Sejam bemvindos à UFSC! No momento em que vivemos, as elites do país deixam cada vez mais claros seus interesses em destruir a soberania nacional, e, com isso, o ensino superior público. Bolsonaro e todos os interessados na destruição dos direitos da classe trabalhadora não têm interesse nenhum em defender o direito ao estudo e o acesso à educação pública, gratuita e de qualidade. Acham que temos universidades públicas demais, que os trabalhadores têm férias demais, que nosso país precisa entregar suas riquezas com mais facilidade. Querem que aceitemos essa agenda como se fosse inevitável, como se a ordem natural das coisas fosse que nós, estudantes brasileiros, fôssemos apenas os operadores da política pensada no estrangeiro, uma política de submissão que nos lega condições subumanas de vida. everemos estar prontos durante este ano para responder à altura
cada uma das agressões que poderão vir. Se querem vender as universidades ou cobrar mensalidades, devemos estar fortemente entrincheirados em nossas entidades de base, em nosso DCE, para mostrar para os “de cima’’ que não seremos atacados sem contra-atacar. É também nosso dever como estudantes lutar para que este projeto de país não vingue, assim como mostrar para o povo com nosso trabalho, estudo e com nossas lutas, que é possível fazer frente a esse modelo de vida miserável e também construir alternativas soberanas, independentes e que melhorem as condições de vida da população! O Diretório Central dos Estudantes Luís Travassos da Universidade Federal de Santa Catarina deseja um ano feliz, de muitas lutas, conquistas e aprendizados para todos os estudantes!
Entrar na universidade é sempre motivo para comemorar, e pretendemos comemorar com vocês esse momento tão importante na vida dos novos estudantes. Os projetos de pesquisa, a biblioteca, as festas, a chance de conviver com pessoas que estudam as mais diversas áreas do conhecimento: são várias as oportunidades que a universidade apresenta de ampliação dos horizontes. Mas, para além das comemorações, entrar na universidade é também um momento de enfrentar as várias contradições aqui presentes. Uma delas diz respeito ao estranhamento entre a universidade e o conjunto da sociedade. Para os estudantes de origem pobre isso já é bastante evidente. Muitos de nós somos a primeira geração de nossas famílias a entrar em um curso superior público. Ainda hoje, a maioria da juventude pouco sabe sobre a universidade, e grande parte jamais pisou nela. Podemos dizer que, na visão dos trabalhadores em geral, a universidade é um lugar de uma elite de doutores muito distantes da sua realidade. E há um fundo de verdade nisso tudo: desde o princípio, a universidade se esforça para estar o mais distante possível da grande maioria da população brasileira. E mesmo quando os filhos da classe trabalhadora aqui ingressam, são incentivados a se afastar de suas origens, rumo à ascensão social, tipicamente liberal e meritocrática, sem nem cogitar usar todo o conhecimento apreendido e formulado na univer-
sidade em prol de sua classe - aquela que literalmente os financiou. É preciso reconhecer que as cotas, e a expansão da universidade de modo geral, abriram diversas brechas no elitismo universitário, e muitos dos que entram hoje estão longe de pertencer a essas camadas. Ainda assim, grande parte da juventude trabalhadora que se matricula no ensino superior jamais consegue se formar. Os anos dentro da universidade se tornam uma guerra pela permanência estudantil, e contra nós está uma estrutura universitária antiga, que data dos tempos da ditadura militar e foi feita pela classe dominante para sua própria manutenção. Frente a isso, nossas tarefas enquanto estudantes engajados em transformar a universidade são enormes. Essa luta passa por garantir nossa permanência e a possibilidade de terminar nossos cursos, defender a universidade contra os projetos de privatização e precarização de todo o patrimônio público, mas também por mudar fundamentalmente a relação entre ensino superior e sociedade, rompendo os muros da universidade e nos aliando às lutas populares mais amplas, pela emancipação humana. É papel do DCE, assim como dos Centros Acadêmicos, estar presente no cotidiano de todos e todas estudantes!
o Verdadeiro ou Falso DO MOVIMENTO ESTUDANTIL Quando alunas e alunos se mobilizam para conseguir alguma coisa que seja de interesse coletivo, elas e eles estão construindo Movimento Estudantil (ME). Essas conquistas podem ser no âmbito de seus próprios cursos, de seus departamentos, de toda a universidade ou mesmo a nível nacional. O ME se torna necessário uma vez que a democracia da universidade não inclui a categoria estudantil como deveria - e, mesmo que incluísse, seria uma maneira de nos fortalecermos dentro dela. Para se ter uma ideia, apenas 12.8% das cadeiras do Conselho Universitário (CUn), um dos maiores órgãos deliberativos da UFSC, são ocupadas por estudantes, que são a maior parte da comunidade universitária. A representação não é nem um pouco proporcional. Além disso, em muitas eleições o peso dos votos das alunas e dos alunos é reduzido. No meio das tensões dentro da universidade entre diversos grupos, acabamos ouvindo comentários a respeito do ME que... bom, não são exatamente verdade. Para tentar elucidar os fatos, vamos responder alguns desses comentários, classificando-os como Mitos ou Verdades:
Quem é do Movimento Estudantil não quer saber de estudar - Falso A carga de estudos de qualquer curso é bem grande e nos exige longas horas do dia. Mesmo assim, todos nós encontramos tempo para diversos outros compromissos: trabalhar, cuidar de casa, muitas vezes cuidar de filhos ou parentes, praticar esportes, namorar ou se engajar no Movimento Estudantil. Muitos de nós fazem isso para poder continuar estudando. Por exemplo, em 2011, a mobilização de alunos conseguiu aumentar a Bolsa Permanência fornecida pela UFSC de R$ 364 para R$ 420. Sem esse dinheiro, muita gente não teria condições de continuar em outra cidade cursando o Ensino Superior. É a necessidade que impulsiona o ME e traz novos estudantes à luta.
O Movimento Estudantil serve para fazer festa - Verdadeiro O Movimento Estudantil também serve para fazer festa, mas não só, como já falamos no tópico sobre as conquistas. Elas são importantes porque são uma das formas de financiar o ME, através da venda de bebidas e comidas. Além disso, a diversão é essencial para nossa saúde mental, e como nem todo mundo tem acesso aos bares e boates que cobram entradas e consumações extremamente caras, as festas, normalmente realizadas nos campi, são uma forma de levar o entretenimento a todo mundo, e não só a quem puder pagar.
No Movimento Estudantil só tem baderneiro - Falso Lembra das tensões que falamos entre grupos com interesses diversos? O termo “baderneiro” é, com bastante frequência, usado para deslegitimar pessoas que lutam contra os interesses da classe dominante. Ao dizer que alguém é “baderneiro”, automaticamente se desvaloriza a pessoa e se tira a chance de ela dizer o que tem pra dizer. O Movimento Estudantil não é composto por baderneiros, e sim… por estudantes!
O Movimento Estudantil nunca conquistou nada - Falso Historicamente, o ME possui muitas conquistas em universidades de todo o país. Na UFSC, na década de 60, foram os estudantes que conquistaram o RU, e no início eram eles que o administravam! Em 1979, o nosso DCE chamou o ato que culminou na Novembrada, parte importante da luta popular contra a ditadura militar. E muitos são os exemplos de conquistas recentes, em que os estudantes da UFSC conseguiram: barrar o corte de vagas e adiar uma reforma curricular que não possuía aprovação estudantil no curso de economia; criar, praticamente sozinhos, um currículo atualizado para o curso de jornalismo e uma ementa de disciplina para discutir Jornalismo e Gênero; impedir, durante anos, a separação do curso de história entre bacharelado e licenciatura; reformar o currículo do curso de cinema a partir de uma greve estudantil; garantir o funcionamento do Restaurante Universitário durante as férias de 2017 para 2018; conseguir que os votos de estudantes valessem o mesmo que o de professores nas instâncias do Centro de Ciências Humanas… e por aí segue!
No Movimento Estudantil, há partidos políticos - Verdadeiro A política estudantil é realizada por um número muito grande de pessoas que não são vinculadas a nenhum partido, mas também existem partidos, juventudes de partidos e organizações políticas não partidárias. E tudo bem! O agrupamento de pessoas que possuem interesses e ideias em comum com os nossos é uma forma de fortalecermos nossas lutas e reivindicações, além de ser um instrumento absolutamente democrático.
O Movimento Estudantil se organiza a nível local e até nacionalmente por suas entidades. São instrumentos de luta forjados na trajetória do ME e que fazem parte da história de todo o país. Localmente, cada curso possui um Centro Acadêmico. Os CAs são entidades de base, nas quais estudantes dos cursos se reúnem regularmente para discutir a situação do curso e de toda universidade, ou mesmo fora dela, e organizar atividades. São as entidades com maior potencial para identificar as demandas locais e articular as alunas e alunos de um mesmo curso, a fim de que possam conquistar suas reivindicações. Além dos Centros Acadêmicos, existe o Diretório Central dos Estudantes, que engloba os estudantes de todos os campi da UFSC. O DCE é um dos principais instrumentos de luta dos alunos e alunas, capaz de articular e orientar as reivindicações que dizem respeito a toda a comunidade universitária. A partir dele, estudantes podem reconhecer que há problemas em comum entre os centros, identificar possíveis soluções a partir de exemplos já aplicados em outras localidades e desenvolver conjuntamente o melhor projeto para a UFSC no âmbito de toda sua comunidade.
Existem ainda articulações a nível estadual e nacional do Movimento Estudantil. Historicamente, elas foram muito importantes para dar vitalidade e força à luta estudantil, unindo as reivindicações e lutas dos estudantes em diferentes universidades de Santa Catarina e de todo o Brasil. Para a representação estadual existe a União Catarinense das e dos Estudantes (UCE), e, para representação nacional, há a União Nacional dos Estudantes (UNE). Além da UNE, existem ainda as articulações nacionais por curso. É o caso das Executivas ou Federações de curso, como a EXNEEF (Educação Física), a DENEM (Medicina), a ENESSO (Serviço Social), a FEMEH (História), entre outras.
A UFSC possui uma estrutura burocrática de tomada de decisões sobre todos os assuntos que dizem respeito à vida universitária. Existem órgãos que discutem e deliberam sobre coisas que atingem a todos, e nós, estudantes, estamos presentes nesses órgãos por meio da representação discente. São os CAs e o DCE que, na maioria das vezes, indicam quais alunas ou alunos irão compor os Colegiados, Câmaras e Conselhos da universidade, para que possamos ter voz nas decisões tomadas. Infelizmente, a regra de representação indica que esses órgãos deliberativos tenham 70% de representação docente (professores) e os 30% restantes são divididos entre discentes e técnicos administrativos em educação, o que claramente não condiz com a quantidade de professores, estudantes e técnicos que existem na UFSC. É importante conhecermos as pessoas que são membros destes órgãos, assim sabemos quem está tomando as decisões que afetam nossas vidas. Com essa pouca representatividade, muitas vezes as decisões são tomadas sem levar em conta as colocações dos estudantes. Por isso, é importante não nos apoiarmos apenas nas representações que temos nos órgãos deliberativos, mas, muitas vezes, é necessária uma ampla mobilização estudantil para que sejam realmente ouvidas as nossas vozes e garantidos os nossos direitos!
iniciativas estudantis Ao longo da graduação, os estudantes são convidados a se envolver em uma grande variedade de atividades extracurriculares, dentre as quais se destacam as iniciativas estudantis. Uma iniciativa estudantil, como o nome sugere, é uma atividade que parte dos estudantes a fim de expandir as possibilidades de vivências dentro do ambiente universitário, seja por experiência prática do conhecimento, seja por atividades de integração, cultura e lazer, seja por complementar sua aprendizagem com ferramentas e conhecimentos além do seu próprio curso. Estas iniciativas permitem ao estudante envolver-se com diversos projetos e atividades que auxiliam a comunidade e o desenvolvem profissional e pessoalmente, auxiliando-o inclusive em habilidades como comunicação interpessoal e no trabalho em equipe. A grande maioria dos cursos de graduação da UFSC conta com pelo menos algum dos tipos de iniciativa estudantil que citamos abaixo. Informe-se e participe!
PETs Serviço Modelo Os Serviços Modelo são iniciativas estudantis que têm como objetivo oportunizar às e aos estudantes a experiência de planejar projetos e intervir junto à comunidade, propondo uma contínua ação colaborativa e crítica que torne efetivo o tripé da universidade pública - ensino, pesquisa e extensão. A atuação dos Serviços Modelo deve propiciar que a universidade abra suas portas à participação da comunidade, construindo projetos necessários em nossa cidade e estado, através do diálogo, instituindo uma prática dialética entre necessidades e saberes, tanto populares quanto acadêmicos. É preciso também que esta prática se dê pela relação de emancipação e não pelo assistencialismo, de maneira que os projetos elaborados e executados pelo Serviço Modelo possam não apenas suprir demandas, mas tornar os cidadãos autônomos e transformadores de sua realidade.
O PET, Programa de Educação Tutorial, foi criado pelo Ministério da Educação (MEC) e tem como objetivo principal desenvolver ações que promovam uma formação ampla e de qualidade às e aos estudantes envolvidas/os direta ou indiretamente com o programa, através de atividades de ensino, pesquisa e extensão. Além disso, esses trabalhos possibilitam uma troca de saberes entre a sociedade e o meio acadêmico, propiciando transformação social e enriquecimento do conhecimento científico. A UFSC possui 21 PETs, sendo que 19 são de cursos específicos (Letras, História, Pedagogia, entre outros) e 2 são interdisciplinares e de ações afirmativas (Conexões de Saberes).
Atléticas As Associações Atléticas Acadêmicas têm o intuito de fomentar a prática esportiva dentro dos cursos de graduação, bem como promover a integração dos estudantes do curso e da universidade como um todo. As atividades corporais são um dos aspectos fundamentais de uma vida saudável, e, pensando nisso, as atléticas promovem treinos para os mais variados esportes e campeonatos, tanto internos (dentro de seus cursos e centros),como da Copa CTC, quanto externos (para toda a universidade), como do campeonato InterAtléticas,
que ocorre anualmente e congrega atléticas de vários campi da UFSC. As atléticas, assim como os Centros Acadêmicos, também costumam promover atividades de integração entre os estudantes, como as recepções aos calouros, happy hours e festas do curso/para o curso. Mas é importante ressaltar que esses ambientes devem ser de lazer e acolhimento, e que qualquer falta de respeito às diferenças não deve ser tolerada. A reprodução de preconceitos e práticas de intolerância devem ser combatidas!
EJs As empresas juniores são iniciativas estudantis que promovem, por meio da atividade econômica, a vivência empresarial dentro da universidade. São projetos de extensão geridos por alunos da graduação, que, com orientação dos professores da universidade, realizam consultorias, projetos e serviços a pequenas empresas e microempreendedores individuais, a preços reduzidos. As empresas juniores não possuem fins lucrativos e o faturamento de seus projetos é revertido em capacitação para os membros da empresa, realização de congressos e viabiliza-
ção de ajudas de custo aos membros das EJs. A experiência da empresa júnior visa exercitar na prática o que é ensinado em sala de aula, colocando o conhecimento dos estudantes em contato com as demandas do mercado e da sociedade. Na EJ também é possível desenvolver conhecimentos e competências em gestão, estratégia, liderança, trabalho em equipe e oratória, por meio de reuniões, assembleias, planejamentos estratégicos e outras atividades inerentes ao cotidiano de uma empresa. A UFSC possui 22 empresas juniores federadas à FEJESC (Federação Estadual das EJs de Santa Catarina), sendo uma no campus Araranguá, uma no campus Blumenau, uma no campus Joinville, uma no campus do CCA, no Itacorubi, e 18 no campus Trindade. Cada EJ é voltada a um curso de graduação (como Engenharia Mecânica, Design, Nutrição) ou alguns cursos de áreas afins (congregando alguns cursos do Centro de Ciências Socioeconômicas ou do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas, por exemplo). Eventualmente, ocorre de Empresas Juniores prestarem serviços a grandes estabelecimentos empresariais e comerciais, que não necessitam recorrer a preços mais baixos. Nesses casos, a universidade deixa de auxiliar cidadãos e projetos mais necessitados, e infelizmente atua fortalecendo o mercado já consolidado. Essa é uma situação que devemos buscar mudar, enquanto estudantes preocupados em vincular o ensino superior às demandas da população que realmente precisa.
Bolsas: Pesquisa, Monitoria e Extensão
Pesquisa O conhecimento científico é produzido através de pesquisas, e, no Brasil, é nas universidades públicas que grande parte desse conhecimento é gerado, por meio de professores e estudantes que empregam esforços para criar novos saberes! Mesmo quando as pesquisas não ocorrem mediante concessão de bolsa, elas são desenvolvidas a partir da estrutura e da verba pública, e por isso devemos produzir pesquisas que gerem impactos, solucionem problemas e dialoguem com a sociedade que nos financia!
Além dos cursos de graduação e pós-graduação, o eixo de Ensino da UFSC conta com o NDI - Núcleo de Desenvolvimento Infantil, que conta com alunos de 0 a 5 anos e 11 meses -, e o Colégio de Aplicação, atendendo alunos do ensino fundamental e médio. Essas instituições são vinculadas ao Centro de Ciências da Educação (CED) e possuem uma excelente qualidade de ensino, além de auxiliar na formação de professores. O ingresso no NDI e no CA acontecem através de sorteios públicos regulamentados por editais lançados nos sites de ambos.
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) é um programa federal que busca ensinar aos estudantes como fazer uma pesquisa científica, orientados por um professor durante o período de um ano. Normalmente, tem como conclusão a elaboração de um artigo científico sobre o tema pesquisado. Existe o PIBIC voluntário, onde qualquer um pode, em acordo com o professor orientador, iniciar uma pesquisa, e existem as bolsas PIBIC, nas quais o professor submete uma proposta de pesquisa e, se aprovada, posteriormente há uma seleção do estudante que irá produzi-la. A bolsa PIBIC é de 400 reais.
Extensão
Monitoria Sabe aquela matéria difícil da qual você entendeu pouquíssimo da aula, ou que você faltou exatamente no dia que a professora explicou a sua dúvida? Para isso existem os monitores, e futuramente você pode ser um deles! São mais ou menos 700 bolsas monitoria distribuídas entre os cursos da UFSC. O professor solicita a bolsa e faz uma seleção própria para a escolha da ou do monitor, cuja função será exatamente ajudar os estudantes com o conteúdo. A bolsa monitoria é de 454 reais.
As bolsas de extensão são uma das principais formas da universidade dialogar e interagir com a população. Existem diversos programas de extensão com bolsas administradas pela PROEX! As licenciaturas possuem o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), que o MEC está ameaçando encerrar, e muitos cursos possuem o PET. O PIBID está em vias de ser cancelado e substituído por um novo programa que mudará totalmente o foco e a forma da iniciação à docência. O DCE está na luta contra o corte do PIBID e, juntamente com o movimento “Fica PIBID”, propôs e conseguiu a aprovação, no Conselho Universitário, de um posicionamento oficial da UFSC pela permanência do programa, da maneira como funciona atualmente. * É muito comum que bolsistas PIBIC, monitores e qualquer outra bolsa de extensão cumpram com tarefas do professor: corrigir provas, responder e-mails, trabalhar em outras funções no laboratório e até dar aulas. Fique atento, pois isto é não é correto! As funções das e dos bolsistas são claras e diferentes das atribuições dos professores!
pra fora da sala de aula... Wi-Fi Não tem internet em casa nem 3G no celular? Precisa de internet para fazer um trabalho na UFSC? Relaxa, a universidade tem Wi-Fi! A UFSC disponibiliza duas redes Wi-Fi exclusivas para estudantes, servidores e professores. UFSC Sem Fio: Após conectar nessa rede, basta abrir qualquer guia de navegação na web, colocar sua matrícula e senha nos locais indicados e pronto! Você já tem Wi-Fi livre para ir e vir na universidade. EDUROAM (Education Roaming): Trata-se de uma rede de serviços internacional de roaming para os usuários em pesquisa no ensino superior e cursos subsequentes. Ela fornece aos pesquisadores, professores e estudantes um fácil e seguro acesso à rede ao visitar uma instituição diferente da sua. Ou seja, depois de cadastrar esse Wi-Fi no celular, notebook, tablet ou o que for, a rede conecta automaticamente em qualquer universidade federal do país, e mesmo em algumas internacionais! Basta conectar no Wi-Fi e colocar sua matrícula e senha nos campos indicados.
Acesso Remoto Muitos cursos necessitam da utilização de softwares e programas muito caros e pesados. Já que nem todos os computadores suportam seu funcionamento, a UFSC disponibiliza o Acesso Remoto, onde você (através do seu computador ou de um do laboratório) é capaz de acessar um outro computador, mais potente e com todos os programas exigidos desta forma, podendo realizar a sua atividade gratuitamente. Para utilizar o acesso remoto você deve seguir as instruções disponibilizadas neste link: https://otrs.setic.ufsc.br/otrs/public. pl?Action=PublicFAQZoom;ItemID=891 ou Pesquisa do Google: acesso remoto UFSC
CAGR O CAGR (Controle Acadêmico de Graduação) é o acesso virtual do estudante a UFSC. Lá você pode acessar suas informações da graduação, como seu aproveitamento acadêmico, horário de aulas, professores das matérias e imprimir seu atestado de matrícula. Também pode alterar seus dados, email oficial e demais informações pessoais, e a partir da 2ª fase fazer a sua matrícula para o semestre.
Moodle O Moodle é uma plataforma virtual utilizada como apoio aos cursos presenciais. Muitos professores utilizam para submeter e cobrar trabalhos, disponibilizar aulas, enviar os textos e recomendar leituras.
Fórum O Fórum é o recurso mais utilizado pelos professores, em que se criam tópicos para debate, avisos e provas. As mensagens enviadas no fórum vão automaticamente para todos os emails cadastrados no tópico.
Biblioteca Universitária No campus Trindade (Florianópolis) existe a Biblioteca Central e bibliotecas setoriais espalhadas em alguns centros, assim como em outros campi. Para emprestar os livros das bibliotecas, é necessário fazer um cadastro. O sistema bibliotecário da UFSC nos permite fazer a solicitação de livros que estão em outros campi para empréstimo. Os horários de funcionamento de todas as bibliotecas, assim como acervo e outras informações importantes sobre as mesmas, estão disponíveis no site http://portal.bu.ufsc.br/horario/
Hospital Universitário
(as consultas não são marcadas por telefone) mediante a apresentação de um documento de identidade com foto e o Cartão Nacional de Saúde (CNS) do SUS.
O Hospital Universitário é um hospital de ensino que atende usuários do SUS, ou seja, todos nós! O HU é referência na cidade de Florianópolis e possui um serviço de atendimento especial para usuários vinculados à UFSC, o SASC (Serviço de Atendimento à Saúde da Comunidade Universitária). O atendimento emergencial é realizado na Emergência do hospital, mesmo para pessoas que possuem vínculos com a UFSC.
Para o agendamento das especialidades médicas (as que não são emergência), também é preciso portar um encaminhamento médico - com exceção de Oftalmologia, que é livre. Para ter mais informações sobre como conseguir estes encaminhamentos, acesse o site, compareça à recepção do SASC ou ligue (48) 3721-9136.
SASC O Serviço de Atendimento à Saúde da Comunidade Universitária (SASC) é um serviço que atende toda a comunidade universitária. O SASC não possui estrutura para atendimentos de Emergência e atende apenas consultas marcadas previamente, que devem ser feitas diretamente na recepção do SASC
O Serviço de Atendimento à Comunidade Universitária também disponibiliza serviços de auxiliar/técnica de enfermagem para alunos, servidores e professores. O SASC funciona de segunda à sexta-feira, das 7h30 às 17h.
Alunos da UFSC (com atestado de matrícula atualizado). Alunos do NETI (com declaração do NETI de que está efetivamente cursando). Alunos do Colégio de Aplicação da UFSC (com 16 anos ou mais). Servidores da UFSC (ativos e aposentados). Professores da UFSC (ativos e aposentados).
Permanência Estudantil Estudamos em uma universidade pública. Isso quer dizer que todos têm acesso a ela, certo? Bom... infelizmente, não é bem assim! O processo do vestibular já exclui boa parte da população de estudar em instituições federais, e quando chegamos na universidade nos deparamos com muitas outras dificuldades: como nos mantermos aqui? Muitos cursos são integrais, o que impede estudantes de trabalharem. Outros, exigem materiais caros, que a maioria das/os alunas/os não pode pagar. Para garantir que todo mundo, independentemente de sua condição socioeconômica, continue na UFSC, existe uma série de mecanismos que compõem a assistência estudantil. Neste manual tentamos elencar alguns deles para tornar a sua vida mais fácil na universidade de modo geral. Confira:
Cadastro PRAE: O Cadastro PRAE é o instrumento institucional legal que possibilita o acesso a auxílios e benefícios aos estudantes dos cursos de graduação presencial da UFSC. Ele é realizado online, no site da PRAE, e demanda alguns documentos, especificados no site, para comprovação da renda e da situação socioeconômica da/do estudante. Bolsa Estudantil UFSC: É a bolsa garantida pela mobilização estudantil que aconteceu na UFSC durante muitos anos e que teve êxito! Ela garante ao contemplado R$ 672,88 mensais. Auxílio Creche: O auxílio creche é disponibilizado para estudantes com vulnerabilidade socioeconômica aprovada pela Coordenação de Serviço Social, que possuem guarda e responsabilidade legal de crianças de 0 a 6 anos. O valor atual do auxílio é de R$ 468,00 (parcial) e R$771,00 (integral). Auxílio Moradia: Se refere à bolsa que garante R$250,00 para o contemplado, muitas vezes custeando apenas parcialmente o aluguel dos estudantes. Moradia Estudantil: É o espaço disponibilizado pela UFSC para moradia dos estudantes de Florianópolis que têm uma renda bruta familiar de até 1,5 salário mínimo per capita. Existe uma grande demanda para a entrada no lugar; porém, com apenas 167 vagas, não é possível contemplar as demandas dos estudantes. Isenção do RU: A isenção do RU é garantida a todos que comprovam sua vulnerabilidade socioeconômica. Assim, não precisam pagar o passe de R$1,50 para comer no Restaurante Universitário. A página da PRAE disponibiliza informações sobre todos os auxílios disponíveis: http://prae.ufsc.br/
Tendo em mente que as formas de relações na nossa sociedade também se expressam no interior da Universidade, nós do DCE buscamos mudar as relações de discriminação, opressão e preconceito, já que estamos no local em que saberes e conhecimentos são produzidos. Vemos como dever do Diretório Central das/os Estudantes encontrar caminhos que criem diálogos entre as mais variadas pessoas, promovendo o combate a essas variadas formas de opressão geradas pelas contradições trazidas pela estrutura capitalista. A imposição de padrões de orientação sexual, de beleza, de “melhores origens”, e outras, estão constantemente à serviço do capital, visto que a busca por tais padrões só é benéfica ao seu sistema. Enquanto isso, as pessoas que se diferem do que é imposto sofrem, constantemente, violências físicas e/ou psicológicas – como expressado na dificuldade de acesso e permanência, nos trotes que ocorrem em alguns cursos e também em sala de aula –, que podem levar a trágicos resultados.
Antes de mais nada, é importante compreendermos o que se quer dizer quando se fala em opressões. O termo em si se refere à ação de oprimir, de sujeitar alguém através da violência, sendo ela física e/ou psicológica. As sensações podem ser de sufocamento, de angústia, de baixa autoestima, de coação ou, ainda, humilhação moral. Para citar algumas, podemos falar sobre racismo, machismo, patriarcado, LGBTTfobia, intolerâncias étnico-raciais e contra pessoas com deficiência, ou ainda xenofobia. Existem, no campo institucional, projetos de pesquisa e extensão que estudam as questões de gênero, da comunidade LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), de raça, das desigualdades oriundas do capitalismo, e existem projetos que estudam de que forma acontecem as relações entre essas opressões, que na maioria das vezes estão fortemente vinculadas. Mas também há diversos coletivos e grupos de estudo que buscam, por meio da mobilização, principalmente estudantil, melhorar a vida das pessoas que pertencem a setores sociais oprimidos. O Movimento Estudantil é uma importante experiência de aprendizado e organização coletiva, e buscamos construí-lo como espaço livre de preconceito, onde os estudantes
sintam-se acolhidos e respeitados! Por entender também que, muitas vezes, podemos nos encontrar em uma realidade totalmente diferente da qual viemos ao entrar numa Universidade, ainda mais quando nos encontramos em uma capital – na qual se reúnem pessoas das mais variadas origens –, buscamos receber da melhor forma quem está chegando. Por mais diversos que possamos ser, somos todas e todos seres humanos com as mesmas capacidades, desde que tenhamos as mesmas opções e possibilidades. A Universidade tem um papel crucial na construção do conhecimento crítico sobre a sociedade e sobre as relações existentes nela; para tanto, deve estar aberta à diversidade e peculiaridades destas relações. Todas as formas de preconceito, discriminação e opressão se expressam no cotidiano da universidade, na dificuldade de acesso e permanência, nos trotes que ainda ocorrem em alguns cursos que humilham e ridicularizaram a/o caloura/o, nas salas de aulas e nas relações de um modo geral. Que os limites da universidade como instituição não barrem o pensamento crítico e a livre organização, e que as dificuldades que existem e persistem sejam combustíveis para a luta!