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pactos diretos das medidas adotadas no sentido de um “corte de gastos”, impondo o sucateamento da estrutura das instituições de ensino, que reflete diretamente nas condições de trabalho e estudo dos docentes, técnicos e estudantes. Vivemos tempos nebulosos e de profundo retrocesso no cenário nacional: a eleição de Jair para a presidência, que traz consigo ideais profundamente conservadores, se apresenta como o governo das elites em sua mais nítida conformação que, através da repressão e deslegitimação dos movimento sociais, busca implementar contrarreformas para agravar e acelerar a retirada de direitos da classe trabalhadora, visando atender as demandas da burguesia transnacional e de uma economia capitalista em crise. Essa retirada de direitos não é algo novo: elas perpassam os governos petistas que, mesmo avançando em pautas importantes para a classe trabalhadora, possibilitaram um superfaturamento dos bancos, por sustentarem sua política através de um pacto de classes que demonstrou não atender às demandas burguesas no ritmo necessário para o capital, resultando no golpe jurídico-parlamentar de Dilma Rousseff e no governo ilegítimo de Michel Temer. Para atender essas demandas da burguesia, o plano bolsonarista se restringe ao desmantelamento desenfreado dos direitos sociais historicamente conquistados a partir de muita luta pelos trabalhadores, que se apresentam imediatamente pelo corte de verbas para o serviço público e o desmonte de setores sumamente necessários como saúde e educação. Como expressão máxima desse cenário de retirada de direitos, se insere a Reforma da Previdência, que agrava as já difíceis condições de vida dos trabalhadores e atinge diretamente a população negra, as mulheres e as LGBTs, que historicamente acessam o mundo do trabalho pelas vias mais precarizadas e informais, como postos de trabalho terceirizados ou vivendo de “bicos”. Além disso, visa impulsionar as taxas de lucro dos bancos através da capitalização das contribuições, isentando os patrões de contribuir para a previdência social e, consequentemente, desmontar a previdência pública. Nesse horizonte de desmantelamento do serviço público, as escolas e universidades desde já sentem os im-
Tudo isso tem como objetivo central a inserção da iniciativa privada na educação básica e superior estatal e na produção do conhecimento científico, implementando uma lógica produtivista e mercadológica, que vem adoecendo tanto docentes, quanto técnicos e estudantes. Na UFSC, essas questões podem ser observadas nos projetos financiados pelas fundações privadas, que utilizam da estrutura universitária para o desenvolvimento de ciência e tecnologia para os interesses industriais. Essa conjuntura impõe a demanda concreta da construção da unidade por parte dos setores progressistas do nosso país, na tentativa de não só barrar os retrocessos, mas também avançar em conquistas reais por parte da classe trabalhadora. A União Nacional dos Estudantes, que por muitos anos tem se colocado distante da base estudantil e da vida cotidiana dos estudantes por meio do engessamento burocrático imposto a ela pelas forças políticas do campo democrático-popular, se apresenta nessa conjuntura com um papel fundamental, fazendo-se necessária a retomada de seu caráter combativo, não apenas na organização do movimento estudantil, mas também na massificação das lutas dos trabalhadores, compreendendo que as demandas da classe trabalhadora são também as demandas do movimento estudantil e da juventude. O Movimento por uma Universidade Popular (MUP), diante da atual conjuntura, vê a necessidade de construir esse horizonte combativo junto às demais forças que compõe a UNE, a partir da apresentação de um projeto de educação que dispute a função social da universidade pública em um sentido verdadeiramente popular e que atenda as reais demandas da classe trabalhadora brasileira, construindo a contra hegemonia para barrar os retrocessos impostos pelo imperialismo e avançar em conquistas reais. Mais que nunca é necessário defender as universidades públicas como espaços de resistência, através da ocupação de seus câmpus pela comunidade em defesa de sua manutenção e ampliação.
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