Festival da Canção Infantil da Madeira 2019

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38.º Festival da Canção Infantil da Madeira Mensagem do Secretário Regional de Educação Saudação É de todos conhecido o valor das atividades que, além do currículo, são desenvolvidas na generalidade das nossas escolas, fruto dos apoios dispensados pelo Governo Regional às mesmas. Infelizmente, há quem veja nesses apoios uma despesa supérflua. Não tem sido esse o nosso entendimento e a aposta em atividades extracurriculares, particularmente no campo das Artes, vão continuar. Estamos certos que os participantes e os seus professores, tal qual as famílias e as escolas, orgulhamse deste Festival da Canção Infantil da Madeira, que é fruto do esforço que a aquisição de conhecimentos e de competências sempre exige. Por isso, continuaremos a assegurar a sua realização e a reconhecer o seu contributo para o sucesso escolar.

Jorge Carvalho (Secretário Regional de Educação)

Júri do Festival

Carlos Gonçalves (Presidente)

Henriqueta Teixeira

Glória Gonçalves

Ester Vieira

Prémios Canção 1.ª classificada (vencedora) Prémio intérpretes: Folhas de prata – SRE Autor Letra: Secretaria Regional de Educação Autor Música: Secretaria Regional de Educação Canção 2.ª classificada Prémio autores: RTP - Madeira

Madalena Fernandes

Tomás Soares

Helena Teles

Canção 3.ª classificada Prémio autores: Direção Regional de Cultura Canção recomendada para crianças Prémio: JM - Jornal da Madeira

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38.º Festival da Canção Infantil da Madeira 27 de Abril de 2019 – 16H00 Centro de Congressos da Madeira

Coro Infantil da DSEAM

PROGRAMA Abertura Oficial “Do mar à serra” DESFILE DAS CANÇÕES

01. O Tabaibo – Beatriz da Guia e Beatriz Oliveira 02. Vamos dançar... Chá-chá-chá – Ana Isabel Vieira 03. Flor de estufa – Mariana Gonçalves 04. Brincar ao faz de conta – Ana Beatriz Cabral 05. Fada dos animais – Ana Spínola 06. A sopa da avó T’resa – Artur Correia 07. Viajar – Leonor Magalhães 08. Olhar de criança – Ana Santos 09. A minha braguinha – Inês Pereira 10. Mundo de sonhos – Margarida Jesus 11. O rei cá da casa – André Caires 12. Herdeiros da Madeira – Bruna Figueira e Matias Ornelas

Ensemble Vocal Regina Pacis

INTERVALO (15m)

Medley Max – Grupo Regina Pacis com acompanhamento quarteto cordofones tradicionais, percussão e acordeão Professores responsáveis: Zélia Gomes e Roberto Moritz

Diogo Garcia

Diogo Silva

Lucas Faria – Aluno da DSEAM de Acordeão, interpreta 5.º and. da Suite Espanhola de Anatoly Beloshitsky Professor responsável: Slobodan Sarcevic “Mudra” – interpretado por 4 alunos da turma infantil de dança DSEAM Ana Gouveia, Matilde Nóbrega, Raquel Furtado e Tomás Soares Professora responsável e coreografia: Juliana Andrade “Sentir a Ilha” – Diogo Garcia + Combo Rock DSEAM Professores responsáveis Rodolfo Cró e Ricardo Dias. Medley brinquedos cantados – interpretado por 12 alunos da Escola/Centro Infantil Maria Eugénia de Canavial (professora Noémi Reis) e 12 alunos de dança da DSEAM (professora Noélia Gomes) acompanhados pelo Coro Infantil. “Fabo” – Canção vencedora da 37.º edição do festival – solista Diogo Silva – Letra: Ana Paula Vicente, Música: João Paulo Silva Divulgação dos resultados. O vencedor recebe o troféu “Folhas de prata” pelo Sr. Secretario Regional de Educação - Interpretação da canção vencedora 38.º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA 2019 | página 3


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01 O–Tabaibo O tabaibo Letra: Lucília Sousa Música: Jorge Ferreira Abundam na minha terra Muitos tabaibos docinhos Verdes ou amarelinhos Frutos com muitos espinhos.

O tabaibo é saboroso Lembra a calor e verão! É bonito de se ver Na tabaibeira ali à mão. É um fruto com sementes Que não posso colher. Ai! Que pico maroto! Grita o meu dedo de dor. Minha mãe é paciente Tira-lhe a casca bem grossa Fresquinhos comem-se bem Conselho da minha mãe.

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Beatriz da Guia Idade: 9 anos Localidade: Santo António Colégio Salesianos Funchal Ídolo: Queen Futura profissão: Professora

Beatriz Oliveira Idade: 10 anos Localidade: São Roque EBS Dr. Ângelo Augusto da Silva Ídolo: Fernando Daniel Futura profissão: Professora 38.º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA 2019 | página 5


dançar... chá-chá-chá 02 –Vamos Vamos dançar... Chá-chá-chá 7

# 4 & 4

j ‰ œj œ œ œ œ œj ‰ œ œ œ œ œ œ œ œ ‰œ œ œ œ œ œ œ

G

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D

Quan - do ou - ço es - te som,

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20

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G

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Com um ves - ti - do cor - de - ro - sa

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24

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G

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G

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28

G

D

si - nhos? Cla - ro, Va - mos dan - çar!

#

D

G

A mão - zi - nha na cin - tu - ra o pe - zi - nho in - cli - na - do ba - lan - çan - do com do -

&         Œ 

32

G

çu - ra num com - pas - so bem mar - ca - do.

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A mão - zi - nha na cin - tu - ra o pe - zi - nho in - cli -

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36

G

G

D

na - do ba - lan - çan - do com do - çu - ra num com - pas - so bem mar - ca - do.

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Chá - chá - chá,

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G G Fº C D G # Gj ‰ D j‰ j‰ œ ‰ œ ‰ œ œ œ j‰ Œ  . œ œ œ . & œ œ œ œ œ œ œ œ œ J J œ œ œ

40

3,

Chá - chá - chá, à fren - te e a - trás

Chá - chá - chá, New York, Chá - chá - chá, que bem que faz!

Ana Isabel Vieira Idade: 6 anos Localidade: São Martinho Colégio Apresentação de Maria Ídolo: Rita Ferreira Futura profissão: Cabeleireira

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Letra: Rita Ferreira Música: Carolina Caires e Rita Ferreira Quando oiço este som, fico a vibrar O meu corpo quer dançar, não vai parar. Com postura de princesa vou brilhar A solo, em grupo ou em par Eu vou dançar! Com um vestido cor-de-rosa E um saltinho... que crescida! No meu mundo de encantar A minha dança preferida Eu vou dançar. (Coro) É complicado? (Solista) Não. (Coro) Podes mostrar? (Solista) Sim. (Coro) Alguns passinhos? (Solista) Claro, (Coro + Solista) Vamos dançar!

A mãozinha na cintura O pezinho inclinado Balançando com doçura Num compasso bem marcado. Chá-chá-chá, 2-3, Chá-chá-chá, à frente e atrás Chá-chá-chá, New York, Chá-chá-chá,que bem que faz! (bis) Gosto muito de dançar o chá-chá-chá Pôr o corpo a mexer e a balançar Estou feliz, com energia e sem parar A solo, em grupo ou em par Eu vou dançar! Com um bonito penteado E um sorriso bem catita No meu mundo de encantar A minha dança preferida Eu vou dançar.


Flor de Estufa 03 – Flor de estufa Moderato h=80

Letra: Lisandra Tavares Música: Micaela Caldeira

Swing

Flor de estufa Estás sempre a dizer! Flor de estufa Tu queres é me proteger. Flor de estufa É o melhor pra mim. Flor de estufa Tu és o meu jardim... São muitos os recados, Que tens para dizer. Porque o que mais queres, É ver-me crescer. Sou a tua flor, E tu o meu jardim. Mãe, sabes sempre, O que é melhor pra mim... Não mexas na água, Tosse tu podes ter Calça os sapatos O chão trio faz doer. Não apanhes chuva A garganta vai picar Ai, estou baralhado De tanto ouvir falar...

G

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Não vás lá pra fora vai - te res - fri - ar

Œ Œ Œ œ œ œœ Œ  œœ œœ œ

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tu - fa é o me - lhor pra mim.

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Flor F

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Œ. Œ  œ . œj œj œ œ œ œj œ œj œ

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G

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 Œ œ œ . œj œ œ œ œ w

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Am

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34

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&œ œœœ Œ œ não te su

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C

Tu - ru - ru

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G

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Ves - te o teu ca - saco pra não te cons - ti - par Põe lá o cha - péu

Am

&Œ œ 

13

Veste o teu casaco, Pra não te constipares Põe lá o chapéu, O sol faz magoar... Não vás lá pra fora, Vai-te resfriar. Deixa lá a terra, Pra não te sujar...

&C

Voice

7

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œ œ œ œ

por - que o que mais Am

j ‰ œj œ œJ œ œ œ w e

tu o meu jar - dim.

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C

mim.

Mariana Gonçalves Idade: 6 anos Localidade: Santa Luzia Externato São João Ídolo: Carolina Deslandes Futura profissão: Artista (Cantora e bailarina)

38.º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA 2019 | página 7


04 – Brincar Brincar ao Faz de Conta ao faz de conta q = 105

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Letra: Eva Falcão Música: Carina Freitas

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& b œ œ œ œ œ œ œ œ    Œ œ œ œ œ œ œœ œ œ œœ œ œ œ

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Dm

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Sou u - ma prin - ce - sa de um rei - no en - can - ta - do vi -

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21

brin - co ao faz de con - ta e par - to em vi - a - gem pra qual -

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& b œ œ  œœœ œœœ # œœœ œœœ 

13

œ œ œ œ 

F

Ídolo: Mariza Futura profissão: Cantora

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bom so - nhar.

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co - mo eu gos - ta - va de

Ana Beatriz Cabral Idade: 8 anos Localidade: São Martinho Externato Princesa Dona Maria Amélia

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É bom ter a - mi - gos, a - mi - gos a va - ler

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œ œ œ œ œ œ œ œ œœ œœ # œœœ œœœ œœœ Œ

j & b œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ ‰ œ œ œ œ ‰œ

25

Dentro do meu mundo Ninguém pode entrar Brinco ao faz de conta E parto em viagens Pra qualquer lugar.

nun - ca cres - cer.

Sou uma princesa De um reino encantado Viajo nas nuvens E sou transportada Num cavalo alado.

Todos os meninos gostam de brincar Juntos ou sozinhos é tão bom sonhar É bom ter amigos, amigos a valer Como eu gostava de nunca crescer Posso ser sereia Sempre a nadar Brinco com os peixes E enfeito o cabelo Com estrelas-do-mar. No meio da relva Brinco com o meu cão Estamos na selva Sou a caçadora E ele é um leão.


Voz que (en) canta

Natalina Cristóvão - DSEAM

Cantar é a mais doce alegria do Homem Aristóteles Voz que (en) canta foi o nome do espetáculo que a Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia promoveu no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Voz que se celebra a 16 de abril. Por coincidir com o período da interrupção letiva da Páscoa e porque se considerou que era importante a envolvência e a participação dos alunos das nossas escolas nesta comemoração, antecipou-se esta iniciativa para o dia 3 do corrente mês. Deste modo, programou-se um evento que foi prontamente acolhido pela EB1/PE da Assomada – Caniço – que compreendeu um Workshop na área (do canto), envolvendo alunos das escolas: EB1/PE Cruz Carvalho, EB1/PE Camacha, EB1/PE das Figueiras e a alunos da escola anfitriã, num total de 60 alunos e um espetáculo.

Mas porquê liar-se a esta comemoração? A voz é um instrumento basilar ao homem, razão pela qual deve ser bem cuidada. Seja canta ou falada, faz parte do nosso dia a dia, pelo que é importante mantê-la saudável. De facto, vê-se cada vez mais os centros hospitalares e outras instituições a promoverem rastreios gratuitos e a aconselharem cuidados a ter com a voz, prevenindo, deste modo, eventuais problemas. Não obstante esta relevância, o objetivo desta pequena exposição, é abordar a voz cantada expressa na prática do canto, que desce cedo começa nas nossas vidas – cantar faz parte da natureza humana! – centralizando o discurso no evento promovido pela Secretaria Regional de Educação, já acima referido. O canto, na criança é mais do que uma simples imitação, argumenta Edgar Willems (1970) na sua obra As bases psicológicas da educação Musical e fundamenta esta sua ideia na premissa de que o canto desperta naquela, qualidades musicais congénitas ou hereditárias: sentido rítmico, escalas, acordes e até de

tonalidade. Aliás, este pedagogo suíço é de opinião que o canto desempenha um papel muito importante da educação musical dos principiantes, atendendo que reúne sinteticamente – em torno da melodia – o ritmo, a harmonia, sendo o melhor dos meios para o desenvolvimento da audição interior – chave de toda a musicalidade. Partindo destas ideias, situamos as práticas de canto dos professores das áreas artísticas e de educação musical nas nossas escolas, fazendo jus à máxima de Heitor Villa-Lobos: Um povo que sabe cantar está a um passo da felicidade; é preciso ensinar o mundo inteiro a cantar. E o canto é uma atividade acessível a todos e no caso concreto do sistema educativo regional, essa é uma realidade efetiva. Como refere a prof.ª Leonor Mêna, o investimento em coros ultrapassa largamente a dimensão da sala de aula, permitindo aos alunos e restante comunidade educativa, a prática de uma atividade artística consistente, evolutiva e benéfica para todos. As crianças gostam de cantar e são felizes nessa prática, pois se assim não fosse não teríamos 72 grupos, com um total de 1240 coralistas nos 1.º CEB) e 29 projetos da Modalidade Artística de Canto Coral nos 2.º e 3.º CEB e secundário (desenvolvidos em contexto de enriquecimento curricular). Destas práticas decorrem várias iniciativas, tanto no interior das escolas, quanto na comunidade. No primeiro caso, afirmo, sem qualquer dúvida, que em todas as incitativas promovidas pelas escolas, a interpretação vocal está presente, desde os mais pequeninos que estão a dar os primeiros passos na arte de “aprender a cantar bem”, aos mais experientes que já ousam interpretar canções com uma outra velometria artística. E ainda há aqueles que procuram um aperfeiçoamento técnico, quase profissional, saindo dos muros das escolas nessa busca do aperfeiçoamento vocal. Ora, o evento promovido pela Secretaria Regional da Educação, no dia 3 de abril, reuniu estas realidades. Do programa fez parte um Workshop, que sob a orientação da prof.ª Leonor Mêna – Coordenadora da Modalidade Artística de Canto Coral – proporcionou aos 60 alunos participantes a possibilidade de vivenciar algumas práticas, promotoras de saúde vocal e das PRATEVOR (Práticas de Técnica Vocal e Respiratória), e o contacto com o cantar em conjunto (em uníssono e “a vozes” – cânone), sempre de forma descontraída (…) os alunos foram convidados a assistir e a participar no espetáculo em que se pretendeu demonstrar as possibilidades da voz, nas suas várias vertentes (falada – conjugando ritmos, movimentos sonoros, andamentos, intensidades; 38º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA, 2018 | página 9


cantada – melodicamente e com sonoridades de Hip Hop). Do programa do espetáculo, fez parte: O coro da escola anfitriã (alunos do 4.º A) que abriu o evento, interpretando 2 temas, dando o mote para o desenrolar do espetáculo; um trabalho vocal participado por todos os alunos, através da história A formiga que queria ser cantora – que mereceu uma atenção especial dos mais pequeninos; e a intervenção de duas alunas que frequentam as atividades artísticas na Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia – participantes do Concurso Jovens Artistas’2019 – promovido recentemente por esta Direção de Serviços – na classe de canto, categorias infantil e juvenil.

A felicidade daquelas crianças, tanto das que estavam em palco quanto das que estavam na assistência, não passou despercebida a ninguém, cujas vozes se misturavam em vários momentos, fazendo ecoar as doces melodias com as suas belas vozes – expressão natural das crianças que têm uma prática sistemática na área do canto. Foi isso que aconteceu! Se lhes perguntasse se estavam felizes a cantar, não seria difícil adivinhar as suas respostas – apesar da tempestade que se fazia sentir na altura. Ainda assim, consegui recolher a opinião da Tatiana – Participante no Concurso Jovens Artistas DSEAM – classe infantil e também das duas professoras que estiveram mais diretamente envolvidas no espetáculo: a professora Isabel Veiga – professora da escola anfitriã – e a prof.ª Leonor Mêna, coord.ª da Modalidade de Canto Coral. Sobre a participação neste tipo de eventos, a Tatiana reforça: é sempre muito importante agarrar todas as oportunidades que me são dadas (…). Fazemnos ganhar experiência em cantar em público e a lidar com os nervos. E também é uma oportunidade de mostrarmos o que valemos! Por sua vez, prof.ª Isabel revela: Os alunos adoraram a experiência! Adoraram cantar, canções que eles gostam muito, e também gostaram muito das outras atividades. Gostaram principalmente da segunda “ninfa” que cantou Adele, talvez por ser uma canção que eles conhecem bem. O resto dos alunos da escola gostaram muito de página 10 | 38º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA, 2018

assistirem ao espetáculo, andaram a falar dele durante todo o dia. O resto da comunidade escolar também gostou muito (…) foi espetáculo bem-sucedido (…) vi alguns vídeos que mostravam os adultos a cantarem juntamente com as crianças. Já para a prof.ª Leonor, os contextos educativos são, muitas vezes, a nascente de vários “talentos” (...). Em muitos casos, é na escola que é feito o primeiro contacto (…) sendo a voz (…) o nosso instrumento natural, é fundamental que as comemorações deste dia aconteçam em contexto educativo – desconstruindo algumas ideias pré-concebidas (…) como a exigência e a formalidade (inclusive, corporal) de cantar em coro, ou a associação de género – não descurando a sensibilização para os cuidados a ter com a voz, bem como os fatores sociais e culturais, bem presentes no ato de cantar em conjunto. Pelas palavras expostas, depreende-se que o percurso inicia desde muito cedo. Aquela professora opina que o contacto com o canto deverá ser o mais precoce possível (…) é possível desde (…) cedo, realizar algum trabalho de educação da voz – da mesma forma que um pai não espera por uma idade concreta para corrigir o filho no processo de aquisição da linguagem verbal. De facto, este trabalho poderá ser o mecanismo que fará despoletar pequenos grandes talentos, que acompanhados devidamente poderão alcançar elevados patamares. Foi precisamente isso que aconteceu com a Tatiana: frequento o Coro Infantil da DSEAM (…) não me lembro (…) quando descobri que tinha talento para cantar, mas desde pequenina que gostava muito de cantar. Cantarolava pela casa músicas que eu própria inventava (…) O meu avô toca viola e sempre gostou de tocar e cantar para a família (…) tenho uma prima que adorava cantar (…) conhecia muitas músicas que eu ainda não conhecia e mostrava-mas para cantarmos juntas. Eis alguns testemunhos que corroboram as ideias de investigadores que se dedicam ao estudo destas práticas: começar 9 meses antes de nascer, ou seja, desde muito cedo; considerar os gostos das crianças; prática de conjunto e experiência de palco. Natalina Cristóvão


05 – FadaFadados animais dos Animais 3

q = 120

Letra: José Carlos Mota Música: Marta Faria

4 &b 4

œ . œj œ œ œ œ F

Œ

Nes - te mun - do

Neste Mundo de ilusão, Todos temos que aprender! E vou mostrar nesta canção, Para que possam perceber! Passo os dias a cantar, Desejo estar sempre a dançar! Falo com os meus animais (não gozem), Gosto de os tratar Pra mim é simples viver e sonhar!

Sou a Fada dos Animais, É isso que eu quero ser, que eu quero ser! Fazer Magia e muito mais, Para todos proteger, proteger! Com pozinhos pelo ar Dou 1 toque perlimpimpim! Gosto muito de ajudar, Sou tão mais feliz assim! O ladrar de satisfação, Enche o meu doce coração! E quando o meu gatinho mia, Encho o meu corpo de magia! Há alegria... todo o dia!

Sou a Fada dos Animais, É isso que eu quero ser, que eu quero ser! Fazer Magia e muito mais, Para todos proteger, proteger! Sou a Fada dos Animais

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dan - çar!

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F

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ni - mais,

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22

que eu que - ro

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ser!

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dos pro - te - ger,

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Œ

to - dos

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Bb

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os

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-

ta can - ção,

j j œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ J di - as a can - tar, de - se - jo es -

œ œ œ œ œ

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j œ œœj œœ œœ J (não go - zem),

C

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Bb

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C

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pa - ra

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Sou a

Œ

que eu que - ro ser,

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so - nhar!

Am

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C j j . œ œ œ œ œ œ œ . œ œ œ œ œ œ œ 1.

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C

F

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C

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com

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18

sem - pre a

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Pas - so os

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14

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te - mos que a - pren - der!

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Ana Carolina Idade: 9 anos Localidade: Santo António EB1/PE da Pena Ídolo: DAMA e Ariana Grande Futura profissão: Veterinária

38.º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA 2019 | página 11


06 – A sopa da avó T’resa Sopa da avó Teresa

4

Swing

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# & œ œ 

8

so - pa,

Letra: Filipa Silva Música: Ricardo Correia

Gos - to

le - gu - mes e ver - du - ras

# j & œj œ œ œ œ œ œ œ Œ  Po - nho o meu a - ven - tal,

# & œ œ œ œ œ œ œ œ . rer lá co - me - çaa brin - ca - dei - ra.

ce - nou - ri - nhas em

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26

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á - gua a cor -

j j œ œ œ œ œ œ œœ œ 

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bo - ca.

Ce - bo - la e a - lho fran - cês,

na - bos

œ œ œ œ œ 

mei - a a - bó - bo - ra a - ma - re

de cres - cer á - gua na

.. # # œj œ œj œ œ œ Œ  œ œ

œ œ œœ œ 

ro - de

fa - zer a mi - nha

 œ œ œœ œ œ œ œ

su - bo pra u - ma ca - dei

18

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a

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13

22

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de a - ju - dar a a - vó

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com

Œ 

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la.

Artur Correia Idade: 8 anos Localidade: Caniço EB1/PE do Caniço Ídolo: Diogo Piçarra Futura profissão: Futebolista

página 12 | 38.º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA 2019

em mei - a - lu

œ œ œ œ

Sal - tam, sal - tam,

-

œ œ œ œ

pu - lam, pu - lam

j n # ∑ Œ  œ œœ ‰ ∑ . œ J Prá pa - ne - la.

a,

. .j Œ œœ œœ ‰ Œ œ. J. Sal - tam.

Gosto de ajudar a avó A fazer a minha sopa Com legumes e verduras De crescer água na boca. Ponho o meu avental Subo pra uma cadeira Com a água a correr Lá começa a brincadeira.

Cebola e alho francês Cenourinhas em rodelas Nabos em meia-lua Meia abóbora amarela. Saltam, saltam, Pulam, pulam Os legumes prá panela. A avó descasca e corta A faca ainda é só pra ela A minha tarefa é lavar E pôr tudo na panela. Este é o nosso ritual É sempre uma animação Comer sopa é tão bom Fazê-la é uma diversão.

Cebola e alho francês Cenourinhas em rodelas Batata e beterraba Feijão-verde e pimpinelas. Saltam, saltam, Pulam, pulam Os legumes prá panela. Cebola e alho francês Cenourinhas em rodelas Alinhados vão andando Como numa passarela. Saltam, saltam, Pulam, pulam Os legumes prá panela.


38.º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA 2019 | página 13


página 14 | 38º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA, 2018


Festival Componho, escrevo, apago, volto a escrever, toco, apago, gravo, regravo, volto a escrever, volto a gravar… O processo criativo de um compositor passa por tantas etapas que chega a ser impossível quantificar os passos a ter em conta para compor uma canção para “o festival”. Por isso é que na concretização deste festival o que se evidencia mais é a partilha de experiências entre criativos e intérpretes. É claro que, pelos corredores, existe por vezes a delicadeza de esconder “o truque”: é o encadeamento harmónico numa tonalidade não habitual, é o instrumental super atual e com um nível de minúcia bastante rigoroso, é uma interpretação surpreendente com um visual apelativo, ou é a simplicidade infantil da canção, aliada a uma interpretação limpa, sem extravagâncias e bastante sincera… Cada compositor, autor ou, de uma forma geral, responsável artístico por cada canção tem sempre os seus argumentos para levar a melhor neste evento. Aqui o prémio não é o mais apelativo, estando sim em causa a reputação pelo exemplo, a imagem construída e a sobriedade da atualização de conteúdos, à medida que os anos e as edições deste festival vão passando. E você que está aí à espera que o espetáculo comece, ou espera que o intervalo termine, pode certamente reparar (à sua volta) nos autores e compositores que anseiam por uma validação do seu trabalho, do seu esforço, do seu talento. E mesmo sem talento (sim, há uns compositores e autores mais talentosos que outros de um ponto de vista artístico), existem ainda aqueles que conseguem “dar a volta” com a preparação de uma interpretação cuidada, preparada de forma metódica, com trabalho de interpretação da letra, com cuidado vocal e trabalho de interação tanto com o instrumental quanto com o coro infantil. Como se diz na gíria festivaleira, só isto já ganha “meio festival”. O resto é a criação da canção: música e letra. Mas, como a letra não é o meu forte, falemos então só da canção como composição musical.

Canção Não existe uma fórmula, qual receita, que defina o processo de composição de uma canção; sim, falamos de canções neste festival porque é disto que se trata. E o que se quer numa canção? Em primeiro lugar quer-se que seja uma canção que não seja maçadora em termos de duração. O regulamento prevê um timing à volta dos 3 minutos e é da comum aceitação geral que uma canção de 3 minutos tenha um nível de atenção e retenção do ouvinte bastante aceitável. Tudo o que “esbarre” os 3 minutos e meio e daí para a frente, irá ter um peso e uma medida bastante fortes e o impacto será negativo pelo excesso, pensando neste contexto infantil, é claro. O mesmo se passa na situação contrária, considerando pessoalmente o limiar dos 2 minutos e meio como o mínimo dos mínimos para sequer tentarmos memorizar um bocadinho do refrão para assobiarmos quando conduzimos ou entoarmos quando estamos no duche.

Em segundo lugar, e julgando pelas canções anteriormente vencedoras das edições deste festival, uma canção “vencedora” não poderá ser muito lenta. Existe a teoria de que um número de bpm da canção (entenda-se como batidas por minuto) inferior ao número de batidas do coração poderá “adormecer” o ouvinte e desprender a sua atenção da mesma. Vejase o exemplo da edição de 2018 em que venceu a canção “Fabo” com uma batida “Andante”, logo, na casa das 80 bpm. Esta não é propriamente uma canção para dançar, mas também não é nenhuma balada e até dá para bater palmas… Iara Almas interpretou “Olá Pitanga” em 2017, também uma canção que anda à volta dos 118 bpm, no seu jeito “swingado”. Recuando ainda mais um ano, em 2016, a canção “ Como é bom sonhar” realmente começa com uma balada a cerca de 64 bpm mas o refrão agita logo o ambiente com os seus 160 bpm, o que lhe confere uma diversidade de sensações entre a delicadeza da balada e o embalo de um refrão em 38º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA, 2018 | página 15


valsa, o que não deixa de ser muito enriquecedor. No entanto, esta não é uma regra mas sim, até diria que é um reflexo da sociedade em que vivemos. É por isso que considero este método de escolha de júri o mais justo e transparente para este tipo de festival: adultos e crianças. E isto sim, parece-me ser o correto pois nós, os adultos, pensamos que sabemos o que as crianças gostam… e as crianças lá gostam das suas coisas. Mas será que as duas opiniões coincidem? Isso irá certamente refletir-se nos resultados da votação do júri. E, de acordo com as últimas três vencedoras, o “trend” não segue o caminho da balada. Em terceiro lugar considero que as canções não deverão ter nem muitas partes só instrumentais, nem muitas partes só corais. Isto é absolutamente discutível porque cada um lê as minhas palavras consoante o seu contexto de envolvência no festival. Mas refiro-me a este aspeto apenas de um ponto de vista artístico: trata-se de um festival da canção infantil, logo competição vocal, logo solistas. Nem o instrumental nem o arranjo coral deveriam ser fatores de grande importância, na hora da decisão. Mas podem trazer o brilho do solista ao de cima, no momento certo… E por favor, distinga-se a composição enquanto música, do instrumental de suporte pois um não vive sem o outro, mas não são, de todo, a mesma coisa. Eu poderia estar aqui a enumerar vários fatores em que considero que uma canção poderá ter argumentos para ter sucesso. Mas apenas vou referir mais um: em quarto e último lugar, a simplicidade. Na indústria fonográfica de língua inglesa fala-se bastante da palavra “hook” que, traduzindo à letra fica esquisito se lhe chamarmos de “gancho”. Em alemão usa-se também o termo “Leitmotiv” para designar exatamente o mesmo conceito que é o surgimento de um tema com uma determinada frequência. E aqui, tanto o “hook” como o “leitmotiv” podem surgir em forma de interlúdio, solo numa guitarra, um assobio, o próprio refrão da canção, ou seja, qualquer parte musical, associado a uma letra ou não, que nos entre pelos ouvidos e que no dia, semana, mês seguintes ainda estejamos a trautear este tema. Assim, o sucesso de uma canção passa também pela inteligência na forma como usamos esta técnica, seja pela escolha do timbre, altura vocal, duração e colocação ao longo da canção. Estou a lembrar-me que, em 2008, a Madalena Garcia venceu este festival com a minha canção “Ao sabor do Hip-Hop”, com a letra da Noémi Reis, e passados meses, na altura do verão, ainda ouvia os miúdos a cantarolar no recreio “ri, pó, ri, pó, ri, pó, esta onda está no ar”, o que com esta forma errada de ler as palavras “hip-hop”, até lhe conferia página 16 | 38º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA, 2018

uma certa graça que ainda hoje me dá vontade de sorrir. Mas a técnica está lá.

Infantil E as crianças? Quem se lembra das crianças? Para quem será este espetáculo? Para os pais? Para os avós? Para a comunicação social? Para os professores? É importante lembrar que este festival é infantil. É para crianças. É para o seu crescimento. É difícil manter um discernimento de entendimento do mundo infantil, na azáfama do quotidiano, na rotina do diaa-dia. Criar uma música infantil que seja do agrado das crianças é uma tarefa tão difícil como oferecer um presente a uma pessoa que não conhecemos. O mundo como nós o conhecemos é feito de influências e o que nós pensamos que tem sucesso já não é o que realmente resulta. Podemos salvaguardar o facto das crianças serem “um livro aberto” e que estão mais dispostas a aceitar os “trends”, por muito maus ou bons que sejam. Nós adultos temos já as nossas fronteiras delimitadas e sabemos o que gostamos ou não. Nas crianças esses limites estão ainda em construção. No entanto as crianças olham de forma diferente que nós adultos e têm ferramentas e caminhos bem diferentes dos nossos.

Podemos continuar a criar canções sobre animais de estimação? Ou vamos falar sobre a escola e sobre aprender? Não, vamos criar canções sobre a paz no mundo e no amor ao próximo. Ou será melhor termos canções que falem sobre a família e os valores familiares? Vamos incutir algum saudosismo (inexistente) nas crianças e falar em carrinhos de rolamentos e canções que descrevam jogos de outros tempos? E vamos continuar a criar canções sobre brinquedos, os carros e as bonecas? Vamos, porventura, continuar a criar canções sobre o imaginário infantil, com personagens de fábulas? Cada letrista, cada compositor deverá medir o tempo, o contexto e a criança que têm em mãos, e criar uma canção em que ela se reveja enquanto criança e não como nós adultos gostaríamos de a ver; porque entre uma e outra há uma enorme diferença.


Madeira Orgulho-me de ser madeirense, pertencer a uma sociedade que valoriza e conhece os seus talentos. Este festival já conta com quase quatro dezenas de edições e já vimos de tudo. Já tivemos muitos solistas que seguiram carreira e hoje são cantores, tal como temos tido uma assiduidade de letristas e compositores com composições notáveis. E se para alguns o festival foi um mero episódio na sua vida, para outros o Festival da Canção Infantil da Madeira foi a alavanca que lançou a sua vida num rumo artístico. A nossa ilha é rica em talentos, e talento “puxa” talento. Se continuarmos com uma aposta artística na educação, se valorizarmos os artistas com o respeito que merecem, se preferirmos os nossos aos de fora, se pagarmos [todos] pelos bilhetes dos espetáculos a que queremos ir, aí estaremos a valorizar a cultura madeirense. Este é um meio pequeno, quase todos se conhecem. E certamente não será difícil encontrar vozes talentosas que possam concorrer a este festival. Em primeiro lugar estão os professores nas escolas que têm o papel de os identificar. Dado esse passo, o apoio familiar é imprescindível para dar continuidade às orientações escolares. Só depois de feita a identificação das

possíveis estrelas vocais é que o tempo, a visibilidade e o espaço lhes deverão ser dados. E é aqui que entra este festival: na abertura à comunidade, com idades compreendidas entre os 5 e os 10 anos, cada criança terá um lugar para brilhar e mostrar que a Madeira tem talento, mostrar que educamos bem os nossos filhos, e mostrar que podemos também ser os melhores do mundo. Basta querermos! João Caldeira Professor de Educação Musical Compositor e Orquestrador na Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia

João Caldeira

38º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA, 2018 | página 17



07 – Viajar

Viajar b 4 &bb 4

O sol já espreita... Não acredito!... Estou quase, quase a viajar... De mala feita... Chapéu bonito... E os sapatos a combinar... Aquilo que eu tanto desejei... Está quase a acontecer... Eu sei!...

11

Eu sempre quis ir a Paris E ver a Torre Eiffel a brilhar... Sentir luz noite e dia... Que alegria!... Eu sei que vou adorar!... (bis)

20

Ah... Paris... Alors?? Alors?? (coro) Cálórr?? Sim... Já estou cheia de calor!... Acordo cedo... Pela manhã... E já estou pronta para embarcar! Quase em segredo, Como um “croissant”: E se a Gioconda estiver a olhar? O Mickey vai lá estar a passear!... Com o Quasimodo eu vou cantar!...

Eu sempre quis ir a Paris E ver a Torre Eiffel a brilhar... Sentir luz noite e dia... Que alegria!... Eu sei que vou adorar!... (bis) Vou viver a minha aventura... Palpita o meu coração!... Ser princesa, mas com armadura Que aguente a emoção!...

7

Swing q = 127

Letra: Catarina Canhoto e Leonor Magalhães Música: José António Magalhães

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Ab

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Tor - re Eif - fel

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37

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Gm

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33

œ. œ œ. œ

cha - péu bo - ni

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25

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15

Eb

Œ.

a - do - rar!...

Sen - tir luz noi -

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Leonor Magalhães Idade: 8 anos Localidade: Machico EB1/PEC Eng. Luís Santos Costa Ídolo: Imagine Dragons Futura profissão: Atriz

38.º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA 2019 | página 19


08 – Olhar de criança Olhar de Criança 4

Allegro

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B

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22

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27

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Te - nho o mun - do

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35

Que - ro

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Ana Santos Idade: 8 anos Localidade: Santo António – Funchal Escola Maria Eugénia Canavial Ídolo: Maroon 5 Futura profissão: Bailarina

página 20 | 38.º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA 2019

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ro - do - pi - os de es - peran

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ser...

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des - co - brir,

A #### F m j ‰ & œ œ œ. œ œj œ œ

31

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Letra: Noémi Reis Música: Cristina Silva

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Ca - da ins - tan - te, u - ma a - ven - tu - ra

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Gos - to de

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A

Gosto de me ver ao espelho Ouço a voz que há em mim. Cada instante, uma aventura Com brincadeiras sem fim. Tenho o sol no coração E partilho a alegria. As estrelas e as palavras Tem sabor a poesia.

Tenho o mundo por descobrir, Em rodopios de esperança, No futuro que há-de vir... Quero ser... Quero ser... Criança. A vida dá-me os sonhos E o direito a sonhar. Sou criança deste tempo Com a luz no olhar. Abraço a vida sem medo E há tanto pra aprender, Há magia e notas soltas Na canção do meu crescer.

Tenho o mundo por descobrir, Em rodopios de esperança, No futuro que há-de vir... Quero ser... Quero ser... Criança. Eu vou ser... Eu vou ser... Criança.


38.º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA 2019 | página 21



09 – A minha A minhabraguinha braguinha Letra e música

# 4 & # 4

Rodolfo Ortelá Cró

D #º

D

Em

A7

D

œ nœ #œ nœ #œ nœ #œ œ

De

De manhã até ao dormir Seja em casa ou na escola Melodias faço ouvir Até dentro da sacola. Com a minha braguinha Toco sempre sem parar Todas as notas que tinha A braguinha sei tocar, A braguinha sei tocar.

4

&

##

Bm

&

##

D

10

Com notas em harmonia Sorrisos faço despertar É tão grande a alegria Com tantas notas no ar.

14

&

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bra - gui - nha

&

17

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##

Bb

nœ œ œ œ œ

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D

D #º

O - lha

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que es - tá

to - ca, to - ca sem pa - rar.

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gri - a

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O - lha A7

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A7

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Bb

D

A7

gri - a

20

a - té den - tro da sa - co - la.

to - co sem - pre sem pa - rar

A7

A7

me - lo - di - as fa - ço ou - vir

œ nœ #œ nœ ≈ œ #œ œ œ œ nœ #œ nœ #œ nœ #œ œ

a bra - gui - nha sei

##

la

G

D

Bm

Com a mi - nha

Olha a braguinha Que está a tocar Com alegria Toca, toca sem parar.

-

ao dor - mir

G

œ nœ #œ nœ #œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ

se - ja em ca - sa ou na es - co

7

ma - nhã a - té

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com

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j ‰ œœœ œœœ œœœ œœ œ J

A7

que es - tá

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to - ca, to - ca sem pa - rar.

Inês Pereira Idades: 8 anos Localidade: São Martinho EB1/PE da Ajuda Ídolo: Mariza Futura profissão: Educadora de Infância

38.º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA 2019 | página 23


10 – Mundo de sonhos Mundo de sonhos

Letra e música 5

q = 120

& 44 9

G (sus4)

& 

lu

14

-

G

Ho - je

a.

Um

G

di - a

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Œ

Sem

& œ œ. œ œ. œ œ œ

Vi - vo num mun - do de so

& œ. œ. œ tei - ras,

G

& 

34

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D m7

li - mi - tes

Œ œœ œ

Ah!

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C

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C

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œœ .. œœœ œœœ œœœ G

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Œ œ. œ

œ. œ œ œ 

te - nho um mun - do a ex - plo - rar

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G

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Pe - ter

Margarida Jesus Idade: 9 anos Localidade: Santo António – Funchal EB1/PE do Areeiro e Lombada Ídolo: Katy Perry Futura profissão: Professora de Música

página 24 | 38.º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA 2019

Ah! D m7



Pan,

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te - nho um mun - do a ex - plo - rar

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G (sus4)

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a - ma - nhã vou to - car na

Dm

te - rei um cas - te - lo,

Vi - vo num mun - do de so

& 

27

ven - ce - rei dra - gões,

C

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G

23

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18

C

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D m7

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G

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

Dra -

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Isabel Gonçalves Hoje vencerei dragões Amanhã vou tocar na lua Um dia terei um castelo Um dia voarei pelo mundo.

Vivo num mundo de sonhos Tenho um mundo a explorar Sem fronteiras, limites Pra sonhar. Vivo num mundo de sonhos Tenho um mundo a explorar Sem fronteiras, limites Pra sonhar. Ainda estarei com o Peter Pan Na terra do nunca Um serei como um herói Ou até farei magia.

Vivo num mundo de sonhos Tenho um mundo a explorar Sem fronteiras, limites Pra sonhar. Vivo num mundo de sonhos Tenho um mundo a explorar Sem fronteiras, limites Pra sonhar. Fecho os olhos, Lá vou eu... sonhar.


11 – O rei cá da casa O rei cá de casa & b 44

Carolina Caires Lá na minha casa tudo é mais divertido Desde que chegaste e estás aqui comigo És o mais novo mas já queres mandar Como o rei do povo, isso eu não vou deixar! Estou aqui pra ajudar Bons exemplos vou te dar Ainda és tão pequenino Ouve bem o que te digo.

Lá em casa és o rei, rei, rei Mas é só a brincar, brincar Segredos que eu sei De tanto te ajudar. Rei das brincadeiras, tiras tudo do lugar Depois sobes cadeiras e ajudas a arrumar Chegas à cozinha, finges que é pra ajudar Mas do que tu gostas mesmo é só de provar Chega de asneiras Bons exemplos vou te dar Segue as boas maneiras Que te estou a ensinar.

Lá em casa és o rei, rei, rei… Ainda não sabes ler mas já começas a pintar É suposto ser em folhas e com lápis de apagar Chegas bem sorrateiro, de sorriso galã Que disparate eu vou ter que contar à mamã? Chega de asneiras Bons exemplos vou te dar Segue as boas maneiras Que te estou a ensinar.

8

q = 128

Letra e música

F

C

na mi - nha ca - sa tu - do é F F

œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ œ Œ

Bb

des - de que C

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14

que - res man - dar Bb

& b œœ

17

qui C

a - qui

co - mi - go.

do po - vo, is - so

F

&b  dar,

pra a - ju - dar

e bons

e - xem - plos vou

te dar.

vo e

não vou

dei - xar!

Es - tou

a-

A - in - da

brin

-

és

tão pe - que - ni - no ou - ve

F r r r . Œ ‰ r œ . œ œ . œ œ ‰ . œœœ œœœ ‰ . œœ œœ ‰ . œ œ . œ œ . œ œ œ œ R R Lá em ca - sa és o

rei,

rei,

car

se - gre - dos que eu

sei,

rei,

œœ œœ œ œ

que eu

mas é só a brin -

C

œœœ ‰ . œr œ . œ œ . œ

sei

de tan - to te a - ju -

F r r r j œœ œœ œ Œ ≈ r œ . œ œ . œ œ ‰ . œœœ œœœ ‰ . œœ œœ ‰ . œ œ . œ œ . œ œ œ œœ œ œ œ R R J te a - ju - dar. Lá em ca - sa és o rei, rei, rei, mas é só a brin C

C

car,

-

C

œœ .. œœ œœ œœ Œ œ. œ œ œ

F r r r & b œ ‰ . œœœ œœœ ‰ . œœ œœ ‰ .. œœ œœ .. œœ œœ .. œœ w œ œ ‰ œ œ . œ œ . œ ww R R R

32

eu

F

œœ .. œœ œœ .. œœ œœ .. œ œ . œœ œœ .. œœ œœ .. œœ œœ .. œœ œœ .. œœ œœ .. œœ œœ .. œœ œœ .. œœ œ . œ œ . œ œ . œ œ .. œ œ . œ œ . œ œ . œ œ . œ œ . œ œ . œ œ . œ

F r r r & b œ ‰ . œœœ œœœ ‰ . œœœ œœœ ‰ . œ œ . œ œ . œ  R R

28

no

Gm

C

car,

o mais

j ≈ Œ œ . œ œ œ œ œ œ œ œ œ . . . . œ œ. œ œ œ. œ. R

co - mo o rei

bem o que te di - go.

24

És

F

& b œœœ ... œœœ

20

es - tás Bb

mais di - ver - ti - do

œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ

& b œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ œ Œ

11

brin

-

car

se - gre - dos que eu

sei

C

F

Œ ‰ . œr œ .. œ . œ w œ œœ . œœ œœœ .. œœ ww R

de tan - to te a - ju - dar.

André Caires Idade: 8 anos Localidade: Imaculado Coração de Maria EB1/PE da Achada Ídolo: DAMA Futura profissão: Cientista

38.º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA 2019 | página 25


Herdeiros da Madeira 12 – Herdeiros da Madeira 13

&b c ww

Dm

A

# ww

A7

F

‰ j . œ œ œ. œ œ œ. œ œ œ œ. œ œ œ œ œ Na

ro - ta dos ven - tos, Por - to San - to à pro - a É a

Dm

& b œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ œ. œ œ. œ Œ

24

al - ma de

um po - vo por - tu - guês

F

na

œ œ œ. œ œ œ œ. œ

co - ro - a.

Sé - culo

A7

dei - ra foi cres - cen - do. Nes - ta

& b œœœ œœœ œœœ ... œœœ œœœ vai

cor - ren - do.

a

Ma -

œ œ œ . œ œ œ œœ œœ . œ œ

po - e - tas nos - sa he - ran - ça vai cor - ren - do. Nos - sa he -

42 œœœ

œœ œ

30

ran - ça

i - lha de

a - pós sé - culo

Dm

& b œ œ œ. œ œ œ œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ œ

27

Letra: Carla Fernandes Música: Elsa Cabrita

Dm

Dm

 . .

Ooo

ww



A

# 

Ooo

& b ww

18

w

ww

Dm

œ

Gm

c œ. œ œ. œ œ

œ

So - mos her

-

dei - ros de

œ œ

Tris - tão

nes - ta

& b œ . œ œ . œ œ . œ ‰ œ œ œ . œ œ . œ œ . œ œ œ œ œ œ œ œ œœœ œœœ

33

Dm

A7

I - lha da

Ma - dei - ra,

so - mos

o

Dm

teu po - vo, Zar - co in - su - lar

na ban - dei - ra. So - mos her -

. . . . & b œœœ .. œœœ œœœ .. œœœ œœœ œœœ œœœ œœœ .. œœœ œœœ .. œœœ œœœ œœœ ‰ œœœ œœœ # œœœ ... œœœ œœœ .. œœœ œœœ ... œœœ œœœ œœœ .

36

Gm

Dm

dei - ros de Tris - tão

& b œœœ

39

Dm

lar

œœ œ

na

œœ œ

nes - ta

œœ œ

A7

I - lha da

Ma - dei - ra,

œœ # œœ œœ œ œ œ

ban - dei - ra,

A

in - su

œœ œ

Dm

-

Bruna Figueira Idade: 10 anos Localidade: Machico Externato de Sant’Ana Ídolo: Katy Perry Futura profissão: Médica

Matias Ornelas Idade: 10 anos Localidade: Porto da Cruz EB123/PE do Porto da Cruz Ídolo: MC Kevin Futura profissão: Ator página 26 | 38.º FESTIVAL DA CANÇÃO INFANTIL DA MADEIRA 2019

lar

so - mos

o

œœ œœ  œ œ 

na

ban - dei

teu po - vo, Zar - co in - su -

-

42 

ra.

Na rota dos ventos Porto Santo à proa É a alma de um povo Português na coroa. Século após século A Madeira foi crescendo Nesta ilha de poetas Nossa herança vai correndo.

Somos herdeiros de Tristão Nesta ilha da Madeira Somos o teu povo, Zarco Insular na bandeira. Nesta terra do ouro branco Reina o vinho e o bordado A poncha é uma joia E o bolo de mel é um felizardo. Temos orgulho nas flores E nos passeios pelas levadas Estimamos a braguinha Em músicas ritmadas. Esta terra abraça a fé E outras tantas romarias Mas são os arraiais O sucesso de muitos dias. Madeira, rica em lendas Histórias, memórias passadas Madeira, meu património Meu futuro, meu legado.



Ficha Técnica Organização: Secretaria Regional de Educação Direção Regional de Educação Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia (DSEAM)

Produção: Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia

DSEAM Direção geral: Virgílio Caldeira Equipa responsável | Produção: Ricardo Araújo (coordenador), Marlene Abreu, Jorge Conduto, Tiago Machado e Nélia Vieira

Direção dos cordofones tradicionais madeirenses: Roberto Moritz Composição, orquestração e supervisão musical: João Caldeira

Direção artística: Jorge Conduto

Gravações (estúdio1 da DSEAM): Eduardo Gonçalves

Apoio Produção: Dores Camacho, Luz Olim, Fábio Ferro, Orlanda Câmara e Marisa Vasconcelos

Idealização cenográfica: Jorge Conduto

Escrutínio: Rui Correia, Nélia Vieira e Fábio Ferro

Design gráfico, Fotografia e Conceção cenográfica: Tiago Machado

Direção do Coro Infantil e Ensemble Vocal Regina Pacis: Zélia Gomes

Logística: Rui Santos, Ivone Jesus, Lídia Camacho, Miguel Andrade, Pedro Barreto e Ferdinando Freitas

Motoristas: José Franco, João Freitas e António Ruel Participação especial: Coro Juvenil (DSEAM) e Si Que Brade (DSEAM) Guarda-roupa: Marlene Abreu Costureiras: Lurdes Fernandes e Carmen Nóbrega; Apoio: Maria João Quintal e Ângela Carvalho

RTP madeira Sub-diretor de conteúdos: Miguel Torres Cunha

Produção: Sandra Ferreira

Realização: Paulo Gouveia Assistente de realização: Duarte Branco

Deltasom Som: Marco Brito e Luís Nunes

Iluminação: Pedro Fernandes

Revista Coordenação: Maurício Nunes

Secretariado: Nélia Vieira

Edição: Netcriações

Design gráfico e fotografia: Tiago Machado

Edição de partituras: Néli Silva

Impressão: SIG

Revisão: Natalina Santos

Coordenação comercial/publicidade: Rafael Caldeira e Joana Gomes

Tiragem: 5000 exemplares

Parceiros

Apoios

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