APÊNDICE B: DEUSES DO MULTIVERSO A RELIGIÃO É UMA PARTE MUITO IMPORTANTE NA VIDA NOS mundos do multiverso de D&D. Quando deuses andam no mundo, clérigos canalizam poder divino, cultos malignos realizam sacrifícios em covis subterrâneos e paladinos reluzentes se impõem como bastiões contra as trevas, é difícil manter-se ambivalente sobre as divindades e negar a existência delas. Muitas pessoas nos mundos de D&D veneram deuses diferentes em momentos e circunstâncias diferentes. As pessoas nos Reinos Esquecidos, por exemplo, podem rezar para Sune para ter sorte no amor, fazer uma oferenda a Waukeen antes de ir para o mercado e rezar para acalmar Talos quando uma forte tormenta chegar – tudo no mesmo dia. Muitas pessoas tem um favorito dentre os deuses, um cujos ideias e ensinamentos eles tomam para si próprios. E, alguns poucos, dedicam-se inteiramente a um único deus, geralmente servindo como sacerdotes ou campeões dos ideias desse deus. Seu Mestre define quais deuses, se tiver algum, são adorados na campanha dele. Dentre os deuses disponíveis, você pode escolher apenas uma divindade para que seu personagem sirva, adore ou diga venerar da boca pra fora. Ou você pode selecionar alguns para os quais seu personagem reza com mais frequência. Ou apenas fazer uma nota mental dos deuses que são venerados na campanha do seu Mestre, assim você poderá chamar pelos seus nomes quando apropriado. Se você estiver jogando com um clérigo ou um personagem com o antecedente acólito, decida a qual deus você serve ou serviu e considere os domínios sugeridos da divindade quando escolher o domínio do seu personagem.
PANTEÕES DE D&D Cada mundo no multiverso de D&D tem seus próprios panteões de divindades, variando de tamanho desde os abundantes panteões dos Reinos Esquecidos e Greyhawk até as religiões mais focadas de Eberron e Dragonlance. Muitas raças não-humanas adoram os mesmos deuses em mundos diferentes – Moradin, por exemplo, é venerado pelos anões dos Reinos Esquecidos, Greyhawk e muitos outros mundos.
OS REINOS ESQUECIDOS Dezenas de divindades são veneradas, adoradas e temidas através do mundo dos Reinos Esquecidos. Pelo menos trinta deuses são amplamente conhecidos através dos Reinos e muitos mais são adorados localmente, por tribos individuais, pequenos cultos ou certas seitas de templos religiosos maiores.
OS DOMÍNIOS DA VIDA E DA MORTE Muitas divindades nessa seção sugerem o domínio da Vida, particularmente se elas forem intimamente associadas à cura, proteção, parto, carinho ou fertilidade. Como descrito no capítulo 3, no entanto, o domínio da Vida é incrivelmente amplo e, um clérigo de qualquer divindade não-maligna pode escolhe-lo. Uma quantidade de divindades, a imensa maioria malignas, sugerem o domínio da Morte, que é detalhado no Guia do Mestre. A maioria dos clérigos que escolhem esse domínio são PdMs malignos, porém, se você deseja venerar uma divindade da morte, consulte seu Mestre.
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GREYHAWK
Os deuses de Greyhawk vem de, pelo menos, quatro panteões diferentes, representando as crenças dos vários grupos étnicos que povoam o continente de Oerik pelas eras. Como resultado, existe uma grande quantidade de sobreposições em seus portfólios: Pelor é o deus Flan do sol e Pholtus é o deus Oeridiano do sol, por exemplo.
DRAGONLANCE
Os deuses do mundo de Krynn fazem parte de três famílias: sete deuses do bem, liderados por Paladine e Mishakal, sete deuses da neutralidade, liderados por Gilean e sete deuses do mal, liderados por Takhisis e Sargonnas. Essas divindades tem sido chamadas por muitos nomes diferentes e possuem diferentes níveis de estima por diferentes povos e culturas através da história do mundo, mas eles são os únicos deuses no mundo – seus lugares são fixos nas estrelas como constelações.
EBERRON
O mundo de Eberron possui muitas religiões diferentes, mas a mais importante gira em torno do panteão chamado de Soberano Anfitrião e seus muitos vestígios malignos, os Seis Sombrios. Os deuses do Soberano Anfitrião são conhecidos por terem domínio sobre cada aspecto da existência e por falarem com uma voz unificada. Mas os Seis Sombrios são deuses primitivos, sanguinários e cruéis que oferecem uma voz discordante. As outras religiões de Eberron são muito diferentes dos panteões tradicionais de D&D. A Igreja monoteísta da Chama Prateada é devotada a lutar contra o mal no mundo, mas está infestada pela corrupção em suas próprias fileiras. A filosofia do Sangue de Vol ensina que a divindade existe dentro de cada ser mortal e venera os mortos-vivos, os quais conseguiram assegurar a imortalidade. Vários cultos insanos são devotados a corruptores e horrores aprisionados nos Subterrâneos de Eberron (chamado Khyber, o Dragão Abaixo). Os seguidores do Caminho da Luz acreditam que o mundo está caminhando para um futuro glorioso onde as sombras que obscurecem esse mundo serão transformadas em luz. E duas nações relacionadas de elfos reverenciam seus espíritos ancestrais: a Corte Eterna, preservada em formas de espíritos ou, até mesmo, de mortos-vivos e os glorificados Espíritos do Passado, os grandes heróis das guerras antigas.
DIVINDADES NÃO-HUMANAS
Certos deuses intimamente associados com raças nãohumanas são venerados em muitos mundos diferentes, apesar de nem sempre da mesma forma. As raças nãohumanas dos Reinos Esquecidos e Greyhawk compartilham essas divindades. Raças não-humanas, frequentemente, possuem seus próprios panteões inteiros. Além de Moradin, por exemplo, os deuses anões incluem a esposa de Moradin, Berronar Verdade Prateada e uma quantidade de outros deuses que imagina-se serem seus filhos e netos: Abbathor, Clangeddin Barba Prateada, Dugmaren Manto Brilhante, Dumathoin, Gorm Gulthyn, Haela Machado Brilhante, Marthammor Duin, Sharindlar, Thard Harr e Vergadain. Clãs e reinos anões individuais podem venerar algumas, todas ou nenhuma dessas divindades e, algumas tem outros deuses desconhecidos (ou conhecidos por outros nomes) para forasteiros.