Idéias centrais
do
2º Encontro Nacional do MAB
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eunidos em Curitiba (PR)*, nos dias 13 a 17 de março de 2006, avaliando nossa história e o momento em que vivemos, reafirmamos que: (
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Água e energia não são mercadorias. Água e energia são patrimônios do povo e devem estar sob o controle popular. É necessário construir um modelo energético alternativo, com a utilização consciente dos recursos naturais, que sirva aos interesses da classe trabalhadora, hoje e no futuro. A luta é contra toda privatização da água e da energia (e reaver o já privatizado) e que se estende à luta contra as barragens e pelos direitos dos atingidos. Lutamos também para combater a exportação de produtos de alta densidade energética (eletrointensivos) utilizados para fins da acumulação capitalista. O MAB é um Movimento nacional, autônomo, de massa, de luta, com direção coletiva, em todos os níveis, com rostos regionais, sem distinção de sexo, cor, religião, partido político e grau de instrução. Nossa principal forma de luta é a pressão popular. Só o povo organizado e consciente é capaz de transformar, pela raiz, as estruturas opressoras na sociedade. Nossa prática militante é orientada pela pedagogia do exemplo. Construírmos alianças com movimentos e com a sociedade no nível nacional e internacional.
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A luta do MAB se alimenta no profundo sentimento de amor ao povo e amor à vida. (*) Estiveram presentes 1.200 pessoas, de 15 estados (BA, CE, GO, MA, MG, MT, PA, PB, PR, RO, RS, SE, SC, SP, TO) com a maioria de jovens e 4 delegações latino-americanas(Argentina, Bolívia, Nicarágua, Venezuela), além de outros movimentos, entidades, autoridades, estudantes e personalidades apoiadoras.
Nossa terra, nosso rio, não se vende; nossa terra, nosso rio, se defende! Terra Sim, Barragens não!
á muitos anos os trabalhadores lutam para que as riquezas construídas por todos e todas sejam utilizadas para o benefício da maioria. Os bens públicos devem sempre estar a serviço do bem estar do povo. Assim, lutamos para que a água e a energia não sejam tratadas como meras mercadorias e propomos tarifas justas e acessíveis para a água, luz e telefone. Percebemos que os preços destes insumos, necessários à vida, estão se tornando cada vez mais caros, em especial o da energia elétrica. Para que nossa luta
seja cada vez mais intensa e organizada, escrevemos este material apontando uma série de motivos que justificam a necessidade de baixar o preço da luz. A luta dos camponeses (contra as grandes obras que expulsam milhares de suas terras) e a luta dos moradores das cidades (para ter energia de boa qualidade, a preço acessível) são muito importantes para nós, pois através do estímulo às lutas concretas do nosso povo é que criaremos as possibilidades de construção de um novo modelo energético para nosso país e para o mundo.
Boa leitura, bom debate e muito ânimo na luta é o que desejamos a todos.
Produção:
Movimento dos Atingidos por Barragens Fone/Fax: (61) 3386 1938 www.mabnacional.org.br | mab@mabnacional.org.br
Apoio:
Via Campesina - MPA - MMC - MST - PJR MTD - CMP - CPT - FEAB - Pastorais Sociais
a Vitórlia r u p o P
Tarifa Social de Energia Elétrica Uma autodeclaração garante aos que consomem até 220 kwh/mês, e têm ligação monofásica, um desconto na conta de luz. Veja mais nas páginas 10 e 11.