção salarial e até mesmo o reajuste médio dessa categoria. São Luís, capital do Maranhão, teve o piso salarial atualizado de acordo com este reajuste, podendo o profissional de Relações Públicas ter uma remuneração média que ultrapassa os R$ 6.537,50. O reajuste salarial é o aumento anual obrigatório firmado por profissionais e seus respectivos sindicatos ou conselhos regionais com base na CCT (Convenção Coletiva do trabalho). A mediação entre sindicatos ou conselhos e empresas garante o benefício aos profissionais de cada categoria de acordo com a Lei N° 13.152 que entrou em vigor em 29 de ju lho de 2015. Uma pesquisa realizada pelo portal Dissídio, no primeiro trimestre de 2019, identificou que o reajuste salarial que passou a valer em 1º de janeiro de 2019 corrigiu em 3% a remuneração do profissional de Relações Públicas. Com a alteração, a faixa salarial para o profissional desta categoria ajusta-se, segundo outra pesquisa realizada pelo portal O Salário no período de 09/2018 até 04/2019, entre R$ 2.956,09 (média do piso salarial 2019 de convenções coletivas e dissídios), R$ 2.832,50 (salário médio da amostragem) e R$ 6.292,01 (teto salarial) para aqueles profissionais contratados com carteira assinada no regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em território nacional. Essas médias são obtidas a partir do cálculo que divide o salário mensal pelos 30 dias do mês (2.956,09/30) ou pelas 44 horas trabalhadas semanalmente (2.956,09/44), podendo sofrer alterações consequentes
de diversos fatores. Além do reajuste anual, existem outras condições que podem influenciar positiva ou negativamente o salário final do profissional desta categoria. Esses
fatos dizem respeito ao porte da empresa, nível profissional, descontos na folha de pagamento, imposto de renda retido, benefícios como vales transporte e refeição, bonificações e convênios de
Stefany Silva Thais Costa saúde, e a região ou o estado onde reside o profissional. As variações mais expressivas comumente derivam desses dois últimos fatores, isso porque alguns estados seguem um piso salarial
regional, superior ao mínimo estabelecido pelo governo federal. O Maranhão está na lista dos estados que seguem o piso fixado no primeiro mês de cada ano. Isso faz com que a média salarial
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do profissional de Relações Públicas que trabalha na capital do estado chegue a R$ 7.135,30. De acordo com portal O Salário, que analisou uma amostragem de dez salários de profissionais contratados com carteira assinada em regime CLT, a faixa salarial do Relações Públicas CBO 142325 em São Luís varia entre R$ 998,00 (piso designado em 2019), R$ 6.537,50 (salário médio da amostragem intencional) e R$ 10.783,08 (teto salarial). O reajuste, para algumas regiões do país, resultou no aumento significativo do salário do Relações Públicas. É certo que nem sempre essa diferença está atrelada aos acordos e convenções sindicais ou coletivas, já que o salário base ou médio pode ser definido de acordo com o salário mínimo estipulado para cada ano. São Luís (MA), por exemplo, teve o piso salarial atualizado de acordo com o reajuste anual, além de possuir estrutura mercadológica capaz de oferecer ao profissional de Relações Públicas uma remuneração média que ultrapassa os R$ 6.537,50 apontados pelo portal O Salário. Em entrevista, Giselle Dias, presidente da ABRP-MA, afirma ser possível atingir remuneração média de R$ 7.000,00 quando se trata de vagas oferecidas pelo setor empresarial e de iniciativa privada e aponta para outras variáveis que podem influenciar no valor final, como “formação, demanda do mercado, experiência do profissional somado ao perfil da vaga (júnior, pleno, sênior, master, especialista ou carreira gerencial/executiva) ”. Leonardo Saraiva, proprietário da Intervirh Gente & Gestão, explica que as consultorias de recrutamento para empresas privadas em São Luís não costumam abrir vagas específicas para profissionais de Relações Públicas, mas se utilizam das mesmas métricas que portais como O Salário quando calculam a remuneração final a ser oferecida para o profissional de comunicação. O Consultor de Remuneração e Benefícios conclui: “na área de comunicação, se estivermos falando de um profissional Júnior, a remuneração está na faixa de 2.400,00 a 2.500,00 reais”; o que atribui à cidade certa compatibilidade com os parâmetros nacionais estabelecidos segundo o reajuste decretado em 2019 para a categoria do profissional de Relações Públicas.
Há mais vagas de estágio e menos estagiários de Relações Públicas no Maranhão No primeiro semestre de 2019, o estágio curricular obrigatório para os alunos do Curso de Relações Públicas da UFMA (Universidade Federal do Maranhão) revelou uma situação atípica: a oferta de vagas superou a demanda. Outro fato curioso é que candidatos às vagas deste tipo de estágio preferiram as que foram oferecidas dentro da própria instituição de ensino, quando poderiam ter aceito novos desafios profissionais e uma outra oportunidade de aprendizagem. O estágio curricular supervisionado é uma atividade obrigatória que deve ser realizada pelo aluno de Relações Públicas da UFMA no 8º período do curso. O aluno deve cumprir a carga horária de 270 horas sob a orientação e supervisão de um professor/supervisor da UFMA e/ou profissionais de comunicação credenciados pela organização que oferece a vaga de estágio. De acordo com a atual coordenadora de estágio obrigatório, professora Gisela Santos, no primeiro semestre de 2019 foram disponibilizadas 11 vagas – 6 em setores da UFMA e 5 fora da instituição –, mas
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6 Tribunal Regional do Trabalho /Foto: Rayane Ayres
Madiciane Teixeira na colação de grau da turma de BICT 2019.1 /Foto: Yumi Wada
apenas 8 foram ocupadas. Duas vagas
obrigatório – ela conseguiu continuar
externas e uma interna deixaram de ser preenchidas: no Ministério Público, na ASCOM/HUUFMA e na ASCOM/UFMA. Em conversa com a professora Nilma Lima, coordenadora do estágio curricular obrigatório do Curso de Relações Públicas, entre 2004 e 2009, fomos informados que nesse período não havia essa disparidade entre a quantidade de vagas ofertadas e a de alunos para ocupá-las. Nilma explicou que o mercado está expandindo, mas que a quantidade de alunos diminuiu, pois turmas que tinham no mínimo 15 alunos, hoje possuem, em média, 5 no 8º período. Uma redução considerável! Para entender melhor as razões
com a bolsa. Madiciane lembra que, na mesma época em que estagiou na ASCOM/UFMA, teve oportunidade também de estagiar em uma empresa privada, mas o valor da bolsa, a facilidade de acesso ao Restaurante Universitário e de transporte público fizeram a diferença. Já para Milena, também aluna do 8º período, ter uma primeira experiência de estágio dentro da TV UFMA foi ótimo! Entretanto, Milena tomou para si o desafio de estagiar, na modalidade obrigatória, no TRT-MA (Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região - Maranhão), onde, diferente de seu estágio anterior, não recebeu bolsa, mas preferiu ter novas vivências profissionais.
por trás das escolhas do local de estágio obrigatório, conversamos com duas
Ela alerta os futuros estagiários de RP na modalidade obrigatória: “é impor-
alunas-estagiárias: Madiciane Teixeira e Milena Soares. Para Madiciane, aluna
tante buscar novas experiências e, se puder, se arriscar, porque, de fato, só se
do 8º período do Curso de Relações Públicas da UFMA, há fatores que interfe-
aprende a prática de comunicação em estágios curriculares não-obrigatório e
riram diretamente na escolha do campo de estágio. Seu estágio não-obrigatório foi na ASCOM/UFMA e, por isso, optou por continuar nesse setor, ainda recebendo bolsa pelo estágio no valor de 400 reais. Com a mudança da modalidade de estágio – de não-obrigatório para
obrigatório”. Priscila Dias Rayane Ayres
Desde o primeiro semestre de 2019 tramita no Congresso Nacional a reforma da Previdência (PEC 6/2019) aprovada em primeiro turno pela Câmara de Deputados, que pretende se materializar em 12 anos, prevendo três regras de transição no Regime Geral de Previdência Social (RGPS): uma pelo sistema de pontos (idade + tempo de contribuição); outra por idade; e uma terceira para os que estejam há dois anos ou menos de se aposentar. Para profissionais que ingressam no mercado de trabalho hoje, em empresas privadas, como é o caso da maioria dos profissionais de Relações Públicas (RPs), há a necessidade de pensar em aderir a planos de previdência privada. Os planos de previdência privada, atualmente, são por solidariedade e em duas modalidades: PGBL e VGBL. O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) tem como principal característica a dedução no cálculo do imposto de renda para uma contribuição de até 12% da renda total tributável. O VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é vantajoso para quem faz a declaração de imposto de renda simplificada e não tem muito a deduzir na declaração. Segundo o economista Héric Hossoé, ex-presidente do CORENCON (Conselho Regional de Economia) e chefe do Departamento de Economia da Universidade Federal do Maranhão, “o que muda com a proposta apresentada à Câmara de Deputados é o regime de solidariedade, que passaria a ser de capitalização. No sistema de solidariedade temos três fontes de investimentos: o empregador, o empregado e o governo, sendo que uma geração vai contribuindo para a aposentadoria da outra geração”.
Para Wesley Veras, 30, bacharel em Relações Públicas pela Universidade Federal do Maranhão, Analista de Comunicação na EBC (Empresa Brasil de Comunicação), a previdência privada é uma forma de diversificar seus investimentos. Ele resolveu aderir ao regime de capitalização logo que assumiu seu cargo por força da Lei 12.618, de 30 de abril de 2012 que instituiu previdência complementar para servidores públicos. “Acho importante que os profissionais de Relações Públicas tenham esta alternativa,
inclusive porque o nosso mercado é feito de atividades temporárias, de profissionais que atuam como autônomos, no setor privado, outros profissionais abrem empresas para oferecer seus serviços investindo no empreendedorismo”, afirma Wesley. A preocupação com a aposentadoria é maior para os profissionais de RP que atuam no setor privado. Ana Leite, 30, bacharel em Relações Públicas pela Universidade Federal do Maranhão, por exemplo, após anos atuando no setor privado, seja como pessoa física ou pessoa jurídica, por meio de contratos temporários, somente há um ano teve sua carteira assinada pela primei-
ra vez. “Eu sempre soube que não estava contribuindo com a previdência, e sempre tive esta preocupação”, lembra Ana. Depois de dois anos pesquisando quais seriam os planos de previdência privada que ofereceriam o melhor rendimento para sua aposentadoria, ela optou por investir diretamente no Tesouro Nacional de 2035, através de uma corretora de seguros. “Após minha pesquisa constatei que os modos de capitalização dos bancos tradicionais não faziam muito sentido para mim, e não renderiam o quanto eu gostaria”. Segundo ela, “o profissional do setor privado precisa estar atento às opções de investimento para garantir uma renda no futuro fazendo uma continha básica: com quantos anos quer se aposentar, quanto quer receber a partir dessa data e quanto precisa contribuir para atingir esse objetivo”. Ana afirma que a leitura do cenário econômico sobre a reforma da previdência foi fator que motivou sua busca por investimentos. Além do Tesouro Nacional, ela investe também no CDB (Certificado de Depósito Bancário) e no CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Na prática, caso o profissional de RP decida investir em previdência privada, é necessário atentar para a portabilidade do plano, a taxa de carregamento e administração, a forma de tributação e sua rentabilidade. Detalhes que Wesley Veras e Ana Leite levaram em conta. Ravyane Mendes
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RPs aderem a planos de previdência privada para complementarem aposentadoria
Agência de RP na Califórnia e mercado de bebidas Entrevista
Seleção de vinhos na adega Empório Fribal/Foto: Jasmyne Calixto
Com o slogan “A equipe certa oferecendo os serviços de marketing de bebidas e experiência que sua empresa precisa!”, a Balzac Communications & Marketing, localizada na Califórnia, EUA, gerencia a comunicação de vinícolas e órgãos controladores no mercado de vinhos não somente dos Estados Unidos, mas em diversas partes do globo, como França e Austrália. Representou a Grand Cru de Bordeaux, a Vina Ardanza (controlada pela La Rioja Alta SA), a Baron Philippe de Rothschild e a Constellation Wines e a Wente Vineyards (o principal nome no mundo dos vinhos Chardonnay na California). O presidente da agência, Mike Wangbickler, nos conta a respeito da trajetória do negócio, seus obstáculos e vantagens no mercado. MERCADO RP: Como surgiu a ideia de montar uma agência de Relações Públicas voltada somente para este mercado?
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MIKE: Paul Wagner fundou a agência em 1991, depois de trabalhar dentro de várias vinícolas. Na época, havia poucos profissionais de Relações Públicas independentes, e Paul viu uma necessidade no mercado mundial. A Balzac nasceu para preencher essa necessidade. Desde então, a agência evoluiu para oferecer uma gama completa de serviços de marketing para o negócio de bebidas. MERCADO RP: Houve obstáculos no início? Como foram superados?
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MIKE: Nós fundamos a agência em 1991. Isso foi há muito tempo, então
é difícil dizer. Acredito que o maior obstáculo, que permanece até hoje, é convencer os clientes da necessidade do conhecimento e experiência da agência e do valor desses serviços. Superar este obstáculo é apenas uma questão de diálogo e construção de confiança. Trabalhamos em um negócio de relacionamento e temos desenvolvido esses relacionamentos com muitos líderes do setor.
MIKE: É difícil medir o impacto direto dos programas de marketing nas vendas do negócio de vinhos nos EUA. Devido ao nosso modelo de distribuição, há uma desconexão entre a compra do consumidor e o programa de marketing. Somos, portanto, forçados a usar métricas de proxy para medir o sucesso. Número de visitantes do site, inscrições de eventos, artigos escritos etc.
MERCADO RP: Que tipo de serviços a Balzac oferece? O que a diferencia das demais agencias?
MERCADO RP: Como as vinícolas com as quais você trabalha interagem com os compradores globais?
MIKE: Oferecemos uma gama de serviços de marketing que incluem relações públicas, estratégia de marketing, gerenciamento de eventos, publicidade, design gráfico, marketing digital, email marketing, marketing de conteúdo e automação de marketing. Ajudamos as empresas a preencherem uma lacuna de habilidades dentro de sua organização. Nós diferimos de outras agências em nossa implementação das atuais tecnologias de marketing e somos orientados por dados em nossos programas.
MIKE: Isso é variável. Grande parte da interação direta ou ativa acontece via redes sociais ou marketing via e-mail. A interação indireta ou passiva acontece por meio da promoção do produto em lojas e do design de embalagem.
MERCADO RP: O que mudou para as vinículas que contrararam os serviços da agência? MIKE: Houve aumento de consciência de marca, melhor interação com o cliente e estratégia de marketing mais eficiente. MERCADO RP: O negócio do vinho melhorou com a estratégia de comunicação da agência? Existe algum dado?
MERCADO RP: Quais são os desafios de uma agência focada apenas em um mercado específico? MIKE: Nós enxergamos isso de outra maneira. Ao focar em um nicho específico, podemos oferecer um nível mais alto de conhecimento e serviço aos nossos clientes visto que conhecemos o negócio melhor do que eles. As agências generalistas estão se tornando menos comuns, já que não costumam atender às necessidades específicas de seus clientes. Jasmyne Calixto