ALTERNATAL

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NA CIDADE SEM MEMÓRIA

teatros públicos estão em risco

UM PAPO COM PANELOVISKI

sobre a arte de descobrir romances no cotidiano

ALTERNATAL

REVISTA ALTERNATAL EDIÇÃO 03 JUNHO 2017

//////////////////ALTERNATIVA CULTURAL EM NATAL///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////

DUSOUTO A ARTE DE POK NAS RUAS DA CAPITAL POTIGUAR E EM EXPOSIÇÃO EM PARIS

A BANDA QUE TEM A CARA DE NATAL. ALTERNATAL | 1

SIM, O CINEMA POTIGUAR EXISTE, RESISTE E TEM MORADA.



EDITORIAL

|||||| CHEGAMOS! A AlteRNatal é uma publicação

crônica sobre o aclamado Carlos Drummond

essencialmente cultural e potiguar. Nesta

de Andrade.

primeira edição, daremos um giro por diversos assuntos envolvendo o tema

A banda potiguar, e sensação do cenário

CULTURA. Desde reportagens, listas, à

musical, Plutão Já Foi Planeta foi tema da

crônica e a entrevista. E essa é a nossa

matéria da repórter Anayde Góis. Neste texto

proposta: apresentar, discutir e acrescentar.

você poderá conferir a trajetória da banda,

Tudo pra, você leitor, ficar por dentro do que

um pouco mais sobre os integrantes e como

está acontecendo em Natal e no Rio Grande

esse indie pop conquistou o Brasil, lançando

do Norte.

um novo álbum pela SLAP (marca da gravadora Som Livre). E por falar em música

O repórter Ricardo Moreira visitou o centro

potiguar de sucesso, a AlteRNatal traz a

da cidade mostrando o que há de bom para

queridíssimo trio DuSouto, falando sobre a

ser visto e conhecido nessa região tão rica

campanha de financiamento coletivo para a

da nossa capital. A cidade alta nos oferece

produção do próximo álbum que a banda

várias opções. Sobre cinema, abordamos

está preparando. Vale muito a pena conferir

os principais pontos de exibição do cinema

e colaborar! O cantor Nando Fernandes fará

potiguar e onde os cinéfilos daqui habitam.

show no Whiskitório Pub e convida à todos

Mostrando que Natal tem cinema e ele

aqui, na AlteRNatal.

resiste! Você sabia que Natal tem um Mostra

Também entrevistamos a designer e

Cinema e Direitos Humanos e já está na 11ª

graffiteira Kéfren Pok para falarmos um

edição? Confira mais sobre nas próximas

pouco de seu trabalho e sobre o convite para

páginas. Ainda abordaremos a questão do

expor suas obras na França. Orgulho da terra.

fechamento do teatro Sandoval Wanderley e

Ainda sobre artes visuais, esta edição traz

a falta de espaços para teatro na cidade.

mais uma entrevista. Desta vez, com pintor paulista Gedson Silva, tratando sobre como o

Riceli Chacon conversou com o escritor e

litoral potiguar o inspira em suas criações.

jornalista Marcelo Tavares, o Paneloviski,

Estudantes do IFRN estão empreendendo e

para saber mais sobre sobre a sua formação,

ajudando o meio ambiente. Isso é possível?

suas obras, como é seu processo criativo

Conheça a Drinkup Eco em reportagem de

e sua relação com a literatura. Ainda sobre

Anayde Góis.

literatura, temos uma lista das melhores pra quem curte livros de alta qualidade e com

Ainda tem um listão com as melhores

enredos curtinhos, pra começar e acabar no

opções pro seu final de semana bombar!

final de semana mesmo. Ainda teremos uma Sem mais, aproveitem a AlteRNatal!

|||||| EXPEDIENTE ////////////EDITORA: STEPHANNY COELHO. ////////////EQUIPE DE REPORTAGEM: ANAYDE GÓIS, RICARDO MOREIRA E RICELI CHACON. ////////////PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: MADSON BRUNO.

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NESTA EDIÇÃO... Com uma pegada dançante e letras bem humoradas, banda Dusouto é destaque uma série no cenário boêmio potiguar TRANSMÍDIA PARA ENGAJAR O PÚBLICO.

14-16 Os maiores cretinos da cidade EDITORIAL Caminhando pela Cidade Alta Um papo com Paneloviski sobre a arte de descobrir romances no cotidiano Banda potiguar Plutão Já Foi Planeta conquista fãs em todo o Brasil Pequenos e excelentes livros para ler no final de semana

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3 6-7 8-10 11-13

21

18-20


/////////////////////ARTE NAS RUAS

Estudantes POK presenteia a capital potiguar com potiguares empreendem olhos coloridos e expõe em Paris com copo biodegradável

26-29

32-33

Sim, o cinema Potiguar existe, resiste e tem sua morada final de semana

22-23

11ª Mostra Cinema e Direitos Humanos abordou a questão de gênero

24-25

Encantado pelo litoral potiguar, paulista registra maravilhas em telas

30-31

Na cidade sem memória teatros públicos estão em riscohos coloridos e expõe em Paris

34-37

Agenda Cultural - Roqueando

38-39

Visando empreender de maneira sustentável, alunos do curso de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) investiram em uma nova ideia: comercializar copos biodegradáveis personalizados feitos à base da fibra de papeis reciclados, proveniente de madeiras reflorestadas.

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ROLEZINHO pela CIDADE IMAGENS: RICARDO KRUSTY

REPORTAGEM: RICARDO KRUSTY

CAMINHANDO pela

Cidade Alta 6 |

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A Cidade Alta esconde diversos ambientes culturais e

Quanto a praça ela relembra que a ultima reforma feita

pitorescos, conhecidos pelos moradores mais antigos

retirou as árvores que davam sombra e abrigo aos

da cidade, pelos boêmios e pasmem pelos turistas que

fiéis que vem fazer preces, acender velas e deixar seus

visitam a cidade. Porém para boa parte da população

ex-votos - mãos, pés, olhos esculpidos em madeira ou

essa região se resume ao comércio e as repartições

outro material que são representações iconográficas

públicas.

das preces atendidas. “Depois da substituição das árvores pelos canteiros até os fiéis que vinham a qualquer

Mas não é bem assim, enquanto o comércio na Avenida

hora do dia estão vindo menos ou deixam para vir só

Rio Branco fervilha com calçadas lotadas de pessoas

no inicio ou fim do dia.”

em compra, estudantes fugindo da aula e vendedores ambulantes, nas estreitas ruas paralelas é possível en-

Embora siga outra religião, Dona Maria que é teste-

contrar o um outro lado do nosso “centrão”.

munha de Jeová não se diz incomodada com a fé dos visitantes da praça, Ela lembra que de várias histórias

Saindo da Rio Branco e seguindo pela rua João Pessoa

que contavam sobre a bondade do Padre enquanto

no sentido leste chegamos a praça Padre João Maria,

era vivo, que ajudava os pobres que fugiam da seca no

localizada nos fundos da Igreja Matriz Nossa Senhora

interior. “Ele foi um homem, não um santo, mas quando

da Apresentação - a chamada Catedral Velha. A praça

despertar no senhor certamente será recompensado

que abriga uma feirinha de artesanato é um espaço

por sua bondade”.

de devoção ao sacerdote, considerado um santo pela população da cidade.

A Praça Padre João Maria além de se localizar aos fundos da “Catedral Velha” como me diz Dona Maria

Já para Maria Santana Gomes que trabalha há 46 anos

dá acesso a outros espaços de cultura ali ao lado da

com artesanato a praça é o seu sustento. Junto do filho

igreja tem o memorial de Câmara Cascudo – o espaço

- também artesão, Maria produz e comercializa cestarias

que relembra o renomado folclorista potiguar que há

e trançados com corda.

muito está precisando de reformas, Ali do outro lado fica o Instituto Histórico e algumas casas antigas. “Essas

“Aqui na feirinha já foi muito bom, mas hoje poucos

ruas tem muita história”. De fato a cidade de Natal tem

visitam, isso por que não há investimento, não fazem

lugares que o natalense pouco conhece, mesmo pas-

a manutenção do espaço” Dona Maria conta que a

sando por eles todos os dias.

trabalha na feirinha há mais de 20 anos e que só uma vez foi beneficiada pela administração pública com a reestruturação de sua barraca.

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ENTREVISTA

UM PAPO COM

PANELOVISKI sobre a arte de descobrir romances no cotidiano

panelinha, uma amiga soltou: “Lá vem o Marcelo Panela”. Depois disso ninguém me chamou mais de Marcelo TavIMAGENS: DIVULGAÇÃO

REPORTAGEM: RICELI CHACON

ares. E o Paneloviski, ganhei de outra amiga, da mesma época, que achou legal o “loviski” pela sonoridade [risos]. E ficou. Eu escrevia meus textos no Orkut, bem despretensiosamente, só para amigos. Aí me deram a dica de criar uma página no Facebook e na hora de escolher um nome, foi Paneloviski.

Dono de uma sensibilidade espantosa e habilidade de transformar o cotidiano em grandes pequenas doses de romances, Marcelo Tavares era conhecido entre os amigos do tempo da universidade como “Panela”, mas hoje, para milhares de leitores no Brasil inteiro, esse potiguar carismático de 40 e alguns anos é simplesmente Paneloviski: o escritor nas que encanta pela forma simples (e às vezes, até sensual) de romancear o dia-a-dia. Jornalista formado há 15 anos pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Marcelo já passou por assessorias, jornais impressos e até por um guia cultural, mas é contando pequenas grandes histórias que ele se realiza e seduz quem acompanha seus contos. O apelido “Panela” apareceu na UFRN, certo? E como você se transformou no Paneloviski? Ganhei o apelido na Universidade em meados de 2000, cursando jornalismo. Eu tinha um grupo de amigos e o batizei de “panelinha”. E de tanto eu falar que eram uma

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Sua formação é de jornalista. Você chegou a atuar na área? Atuei por algum tempo. Eu comecei com assessoria de imprensa, passei na TVU como estagiário, trabalhei com produção de vídeo, depois entrei no jornal impresso, passei rápido pelo Diário de Natal, fiz redação publicitária, fiquei cinco anos como redator. Depois fui para Brasília e quando voltei, fui convidado a fazer o Solto na Cidade, o primeiro guia cultural de Natal, e foi um sucesso que por falta de patrocínio, fechou. E depois que saí do Solto, uma pessoa disse assim: “Por que não transformar Paneloviski e seus textos em produtos?” E assim surgiu isso aqui [ele me mostra uma camisa com a sua frase “Me dê o seu menor sorriso que eu faço uma gambiarra com pequenas alegrias”], que é a camisa clássica do Paneloviski. Muita gente não acredita, mas hoje, Paneloviski vive da sua arte, como dizem por aí. Há dois anos que eu não vivo de jornalismo.


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Você saiu do jornalismo, mas a paixão por contar

Marcelo, como escritor, qual o seu relacionamento

histórias continua.

cim a leitura?

Exatamente. Só mudei o foco e o estilo. Mas eu continuo

Olha, eu acho que a literatura salva. Salva na questão

contando histórias e essa é a definição do Paneloviski.

do ler, do ato da leitura. Salva por que é um meio da

Eu também sou um contador de histórias. Gosto da nar-

gente se desligar um pouco da realidade. Quando você

rativa, gosto de criar personagens. Não me considero

lê, é como se entrasse num espacinho reservado só para

um poeta. Sempre gostei mais de prosa, mas também há

você. O resto do mundo fica do lado de fora e você via-

poesia na prosa e para mim, isso é perfeito.

ja, vai para outros lugares mesmo num dia ruim, muito pesado e muito chato. É um escape. Eu acho que a liter-

Quais as suas influências literárias?

atura deixa a gente mais leve.

Não tive muitas influências, mas um autor que eu li muito foi Mário Prata. Gosto de leveza nos meus textos. E

Já são mais de duzentos mil seguidores nas redes so-

eu gostava dos textos dele também pela leveza e por

ciais e a gente percebe que você e o público inter-

ter muito bom humor. Aquilo era o que eu queria para

agem bastante. A que você deve o sucesso do Pan-

mim. Acho que eu tenho uns quatro ou cinco livros dele.

eloviski?

Uma amiga sabia que eu gostava e acabou me presente-

Quando eu me descobri como Paneloviski, fiquei muito

ando. E meus amigos sempre batem na tecla: “Panela,

feliz porque consegui associar o que gosto, trabalhar com

você tem que ler mais...”. E eu tenho que tirar mais tem-

a palavra, com um meio para sobreviver. Eu nunca investi

po para voltar a colocar minhas leituras em dia. Eu amo

um centavo na página e mesmo assim, a interação é algo

mais a prosa que a poesia. Mas há um pouco de poesia

fora do normal que extrapolou a minha projeção e tudo o

em meus contos. Algumas pessoas até me chamam de

que eu imaginava. Aumentou a responsabilidade, porque

poeta, mas eu não me considero isso.

você não pode escrever qualquer coisa. São milhares de pessoas lendo e acompanhando o que você está fazen-

O quanto de você existe em seus personagens? Os

do. Quando vi que já passava de cem mil seguidores,

seus textos são sobre você?

fiquei maravilhado. Sempre gostei de responder os co-

Acho que foi a Clarice [Lispector] que falou sobre uma

mentários, mas chegou a um ponto que não dava mais

“verdade inventada”. Então boa parte é ficção, noventa

para responder a todo mundo. As pessoas cobram e eu

por cento. Noventa por cento, pois eu pego um pequeno

me esforço para dar atenção na medida do impossível. E

elemento da realidade, do cotidiano e o transformo em

o sucesso da página se deve à identificação do público

um conto. É uma coisa possível de acontecer. As pessoas

com coisas simples do cotidiano, escritas de maneira in-

se identificam e é um cotidiano que une todo mundo.

formal, de modo que aproxima todo mundo. E isso é o

Possivelmente ninguém vai ver lá algo sobre carrões,

maior barato.

banhos de banheira e champanhes, porque o universo de Paneloviski é o universo de Marcelo, é popular. E no

O sucesso nas redes sociais é tão grande que alguns

meu universo as pessoas andam de ônibus, vão a bares,

mini contos do Paneloviski migraram para o livro homôn-

gostam de cerveja, tem fila de banco, de supermercado.

imo lançado pela editora Fortunella Casa Editrice no final

Esse é o meu universo e o universo das pessoas que cur-

de 2016 e podem ser adquiridos online ou nas principais

tem meu trabalho. O gostar, o bem querer, alcança todo

livrarias de Natal.

mundo. O romance alcança todo mundo.

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MÚSICA

REPORTAGEM: ANAYDE GÓIS

IMAGENS: JUDSON PEREIRA

BANDA POTIGUAR

PLUTÃO JÁ FOI PLANETA CONQUISTA FÃS EM TODO O BRASIL Caracterizada pelo gênero musical Indie Pop, a banda

glorioso no cenário da música autoral brasileira.

natalense Plutão Já foi Planeta vem conquistando uma

Formada em setembro de 2013, a Plutão Já Foi Planeta é

legião de fãs após a participação em rede nacional no

composta por Natália Noronha, Gustavo Arruda, Sapulha

programa Super Star, da Rede Globo. Com a música au-

Campos, Raphael Andrade e Vitória de Santi. De acordo

toral “Viagem Perdida”, os artistas conquistaram 90% do

com Natália Noronha, vocalista do grupo, as influências

voto do público na primeira etapa do programa, além

da banda passeiam entre Os Mutantes, Los Hermanos,

do voto dos três jurados Sandy, Paulo Ricardo e Daniela

John Frusciante e Little Joy, além de grupos do Indie

Mercury. A banda não ganhou o programa, mas foi uma

Pop atual britânico como Bombay Bicycle Club e Little

das finalistas e, desde então vem trilhando um caminho

Comets.

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As músicas possuem instrumentação diversa em suas

fe (PE) foram as cidades invadidas, além de Natal, que

composições, como o uso do ukulele, escaleta e sin-

encerrou o evento com um público fiel no domingo (23).

tetizador, além da base com guitarras, baixo e bateria. Os integrantes ainda brincam com diferentes estilos,

A banda Plutão já Foi Planeta já tocou na maioria dos

transitando entre o indie folk e o rock popular, levados

palcos de Natal e sempre vem marcando presença nas

sempre pelas vozes de Natália Noronha, Sapulha, Gus-

cenas potiguares alternativas e nos eventos culturais da

tavo e Vitória de Santi, tanto individualmente quanto em

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

conjunto. Em março de 2017, o grupo lançou o seu segundo álbum O surgimento do grupo veio quando integrantes da Beto

intitulado como “A última Palavra Feche a Porta” e pos-

Rockfeller, banda de cover de rock composta por Gus-

sui 10 faixas que contam com a participação de grades

tavo, Sapulha e Rafael Bezerra - primeiro baixista e te-

artistas como a Maria Gadu, Ari Noronha, Cris Botarelli,

cladista da Plutão Já Foi Planeta - se interessaram em

Gustavo Ruiz e Ramon Gabriel.

iniciar um projeto autoral. Com a intenção de adicionar à banda um diferencial, os músicos procuraram uma voz feminina para assumir o vocal principal e, por indicação, encontraram Natália Noronha, que já escrevia e compunha músicas. Em agosto de 2014, Rafael Bezerra deixou a banda para realizar intercâmbio cultural na Alemanha. Após isso, o grupo sentiu a necessidade de substituir Rafael por um novo integrante. Também por meio de indicação, os componentes encontraram Vitória de Santi, que assumiu o baixo. Em maio do mesmo ano, ainda com a formação anterior, a banda gravou seu disco de estreia, que tem sete faixas próprias, incluindo “Daqui Pra Lá”, single lançado em março e que intitula o álbum. Em 16 de outubro, o disco foi lançado virtualmente para download gratuito na página da banda no Bandcamp e no Facebook. O álbum foi gravado no Estúdio DoSol e recebeu colaborações de

Para acompanhar a Plutão Já foi Planeta, acesse:

Henrique Geladeira, Anderson Foca e Yves Fernandes.

facebook.com/plutaojafoiplaneta.

Já em novembro de 2014, a banda foi consagrada a Revelação Musical do RN pelo Prêmio Hangar de Música. No mesmo mês, entre os dias 21 e 23, o grupo fez sua primeira turnê, que teve o título de Baby Tour, incluída no projeto Invasão Potiguar. A intenção do projeto era ocupar espaços culturais de outras cidades na intenção de divulgar a música potiguar. João Pessoa (PB) e Reci-

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Fique de olho na agenda de shows!


A BANDA POSSUI SHOWS EM

CAMPINAS, BH E SAMPA

AINDA NESSE MÊS DE JUNHO.

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CAPA

OS MAIORES CRET

Com uma pegada dançante e letras bem humoradas, b

IMAGENS: DIVULGAÇÃO

REPORTAGEM: ANAYDE GÓIS

A banda potiguar Dusouto vem agitando as baladas potiguares desde o ano de 2003, reproduzindo suas músicas caseiras com pitadas eletrônicas. Em 2005 o grupo lançou seu primeiro álbum intitulado “O Homônimo Dusouto”, um trabalho experimental com uma mistura regional e jamaicana, ponto de grande importância para a entrada no circuito nacional, rendendo até a inclusão de duas músicas na coletânea Busta Brasileira, lançada no Japão. Já em 2006, o trio - composto por Gabriel Souto (cavaquinho,

sanfona,

escaleta,

back

vocal,

programações, samples e synths), Gustavo Lamartine (guitarrista, violão, voz e back vocal) e Paulo Souto (vocal, baixo e back vocal) – integrou a trilha sonora do game FIFA Copa do Mundo, junto com Sérgio Mendes, Black Eyed Peas, Placebo e outras 31 bandas. Em 2007, participaram do Programa do Jô e venderam direitos autorais de quatro músicas para a trilha das duas temporadas do primeiro seriado produzido pela FOX Filmes no Brasil, 9 Milímetros.

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TINOS DA CIDADE.

banda Dusouto é destaque no cenário boêmio potiguar.

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As músicas do segundo álbum, “Malokero High Society”, foram as responsáveis por aflorar essa identidade de malokeiros dos componentes da banda, com uma

CURIOSIDADE

pegada dançante e letras bem humoradas. A partir daí, o trio começou a compor o cenário da boêmia e passou a ser uma das bandas mais tocadas nas noites da capital

Os malokeiros Gustavo Lamartine e Paulo

potiguar e capitais de PE e PB. O disco mais recente,

Souto integraram uma das primeiras

“Cretino”, foi lançado em 2012 e foi encabeçado pelo

bandas de rock clássico potiguar, a

maior hit do grupo, “Cretino”, que possui uma mistura

General Junkie (grupo anteriormente

de ragga-xote-crossover altamente dançante e um vídeo clipe um tanto ousado.

intitulado como General Lee), que também possuía como integrante o baterista

Ainda em 2012 foi lançado o projeto “Dusouto Semiacústico” que contou com a participação de

Marcelo Costa.

vários convidados. Em 2013, em comemoração aos 8 anos do grupo, foi lançada a primeira coletânea com

A banda deixou um disco intitulado

as principais músicas, intitulada “Dusouto 3 em 1” e,

General Junkie que vale a pena conferir no

em 2014 o trio lançou o EP “De volta para a Babilônia”, com muito samba, drum’n’bass e influências do dub step. Já no ano de 2015, a banda – que não perdeu seu posto de uma das mais tocadas nas noites natalenses – comemorou 10 anos de carreira e iniciou algumas parcerias e a produção de um novo disco. Atualmente, os cretinos do Dusouto estão realizando uma campanha de financiamento coletivo, intitulada “Ei, boy! Bote esse” com o intuito de arrecadar 25 mil reais que serão investidos no lançamento do álbum “Conecta”. A campanha tem a intenção de usar um crowfunding como uma forma de firmar o trabalho independente que já é feito pelos integrantes desde o início. A campanha possui uma meta flexível e está sendo realizada pelo Catarse, site que o trio optou para realizar o financiamento coletivo de maneira que possibilita a contribuição por modalidades. As contribuições podem ser realizadas até o dia 16 de junho nos seguinte endereço: http://www.catarse.me/ dusouto.

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Youtube.


www.chegadefiufiu.com.br |


séries

IMAGENS: DIVULGAÇÃO

REPORTAGEM: MADSON BRUNO

UMA SÉRIE DE TV NORUEGUESA QUE USA A TRANSMÍDIA COMO INGREDIENTE PRINCIPAL para engajar o PÚBLICO. 18 |

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decorrer da semana são liberadas pequenas cenas Lançada em 2015, Skam(que significa vergonha em norueguês) tinha tudo para ser mais uma dessas incontáveis séries com temática adolescente que tem aos montes por aí. No máximo, seria uma versão norueguesa de Skins (descontinuada em 2013). Ela acompanha a vida de um grupo de estudantes do ensino médio da Hartvig Nissens Skole, no subúrbio de Oslo, capital da Noruega. Ela é produzida e veiculada pela NRK P3, que é parte da NRK, a TV pública norueguesa. Inicialmente era veiculada como uma webserie no site da emissora. Depois foi para TV e hoje domina as mais variadas mídias possíveis. E é exatamente aí que Skam se diferencia de todas as outras, pois ela é uma série transmídia. É transmitida de forma complementar em diversas plataformas diferentes, de uma forma inédita no mundo das produções audiovisuais. Os episódios duram cerca de 20 a 30 minutos e é praticamente um resumo da semana que passou, pois os episódios são liberados toda sexta-feira. Mas no

no site da emissora. Essas cenas ajudam a compor o episódio da próxima sexta. Mas a melhor parte é que os personagens possuem contas em diversas redes sociais, como Facebook e Instagram, e elas são alimentadas como se fosse um perfil de uma pessoa mesmo. E o mais interessante é que as postagens dos personagens ocorrem nos horários em que a cena corresponderia na série. Ou seja, a história não acaba nunca. Pois além de poder acompanhar os perfis, o site da série ainda libera conversas dos personagens em chats como o Facebook Messenger ou o iMessages. E essas conversas e postagens todas ajudam a desvendar o que vem por aí nos capítulos seguintes. Isso passa uma sensação de realismo muito intensa e sólida, que fica a todo instante atiçando a curiosidade de quem acompanha a série. Sua trama principal colabora muito pois é densa e extremamente articulada, caracterizando a juventude norueguesa de forma bastante convincente e até natural.

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E aborda sempre temas extremamente interessantes

sonora(excelente e atual) fez com que a NRK bloqueasse

ao público desde o mais comum nessas séries como

os vídeos, mas os fãs não se deram por vencido e

sexualidade, ansiedade, descoberta da sexualidade,

continuam até hoje divulgando e consumindo a série,

feminismo, consumo de drogas; até mesmo outros

mesmo que de forma clandestina. Para se ter uma ideia,

temas não tão corriqueiros como bulimia, questão

na China um grupo Skam tinha cerca de 210 milhões de

dos refugiados, sociedade de consumo, islamofobia,

telespectadores.

transtornos psicológicos e por aí vai. São vários tabus e

Skam está em sua quarta e última temporada destacando

histórias que são distribuídas pelos diversos personagens,

a personagem Sana Bakkoush, uma garota mulçumana.

mas também há um outro diferencial, cada temporada é

E apesar da notícia do final da série, a criadora, Julie

focada em um personagem que apresenta seus dramas

Andem, vendeu os direitos de Skam para Simon Fuller(

diário, mas sem deixar de lado os demais personagens.

De American Idol e X Factor) que irá produzir uma versão

A série fez tanto sucesso nas redes sociais, como Tumblr,

americana chamada Shame, que também significa

Twitter, Facebook e outras, que criou uma verdadeira

vergonha em inglês. Resta esperar para acompanhar os

comunidade

últimos episódios do fenômeno norueguês e torcer pela

espontânea

pelo

mundo.

Jovens

se

organizavam em grupos para traduzir o conteúdo que ia surgindo nas redes, legendando os episódios que são em norueguês e por aí vai. Em função de questão de direitos autorais das músicas que tocam na trilha

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chegada da versão americana o mais rápido possível.


literatura REPORTAGEM: RICELI CHACON

IMAGENS: DIVULGAÇÃO

PEQUENOS E

EXCELENTES LIVROS

PARA LER NO FINAL DE SEMANA É normal no meio de um final de semana ocioso, um feriadão ou até mesmo em uma longa viagem, procurarmos uma forma de relaxar. Uma boa leitura é sempre bem vinda tanto para a diversão, quanto para agregar conhecimento. Há livros curtinhos com enredos maravilhosos que podem ser lidos em poucos dias, dependendo do seu ritmo de leitura, claro. Pensando

A Revolução dos Bichos George Orwell

147 páginas Caso você ainda não tenha tido o prazer de conhecer o autor de 1984, esse é um bom livro para começar. É uma fábula escrita durante a segunda guerra mundial que trata sobre o poder político e suas reviravoltas em um regime totalitário.

nisso, listei alguns pequenos livros, de uma leitura leve e rápida, dos mais variados temas e para os mais variados gostos.

Leite Derramado

A Metamorfose Franz Kafka

104 páginas Outra obra de arte com pitadas de humor. Essa novela de Kafka descasca a tragédia da existência humana e nos faz questionar as preocupações e as prioridades que tomamos na vida. Sejamos nós humanos ou baratas.

A Mulher Mais Linda da Cidade Charles Bukowski

64 páginas Engraçado, triste, bizarro e irônico é como eu consigo descrever o estilo do Bukowski. Esse livro é na verdade uma coletânea de sete contos sobre o cotidiano do seu alter ego imerso em bebedeiras, ressacas, sexo, ócio e fracassos.

Chico Buarque

195 páginas Esse livro é brasileiríssimo e belíssimo! Trata-se de um monólogo de um homem solitário de idade avançada remexendo em suas memórias e histórias durante as gerações de uma família tradicional. Uma prova que o Chico tem outros poderes de nos prender na melancolia além da música.

O Guia do Mochileiro das Galáxias Douglas Adams

195 páginas O primeiro livro da saga Mochileiros da Galáxia é uma comédia do mundo nerd. A leitura no início pode até parecer um pouco confusa, mas “não entre em pânico”! Com desenrolar do enredo, o livro passa a ser bem divertido. A capacidade de Adams para criar situações esdrúxulas do nada, é realmente impressionante. E é com certeza um dos livros de ficção científica mais surpreendente que já li.

Certamente há milhares de livros que poderiam estar listados aqui, mas posso garantir que valerá a pena você conferir alguns desses que provam que um bom livro não necessariamente precisa ser um calhamaço para poder nos envolver.

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cinema

SIM, O CINEMA POTIGUAR EXISTE, RESISTE E TEM SUA MORADA 22 |

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IMAGENS: RICARDO KRUSTY

como o do BNB, festivais, Vanessa lembra que os produtores podem realizar doações na própria cinemateca “Doações são sempre bem vindas, o material é muito

REPORTAGEM: RICARDO KRUSTY

bem cuidado e tem chegado ao público”. Além de receber grupos de cinéfilos, estudantes e o público em geral a Cinemateca Potiguar realiza ações ex-

Há anos o cinema natalense ensaia uma explosão e em-

ternas, na unidade do Caps Zona Leste (Centro de Apoio

bora o momento econômico não seja dos melhores para

Psicossocial) que trabalha com dependentes químicos;

o eixo cultural, nos últimos anos projetos e leis de incen-

na Casa Durval Paiva, que atende crianças e adoles-

tivo foram primordiais para a capacitação de profission-

centes com Câncer; e no Albergue Noturno Municipal,

ais e para a realização de produções diversas. Mas heim?

que recebe moradores de rua e pessoas em situação de

Existe produção de cinema em Natal? Como posso ver

risco. “Muitos dos frequentadores do Albergue passaram

esses filmes?

a visitar a cinemateca para ver os filmes, eles de início vinham ver grandes filmes nacionais que também fazem

Pois é amigo leitor existe produção de cinema em Natal

parte do nosso acervo mas hoje ele buscam os filmes

e também um local onde você pode conhecer muito do

potiguares por que eles conseguem se ver nesses filmes,

que é produzido na cidade. A cinemateca Potiguar.

reconhecem ruas, pessoas e histórias contadas e isso é recompensador saber que o cinema está contribuindo

Idealizada pela cineasta e professora do curso de Pro-

para o bem estar dessas pessoa”, conclui.

dução Cultural do IFRN Cidade Alta, Mary Land Brito, a Cinemateca foi lançada em outubro de 2014, como um

Os mais de 800 títulos estão catalogados entre curtas

projeto de extensão, como nos contou a coordenadora

do RN e de outros estados; coleções e programas. Em

do projeto Profa. Vanessa Paula Trigueiro, “A cinemateca

menor escala também estão disponíveis filmes holly-

é um espaço criado para contribuir para a preservação

woodianas. O espaço fica aberto 12 Horas por dia, das 9h

e circulação do material audiovisual produzido pelos re-

às 21h, de segunda a sexta, A cinemateca fica localizada

alizadores do Rio Grande do Norte, além disso o espaço

na unidade Rio Branco do IFRN Cidade Alta. Então que

tem o compromisso de contribuir com a educação re-

tal agendar uma visita a Cinemateca Potiguar? As visi-

cebendo alunos para sessões cinematográficas e pro-

tas e sessões podem ser agendadas através do telefone

movendo cursos e oficinas”. A professora complementa

4005-0987, ou via página do projeto no no facebook :

dizendo que além disso o projeto tem o compromisso

facebook.com/cinematecapotiguar.

de “apoiar a produção cinematográfica, além de valorizar e contribuir com o fortalecimento do cinema potiguar e nacional”. A Cinemateca está aberta de segunda a sexta-feira, sempre das 9h às 21h. O catálogo inclui principalmente filmes potiguares, doados pelos próprios realizadores; e coleções enviadas pela Ancine, por centros culturais

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11ª MOSTRA CINEMA E DIREITOS HUMANOS ABORDOU A QUESTÃO DE GÊNERO A mostra que aconteceu no IFRN Cidade Alta contou com o apoio da Cinemateca Potiguar

REPORTAGEM: RICARDO KRUSTY

IMAGENS: DIVULGAÇÃO

Natal recebeu no mês de junho mais uma edição da

A MOSTRA

Mostra Cinema e Direitos Humanos. Exibindo 29 filmes

Em sua 11ª edição a exposição fílmica que acontece em

entre curtas, médias e longas-metragens, a mostra ac-

27 cidades brasileiras. Durante esses onze anos, o proje-

onteceu entre os dias 5 e 9 de junho no IFRN da Cidade

to já exibiu filmes que tratam de temas como, questões

Alta, em Natal.

raciais e étnicas, combate à tortura, situação prisional, democracia e saúde mental, entre outros, tem este ano

A cerimônia de abertura do evento contou com a

como tema central, as questões de gênero.

presença de representantes do Ministério de Direitos Humanos, do Instituto Cultura em Movimento (ICEM), pro-

Além disso, o projeto conta com mostras paralelas, como

dutor do evento, e da MAPA Realizações Culturais, que

nos explicou Vanessa Paula Trigueiro coordenadora da

realizou a produção local. Na ocasião foram exibidos os

Cinemateca Potiguar, “este ano, os filmes foram divididos

filmes “Depois que te vi”, de Vinícius Saramago (tratan-

em quatro mostras: a primeira é a Mostra Panorama que

do do direito das pessoas com deficiência) e “De que

vai exibir filmes escolhidos durante uma convocatória

lado me olhas” de Ana Carolina Azevedo e Helena Sassi,

pública aberta no site do projeto. Já na categoria Mostra

que aborda a temática da diversidade sexual e cidadania

Temática foram selecionados sete títulos que abordam

GLBT.

temas relacionados às mulheres, além de identidade de gênero, estereótipos de gênero e LGTBfobias”.

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Segundo Vanessa a terceira mostra homenageia a cine-

contribuindo para a formação de uma nova mentalidade

asta Laís Bodanzky que explora a temática dos Direitos

coletiva para o exercício da solidariedade, do respeito às

Humanos em sua filmografia que inclui os filmes Bicho

diversidades e da tolerância.

de Sete Cabeças, As melhores Coisas do Mundo, Chega de Saudade, Mulheres Olímpicas e Cartão Vermelho.

A programação compreende um conjunto de filmes con-

Completando a programação, acontece a Mostrinha com

temporâneos que são selecionados por meio de chama-

oito curtas com temática infanto-juvenil.

da pública, além de homenagens e programas especiais.

HISTÓRICO

GÊNEROS

A Mostra Cinema e Direitos Humanos foi criada em 2006

O Mapa da Violência de 2015, sobre o homicídio de mul-

como uma das ações estratégicas da Secretaria Espe-

heres no Brasil, identificou que, entre 1980 e 2013, houve

cial de Direitos Humanos para celebrar o aniversário da

crescimento no número de mulheres vítimas de hom-

Declaração Universal de Direitos Humanos, proclam-

icídio, com uma taxa de 13 homicídios diários em 2013.

ada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. Atualmente, a exposição cine-

As estimativas sobre a violência baseada no gênero

matográfica acontece em todas as capitais do Brasil.

mostram uma relação com aspectos étnicos e de classe: o número de mulheres negras assassinadas aumentou

Realizada pela Secretaria Especial de Direitos Humanos

no período de 2003 a 2013 e o perfil da população víti-

do Ministério da Justiça e Cidadania, a Mostra dedica-se

ma de LGBTfobia no Brasil é de jovens gays e travestis/

a apresentar filmes que discutem temas atuais de Direi-

transexuais, pretos de média e baixa renda, moradores

tos Humanos. O evento, que acontecerá nas 26 capitais

de periferias das grandes e médias cidades brasileiras. O

e no Distrito Federal, é uma das estratégias do Gover-

racismo é um agravante nos casos de violência baseada

no Federal para consolidação da cultura e da educação

em gênero. Por esse motivo falar sobre esse assunto

em direitos humanos, ampliando espaços de debate e

através do audiovisual é tão fundamental.

discussão por meio da linguagem cinematográfica e


arte nas ruas POK PRESENTEIA A CAPITAL POTIGUAR COM OLHOS COLORIDOS E EXPÕE EM PARIS O artista, natural de Natal/RN, já pratica o graffiti a 6 anos e vem conquistando a todos com os seus olhos coloridos e expressivos que observam a cidade REPORTAGEM: ANAYDE GÓIS

IMAGENS: DIVULGAÇÃO

Kéfren relata que sempre utiliza cores vibrantes, mas sem preferências, e que acredita que as ruas já possuem cores muito escuras. A ideia dos olhos em sua arte começou

Com apenas 27 anos, o potiguar Kéfren de Lima Silva, mais conhecido como Kéfren Pok, presenteia Natal/ RN com a sua arte urbana. Formado em Design gráfico, Pok mora em Macaíba - município brasileiro situado no estado do Rio Grande do Norte – e trabalha na parte administrativa de uma indústria frigorífica. Bastante conhecido pelos olhos psicodélicos que estampam a capital potiguar, Kéfren pinta as ruas desde o ano de 2010. “Eu sempre tive esse olhar para a rua em geral, a estética que a rua tem e tudo que ela nos proporciona, mas ficava apenas observando. Quando eu estava cursando Design Gráfico, participei de uma oficina de Graffiti e, a partir disso, comecei a sair para pintar nos finais de semana com amigos”, conta o artista.

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a ser aplicada após observar várias possibilidades de brincar com a cidade e com os elementos que ela proporciona. “O objetivo é colocar arte onde não tem e proporcionar uma troca de olhares e questionamentos para quem está transitando”, explica. Além dos tão conhecidos “olhos de Pok”, o artista também utiliza traços e linhas, simbolizando coisas juntas e apertadas que representam caminhos abstratos. Ao ser questionado sobre a diferença de pichação e graffiti, Kéfren explica que a pichação é caracterizada por utilizar somente letras que usam uma única cor, enquanto o graffiti possui desenhos e – na maioria das vezes – faz o uso de várias cores. O artista também conta que já foi discriminado por sua arte, por existir uma visão que criminaliza esse tipo de manifestação artística.


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Recentemente, Pok foi convidado para expor na Galerie

Para Kéfren, a mensagem que ele quer passar a todos

d’Art de Crétei, localizada em Paris. O convite surgiu

que estão iniciando no graffiti é que “cada um deve

após a sua primeira exposição individual no início do

fazer o que gosta. Sair pra rua e sentir o que essa arte

ano de 2016, por meio da Associação Franco Brasileira

te traz de bom, tanto pessoal e profissionalmente, é

de Arte Urbana “PIXO”. A é

composta

por Arthur Little e Agathae Montecinos, que residem na e

capital

francesa

elaboraram

cronograma

todo

da

o

viagem

de Pok. O artista passou 21 dias na frança e realizou

A ARTE URBANA JÁ GANHOU VÁRIOS ESPAÇOS NO BRASIL E NO MUNDO MAS, PARA ISSO, É PRECISO NUNCA ESQUECER

e

1

mas só depende de cada um”, e complementa “me dediquei muito e abdiquei de

muitas

coisas

para

poder seguir em frente

SEMPRE VAI ESTAR PRESENTE

no graffiti e arte em geral.

3 exposições – sendo 2 individuais

difíceis de se conseguir,

DE TODO O COMEÇO E QUE A RUA FOI E

coletiva

associação

maravilhoso. As coisas são

Temos que continuar com essa caminhada, pois a rua

precisa

de

nossos

-, 2 aulas ministradas nas escolas Aimpe Césarie e

trabalhos. A arte urbana já ganhou vários espaços

Sarrarsins e duas intervenções de rua. Nas aulas, crianças

no Brasil e no mundo mas, para isso, é preciso nunca

aprenderam um pouco sobre a biografia de POK e

esquecer de todo o começo e que a rua foi e sempre vai

realizaram atividades baseadas nos desenhos do artista,

estar presente”, finaliza.

além de aprenderem sobre Lambe-Lambe e stencil.

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ALTERNATAL


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arte nas ruas

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ALTERNATAL


Encantado pelo litoral potiguar, paulista registra maravilhas em telas REPORTAGEM: ANAYDE GÓIS

IMAGENS: DIVULGAÇÃO

Natural de Osasco/SP, o artista Gedson Silva dos Santos

se descobrir em novas atividades. Hoje, o artista também

pisou pela primeira vez em terras potiguares em 1992 – aos

trabalha como auxiliar de serviços gerais, mas garante

8 anos de idade – e desde então vem pintando quadros

que o seu amor pela pintura não o deixa largar suas

inspirados nas mais diversas paisagens natalenses.

atividades artísticas. “A pintura, assim como qualquer arte, precisa de tempo e inspiração. Por conta do meu

Desde criança, Gedson Silva se interessava por pintura.

novo trabalho eu reduzi a produção de quadros, mas vou

Começou a desvendar seu talento ao reproduzir com

continuar pintando e me inspirando nas praias do Rio

facilidade desenhos e obras detalhadas. Já adulto, o

Grande do Norte”, afirma Gedson Silva.

artista necessitou buscar algumas formas para contribuir com o sustento da família e acabou optando por uma

A maioria de suas obras são trabalhadas em telas 50x40.

carreira como vigilante.

A pintura sempre é iniciada com traços claros, marcando a linha do horizonte, e trabalhada prioritariamente com

Após alguns anos trabalhando como vigilante, o artista

as cores azul, verde e branco. Recentemente, Gedson

ficou desempregado e necessitou de uma atividade

começou a desenvolver outras técnicas inspiradas no

urgente para sustentar sua família. Foi durante essa

artista Romero Brito. “Eu gosto bastante do trabalho de

situação que Gedson Silva resolveu voltar a pintar.

Romero Brito e vejo que a venda de obras inspiradas no estilo dele é muito boa. Meu foco é pintar praias em

Com a inspiração voltada para o litoral potiguar, o pintor

telas, mas como venho aprimorando minhas habilidades

caiu nas graças dos apreciadores natalenses que sempre

na cerâmica, visualizo nesse material uma oportunidade

o encontravam na praia de Ponta Negra, ou na Redinha,

de expandir meus conhecimentos na pintura”.

divulgando a sua arte. Com a venda das obras, Gedson começou a construir sua própria casa. Entusiasmado,

Ao ser questionado sobre a valorização do artista local,

buscou em canais do Youtube outros conhecimentos.

Gedson explica que, ao longo dos anos, percebeu uma

Atualmente, o pintor também trabalha com pintura

melhora significativa na valorização das obras natalenses.

em cerâmica, decoração de paredes e caricaturas em

“As pessoas estão cada vez mais interessadas pelas

camisetas.

obras locais, que valorizam as belezas da nossa cidade. Isso tudo é muito gratificante e me estimula a nunca

Sem ter feito nenhum curso, Gedson se orgulha da sua

parar de pintar”, finaliza.

curiosidade em aprimorar suas técnicas de pintura e de

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arte e sustentabilidade REPORTAGEM: ANAYDE GÓIS

IMAGENS: DIVULGAÇÃO

ESTUDANTES POTIGUARES EMPREENDEM COM COPO BIODEGRADÁVEL

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Visando empreender de maneira sustentável, alunos do

resolveram apostar no produto. Atualmente, a microem-

curso de Administração da Universidade Federal do Rio

presa Drinkup Eco conta com dois sócios: Maiko Slaviero

Grande do Norte (UFRN) investiram em uma nova ideia:

e Ricardo Niederauer.

comercializar copos biodegradáveis personalizados feitos à base da fibra de papeis reciclados, proveniente de

De acordo com Maiko Slaviero, a empresa mantém conta-

madeiras reflorestadas.

to com os clientes apenas pelas redes sociais Facebook e Instagram e trabalha por encomendas. Uma unidade

O produto surgiu quando os estudantes foram desafia-

sai por apenas R$ 2,00 e, se a quantidade for a partir de

dos a produzir algo para vender durante a CIENTEC 2014

50, o valor da unidade passa a ser cobrado por apenas

(Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura da UFRN). A

R$ 0,50. Desde o surgimento do negócio que Maikon

partir disso, um grupo de 12 estudantes resolveu apos-

Slaviero não para de lucrar, sempre com encomendas ou

tar em uma pegada sustentável e, após um período de

até levando o produto para ações em eventos como a

pesquisa, optaram por comercializar copos de fibra bio-

Eco Praça.

degradável. Em Natal, a ideia ainda não havia sido aplicada em nenhuma empresa.

Com a formalização da microempresa, o estudante de Administração espera atrair empresários e clientes de

Ideia formada, os estudantes compraram 1000 copos

várias lojas de Natal, com um mix de personalização

brancos e 1000 tampas em uma empresa paulista. Para

dos copos que vem sendo desenvolvido. “Quando apre-

a manhã do primeiro dia da feira, que possui três dias

sentamos esse projeto na Cientec não tínhamos ideia de

de evento, o grupo separou 100 unidades, que foram

onde chegaríamos e eu posso afirmar que o aprendiza-

vendidas em pouco mais de duas horas de evento. Os

do está sendo fantástico. O caminho é empreeder”, afir-

temas dos copos eram os mais variados: Chorão, Chico

ma Maiko Slaviero.

Buarque, frases de efeito e dois outros designs feitos em parceria com a artista potiguar Cristiana Galvão, desenhista de mandalas. Quanto as impressões, desde o início os estudantes assumiram parceria com o Birô Digital. Já no último dia da CIENTEC 2014, os estudantes apostaram no slogan “beba essa ideia”. Cerca de 20 minutos antes do estande iniciar suas atividades já havia uma fila de interessados para adquirir os copos personalizados com o tema de “Imagine”, canção da banda The Beatles. O sucesso foi tão grande que o grupo chegou a limitar o número de copos adquiridos por pessoa. Após a semana de exposições, três integrantes do grupo

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teatro REPORTAGEM: RICARDO KRUSTY

IMAGENS: DIVULGAÇÃO

Com a demolição do Sandoval Wanderley, o Teatro Alberto Maranhão segue fechado

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NA CIDADE SEM MEMÓRIA TEATROS PÚBLICOS ESTÃO EM RISCO Ao que parece não há mais o que fazer, após uma espera

anos da gestão de Micarla o espaço foi esquecido,

de mais de sete anos por uma reforma, o Teatro Sandoval

os equipamentos que haviam sido reformados dois

Wanderley vai de fato ser demolido e dar espaço a um

anos anos antes, além da ação do tempo e corrosão,

Shopping.

sofreram depredação. Após assumir novamente o

O Teatro Municipal foi o segundo a ser construído na

executivo municipal o atual prefeito Carlos Eduardo se

capital potiguar, em 1962, antes dele, a cidade dispunha

comprometeu a incentivar a cultura local , no entanto

apenas do Teatro Alberto Maranhão que data de 1904,

orçada em aproximadamente R$ 1,2 milhão, recursos

O espaço carrega o nome do ator assuense que criou

que a prefeitura alegou não possuir, devido a atual crise

dois grupos de artistas que impulsionaram a cena teatral

financeira.

no Rio Grande do Norte, o Conjunto Teatro Potiguar, em 1941 e o Teatro de Amadores de Natal, em 1951.

Importância

Segundo os desmemoriados de nossa cidade, que nas

Embora o Sandoval Wanderley não tenha a importância

mídias sociais celebraram a construção de um shopping,

arquitetônica do Alberto Maranhão, o espaço tem grande

que além de afetar a cultura, pode interferir no tradicional,

valor histórico para os grupos de teatro e para a cidade

o teatro não tinha representatividade nenhuma para o

do Natal. Durante as décadas de 1980 e 1990, o teatro

teatro local, No entanto o pequeno teatro localizado

foi amplamente utilizado para peças infantis e para a

na Avenida Presidente Bandeira, com capacidade para

formação ensaios e apresentações de grupos teatrais

apenas 150 espectadores, faz falta aos artistas, que

pequenos, além de ser utilizado para a gravação de

sofrem para encontrar bons lugares onde possam se

programas de TV e apresentações musicais de gêneros

apresentar na cidade.

diversos, como grupos de chorinho e bandas de rock.

Histórico de abandono

Entre os anos de 2005 e 2008 abrigou espetáculos

Abandonado pelo poder público, a última reforma do

e

espaço aconteceu entre os anos de 2005 e 2006, ainda

“Retratos Sonoros”, “Danças Potiguares”, “Poemúsica”

na primeira gestão do atual prefeito Carlos Eduardo.

e diversas datas comemorativas como o Dia do Teatro

Na época, foram feitos reparos nas redes elétrica e

e apresentações de grupos e figuras emblemáticas do

hidráulica, além de reforço na estrutura física e a compra

teatro brasileiro e dos potiguar. Mas engana-se quem

de equipamentos acústicos para ensaios da Banda

pensa que a classe artística da cidade está calada, ela

Sinfônica de Natal, que aconteciam no espaço.

está articulada e prepara ações em repúdio a demolição.

Em 2009, o lugar foi interditado pela administração

E quanto aos outros espaços de teatro público da

da ex-prefeita Micarla de Sousa, durante os quatro

cidade?

projetos

como

“Pixinguinha”,

“Sexta

da

Viola”,

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TEATRO ALBERTO MARANHÃO

TEATRO DE CULTURA POPULAR

Ainda sem data para o início da reforma, o Governo

Em meio a tantas interdições, uma boa notícia: o

do Estado negocia com a empresa pernambucana

Teatro de Cultura Popular Chico DaniEL , está em

Cunha Lanfermann Engenharia e Urbanismo o projeto

funcionamento. A estrutura foi interditada em 2015 pela

de reestruturação do Teatro Alberto Maranhão (TAM).

Defesa Civil de Natal, após uma vistoria realizada com a

Fechado desde 2014, o teatro mais antigo de Natal

Vigilância Sanitária, que identificou problemas na rede

está interditado por não cumprir normas do Corpo de

elétrica, nas saídas de emergência, de infiltração, além

Bombeiros. segundo o Governo do Estado o valor da

da necessidade de uma dedetização no espaço. Com o

reforma está orçado em de R$ 8 milhões, mas até o

cumprimento de todas as exigências o teatro voltou a

momento não há previsões para o início das obras.

funcionar em 2016.

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MANIFESTO DA REDE POTIGUAR DE TEATRO O prefeito Carlos Eduardo realizou uma reunião com artistas da Rede Potiguar de Teatro, em 2015, e prometeu viabilizar a revitalização do Teatro Municipal Sandoval Wanderley, a construção de um novo teatro na Zona Norte e a continuidade do projeto Natal em Cena. Nos anos seguintes as promessas não foram cumpridas. Ele vetou a reforma do teatro prevista na Lei Orçamentária em 2016, cancelou o Natal em Cena, fechou a escola de teatro municipal e NÃO VAI construir um novo espaço teatral na Zona Norte. Não sendo suficiente o fato da cidade estar carente de espaços destinados a apresentações e performances teatrais, ventila-se a possibilidade do Sandoval Wanderley dar lugar a um shopping. Sim, um SHOPPING! A Prefeitura pretende transformar o Sandoval Wanderley em um shopping, modificando a identidade popular do bairro, prejudicando comerciantes autônomos e apagando a memória social do bairro histórico do Alecrim. O nome disso?! Gentrificação. Seguindo o script em situações onde há o conflito entre direitos paisagísticos, ambientais, históricos e culturais e direitos patrimoniais, imobiliários e empresariais, lança-se a FALSA PROMESSA da “geração de emprego e renda”, muito frequentemente utilizada para justificar o dilaceramento do patrimônio público pelo capital financeiro. Primeiro, a simplificação: “o bem está ocioso, sua reforma custa caro e precisamos dar uma finalidade ao imóvel”, conferindo-lhe função social. Todavia, esta função social já existe (ou existia): a de ser um espaço destinado à realização de atividades culturais. O que houve com ela? Por que não mais existe? Alguém a inviabilizou? Por qual razão? Embora as cidades sejam o principal local onde há a reprodução da força de trabalho, nem toda melhoria das condições de vida se torna acessível por meio de melhores salários ou mais distribuição de renda, de maneira que dependem em larga escala da efetivação de políticas públicas urbanas como transporte, saneamento, educação, moradia, saúde, lazer e cultura. O que ocorre, todavia, é a apropriação desigual de todo o grande patrimônio urbano construído histórica e socialmente pela dinâmica da renda imobiliária ou de localização. A transformação do Sandoval Wanderley em um shopping diz respeito a algo que vai muito além do simples debate acerca dos valores de uso e de troca de imóveis urbanos. Ao contrário do que costuma pregar o discurso da “geração de emprego e renda”, trata-se de uma disputa que tem como pano de fundo qual o modelo de cidade desejamos: se fundado no aprofundamento dos laços comunitários e sociais ou na sua transmutação em um imenso espaço destinado à satisfação pessoal por meio do consumo. É o nosso direito de optar por uma cidade ajoelhada aos imperativos da especulação e dos interesses empresariais enquanto falso valor civilizatório e gerador de empregos, ou por uma cidade voltada ao gozo não patrimonial de espaços públicos destinados à concretização de direitos individuais e coletivos como a cultura e o lazer. É o direito à cidade que está em jogo, por isso essa campanha contra a demolição do Teatro Sandoval Wanderley vai muito além dos anseios da classe artística. Essa luta é pelo bairro do Alecrim! #NatalSalveOSandoval #SalveOAlecrim #NenhumTeatroAMenos

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///////////AGENDÃO ALTERNATAL Quer ficar no Netflix durante o final de semana mas ainda não tem programa? Nós do AlteRNatal listamos os melhores rolés na cidade pra você não ficar no tédio. SEXTA, 09/06 Sexta de lei edição junina no CasaNova Já no clima junino, o primeiro evento do agendão vai rolar no Casanova. Com 5 djs + especial Safadão, pop, sertanejo e mais um montão de batidões pra dançar a noite toda. A entrada custa R$5 até as 22h United no El Rock Vai ter show da banda The United nesta sexta no El Rock. E mais: desconto de 50% em todo o cardápio pra quem chegar cedo! (até as 22h). Entrada¿ até as 22h30 R$12 e após R$15. Funk das minas neon edition no Ateliê Para animar geral e desmoralizar a sexta-feira vai rolar muito funk no Ateliê. O Funk das minas começa às 21h, com entrada custando R$10 e além do som, terá sorteio de brindes, concurso de funk e muita catuaba. Matanza no Armazém Hall A banda de countrycore carioca Matanza está de volta à Natal. Comemorando 20 anos de formação e apresentando o show do álbum “Pior cenário possível”, o Matanza sobe ao palco do Armazém Hall na Ribeira às 22h. Os ingressos podem ser comprados antecipadamente na Bransk do Midway Mall. SÁBADO, 10/06 Playground #4 Edição Junina no Ateliê Continuando em ritmo junino...Vem aí a PLAYGROUND 4 edição junina! A já tradicional festa que oferece cama elástica, piscina de bolinha e nessa edição também corrida de saco, Dança da laranja e mordida na maça, com prêmios para os ganhadores. Entrada: R$ 20,00. Lesgow no Casanova A ideia é comemorar um aninho da festa mais glamurosa do Casanova! Sempre com muita música eletrônica, pop e outras cositas pra dançar de verdade + 20 Litros de Fish Oil (bebidinha especial com vodka) e rodadas de Catuaba. Entrada R$ 25,00, só na porta. Arraiá no Whiskritorio Sábado é dia de Arraiá no Whiskritorio! vai rolar muito Forrock com André Rangell e muito brega com a banda do Cafonaite, além de Correio do Amor e Barraca do Beijo, hein¿ E pra quem for à caráter, ainda aproveita Caipirinha, Caipiroska, Sex On The Beach & Screwdriver dobrados até às 23hrs. Entrada R$ 20,00. Jack Party no El Rock Jack Party vem aí no El Rock com a dose de Whisky Jack Daniels custando R$8 até a meia noite ao som de clássicos do Rock com Wagner Andrade e Backline. DOMINGO, 11/06 Sem retrato e sem bilhete no Ateliê O Caboré Audiovisual precisa de ajuda para bancar seu próximo projeto através de uma campanha de financiamento coletivo. Quer algo melhor que unir isso à uma festinha divertida só com gente bacana¿ O curta-metragem “Sem retrato e sem bilhete” precisa de você pra acontecer. A party vai contar com as atrações: Vinil & Flor (novo projeto de Dani Cruz, Rafael Tavares e Renan Araújo), Samba da Coruja e discotecagens com Nico & Tina, Amanda Lisboa e Jaiara Fontes. Às 14h custando R$ 10,00 Gilberto Cabral e Edmilson Cardoso no Som da Mata Sempre aos domingos, o projeto Som da Mata trará apartir das 16h30, no Anfiteatro do Parque das Dunas as apresentações do Duetto Cabroso, formado por Gilberto Cabral e Edmilson Cardoso. Entrada para entrar no parque custa apenas R$ 1,00.

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roqueando NANDO FERNANDES

CONVIDA POTIGUARES PARA SHOW NO WHISKRITORIO PUB REPORTAGEM: ANAYDE GÓIS IMAGENS: DIVULGAÇÃO

vocalistas como Oliver Hartmann (At Vance). Atualmente O artista Nando Fernandes convida todos os roqueiros

está finalizando o primeiro EP de sua carreira solo,

potiguares para um verdadeiro espetáculo a ser realizado

contendo 3 músicas, trabalho que será mixado pelo

no dia 30 de junho, no Whiskritorio Pub, com muitos

renomado produtor Roy Z (Bruce Dickinson, Halford,

clássicos do Rock, Hard e Metal. A noite também contará

Malmsteen, Sebastian Bach, entre outros) e paralelamente

com os repertórios agitados das bandas Mobydick (RN),

está gravando com uma banda de Los Angeles chamada

Sfinge (RN) e Estado Trio (SP).

Lightning Strikes, banda que tem Derek Sherinian (Dream Theater, Black Country Communion, Alice Cooper, Kiss

Nando Fernandes cantou nas bandas Cédula falsa, Big

alive 3) nos teclados, além de cantar pelo Brasil com o

Balls, Rock Memory, Deep Purple Cover, Kaleidoscope,

cover band Rádio Show, destacando os maiores clássicos

Cavalo Vapor, Mr. Feeling (gravado e produzido por Alex

da história do rock.

Periallas em Nova Iorque no ano de 1997), Shinning Star (com Andria e Ivan Busic da banda Dr. Sin), Soulspell

Além disso, o artista é professor de canto e já trabalhou no

(uma ópera metal, onde representa Samael o príncipe

Conservatório Souza Lima e na EMT, como coordenador

dos demônios ao lado de grandes nomes da cena

e professor do IC&T (instituto de canto e tecnologia).

mundial). Também cantou na banda Hangar, onde

Hoje em dia, trabalha com aulas particulares no seu

gravou o cd “The Reason Of Your Conviction”, lançado

próprio estúdio e faz workshops de canto por todo o

no Japão, Europa e Brasil, alcançando grande destaque

Brasil.

na mídia mundial. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente no Nando fez uma participação cantando 2 músicas no

Whiskritorio Pub pelo valor de R$ 15,00, ou na hora do

CD da banda Alemã Dreamscape, ao lado de grandes

evento por R$ 25,00. Informações: (84) 3081-1590

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