artes à rua
A Rua é o sítio mítico dos encontros e das partilhas. A Rua é o lugar onde não nos escondemos dos outros e de nós mesmos. Talvez por ser esse lugar onde não conseguimos fugir às fragilidades da nossa condição humana, tudo o que acontece na Rua nos interpela no que temos de melhor e de pior. Trazer as Artes para os lugares de encontro é convocar à partilha criativa que não se esgota na mera contemplação da performance artística, mas contribui para a tomada de consciência do que nos rodeia e do nosso papel neste território onde a dura realidade resiste a ser transformado pelo sonho. Artes à Rua não pretende ser um festival de Verão por onde desfilam os ícones do entretenimento com os seus apelos à reprodução acrítica de refrões decalcados dos ideais da passividade anquilosante que vai afectando o nosso viver em sociedade. Artes à Rua pretende ser exactamente o contrário. É uma proposta de devolução do espaço público à sua função primordial, através de ciclos de intervenção que vão desde a música ao teatro, do cinema às artes plásticas, da dança às performances que cruzam tudo isso e que nos obrigam a repensar a nossa noção de normalidade. Artes à Rua é o desafio para que, através das diversas formas de criação artística, se questionem certezas e se rompam os círculos intocáveis de purismos estéticos, que só existem nas estruturas conceptuais dos nunca criaram nada mas pretendem saber tudo sobre a criação. Artes à Rua não é uma marca, é um apelo. E só poderia acontecer em Évora.
Ve r e a d o r da C ult ura da C. M. d e É v o ra , E d ua r d o Luc i a n o
PARA QUE SERVE UM FESTIVAL ?
Acordar, pode ser a palavra mágica, despertar,
contos e formas de contar (É Neste País – As-
suscitar pensamento - não aquele pensamen-
sociação Cultural), o FESTAE – Festival de teatro
to pré produzido que resulta do conhecimento
de Amadores de Évora (SOIR Joaquim António
adquirido - pensamento emocional, pensa-
D’Aguiar), o Fike – Festival de Curtas Metragens
mento que emerge livre, crítico, daquilo que
de Évora e o SERIAL, um novo Festival de Música
se ouve, vê, sente e discute. É isso um Festival,
Exploratória da Associação Pó de Vir a Ser. Na
um turbilhão de palavras ditas, escritas, faladas,
dimensão do Festival como laboratório de novas
tocadas, cantadas, que pairam por aí, sitiam lu-
criações destacam-se os espectáculos que re-
gares, brotam dos inúmeros espaços cénicos
sultaram de 3 residências artísticas: Ath-Thurdâ,
e resultam das infinitas conversas pelos largos
uma receita musical, de Évora para o Mundo!
e praças da cidade. Sons, imagens, músicas, formas aliam-se às palavras, ao pensamento,
Num recipiente junta-se um pouco de folk do
recriando outras narrativas de lugares onde se
País Basco com muito Cante Alentejano. Tem-
sedimentam memórias, resgatando-as de um
pera-se com uma pitada de trikitixas e txalapar-
tempo passado, num emocionante processo
tas. Envolve-se tudo e cobre-se com um toque
colectivo de reapropriação do espaço público e
de acordeão. Noutro recipiente de grandes pro-
do património. O Festival é assim uma matriz de
porções e que possa atingir temperaturas ex-
cidadania, fonte de partilha da consciência co-
tremas, refoga-se um pouco de Kepa Junkera
lectiva do direito à cidade, direito à livre criação
com Mara, Celina da Piedade, Beatriz Nunes e
e fruição cultural.
Cantares de Évora. Deixa-se apurar e envolvese com a viola campaniça de Tó Zé Bexiga, o
O Artes à Rua é essa realidade poliédrica, insub-
piano de Amílcar Vasques-Dias, o contrabaixo
missa, que não se deixa rotular, construída, e
de Carlos Menezes, a bateria de Mário Lopes,
co-programada por muita gente. Nesta edição
uma pitada de Gigabombos do Imaginário, Ga-
são mais de 50 os criadores e agentes cultu-
landum Galumdaina q.b. e um molho de Vozes
rais e criativos que, numa lógica colaborativa,
de Abril. Junta-se o preparado anterior e mistu-
responderam à chamada para novas criações,
ra-se tudo muito bem. Põe-se em lume brando
acrescentando propostas para a programação
e deixa-se cozinhar durante 7 dias, com muitos
do Festival. Talvez esse seja o elemento que
sentimentos, improvisação e vivências únicas.
melhor define o Artes à Rua.
O resultado será um preparado de música do mundo, com novos aromas, tons e paladares
Nesta edição o Artes à Rua dialoga com três
ibéricos, que culminam num prato cheio de
Festivais que se cruzam num mesmo tempo – o
novas expressões, texturas, cores e sabores...
Evora África (Casa de Cadaval), o Alentejo Festi-
Serve-se de Évora para o Mundo, já no próximo
val Internacional de Artes (CDCE) e o Art Fest Pa-
dia 18 de Julho, pelas 22:00, na Praça do Giraldo
trimónios (Associarte) – e interpela, partilhando
Desta residência, para além do espectáculo,
momentos e despertando inquietações, outros
resultaram: uma exposição intitulada Evoras em
4 Festivais que decorrerão até ao final deste ano
Kepa dos fotógrafos António Carrapato, José Mi-
– o Contanário - fonte de distribuição pública de
guel Soares, Telmo Rocha e Pedro Vilhena, que
vai estar patente ao público no palácio do Barro-
editados - Live in Johannesburg e Bora – con-
cal (INATEL) entre 17 de Julho e 2 de Setembro;
vidou Jacques Morelembaum, Luís Figueiredo,
o filme “Évora____7”, 7 dias de Kepa Junkera em
Ehud Ettun e Rodrigo Morte para fazerem os
Évora que deram origem a 7 Évoras diferentes,
arranjos. Nós convidámos o Conservatório do
que integra a programação do cinema no Verão;
Baixo Alentejo e o Conservatório de Évora para
e o CD – Ath-Thurdâ.
formarem a orquestra e o Maestro Brian Mackay para dirigir. A residência está em curso, o Con-
Ath-Thurdâ será apresentado em formato de
certo estreia no Artes à Rua, no dia 24 de Agosto
showcase no dia 13 de Setembro, na sequên-
no palco da Praça do Giraldo.
cia da apresentação da candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura, na 30ª edição do
Com estas residências e toda a programação,
Mercado da Música Viva de Vic, na Catalunha.
o Festival despertou antigas e criou novas cum-
“SULCANTO” resulta do processo de fusão de
plicidades, lançou pontes no território nos con-
três estilos de canto tradicional do sul da Euro-
textos regional, nacional e europeu, apontando
pa: O Flamenco, o Fado e o Cante Alentejano.
caminhos para a construção da candidatura de
O piano – instrumento estranho a esta tradição
Évora a Capital Europeia da Cultura 2027.
– funciona como um berço de harmonias e timbres que envolvem as vozes no caminho da
Muito, mas mesmo muito mais haveria para di-
emoção. Ora, cada um dos cantadores é exímio
zer sobre os mais de 150 momentos de teatro,
intérprete no seu próprio estilo: Esther Merino
música, dança, performance, cinema, escul-
no flamenco e Pedro Calado no fado e no cante
tura, literatura, e tudo o resto que acontece no
alentejano. Todavia, em SULCANTO, eles mos-
Festival, devia mesmo falar no novo ciclo de Hip
tram ainda que têm a coragem e a sabedoria
Hop, o Festival O Bairro, no filme hip to da hop,
musical para se deixarem provocar mutuamen-
ou no FIME – Festival Internacional de Musica de
te. SULCANTO é música nova com raízes na tra-
Évora com direcção artística do João Moreira e
dição e na erudição. Mas é a vontade de desco-
este ano dedicado à música antiga, ou ainda
brir sons diferentes que lhe dá a vida e o motivo
nas plataformas imaginárias, esculpidas em pe-
para existir.
dra da Xana ou do concerto da Sequin no palco Pointlist… mas, muito mais interessante do que
Esther Merino, flamenco, Pedro Caldo, cante
aquilo que eu diria, fica o apelo: venham para a
alentejano, fado Manuel Caldeira, cante alen-
rua, todos os dias entre 12 de Julho e 6 de Se-
tejano Juan Manuel Moreno, guitarra Amílcar
tembro.
Vasques-Dias, piano Sergio García | Percussão & Palmas Yan Roszyc | Palmas Fuensanta Blan-
Vivam a Rua! Vivam o Festival!
co | Baile & Palmas” P.L.I.N.T. com Orquestra Sinfónica dos Conservatórios de Évora e do Baixo Alentejo surgiu como proposta na sequência do Evora Jazz Fest. Pablo Lapidusas International
Luí s G a rc i a
Trio - projecto formado em 2014, com dois cds
( um d o s pro g ra m a d o r e s )
N
→
10
2
28
20
23 14 13 11 30
31
6
27
29
22 1
24
26 9
12
18
lisboa 7
17
21 19
15
3
8
25
16
→ →
→
1
→ Adro da Sé
2
→ Alto de S. Bento
3
→ Antiga Rodoviária
4
→ Antigo Matadouro
5
→ Bairro dos Álamos
6
→ Biblioteca Pública de Évora
7
→ Convento dos Remédios
8
→ Coreto do Jardim Público
9
→ Cromeleque dos Almendres
10
→ Ermida de S. Bartolomeu
11
→ Igreja do Salvador do Mundo
12
→ Jardim da Rua da Sobreira Bairro da Malagueira
5
4
13
→ Jardim de Diana
14
→ Jardim dos Colegiais
15
→ Largo 1º de Maio
16
→ Largo Álvaro Velho
17
→ Largo da Misericórdia
18
→ Largo da R. Dr. Fernando José Soares Pinheiro - Bairro Cruz da Picada
19
→ Largo de S. Vicente
20
→ Largo do Chão das Covas
21
→ Largo dos Mercadores
22
→ Museu de Évora
23
→ Palácio Cadaval
24
→ Palácio do Barrocal - Inatel
25
→ Parque Infantil
26
→ Praça do Giraldo
27
→ Praça do Sertório Termas Romanas / Paços do concelho
→
beja reguengos espanha
28
→ Praceta D. João II - Vista Alegre
29
→ Rua João de Deus
30
→ Sala do Grupo Pro-Évora
31
→ Templo Romano
12 julho quinta-feira
22:00 Bromley Youth Concert Band UK
22:00 PÁG. 14 O Cante Acusmático de Pias
→ pr a ç a d o g i r a ld o
PÁG. 16
li s b o n m us i c fe s t
→ Praça do Se rt ório
17 julho terça-feira
14 julho sábado
22:00 PÁG. 17 Florentino Pujante
21:00 Dança Xigubo Zulo
→ l a r g o á lv a r o v e lh o
→ Palác io Cadaval É vora África
22:00 The Pilinha
21:30 Selma Uamusse
→ pr a ç a d o s e r t ó r i o
PÁG. 17
c i c lo m un d o s
→ Palác io Cadaval É vora África
23:00 Alibombo
15 julho domingo
→ pr a ç a d o s e r t ó r i o
18:00 Mathilda
PÁG. 18
c i c lo m un d o s
PÁG. 14
18 julho quarta-feira
→ COre t o do jardim público palco PO in t list
21:00 / 21:30 / 22:00 PÁG. 18 Fala de Antígona e Medeia
21:00 PÁG. 15 Xindiro Companhia de Canto e Dança Moçambique
→ t e r m a s r o m a n a s
→ Praça do Se rt ório É vora África
21:45 / 22:30 PÁG. 15 Tempo de Jogar e Brincar + Bum Blue Bee → praça do se rt ório
22:00 Pedro Mestre e Cantadeiras
22:00 Ath Thurda’ Kepa Junkera com Cantares de Évora e convidados
PÁG. 19
→ p r a ç a d o g i r a ld o
19 julho quinta-feira
→ adro da sé
21:00 / 21:30 / 22:00 PÁG. 18 Fala de Antígona e Medeia
Ale n t e jo
→ t e r m a s r o m a n a s
Fe st ival In t e rn acion al de Art e s
16 julho segunda-feira
programa 12 julho a 6 setembro 2018
22:00 Toty Sa’Med
PÁG. 19
→ p r a ç a d o s e r t ó r i o
Até 2 de setembro PÁG. 16 Exposição “As Évoras em Kepa”
22:00 “Aquarius”
PÁG. 20
→ Palác io do Barrocal
→ p r a c e t a d . J o ã o i i , v i s t a a le g r e
dias úteis
As Imagens Contra o Muro:
10:00—13:00 / 14:00—18:00
Ciclo de Cinema Ambulante
d e K le b e r Me n d o n ç a F i lh o , 20 16
20 julho sexta-feira
23 julho segunda-feira
27 julho sexta-feira
21:00 / 21:30 PÁG. 18 Fala de Antígona e Medeia
até 31 de julho PÁG.23 “Contágio“ Instalação de Anabela Calatroia
18:00 PÁG. 27 • Amanita Ponderosa • Lobo Mau
→ c e n t ro h ist órico
→ j a r d i m d o s c o le g i a i s
→ t er m a s r o manas,
21:30 O Livro das Caras
PÁG. 20
C a po t e à S o m b r a
22:00 PÁG.23 Ivan Beck & Mário Lopes Grupo
→ p r a ç a do sertó rio
→ p raça do se rt ório
22:00 Coro de Vozes Paródia Musical
PÁG. 21
→ a lt o d e s . b e n t o
24 julho terça-feira
É v o r a Á fr i c a
22:00 PÁG. 25 Stabat Mater Furiosa
→ p r a ç a do sertó rio
23:00 O Livro das Caras
PÁG.20
22:00 To the Best
PÁG. 24
22:00 Banda Sinfónica da PSP
25 julho quarta-feira
21 julho sábado PÁG.20
→ r u a j o ã o d e d eu s
→ p r a ç a d o g i r a ld o
22:00 Netherlands Youth String Orchestra
PÁG. 24
PÁG. 21
→ a dro da sé
23:00 O Livro das Caras
PÁG. 20
18:00 • Zé Simples • Cassete Pirata
Até 22 de agosto PÁG. 22 Exposição “Mapas do Quotidiano”
→ j ardim dos cole giais
→ Sala do Grupo Pro-Évora
22:00 PÁG. 25 Stabat Mater Furiosa PÁG. 20
22:00 PÁG. 22 Barbez com Velina Brown
→ p raça do giraldo
→ p r a ç a do girald o
22:00 “A Grande Cidade”
→ l a r g o da misericó rd i a
22:00 Ethno Portugal’18
PÁG. 29
→ p r a ç a d o g i r a ld o
31 julho terça-feira 21:30 Subsolo
→ a dro da sé
22:00 Rio Lisboa
PÁG. 20
PÁG. 25
Capot e à Sombra
→ r u a j o ã o d eu s
23:00 O Livro das Caras
PÁG. 28
30 julho segunda-feira
22 julho domingo
21:30 O Livro das Caras
22:00 Sulcanto → p r a ç a d o g i r a ld o
26 julho quinta-feira
→ p r a ç a do sertó rio
PÁG. 28
→ largo do chão das covas
22:00 PÁG. 25 Stabat Mater Furiosa
→ p r a ç a do sertó rio
29 julho domingo 18:00 Amor de Margarida
→ p raça do giraldo lisbon music fe st
22:00 Ópera About Lines
→ a d r o d a s é
→ p raça do se rt ório
→ l a r g o de d . mi gu el p o rtu gal
21:30 O Livro das Caras
22:00 Ritual da Lua Cheia
PÁG. 26
→ c o n v e n t o d o s r e mé d i o s
PÁG. 20
22:00 “Abelha Maia: Os Jogos de Mel”
PÁG. 30
d e N o e l C le a r y, S e r g i o D e lfi n o ,
de Sat yajit Ray, 1 963
A le x i s S t a d e r m a n n , 20 18
→ Largo Nª Srª da Con ce ição
→ p r a ç a d o s e r t ó r i o
As Imagens Contra o Muro
PÁG. 29
C i n e m a n a R ua
1 agosto quarta-feira
21:30 João Grilo
PÁG. 32
06 agosto segunda-feira
→ p raça do se rt ório
21:30 Subsolo
PÁG. 29
→ co nv ento d o s reméd io s
22:00 PÁG. 30 Jonas Runa: Ouroboros
22:00 PÁG. 33 Guitarras ao Alto apresenta Francisca Cortesão e Mariana Ricardo
22:00 PÁG. 25 Stabat Mater Furiosa → Ermida de S. Bartolomeu
→ p r a ç a do sertó ri o
19:00 PÁG. 31 Choro da Tixa: Roda de Choro de Évora
11:00 “O Bolo”
22:00 Cinema Paraíso PÁG. 33
PÁG. 29
→ c o nv ento d o s reméd io s
22:00 PÁG. 25 Stabat Mater Furiosa → Ermida de S. Bartolomeu
PÁG. 30
de Giuseppe Tornatore 1988 → p r a ç a d o s e r t ó r i o
Era uma Ve z - Te at ro de Marion e ta s
C i n e m a n a R ua
→ parque in fan t il
→ p r a ç a do sertó ri o
18:00 • Duquesa • April Marmara
PÁG. 34
08 agosto quarta-feira
→ Largo de S. Vice n t e
10:00 / 19:00 / 21:30 Sofa Concerts
palco PO in t list
→ t e m plo r o m a n o / la r g o á lv a r o
PÁG. 38
v e lh o / pr a ç a d o g i r a ld o
22:00 PÁG. 25 Stabat Mater Furiosa → Ermida de S. Bartolomeu
22:00 Chinatown
21:00 PÁG. 38 Carta de um Prisioneiro → b i b li o t e c a púb li c a d e év o r a
04 agosto sábado
2 agosto quinta-feira
21:30 Subsolo
→ P a ç o s d o c o n c e lh o
07 agosto terça-feira
→ p raça do se rt ório
→ cr o m el equ e d o s almend res
22:00 PÁG. 31 Grupo H’AJA: Trovas e Cantigas
Até 6 de setembro PÁG. 37 Exposição “Dia do Armistício” de Júlio Quirino
PÁG. 20
21:00 PÁG. 38 Carta de um Prisioneiro → b i b li o t e c a púb li c a d e év o r a
de R o m a n P o lansky , 19 7 4
22:00 PÁG. 35 Maria João com Moçoilas
→ a n ti g o m a tad o u ro d e évo ra
→ p raça do giraldo
22:00 Encantante
PÁG. 39
→ p r a ç a d o s e r t ó r i o
a v en i da s. j o ão d e d eu s 29 Ciclo de Cinema Ambulante
05 agosto domingo
22:00 PÁG. 30 Jonas Runa: Ouroboros
17:00 Oficinas com Asas
→ cr o m el equ e d o s almend res
→ parque in fan t il
03 agosto sexta-feira
19:00 PÁG. 36 Passeio dos Passarulhos
→ C . M. év o r a — pr a ç a d o s e r t ó r i o
→ parque in fan t il
21:00 PÁG. 38 Carta de um Prisioneiro
As Imagens Contra o Muro:
Até 16 de setembro PÁG. 32 Exposição “Desenho e Pintura de alguns Sonhos, de várias ingenuidades e de algumas Malandrices” de José Bizarro → g a l er i a i natel: Ru a Serp a Pi nt o 6
22:00 Rui Calapez
09 agosto quinta-feira PÁG. 35 até 14 de setembro PÁG. 39 Exposição “Em Contínuo” de Inês Teles
PÁG. 36
→ b i b li o t e c a púb li c a d e év o r a
→ a lt o de são be n t o
21:30 H2Ode
22:00 PÁG. 37 A Música das Palavras
a pa r t i r d a O d e Ma r í t i m a ,
→ l argo álvaro ve lh o
→ p r a ç a d o s e r t ó r i o
d e Á lv a r o d e C a m po s
PÁG. 40
22:00 PÁG. 25 Stabat Mater Furiosa
12 agosto domingo
22:00 Amorte.com
→ Ermida de S. Bartolomeu
22:00 “O Menino”
PÁG. 41
→ b a i r r o c r uz d a pi c a d a
PÁG. 20
17:00 Oficinas com Asas
PÁG. 35
→ parque in fan t il
16 agosto quinta-feira
19:00 PÁG. 36 Passeio dos Passarulhos
19:00 FIMÉ Concerto II
→ parque in fan t il
→ Igr e ja d o S a lv a d o r d o Mun d o
d e N a g i s a Ô shi ma, 19 6 9 → J a r di m da Ru a d a So breira, M a l a g u eira As Imagens Contra o Muro:
FESTI VAL INTe r n . DE MÚSI C A DE É VORA
Ciclo de Cinema Ambulante
22:00 Beatriz Nunes
PÁG. 43
PÁG. 40
22:00 Amorte.com
PÁG. 41 21:00 PÁG. 44 Por Portas Travessas
→ a dro da sé
→ p r a ç a do girald o
→ l argo do chão das covas
22:00 Ricardo Ribeiro
10 agosto sexta-feira
PÁG. 42 22:00 Amorte.com
→ p raça do giraldo
PÁG. 41
→ l a r g o 1º d e m a i o
22:00 PÁG. 25 Stabat Mater Furiosa
13 agosto segunda-feira
→ Ermida de S. Bartolomeu
22:00 Viviane canta Edit Piaf
PÁG. 41
19:00 Zanguizarra
PÁG. 43
22:00 “Os Respigadores e a Respigadora” d e Ag n è s Va r d a , 20 0 0
→ c e n t ro h ist órico
→ Jardim da Rua da Sobreira, Malagueira As Imagens Contra o Muro
→ p r a ç a do girald o
22:00 Amorte.com
11 agosto sábado
→ p raça do se rt ório
17 agosto sexta-feira
14 agosto terça-feira
19:00 FIMÉ Concerto III
11:00 A Princesa Ziah
PÁG. 33
PÁG. 41
PÁG. 43
→ mus e u d e év o r a
E r a u m a V ez - Teatro d e Mari o ne t as → p a r q u e i nf antil
22:00 “Op.ção”
PÁG. 30
PÁG. 40
FESTI VAL INTe r n . DE MÚSI C A DE É VORA
→ p raça do se rt ório
21:00 PÁG. 44 Por Portas Travessas
Cin e ma n a Rua
→ l argo do chão das covas
de t iago figue ire do, 2 01 6
21:30 H2Ode
PÁG. 20
a p a r ti r da Od e Marítima,
22:00 Amorte.com
d e Á l v a r o de Camp o s → l argo do chão das covas
PÁG. 41
22:00 Amorte.com
→ l argo do chão das covas
→ u r b a n i z a ç ã o d o m o i n h o
→ b a i r r o dos álamo s
15 agosto quarta-feira
22:00 Luiz Caracol
22:00 PÁG. 25 Stabat Mater Furiosa
19:00 FIMÉ - Concerto I
→ Ermida de S. Bartolomeu
→ Igre ja do Salvador do M un do
22:00 Amorte.com
PÁG. 41
PÁG. 41
PÁG. 44
→ pr a ç a d o s e r t ó r i o
PÁG. 43 18 agosto sábado
FESTIVAL INTe rn . DE M ÚSICA DE É VORA
22:00 Caixa de Pandora → p r a ç a do girald o
PÁG. 42 21:00 PÁG. 44 Por Portas Travessas → l argo do chão das covas
11:00 PÁG. 33 O Mistério da Pedra Encantada E r a um a Ve z - T e a t r o d e Ma r i o n e t a s → pa r q ue i n fa n t i l
Até 6 de setembro PÁG. 45 Exposição “Plataformas Imaginárias” de Alexandra Dias Ferreira
22:00 PÁG. 48 Transmutação: O Bater dos Últimos Teares
“A mais longa viagem de um minuto e vinte metros” de André Russo
→ a dro da sé
→ p r a ç a 1º d e m a i o
→ p r a ç a do gi rald o , n.º 4
19:00 FIMÉ Concerto IV
PÁG. 43
→ Igreja do espírito santo
22:00 Matilha 401
PÁG. 49
PÁG. 45
d e J i a Z h a n gk e , 20 0 8
FESTIVAL de HIP HOP: O BAIRRO
→ Av e n i d a s . jo ã o d e d e us 29 As Imagens Contra o Muro:
23:00 Valas
PÁG. 49
→ p raça do se rt ório
→ p r a ç a do gi rald o
FESTIVAL de HIP HOP: O BAIRRO
19 agosto domingo
21 agosto terça-feira
até 22 Agosto (n)o Bairro
PÁG. 46
19:00 DJ Sims
PÁG. 50
Cr i s ti na V i a na, Jú lio Qu iri no
FESTIVAL de HIP HOP: O BAIRRO
PÁG.52/53
→ c o n v e n t o d o s r e mé d i o s
22:00 PÁG. 30 “Não Consegues Criar o Mundo Duas Vezes “
21:30 PÁG.52 A+LV=1MIN+20M “A mais longa viagem de um minuto e vinte metros” de André Russo
de Catarina David, Francisco Noronha
→ p r a ç a 1º d e m a i o
→ cen tr o h istó rico d e évo ra
→ p a r q u e i n f anti l
24 agosto sexta-feira
pa lc o p o i n t li st
→ COreto do jardim público
PÁG. 35
Ciclo de Cinema Ambulante
21:00 • Filipe Sambado • RGBitches
I n ter v enç õ e s d e Anabela Calatr oia,
17:00 Oficinas com Asas
PÁG. 20
→ p raça do se rt ório
FESTI V AL INTern. DE MÚSI CA DE ÉV ORA
22:00 Morgane Ji
22:00 “24 City”
→ p raça do se rt ório
18:00 PÁG. 46 Workshop de Graffiti por Bruno “Loz” Santos → j a r di m P úblico
CINEM A NA RUA / O BAIRRO
22:00 Plint
22 agosto quarta-feira
c/ a Orquestra Sinfónica dos Conserv a t ó r i o s d e É v o r a e B a i x o A le n t e jo
FESTI V AL de HIP HOP: O BAIRRO
19:00 Bob o Vermelho
PÁG. 47
PÁG. 53
→ p r a ç a d o g i r a ld o
16:00 (durante 24h) PÁG. 50 Um Mastro por um Dia → l argo dos me rcadore s
25 agosto sábado
→ j a r di m P úblico FESTI V AL de HIP HOP: O BAIRRO
22:00 Nerve
19:00 PÁG. 36 Passeio dos Passarulhos
→ p raça do se rt ório
PÁG. 51
→ t e m plo r o m a n o
22:00 PÁG. 51 Paredes em Carne Viva José Soare s Pin h e iro
FESTI V AL de HIP HOP: O BAIRRO
Bairro cruz da picada FESTIVAL de HIP HOP: O BAIRRO
18:00 PÁG. 48 Scratchers Anónimos → j a r di m P úblico
17:00 Circo de Fita → pa r q ue i n fa n t i l
→ Largo da Rua Dr. Fe rn an do
→ p r a ç a do gi rald o
20 agosto segunda-feira
PÁG. 54
FESTIVAL de HIP HOP: O BAIRRO
→ p a r q u e i n f anti l
22:00 PÁG. 47 David Murray e Saul Williams
todo o dia Pintar 100 Artes
21:30 A+LV=1MIN+20M de André Russo
PÁG. 52
→ p r a ç a 1º d e m a i o
23 agosto quinta-feira 21:30 A+LV=1MIN+20M
22:00 Sara Tavares PÁG. 52
→ p r a ç a d o g i r a ld o É v o r a A fr i c a
PÁG. 54
26 agosto domingo
22:00 PÁG. 57 Sequin + Casabranca
17:00 Oficinas com Asas
PÁG. 35
→ p raça do se rt ório
22:00 Grupo de Dança Roda Viva
palco p oin t list
→ p r a ç a d o s e r t ó r i o
22:00 La Lontananza
→ p a r q u e i n f anti l
18:00 Grande Parada de Passarulhos
PÁG. 36
PÁG. 58
p i m t ea tro → p arque infantil
de Andrey Zvyagintsev, 2014
PÁG. 20
PÁG. 54
22:00 PÁG. 61 Salada à Portuguesa
vist a ale gre
PÁG. 55
todo o dia Pintar 100 Artes → p r a ç a d o g i r a ld o
→ p race t a d. joão II ,
19:00 Cravo a 4 mãos
4 setembro terça-feira
→ l argo dos cole giais
22:00 “LEVIATÔ
praça do giraldo
PÁG. 61
→ p r a ç a d o s e r t ó r i o
As Imagens Contra o Muro: Ciclo de Cinema Ambulante
5 setembro quarta-feira
→ i g r ej a do esp í rito santo
22:00 Alma Nuestra
PÁG. 56
31 agosto sexta-feira
→ p r a ç a do gi rald o
18:00 Cassete Riscada
27 agosto segunda-feira
→ COreto do jardim público
PÁG. 58
21:30 H2Ode
PÁG.40
a pa r t i r d a O d e Ma r í t i m a , d e Á lv a r o d e C a m po s → j a r d i m d e d i a n a
22:00 PÁG. 56 A Lenda do Boi de Beja
22:00 PÁG. 59 A Viagem do Elefante trigo limpo teatro acert
22:00 A Câmara Ama-te
PÁG. 62
→ a dr o da sé
→ p raça do giraldo
→ a n t i g a r o d o v i á r i a
28 agosto terça-feira
1 setembro sábado
22:00 PÁG. 62 Com Florbela na Voz → p r a ç a d o s e r t ó r i o
22:00 “Évora_ _ _ 7 “
PÁG. 30
22:00 PÁG. 59 Joana Gama “I Love Satie” → p raça do se rt ório
6 setembro quinta-feira
Ci n em a n a Ru a
2 setembro domingo
18:30 A Câmara Ama-te
29 agosto quarta-feira
18:00 Click to Clik
de José Coimbra e Tiago Guimarães, 2018 → p r a ç a do sertó ri o
PÁG. 62
→ a n t i g a r o d o v i á r i a
PÁG. 60 19:00 Vozes de Abril
→ l argo do chão das covas
22:00 • Alek Rein • Primeira Dama
PÁG. 56/57
(e xt e rior)
30 agosto quinta-feira
→ p r a ç a do sertó ri o
PÁG. 60
→ t e at ro garcia de re se n de
pa lc o p o i ntli st
todo o dia Pintar 100 Artes
→ p r . jo a q ui m a n t ó n i o d e a g ui a r
22:00 Sou do Cante
→ p r a ç a do sertó ri o
3 setembro segunda-feira PÁG. 54
PÁG.63
21:00 PÁG. 61 Salada à Portuguesa → p raça do se rt ório
22:00 Antropocenas
PÁG. 63
→ t e a t r o g a r c i a d e r e s e n d e
indíce
52 ↳ A+LV=1MIN+20M : A mais longa viagem de um minuto e vinte metros de André Russo 62 ↳ A Câmara Ama-te 56 ↳ A Lenda do Boi de Beja 37 ↳ A Música das Palavras 59 ↳ A Viagem do Elefante : trigo limpo teatro acert 16 ↳ AS Évoras em Kepa exposição 20 ↳ As Imagens contra o Muro : Ciclo de Cinema Ambulante 21 ↳ About Lines Ópera 56 ↳ Alek Rein 18 ↳ Alibombo 55 ↳ Alma Nuestra 27 ↳ Amanita Ponderosa 28 ↳ Amor de Margarida 41 ↳ Amorte.com 63 ↳ Antropocenas 34 ↳ April Marmara 19 ↳ Ath Thurda’ 22 ↳ Barbez com Velina Brown 40 ↳ Beatriz Nunes 47 ↳ Bob o Vermelho 16 ↳ Bromley Youth Concert Band 42 ↳ Caixa de Pandora 38 ↳ Carta de um Prisioneiro 26 ↳ Cassete Pirata 58 ↳ Cassete RIscada 31 ↳ C horo da Tixa : Roda de Choro de Évora
30 ↳ CINEMA NA RUA 60 ↳ Click to Click 62 ↳ Com Florbela na Voz 23 ↳ Contágio: Instalação de Anabela Calatroia 21 ↳ Coro de Vozes: Paródia Musical 55 ↳ Cravo a 4 Mãos 47 ↳ David Murray e Saul Williams 32 ↳ Desenho e Pintura de alguns Sonhos, de várias ingenuidades e de algumas Malandrices… : exposição de José Bizarro 37 ↳ DIA DO ARMistício : exposição de júlio quirino 50 ↳ DJ Sims 34 ↳ Duquesa 39 ↳ Em Contínuo : Exposição de Inês Teles 39 ↳ Encantante 33 ↳ era uma vez - teatro de marionetas : fantoches no parque 29 ↳ Ethno Portugal’18 18 ↳ Fala de AntÍgona e Medeia 52 ↳ Filipe Sambado e acompanhantes de luxo 43 ↳ FIMÉ: festival internacional de música de évora 17 ↳ Florentino Pujante 61 ↳ Grupo de Dança Roda Viva 33 ↳ Guitarras ao Alto: Francisca Cortesão e Mariana Ricardo 31 ↳ H’aja Música : Trovas e Cantigas
40 ↳ H2Ode: A partir da Ode Marítima de Álvaro de Campos 23 ↳ Ivan Beck e Mário Lopes 59 ↳ Joana Gama: I love sadie 32 ↳ João Grilo 58 ↳ La Lontananza 27 ↳ lobo mau 44 ↳ Luiz Caracol 22 ↳ Mapas do Quotidiano exposição 35 ↳ Maria João com Moçoilas 14 ↳ Mathilda 49 ↳ Matilha 401 45 ↳ Morgane Ji 46 ↳ N(o) Bairro: Anabela Calatroia, Cristina Viana, Júlio Quirino 51 ↳ Nerve 24 ↳ Netherlands Youth String Orchestra 14 ↳ O Cante Acusmático de Pias 20 ↳ O Livro das Caras 35 ↳ Oficina com Asas: Pim teatro 51 ↳ Paredes em Carne Viva 36 ↳ Passeio e grande parada dos Passarulhos: Pim teatro 54 ↳ Pintar 100 Artes 45 ↳ Plataformas Imaginárias : Exposição de alexandra dias ferreira 53 ↳ Plint + orquestra sinfónica dos conservatórios de évora e baixo alentejo
44 ↳ Por Portas e Travessa 57 ↳ Primeira DamA 53 ↳ RGBitches 42 ↳ Ricardo Ribeiro 26 ↳ Rio Lisboa 36 ↳ Rui Calapez 61 ↳ Salada à Portuguesa 54 ↳ Sara Tavares 48 ↳ Scratchers Anónimos 57 ↳ Sequin + Casabranca 38 ↳ Sofa Concerts 60 ↳ Sou do Cante 25 ↳ Stabat Mater Furiosa 29 ↳ Subsolo 28 ↳ Sulcanto 15 ↳ Tempo de Brincar 17 ↳ The Pilinha 24 ↳ To the Best 19 ↳ Toty Sa Med 48 ↳ Transmutação: O Bater dos Últimos Teares 50 ↳ Um Mastro por um Dia 49 ↳ Valas 41 ↳ Viviane canta Edit Piaf 63 ↳ Vozes de Abril 46 ↳ Workshop Graffiti: por Bruno Loz Santos 15 ↳ Xindiro Companhia de Canto e Dança de Moçambique 43 ↳ Zanguizarra 25 ↳ Zé Simples
O Cante Acusmático de Pias
Mathilda
15 julho — 18:00
coreto do jardim público
praça do sertório
12 julho — 22:00
palco p ointlist
Apresentação de uma peça multimédia com
Mafalda Costa (Guimarães, 2000) é uma com-
10 andamentos para coro polifónico alentejano
positora, cantora e instrumentista portuguesa.
- Camponeses de Pias - eletroacústica, regis-
Depois de pisar alguns dos melhores palcos do
tos ecoacústicos e videomaping, com temas
país, como o Festival Paredes de Coura e a Casa
do reportório ecosemiótico do Cancioneirio
da Música, surge o alter ego musical Mathilda. ↳
Alentejano. ↳ Alguns Mestres gregos davam as
Mafalda refugia-se neste termo, que não é mais
aulas aos seus alunos por detrás de uma cor-
do que uma variação do germânico Mahalta,
tina, para que se concentrassem unicamente
de onde deriva o seu nome, para expor fragili-
com a sua voz. O compositor François Bayle
dades, acompanhada ora por um ukulele, ora
dois milénios mais tarde, usou essa técnica na
por uma guitarra eléctrica. Ao vivo, faz-se acom-
forma como a música era difundida, criando o
panhar por Diogo Alves Pinto, mais conhecido
“Acusmonium”, uma série de altifalantes, distri-
pela sua one-man band Gobi Bear, que desen-
buídos no espaço do proscénio e do auditório,
volve arranjos com percussões, guitarra e voz.
rodeando de som o espectador. ↳ A Arte Acus-
↳ Em 2017, o seu primeiro lançamento “Lost Be-
mática teve uma evolução na música Concreta
tween Self Expression and Self Destruction” é
de Pierre Schaeffer. Neste caso utilizamos essa
editado com o selo Planalto Records.
técnica composicional, em que por um lado as vozes do coro dos Camponeses de Pias vão ser transformadas e alteradas electronicamente em tempo real, através das mais avançadas técnicas de processamento vocal electrónico, e por outro, difundidas as vozes do coro e os sons concretos e electrónicos resultantes deste processo, no espaço cénico, acompanhadas por intervenções de poesia verbovisual em tempo real por videomapping. 14
Xindiro
Tempo de jogar e Brincar + Bum Blue Bee
Ca. de Canto e Dança de Moçambique
15 julho — 21:45 / 22:30
praça do sertório
praça do sertório
15 julho — 21:00
Évora Africa
Xindiro Companhia de Canto e Dança é uma
Apresentam-se duas histórias infantis uma foca-
Companhia Profissional de Canto e Dança que
da numa realidade passada e a outra numa fan-
pauta pelo desfilar do melhor dos ritmos mo-
tasia num tempo e realidade inventados. ↳ Em
çambicanos, pela coordenação das vozes para
Tempo de Jogar e Brincar, Ricardo Jorge adap-
as canções que marcaram uma parte da histó-
tou histórias pessoais construindo a pequena
ria de Moçambique e na concepção do figurino
história passada, antes da era digital, cujo narra-
sugestivo para o efeito, viajando habitualmente
dor é uma criança que conta como ela brincava
com um grupo limitado de elementos. A Com-
nesse então. Esta viagem à infância é ilustrada
panhia participa em inumeros eventos nacionais
pelas marionetas de sombras criadas por Beniko
e internacionais (como nas Ilhas Mauricias, No-
que se fazem acompanhar de desenhos amplia-
ruega, Suécia, Zimbabwe, África do Sul, França
dos produzidos pelo ilustrador Ricardo Jorge. ↳
e Holanda), sempre representando o melhor dos
Para Bum Blue Bee, Beniko criou o seu próprio
símbolos moçambicanos pela coordenação das
conto de fadas. Aqui usou novamente a manipu-
vozes e ritmos, utilizando canções que marca-
lação de silhuetas em papel, mas também o seu
ram a História de Moçambique.A Associação
próprio corpo e voz. Trabalhou em sintonia com
Cultural sem fins lucrativos foi fundada a 1 de Ju-
o compositor, tocando instrumentos simples
nho de 1994, por um grupo de alunos pertencen-
(como pianos de brinquedo e xilofones) e can-
tes à Escola Primária Maguiguana, que tem a sua
tando. Foi também usada a narração gravada de
sede e local de ensaios nessa unidade escolar
uma cantora portuguesa, Guida de Palma.
situada no periférico Bairro de Maxaquene.
15
Bromley Youth Concert Band
exposição
Lisbon Music Fest
16 julho — 22:00
praça do giraldo
p a l ác i o d o b a r r o c a l — i n a t e l
16 julho — 2 setembro
AS Évoras em Kepa
Sete dias intensos revelam Évoras diferentes,
Fundada há mais de 30 anos, a Bromley Youth
em nada indiferentes ao ritmo de Kepa Junke-
Concert Band (BYCB) ensaia todas as semanas
ra, músico do País Basco premiado com um
no Bromley Youth Music Center, reunindo jo-
Grammy. ↳ Kepa vive por uma semana a cida-
vens instrumentistas de sopros (madeiras, me-
de dos Cantares de Évora. O encontro entre a
tais) e percussão, com idades compreendidas
música basca e o cante alentejano é o mote
entre os 13 e os 18 anos. A maioria destes jovens
inicial. Juntam-se outros artistas convidados,
músicos reside no bairro londrino de Bromley e
com raízes na música do Alentejo e ouvidos
em bairros adjacentes. Constituída por mais de
no mundo: Amílcar Vasques-Dias, António Be-
65 jovens músicos, selecionados anualmente,
xiga, Beatriz Nunes, Carlos Menezes, Celina
esta banda sinfónica uma série de concertos,
da Piedade, Galandum Galundaina, Gigabom-
incluindo uma digressão anual. A BYCB tem-se
bos e Vozes Do Imaginário, Mara, Mário Lopes
apresentado em diversos países, incluindo os
e Vozes de Abril. ↳ Nascem duas dezenas de
Estados Unidos e o Canadá, tendo sido laurea-
músicas que darão origem a concertos, à edi-
da no World Music Contest em Kerkrade e no
ção de um cd/livro, a um documentário e uma
National Festival of Music for Youth. ↳ Em 2015,
exposição de fotografia. Estas fotografas são
a BYCB participa no prestigiado Festival de Mú-
partes dessa memória reflectida nos olhares de
sica e Dança de Granada e, em 2016, realizou
António Carrapato, José Miguel Soares, Pedro
uma digressão por Itália. No ano passado, apre-
Vilhena e Telmo Rocha.
sentou-se no World Music Competition, tendo sido distinguida com um Silver Award. O reportório da BYCB abrange uma vasta gama de estilos musicais, sob os mais elevados padrões de exigência. Existe um forte espírito de grupo e um sentimento de orgulho em pertencer a esta banda, que acompanha os seus membros ao longo da vida.” 16
The Pilinha ciclo mundos
17 julho — 22:00
praça do sertório
l a r g o á lva r o v e l h o
17 julho — 22:00
Florentino Pujante
Nascido nas ruas de Évora, Florentino Pujante é
The Pilinha nasceram no Verão de 2006 na Gló-
uma criatura musical criada a partir de harmo-
ria do Ribatejo. No dia 1 de Dezembro de 2006
nias cíclicas tocadas na rua onde as melodias
deram o seu 1º concerto no aniversário da As-
se vão intercalando fechando e abrindo ciclos
sociação Febre Amarela. Osconcertos foram
sucessivos. De natureza acústica mas com uma
surgindo e o nome The Pilinha foi se espalhan-
abordagem sonora cinematográfica o Florentino
do levando o grupo a actuar em diversos locais
Pujante é um projecto do musico Zé Peps que
por Portugal e a partilhar o palco com diversas
cria grande parte da sua palete sonora a partir
bandas, contando já no currículo com cerca de
de temas tocados e improvisados na rua. Aqui
200 actuações. ↳ Com a actual formação a
a musica deixa a rua e sobe ao palco com três
sonoridade Ska está bem assente nesta ban-
musicos. É aqui que as harmonias cíclicas se
da que promete agitar todo o público por onde
estruturam para a tomada melódica de três gui-
quer que passe.
tarras que por vezes se harmonizam, outras se sobrepõem e ainda disputam , por vezes, um
Jil Fin o - V oz , B a t e r i a
protagonismo oferecendo a pujança de Floren-
Cost in h a - Gui ta r ra , 2 Voz
tino Pujante.
Pe k a - Te cl a d o, 2 Voz Rafae l Morg a d o - B a i xo
Álva ro L a n cinha – G u itarra
Migue l M oura - Gui ta r ra
R i ca r d o A l berto – V i o li no
Jorge Corr e i a - T ro m pe t e
Zé P ep s – Gu i tarra, G u itarra Sli de , Lo ops
João Correi a - T ro m b o n e Man ue l M o r e i ra - Sa x . a lto
17
Alibombo
Fala de AntÍgona e Medeia 1 8 / 1 9 / 20 ju lho — 21 :0 0 / 21 :30 / 22:0 0
termas romanas
praça do sertório
17 julho — 23:00
ciclo mundos
Alibombo é um espetáculo de percussão e um
Antígona não pode abdicar do seu dever de dar
laboratório de experimentação sonora a partir
sepultura a um irmão. Está tranquila com a de-
de materiais reciclados. Inicia atividades em
cisão e sua consequência. Contudo, antes de
2009, em Medellín, ainda como grupo de per-
morrer, fala a Medeia, a única Mulher cuja con-
cussão urbana. Evolui para uma dimensão mais
duta íntegra e firme admira e a quem pode con-
experimental pela mão do seu diretor, o bateris-
fiar, de forma empática, as suas convicções e
ta David Colorado, do percussionista Juan Pablo
motivações. Um Coro de Mulheres – Medeias,
e do produtor Lucas Jaramillo. Juntos, criam os
Antígonas, Castros e outras tantas, talvez, que
seus próprios beats em tempo real por meio de
se cruzam connosco no caminho – comenta,
uma loopstation, extraindo sons de objetos que
enfatiza e reproduz pontualmente o discurso e
se poderiam encontrar numa lixeira: um quadro
as açõesde Antígona. Antígona é elas e elas
de bicicleta, uma caneca de plástico, uma caixa
são Antígona. Ou apenas elas próprias ou to-
de cartão ou um fecho éclair. São influenciados
das as Mulheres do Mundo.
pelas músicas tradicionais da Colômbia, que abordam de forma contemporânea.
Te xto e En c e n a çã o: S usa n a O li v e i ra In t e rpre ta çã o: C l a ud i a L a z a ro Coro de Mulh e r e s : A n a A s pe r B a n h a , B e a t r i z Ca r r i ç o, Be l a Carva lh o, Déb o ra Sa r e s, Ma n ue l a F o rt e s, Pat rícia Za m b ujo, Ra q ue l O s ó r i o, S í lv i a S e m i ã o Comp osiçã o / D i r e c çã o Vo ca l : Ma ra Música ao Vi v o: Mi g ue l Mo c h o Figurin os: A d o s i n da da C un h a De se n h o de Luz e S o m : J oã o B a c e l a r Produção: B i n o m i a l S ph e r e A s s o c i a çã o Foto grafia d e C e n a : B e tâ n i a S i lva
18
Toty Sa Med
19 julho — 22:00
praça do sertório
praça do giraldo
18 julho — 22:00
Ath Thurda’
AtH-Thurdâ, uma receita musical, de Évora para
Toty Sa’Med (Luanda, 1989) Cantor, compositor
o Mundo! ↳ Num recipiente junta-se um pouco
e multi-instrumentista. ↳ Um dos artistas de
de folk do País Basco, com muito Cante Alente-
culto da nova música Angolana. Em 2016, gra-
jano. Tempera-se com uma pitada de trikitixas
va e edita “Ingombota”, co-produzido por Kalaf
e txalapartas, envolve-se tudo e cobre-se com
Epalanga. Um EP que reúne alguns clássicos
um toque de acordeão. Noutro recipiente de
do cancioneiro angolano num registo intimista,
grandes proporções e que possa atingir tempe-
guitarra e voz, onde transparecem influências
raturas extremas, refoga-se um pouco de Kepa
que vão desde Bonga a Djavan a discos gra-
Junkera, com Mara, Celina da Piedade, Beatriz
vados nos anos 70. A canção ‘Namoro’ que
Nunes e Cantares de Évora. Deixa-se apurar e
fecha o EP foi considerada o melhor Afro-Jazz
envolve-se com a viola campaniça de Tó Zé Be-
pela Rádio Luanda em 2017. ↳ Compôs para as
xiga, o piano de Amílcar Vasques-Dias, o con-
fadistas, Ana Moura a canção ‘Moura’ em par-
trabaixo de Carlos Menezes, a bateria de Mário
ceria com o escritor José Eduardo Agualusa e
Lopes, uma pitada de Vozes e Gigabombos do
para Cristina Branco, o tema ‘Casa’ com letra
Imaginário e surpresas q.b. Junta-se o prepara-
de Kalaf Epalanga. Acompanhou à guitarra Aline
do anterior e mistura-se tudo muito bem, põe-
Frazão na sua homenagem a Belita Palma com
se em lume brando e deixa-se cozinhar durante
o tema ‘Susana’ (Insular - Valentim de Carvalho,
7 dias, com muitos sentimentos, improvisação
2015) e com Sara Tavares, gravou o dueto ‘Brin-
e vivências únicas. O resultado será um prepa-
car de Casamento’ (Fitxadu - Sony Music, 2017).
rado de música do mundo, com novos aromas, tons e paladares de música ibérica, que culminam num prato cheio de novas expressões, texturas, cores e sabores... Serve-se de Évora para o Mundo, já no próximo dia 18 de Julho, pelas 22:00, na Praça do Giraldo.
19
As Imagens contra o Muro
O Livro das Caras
20 / 21 / 22 julho — 21:30 / 23:00
c e n t r o h i s t ó r i c o d e év o r a
év o r a
julho — agosto
C i c l o d e C i n e m a Am b u l a n t e
19 de Julho — Aquarius
Da fusão entre o teatro e a vídeo guerrilha nasce
Kléber Mendonça Filho (2016, 146 min.)
um espectáculo que satiriza os comportamen-
→ Praceta D. João II, Vista Alegre.
tos humanos nos usos excessivos, compulsivos e bizarros das redes sociais nesta era da
26 de Julho — Mahanagar
comunicação digital individualizada. ↳ Fruto de
Satyajit Ray (1963, 136 min.)
uma alienação que aprisiona o olhar da huma-
→ Largo N.a S.a da Conceição, B. da Câmara.
nidade a uma realidade fabricada, os humanos deixaram de comunicar entre si. Trocam ape-
2 de Agosto — Shônen
nas informação, muita e supérfua na maioria
Nagisa Ôshima (1969, 105 min.)
das vezes. ↳ Três personagens entram em
→ Pó de Vir a Ser - Av. São João de Deus, 29.
cena. Conversam pouco entre eles. Serão apenas uma projecção de si, de nós?
9 de Agosto — Chinatown Roman Polanski (1974, 130 min.) → Jardim da Rua da Sobreira, B. da Malagueira. 16 de Agosto — Les glaneurs et la glaneuse Agnès Varda (2000, 82 min.) → Largo N.a S.a da Conceição, B. da Câmara. 23 de Agosto — Er shi si cheng ji Jia Zhangke (2008, 112 min.), → Jardim da Rua da Sobreira, B. da Malagueira. 30 de Agosto — Leviatã Andrey Zvyagintsev (2014, 140 min.) → Praceta D. João II - Vista Alegre. 20
Ópera About Lines
21 julho — 22:00
praça do sertório
praça do sertório
20 julho — 22:00
Coro de Vozes Paródia Musical
Cantar é uma expressão corporal que a alma
Num sentido nada convencional, “About Lines”
usa para falar de poesia. ↳ A poesia esta em
desvia o sentido da doxa, combina morfemas
tudo e foi desse namoro que nasceu a vontade
variegados, retalha grafismos, ignora o bel can-
destas e destes de ao aprender a usar o cor-
to, é uma antropologia vocal, desenha um pat-
po, darem às suas almas a possibilidade de
chwork de notações inabituais, de carácter pri-
se manifestarem. ↳ Nesta criação, o encontro
macialmente electro-acústico, embora inclua o
dá-se com a Bossa e outras sonoridades, mas
sampler como instrumento duma “plunderfonia”.
o céu é o limite...hoje Parodia Musical são estas
↳ Esta ópera pondera uma questão controver-
e estes que aqui estão, amanha se você quiser
sa: não se constitui como um regime idiomá-
a Parodia é sua! Juntem-se a nós!
tico como o fará, a título de exemplo, a ópera clássica romântica; “About Lines” é antes uma concocção residual idiomática, painel de idioletos entre os tutti. Partindo da obra “About Lines”, transpõe-se para a dramaturgia aspectos de uma Arqueologia do Vivo, numa viagem pelos diferentes conceitos que ao longo do tempo marcaram a relação entre o humano, a Natureza e os outros seres.
21
Mapas do Quotidiano
Barbez com Velina Brown
22 julho — 18:00
praça do giraldo
G r u p o P r o - É v o r a — R . d o S a lva d o r 1
22 julho — 22 agosto
exposição
A vida do dia-a-dia das cidades, as memórias
Barbez, coletivo sediado em Nova York que se
dos seus habitantes e os seus percursos quoti-
baseia em estilos de vanguarda, música clás-
dianos não costumam vir assinalados no mapa.
sica contemporânea e folk, tal como a cumbia
Esta exposição mostra o resultado de uma ofi-
e o flamenco, para reinventar canções icónicas
cina de cartografia onde se experimentou tra-
como “L’Internationale” (A Internacional) e “Viva
çar os novos mapas da nossa cidade. “Mapas
la Quince Brigada” (Décima Quinta Brigada) para
Quotidianos” é um projecto coordenado por
uma nova geração de ouvintes. ↳ O álbum con-
Rita Catarino e desenvolvido em parceria pela
ta com os músicos do grupo: o clarinetista Peter
Associação Pó de Vir a Ser, o Grupo Pro-Évora
Hess (Philip Glass Ensemble), Pamelia Stickney
e a C.M. Évora.
(David Byrne), o marimba e vibrafone Danny Tunick (the Clean), o guitarrista Dan Kaufman (Rebecca Moore), a violinista Catherine McRae
E n c er ra à 2 ª f ei ra.
(the Quavers), o baixista Peter Lettre (Shearwater) e o baterista John Bollinger (Sway Machinery); com a vocalista Velina Brown (San Francisco Mime Troupe) e convidados especiais Dafna Naphtali, nas back vocals e Sebastiaan Faber, no trompete. ↳ Lançam em 2013 Bella Ciao (Tzadik), um albúm inspirado por antigas melodias judaicas romanas e pela resistência italiana durante a Segunda Guerra Mundial, e em 2017 uma notável homenagem aos voluntários chamado For Those Who Came After: Songs of Resistance From The Spanish Civil War, em colaboração com a cantora Velina Brown, através da Boston Records. 22
Contágio
Ivan Beck e Mário Lopes
23 julho — 22:00
praça do sertório
c e n t r o h i s t ó r i c o d e év o r a
23/31 julho — outubro
I n sta l a ç ã o d e A n a b e l a C a l a t r o i a
A série “Contágio” é um conceito de instalação
Trata-se de um septeto de funk/jazz/fusão lide-
de rua cujo objectivo é despertar um novo olhar
rado pelo baixista Ivan Beck (Brasil) e pelo ba-
sobre os lugares que habitamos ou visitamos,
terista Mário Lopes que propõem um repertório
evidenciando os locais intervencionados seja
energético de temas originais. A sonoridade é
pela sua matriz arquitetónica ou pela função que
centrada no funk mas apresenta fusões bastan-
desempenham no espaço urbano através da
te variadas que se poderão associar às músicas
inserção de elementos escultóricos tridimen-
do mundo, tais como afro-cubanas, brasileiras
sionais e aplicação da técnica de yarn wrapped,
e também orientais. Podemos ouvir influências
tear e croché em árvores e mobiliário urbano.
claras de artistas como Snarky Puppy, Tigran
↳ Contágio realiza-se de 23 a 31 Julho manten-
Hamasyan, Avishai Cohen e Victor Wooten.
do-se até ao final de Outubro e apresenta-se, no Edifício do Salão Central, na Escadaria junto
Ivan Be ck - b a i xo
à Igreja de S. Vicente, na Praça de Sertório e Jar-
Mário Lope s - b a t e r i a
dim do Largo de Avis.
Rodrigo Lino - sa xo fo n e Jés sica Pin a - t ro m pe t e
A p o i o: S o c i edad e Harmo ni a Ebo r e n se
David Willia m - v i b ra fo n e João Baião - g ui ta r ra Rafae l Fonc ub i e rta -pi a n o
23
To the Best
Netherlands Youth String Orchestra
25 julho — 22:00
praça do giraldo
praça do sertório
24 julho — 22:00
Lisbon Music Fest
Quem não dançou ao som de “What´s Love Got
A Nederlands Jeugd Strijkorkest - NJSO reúne
To Do With It”, “Private Dancer”, “We Don’t Need
talentosos jovens instrumentistas de cordas,
Another Hero”, “Steamy windows”ou “Proud
com idades entre os 12 e os 19 anos, estudantes
Mary”? Quem não cantou “(Simply) The Best” a
avançados de várias academias e conservató-
plenos pulmões? To the Best é um tributo a uma
rios públicos de música da Holanda, bem como
das lendas do rock ainda vivas: a inigualável Tina
talentosos alunos de professores particulares
Turner. Este projecto atravessa diferentes déca-
e escolas de música privadas. ↳ A NJSO apre-
das e fará vibrar várias gerações que cresceram
senta-se com uma forte energia e entusiasmo,
ao som dos seus maiores hits das décadas de
atingindo um alto nível de competências técni-
70, 80 e 90. To The Best surge da admiração
cas e de musicalidade. A orquestra ensaia se-
dos músicos desta banda de tributo pela “Rai-
manalmente no conceituado Conservatório de
nha do Rock”, pelo seu legado musical e artísti-
Amsterdão, sob a direção do maestro Carel den
co. Pretende-se que este espetáculo, com uma
Hertog. São realizados regularmente diversos
interpretação genuína, seja uma celebração da
workshops e ensaios de naipe, orientados por
música e da carreira da artista vencedora de 8
membros da Royal Concertgebouw Orchestra e
Grammys, partilhando com o público a energia
de outros ensembles profissionais holandeses.
vibrante e contagiante dos temas de Tina Tur-
Esta orquestra apresenta-se em três projetos
ner. “To The Best” é o espectáculo de rock ideal
anuais, interpretando programas desafiantes e
para cantar e recordar do início ao fim!
exigentes que incluem reportório tradicional e contemporâneo. Cada projeto traduz-se numa série de concertos em salas conhecidas, como o Concertgebouw, mas também em locais onde a performance de música ao vivo é menos comum, mas muito apreciada, como por exemplo no Wilhelmina Children’s Hospital.”
24
Stabat Mater Furiosa
Zé Simples
26 julho — 18:00
jardim dos colegiais
praça do sertório
25 julho a 11 agosto — 22:00
capote à sombra
Uma mulher que “recusa compreender e que
“Pudera o homem evadir-se num ponto longín-
não quer compreender e implora”. Uma mulher
quo bem a sul, intersectar horizontes e perder-se
que suplica a vida. Mãe furiosa, filha furiosa,
num final de tarde, de um vermelho sanguíneo e
irmã furiosa. ↳ ‘Stabat Mater Furiosa’ não é ape-
febril quase consciente do fim. ↳ José Penacho
nas um texto contra “a tosse enraivecida das
(músico de Marvel Lima e Riding Pânico) toma as
armas”, é uma indignação, um gesto de revolta,
planícies bucólicas do Alentejo como sua ins-
uma voz de esperança. Uma voz como a mi-
piração naquele que é o seu primeiro trabalho
nha, a sua, a nossa.
a solo, íntimo e revelador. Num registo cancioneiro, imerge na guitarra primitiva americana de
2 5 / 2 6 / 27 j u lho → a d ro da sé
John Fahey, Robbie Basho e Jack Rose, enquan-
2 / 3 / 4 — 9 / 10 / 1 1 ago sto → E rmida de S. Bartolome u
to desperta ressonâncias saudosas de Zeca Afonso e José Mário Branco, nomes que fizeram
Tradução - FILIPA GUERREIRO
história no mundo da sua arte e na música por-
Com - ELSA PINHO
tuguesa de intervenção. ↳ A expressão musical
Acompanhamento musical - JORGE CAEIRO e MÁRCIO VITORINO
faz jus ao seu nome. A simplicidade com que
Criação vídeo - JOÃO PITEIRA
evoca as vivências rurais mais cruas.”
Direcção - FIGUEIRA CID
25
Cassete Pirata
Rio Lisboa
26 julho — 22:00
praça do giraldo
jardim dos colegiais
26 julho — 18:00
capote à sombra
Liderada pelo guitarrista João Firmino (mais
“A sonoridade do Rio Lisboa reflecte a fusão
conhecido como Pir), que também assume o
das musicalidades de Portugal e do Brasil – paí-
papel de vocalista, conta nas suas fileiras com
ses unidos por laços históricos e pela língua de
o monstro da bateria João Pinheiro (Diabo na
Camões. O FADO unido à BOSSA-NOVA a nos-
Cruz, TV Rural), o pulso firme de António Quin-
talgia e a saudade unidas à alegria e à paixão.
tino no baixo (Samuel Úria), para além da úni-
Esta mistura expressa as sonoridades da antiga
ca dupla de cantoras e teclistas que este país
Alfama com as da saudosa Copacabana, numa
conhece – Margarida Campelo e Joana Espa-
junção alegremente conseguida, sensivelmen-
dinha. ↳ Vindos maioritariamente das escolas
te materializada pelos poetas e pelos músicos
de jazz de Lisboa e Amesterdão, os Cassete
que compõem este colectivo. ↳ MOÇA MORE-
Pirata abalaram as fundações do Popular Alva-
NA” o trabalho que apresentamos é uma mu-
lade, Casa do Povo de Ovar, Salão Brazil, Café
lher mestiça, resultado deste encontro e mistu-
Concerto Pombal com as suas canções rock,
ra de culturas, aqui representada pelas diversas
vindas directamente da juventude que repri-
cantoras convidadas. A par da identidade desta
miram durante o estudo de harmonias de jazz
mulher cada vez mais global, devemos enca-
demasiado complicadas. ↳ A banda represen-
rar o enorme e vasto oceano, como charneira
ta o descomprometimento de quem consegue
que induz a uma reflexão profunda sobre o que
enfiar uma canção pop entre os solos de gui-
nos liga a todos, bem como uma mudança de
tarra de Firmino e a batida demolidora, suada
consciência. Quem sou eu? Quem somos nós?
e sem t-shirt de João Pinheiro, sem esquecer os coros de duas das melhores vozes de Campo de Ourique. O lirismo das melodias e o som psicadélico dos teclados vêm de quem juntou os Supertramp e Melody’s Echo Chamber aos discos do Coltrane e Milton Nascimento.
26
LOBO MAU
capote à sombra
capote à sombra
27 julho — 18:00
jardim dos colegiais
jardim dos colegiais
27 julho — 18:00
Amanita Ponderosa
Formação teimosamente duo que toca para lá
Uma guitarra eléctrica, duas vozes, uma femini-
do rock com travo a mundo (ou seja, sem deli-
na e outra masculina, e as histórias e vivências
neamento estilístico). Impulsionados pelo riff na
que caracterizam os seus timbres, servem de
procura via método tentativa e erro, mostram-se
mote a todo um processo criativo de extrema
em concerto uma vez e meia por ano. E só para
partilha que tem vindo a resultar num repertório
ficarem quatro estrangeirismos no texto: prati-
original, desinibido e sem artifícios, actualmente
cam o groove e por vezes recorrem ao loop!
em fase de consolidação para ser levado a ouvidos disponíveis para a nova música portuguesa. Gon çalo Fe r r e i ra / L í li a E st e v e s / Da v i d Ja c i n to
27
Sulcanto
29 julho — 22:00
praça do giraldo
l a r g o d o c h ã o da s c o va s
29 julho — 18:00
Amor de Margarida
Amor de Margarida - Peça de técnica mista, para
Sulcanto nasceu a sul, em Évora, por desafio
palhaço e pianista. ↳ Os desamores de um per-
do Festival Artes à Rua. É um espectáculo que
sonagem carente numa mesa de bar acompa-
resulta do encontro, na cidade classificada pa-
nhados ao piano por um músico que veio do of-
trimónio Mundial, de 3 expressões inscritas na
talmologista. ↳ Canção, emoção e improvisação
lista de salvaguarda do património imaterial da
num momento único de risco e rara beleza poé-
UNESCO: Fado, Flamenco e Cante. ↳ O piano
tica. Margarida conta-nos a sua história de amor.
é, neste contexto, um instrumento inesperado que funciona como um berço de harmonias e
D i r ec çã o: A ntó nio Bex ig a e Dio go Duro
timbres que cercam as vozes no caminho da
I n t er p r eta ção: Antó nio Bex ig a e Dio go Duro
emoção. Cada um dos cantores é um intérpre-
M ú s i ca : A ntó ni o Bex i g a
te exímio e aqui eles mostram a coragem e a
Cen o g ra f i a e ad ereço s: Cri sti na Vian a
sabedoria para entrelaçarem estilos, havendo
Ca r p i nta r i a ( Piano ) : Antó ni o Can e l as
uma provocação mútua que dá vida a novas
Im a g em g rá fica: Cri sti na V i ana
tessituras sonoras e visuais. ↳ Sulcanto é um
P ro du çã o: Di o go Du ro
novo projecto com raízes na tradição, mas é a vontade de descobrir sonoridades diferentes que lhe dá vida. Can t e Fl am e n c o E st h e r Me r i n o Can t e Ale n t e ja n o & Fa d o P e d ro Ca l a d o Can t e Ale n t e ja n o Ma n ue l Ca ld e i ra Pian o e Dir e çã o Mus i ca l Amí lca r Va s q ue s -D i a s Guitarra Jua n Ma n ue l Mo r e n o Pe rcus são & Pa lm a s S e rg i o G a rc í a Palmas Yan Ro sz yc Baile e Palm a s F ue n sa n ta B l a n c o Produção E uph o n i a
28
c o n v e n t o d o s r e mé d i o s
31 julho / 1 / 2 agosto — 21:30
Subsolo
praça do giraldo
30 julho — 22:00
Ethno Portugal’18
Ethno Portugal é um projeto coordenado pela
A guerra não passa de um Aquário cheio de
PédeXumbo que vai acontecer em Castelo de
corpos, que estão limitados por um espaço,
Vide, entre 22 de julho e 1 de agosto de 2018.
onde a única forma de sobreviver é também a
↳ Consiste numa residência artística de música
única forma de morrer. Os que detém o poder
e dança tradicional, que reúne jovens músicos
dominam os movimentos das águas consoan-
e bailarinos (entre os 18 e os 30 anos de idade)
te o que mais lhes aprouver. E assim sendo,
de todo o mundo (26 nacionalidades) durante 10
estes corpos não passam de meras saquetas
dias intensos onde vão partilhar a sua energia,
incómodas e poluídas, que um dia pensaram
música, dança e cultura e construir conjunta-
ser humanos. Chamamos humanos aos que
mente um espetáculo de sonoridades originais.
desumanizam aqueles que eram tão humanos como nós. E chamamo-nos o quê a nós que não desumanizamos nem somos humanos? Somos os vigilantes silenciosos, os assassinos escondidos, os monstros que assistem, e residem, sentados confortavelmente nos nossos lares, enquanto contribuímos para a destruição do mundo sem fazer nada. Saramago dizia, “se puderes olhar vê, se puderes ver, repara”, nós dizemos, se puderes olhar vê, se puderes ver, age. Te xto, cria çã o, i n t e r pr e ta çã o, i n sta l a çã o, i m a g e m , luz , s om e c e n o g ra fi a d e Ca ro li n a F i g ue i r e d o e Mafalda M ó s ca
29
cromeleque dos almendres
1 / 2 agosto — 22:00
Jonas Runa: Ouroboros
praça do sertório
julho —agosto
CINEMA NA RUA
31 de Julho
A mais recente criação do artista Jonas Runa:
“Abelha Maia – Os Jogos De Mel”
Ouroboros apresenta-se sob a foma de concer-
Noel Cleary, Sergio Delfino, Alexis Stadermann
to/performance, com fato de luz criado pelo artista em colaboração com a designer de moda
7 de Agosto
Alexandra Moura. ↳ O fato usa a tecnologia
“Cinema Paraíso”
NeoPixel - LEDs programáveis individualmen-
Giuseppe Tornatore
te até 16 milhões de cores -, e inclui sensores de movimento, integrados de forma a cons-
14 de Agosto
truir em tempo-real uma composição de luz e
“Op.ção”
som, através do movimento do artista durante a performance. ↳ A proposta desenvolve téc-
Tiago Figueiredo
nicas que envolvem luz, som e movimento, 21 de Agosto
anteriormente apresentadas na La Biennale di
“Não Consegues Criar o Mundo Duas Vezes”
Venezia e no ARoS Museum of Art, ambas em
Catarina David, Francisco Noronha
colaboração com a artista Joana Vasconcelos; e no Teatro Camões, em parceria com a coreógrafa Clara Andermatt e a Companhia Nacional de Bailado. ↳ Ouroboros propõe uma viagem sonora, luminosa e performática, que se desdobra num fluxo de improvisações e se funde num discurso aberto em permanente ação. O músico/performer trabalha a partir do interior do som, moldando-o como um escultor e desdobrando-se em noções dinâmicas de tempo retardado, síncrono, assíncrono, acelerado - no sentido de criar novos espaços sonoros. 30
Choro da Tixa Roda de Choro de Évora
2 agosto — 19:00
praça do sertório
praça do sertório
1 agosto — 22:00
H’aja Música Trovas e Cantigas
O núcleo de Évora da Associação José Afonso
O grupo interpreta temas da música popular
e o grupo H’aja Música revisitam os tempos da
brasileira nos seus mais variados regionalismos,
luta contra o fascismo, a partir de um roteiro mu-
como samba-canção, choro, baião, frevo, bossa
sical e poético que inclui alguns dos autores e
e samba, levando o público a uma viagem pela
temas mais simbólicos do vasto cancioneiro da
cultura do país irmão.
resistência, entre os quais avultam belos temas que escaparam à eternização da memória e que, por uma razão ou outra, foram caindo no esquecimento. ↳ Apesar de datadas, algumas das canções recuperam temas que adquirem, subitamente, uma actualidade inesperada, tornando o concerto numa viagem sensorial a um passado recente, mas também num apelo à nossa consciência vigilante para um combate que está longe de terminar.
31
3 agosto — 21:30
praça do sertório
3 agosto — 16 setembro
exposição de josé bizarro
João Grilo
g a l e r i a i n a t e l : R . a S e r p a P i n t o 6
desenho e pintura de alguns sonhos, de várias …
Desenho e Pintura de alguns Sonhos, de várias
‘’Mui Nobre e Mau Rapaz’’ é o primeiro projeto
ingenuidades e de algumas Malandrices
de João Grilo e uma homenagem à sua cidade natal: Évora. Este EP, composto por 5 temas ori-
José Bizarro dedicou-se ao ensino das Artes
ginais, faz a ponte entre Portugal e a sua inevitá-
Visuais em várias capacidades: foi autor de
vel herança latino-africana através da exploração
programas do ensino básico e secundário, pro-
das sonoridades sul-americanas, e das suas raí-
fessor de diversos níveis de ensino e orienta-
zes rítmicas em África. A vibração das cordas da
dor pedagógico do ensino secundário. Integra
guitarra clássica, e as suas infindáveis texturas
equipas de elaboração e acompanhamento
sonoras, são o mote desta viagem ao sentimen-
de programas curriculares. Tem colaborações
to quente e teimosamente errante do Sul.
poéticas e artigos sobre Educação e Linguagem Visuais publicados em diversos jornais e revistas. ↳ É co-fundador do Cineclube de Portalegre, em 1960, tendo participado como actor em vários filmes. ↳ Realizou a sua primeira exposição individual no Museu Etnográfico de Serpa, em 1992. Participou em diversas exposições individuais e coletivas, como a “Mostra de Arte Moderna Portuguesa” em Évora (1987), e em várias edições da Bienal de Artes Plásticas da Festa do Avante. As suas obras estão presentes em coleções particulares e públicas. Vive e trabalha em Évora. H o rá r i o a o f i m d e semana: 10 :0 0 —1 3:30 / 1 4:00—1 7:30 D i a s ú t ei s : 10 : 0 0 —14: 0 0 / 15: 0 0 —18:00 ( E n c er ra à segu nda-f ei ra)
32
Guitarras ao Alto
Era uma vez Teatro de Marionetas
Francisca Cortesão e Mariana Ricardo
16 julho — 11:00
parque infantil
praça do sertório
3 agosto — 22:00
fantoches no parque
Guitarras ao Alto apresenta Francisca Cortesão
4 de Agosto
e Mariana Ricardo. ↳ Depois de 5 concertos en-
O BOLO
tre Maio e Junho, em Estremoz, Avis, Beirã-Mar-
Um dia o Sr. António e a Sra. Antónia fizeram um
vão, Redondo e Crato, o Guitarras ao Alto chega
bolo. Deixaram-no a arrefecer e pediram aos
mais uma vez ao Artes à Rua em Évora, este ano
meninos que tomassem conta dele, mas o bolo
com as guitarras e vozes de Francisca Corte-
fugiu para a floresta onde se cruzou com muitos
são e Mariana Ricardo, e com o patrocínio dos
animais dos quais conseguiu sempre escapar
vinhos Herdade de São Miguel da Casa Relvas.
até que apareceu a dona Raposa que se mos-
Um evento cada vez mais alentejano, que valo-
trou muito mais esperta do que ele.
riza o património, a paisagem, o vinho e a gas7 de Agosto
tronomia, e que já vai na 4ª edição, desde 2014.
A PRINCESA ZIAH Quando o músico Guesti e o urso Sera chegam ao palácio do Rei Largo para animar a festa de aniversário da Princesa Ziah não imaginam a aventura que os espera para salvar a Princesa do malvado Rei Crachos. 7 de Agosto O Mistério da Pedra Encantada Uma história divertida de Reis, Princesas e Dragões onde os equívocos são o mote para uma grande aventura.
33
April Marmara palco p ointlist
4 agosto — 18:00
largo de s. vicente
largo de s. vicente
4 agosto — 18:00
Duquesa palco p ointlist
Depois de numerosas aventuras em carrinhas e
Do pedaço ghost folk da multifacetada Spring
transportes públicos, de incendiar a sua passa-
Toast Records, surge April Marmara. Bia Diniz,
gem com um rock ’n roll movido a punk, Nuno
cantora e compositora deste solitário projecto,
Rodrigues chegou a Duquesa, o seu projecto
vai beber aos ambientes bucólicos dos amigos
que abriga o álbum homónimo e, agora, “Norte
e companheiros de editora, Calcutá ou Jasmim.
Litoral”, um documento da sua nova fase artísti-
Mas não nos limitemos a comparações imedia-
ca e sobre as suas referências, espelhadas em
tas, até porque estamos perante um universo
sete canções pop de tons mais negros, com
bastante singular. Com uma invulgar serenidade
arranjos cuidados, ora doces, ora amargos, a
nos dedos e na pose, e com um registo vocal
enaltecer um registo essencialmente maduro.
cuidado e arrepiante, April Marmara apresen-
Nuno Rodrigues atracou na sua origem, a Norte
ta-nos as suas negras canções de amor. São
Litoral deste rectângulo, para se revelar em tons
canções sem espinhas ou gorduras desneces-
mais frios e em melodias mais negras, abrindo
sárias que, ora lembram as noites de vendaval
em definitivo uma janela nova para a sua arte
vistas pela janela do quarto, ora lembram os
de intérprete. ↳ Duquesa chegou, prematura-
passeios ao sabor da brisa das pálidas manhãs
mente, ao ponto de observar os anos volvidos e
de Outono. Imagens e mais imagens, que Bia
dar-lhes um novo enquadramento, com uma ex-
Diniz canta sem qualquer pudor. Uma coragem
pressão nova e idiossincrática. De Afinal a Norte
fora de série, que é friamente catapultada para
Litoral, um laissez faire de 30 minutos, a acalmia
os ouvidos de quem ouve, e reconhece a nos-
minhota, oceânica na sua dualidade, revitaliza-
talgia, a solidão e a universalidade de quem es-
se em tons verdes vivos e impõe-se à fragilida-
creve canções folk assim. Sim, tudo isto é folk,
de, mostrando Duquesa como uma força a ter
e é como folk deve ser, solitário, bem cantado, e
em conta na escrita pop.
que podia não ter língua nem terra!
34
Maria João com Moçoilas
Oficinas com Asas
5 / 12 / 19 / 26 agosto — 17:00
parque infantil
praça do giraldo
4 agosto — 22:00
grupo pim teatro
Um concerto improvável, surpreendente e ousa-
Trazemos até este espaço,onde pais e filhos
do, juntando a diva do jazz e da música impro-
procuram o tão necessário «tempo de qualida-
visada Maria João às singulares e irreverentes
de», um conjunto de oficinas para desfrutar em
Moçoilas, grupo de três mulheres, Margarida
família, onde todos são convidados a jogar, a
Guerreiro, Inês Rosa e Teresa Silva, que inter-
pintar, a brincar com as palavras e a aprender
pretam a capella canções tradicionais do sul, de
a fazer. ↳ Os nossos «passarulhos» não serão
matriz mediterrânica. O mote para o espetáculo
as únicas aves naquele parque. De facto, mui-
é o cruzamento de diversas latitudes musicais
tas outras o habitam. A pensar nisso, e com o
(Portugal, Brasil, África e outras) em que tradição
objectivo de sensibilizar os participantes para
e contemporaneidade se interpenetram para ori-
esta presença e para a consequente importân-
ginar novas e criativas abordagens, num formato
cia das árvores numa cidade, preparámos um
de grande cumplicidade artística e proximidade
conjunto de oficinas para os 4 fins de semana
com o público. ↳ Elas trazem a alma dos cantos
de agosto. ↳ Numa oficina, que decorre duran-
da serra – e dos cantos da terra, e de muitos ou-
te duas horas, cada participante pode:
tros temas inspirados aí, nos seus tons, nos seus
— «Aprender a fazer pássaros» técnicas de
sons e cheiros, na sua voz para fora que ecoa e
origamis;
se transporta. É um canto solto com harmonias
— «Voar a cores» expressão plástica com
doces, duras e simples. A responsabilidade de
tintas e papel;
assegurar este espaço/tempo musical e cultural –
— «Des-passa-rar palavras» escrita criativa.
que tem sido manuseado e cuidado ao longo do tempo por Mulheres que se assumiram Moçoilas. Maria João: voz / Moçoil as: Margarida Guerreiro, Inês Rosa e Teresa Silva: vozes / João Frade : acordeão, direcção musical e arranjos / João Farinha: Fender Rhodes, sintetizadores E co -direcção musical / Quiné Teles: bateria e p erc u s s õ es
35
Passeio e grande parada dos Passarulhos
Rui Calapez
5 agosto — 22:00
a lt o d e s ã o b e n t o
parque infantil
5 / 12 / 19 / 26 agosto — 19:00
grupo pim teatro
Construídos com materiais 99,9% vegetais e/
Podia ser um hino. Podia ser uma ópera.
ou reciclados, estes «Passarulhos» são pássa-
Podiam ser músicas contínuas, infinitivas.
ros que não voam, mas gostam de passear.
Mas aqui tudo interfere: a música instrumental,
Têm um pastor que tenta impor a ordem, mas
as palavras ditas, os cantos recordados.
com muita dificuldade, pois não é fácil fazer um
Persisto neste projecto, nesta vontade de dar
rebanho de «Passarulhos». ↳ Como todas as
espaço às fontes sonoras de se abraçarem,
aves, estas também têm muita dificuldade em
de se libertarem, de se imporem.
obedecer. É neste jogo de bom e mau comportamento, na curiosidade por tudo, sobretudo, pelo público, que se baseiam estes «Passeios» e no descobrir cidades, caminhando pelas ruas e dançando nas praças. ↳ Os passarulhos também são cantores e chilreiam ou grasnam conforme o seu estado de espírito. Procuram a sua alma gémea e quando pensam tê-la encontrado não resistem a um fantástico baile nupcial, revelando as suas mais belas plumas, reservadas para momentos especiais. 26 agosto — 18:00 GRANDE PARADA DOS PASSARULHOS Os Passarulhos invadem a cidade, vão atrever-se nas ruas e praças de Évora. ↳ Na Praça do Giraldo e no adro da Sé serão as estações principais onde os «Passarulhos» aproveitarão para as suas exibições. 36
A Música das Palavras
Dia do Armistício
6 agosto — 6 setembro
paços do concelho
l a r g o á lva r o v e l h o
5 agosto — 22:00
exposição de júlio quirino
Partindo da língua portuguesa e da poesia portu-
A pintura tem como base uma fotografia tirada
guesa, este projecto de poesia musicada é feito
no próprio dia do Armistício, dia 11 de Novembro
a pensar no ritmo poético de cada palavra. Flor-
de 1918. ↳ Pretende-se com esta pintura, ilustrar
bela Figueiredo dá a voz a cada palavra de poe-
o fim de uma guerra (que começou com o epí-
mas de autores e autoras portugueses, alguns
teto da guerra que ia acabar com todas as guer-
reescritos, e ainda a originais. Acompanhada
ras) e a esperança de um mundo melhor, sem
à guitarra pelo musico Zé Peps, que, criando
guerras. O fim da guerra está representado nos
uma paisagem sonora criada a partir de simples
canhões e metralhadoras amontoadas como
loops de guitarra, decora com dedilhados e gui-
se fossem sucata já sem uso. ↳ A esperança
tarra slide as palavras de Florbela Figueiredo.
de um mundo melhor está representada na alegria estampada nos rostos das crianças que se
F lo r bel a F i gu eired o – voz e d ecl amação
apropriam dos canhões para festejar o fim da
Zé P ep s – g uitarra e lo o p s
guerra. ↳ Ao olhar e pintar cada rosto de criança, por mais difuso que seja, interrogamo-nos do que foi o seu futuro. Será que cresceram e tiveram um papel importante na criação do mundo moderno? Será que os seus filhos são pessoas que hoje fazem a diferença? ↳ Nunca o saberemos, mas aquele momento congelado no tempo, é o momento de todas as esperanças, de todos os possíveis. Pintá-lo e principalmente, observá-lo ao vivo, é reviver esse momento para que possamos todos interiorizar que todos os dias poderão ser dias de armistício, dias de paz, resolvendo as nossas diferenças não com o uso das armas, mas sim inspirados no sorriso das crianças. 37
c e n t r o h i s t ó r i c o d e év o r a
8 agosto — 10:00 / 19:00 / 21:30
Sofa Concerts
b i b l i o t e c a p ú b l i c a d e év o r a
7 / 8 / 9 agosto — 21:00
Carta de um Prisioneiro
Oficina Carta é um espetáculo de teatro docu-
O Sofa Concerts/Concertos de Sofá é uma per-
mental, um espetáculo - conferência, que recu-
formance de rua que consiste na colocação
pera alguns dos materiais trabalhados no con-
de um sofá num espaço público, juntamente
texto do projecto “30 e tal no campo da morte
com uma placa que convida os transeuntes
lenta” (sobre o Campo do Tarrafal), como excer-
a sentar. Assim que tal aconteça, a equipa da
tos de entrevistas e memórias de antigos pri-
OfA irá compor uma pequena “sala de estar”
sioneiros e colaboradores da Prisão, do conto
acrescentado ao espaço um tapete de sala,
“a carta de um prisioneiro” (escrito em residên-
uma mesa de centro, um candeeiro, etc. Sur-
cia, em Cabo Verde) e imagens relacionadas,
ge então o (a) cantor (a) que à capela inicia
entre outros ambientes empáticos. ↳ Anteci-
um tema musical de jazz. ↳ Gradualmente,
pando um diálogo sobre o lugar do prisioneiro
junta-se um saxofone, trombone, trompete,
ideológico, da memória e de um respectivo en-
guitarra, entre outros possíveis instrumentos.
quadramento histórico, propõe-se, assim, um
É dado um concerto privado para quem está
olhar abrangente sobre o legado histórico das
sentado no sofá, ao mesmo tempo que todo
memórias do Estado Novo, da Guerra Colonial e
o público presente nesse espaço presencia e
da Prisão do Tarrafal.
usufrui igualmente desse momento musical.
“A ca rta de u m p ri sio nei ro” i ntegrou a in iciat iva “30 e
→ t e mplo r o m a n o
ta l n o ca m p o da mo rte lenta”, a graciada com a bolsa
→ l argo ál v a r o v e lh o
Cr i a r Lu s o f o nia d o Centro Nacion al de Cult ura e da
→ p raça do g i r a ld o
D i r ec çã o Geral d o Li vro e das Bibliot e cas.
38
Encantante
Em Contínuo
9 agosto — 14 setembro
paços do concelho
praça do sertório
8 agosto — 22:00
Exposição de Inês Teles
A música deste concerto é uma revisitação dos
O lugar desta intervenção artística para além de
lugares, das pessoas e dos afectos que têm
palco político depois do ano 1881, foi um antigo
marcado a vida e o carácter de Amílcar Vas-
palácio e também termas Romanas de Évora,
ques-Dias. ↳ O encontro com o mestre Joa-
descobertas apenas em 1987 e datadas en-
quim Soares, a quem dedica ‘...se não chover
tre os séculos II e III. É neste espaço, onde se
primeiro’, e com o marionetista Manuel Dias, a
destaca num grande átrio, uma escadaria em
quem dedica ‘Marioneta meu amor’, represen-
ferro, que se instala a obra da artista Inês Teles,
tam momentos únicos de inspiração. ↳ Os de-
composta por uma escultura e vários objectos
mais temas do programa são outros momentos
de dimensão táctil. ↳ Os materiais utilizados
de um percurso de vida feito de projectos diver-
para criar o corpo de trabalho desta exposição
sos entre a música erudita, o cante flamenco, o
limitam-se à utilização de resina cristal, pó de
cante alentejano, o fado, e as músicas tradicio-
pintura, recuperado de trabalhos anteriores, e
nais. ↳ As vozes de Pedro Calado e de Gisélia
papel. Numa lógica de reavaliação da matéria
Silva, e as imagens de João Bacelar - artistas
como memória histórica, procura-se questionar
convidados – fazem parte desta viagem, enri-
a importância do fragmento, na leitura e interpre-
quecendo-a. ↳ ENCANTANTE - um concerto
tação da acção humana. Se por um lado, a coe-
único, íntimo, irrepetível... - é dedicado à cidade
xistência destes objectos de arte contemporâ-
de Évora.
nea com as ruínas e fragmentos arqueológicos tornaram esta proposta pertinente, a suspensão da escultura, linhas curvilíneas contentoras de pó, estabelecem correspondências com a actividade deste espaço, por onde circulam munícipes, modeladores da acção política da cidade. Visita Guia da 9 Agosto, 18: 0 0 / 14 S e t e m b ro, 10 : 0 0
39
H2Ode
Beatriz Nunes
A partir da Ode Marítima
9 agosto — 22:00
praça do giraldo
c e n t r o h i s t ó r i c o d e év o r a
9 / 11 agosto e 5 setembro — 21:30
d e Á lva r o d e C a m p o s
(…) “Chamam por mim as águas”. Um atracar
Beatriz Nunes é cantora e compositora. Em
e um largar solitário. “Sozinho”. Ter o tempo. O
2004 iniciou o curso de Canto na Escola de Mú-
meu. O do outro, E o do outro. Bebo. Engasgo-
sica do Conservatório Nacional, que concluiu
me. Cuspo. “E porque penso eu isto?”. Um navio.
em 2011. Em 2014 terminou a licenciatura em
Um ser. Feito de copos meio cheios. Meio vazios.
Música-Jazz variante Voz, na Escola Superior
“Como o meu sangue” . Meio cheio. Meio vazio.
de Musica de Lisboa. No mesmo ano recebeu
Sinto. “Treme já todo o chão do meu psiquismo”.
a bolsa do New York Voices Summer Campem
Uma náusea que me pertence. A mim. Ao outro.
Toledo, Ohio (EUA) onde estudou técnica vocal e
E ao outro. E bebo. Engasgo-me. Cuspo. Cuspo.
composição ↳ É vocalista do Grupo Madredeus
E cuspo. Como o meu sangue. O meu e o do ou-
desde 2011, com quem gravou o álbum Essên-
tro. E do outro. Sozinho”. Ser o outro, sozinho. Ser
cia em 2012, e Capricho Sentimental em 2015.
água, todas as águas. “Porque penso eu isto?”
↳ Ao mesmo tempo, mantém actividade em
Cantar. Cantar o que é nosso. H2Ode.
nome próprio, com apresentação de repertório de Jazz e música portuguesa. Desde 2010 tem
D i r ec çã o e Interp retação: Pau lo Ro que
participado nos Programas anuais de Ópera do
M ú s i ca ( C o mp o sição e Interp reta ção): José Luís Silva
Sintra Estúdio de Ópera, designadamente em
Voz- o f f : Jé s sica Brandão
Taças de Himyneu, Salome e Il trionfo di David-
E s pa ç o C é n i co: Pau lo Ro q u e
de. ↳ Apresenta em 2018 o seu primeiro álbum
C en o g ra f i a : Filip e Rebelo
de originais, CANTO PRIMEIRO, constituído por
F oto g ra f i a : Jú li o Qu i rino
temas próprios, novos arranjos para algumas
C o -p ro du çã o: S o ci edad e Harmo n ia Ebore n se ; Me n in os
canções clássicas e criações para poemas de
da Gra ça _ P l ataf o rma d e Cri ação Art íst ica
poetas portugueses contemporâneos. ↳ A par da sua actividade de cantora e compositora, é
9 a g o sto → p raça d o sertó rio
professora de voz na Escola de Jazz do Barreiro
1 1 a g o sto → l argo s o chão das covas
desde 2012 e na Escola Profissional Oficio das
5 s et em bro → jard i m d e d iana
Artes em Montemor-o-Novo desde 2015. 40
év o r a
11 a 17 agosto — 22:00
Amorte.com
praça do giraldo
10 agosto — 22:00
Viviane canta Edit Piaf
Viviane nasceu no sul de França onde viveu e
Espectáculo herdeiro duma antiga tradição que
cresceu até aos 13 anos, ouvindo e admirando
colhe referências nos saltimbancos e nos mode-
grandes nomes da música francesa entre os
los e formas teatrais populares, numa linguagem
quais Edith Piaf mas só mais tarde já em Por-
simples mas irónica, para todos os públicos e
tugal, é que sentiu o efeito avassalador que as
todas as idades. Aqui, a morte actua, sem re-
suas canções exerciam sobre ela cada vez que
preensões, sem exclusões. Um desfile de per-
as cantava. ↳ 12 anos após ter iniciado a sua
sonagens vulgares onde há lugar para os pobres
carreira a solo com 5 álbums editados, Viviane
e ricos, distraídos e avisados, bem e mal-edu-
acaba de editar um novo CD inteiramente de-
cados, irreverentes e domesticados.Uma fábula
dicado à cantora, intitulado “Viviane canta Piaf”.
ponteada por palavras, gestos, músicas e can-
↳ Temas como “La vie en rose“, “Padam Pa-
ções num teatro efémero onde todos cabemos.
dam“, “Non rien de rien”, “Sous le ciel de Paris”, “Milord” ou “Mon Dieu” entre outros, marcados
ENCENAÇÃO: Isabel Bilou / DRAMATURGIA e DIRECÇÃO MUSICAL: Gil
por histórias de amor e tragédia, integram um
Salgueiro Nave / CENOGRAFIA: Colectivo artístico / FIGURINOS e ADE-
espetáculo repleto de emoção e de algumas
REÇOS: Dina Nunes / ILUMINAÇÃO: Hâmbar de Sousa / ELENCO: Joana
surpresas, em que Viviane irá conduzir o públi-
Borrego, Rute Marchante Pardal, Júlio Quirino, Luís Rufo, Vítor
co aos longínquos anos 40-50 num ambiente
Castanheira e Hâmbar de Sousa / MÚSICOS: Gil Salgueiro Nave,
bem parisiense. ↳ Neste espetáculo, Viviane
Inês Pessoa, João Cintra e Luís Pereira / REALIZAÇÃO TÉCNICA: Paulo
será acompanhada por Tó Viegas na guitarra
Nuno Silva e Miguel Cintra / OPERAÇÃO TÉCNICA: Joaquim Oliveira
acústica e guitarra portuguesa, João Gentil no acordeão, Filipe Valentim no piano, Bruno Vítor
1 1 de agosto → b a i r ro d o s á l a m o s
no contrabaixo e João Vitorino na guitarra elé-
1 2 de agosto → a d ro da s é
trica. ↳ Um espetáculo único e inesquecível,
1 3 de agosto → P ra ça d o s e rtó r i o
numa das vozes mais carismáticas da actual
1 4 de agosto → l a rg o d o c h ã o da s c ova s
música portuguesa.
1 5 de agosto → b a i r r o c r uz d a pi c a d a 1 6 de agosto → l a r g o 1º d e m a i o 1 7 de agosto → u rbanização do moinho
41
praça do giraldo
12 agosto — 22:00
Ricardo Ribeiro
praça do giraldo
11 agosto — 22:00
Caixa de Pandora
Cais de partidas e chegadas é como se traduz
Ricardo Ribeiro edita o seu primeiro álbum em
a ROTA DAS AFINIDADES, espaço de memórias
2004 intitulado ”Ricardo Ribeiro”. No ano se-
cruzadas e vividas por uma Caixa de Pandora
guinte recebe o prémio Revelação Masculina da
que abre e liberta 16 novas composições que
Fundação Amália Rodrigues. ↳ Em 2008 grava
vão desenrolando o “novelo” das emoções na
com o alaudista/compositor Libanês Rabih Abou
alma de quem ouve. ↳ Desde 2014, Caixa de
Khalil o álbum “Em Português”. Entretanto, figura
Pandora pisou inúmeros palcos, quer em Portu-
em vários filmes como “Fados” de Carlos Saura,
gal onde se destacaram concertos memoráveis
e grava, enquanto convidado com vários nomes
para o grupo, tais como na Fundação Oriente, o
consagrados da música portuguesa: Rui Veloso,
convite do TEDx 2015, o Palácio da Bolsa, quer
Simone ou Carlos do Carmo. ↳ Em 2010 edita
lá fora entre variadíssimas apresentações em
“Porta do Coração”. O ano seguinte fica marcado
Festivais e Centros Culturais. ↳ Na Índia, atra-
pela distinção de Melhor Intérprete Masculino,
vés de experiências com nomes maiores dessa
atribuída pela Fundação Amália Rodrigues. ↳
cultura: Gulraj Singhe Manoj Yadav, com quem
“Largo da Memória” é o seu quinto álbum edita-
compuseram e interpretaram temas em colabo-
do em 2013. ↳ “Hoje é assim, amanhã não sei.”
ração, quer para o mercado em hindi, quer para
editado em 2016 é apresentado pela primeira
o repertório da Caixa de Pandora. ↳ Na China, o
vez no Coliseu de Lisboa, e desde então apre-
encontro com Joe Lei - produtor, letrista e com-
sentado em várias salas nacionais e festivais
positor sediado em Hong kong, resultou em
portugueses e estrangeiros. ↳ A convite do CCB
diversas parcerias com cantores e instrumentis-
para edição da Carta Branca de 2017, Ricardo Ri-
tas tradicionais, as quais se destacam - Kit Lam,
beiro cria o espetáculo de Tributo a José Afonso,
Michele Ng ou Wong Kin Wai.
no qual o fadista se acerca de músicos de jazz e conta com a ajuda do pianista Filipe Raposo
M a r i a da Ro cha - V io lino
nos arranjos dos temas escolhidos, e a direção
Sa ndra M a rtins - V io lo ncelo e C l arin e t e
musical. ↳ Ricardo Ribeiro é presença habitual
Ru i F i l i p e - Pi ano
em França, Bélgica, Áustria, Marrocos, Estados Unidos e Canadá, Áustria, Inglaterra ou Rússia. 42
Zanguizarra
FIMÉ
15 / 16 / 17 agosto — 19:00
c e n t r o h i s t ó r i c o d e év o r a
c e n t r o h i s t ó r i c o d e év o r a
13 agosto — 19:00
festival internacional de música de évora
O Grupo Zanguizarra, nasce de uma sonoridade
O FIMÉ apresenta-se pela primeira vez em Évora,
de incontornável atualização da música popular
numa edição dedicada à música antiga, trazen-
portuguesa pela fusão com a música lusófona.
do à cidade um conjunto de músicos de carreira
Tem um carácter muito próprio da melodiosa
internacional que aceitaram o desafio de mostrar
alma lusa, com marcas, tanto do universo rural
o seu virtuosismo artístico e performativo em
português, como bebendo de um sensual aro-
concertos únicos e irrepetíveis. Interpretarão al-
ma das culturas Brasileira e Africana. É a relação
gumas das mais marcantes e impressionantes
destes elementos que conserva a essência da
obras, em instrumentos de época, através de
musica portuguesa.
um programa que viaja do Renascimento ao Barroco da música italiana, inglesa, portuguesa e alemã: Monteverdi, Vivaldi, Tallis, White, Bach. ↳ “A programação que escolhi para este festival reúne um conjunto brilhante de músicos, reconhecidos especialistas neste repertório, que mostram grande sensibilidade e versatilidade, adaptando-se com facilidade à proposta de programa. É um programa inovador, abrangente e emocionante. ” João M ore i ra , t e n or, Direto r a rt í st i c o d o fe st i va l
1 5 / 1 6 de a g o sto → Igr e ja d o S a lv a d o r d o Mun d o 1 7 de agosto → m us e u d e év o ra 1 8 de agosto → Igr e ja d o e s pí r i to sa n to
43
Luiz Caracol
17 agosto — 22:00
praça do sertório
l a r g o d o c h ã o da s c o va s
15 / 16 / 17 agosto — 21:00
Por Portas e Travessas
Por portas travessas é a nova criação da Mal-
Depois do seu primeiro álbum “Devagar”, edi-
vada Associação Artística, cujo foco se centra
tado em 2013 e do seu mais recente trabalho
nos residentes do Centro Histórico de Évora,
“Metade e meia”, lançado em meados de 2017,
no seu dia a dia, nas suas inquietações, nas
Luiz Caracol apresenta agora o seu novo con-
suas histórias e memórias da cidade. “Por por-
certo ao vivo, onde continuam a estar presentes
tas travessas” é uma expressão idiomática que
todas as suas influências do universo lusófono,
significa que algo foi feito de modo pouco claro
assim como toda a sua mestiçagem.
ou sinuosamente, em que a palavra travessa é empregue como adjectivo, referindo-se a portas secundárias de uma casa. Neste projecto a palavra é também pensada como substantivo as artérias secundárias da cidade - e verbo, implicando-nos num movimento, o de atravessar. ↳ Esta Performance teatral e Instalação vídeo é criada a partir do contacto com residentes em travessas localizadas em redor do Largo do Chão das Covas, através de entrevistas, fotografia, vídeo, documentos, objectos relacionados com as famílias, as suas habitações e a cidade. ↳ Este espetáculo apresenta-se no Largo do Chão das Covas, precedido por um percurso encenado em travessas da zona envolvente e termina com um baile final. A n a Lu en a ( Tex to e Encenação ) J o s é M i g u el S oares ( Co nceito e Víde o)
44
Plataformas Imaginárias
Morgane Ji
18 agosto — 22:00
praça do giraldo
praça do giraldo 4
18 agosto — 6 setembro
Exposição de Alexandra Dias Ferreira
As “Plataformas Imaginárias” inspiram-se nas
Cantora, instrumentista, compositora e letrista
rampas e halfpipes do skate. Criam um novo
da Ilha de Reunião, Madagascar. Ilha plantada
encontro entre a arte de ocupar as ruas com
no meio do Oceano Índico que gerou um gé-
uma prancha e a arte que transforma o Már-
nero musical próprio - Maloya – que tem laços
more numa base de experimentação. O aspe-
de parentesco com o séga das Ilhas Maurícias,
to físico da pedra opõe-se ao imaginário das
também bastante popular na Reunião, e da
plataformas - quem vai tocar nelas? Quem vai
qual cantores como o pioneiro Firmin Viry (em
ter a coragem de surfar em cima da sua super-
1959), o seu discípulo Danyèl Waro ou Nathalie
fície? Ou será que isso tudo só vai acontecer
Natiembé são os seus embaixadores mais co-
na nossa cabeça? ↳ Projeto desenvolvido no
nhecidos. ↳ Uma música nascida no seio das
Antigo Matadouro de Évora, a convite da Asso-
comunidades de escravos africanos e trabalha-
ciação Pó Vir a Ser, Departamento de Escultura
dores forçados indianos e considerada maldita
em Pedra. Especial agradecimento ao Escultor
durante muitas décadas – são cantos de inter-
Pedro Fazenda.
venção, que recordam a escravatura e a pobreza e apelam muitas vezes a uma maior autonomia ou até à independência da ilha -, tendo sido a sua expressão pública apenas permitida pelo governo francês já na década de 70 do Séc. XX. ↳ Na sua origem, as canções maloya são de chamada e resposta e para acompanhar usam-se apenas instrumentos de percussão e um berimbau. Nas últimas décadas, a maloya tem-se cruzado com inúmeros outros géneros como o rock, o jazz ou o hip-hop.
45
N(o) Bairro
workshop graffiti bruno “loz” santos
Cristina Viana e Júlio Quirino
f e st i va l d e h i p h o p : o b a i r r o
19 agosto — 18:00
jardim público
c e n t r o h i s t ó r i c o d e év o r a
19 agosto — 22 agosto
Intervenções de Anabela Calatroia,
Anabela Calatroia
Bruno loz santos aka “loz” é um artista nacional.
Nasce a 30 de Setembro de 1973 em Paris
Licenciado em design gráfico na Universidade
(França) onde viveu até à adolescência. Expõe
de Évora, desde sempre demonstrou sua ver-
desde 1990 em pequenas galerias, festivais e
satilidade ao fazer diferentes tipos de traba-
espaços culturais. Do seu percurso profissional
lhos desde a ilustração à pintura. ↳ Sem nunca
contam-se inúmeras participações em projec-
esquecer suas origens e influências, “loz” faz
tos culturais assim como colaborações com as-
questão de representar a cultura hip hop através
sociações da cidade de Évora.
do graffiti. Actualmente está dedicado a projectos de intervenção no espaço urbano, nomea-
Cristina Viana
damente street art.
Natural de Lagos. Faz ilustração, desenho digital, vídeo, animação, algum design gráfico, gosta do James Franco e de beringela. Tem um cão e mora em Évora. Não é uma nadadora exímia e já não tem apêndice. Júlio Quirino Nascido em Lisboa (1953) numa família ligada às artes gráficas e ao desenho, frequenta o Curso Superior de Arquitectura nas Belas Artes. ↳ Os estudos eram partilhados com colaborações no campo da fotografia de reportagem e de publicidade, ou como ilustrador ocasional e artista gráfico. ↳ Começa em 1981 o percurso profissional como Arquitecto, mantendo a próximidade com as artes plásticas através de várias exposições, projectos e colaborações. 46
f e st i va l d e h i p h o p : o b a i r r o
praça do giraldo
jardim público
19 agosto — 22:00
David Murray e Saul Williams
19 agosto — 18:00
Bob o Vermelho f e st i va l d e h i p h o p : o b a i r r o
Ligado ao movimento Hip-Hop desde o inicio
David Murray Infinity Quartet feat. Saul Williams
do século XXI, Bob O Vermelho é um Rapper/
é o encontro entre um mestre do free jazz e um
Produtor/Writer natural de Évora, Portugal. Faz
poeta da cena hip hop nova-iorquina. Murray é
parte de dois grupos de extrema importância
um músico conhecido do público do FMM e
no panorama Hip-Hop Eborense sendo eles
da cidade de Sines, onde reside parte do ano.
o colectivo Sistema Intravenoso e o colectivo
Considerado um dos maiores saxofonistas da
Matilha 401. ↳ Ao vivo apresenta o seu primeiro
sua geração, detém uma discografia com mais
álbum “O VERMELHO”.
de 130 discos editados em 40 anos de carreira. Nos últimos anos, tem apostado em criações colaborativas com músicos africanos, latinos e afro-americanos. Neste concerto o convidado é Saul Williams, poeta, ator e cantor que se tem notabilizado nas “slams”, competições de poesia onde as palavras fluem ao ritmo da cultura urbana contemporânea.
47
Scratchers Anónimos
Transmutação: O Bater dos Últimos Teares
20 agosto — 22:00
adro da sé
jardim público
20 agosto — 18:00
f e st i va l d e h i p h o p : o b a i r r o
Scratchers Anónimos é neste momento uma
Trata-se de um apelo de consciência social so-
referência no que toca à promoção, divulga-
bre a questão do desaparecimento da tecela-
ção e transmissão do Scratch nacional, seja
gem manual no alentejo e das últimas tecedei-
através das OPEN SCRATCH JAMS, DJ SETS,
ras ainda a laborar. ↳ Através da composição
WORKSHOPS ou SA BATTLES. Iniciam activida-
musical produzida pelo músico experimenta-
de em 2013. A ideia e fundação partiu de DJ Ki
lista “Mestre André”, acompanhada de vídeo,
(a.k.a Dr.Ki). Hoje, o grupo integra DJ Ki, Camboja
vamos poder identificar os momentos chave do
Selecta e DJ Ketzal. A ideia surgiu da vontade
processo criativo durante a captação de som e
em voltar a fazer jams de Scratch. Com o tem-
as diferentes “cadências” de cada instrumento
po, e também devido à regularidade, passaram
de produção têxtil, assim como da interacção
a explorar outros campos. Investiram num pa-
entre o músico, o olhar do realizador João Meiri-
pel mais comunitário e social com workshops,
nhos e as últimas tecedeiras e fiandeira.
decidiram organizar battles de DJing e, mais tarde, DJ sets em modo “club”.
Música e co m p o s i çã o A n d r é P i n to, víde o e ima g e m J oã o Me i r i n h o s, con ce p ção e pro d uçã o Tâ n i a C o sta N e v e s n ovat radiçã o — n ova t ra d i ca o.c o m
48
Valas f e st i va l d e h i p h o p : o b a i r r o
20 agosto — 23:00
praça do sertório
praça do sertório
20 agosto — 22:00
Matilha 401 f e st i va l d e h i p h o p : o b a i r r o
Matilha 401 é um colectivo Eborense na área do
Valas apresenta ao vivo o seu novo álbum, “Che-
Rap. Juntos desde 2011 contam com mais de
ck In” que conta com 11 temas originais, entre
100 concertos em conjunto e com vários álbuns
eles os vários singles de sucesso que o rapper
editados. Juntos já pisaram os mais variados
tem vindo a revelar ao longo do último ano: “As
palcos destacando-se a presença no Festival
Coisas”, “Imagina (feat. ProfJam)”, “Acordar As-
Meo Sudoeste e Sumol Summer Fest ambos
sim”, “Alma Velha (feat. Slow J)” e o muito recen-
em 2017.
te single “Preciso”. Em “Check In”, Valas conta com o contributo de produtores como Lhast, DJ Ride, Agir, o espanhol Cookin’Soul, Fumaxa, Fabrice, SuaveYouKnow e Diogo Piçarra. Em palco Valas estará acompanhado, como sempre, por DJ Simms e pelo MC D. Beat.
49
DJ Sims
Um Mastro por um Dia
2 2 a g o s t o — 1 6 : 0 0 ( d u r a n t e 24 h )
largo dos mercadores
coreto do jardim público
21 agosto — 19:00
f e st i va l d e h i p h o p : o b a i r r o
DJ/Produtor desde 2002, membro fundador do
O mastro como um pau que se ergue para
colectivo Sistema Intravenoso. Natural de Évora,
chegar ao céu e assim agradecer, sabe-se lá a
Portugal. Correu quase todo o país com os gira-
quem, uma boa nova que aconteceu ou que aí
discos às costas. Partilhou o palco com metade
vem. O momento de dançar à volta deste mar-
do movimento Hip-Hop português e tem o seu
ca a celebração do que é o trabalho em comu-
nome em inúmeros projectos nacionais, seja
nidade para um fim e o derrubá-lo o fecho de
em beats ou em scratch. ↳ Ao vivo proporciona
uma promessa de festa que não acaba. ↳ UM
viagens musicais que abraçam todos os estilos
MASTRO POR UM DIA é uma proposta artística
musicais, tocados ao bom estilo do turntablism
que cruza várias áreas: a plástica, a música e a
onde o scratch é rei.
dança. Esta proposta irá resultar de uma residência artística onde se pretende o envolvimento da comunidade da criação do que serão os enfeites do Mastro, esta a acontecer com antecedência à apresentação. Esse Mastro será o “palco” do espectáculo musical em formato de concerto/baile. ↳ Uma das características desta instalação/espectáculo é a duração da mesma: 24 horas. A inspiração é a tradição e o espectáculo é o todo: montar, celebrar e derrubar! UM MASTRO POR UM DIA!
50
Paredes em Carne Viva f e st i va l d e h i p h o p : o b a i r r o
22 agosto — 22:00
bairro cruz da picada
praça do sertório
22 agosto — 22:00
Nerve f e st i va l d e h i p h o p : o b a i r r o
Lobo solitário, poeta maldito, rapper de culto,
Badja, o rapper mais antigo de Évora, e Tchino,
autor de diversos projectos incluindo os acla-
rapper de uma geração bem mais nova, entram
mados álbuns “TRABALHO & CONHAQUE” e
em palco para rappar uma breve história do Hip
“EU NÃO DAS PALAVRAS TROCO A ORDEM”,
Hop. Há quem diga que Badja engoliu uma caixa
Tiago “NERVE” Gonçalves apresenta em 2018
de ritmos em pequeno. Especializou-se nas ar-
o EP “AUTO-SABOTAGEM”. ↳ Ao vivo, munido
tes do Beat Box e do Freestyle. E há quem diga
de instrumentais de baixos pesados e batidas
que Tchino é uma das promessas eborenses. ↳
sujas, múltiplos processadores de efeitos para
Num palco diferente, do tamanho de um prédio
voz e algumas das mais impressionantes letras
da Cruz da Picada, a rima e a poesia desafam o
de rap português, NERVE toma palco e plateia
ritmo da imagem, projecções vídeo de grande
de assalto em modo exército-de-um-homem-
formato, no fundo, ilustrações desta história.
só, numa sessão de poesia ácida. → Largo da R ua D r . F e r n a n d o J o s é S o a r e s P i n h e i r o Bairro c r uz d a pi c a d a
51
Filipe Sambado e acompanhantes de luxo
e vinte metros de André Russo
palco p ointlist
c o n v e n t o d o s r e mé d i o s
praça 1º de maio
24 agosto — 21:00
A+LV=1MIN+20M
23 / 24 / 25 agosto — 21:30
A mais longa viagem de um minuto
Jorge Almeida, um viajante solitário, acaba de
Compêndio de sons organizados na forma de
chegar a uma nova cidade. ↳ Numa avenida
hinos à possibilidade de NÓS sermos outra coi-
movimentada, encontra um dos maiores desa-
sa. De sermos coisas para as quais ainda não
fios que terá de enfrentar: a travessia de uma
temos nomes. Quando Filipe Sambado canta
passadeira. ↳ Esta peça é a versão portuguesa
“só quero correr até já não fazer sentido”, em
de Le long voyage sur un passage piéton (ver-
ALARGAR O PASSO, dá vontade de ir com ele
são francesa), encenada entre o final de 2017 e
para esse lugar onde tudo pode ser o que qui-
o início de 2018. ↳ As duas versões integram o
sermos. É esta maturação pessoal e artística
mais recente projetodo autor.
que o Filipe nos mostra com este disco. Um disco onde sentimos o processo: de aceitação e de não resignação. ↳ É inquieto mas otimista.
A n dr é Ru s s o
Dá e tira e não existem respostas, tudo é sugestão, tudo condiciona, porque “o sul PODE ser o norte de alguém...”. ↳ Filipe Sambado sabe que isto não é só música. E por isso mete corpo na cultura popular: lembra-nos o efeito que causava António Variações ao descer a Rua Garrett poucos anos antes de Filipe nascer. As unhas pintadas do Filipe hoje parecem ser os brincos do António ontem. Se os brincos romperam a norma de como se tinha de Ser, as unhas do Filipe parecem destruir os sentidos atribuídos ao Ser e isto transforma o Filipe em discurso.
52
RGBitches
plint
palco p ointlist
com a Orquestra Sinfónica dos
24 agosto — 22:00
praça do giraldo
c o n v e n t o d o s r e mé d i o s
24 agosto — 21:00
Conservatórios de Évora e Baixo Alentejo
Esfoliação auditiva e visual - Música e desenhos
Pablo Lapidusas International Trio (P.L.I.N.T.) é um
em português, tecnologias maioritariamente
projecto do pianista Argentino Pablo Lapidusas,
estrangeiras. ↳ Os ex-membros dos Um Mais
em colaboração com o baixista Cubano Leo
Um, dos Casca de Nós, dos Lapiseira, dos
Espinosa e o baterista brasileiro Marcelo Araújo.
Ainda há Branco? e dos lendários 6 Membros
↳ É um projecto musical onde a experiência da
(que só atuar am uma vez em Tavira e no final
migração e o DNA Latino- Americano dos três
da noite presenciaram um jovem a rasgar um
músicos são o mote para uma performance mu-
teste no qual havia reprovado) apresentam-nos
sical extremamente forte. ↳ Em 2015, to trio gra-
o projeto do qual esperam ser ex-membros em
vou um CD ao vivo no prestigioso club The Orbit
breve: RGBitches - à mercê das cores do écran,
(África do Sul): Live in Johannesburg – Ekaya.
vindos de uma altura em que se esperava tanto
Em Julho de 2018 o trio lança o seu segundo
tempo para ver o Top+ e depois não passavam
álbum Bora, produzido por Joni Schwalbach,
os vídeos que nós queríamos.... Agora manda-
onde contam com a colaboração do conhecido
mos nós nisto! ↳ RGBitches são Cláudio Pereira
rapper Brasileiro Marcelo D2. ↳ P.L.I.N.T. com or-
(guitarra, piano e voz) e Cristina Viana (desenho
questra sinfónica surgiu como proposta, na se-
e palavras digitais). Apresentam músicas para
quência do Évora Jazz Fest. O trio fez o convite
ouvir, ver e ler, de retratos originais a poemas
a Jacques Morelembaum, Luís Figueiredo, Ehud
roubados, passando por frases do avô de um
Ettun e Rodrigo Morte para fazerem os arranjos,
deles e por histórias tão banais que só podem
o Artes à Rua convidou o Conservatório do Baixo
ser inventadas. Um espetáculo meio pop, meio
Alentejo e o Conservatório de Évora para forma-
lamechas, muito aconchegante e em que o úni-
rem a orquestra e o Maestro Brian Mackay para
co tema instrumental tem um refrão que perse-
dirigir. ↳ O resultado estará na rua, em Évora, no
guirá o público, pelo menos, durante 4 ou 5 dias.
dia 24 de Agosto no palco da Praça do Giraldo do festival Artes à Rua.
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Pintar 100 Artes
Sara Tavares
25 agosto — 22:00
praça do giraldo
c e n t r o h i s t ó r i c o d e év o r a
2 5 / 3 0 a g o s t o E 4 SETE M BRO
Évora Africa
Os jovens colaboradores nas Oficinas de Artes
A cantora e compositora Sara Tavares estreia-
Plásticas da 100 Pavor vão mostrar os seus co-
-se em Évora, neste lugar de confluência entre
nhecimentos e aprendizagem executando 3
dois Festivais – o Évora África e o Artes à Rua
murais para a cidade com a representação da
2018 - no momento em que inicia uma nova
Fonte da Praça do Giraldo, o Aqueduto da Água
fase da carreira, marcada pela edição do álbum
da Prata e o Templo Romano em técnica de
“Fitxadu”, o primeiro depois de um silêncio dis-
grafiti e senticil. ↳ Durante os meses de Agosto
cográfico de oito anos. Portuguesa de raízes ca-
e Setembro nas freguesias da cidade.
bo-verdianas sempre revisitadas, Sara ressurge acompanhada por uma selecção de alguns
2 5 A GOSTO → Temp lo Ro mano
dos melhores músicos dos países africanos
3 0 A GOSTO → Praça d o Sertó rio
onde se fala português. Um regresso aberto à
4 SETEM BRO → Praça d o G IRALDO
Lisboa africana, à comunidade à sua volta e à
DURANTE TODO O DIA
língua musical que fala, mais próxima do beat e da música de dança.
54
Alma Nuestra
26 agosto — 22:00
praça do giraldo
igreja do espírito santo
26 agosto — 19:00
Cravo a 4 Mãos
“Entre Viena e Lisboa” é um concerto único que
Quando a América do Jazz e da Improvisação
oferece não só um paralelismo entre as sonatas
abraça a América dos Boleros e do calor, sur-
que foram compostas em Portugal (Scarlatti e Sei-
ge Alma Nuestra. ↳ No momento em que dois
xas) e em Viena (Mozart, Beethoven e Eberl), mas
nomes já bem conhecidos do panorama musi-
também entre a formação de solo e a de cravo
cal português resolvem juntar bagagem e em-
de quarto mãos. É na época do Classicismo que
barcar numa nova viagem musical, surge Alma
nasce a formação do duo dos instrumentos de
Nuestra. ↳ Uma aventura que mostra como é
tecla, não só com uma intenção didática, ou seja
possível criar novos trilhos musicais, do cruza-
o professor que acompanha o aluno, mas como
mento caloroso entre o Jazz e as sonoridades
formação de câmara. ↳ O programa deste con-
da América Latina. Da junção dos caminhos já
certo inclui um paralelismo com a sonata entre
bem conhecidos, percorridos por Salvador So-
os compositores mais importantes do portugal
bral, aos trilhos vincadamente latinos, traçados
do início do século XVIII, com os compositores
por Victor Zamora, surgem interpretações mui-
vienenses da segunda metade do mesmo sécu-
to singulares de canções já bem conhecidas de
lo. Se os lusitanos Seixas e Scarlatti favoreceram
Cuba, Argentina...
o estro , o lirismo, o ritmo popular e virtuosismo instrumental, todos contidos numa sonata de um
Salvad or S o b ra l - Voz
só movimento, o vienense favoreceu a elegân-
Victor Zam o ra - P i a n o
cia estilística, o diálogo entre os dois executores,
Ne ls on Cas ca i s - C o n t ra b a i xo
o contraste estrutural e a retórica como meio de
An dré S ousa Ma c h a d o - B a t e r i a
expressão, tudo reunido numa sonata formada de três movimentos. Co nc erto d o d u o Brag anza M a r i u s B a rto cci ni e Patrizia G ilibe rt i
55
A Lenda do Boi de Beja
Alek Rein
29 agosto — 22:00
praça do sertório
adro da sé
27 agosto — 22:00
palco p ointlist
Solo de dança em estilo contemporâneo (dan-
Desde as primeiras gravações caseiras a solo
ça- teatro) narrativo. A bailarina é o boi. O animal
até ao iminente primeiro longa-duração com
vive numa aldeia atormentada por uma besta
banda, as canções de ALEK REIN surgem en-
fera. Para tormento dos pastores surge um cres-
tre a confissão, o protesto e o sonho. Alinhado
cente desaparecimento das ovelhas. O boi indi-
na tradição do psicadelismo folk anglo-saxóni-
ferente não percebe a atuação de uma serpente
co, este projecto tem o nome do heterónimo
faminta. De repente o robusto boi surge como
de Alexandre Rendeiro. Natural de New Jersey
solução a este problema. Envenenado serve de
(EUA), Rendeiro respira, sem reverência, a bizar-
isca a serpente que acaba por engoli-lo e morre.
ria de Syd Barrett ou Marc Bolan, o classicismo
Por fim a paz é reestabelecida. Do sacrifício, a
de John Lennon e a intensidade rock n ‘roll de Ty
tragédia, o pesar e a esperança.
Segall. ↳ ‘Mirror Lane’, o primeiro LP, sairá finalmente este verão, sendo precedido pelo primeiro single ‘River of Doom’.
ELIETE SANTOS
Ale xan dre R e n d e i ro ( v oz e g ui ta r ra s ) Guilh e rme Ca n h ã o ( b a i xo ) Luís Barros ( b a t e r i a )
56
Sequin + Casabranca
palco p ointlist
palco p ointlist
30 agosto — 22:00
praça do sertório
praça do sertório
29 agosto — 22:00
Primeira Dama
“Primeira Dama fascina pela forma como as suas
Depois do disco de estreia (‘Penelope’ / 2014),
canções crescem da simplicidade de alguns
de um misterioso EP (‘Eden’ / 2016) e de mais
acordes no órgão, para uma complexidade me-
de 100 concertos pelo meio, Ana Miró, mentora
lódica marcada pela voz e os poemas imensos
do projecto Sequin, recolheu-se em estúdio e
que o Manel desfila de rajada. E o que parece
gravou 11 novas canções ao longo de 2017. Ao
uma composição inocente e directa ao primeiro
seu lado esteve Xinobi (alter-ego de Bruno Car-
encontro, transforma-se num mar de sensações
doso), responsável pela produção deste novo
à medida que a canção vai crescendo. Em Pri-
trabalho, intitulado ‘Born Backwards’. ↳ Há linhas
meira Dama encontramos o Manel a crescer de
de continuidade na sonoridade de Sequin, mas
forma desmesurada e a provar porque é um dos
a transformação é evidente. A cultura clubbing
nossos maiores talentos. Se em Histórias por
está presente, numa electrónica que tanto é mi-
contar” nos despertou a curiosidade sobre o que
nimalista como pujante, sem nunca abandonar
poderia vir aí, no novo álbum não só confirma o
por completo o formato da canção pop. Ao vivo
seu génio como volta a lançar sementes para o
Sequin apresenta-se com Ana Miró (voz / pro-
que poderá ser o futuro desta pop jovem mas
gramações), Filipe Paes (teclados), Tiago Martins
sentimental, de poesia directa mas ao mesmo
(baixo) e Gonçalo Duarte (guitarra).
tempo complexa pelo desfilar de letras que enCasabranca é o projecto de música electróni-
caixam que nem um puzzle perfeito.”
ca de Tiago Brito. “Estudo do Meio” e “Nova Ordem” são os dois primeiros singles, disponíveis
Tiago Castro
nas habituais plataformas digitais. Inspirado no mundo da internet e do vaporwave, Casabranca leva-nos para o um lugar único, onde constrói músicas cheias de camadas e com diversas influências pop, rock e electrónica.
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Cassete RIscada
3 1 A G OSTO — 1 8 : 0 0
C ORETO DO JARDI M PÚBLI C O
LAR G O DOS C OLE G IAIS
3 0 A G OSTO — 2 2 : 0 0
La Lontananza
“La lontananza, sai, è come il vento
A banda formou-se graças a jam sessions que
Che fa dimenticare chi non s’ama.
dois membros da banda (Bastien Roque e Antó-
È già passato un anno ed è un incendio
nio Castro) realizavam por diversão em algumas
Che mi brucia l’anima…”
tardes, em 2016 no deserto alentejano. Mais tarde entrou Filipe Silva, no baixo trazendo aqueles
“Estar longe, sabes, é como o vento
tsunamis de graves. Com o intuito de juntar uma
que faz esquecer quem não se ama.
voz e um som suave, falaram com Luana Gre-
Já passou um ano mas é um fogo
nho, para se juntar a eles numa destas tardes.
que me queima a alma…”
Luana veio assim adicionar a voz, e também o espírito da composição das letras.
E leo n o ra M arzani & Márci o Pere ira
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I love satie
praça do sertório
PRAÇA DO G IRALDO
1 SETE M BRO — 2 2 : 0 0
Joana Gama
3 1 A G OSTO — 2 2 : 0 0
A Viagem do Elefante trigo limpo teatro acert
Espectáculo teatro-musical de rua, que vai de-
Por ocasião do lançamento do disco SATIE.150,
correr no jardim público de Évora no dia 31 de
o culminar das celebrações que decorreram
Agosto, pelas 22:00. A partir de um engenho
em 2016 do 150o aniversário de nascimento do
cénico de grandes dimensões, elefante Salo-
compositor francês Erik Satie (1866-1925), a pia-
mão, constrói-se um espectáculo com uma
nista Joana Gama traz a público um novo recital
matriz vincadamente comunitária, pelo envolvi-
que segue a mesma ideia do recital de 2016: in-
mento de participantes locais — actores, músi-
tercalar a obra multifacetada de Satie com a de
cos, activistas culturais e população. Em Évora
compositores que o seguiram na exploração do
manter-se-á essa marca estética e conceptual
som sem constrangimentos estéticos ou for-
do Trigo Limpo teatro ACERT. ↳ A dramaturgia
mais. Neste recital, as obras de Erik Satie - que
incidiu na visão poética e humanista da obra
convocam ambientes solenes, melancólicos,
de José Saramago, sublinhando os momentos
humorísticos e até dançantes - convivem com
(texto e acções) que, pelas suas potencialida-
as de Marco Franco, Federico Mompou, Morton
des teatrais, sejam reveladores da essência da
Feldman, John Cage e Vítor Rua, num delicado
obra: “uma combinação de personagens reais
jogo de afinidades.
e inventadas que nos faz viver simultaneamente na realidade e na ficção; um olhar sobre a humanidade em que a ironia e o sarcasmo, marcas da lucidez implacável do autor, se combinam com a compaixão solidária com que o autor observa as fraquezas humanas.”
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Sou do Cante
2 setembro — 22:00
TEATRO G AR C IA DE RESENDE ( EXTERIOR )
LAR G O DO C HÃO DAS C O V AS
2 setembro — 18:00
Click to Click
Click to Click é um espectáculo versátil que vive
Escrevia José Gomes Ferreira: “Nunca vi um
da interacção entre o palhaço e o público. Sem
alentejano a cantar sozinho com egoísmo de
ele (o público), este encontro não seria possí-
fonte. Quando sente voos na garganta, desce
vel. ↳ As situações, o momento, o inesperado,
ao caminho da solidão do seu monte, e canta
o presente e o improviso são o alimento deste
em coro com a família do vizinho”. ↳ O poeta
comediante ambulante que alegra a plateia em
descreveu o Cante como obra coletiva e o Alen-
jogos divertidos. ↳ Espectáculo de rua, salas,
tejo como espaço de encontro. Na verdade
jardins, praças e afins. Circo, música e sorrisos
este é o exemplo mais puro da vida de Joaquim
para todas as idades.
Soares, ele dizia seguramente “Sou do Cante”. ↳ O Mestre, como muito justamente era, e é,
D i r ec çã o: O svald o Maggi
chamado sempre viu o Cante como espaço de
I n ter p r eta ção: Dio go Du ro
encontro entre gentes, lugares e culturas. É isso
P ro du çã o: Dio go Du ro
que faremos hoje com o convite que o Grupo Cantares de Évora estendeu à Ronda dos 4 Caminhos, à Mara, ao Amílcar Vasques-Dias, ao António Bexiga, ao Carlos Menezes, ao Márcio Pereira e a todos vós que, usando ou não a voz, cantarão connosco. ↳ Afinal o Cante é o resultado da passagem dos homens, das rugas da aridez sulcada pela vida e da beleza do amor. ↳ Cantaremos todos o Alentejo. A terra que Joaquim Soares, com o seu Grupo, cantou como só ele sabia, quando o Cante todo lhe passava pela garganta e com ele ecoava o chilrear dos pássaros, a melodia do vento, os mais belos e pueris sons do Amor. 60
praça do sertório
3 SETE M BRO — 2 2 : 0 0
Grupo de Dança Roda Viva
PRAÇA DO SERTÓRIO
3 / 4 SETE M BRO — 2 1 : 0 0 / 2 2 : 0 0
Salada à Portuguesa
‘Salada à Portuguesa’ baseia-se nas estórias
Uma das expressões artísticas mais antigas da
de Karl Valentin, que, à semelhança de toda a
Humanidade é a dança. Todos os povos dan-
sua dramaturgia, utiliza o ilógico, o absurdo e a
çam, todos têm necessidade de libertar ener-
aparente falta de sentido como estratégias para
gias ao mesmo tempo que libertam a mente.
denunciar e contrariar os padrões estabeleci-
A dança é a simbiose entre estas duas coisas.
dos. Procurámos um teatro que, 100 anos após
Tal como a humanidade, também a dança evo-
a sua escrita, deixa de ser absurdo e passa a
luiu ao longo dos tempos, criou movimentos e
funcionar como um espelho crítico a uma rea-
posições consoante os povos que a praticavam
lidade incómoda. ↳ Personagens que reagem
e ainda não deixou de evoluir. ↳ O grupo de
entre si, sempre com um certo receio, um certo
dança Roda – Viva abraçou as danças latinas e
medo, uma certa vergonha. Duas pessoas que
as de salão, são estas as danças que nos colo-
se encontram para vender uma praça de Évora
cam numa Roda–Viva e fazem dos nossos en-
e que se deparam com um palco que, no meio
contros uma festa. ↳ Esta é uma proposta onde
do nada, acende uma luz e chama os “palhaços
queremos que se junte a nós, não fazemos
melancólicos” à representação. ↳ No fim, não
um espectáculo, dançamos e fazemos a festa
sairemos do Palco enquanto não agradecer-
acontecer... venha dançar connosco!
mos a todos, inclusive à Senhora do motorista, Dona Prudência Aguiar.
Profe s s or: ch arly- cda n cé jo s é lui s pe r e i ra ov i e d o
T e xto, enc enação e i nterp retação An dré Paulo e J o s é Sa n to s
61
praça do sertório
5 SETE M BRO — 2 2 : 0 0
Com Florbela na Voz
ANTI G A RODO V I Á RIA
4 / 5 / 6 SETE M BRO — 2 2 : 0 0
A Câmara Ama-te
O que é que é preciso para vermos e sermos
Escolhendo como cenário a cidade de Évora,
vistos? Para distinguir entre o falso e o verdadei-
o espetáculo Com Florbela na Voz, pretende
ro, o real e o virtual? ↳ É bom saber ou é mau?
apresentar, em estreia absoluta, temas musi-
Annie põe tudo em cena, objetos, memórias,
cais inéditos sob a obra literária de Florbela Es-
pessoas e imagens, para tentar responder a
panca, e outros relacionados com a sua Obra.
tudo isto.
↳ Com a Direção Musical de Vitorino Salomé, este Projeto convidou, vários compositores à
Cr i a çã o c o lectiva.
criação musical para a voz eborense de Catarina
Ca ro l i n a P u ntel , Isabel Mi lhanas M ach ad o, Joan a Ri-
Luís. ↳ Com Florbela na Voz, desenvolve uma
ca r d o, Ro sária Ro cha, Ro d o lf o Fre itas
abordagem artística contemporânea, onde uma voz, um piano e um quarteto de instrumentos acústicos nos transportarão através das palavras intemporais de Florbela para sonoridades de origem tradicional alentejana e/ ou portuguesa. ↳ Vitorino assina a composição de alguns dos temas, convidando Amílcar Vasques-Dias, Sérgio Costa, João Bacelar entre outros, para o arranjo musical de poemas criteriosamente escolhidos. ↳ Um espetáculo musical forte, com olhares múltiplos e objetivamente comuns sobre a obra de Florbela Espanca. Voz: CATARINA LUÍS / Direção Musical: VITORINO SALOMÉ / Arranjos, Produção Musical e Metais: TOMÁS LAMAS PIMENTEL / Guitarra: JOSÉ MOZ CARRAPA / Baixo, guitarra, flauta e teclados: SÉRGIO COSTA / Bateria e percussões: RUI ALVES / Imagem e Conceção Gráfica: LUÍS PEDRO MORAIS
62
Antropocenas
6 SETE M BRO — 2 2 : 0 0
TEATRO G AR C IA DE RESENDE
PR . JOAQUI M ANTÓNIO DE A G UIAR
6 SETE M BRO — 1 9 : 0 0
Vozes de Abril
Mais de 10 grupos envolvidos, mais de 100 vozes
Antropocenas é uma colaboração entre Rita Na-
e músicos, um formato de mini- concerto. Vozes
tálio e João dos Santos Martins com a contribui-
de Abril são o resultado do trabalho desenvol-
ção de diversos agentes nas áreas da ecologia,
vido na oficina da Voz, durante o mês de Abril
dança, antropologia e artes visuais. Uma pales-
2018. Gente que partilha o ímpeto da vontade
tra dançada onde plantas, pedras, gatos, dildos
de cantar. Um colectivo que é, através da Voz, o
e relva-nas-axilas podem ser os principais ora-
espelho da força da dedicação, do encontro, do
dores, onde samambaias discutem os seus di-
empenho e da entrega.
reitos jurídicos, sacos de plástico suicidam-se, animais fazem petições contra a sua extinção,
Gru p o de Cantares Centro Co nvívio da CME
jardineiros cortam os cabelos de plantas hu-
Gru p o C o ra l ARPIFHF
manas, onde abraçamos ursinhos de poluição,
Gru p o de Cantares S. R.D. E .
comemos terra.
G ru p o de Ca ntares AHRIE G ru p o V oz es d o Alentej o
ANTROPO CENAS : Da n ça – P e r fo r m a n c e – C o n fe r ê n c i a
G ru p o C o ra l e Instru mental V oze s de Can aviais
Con ce p ção e c ura d o r i a R i ta N a tá li o, J oã o d o s Sa n to s
G ru p o Ca n tares d’Évo ra
M art in s
Voz es d o Imaginário G i g a bo m bo s d o Imagi nári o G ru p o Ca n tares Casa d o P ovo Na Sa Mach e de Corué
D i r ec çã o A rtística: M a ra e S u sa na Bilo u
63
C I C LOS
Artes à Rua desafia criadores, e públicos a relacionarem-se entre si no espaço de todos,
● Évora África ● ciclo mundos
a Rua, tornando comuns espaços frequente-
● A s Im a g e n s C o n t r a o M u r o :
zam sem se verem, sem se tocarem, sem se
C i c l o d e C i n e m a Am b u l a n t e
encontrarem. Artes à Rua são uma sucessão de
● Capote à Sombra ● lisbon music fest ● A l e n t e j o : F e s t i v a l Internacional de Artes
mente de passagem onde as pessoas se cru-
episódios, de encontros, que envolvem criação, interacção, fruição e património, numa espécie de centrifugadora de emoções, sentires individuais e colectivos, conflitos entre saberes trans-
● p a l c o PO i n t l i s t ● Cinema na Rua
mitidos, memórias que se sedimentaram em
● FESTI V AL d e HIP HOP : O BAIRRO ● FI M E : FESTI V AL INT e r n a c i o n a l
narrativas artísticas, reflexivas, que as resgatam
DE M ÚSI C A DE É V ORA
lugares físicos e simbólicos do passado e novas do tempo inquietando-nos. Até onde vai a Arte como “lugar” de produção de pensamento crítico? Veremos, assim que o pano abrir! ↳ Arte e Cultura no espaço comum, cidade sem Muros nem ameias, sitiada pela Arte entre 12 de Julho e 6 de Setembro