Revista nº 5 completo

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Em foco

Educação Escolar Cristã de excelência: A dimensão do verdadeiro

Instituto Presbiteriano Mackenzie Diretor Presidente Maurício Melo de Meneses Diretor de Desenvolvimento e novos Negócios José Paulo Fernandes Jr.

Diretora dos Sistemas Mackenzie de Ensino e do Programa de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos - AEJA Débora Bueno Muniz Oliveira Coordenadora do Sistema Mackenzie de Ensino Mônica Huertas Cerqueira Coordenadora de Desenvolvimento de Projetos Especiais Arlene Goulart

Sistema Mackenzie em Revista ISSN 2358-9353 Produção Gráfica - Marketing e Relacionamento Déspina Nogueira Revisão Alessandra Ribeiro Faria Apoio Operacional Edson Yukio Nakashima Projeto Gráfico e Diagramação Imagem Um Impressão Duograf Gráfica e Editora Ltda. Capa Imagem Um Imagem da Capa Andrey Popov/Shutterstock.com Produção Instituto Presbiteriano Mackenzie Rua da Consolação, 896 – Consolação - São Paulo/SP - CEP 01302-907 Portal: sme.mackenzie.br E-mail: sme@mackenzie.br Os textos das Escrituras Sagradas foram extraídos de diversas versões da Bíblia Sagrada Todos os direitos reservados ao Mackenzie. Proibida a venda, distribuição, reprodução parcial ou total, inclusive de ilustrações e fotos.

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conhecimento – Saber ser, fazer, conviver e conhecer para escolher com sabedoria A competência profissional e o conhecimento jamais devem estar desassociados da ética e de conceitos humanitários como referências para o trabalho e a vida. A soma de todos esses itens é que define a verdadeira sabedoria, em sua mais profunda acepção, constituindo o talento e o caráter das pessoas que, transcendendo ao egoísmo, contribuem para a melhoria dos ambientes nos quais convivem, da sociedade e do planeta. A formação desses cidadãos plenos começa na base familiar, nos ensinamentos que recebem desde a primeira infância, mas se fortalece e se consolida na escola. Não basta, portanto, excelência pedagógica e acadêmica, pois as perspectivas de desenvolvimento do Brasil e, em um olhar mais amplo, de aperfeiçoamento de nossa civilização, não se vislumbram no individualismo, ainda que capaz. Influenciadores reais, que fazem a diferença, se apresentam com um propósito solidário; são pessoas competentes em suas respectivas áreas de atuação e propagam princípios e valores absorvidos em sua formação. Ética verdadeira e solidariedade humana integram os preceitos cristãos. Estes, portanto, são fundamentos decisivos para que instituições de ensino, em todos os graus da Educação Básica e na universidade, formem os profissionais, os cientistas e os professores aos quais nosso mundo em ebulição pede socorro! São essas pessoas que dão às empresas e às nações a mais contemporânea e autêntica marca de sustentabilidade, que não pode ser mero modismo, mas um compromisso com a viabilidade econômica, a preservação do meio ambiente e a efetivação da prática de princípios de justiça. Confirma-se, assim, com absoluta clareza, a grande importância das escolas que ministram ensino de qualidade e, ao mesmo tempo, pautam sua escala de valores nos princípios cristãos. Essas instituições são a síntese da educação ideal. Oferecem aos seus alunos a dimensão do verdadeiro conhecimento, propiciando-lhes a múltipla capacidade de saber ser, fazer, conviver e conhecer, para escolher, trabalhar e viver com sabedoria. Um ensino que transcende a carreira, prepara de maneira ampla para a vida.

José Paulo Fernandes Júnior é Diretor de Desenvolvimento e Novos Negócios do Instituto Presbiteriano Mackenzie, formado na área de Ciências Humanas, com mestrado em Administração.

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Ponto de vista

Desenvolvimento Profissional do Professor: Oportunidades e

Qual é a influência do desenvolvimento tecnológico em ambientes educacionais e as consequências no processo de ensino e aprendizagem? As necessidades da sociedade contem­ porânea influenciam cada vez mais o contexto educacional. O desenvolvimento tecnológico, os dispositivos móveis e a internet têm pos­sibilitado às pessoas aprenderem a todo momento, pois o espaço do ensinar e do aprender ultrapassou os limites da escola. Se os recursos tecnológicos forem inseridos adequadamente nas atividades 4 | Revista SME

de ensino, poderão desenvolver competências nos alunos. Coordenadores e professores precisam estar atentos e preparados, a fim de que possam responder e contribuir com estas transformações. Relatórios internacionais apontam tendências crescentes quanto às formas de utilização de dispositivos móveis e de aplicativos de modo a favorecer a mediação e ampliar os diálogos em contextos sociais e educacionais. É essencial que os educadores planejem ações em termos teóricos, críticos e práticos para potencializar a grande rede de conhecimentos na sala de aula, enriquecer o

currículo escolar e facilitar a aprendizagem de alunos. Esta nova geração de alunos traz para a escola formas diferentes de aprender, a partir de uma quantidade enorme de informações facilmente encontradas na internet. O professor, além da função de transmissor, passa a assumir a de mediador e facilitador do conhecimento. É preciso refletir de que maneira as tecnolo­ gias digitais podem favorecer a ampliação do co­nhe­­cimento em contextos edu­cativos. Deve-se, por­­­­tanto, pensar, planejar e implementar ações des­­­­tinadas a desenvolver metodologias cria­ti­ vas em espaços educativos, integrando as tec­ no­­logias digitais ao currículo de forma a mo­tivar os alunos e a melhorar os resultados de apren­ dizagem, visando à formação de um aluno mais participativo, crítico, que consiga desenvolver ha­ bi­­lidades, competências, valores e sensibilidade.

desenvolvimento profissional, profissionalização entre outras. Contudo, tais denominações refletem concepções diversas de formação continuada de professores. O desenvolvimento profissional é considerado como a trajetória dos professores, um processo contínuo que se inicia antes de sua formação inicial e se estende por toda a sua vida profissional. Tal desenvolvimento é um processo dinâmico e evolutivo da profissão docente, que envolve múltiplas etapas e que está sempre incompleto e inacabado. Os professores devem assumir uma atitude de constante aprendizado, buscando melhorar tanto o conhecimento acadêmico e profissional, quanto o desenvolvimento de

O que é o desenvolvimento profissional de um professor e qual a sua importância? Na literatura educacional podem ser en­ contradas várias denominações que se refe­ rem ao processo de formação de profes­ sores em serviço, como capacitação, aperfei­ çoamento, treinamento, reciclagem, formação permanente, ou continuada, educação contínua,

Foto: Dusit

Melanie Lerner Grinkraut é Doutora em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2009), Mestre em Psicologia Escolar pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1996), com Aperfeiçoamento em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1989), graduada em Ciências - Licenciatura plena em Matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Tibiriçá (1986) e graduação em Engenharia Eletrônica pela Escola de Engenharia Mauá (1981). É professora de diversas disciplinas relacionadas à Computação na Escola de Engenharia e professora-tutora da disciplina Metodologia do Trabalho Científico online em cursos de especialização lato-sensu da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Tem experiência nas áreas de matemática, informática e educação matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: informática na educação matemática, linguagens de programação, cartografia cognitiva, técnicas de mapeamento, argumentação e prova na educação matemática, educação a distância e formação de professores para a apropriação e inserção e uso de tecnologias digitais no Ensino.

Foto: Matej Kastelic

desafios no contexto das Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC)

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Ponto de vista

Para refletir

Vida sábia, vida saudável!

Foto: Monkey Business Images

Relacionamento entre professor e aluno: É tempo de renovar?

novas competências, habilidades e atitudes. O desenvolvimento profissional considera a teoria e a prática de uma forma interligada, abrangendo outras atividades além de cursos, como vivências que envolvem a colaboração, participação em projetos, trocas de experiências, leituras e reflexões. Neste novo olhar verificase que os professores são capazes de produzir novos conhecimentos e saberes relevantes e de se atualizar a partir da prática. Como promover o desenvolvimento profissional de professores? A partir de ações de formação que possibilitem a inserção e o uso de recursos tecnológicos como os tablets e smartphones na prática docente. Estes recursos possuem duas características interessantes: a mobilidade e o acesso imediato à internet. Além disto, as escolas devem propiciar práticas coletivas e cooperativas, que valorizem a investigação, a reflexão, a cooperação, discussões e troca de experiências que possibilitem a apren­ dizagem compartilhada. Contudo, para que o desenvolvimento possa ocorrer, faz-se ne­ cessário que o professor reflita sobre sua atuação nas escolas, participe de grupos de 6 | Revista SME

estudo, seminários e congressos, desenvolva projetos de inovação curricular, leia e realize cursos de atualização e pós-graduação. En­ quanto a reflexão pode ser encarada como um processo de investigação sobre a sua própria prática profissional, a colaboração entre professores proporciona oportunidades de apren­­­dizado colaborativo e de enfrentamento de problemas que, de forma isolada, dificil­ mente seriam respondidos com sucesso. Em se tratando de tecnologias de informação e comunicação, devem ser desenvolvidas ações de formação e participação em projetos que envolvam o seu uso, possibilitando aos profes­ sores integrá-las adequadamente à sua prática docente. É necessário valorizar um novo perfil de professor, que perceba a importância nesta era digital de uma constante atualização, que só se torna mais eficaz ao se levar em conta um processo coletivo, colaborativo e consciente, integrado ao contexto escolar. O professor assim terá condições de se tornar um profissional reflexivo, crítico, investigador e colaborador. O desenvolvimento profissional do professor ainda é um tema complexo e aberto, e que, portanto, não deve seguir um modelo rígido, mas ir se reconstruindo com a evolução da tecnologia e da sociedade.

Na edição anterior, debatemos o relacionamento entre professor e aluno tendo a autoridade de direito e de fato como elemento norteador. Com o intuito de manter o vínculo, retomamos a temática, agora para examinar o seu papel na renovação desta relação. Assim, seremos guiados pela indagação: Precisamos renovar a autoridade em sala de aula? Esta é uma questão que tem ocupado espaço entre os educadores. Não obstante, pais e responsáveis também estão apreensivos. A derrocada da autoridade em sala de aula fomenta o aumento da violência nas escolas – e fora delas. A renovação, pois, se faz necessária para recobrar a autoridade escolar, mas não é exclusiva para este fim. A perda de comando se mostra patente além dos muros da escola. Para tanto, admitimos que a restauração da autoridade é adequadamente concebida à luz da cosmovisão cristã bíblica. Vejamos um exemplo patente no ensino de Jesus Cristo. Próximo de concluir seu ministério terreno, o Senhor declarou aos seus discípulos: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra”. (Mateus 28. 18.b). Por que seus discípulos precisavam saber disto? A resposta é que suas palavras associam-se ao cumprimento das Escrituras. Na verdade, sua fala corrobora para a compreensão da cosmovisão bíblica expressa na temática central das Escrituras, a saber, criação-queda-redenção. Jesus venceu a cruz, triunfou sobre a morte e, a partir disto, toda autoridade concentra-se nele. É uma frase intrigante, pois o Criador não reparte com ninguém sua soberania. Deus perdeu seu domínio absoluto sobre a criação? Não! Porém, ao reivindicar toda autoridade Jesus confirma seu predicado como Segunda Pessoa da Trindade, como Deus verdadeiro. Então, toda a criação deve subserviência a Cristo Jesus. A confessionalidade cristã assevera que Criador e criatura diferem diametralmente, pois somente o Criador tem autoridade absoluta. A criatura além de finita e limitada está sujeita ao seu Criador em uma relação de total dependência. Desse modo, o exercício da autoridade outorgada ao homem, deriva e depende em todas as instâncias de Deus. Dito de outra forma, a autoridade que o homem exercita requer centralidade e submissão à Pessoa e Obra de Jesus Cristo, seu Senhor, e sua Palavra. Em segundo lugar, Cristo se apresenta como investido de soberania ímpar sem prejudicar sua qualidade como Deus-homem; ou seja, como aquele que assumiu a natureza humana e na cruz substituiu os que são salvos. Ele é o Deus que se fez homem com um propósito. Cristo salvou seu povo eleito e, por

José Carlos Piacente Júnior é pastor presbiteriano e capelão da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Doutor e Mestre pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper. Também é Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição e pela Universidade Presbiteriana Mackenzie ; possui Licenciatura em Filosofia, pelo Centro Universitário Claretiano.

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Para refletir

Ideias e Inovações - Ensino Médio

Foto: Khakimullin Aleksandr

conseguinte, anulou as maldições de morte eterna e de inimizade contra Deus. Outra vez, a confessionalidade cristã assevera que os efeitos da queda distorceram os deveres humanos de governar a criação como fora ordenado originalmente. Logo, o pecado afetou o exercício da autoridade que foi cedido ao homem. Todavia, Cristo refaz o que fora distorcido e maculado. Admitimos, pois, que ainda permanecem resquícios dos efeitos da queda, mas a renovação da autoridade em Cristo é eficaz. Por fim, a autoridade restaurada e centralizada em Jesus vislumbra o tempo em que não mais teremos de conviver com as infelicidades e amarguras do pecado. Ocasião quando todos os relacionamentos serão perfeitos e perfeitamente conduzidos. Nesse afã, a confessionalidade cristã mais uma vez é determinante, visto que preconiza a esperança de redenção e, ademais, anuncia a sua consumação com a segunda vinda do Salvador. Entendemos, portanto, que a indagação inicial precisa ser respondida conforme a cosmovisão cristã, alicerçada em criação-queda-redenção. De modo prático, em sala de aula a cosmovisão cristã auxilia o professor a compreender o motivo de seus alunos, certas vezes, reagirem contra sua autoridade. Não é uma questão de “fase”, ou apenas de ambiente. Não é devido, exclusivamente, à educação familiar. Nossos alunos enfrentam desafios maiores com respeito à queda. Por isso, professor, não desanime ou desista quando sua autoridade for confrontada; antes, ajude seus alunos a temerem a Deus. De fato, o professor tem a oportunidade de ensiná-los a obedecer a autoridade máxima de Cristo, o justo juiz, de quem deriva a sua autoridade em sala de aula. Por fim, em seu trabalho diário o professor tem a chance de asseverar que há um propósito maior, uma finalidade grandiosa e eterna para aprender e conhecer o universo criado, pois assim o nosso Criador e Salvador é honrado e glorificado.

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Projeto: Carreira em Debate

“O que você vai ser quando crescer?”. Quantas vezes ouvimos esta pergunta na infância e, de forma heroica, convicta e in­ con­­tinente dávamos as respostas mais varia­ das: médico, jogador de futebol, modelo interna­­cional, bombeiro, artista e até astro­ nauta. Mas o tempo passa, chega a adoles­ cência e seus dilemas, não mais uma criança, tampouco um adulto cheio de decisões e reponsabilidades: apenas um jovem osci­lan­ do entre os dois mundos, com 16, 17 anos, ouvindo palavras como ‘vestibular’, ‘car­­reira’, ‘futuro’, ‘faculdade’, ‘mercado’ e ‘ser fe­­­­liz’! Agora a pergunta muda para “qual a carreira que você vai seguir?”. Os desafios começam a aparecer e os anseios de esco­ lher a carreira certa, sem errar, parecem ser cruéis e, para alguns, quase impossível. Alunos e seus pais começam a luta contra o tempo, participando de feiras de profissões,

testes vocacionais, pesquisas sobre os ‘me­ l­ho­­res cursos’ e continuam juntos a fazer planos, sonhar, fazer contas e conversar mui­ to sobre tudo isso. Por onde começar? Quais as minhas aptidões? Quais as profissões mais interes­ santes? Devo fazer o que gosto ou o que é mais rentável? Meus pais aprovam? E se não der certo, posso mudar depois? Conhecendo a angústia de nossos alu­­­­­ nos com esta temática, o professor de Ética, Yon Morato Ferreira da Costa, e o professor responsável pelo Setor de Ori­en­­tação do Vestibular (SOV), Júlio Cesar To­­­­­­non, ambos docentes do Colégio Pres­­­­­bi­­teriano Mackenzie de São Paulo, tive­ ram a ideia de trazer profissionais bem-sucedidos no mercado de trabalho e estu­­dantes de diversas faculdades para um encontro informal com os alunos onde pu­ dessem compartilhar histórias, escolhas e percepções.

Alunos do Ensino Médio - Colégio Presbiteriano Mackenzie São Paulo e profissionais do Jornalismo, Publicidade e Administração.

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Ideias e Inovações - Ensino Médio

Júlio César Tonon Professor de Biologia do Colégio Presbiteriano Mackenzie de São Paulo. Graduação em Biologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Metrado em Saneamento Ambiental pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Yon Morato Ferreira da Costa Professor de Ética e Ensino Religioso do Colégio Presbiteriano Mackenzie de São Paulo. Graduação em Letras (modalidade: tradutor/ intérprete) - Faculdade Ibero-Americana. Graduação em Teologia pelo Seminário José Manoel da Conceição - JMC. Mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Professor Yon Morato Ferreira da Costa O projeto teve início em 2009; alunos dos 2os e 3os anos do Ensino Médio sentados no chão e os convidados entre eles contando suas experiências e trajetórias, respondendo cada pergunta e, assim, nasceu este contato tão intenso, próximo e envolvente que cha­ ma­­­­mos de Carreira em Debate. Professor Júlio César Tonon Desde então, o Carreira em Debate ca­ minha para o 30o encontro, contemplando

Ex-alunos do Ensino Médio Colégio Presbiteriano Mackenzie SP, hoje, profissionais no mercado de trabalho.

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as carreiras mais variadas como Arquitetura, Direito, Biologia, Medicina, Veterinária, Eco­ no­­­­mia, Administração, Jornalismo, Enge­­nha­ ria, Propaganda e Marketing, Publici­dade, Design, Música, Carreira Militar e muitas outras. O projeto conta com o apoio do Co­ légio Presbiteriano Mackenzie de São Paulo, da Capelania e do Sistema Mackenzie de En­­sino - SME, além da cobertura de mí­dia da TV Mackenzie. Os encontros do Car­ reira em Debate não são mais “no chão”, mas, mantêm o clima informal e a proxi­mi­ dade. Quem ganha? Todos ganham! Espe­

cialmente nossos alunos, sempre! Aqueles que participam têm aprendido muito, soli­ dificado escolhas, dirimido dúvidas e até questionado escolhas antigas. Recentemente um ex-aluno, convidado para ser palestrante, estudante de Economia na USP, disse aos alunos: “Eu participei de todos os “Carreira em Debate” no meu tem­ po de Colégio e isso foi muito bom. ” Este momento vale muito a pena e soma-se a outras ferramentas de forma ímpar, pois proporciona o contato próximo e

real com quem já viveu esta fase e a venceu, recentemente ou há mais tempo. Mais que saber o que fazer ou não fazer, é importante a reflexão, a análise, o questionamento, o compartilhamento de “uma carreira em debate” para cada um se descobrir e esco­ lher “o que quer ser quando crescer”. O Sistema Mackenzie de Ensino dispo­ nibiliza os vídeos desses encontros no seu portal para alunos e professores das escolas parceiras.

“Na multidão de Conselheiros há bom êxito” Provérbios 15.22

Universitários da área de biológicas, entre eles ex-alunos do Ensino Médio - Colégio Presbiteriano Mackenzie - São Paulo, juntamente com atuais alunos do Colégio.

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Em destaque

Alessandra Gotuzo Seabra Psicóloga e Pós-Doutora em Psicologia Experimental pela USP. É docente e pesquisadora da Pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Bolsista de produtividade do CNPq. Autora de diversos artigos, livros e capítulos de livros sobre neuropsicologia e problemas de aprendizagem.

A inclusão escolar no Brasil ainda é um desafio devido a diferentes fato­res: o conhecimento restrito sobre as difi­cul­ dades, a ausência de recursos edu­­­cacionais específicos, como audioli­vros e materiais mul­­­­tissensoriais, e a es­­cassez de legislação clara sobre o as­sunto. No Ensino Médio, a inclusão é especialmente delicada, pois envolve as características típicas desse mo­­­­­ men­­­ to, como o expres­ sivo aumento de conteúdo escolar a ser estudado, o conse­ quente aumento no período de tempo de aula e estudos, a pressão pela escolha de um curso superior e o ingresso por meio do vestibular. As estratégias indicadas para a inclu­ são visam, de modo geral, à dimi­nuição das dificuldades do aluno no acesso a ca­da matéria e/ou na expressão do seu conhe­ cimento sobre ela. O uso dessas estratégias não deve resultar em redução dos padrões educacionais a serem alcançados. Ao con­ trário, elas envolvem práticas escolares que pro­ movem a aprendizagem. Destaca-se, porém, que o uso dessas estratégias não exime o aluno e a família de busca­rem intervenções específicas para a reme­dia­ ção do transtorno, o que pode e deve ser incentivado pela escola. Durante as aulas, duas estratégias

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im­­­­­­­­por­­­­­­­­tantes de inclusão são: 1. Adap­tar o ensino a diferentes estilos de apren­di­ za­­­gem (usar recursos multissen­soriais que tenham material visoespacial, oferecer re­ su­­­­­mos e listas de conceitos-chave, expli­ citar informações mais relevantes, ter ob­ je­tivos claros e explícitos em cada etapa do curso) e 2. Permitir uso de tecnologia (corretor ortográfico, gravação da aula pelo aluno, calculadora ou outros, conforme a necessidade). Especificamente em situações de ava­ liações, algumas acomodações comuns são: oferecer local separado e mais tempo; dis­ po­­ni­­­­bilizar um escriba ou permitir o uso de processador de textos; ler as questões para o aluno; não considerar erros ortográficos; oferecer contato prévio com os diversos tipos de questão que serão usadas na avaliação; fornecer a avaliação em formato diferenciado (letras maiores; papel com fundo colorido – o que pode ser útil em alguns casos de dislexia; papel quadriculado); evitar avaliações demasiadamente longas ou várias testagens em um mesmo período; permitir respostas de diferentes formatos em trabalhos, provas e lições de casa. Além dessas estratégias gerais, que podem ser usadas ao longo de to­da a escolarização, os professores e ges­­tores do

Ensino Médio podem aju­dar na inclusão escolar de forma mais específica. No Ensino Médio, espera-se que o aluno tenha boa capacidade de metacognição, que deve ser incentivada pelos professores. Ou seja, o aluno deve conhecer com clareza seus pontos fortes e fracos e adotar, de forma proativa e autônoma, estratégias que fa­ci­­­­ litem seu aprendizado (como estudar fazen­­ do dia­gramas ou mapas mentais, pedir per­ missão ao professor para gravar as aulas, solicitar aulas de apoio, reforço ou exer­cício extra em matérias específicas). É importante lembrar também que, nesse período, os alunos podem apre­­­ sentar, com maior frequência, conse­quên­­­­ cias sócio emocionais das suas difi­cul­­ da­­des de aprendizagem, que podem se manifestar como rebaixamento da auto­ estima, isolamento, oposição, trans­­­­­tornos depressivos e ansiosos, envol­vi­­mento com atos ilícitos e adicção. Por­tanto é funda­ mental que a escola ofereça aceitação e apoio ao estudante com necessidades espe­ ciais e o conduza ao processo de aquisição de autonomia. Outro papel fundamental de pro­ fes­­sores e gestores do Ensino Médio rela­­­ ciona-se ao processo de escolha pro­fis­sional. Ao auxiliarem o estudante a identificar suas dificuldades e facilidades, eles podem ajudá-lo a escolher sua ati­vidade futura. Se o aluno optar pelo in­gresso na universidade, precisará pen­sar em quais habilidades serão

mais re­ que­ ridas em cada curso, quanto tempo de dedicação aos estudos ele precisa­­ rá ter, quais competências aquela profis­são exigirá dele. Os professores são funda­ mentais nesse processo, ajudando o aluno a pensar sobre seu perfil e combiná-lo com os prós e contras dos cursos e pro­fissões. É importante também que a escola ofereça ao aluno informações sobre diferentes cursos, que não apenas a universidade. Por exemplo, cursos téc­nicos podem ser mais vantajosos para determinados perfis de alunos do que cursos universitários. É preciso que alunos e professores tenham abertura para discutir as diferentes possibilidades de atuação profissional. Os alunos (e aqui se incluem os que apresentam necessidades especiais bem como os demais) podem se adaptar melhor a um curso técnico, em vez de um curso acadêmico. Apesar de, no Brasil, haver certo receio em relação aos cursos técnicos e profissionalizantes, deve-se lembrar que em países altamente desenvolvidos, como por exemplo na Finlândia, cerca de 40% dos alunos do Ensino Médio já optam pela educação profissional. Finalizando, destaca-se que não há um único formato para a inclusão bemsucedida, mas é fundamental a com­ bi­ nação de acomodações oferecidas pela escola, uso de estratégias flexíveis pelos pro­­­­fessores, desenvolvimento da meta­cog­ nição e proatividade nos alunos e bus­ca de remediação por parte da família.

Foto: Denis Kuvaev

A inclusão escolar no Ensino Médio

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Panorama

Jade Pena Magave Uchôa é formada em Letras pela Universidade do Estado do Pará e mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie onde desenvolve estudos sobre metodologias artísticas de pesquisa. Atualmente trabalha como revisora pedagógica de Português e Literatura no Sistema Mackenzie de Ensino.

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Quando pegamos nas mãos um livro que aguardávamos ansiosamente tendemos a olhar com certa indiferença aquelas páginas iniciais que ficam entre a capa e aquilo que “realmente importa”. É verdade que podemos pular folha de rosto, dedicatórias, apresentações, introduções, prefácios e todas as páginas que nos separam do miolo principal do livro, afinal essas seções são, para o leitor ansioso, meros anexos. Mas o que perdemos quando decidimos pular tudo isso? O prefácio representa aquilo que o autor iria nos dizer se estivesse ele próprio entregando sua obra em nossas mãos, coisas do tipo: “esse livro é resultado de uma conferência específica”, “os dados que eu apresento aí foram coletados a partir desse ou daquele critério”, “este livro é uma continuação de outro anterior a ele”, ou ainda “esse livro nega outro que é anterior a ele” e tantas outras ressalvas, notas e avisos que se fazem necessários a fim de preparar o leitor para aquilo que vem a seguir. Se pensarmos bem, então, ao pular o prefácio perdemos a chance de ouvir do autor o que aquele livro representa em sua visão. Perdemos a chance de conhecer de antemão o embasamento filosófico daquele livro que nos acompanhará nos próximos dias. Com o livro didático acontece o mesmo. Para todos os leitores – pais, alunos e professores – há informações importantes no prefácio de um livro didático e em suas páginas de apresentação. Não se trata, no entanto, de simplesmente ler tais páginas, mas sim conhecer de fato toda proposta filosófica e pedagógica que subjaz a criação de um livro. O livro didático acompanhará pais, alunos e professores por, pelo menos, um ano e, por isso, conhecer a filosofia nortea­

dora dele é importante para que todos aqueles envolvidos no processo de ensino-aprendizagem estejam realmente engajados em uma visão comum de educação. Dessa forma, conhecer a proposta que embasa o material didático utilizado na escola permite um trabalho mais próximo entre a casa e a escola, já que ambos trabalham por um mesmo objetivo. Pensemos no seguinte exemplo: uma criança do 2º ano leva para a casa uma tarefa de plantar e observar o crescimento de um pequeno pé de feijão. Em casa, ao plantar o feijãozinho no algodão a criança esquece que tem que regá-lo todo dia. Se a visão pedagógica por trás desse experimento espera do aluno um resultado já pré-estabelecido – o pé de feijão vivo – cabe aos pais lembrar a criança de regar a plantinha e ajudá-la nesse processo para que o pé de feijão cresça. Se, por outro lado, a proposta pedagógica estiver centrada não no resultado, mas no processo de investigação, cabe aos pais, em casa, instruir a criança para que ela faça testes com o plantio, sem se preocupar tanto com o resultado final, mas sim com a formulação de hipóteses. Os livros do Sistema Mackenzie de Ensino adotarão a segunda visão. Pautados no modelo Cognitivo-Interacionista, utilizamos uma abordagem que desenvolve os conceitos através de um processo de análise por meio da indução. Desse modo, em uma experiência como a do pé de feijão, nosso principal objetivo estaria na análise das etapas do crescimento do pé de feijão para, a partir daí, induzir o aluno ao conceito que sistematiza a necessidade da água para o crescimento dessa planta. Assim, a participação dos pais na tarefa, munidos do entendimento básico da proposta, contribuirá para alcançar o objetivo de aprendizagem.

Arte: Shtonado

Não pule o prefácio

Ajudar no dever de casa, no entanto, é apenas uma pequena parte de tudo aquilo que está envolvido no processo de ensino e aprendizagem. Há ainda que se considerar os aspectos éticos e filosóficos envolvidos em uma proposta educacional. Se caminhamos guiados por uma proposta que visa formar um aluno que é capaz de criar novas soluções a partir do conhecimento adquirido, é importante que em casa ele também seja desafiado a encontrar soluções criativas e não receber sempre as respostas e soluções já prontas. Se essa proposta tem, ainda, como objetivo a formação de uma consciência ética voltada para o bem comum, é necessário que o bem comum também seja perceptível nas relações familiares. Mas para que tanto os aspectos pedagógicos quanto os aspectos éticos sejam contemplados satisfatoriamente, é importante que exista uma parceria real entre pais, alunos e professores/escola e uma das maneiras através das quais se promove essa integração é através do “prefácio”, isto é, através do embasamento filosófico

compartilhado entre todos aqueles envolvidos nesse processo. Conhecer o alicerce da prática pedagógica ou a escrita de um livro didático, aponta para o reconhecimento de que, em última instância, a proposta pedagógica adotada na escola/material didático provém de uma filosofia de educação a qual, por sua vez, provém de uma visão de mundo que informa todos os aspectos do nosso viver no mundo. Desse modo, o percurso para a formação do aluno vai passar não somente por uma proposta pedagógica, mas também por uma proposta filosófica pautada em determinado sistema de valores e crenças. No caso dos livros do Sistema Mackenzie de Ensino, o alicerce principal que informa a produção do material é a visão cristã de mundo. Esse é o elo entre livros e leitores que fornecerá o embasamento comum para que pais, alunos e professores trilhem juntos o caminho da aprendizagem. É por isso que vale a pena pensar sobre os pressupostos, isto é, vale a pena conhecer o prefácio.

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Olhares

Oficinas de culinária na escola - Modismo ou estratégia de ensino?

Mônica Glória Neumann Spinelli - Nutricionista pela Universidade de São Paulo, mestre e doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo. Pós graduada em Padrões Gastronômicos. É professora adjunta no curso de nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Coordenadora do Projeto Mini Chef no Colégio Presbiteriano Mackenzie.

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Embora não haja estatísticas, é visí­vel o crescimento das oficinas culiná­rias no país, em parte, impulsionado pelo gla­­­­mour que a culinária e a gas­tronomia con­quistaram nos últimos anos. Basta uma pesquisa rápida na inter­net para que se possa observar o número considerável de escolas que já as utilizam como parte das atividades de ensino. As oficinas de culinária não são exatamente uma novidade. O SESI, na década de 70, já as utilizava como for­ ma de transmitir ao trabalhador e à sua família noções básicas de educação ali­ mentar. Várias empresas de alimentos e de eletrodomésticos também as utilizam como forma de divulgação de seus produtos, uma vez que a observação do desenvolvimento de uma receita atrai as pessoas e desmistifica a dificuldade de cozinhar. Utilizam-se conteúdos diversos para os mais variados tipos de público, apenas adaptando-os aos objetivos pretendidos, às instalações e ao investimento disponível. O planejamento da cozinha edu­ cativa deve ser pensado criteriosa­mente, con­­siderando-se o uso e a fre­quência de utilização do espaço, pois exige in­ves­­ti­­­­ mento financeiro em espaço físico. Não há limite de idade para a oferta de ofici­nas de culinária: podem ser utilizadas por crianças a partir dos 2 anos. Podem também servir como recurso de inclusão de pessoas com necessidades especiais. Nas escolas, as oficinas podem ter início na Educação Infantil de uma forma bastante lúdica, como, por exemplo, ensi­ nando o nome dos alimen­tos, valor nu­­tri­­­

cional, as cores, as formas e texturas, en­­ tre outros, e ir progressivamente in­cluin­­­­­­­do atividades que se relacionem ao programa pedagógico desenvolvido em diferentes disciplinas. Em Matemática po­­­­­­dem ser trabalhadas as unidades de me­didas e as opera­ ções básicas de soma, subtração, mul­­ti­plicação e divisão, utili­zando os in­ gredientes da receita. Em His­tória e Geo­ grafia é possível abordar os aspectos históricos, o local geográfico de origem do alimento, en­tre outras menções. Em Ciências, as di­fe­­rentes formas de cocção e preparo e as transformações decor­ren­ tes, além do cuidado e con­servação dos alimen­tos, são assuntos pertinentes a essa inter­­disciplinaridade. Aos cursos de idio­­­­­­­­­­ mas, possibilita-se agregar voca­bu­lário de

Oficina de culinária para o Jardim II do Colégio Presbiteriano Mackenzie - São Paulo. O mundo marinho - desenho no prato com vegetais.

maneira bastante interativa. E, ainda, sus­ ten­­tabilidade e meio ambiente podem fazer parte das atividades, em todas as idades. Com os adolescentes, as oficinas con­­­­­­ se­­guem inter-relacionar a cozinha às vá­ rias profissões, direta ou indiretamente atre­­­ladas ao segmento de alimentação, mos­­trando opções de trabalho, além de promoverem educação nutricional, de grande importância para esse grupo. As aulas devem ter um propósito bem delimitado e um tempo mínimo de dura­­­­ ção, que permitam passar toda a infor­ mação necessária, além da execução da receita, e uma periodicidade pelo menos mensal. Não devem ser episódios isolados ou inconstantes e sim parte do currículo escolar, exigindo um bom planejamento, para tornar o custo viável, oferecer segurança e fazer sentido para os alunos. Como exemplo de oficina de culi­­­nária com abordagem educativa bem sucedida, a ação extensora do curso de Nutrição

da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em parceria com o Colégio Presbiteriano Mackenzie – São Paulo, promove desde 2009 educação alimentar para as crian­ ças da Educação Infantil ( jardim) e Ensi­ no Fundamental (primeiro ano), com um retorno bastante positivo por parte das crianças e dos pais. As oficinas que utilizam alimentos devem ter um cunho de saúde. Atividades esporádicas, tais co­­­ mo, preparo de gelatina ou pipoca, enro­lar brigadeiros ou preparo de bolo industrializado, podem ser divertidas, mas não configuram estratégia pedagó­gica de educação nutricional. Pode-se dizer que as oficinas nas escolas são uma estratégia de ensino efi­ ciente quando se sustentam em um pro­­­ grama pré determinado, com obje­tivos estabelecidos, com conti­ nui­ dade e ava­ liação. Caso contrário, quan­­­do feitas ao acaso, apenas para pro­moção da escola, não passam de mero modismo.

Cozinha experimental para o Ensino Fundamental do Colégio Presbiteriano Mackenzie São Paulo.

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Percepção

Educar integralmente a pessoa: compromisso com o aluno, família e comunidade “O que atenta para o ensino acha o bem, e o que confia no Senhor, esse é feliz. O sábio de coração é chamado prudente, Provérbios 16.20 e 21. e a doçura no falar aumenta o saber”.

Débora Muniz Oliveira possui licenciatura em Letras e Pedagogia; pós-graduação em Educação. É Diretora dos Sistemas Mackenzie de Ensino e AEJA Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos.

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A educação norteada pela concepção bíblica de sociedade implica em desenvolver uma cultura que considere Deus seu fundamento, amor e verdade, bem como, em cultivar valores que conduzam o ser humano a um relacionamento saudável com seu Criador, consigo mesmo, com o próximo e com seu meio social. O processo educacional, nessa perspectiva, tem por objetivo a formação integral do ser humano, associando saberes teóricos a saberes práticos, considerando os valores e princípios ético-morais presentes na cultura cristã. A educação escolar cristã deve ter a preocupação intrínseca tanto com “o quê” ensinar, quanto com “o como ensinar”. Pensar o modelo de educação desejado implica definir que tipo de intervenção educacional será feita. Entendendo que tal intervenção deve levar em consideração a realidade, expressando com clareza o compromisso, de toda a comunidade escolar, de unir esforços voltados para a formação de cidadãos conscientes, comprometidos com o seu Criador e atuando de forma responsável na sociedade. Diante das transformações socioeconômicas e culturais que se refletem na escola cristã, esta tem o desafio de pensar o espaço de ensino/aprendizagem como local de formação cristã, transformação pessoal e crescimento intelectual do ser humano. O desenvolvimento do potencial individual do aluno, deve estimular sua responsabilidade no convívio social, sua organização, sua postura ética e respeito nas relações pessoais, e a aplicação dos conceitos aprendidos. O Sistema Mackenzie de Ensino objetiva essa educação trans­ formadora, crítica e responsável, voltada para o desenvolvimento integral do educando, seu envolvimento e compromisso com a sociedade e seus semelhantes, sua preparação para o mundo do trabalho e para a cidadania plena. Deseja que o educando saiba lidar com mudanças rápidas e as novas exigências da era tecnológica sem se desumanizar. Nosso sonho e desejo é que o “ser”, o “fazer”, o “conhecer”, o “conviver” e o “escolher” sejam para a glória de Deus! Revista SME | 19


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