Filha de homens maus Pág 08
Linha 650 e a poesia Pág 16
Horror pandêmico Pág 44
A dualidade da solidão Pág 60
Frequência Kirlian Pág 80
Abertura
Amanda Dutra
Filha de homens maus
PINTANDO TEXTO Geandra Avelar ILUSTRAÇÃO Cecília
PAREDES Um ano de isolamento social. No começo, pânico e caos, tudo novo e surreal. Trancados em casa, como assim? Crianças sem aula? Não podemos ir ao trabalho? Estocar álcool e papel higiênico? Vai passar rápido, logo a vida volta ao “normal”. Cecília, vai ser só um tempo, não se preocupe. Vamos pintar a parede, vamos brincar, vai ser legal ficar em casa esse tempinho, as famílias vão ficar mais unidas. Mas, e os empregos? Unidas, sem dinheiro, sem comida? Vida remota. Aulas no computador, mas e quem não tem internet? Aí não estuda. Passamse os dias, o mundo em caos, as crianças em casa, os pais sem rumo. Novos arranjos, novas combinações. E morre gente, e mais e mais. Brasil desenfreado. Aglomerações o tempo todo. Vou excluir esse povo do meu Instagram. Adianta não, o jornal só mostra isso. Povo sem noção. Que inferno. Que saudade do
“normal”. Calma filha, vai passar, já está quase
no final, as vacinas estão chegando. Vai, vai com o Butantã. Segunda onda, vacinação lenta e crianças trancadas. Mas se elas choram, são manhosas. Tem que entender. Entender o quê? Eu até agora não entendi foi nada. Um ano. Um ano trancados. Um ano sem festas infantis. Pintar parede só nos animou no começo. Agora estamos no automático.
Gente morrendo o tempo todo, é tio do amigo, avó da amiga, é vírus que chegou na casa da gente e o ar ficou curto. Mas vamos trabalhar, estudar, dá pra produzir sim. Bora, criançada, vocês têm tudo, só estudam. Que inferno! Um ano que vimos como a falta de empatia é cruel. Eu sigo esperando a vacina, mas sabendo que nossa jornada nesse inferno ainda será longa. Misto de esperança e ódio. Gratidão e vontade de descer a porrada em gente escrota. Um ano que não sabíamos que os dias seriam tão longos. Para esses, café, cerveja e paciência. Mas para toda essa situação, indignação e raiva, porque se a pandemia é para todos, no Brasil, a crueldade veio junto. Um dia a gente recupera o ânimo de pintar paredes...
Cotidianos
e a poesia
Vivências não tão isoladas Gabriella Paiva
E
m um dia como qualquer outro, mesmo em meio à pandemia, precisei honrar os compromissos. Levantei cedo, assisti aula de maneira remota, almocei e entrei no ônibus rumo ao serviço. Passei pela catraca e avistei um aceno. Quase na metade do ônibus, uma moça do cabelo encaracolado, Mary, balançava a mão de um lado para o outro a fim de que sentasse ao seu lado. Não recusei, afinal, pegar ônibus no Brasil já é uma labuta para recusar qualquer assento.
A máscara cobria quase todo o rosto de Mary, mas eu tinha 99,9% de certeza de que ela estava sorrindo. Toda a simpatia estampada em seus olhos me fez lembrar de como nos conhecemos. Ali, naquela mesma linha de ônibus, havia sentido um grande cutucão no ombro esquerdo. De repente, estava segurando um caderno e uma caneta, que essa mesma moça havia entregado. Na parte superior da folha, com letras bagunçadas e tremidas, estava estampado: "Chat do Busão". Foi dessa forma que meu destino se topou com o de Mary e a imprevisibilidade tomou conta de nossos encontros.
Poema em movimento Ana Luiza de Abreu Silva
O sentimento move as pessoas
As palavras, os escritores Os poetas, as coisas boas E os likes, as redes sociais
A música move os cantores
A matemática, as engenharias A performance, os atores
Descaminhos
Crônicas de um domingo menina comia um churrasco com sua mãe e tia. Poderia fazer algo melhor em um domingo à noite, mas já estava feliz só de poder comer carne quando quisesse. Várias pessoas não têm esse privilégio pelos preços altíssimos. Mas a questão é que ela não consegue passar por essas questões sem pensar. Pensar: esse é o seu erro. Depois de alguns minutos de fofoca, sobre as pessoas que estudaram com sua mãe, ou amigos que ganharam alguns quilos na quarentena, o assunto chegou a denúncias de violência doméstica, o jantar teria sido mais calmo se ela e sua mãe pudessem passar por esse ponto sem se irritar. Foi dito que as mulheres sempre ganham os processos se colocando como vítimas e que os homens são os injustiçados. Depois disso, não pode evitar sentir ofendida com essa afirmação que a lembrou do drama vivido por Mariana Ferrer¹ em busca de justiça pelo crime cometido contra ela. Daí em diante o tom da conversa mudou, ela tentou explicar sobre o machismo estrutural e o patriarcado que 1.Mariane Ferrer¹: Em 2018, Mariana Ferreira Borges trabalhava como influenciadora digital e era embaixadora de um “beach club” de luxo em Florianópolis (SC) chamado Café de La Musique, onde em 15 de dezembro daquele ano a jovem foi drogada e violentada sexualmente, tendo prestado queixa no dia seguinte ao ocorrido. Mas no dia 9 de setembro de 2020 o juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis absolveu o réu da acusação de estupro de vulnerável.
Ironias
Cala a boca, não perguntei nada Cala a boca, não perguntei nada
Heloiza Caus
Vocês jornalistas falam demais, não me deixam trabalhar em paz. Querem transformar esse país num país de maricas. Todo dia procurando fofoca pra publicar contra mim e a minha família, fazendo da minha vida um inferno! Estão querendo encontrar algum furo meu? Não vão achar nada! Já falei que corrupção não é coisa do meu governo. A gente chegou e ela já estava lá, vou mexer em algo que tá dando certo, pra quê? Acabaram as notícias e já falei que acabou a mamata pra vocês. Vou repetir, acabou! Se essa patifaria fosse contra um jornalista bundão de vocês no meu lugar, eu queria ver apoiar essa manipulação contra mim, minha família e os meus preciosos. E não tô tentando censurar ninguém aqui. É só falar a verdade, fala que eu sou honesto e cristão, pô. É por isso que eu sou contra essa coisa aí, de portal da transparência. É só pra tentar me derrubar, só tem esquerdista nesse lugar. Quer transparência, bebe água. Vocês são contra mim, porque são contra o Brasil.
HORROR PANDÊMICO Eduarda Leite e Silva
Pelo Amor se luta, tortura, esguela e susurra; chora até dormir e sorri até as bochechas arderem. Também faz arder a alma, de modo a ressoar seu poder pelas vias invisíveis da inquietude humana que nos mantém aquecidos. É doce, amargo, mas nunca saturado. Por conta de tanto, faz falta. Muita falta. Às vezes, não imagina-se o quanto. Faz falta quando sentimos muito e quando não sentimos nada, e também no momento em que explodimos dentro de nós mesmos a partir da faísca do encontro conflitante entre a realidade e a mente. Esse estouro é capaz de lembrar a potência de nossos devaneios. Assim como um grito angustiado de alguém que se perdeu na caverna das circunstâncias, esses devaneios impactam quem estiver por perto.
Interiores
TODO DIA É DE
13 MARÇO
fabiane monteiro rebelo Despertador. Preguiça. Banheiro. Torneira. Água. Escova de dente. Creme dental. Banho. Chuveiro. Xampu. Sabonete. Hidratante. Protetor solar. Angústia. Cozinha. Café da manhã. Prato. Garfo. Faca. Pão. Café. Computador. Cadeira. Aula. Professora. Sono. Aula. Cachorros – às vezes mordida. Prato. Talheres. Arroz. Feijão. Bife. Alface. Tomate. Sono. Angústia. Instagram. Twitter. WhatsApp. Cadeira. Computador. Aula. Professora. Leitura. Escrita. World. Sempre no computador. Cansaço. Instagram. Twitter. WhatsApp. Quarta-feira terapia. Yoga. Banho. Remédios. Janta. Prato. Garfo. Talher. Comida. Jornal.
Erick Pires
Meu mundo já não é redondo! De uma ponta a outra, encontro seu fim. Traçado por um arquiteto; É quadrado e estreito, quase um cubo perfeito. Depois desse delimitado bosque, Além das paredes tão amarelas, quentes como o sol; Reside um outro universo. Quem sabe o que tem lá, o que devo esperar? Neste nem tão vasto espaço; O colchão é o oceano, o travesseiro minha boia, Meus ursos já têm vida; No teto vejo estrelas, da janela a Via-Láctea. Meu pequeno mundo, neste inverno é um cubo de gelo. Para aquecer o coração, embora esteja calado e frio. Vou cantar bem baixinho para sonhar; uma canção de ninar; Quem sabe se em outro planeta tenha chegado o verão.
da Silva
Erick Pires
da Silva avliS ad
Erick da Pires seriP kcirE Erick Pires Silva daavSilva liS ad
nha chegado o verão. Quem sabe se em outro planeta tenha chegado o verão. Meu mundo já não é redondo! Meu mundo já não écantar redondo! ar; uma canção Vou de ninar; bem baixinho para sonhar; uma canção de De uma ponta a outra,ninar; encontro seu do já não é redondo! !odfim. nod De uma ponta aPara outra, encontro seu fim. embora esteja calado e frio. steja calado e frio. aquecer o coração, Traçado por um arquiteto; onta a outra, encontro seu fim. .mif ues ortnocne por de um arquiteto; oTraçado é um cubo gelo. Meu pequeno mundo, neste inverno é um cubo de gelo. É quadrado e estreito, quase um cubo;o pe por um arquiteto; t É quadrado e estreito, quase um cubo perfeito. do e estreito, quase um cubo perfeito. .otiefrep obuc mu esauq a-Láctea. No teto vejo estrelas, da janela a Depois Via-Láctea. desse delimitado bosque, Depois desse delimitado bosque, Meus ursos já têm vida; Além das paredes tão amarelas, esse delimitado bosque, ,euquentes qsob o das paredes tão amarelas, quentes como o sol;minha boia, oAlém minha boia, O colchão é o oceano, o travesseiro Reside um;loutro paredes tãooutro amarelas, quentes como o sol; os o ouniverso. moc setneuq ,saleram Reside um universo. Neste nem tão vasto espaço; Quem sabe o que tem lá, o que devo .esp mQuem outro sabe universo. os o que tem lá, o que devo esperar? be o que tem lá, o que devo esperar? ?rarepse oved euq o ,ál vo esperar? Quem sabe o que tem lá, o que devo esperar? Neste nem tão vasto espaço; Neste nem tão vasto espaço; Reside um outro universo. O colchão é o oceano, o travesseiro mOtão vasto espaço; ;oçminh ap colchão é o oceano, o travesseiro minha boia, uentes como o sol; Além das paredes tão amarelas, quentes como o sol; Meus ursos já têm vida; o Meus é o oceano, travesseiro minha boia, ,aiob ahnim oriessevart o ursos jáo têm vida;desse Depois delimitado bosque,No teto vejo estrelas, da janela a Via-Láct os têmvejo vida;estrelas, da janela a Via-Láctea. ; Nojáteto ejo estrelas, da janela a Via-Láctea. .aetcáL-aiV a alenaj a ubo perfeito. É quadrado e estreito, quase um Meu cubopequeno perfeito. mundo, neste inverno é um Meu pequeno mundo, neste inverno é um cubo de gelo. Traçado por um arquiteto; aquecer esteja ueno mundo, neste invernoembora é um cubo decalado gelo. e Para .oleg eod coração, obuc mu embora é onrevn i etsec Para aquecer o coração, esteja frio. u fim. De uma ponta a outra, encontro seu Voufim. cantar.obem ecer coração, esteja calado euma frio. canção irf e baixinho odalac apara jetse sonhar; arobmeum ,o Vouocantar bemembora baixinho para sonhar; de ninar; Meu mundo já não é redondo! Quem sabe se em outro planeta tenha ch arQuem bem baixinho paraoutro sonhar; umatenha canção de ninar; ;ranin ed oãçnac amu ;rahnos arap o sabe se em planeta chegado o verão. be se em outro planeta tenha chegado o verão. .oãrev o odagehc ahnet atenalp o e gelo. Meu pequeno mundo, neste inverno é um cubo de gelo. Para aquecer o coração, embora esteja calado e frio. frio. ão Vou de ninar; cantar bem baixinho para sonhar; uma canção de ninar; o verão. Quem sabe se em outro planeta tenha chegado o verão. Neste nem tão vasto espaço; O colchão é o oceano, o travesseiro minha boia, Meus ursos já têm vida; No teto vejo estrelas, da janela a Via-Láctea.
Depois desse delimitado bosque, sol; Além das paredes tão amarelas, quentes como o sol; Reside um outro universo. Quem sabe o que tem lá, o que devo esperar? Meu mundo já não é redondo! De uma ponta a outra, encontro seu fim. Traçado por um arquiteto; É quadrado e estreito, quase um cubo perfeito.
A dualidade da solidão Michely Moura Loures
A
solidão no século XXI não parece ser uma conquista fácil, mas é. Não pode ser chamada de conquista também, está longe disso. No entanto, parece ser a única palavra que pode chegar perto de descrever corretamente essa situação, de atingir algo tão inalcançável durante uma época onde quase todo contato social está na palma da mão, quando redes
sociais surgem por todos os lados e quase todos (exceto aqueles que são privados de seus direitos de terem acesso a essas ferramentas) estão conectados tecnologicamente de alguma forma, quer você queira, ou não. O tema é batido, é clichê e é melodramático. No entanto, continua corriqueiro na vida das pessoas que, durante a escola, sempre se sentavam nas últimas cadeiras das salas de aula, encostadas na parede, torcendo para que ninguém percebesse que estavam ali, ou então se fossem descobertas, queriam ser deixadas em paz com os próprios pensamentos, conformadas em observar o mundo em movimento, mesmo permanecendo estáticas.
MEMÓRIA DO VÍRUS: IGNORÂNCIA, NEGACIONISMO E DESINFORMAÇÃO.
Espelhos
om o avanço das tecnologias a Cdistância entre as pessoas aumentou e aquele contato, o calor humano, a troca de sorrisos, o afeto, o aconchego, foi diminuindo. Pelo menos para alguns, essa era a impressão. Você só vive nesse celular, você não sai desse computador. E aqui está 2020 naturalizando essa questão, fazendo com que isso se tornasse habitual no cotidiano das pessoas.
VIDA SOBRE TELA É
possível pensar em um novo estilo de vida que surgiu nesse período pós-pandemia. Quando as mais diversas dimensões da vida em sociedade tornaram-se pautadas pela distância, um dispositivo em comum se mostrou presente em todas essas interações: a tela. Seja para fins educativos, recreativos ou comunicacionais, as telas das televisões, dos celulares e dos computadores ser viram para manter distante o que precisava ficar longe enquanto trazia para perto os elementos que precisavam estar perto.
Embora a teleficação da sociedade já pudesse ser observada em anos anteriores à pandemia, é sem sombra de dúvidas devido a ela que esse fenômeno precisou ser acelerado. Em um mundo de d i s t a n c i a m e n t o, a s t e l a s s e tornaram as pontes virtuais de um mundo que antes era mais físico. O tempo útil do indivíduo, seja ele gasto no ensino remoto ou em formas de entretenimento, tem se resumido ao tempo gasto em frente às telas. Quem poderia dizer que nos tornaríamos obras de arte expostas em diferentes telas, retratos de nós mesmos, reflexos da nossa solidão e saudade. Enquanto as telas nos expõem, elas também nos capturam, nos aprisionam. Temos visto a vida se resumir a pixels, arremedo de um 2019 que hoje parece mais distante do que jamais esteve.
Não me entenda mal: não há aqui qualquer intenção de romantizar a vida em um mundo pandêmico através de uma alegoria entre as nossas vidas e obras de arte. Quando muito, o intuito aqui é o de apontar que existe um aparente paradoxo entre sermos objetos e as telas terem se tornado os sujeitos: não estamos nos pintando a nós mesmos, as telas virtuais é que estão eternizando a nossa imagem diante de um mundo em pandemia. Muitas vezes em quartos escuros, onde a única fonte de luz presente advém justamente de uma tela, nos encontramos sendo projetados sobre a tela de um celular ou c o m p u t a d o r, c o n s u m i n d o conteúdo ao mesmo tempo em que somos consumidos. Vida sobre tela ou vida em tela.
MATHEUS ALVES
Tela sobre vida ou tela em vida...
Ana Paula Ferreira
Ao fazer uma retrospectiva do atual momento, da Pandemia do Covid19, que não só o Brasil, mas o mundo está enfrentando, os brasileiros em sua maioria se inquietaram diante de tal cenário. Em março completou-se um ano nesta situação pandêmica e o saldo que é noticiado dia após dia de mais de três mil mortes diárias põe em cheque se há continuação da preocupação e inquietação que foi mostrada no início. Um verdadeiro oásis para a maioria da população começou a ser avistado e usufruído, diante da deflagração da Pandemia da Covid-19, que foi a massiva adesão aos serviços de streaming. A notabilidade é clara da importância que todas estas plataformas têm para a sobrevivência sã no decorrer desse ano. O aumento nos níveis de ansiedade, desde o começo da Pandemia, tem se mostrado através de toda uma fadiga tanto emocional quanto mental. Esse quadro pode se aprofundar devido à rápida instauração do isolamento social, junto com o fácil acesso a diversos tipos de informações que não são filtradas antes que cheguem ao celular, televisão ou rádios, e que podem ativar gatilhos em muitas pessoas. Após esse panorama geral, tenha em mente que esta avalanche de informações que bombardeia a tela de qualquer Smartphone contribui, e muito, para esse estresse vívido no período de isolamento. Sem um tutorial a respeito de “como selecionar notícias que não sejam gatilhos?”, o psicológico fica rendido e se dete-
A Frequência Kirlian,
uma resenha da rádio mais sombria das noites
Davi Galvão Vieira
Está a fim de sair um pouco da bolha de grandes blockbusters¹ e sintonizar em produções independentes latino americanas? Pois nesse caso Frequência Kirlian é a melhor escolha para você! Bem, primeiramente, a série foge um pouco do padrão que se espera de séries do gênero, é uma animação argentina de 6 episódios até o momento, com dez minutos cada, o que vai de contramão com a média de 20 ou 40 minutos que episódios costumam ter. Porém, o que realmente chama a atenção é a temática em que a produção se envolve. Ao longo dos episódios, o público acompanha o misterioso locutor da rádio “A Frequência Kirlian”, que em forma de um programa ao vivo, atende ligações dos ouvintes e relata os eventos sobrenaturais que acontecem na cidade. Cidade esta que todos já ouviram falar ou conhecem alguém que já passou por ali, mas ninguém sabe exatamente como chegar.
¹Produções de grande popularidade e sucesso
Tempos
Isabella Lima
Arco íris
Alguns dias atrás, após uma manhã chuvosa, minha irmã chama da varanda, me tirando do estado meditativo em que estava, assistindo o jornal da tarde. A âncora do telejornal atualizava nesse momento os números de vítimas de covid, que se tornam cada dia maiores. Quem poderia imaginar que uma pandemia desta proporção aconteceria em pleno século XXI?! De volta a realidade, atraída pela voz que vinha da varanda, percebi o que ela queria mostrar. Da varanda do apartamento onde moro tenho uma vista privilegiada do céu, e assim posso acompanhar diariamente as suas mudanças, faça chuva ou faça sol. Neste momento, era isso o que a garota parada ali fazia, observava. Diante de nós se encontrava um belo arco íris dominando o horizonte, resplandecente, à vista de todos. É como dizem, depois da chuva sempre vem o sol, ou neste caso, o arco íris. Diante da encantadora paisagem, à frente não pude deixar de lembrar dos tempos de infância quando passava as tardes após chuva à procura de arco íris, motivada por uma história sobre o tesouro dos duendes. Provavelmente todos já a ouviram, mas quem ainda não a conhece deveria se informar, já que toda lenda é baseada em um fundo de verdade. Dizem que se você encontrar o fim de um arco íris irá se deparar com um tesouro escondido, um pote cheio de moedas de ouro.
Universidade Federal de Goiás
Reitor Edward Madur eira Brasil | Vice-Reitora Sandr amara Matias | Chaves | Pró-Reitora de Graduação Jaqueline Ar aujo Civardi Pró-Reitor Adjunto de Graduação Israel Elias Trindade
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Faculdade de Informação e Comunicação Diretora da Faculdade Angelita Pereira de Lima | Coord. do Curso de Jornalismo Ricardo Pavan | Coordenadora do NDE Ângela Moraes
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Laboratórios e Coletivo Magníca Mundi Site magnicamundi.c.ufg.br | Email magnicamundiufg@gmail.com Faculdade de Informação e Comunicação - Universidade Federal de Goiás Laboratórios Coletivo Mundi Campus Samambaia - Goiânia - GO e - CEP 74001-970Magníca - Caixa Postal 131 Site magnicamundi.c.ufg.br | Email magnicamundiufg@gmail.com A revista Diários da Balbúrdia uma pandemia literária é um Caderno Federal Literário Faculdade– de Informação e Comunicação - Universidade de semanal, Goiás estritamente didático-pedagógico (e sem ns- Goiânia lucrativos) da- CEP disciplina Cibercultura, vinculada Campus Samambaia - GO 74001-970 - Caixa Postal 131 ao
Portal Berra Lobo, no Curso de Jornalismo – da UFG A revista Diários da Balbúrdia – uma pandemia literária é um Caderno Literário semanal, estritamente didático-pedagógico (e sem ns lucrativos) da disciplina Cibercultura, vinculada ao Portal Berra Lobo, no Curso de Jornalismo – da UFG
DIÁRIOS DA BALBÚRDIA DIÁRIOS DA BALBÚRDIA Uma pandemia literária
Uma literária Revista Laboratorial do pandemia Curso de Jornalismo Nº 01 | Ano 1 | Abril de 2021 | Goiânia-GO
Revista Laboratorial EXPEDIENTEdo Curso de Jornalismo
Nº 01 | Ano 1 | Abril de 2021 | Goiânia-GO Conselhos Editorial e de Redação Afonso Mendonça Teles de Carvalho, Agatha Castro Ramos, Amanda Caetano da Silva, Amanda Vieira da Silva Dutra, Ana Luiza de Abreu Silva, EXPEDIENTE Ana Luiza Peixoto da Silva, Ana Paula Ferreira Santos, Barbara Celine Silva Taques, Belvice Sthephine Ocseline Gangan, Davi Galvão Vieira, Eduarda Leite e Silva, Eduardo Augusto Bandeira de Araújo, Conselhos Erick Pires da Silva, Fabiane Monteiro Rebelo, Fernanda Aguiar Câmara, Editorial e de Redação Gabriella Camilly de Paiva Lima, Geandra Karla de Avelar Cortes, Geovanna Pires Oliveira, Giovana de Miranda Marcos, Silva, Vieira da Silva Dutra, Ana Luiza de Abreu Silva, Afonso Mendonça Teles de Carvalho, Agatha Castro Ramos, Amanda Caetano da Camargos, Heloiza Caus Portilho, Igor Rodrigues Chaves, Isabella Cristina Alves de Lima, Jayme Leno FerreiraAmanda Lopes João Henrick de Oliveira Ana LuizadosSantos, Peixoto daJoão Silva,Pedro Ana Paula Ferreira Santos, João Barbara Belvice João Paulo Soares Felix Ortiz Camargo, Rios Celine Bastos,Silva JoãoTaques, Victor de JesusSthephine Carvalho,Ocseline Jordam Gangan, Viana daDavi Silva,Galvão Vieira, Leite e Silva, Eduardo Augusto Bandeira Araújo, Erick Pires da Larissa Silva, Fabiane Monteiro Rebelo, Julia Andrade Eduarda dos Santos, Kefren Lutson Oliveira Macedo, Larissade Gonçalves de Oliveira, Rocha Nascimento, LavinyaFernanda da SilvaAguiar Santos,Câmara, Camilly de Paiva Lima, Geandra Karla de AvelarLucas Cortes, Geovanna Pires Oliveira, Giovana de Miranda Letícia de SouzaGabriella Fiuza, Letícia Silvestre Aquino, Luana Cardoso Mendonça, Gabriel Reis Tavares, Maria Fernanda Ribeiro Silva,Marcos, Heloiza Portilho, IgorMoreira Rodrigues Chaves, Isabella Cristina Alves de Lima, Jayme Leno Ferreira LopesPriscila João Henrick de da Oliveira Mariana Rosa NevesCaus Rocha, Matheus Alves Almeida Michely Moura Loures, Paloma do Amaral Gonçalves, de Fátima Silva, Camargos, João Paulo JoãoGomes Pedro Nunes, Felix Ortiz Camargo, RiosVitor Bastos, de Yanca Jesus Carvalho, Jordam da Viana da Silva, TaíssaSoares GracikdosSantos, Tomé, Thaline Victor Hugo dosJoão Santos, daJoão SilvaVictor Pereira, Cristina Marques Cruz, Renato Silveira Costa, Julia Andrade Santos,Rafaela KefrenFerreiraRocha, Lutson OliveiraLeôncio Macedo, Larissa de Oliveira, Lavinya da Silva Santos, Julia dos Barbosa, Silva Neto,Gonçalves Renato Silveira Costa, Larissa WillianRocha ViniciusNascimento, e Letícia de Souza Fiuza, Letícia Silvestre Luana Cardosoe Mendonça, Lucas Gabriel Reis Tavares, Maria Fernanda Ribeiro Silva, Nilton José dos Aquino, Reis Rocha (jornalista professor responsável) Mariana Rosa Neves Rocha, Matheus Moreira Alves Almeida Michely Moura Loures, Paloma do Amaral Gonçalves, Priscila de Fátima da Silva, Edição Geral (pré-edição e revisão) Renato Silveira Costa, Taíssa Gracik Tomé, Thaline Gomes Nunes, Victor Hugo dos Santos, Vitor da Silva Pereira, Yanca Cristina Marques da Cruz, Rafaela Rocha, Julia Júlia Barbosa, Gracik. Leôncio Silva N, Renato Silveira, Willian Vinicius e Nilton Rocha Barbosa, Taissa Rafaela FerreiraRocha, Leôncio Silva Neto, Renato Silveira Costa, Willian Vinicius e NiltonProposta José dosEditorial Reis Rocha (jornalista e professor responsável) e Gráca Geral (pré-edição e revisão) Leticia Silvestre, Edição Júlia Barbosa e Nilton Rocha Rafaela Rocha, Júlia Barbosa, Taissae Gracik. Leôncio Silva N, Renato Silveira, Willian Vinicius e Nilton Rocha Ilustração Editoração Eletrônica Proposta GrácaEduarda Leite, Fabiane Rebelo, Isabella Lima, Leticia Silvestre (coord.), Júlia Barbosa (apoio pedagógico), Ana Luiza Abreu, Editorial Gabriellae Paiva, João Victor, Leticia Fiuza eJúlia Mariana Rosae Nilton Rocha Leticia Silvestre, Barbosa Fotos e Editoração Eletrônica Ilustração Agatha(coord.), Castro, Júlia Ana Barbosa Luiza Peixoto, Paiva,Ana Isabella João Camargos, Letícia Silvestre Leticia Silvestre (apoioGabriella pedagógico), LuizaLima, Abreu, Gabriella Paiva, Eduarda Leite, Fabiane Rebelo, Isabella Lima, João Victor, Leticia Fiuza e Mariana Rosa Apoio Pedagógico (monitorias voluntárias e compartilhadas) Fotos Júlia Barbosa, Rafaela Rocha, Taissa Gracik, Leôncio Silva Neto, Renato Silveira Costa e Willian Vinicius Agatha Castro, Ana Luiza Peixoto, Gabriella Paiva, Isabella Lima, João Camargos, Letícia Silvestre Capa Apoio Pedagógico (monitorias voluntárias e compartilhadas) Leticia Silvestre Júlia Barbosa, Rafaela Rocha, TaissaRedação: Gracik, Leôncio Silva Neto, Renato Silveira Costa e Willian Vinicius • Formato remoto: rede mundial de computadores e tantas casas Capa e Capa contra-capa • Fora da pandemia: Laboratórios Integrados em Jornalismo Compartilhado Magnica Mundi Leticia Silvestre Faculdade de Informação e Comunicação, salas Redação: Campus II - UFG • Formato remoto:(62) rede3521-1097 mundial de computadores e tantas casas Telefone: • Fora da pandemia: Laboratórios Integrados em Jornalismo Compartilhado Magnica Mundi Faculdade de Informação e Comunicação, salas Berra Galo Vesgo Editorial/Portal Campus II - Lobo UFG Telefone: (62) 3521-1097 Galo Vesgo Editorial/Portal Berra Lobo
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*Foto: neblina no Campus Samambaia