MERCADO RP, Ano VIII, nº 16, Agosto a Dezembro de 2018, ISSN 2175-2966

Page 1

MercadoRP

NEWSLETTER

ISSN 2175-2966

Desde 2008

Publicação Semestral dos Alunos de Relações Públicas • Ano VIII • nº 16 • Agosto a Dezembro de 2018

MAIS: Negócio de comunicação digital fatura 2,5 mi • RP cria startup em Portugal • Blend de RP e Gastronomia • RP chefia ASCOM da UFMA


EDITORIAL

Desde 2008, temos acompanhado as mudanças na profissão de Relações Públicas. O bom e velho “gerenciador de crises” cedeu lugar para temáticas que acompanham as tendências globais e os mercados emergentes. A versatilidade se tornou o diferencial para este profissional. Tal cenário exige um constante aperfeiçoamento que inclui cursos alternativos e a tradicional pós-graduação, de modo que a profissão se atualiza constantemente, sem perder a sua essência. Nesta edição de 10 anos do Mercado RP procuramos ir além da visão tradicional construída sobre o relações-públicas, para explorar as novidades e os novos mercados na área de RP. Com isso, iniciamos a newsletter com o caso de sucesso da marca Orna oriunda do empreendedorismo digital. Nesta onda de inovação, apresentamos uma gama de informações sobre o Mestrado Profissional em Comunicação da UFMA, aprovado pela CAPES em setembro de 2018. Destacamos também outras três experiências em RP: a startup de RP em Lisboa, a atuação do RP em uma área pouco explorada, porém muito lucrativa, a gastronomia e a chefia de um RP na ASCOM da UFMA depois de 21 anos. Que a leitura deste número lhe seja útil! Desejamos a todos uma excelente leitura! Equipe Mercado RP Lucas Tomaz e Maria Cristina

NEWSLETTER É um periódico enviado a um público específico de uma organização.

EXPEDIENTE Universidade Federal do Maranhão Curso de Comunicação Social – Relações Públicas Reitora: Profª Dra. Nair Portela Silva Coutinho Vice-Reitor: Prof. Dr. Fernando Carvalho Silva Diretora do CCSo: Profª Dra. Lindalva Martins Maia Maciel Chefe de Departamento: Prof. Me. Carlos Benedito Alves da Silva Junior Coordenadora de Curso: Profª Me. Luiziane Silva Saraiva

Mercado RP

2

Editora: Profª Dra. Luciana Saraiva de Oliveira Jerônimo Projeto Gráfico: Larissa Régia Ramos da Silva Diagramação: Brenna Santos Freire Revisão Textual: Profª Dra. Jovelina Maria Oliveira dos Reis Orientação Fotográfica: Mary Áurea de Almeida Costa Everton Foto da capa: Laryssa Mendes de Oliveira Selo comemorativo 10 anos: Justhon Monteiro Silva

Equipe: Ana Lídia Sousa de Oliveira Anna Rafaella Santos Nunes Edivilson Silva Vieira Lucas Tomaz Nunes Maria Cristina Silva Paula Vitória Rocha de Oliveira Thiago Kalebe Lima Diniz

E-mail: mercadorp.comunicacao.ufma@gmail.com Endereço: Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências Sociais – CCSo, Departamento de Comunicação. Av. dos Portugueses, 1966 – Cidade Universitária Dom Delgado Bacanga – CEP 65080-805 São Luís - MA.


TUDO ORNA fatura 2,5 milhões como negócio de comunicação digital em 2018

para quem deseja se inserir no mercado competitivo. De acordo com uma pesquisa realizada pela E-bit, em 2016, empreender digitalmente mudou a concepção e o modo de fazer um negócio lucrativo. Atualmente, 94% dos usuários da internet buscam produtos e serviços no ambiente virtual, iniciativa que estimula muitas pessoas a tirarem suas ideias do papel e executá-las. Entretanto, assim como no ambiente presencial, empreender digitalmente tem seus desafios. Cabe ao empreendedor investigar suas potencialidades e fraquezas, sabendo gerir qualquer possível crise que possa acontecer. Diante disso,

to de nossos clientes e precisamos criar um relacionamento real on-line. Investimos muito nisso porque é essencial”, relatam as irmãs. O blog Tudo Orna surgiu como um hobby, por meio do qual elas compartilham seus conhecimentos e dicas sobre moda. Entretanto, seu público foi muito além do conteúdo compartilhado por elas e começou a enxergá-las como uma inspiração, consequentemente, tornando-as digital influencers. “No começo da nossa carreira, com o blog, as pessoas viviam nos perguntando sobre tudo que usávamos. Começamos a perceber

que elas não queriam aqueles produtos apenas por serem bonitos ou de marcas bacanas. Mas o interesse delas iam além, elas realmente criaram um lifestyle em torno de nós e vimos uma oportunidade de comercializar”, afirma Débora Alcântara. Além do blog, as irmãs administram a marca de acessórios Orna, o Orna Makeup, o curso de empreendedorismo digital Efeito Orna e o espaço físico Orna Café. Boa parte do sucesso que o Tudo Orna alcançou é fruto do olhar estratégico de uma das criadoras: Débora Alcântara, que é Relações Públicas, formada pela PUC-PR, e pós-graduada em Marketing Digital pela FAE. Ela foi eleita em 2018 como uma das vinte pessoas mais influentes do LinkedIn, rede social voltada para assuntos profissionais e mercado de trabalho. E foi por meio dessa rede social que ela, espontaneamente, começou a desenvolver o blog. Débora acredita que seu papel de relações-públicas foi um fator essencial para a expansão da marca. Ela afirma: “O curso de RP abriu minha mente para diversas coisas e me ajudou muito em meu papel como empreendedora. Nós trabalhamos com pessoas e estudar as relações humanas me fez aprender a lidar, seja com nosso público das redes sociais, do blog, nossos clientes on-line e nossos clientes do café. São relações diferentes e, como empreendedora, preciso estar muito atenta a isso”. Lucas Tomaz Maria Cristina

3

O empreendedorismo digital no Brasil vem se tornando uma alternativa de baixo custo de investimento inicial

as três irmãs viram uma oportunidade de negócio e, mesmo contra todas a possibilidades, investiram nesse meio desde 2010. O que não estava no roteiro de suas vidas, tornou-se sucesso. O blog Tudo Orna abriu um leque de novas possibilidades para essas investidoras. Elas contam que a internet foi sua maior aliada no universo do empreendedorismo. No caso da marca Orna, a internet trouxe mais benefícios do que dificuldades. “Mas um ponto que procuramos trabalhar bastante é quanto a humanização da marca. As telas causam um maior distanciamen-

Mercado RP

Ao ultrapassar as barreiras físicas, o empreendedorismo integrou-se ao ambiente digital, expandindo as possibilidades de negócios e levando as pessoas a pensar “fora da caixa”. Surfando nessa onda, as três irmãs curitibanas Bárbara Alcântara (designer e comunicóloga), Débora Alcântara (relações-públicas) e Julia Alcântara (designer) inovaram na forma de empreender e lucraram 2,5 milhões de reais em 2018 com suas marcas.

Fotografia: Arquivo Pessoal Tudo Orna


Mestrado Profissional em Comunicação da UFMA/São Luís, autorizado pela CAPES, começa em agosto de 2019 Em Outubro de 2018, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) teve dois novos mestrados em Comunicação aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e, entre eles, o Mestrado Profissional (MP) em Comunicação, do Departamento de Comunicação Social do Campus Dom Delgado, em São Luís. O MP em Comunicação começa suas atividades em agosto, com área de concentração em “Processos e Produtos Midiáticos” dividida em duas linhas de pesquisa: Comunicação Institucional e Mercadológica e Jornalismo, Convergência e Inovação. O coordenador do mestrado, professor doutor José Ribamar Ferreira Júnior, do curso de Comunicação Social da UFMA, destaca que a aprovação do mestrado vem atender às necessidades mercadológicas do estado a partir do perfil dos profissionais e alunos egressos dos cursos de Comunicação do Maranhão. Mercado RP

4

O Mestrado Profissional (MP) é uma modalidade de pós-graduação stricto sensu, regulamentada pela Portaria MEC nº 389, de 23 de março de 2017 e pela Portaria CAPES nº 131, de 28 de junho de 2017 que visa articular a univer-

-coordenadora do MP em Comunicação da UFMA/São Luís, destaca que “a maior diferença entre o mestrado acadêmico e o mestrado profissional é que no mestrado profissional o aluno pode entregar como produto final aplicável, algo que vai além de uma dissertação”. Li-Chang Shuen informa que “não existe qualquer hierarquia, não existe qualquer diferença valorativa [entre] quem conclui mestrado acadêmico e quem conclui mestrado profissional. Os dois fazem parte de um programa de pós-graduação do mesmo jeito, com a mesma possibilidade para ingressar no doutorado”.

sidade e os setores produtivos, solucionando problemas, gerando e aplicando processos de inovação em comunicação e, a partir disso, agregar competitividade e aumentar a produtividade às organizações públicas e privadas. A professora doutora Li-Chang Shuen Cristina Silva Sousa, vice-

De acordo com os dados disponibilizados pela Plataforma Sucupira – ferramenta que auxilia o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) com a coleta de dados e análises de informações – existiam 9 programas com Mestrado Profissional na área de Comunicação avaliados pela CAPES, até 2017, no país. São eles: Jornalismo da UFPB-PB (2013), Comunicação da UCB-DF (2013), Tecnologia, Comunicação e Educação da UFU-MG (2013), Jornalismo da UNIFIAM-FAAM-SP (2015), Produção Jornalística e Mercado da ESPM-SP (2016), Criação e Produção de Conteúdos Digitais da UFRJ-RJ (2016), Comunicação e Indústria Criativa


da UNIPAMPA-RS (2017), Industria Criativa da UNICAP-PE (2017), Comunicação de Interesse Público da USCS-SP (2017). Em 2018, a CAPES aprovou apenas o Mestrado Profissional em Comunicação da UFMA/São Luís na 179ª Reunião do Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES), ocorrida em 27 de setembro de 2018.

sar dos Santos, Éllida Neiva Guedes, Flávia de Almeida Moura e Ramon Bezerra Costa.

Completando 48 anos de existência em 2018, o curso de Co-

alunos selecionados cursarão 5 disciplinas voltadas às

municação Social da UFMA já teve duas propostas de mestrado

linhas de pesquisa: Comunicação Institucional e Merca-

submetidas à avaliação da Capes sem sucesso nos anos de 2012

dológica e Jornalismo, Convergência e Inovação. Para

e 2015, sendo as duas na modalidade acadêmica. Em 2018, a proposta da UFMA foi a única aprovada pela Capes na área de Comunicação na modalidade profissional. Ferreira Junior reforça que um dos motivos para aprovação do MP foi a qualificação dos professores que compõem o corpo docente do Departamento de Comunicação Social da UFMA, que obtiveram um aumento considerável em publicações e, consequentemente, um aumento da produtividade docente do curso,

concluir o MP cada aluno deverá desenvolver um produto de comunicação oriundo de uma das duas linhas de pesquisa.

fator que contribui para a aprovação ou não das propostas de novos cursos submetidas a CAPES.

(inglês, francês ou espanhol). A primeira turma iniciará suas atividades em agosto de 2019. A previsão é de que os primeiros produtos do MP em Comunicação sejam apresentados para avaliação final a partir de agosto de 2021. A seleção para ingresso no MP será anual.

01/2019 – UFMA foram oferecidas 15 vagas para a

A seleção para o MP em Comunicação contém: Prova Escrita de Conhecimentos (de caráter eliminatório), Análise do Projeto de Pesquisa (de caráter eliminatório), Prova Oral (de caráter eliminatório) e Prova escrita de compreensão textual em língua estrangeira

A aprovação do mestrado vem atender às necessidades mercadológicas do estado

Edivilson Silva Vieira Paula Vitória Rocha de Oliveira

5

primeira turma do MP em Comunicação para 2019. Os

Mercado RP

O corpo docente do mestrado, nesse primeiro momento, será composto por oito professores do Departamento de Comunicação Social da UFMA: José Ribamar Ferreira Júnior (coordenador do curso), Li-Chang Shuen Cristina Silva Sousa, Marcelo da Silva, Márcio Carneiro dos Santos, Protásio Cé-

Ferreira Junior destaca que no EDITAL PPPGI Nº


RP cria startup portuguesa e abre espaço para estágio internacional Facebook, Netflix, Airbnb e Google são algumas das grandes e milionárias empresas que começaram apenas como uma startup. O termo startup está ligado à área de iniciativas de tecnologia. Significa desenvolvimento de um modelo de negócio estável, dentro de um mundo cheio de incertezas. No campo da comunicação, não poderia ser diferente. Um exemplo disto é a We Love Social, uma startup de Relações Públicas localizada em Lisboa e fundada por Andreia Almeida, licenciada em Relações Públicas pelo Instituto Superior Maia (ISMAI). Andreia fundou a We Love Social em 2015, que surgiu como a primeira Agência de Relações Públicas especializada em potencializar a comunicação entre empresas e seus públicos através das redes sociais digitais. “O que me fez ter vontade de fundar a empresa foi por um lado, a lacuna existente no mercado de um projeto deste gênero, e por outro, de uma vontade crescente de ter um projeto próprio, que ajudasse as empresas portuguesas a terem mais resultados”, explica Andreia.

Mercado RP

6

Por se tratar de uma startup, o quadro de funcionários da We Love Social é pequeno e se restringe a apenas 3 funcionários: Milene Mendes (web designer). Vasco Ferraz de Oliveira (consultor técnico e programador) e a própria Andreia Almeida (relações-públicas). “A metodologia e-PR da nossa agência assenta não só na otimização de estratégias de comunicação com recurso a instrumentos 2.0, mas acima de tudo, na personalização e relacionamento com os diferentes públicos. A forma como estabelecemos pontes de contato frequente com os nossos clientes, como fazemos parte da sua equipa e vestimos a camisa para as suas necessidades, ao mesmo tempo que expomos as necessidades dos seus públicos, de forma a permitir um crescimento do seu leque de oferta em quantidade e qualidade, tem sido sempre muito bem recebida e tem-nos permitido manter uma grande taxa de retenção com quem trabalhamos. Esta foi e é a nossa estratégia para o sucesso, e onde primamos pela diferença”, declara Andreia. Além dos três funcionários já citados, a empresa recebeu também um estagiário: o brasileiro Filipe Lago.

Fotografia: Arquivo Pessoal We Love Social

Portugal está ganhando cada vez mais destaque quando o assunto é estágio internacional. O país tem sido uma das opções mais acessíveis para estudantes que buscam ter experiência profissional no âmbito internacional, e este é o caso de Filipe Lago, graduando do curso de Relações Públicas da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que estagiou durante 3 meses na We Love Social, em Lisboa. Sobre ter estagiários brasileiros dentro de sua startup, Andreia conta que as expectativas foram sempre correspondidas na experiência que tivemos. “Observamos um interesse crescente pela nossa área de atuação, fruto não só de uma boa preparação acadêmica, mas também pela forma como recebemos o estudante, enquadrando-o na nossa metodologia do dia-a-dia e forma como trabalhamos”. Perguntado sobre como foi a sua experiência, Filipe a descreve de forma muito positiva: “[Foi] Maravilhosa! Poder colocar em prática aquilo que a academia nos ensina em uma empresa internacional é formidável”. E complementa: “além dos ganhos curriculares que um estágio internacional pode trazer para um graduando, a experiência de vida é inenarrável: conheci pessoas de outros países, de línguas diferentes, culturas diferentes, que me ensinaram a ver o mundo de outra forma, um olhar

para as pequenas coisas que sempre valorizei e, hoje, valorizo ainda mais”. “Enquanto a maioria das pessoas no mundo dos negócios já aceitou a importância de uma presença digital, muitos ainda não entendem os seus termos. Considero que o futuro do mercado das Relações Públicas passará necessariamente pelo acompanhamento da vertente tecnológica, mas também pela humanização e personalização da atividade junto aos diversos públicos. Para sobreviver e ter sucesso, as empresas precisam não só de se relacionar com os seus públicos, mas acima de tudo construir relações de confiança com os mesmos. Para que isso aconteça, a mentalidade de venda e comunicação unidirecional tradicional deve, portanto, ser combatida em favor de uma nova abordagem mais sintonizada com as necessidades reais dos clientes. O paradoxo de futuro será massivamente potencializar as relações com os seus públicos, mas acima de tudo nivelar a comunicação de um-para-um, direcionar os seus clientes, conquistá-los estabelecendo um relacionamento confiável e constantemente adaptando a sua oferta às suas necessidades”, reafirma Andreia.

Thiago Kalebe Lima Diniz


Mercado RP 7

RP e Gastronomia, o blend da cozinha com a comunicação


Após 21 anos, professor de Relações Públicas chefia a ASCOM da UFMA Fotografia: Ana Oliveira

Após 21 anos, a Universidade Federal do Maranhão tem um relações-públicas na chefia da Assessoria de Comunicação. No segundo semestre de 2018, o professor doutor Marcelo da Silva, do Departamento de Comunicação, aceitou o convite da reitora, professora Nair Belo, para ser o assessor-chefe da ASCOM/UFMA. Com o desafio de lidar com a comunicação formal dessa Fundação Pública – que possui em seu quadro cerca de 1820 docentes, 1760 técnicos-administrativos, 26.500 alunos e 9 campi e estruturas de comunicação que inclui Gráfica, Emissora de Rádio, Editora e TV Universitária que não estão integradas - o professor Marcelo pensa na materialização do processo de Comunicação Integrada, de fato. A partir da publicação da portaria que cria o Núcleo Integrado de Comunicação – NIC, ele imagina poder desenhar uma Política de Comunicação que dê conta das necessidades e obrigações da UFMA na relação entre comunicação e interesse público.

Mercado RP

8

Para o assessor-chefe da ASCOM/ UFMA, é importante pensar ações de educação para comunicação, “para que os sujeitos entendam a comunicação como ela deve ser, não como eles gostariam que ela fosse. E isso envolve uma série de posicionamentos que a gente precisa ter como, por exemplo, respeitando a pluralidade de pessoas e respeitando também a nós mesmos, pois temos uma formação robusta. A gente não detém

todo o conhecimento sobre comunicação, porém a gente detém conhecimentos sobre técnicas que outros profissionais desconhecem”. A Assessoria de Comuniação da UFMA é uma estrutura em crescimento. Hoje, é composta por três núcleos: Imprensa/ Web, Rádio TV e Relações Públicas/ Cerimonial. Atualmente, 33 bolsistas desenvolvem atividades na ASCOM. O professor Marcelo, que considera ser a ASCOM um lugar onde os estudantes produzem seus portfólios, declara: “é interessante, conversei com os outros diretores e o mercado está cheio de gente que passou por aqui, que contribuíram nesse lugar, que entenderam que eles poderiam ser protagonistas”. A assessoria recebe estagiários curriculares e bolsistas. Para o estágio curricular são oferecidas três vagas para cada curso. Em relação à comunicação externa, Marcelo pontua: “Nós não precisamos de mídia de massa para produzir uma boa visibilidade institucional, para isso temos nosso público interno. O desafio da instituição é desenvolver um sentimento de pertencimento”. Há uma preocupação com os fluxos de informação e de comunicação entre os diversos campi. Internamente, quando se fala de valor notícia para a ASCOM, Marcelo diz: “ há valor quando a pesquisa é uma resposta social relevante; quando a pesquisa, por exem-

plo, atinge um grupo maior de pessoas dentro de uma sociedade”. Em relação à participação técnica dos profissionais e estudantes de Relações Públicas na ASCOM/UFMA, sem reduzir a importância do trabalho com eventos institucionais e o cuidado com o Cerimonial Público, ele posiciona-se defendendo um trabalho mais intenso articulado com a área de Recursos Humanos “não só para capacitar, mas para sensibilizar esse público de sustentação [os técnicos-administrativos], que é também um agente público responsável pela realização da missão institucional”, afirma professor Marcelo. Finalizando a conversa com a newsletter Mercado RP, ele lembra que durante a formação do Relações Públicas “é importante qualificar-se ao longo da sua própria jornada; abraçar as oportunidades que surgirem; assumir o protagonismo do seu próprio processo de formação. Nele, a universidade tem 30% de participação, os 70% restantes é desse protagonismo, mesmo para aqueles com poucas condições e com dificuldades de várias ordens”. Resumindo, “é buscar a competência técnica, ciente que precisa desenvolver habilidades para lidar com diversidades e com discur-

sos discordantes, mesmo de um chefe”, disse Marcelo. Anna Rafaella Santos Nunes


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.