ENERGIA EM MOVIMENTO
Água e energia não são mercadorias Água e energia são para soberania!
ENERGIA PRA QUÊ E PRA QUEM? Autores: Jadir Bonacina- MAB e Valter Israel da Silva- MPA G AM Estão gerando energia pode ser ilusão D G O povo para a conta e tem medo de apagão G7 C Usa o sol, a água o vento e o carvão G D G Querendo fazer barragem dizendo ser a solução G G7 C G EM AM % E, e, e, e, e Energia é um bem da humanidade D G EM AM D G Não é Mercadoria % Deve estar a serviço da soberania Expulsa o povo da terra sem nenhuma compaixão Entre o grupo atingido desmantela a relação A energia produzida vai parar em poucas mãos E ali perto da barragem o povo está na escravidão A energia produzida quem controla é o capital A apropriação é privada e a produção é social Onde o povo que trabalha ganha pouco e vive mal E o governo brasileiro do sistema é serviçal Este modelo pra energia ao nosso povo não convêm É uma mercadoria e deveria ser um bem Quem mora perto da barragem quer energia e não tem Então esta energia é para quê e para quem!
SETE QUEDAS VIVE Autor: Edson Galvão B F# Eu vi cachoeira caindo e a água subindo debaixo do chão C#M F# B Eu vi um arco-íris lindo chegando ao encontro da mão B7 E Eu vi essas matas crescendo natureza vivendo um eterno verão B F# B Eu vi os turistas chegando, todo o povo sorrindo ó que doce ilusão B B7 E B E o que restou pra nós desilusão F# B Vieram as cheias cobrindo de areia traços de erosão B B7 E B E o que restou pra nós desilusão F# B Vieram as águas cobrindo de mágoas o nosso coração Árvores secas rodeando a nossa paisagem É bem a imagem da lembrança que ficou Foi o trabalho anos de sonho e esperança Resta lembrança desse tempo que passou Eu me espelho na grandeza da barragem Trago coragem de dizer com emoção Que as belezas dessas águas submersas Trago nos versos sufocados da canção
AMAZÔNIA PEDE SOCORRO Autor: Edson Galvão C F C Está nas manchetes nos grandes jornais C7 F E noticiários de televisão G A Amazônia arde em queimadas F C E os culpados longe da prisão C Como soldados armados pra guerra F Entram na mata quieta e indefesa G Atrás do ronco de suas moto serras F C Vão mutilando toda a natureza E as queimadas sem piedade vêm Vão se as florestas plantas e animais A fumaceira que se vê ao longe Verdes paisagens que não voltam mais E com ganância o capital selvagem Que não plantou colhe dinheiro fácil Pais sem leis não pune assassinos Os criminosos desta cena vil Árvores jazem como corpo inerte Sobre o chão preto coberto de luto O mundo assiste está barbaridade Como se todos se tornassem mudos
TRANSFORMAÇÃO POPULAR Autores: Jadir Bonacina-MAB e Ass. Popular- MG G EM AM Levanta povo olha o novo que começa a despertar D G É a força e a beleza do Projeto Popular G AM É o povo organizado para o sonho transformar D G Com firmeza e alegria e sorriso em cada olhar Nossas florestas, nossa água, nosso rio não se vende Nossas florestas, nossa água, nosso rio se defende Nosso projeto é da vida, nosso projeto é do novo Não é dos capitalistas, ele é do nosso povo Nossa luta é no campo, nossa luta é na cidade O projeto é para o povo, para uma nova sociedade
O QUE VALE É O AMOR Autor-Zé Vicente Am
G
Fa
Se é pra ir a luta, eu vou, se é pra ta presente, Eu to E
Am
Pois na vida da gente o que vale é o amor Am
G
Fa
É que a gente junto vai reacender as estrelas, vai E
Am
Replantar nosso sonho em cada coração E
Am
E
Am
Enquanto não chegar o dia enquanto persiste a agonia E
Am
G
C
E
Am
A gente ensaia o baião. Lauê, lauê, lauê, lauê É que a gente junto vai reabrindo caminhos vai Alargando a avenida pra festa geral Enquanto não chega a vitória a gente refaz a história Pro que há de ser afinal. Lauê, Lauê, Lauê, Lauê É que a gente junto vai, vai pra rua de novo vai Levantar a bandeira do sonho maior Enquanto eles mandam, não importa a gente vai abrindo a porta Quem vai rir depois, ri melhor. Lauê, Lauê, Lauê, Lauê
Esse amor tão bonito vai, vai gerar nova vida vai/ Cicatrizar feridas fecundar a paz /enquanto governa a maldade a gente canta a liberdade /O amor não se rende jamais/ Lauê, Lauê, Lauê, Lauê.
EDUCAÇÃO POPULAR Autor: Jadir Bonacina A G#m F#m O lápis e a caneta é pra quem sabe usar D E A educação do campo cabe a nós organizar A G#m F#m Educadores conscientes, em aprender e ensinar D E Na escola da vida, em qualquer lugar A D Educação se faz com alegria Bm E Passo a passo a cada dia D E A No campo e na cidade Um mais um sempre foi dois, não tem como inventar Soletrando a liberdade além do be a ba Nos becos nos morros no bairro na comunidade Educação pra vida é construir a liberdade Adulto, criança, jovem ou qualquer idade Quem não sonhou com ensino de qualidade A construção do novo vamos nos somar A palavra da vez é EDUCAÇÃO POPULAR.
FORÇA POPULAR Autor: Jadir Bonacina F C7 F A luta do povo mostra o seu valor Gm C7 F %Combater transnacional defender trabalhador% F C7 F Empresas exportam nossa água o nosso chão C7 F Planta semente transgênica para aumentar a exploração F7 Bb F Nossa tarefa é juntar companheirada C7 F Com facão, foice, machado, defender o nosso chão. Essa crise aumenta mais, dia, noite, noite e dia. Isso não é novidade, faz tempo que nós dizia. Nossas sementes não devem privatizar Nossa esperança é a força popular Nossas sementes é uma grande riqueza Faz bem para a saúde, é um bem da natureza. Diversidade, e seres em harmonia. Semente é bem da humanidade, não é mercadoria.
FORRO DA JUVENTUDE Autor: Jelson Oliveira E B7 E Vem juventude resistir e semear E B7 E Vem juventude resistir e semear B7 E Vamos plantar a vida, vamos colher e amar. B7 E Vem juventude resistir e semear E B7 E Com um grande abraço, carrego o mundo no peito. A B7 G#m C#m F#m B7 E Amando, dançando, lutando por direito E B7 E Tenho fogo na goela só quentão para cantar E B7 E É festa na roela e no paiol não vai parar E B7 E A juventude toda vai fazendo amanhecer E B7 E Trazendo energia pra semente florescer E B7 E Neste grande encontro o povo vai caminhando E7 A B7 G#m C#m Trazendo força, fazendo luta. F#m B7 E Vai feliz e vai sonhando
MURALHA (Pércio Lorenci de Assunção) E
C#m
Tem água que cai da chuva A E Tem água que vem da fonte A
E
Tem mágoa que brota do peito A
B7
E
B7
Tem nos olhos uma cachoeira E
C#m
A
E
Água que dá a vida muitas vezes tira a sorte A
F#m
B7
Trás o pranto, cala o canto, traz a morte A
B7
A
B7
E
Contra a força das barragens somos muitos, somos mil C#m
G#m
B7
Contra a força uma muralha somos milhões.... A
B7
A B7
E
Lutando de braços dados pra exigir o novo chão C#m
G#m
A
B7
E
/: Por que o amor só existe na mesa onde não falta o pão/:
MÁGOAS DE UM PROJETO (Jadir Bonacina) G
D
Tenho mágoas de um projeto que tirou nossa alegria C
D
Prometeu matar a fome e gerar muita energia G
D
Acabou com nossas casas, nossos sonhos toda a vista C
D
Nos fez reféns do modelo capitalista G
D
Vamos falar com sabedoria C
D
Água e energia, não são mercadorias Encheu de água os nossos sonhos e destruiu o nosso chão Com cimento e concreto onde produzia o pão O peixe não faz Piracema sem a casa pra morar A ambição ergue trincheiras difícil de controlar Sobrou ao atingido acreditar nessa mudança A vontade de lutar que ainda não se cansa Empunhando uma bandeira com muita alegria Um sorriso em cada rosto no raiar de um novo dia
SOBRADINHO (Sá e Guarabira) E
O homem chega e já desfaz a natureza D
A
Tira a gente e põe represa, diz que tudo vai mudar E
O São Francisco lá pra cima da Bahia D
A
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar C
G
E passo a passo vai cumprindo a profecia C
B
Do beato que dizia que o sertão ia alagar G#
C#m
A
G#m
O sertão vai virar mar da no coração E
C#m
A
G#m
O medo que algum dia o mar também vire sertão C#m
A
G#m
Vai virar mar da no coração E
C#m
A
B7
O medo que algum dia o mar também vire sertão Adeus remanso, casa nova, sento-se Adeus pilão arcado vem o rio te engolir Debaixo d’água lá se vai a vida inteira Por cima da cachoeira a gaiola vai sumir Vai ter barragem no salto do sobradinho E o povo vai se embora com medo de se afogar