A Única Esperança - ED 54

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ANO 10 | JAN/FEV | 14

www.maisdestaque.com.br

SORRISO FALSO A VIOLÊNCIA E O ABUSO DOMÉSTICO TAMBÉM EXISTEm EM LARES QUE SE DIZEM CRISTÃOS

DINHEIRO ELE NÃO TRAZ FELICIDADE, MAS SE BEM ADMINISTRADO, PODE TRAZER PAZ E SOSSEGO. APRENDA A CONTROLAR SEUS GANHOS

SAÚDE LIVRE-SE DAS DIETAS RÁPIDAS e APROVEITE O INÍCIO DO ANO PARA SE ALIMENTAR MELHOR

a única esperança descubra o real sentido da vida através do livro missionário que a Igreja Adventista do Sétimo Dia distribuirá este ano em toda a américa do sul

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Índice

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CAPA

A Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) distribuirá na América do Sul cerca de 20 milhões de exemplares do novo livro missionário “A Única Esperança”

10 ENTREVISTA

Clinton Valley fala sobre a Universidade do Sul do Caribe (USC)

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ESPECIAL Revista Mais Destaque festeja 10 anos de existência e reúne 800 pessoas durante comemoração

Seções 8 22 26 36 40 42

EDITORIAL Saúde APS Pé na Estrada APSO EVANGELISMO

66 FE

30 EDUCAÇÃO

“Roupão da Fé” busca resgatar exmembros da Igreja Adventista

Saúde mental, física e espiritual contribuem para o desenvolvimento

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ULB EMPRESARIAL CONTA CORRENTE PERFIL ESTILO profissão INFANTIL

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SEU DIREITO LOUVAI FIQUE POR DENTRO EVIDÊNCIAS aCONTECEU COMIGO rEFLEXÃO

Diretor Executivo: Marcelo Inácio, MTB 55.665/SP marcelo@seveneditora.com.br | Diretor Comercial: Rafael Sampaio comercial@seveneditora.com.br | Editor de Conteúdo: Vanessa Moraes redacao@seveneditora.com.br | Revisão: Mayra Silva | Direção de arte e Capa: Rogério Viola Junior arte@seveneditora.com.br | Assinaturas: Diones Rodrigues contato@seveneditora.com. br | Colaboradores: Emanuelle Sales, Jefferson Andrade, Wagner Almeida, Carlos Enoc Pollheim, Sérgio Rigoli, Reginaldo Nascimento Neto, Márcia Ebinger, Herbert Cleber, Karla Ehrenberg, Denison Moura e Comunicação APS, APSo e ULB.

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COMPORTAMENTO Mulheres também sofrem violência e abuso doméstico em lares que se dizem cristãos

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FALE COM A MAIS DESTAQUE (11) 3852-6404 | site: www.maisdestaque.com.br | e-mail: contato@seveneditora.com.br twitter: @maisdestaque | facebook.com/maisdestaque Tiragem: 15.000 exemplares

A Revista Mais Destaque é uma publicação da Seven Editora. “Os textos e opiniões dos autores subscritores dos artigos publicados nesta edição, não refletem necessariamente a opiniões dos editores, sendo de integral responsabilidade dos autores eventuais violações de direito de terceiros.”

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Editorial

Destaque-se

Mundo vazio Imagine como seria o mundo se não existisse nada após a morte. O ser humano viveria para satisfazer seus desejos, andaria nas ruas tomado pelo medo de ser atingido pela violência, torceria para chegar à velhice com saúde a fim de ver seus filhos e netos crescerem e, quando a morte chegasse, seria como se ele nunca tivesse existido. A Bíblia deixa clara a situação dos mortos. “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma...” (Eclesiastes 9:5). Como seria triste passar por este mundo com tanta rapidez e saber que não existe nada além dele. Mas não é bem assim. A vida nesta Terra não é nada mais que uma passagem, um intervalo. Sim, existe algo além da morte. Embora muitos estejam cegos pelo pecado e não acreditem nisso, a morte não é o fim de tudo. O próprio Napoleão Bonaparte disse que “a morte é um sono sem sonhos”. Na Bíblia, Jesus também compara a morte com o sono. À noite, quando você se deita para dormir, espera acordar no outro dia. Quem morre com a esperança de que existe algo além do último suspiro também espera acordar para algo melhor. Algumas denominações pregam que, após morrer, pessoas vão para o céu, para o inferno ou perambulam pela Terra em forma de espíritos. São tantas teorias, mas nenhuma delas encontra fundamento bíblico. Jesus prometeu um mundo novo, restaurado e sem pecado. Sua morte na cruz revela que existe uma única esperança para o ser humano, a esperança de ser salvo e de viver nesse mundo perfeito por toda a eternidade. E esse novo tempo não nasce em datas diferentes, ou seja, assim que cada ser humano morre. Ele nascerá de uma só vez para todos os que aceitaram a Jesus. Viver com esperança. Assim é bem melhor. Na matéria de capa desta edição você vai descobrir mais sobre esse assunto com o projeto “Impacto Esperança”, promovido pela Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD). Saiba como ter essa esperança em sua vida, compartilhe-a e conheça histórias de pessoas que foram transformadas por ela. Que Deus te abençoe e te ajude a proclamar ao mundo que ainda existe uma única esperança. Boa leitura!

ANO 09 | Nº 53 | NOV/DEZ | 13

Creio que a Mais Destaque traz informações confiáveis e de uma clareza agradável para mim. Gosto dos artigos com analogias e títulos atrativos, e isso é o que a Mais Destaque, na minha opinião, tem de melhor. Estêvão Roberto, analista contábil

Na edição 53, gostei muito da entrevista com o Ricardo Pereira, do Jornal Nacional. Ele me inspirou para continuar seguindo meu sonho de ser jornalista e deu dicas importantes para a carreira. Isabela Andrade, estudante de jornalismo

A revista Mais Destaque tem crescido bastante. Vejo muito progresso nas edições, desde a primeira que eu li. As matérias estão muito interessantes e fico sempre curiosa para saber o que está por vir. Raquel Dasan, estudante de tradutor e intérprete

Sobre a matéria de capa da última edição, achei legal a abordagem sobre as crises com a opinião pública. A gente nunca sabe o que pode acontecer ao nosso redor, e estar informado é importante para saber lidar com as situações. Henrique Bastos, gerente de sistemas

A seção evidências da edição 53 sempre é interessante, mas desta vez achei mais ainda. Eu não sabia que Cristo escolheu apenas 11 discípulos e que Judas se ofereceu para ser seguidor dEle. Parabéns à MD por divulgar conteúdos tão ricos. Elenice Franca, dona de casa

ROGÉRIO VIOLA JR.

Marcelo Inácio

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Entrevista “Como um líder na causa de Deus, é importante encontrar tempo para cultivar a própria espiritualidade. Nada pode interferir o meu tempo com Deus”

Clinton Valley

Educar para transformar Estudar fora do Brasil permite a experiência de viver em uma sociedade global diversificada Por Vanessa Moraes | Tradução: Sérgio Rigoli e Vanessa Moraes

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ormado em Teologia e com MBA em Liderança Educacional, Clinton A. Valley, 59, é presidente da Universidade do Sul do Caribe (USC). Natural de West Indies, República de Trindade e Tobago (Mar do Caribe), Valley assumiu a presidência da instituição em janeiro de 2012. Durante sua vida, foi evangelista e diretor de várias instituições acadêmicas nos Estados Unidos, como escolas e faculdades. Entre os três livros que já escreveu está “Socorro, estão me seguindo”, publicado em português pela Casa Publicadora Brasileira (CPB). Valley é casado com Martha e tem um casal de filhos, Clintelle e Clinson. Ler, viajar e praticar esportes são suas atividades preferidas. A comida que mais aprecia é o doubles, uma espécie de massa com tempero de grão de bico 10

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bastante popular que é preparada nas ruas de Trindade e Tobago. Valley pretende estabelecer uma parceria com as igrejas do Brasil para criar o Centro de Treinamento de Missionários Globais. Sua intenção é assistir e treinar brasileiros para que se tornem missionários em outros países. Enquanto o sonho não se realiza, o líder fala sobre o funcionamento da USC, a educação adventista no Brasil e comenta sua vida pessoal. O senhor desenvolve muitas atividades no dia a dia. Mesmo assim, consegue separar um tempo para dedicar à família? Felizmente nossas “crianças” já são casadas e vivem por conta própria. Minha esposa também tem uma

carreira movimentada como professora auxiliar de educação especial. No entanto, podemos garantir um tempo, pelo menos uma vez por semana, para fazer algo juntos, que vá além das refeições noturnas. Em suas horas livres, o que você gosta de fazer? Não tenho muito tempo livre, mas quando consigo algum, faço um dos meus passatempos, como ler um bom livro ou revista e praticar esportes.

Como você concilia espiritualidade com trabalho, família e vida social? Como um líder na causa de Deus, é importante encontrar tempo para cultivar a própria espiritualidade. Gosto de passar as primeiras horas do dia em devoção e as noites de sexta-feira são um momento especial de reflexão e oração. Nada pode interferir o meu tempo com Deus nesses períodos.

Qual é o seu maior sonho? Fazer da USC o melhor ambiente para o crescimento espiritual e excelência acadêmica na Igreja mundial, além de construir uma comunidade diversificada de alunos.

A USC defende que a verdadeira educação é o desenvolvimento harmonioso entre cabeça, coração e mãos. De que maneira isso é trabalhado nos alunos? Temos um núcleo muito satisfeito de estudantes que acreditam que a USC atende suas necessidades. A educação que a universidade oferece traz essa harmonia através dos conteúdos ensinados em sala de aula e a estrutura do IMAGEM: USC





Entrevista

Tenho o desejo de servir a Deus com fidelidade e usar o meu escritório para o avanço do Seu reino” campus. Temos trabalhado para que ela seja a melhor possível. Desta forma, a USC caminha para além da excelência em seus serviços, o que traz essa harmonia na educação.

Qual é a importância da diversidade cultural da USC? Nossa universidade é um lar de estudantes que vêm de mais de 40 países. Para mim, essa diversidade é uma antecipação do céu. Precisamos preparar os alunos para viverem em uma sociedade global diversificada em termos de língua, cultura e herança adventista.

A USC desenvolve projetos sociais? Sim. Estamos envolvidos em nossas comunidades com projetos que beneficiam os menos favorecidos. Esses projetos envolvem ajuda em momentos de calamidades, por exemplo. Um outro projeto que acabamos de desenvolver foi um centro de prevenção de drogas, que já está funcionando no campus.

Como você enxerga a educação adventista em outras universidades, como as do Brasil? Estou muito impressionado com o que vejo no Unasp, por exemplo. Tive o privilégio de visitar os três campi e confesso que os padrões de estrutura, principalmente, são muito altos. Gostaria de ver como vivem os alunos no campus, cercados de tantos serviços de qualidade, tecnologias e facilidades, que são elementos encantadores. Através destas observações, percebo que podemos aprender muito com o Unasp. A USC tem alguma meta a média ou longo prazo? Temos um plano de cinco anos estratégicos que abrange o desenvolvimento em cinco áreas da nossa vida e da vida de nossos alunos. São eles: o desenvolvimento do caráter, currículo, comunitário, do campus e de capacidades. Atingir esses cinco elementos é a nossa meta.

Em sua opinião, o que faz os alunos deixarem seu país, como Brasil ou Estados Unidos, para estudar na USC? Nossa universidade é um ambiente acolhedor e simpático. Além disso, é mais acessível do que viajar para os Estados Unidos ou Inglaterra. Destaco um terceiro ponto: está perto do Brasil, o que permite viagens de volta para casa para passar o Natal. Também existe a oportunidade de viajar para Trindade e Tobago ou Caribe, pois esses lugares possuem praias encantadoras. O mais importante é que temos um agente brasileiro que cuida do aluno e de seus pais, de modo que qualquer problema pode ser facilmente resolvido chamando alguém no Brasil. 14

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Deixe uma mensagem para os leitores da MD. Tenho o desejo de servir a Deus com fidelidade e usar o meu escritório para o avanço do Seu reino. Cada aluno precisa ser transformado pela imagem de Deus e precisamos ajudá-los a experimentar essa transformação. Tal desafio me incentiva muito e espero que incentive também a vida de cada seguidor de Cristo. IMAGEM: USC



Especial

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ão dez anos de lutas, alegrias, vitórias e conquistas. Dez anos levando “a Palavra que importa” ao público leitor. A revista Mais Destaque nasceu para disseminar o evangelho, discutir temas atuais e promover crescimento e enriquecimento espiritual. Tanto sucesso só pode ser atribuído ao dono desse ministério: Deus. E em gratidão a tudo o que Ele tem feito, a Mais Destaque comemorou, no dia 23 de novembro de 2013, mais um ano de existência, com uma festa que reuniu aproximadamente 800 pessoas na Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) de Vila Maria, zona norte de São Paulo. O evento foi dividido em dois momentos. Pela manhã, o culto de ação de graças foi ministrado pelo pastor Erton Köhler, presidente sul-americano da Igreja Adventista. Em sua mensagem espiritual, o líder destacou a importância das publicações impressas para a disseminação do evangelho. “Para nós, a Mais Destaque é uma ferramenta que está chegan1) Daniel Lüdtke durante apresentação | 2) Equipe da Seven Editora recebe palavras de incentivo do pastor Erton Köhler | 3) Marcelo Inácio, Diones Rodrigues, pastor Erton Köhler, Vanessa Moraes, Rogério Viola Junior e Rafael Sampaio, equipe da Seven Editora

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Mais Destaq

dez anos

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IMAGENS: Valter Campanato/ABr


A revista Mais Destaque nasceu para disseminar o evangelho, discutir temas atuais e promover crescimento e enriquecimento espiritual

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que comemora os de existência 3

Evento reuniu cerca de 800 pessoas em São Paulo e contou com a participação do presidente sul-americano da Igreja Adventista Por Vanessa Moraes

do cada vez mais perto do membro. Ela funciona como braços da Igreja para levar informação, promover programas e gerar unidade, pois leva notícias de um lugar para o outro e os membros podem sentir que não são ilhas onde estão”, disse Köhler durante entrevista. Outras participações especiais também marcaram o culto da manhã, como a do pastor Erlo Braun, presidente da Associação Paulista Leste (APL), que agradeceu em público a parceria da Mais Destaque com a Igreja Adventista, e o quarteto Ministério Jasd, que apresentou mensagens musicais. Para Rodolfo Gomes, membro do quarteto há quatro anos, a revista é especial porque divulga não apenas os princípios bíblicos, mas também os cantores que, através da música, falam de Jesus. “Sempre participamos dos eventos da revista e é bem bacana quando vamos nos apresentar e alguém fala: ‘eu te conheço de algum lugar!’ Houve uma situação em que a pessoa abriu um exemplar da Mais Destaque e disse: ‘eu sabia que te conhecia, eu já vi o quarteto de vocês’. Isso é bem gratificante”, conta. Música e adoração

No período da tarde, o público pôde conhecer mais sobre a história da revista através de um vídeo institucional e de entrevistas realizadas com os sócios Marcelo Inácio e Rafael Sampaio, diretores executivo e comercial da Mais Destaque, respectivamente. Além disso, o público infantil não ficou de fora. O grupo Arteviva já tem 12 anos de estrada e utiliza a linguagem lúdica de bonecos para ensinar, orientar e apresentar informações culturais. Durante a programação, eles usaram o dom da interpretação para contar a história de um casal de idosos, no sofá de casa, que refletia sobre as perdas e os ganhos REVISTA MAIS DESTAQUE

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Especial “A Mais Destaque poderia ser apenas um negócio, mas o bonito de ver é que a revista dá ênfase ao poder de Deus, dá destaque àquilo que interessa, que é significativo”

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7 da vida. Em tom humorado, o grupo evidenciou a condição do consumo e o desperdício de tempo das pessoas diante das futilidades. O tema chamou a atenção do público. A cantora Cynthia Nascimento prestigiou o evento ao lado do marido e do filho recém-nascido e gostou do que viu. “Foi maravilhoso. Até o meu filhinho de dois meses apreciou a história apresentada pelo Arteviva”, afirmou. Segundo Luiz Gesini, diretor do grupo, é sempre uma satisfação participar dos eventos promovidos pela Mais Destaque. “Por dois motivos: o primeiro porque somos amigos da revista, temos uma história juntos, um caminho de lutas e vitórias semelhante. O segundo é porque temos a oportunidade de mostrar que o grupo também utiliza essa linguagem para trazer reflexões sobre a nossa condição humana, nossos desejos, emoções e a esperança de ver Jesus voltar.” Para enriquecer ainda mais a programação, o cantor Daniel Lüdtke subiu ao palco e convidou o público para cantar junto com ele. Entre as oito canções apresentadas, cantou “Eu te escolhi”, “Josué 1”, “Tua direita” e “Confissão”. “Toda comemoração de aniversário tem que ter música. É um momento de gratidão a Deus, e para agradecer tem que ter adoração e louvor. Minhas músicas, de maneira especial, eu só consigo cantar se as pessoas cantarem junto. E foi muito bom. A gente sente realmente a presença de Deus quando todos cantam unidos no mesmo propósito de adorá-Lo. Com certeza foi maravilhoso. Na última música, ‘Caminho entre as águas’, todo mundo estava emocionado, cantando de coração. Foi especial de verdade”, garantiu Lüdtke. A apresentadora Darleide Alves, da TV Novo Tempo, e seu esposo Jota Washington também participaram da programação. O casal fez uma rápida entrevista com Marcelo Inácio e Rafael Sampaio a respeito do futuro da revista Mais Destaque. “O Marcelo plantou, o Rafael regou, mas foi Deus que fez crescer”, comentou Washington no final do evento. Para Darleide, o ministério da revista é uma de18

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17 1) Rafael Sampaio, pastor Arno Köhler, pastor Erton Köhler e Marcelo Inácio | 2) Marcelo Inácio e Vanderlúcio Ribeiro| 3) Pastor Erlo Braun | 4) Ivo Klinger e família | 5) Samuel Lima | 6) Quarteto Ministério Jasd | 7) Marcelo Inácio e família | 8) Marcelo Inácio, pastor Antonio Tostes, Rafael Sampaio e Siloé Almeida | 9) Getúlio Rocha e esposa | 10) Daniel Lüdtke | 11) Mário Flávio | 12) Clóvis Costa | 13) Emerson Köhler | 14) Wander Faria e Rafael Sampaio | 15) Silvio Santana e esposa | 16) Sérgio Gonçalves e família | 17) Grupo Arteviva| 18) Pastor Erton Köhler | 19) Douglas Perez e família | 20) Darleide Alves e Jota Washington | 21) Willian Jordão e família

IMAGENS: EQUIPE SEVEN EDITORA

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Depoimentos 5

Assisti a programação de dez anos da Mais Destaque e achei demais! Pudemos conhecer um pouco mais do céu através dela. Gostei das canções, dos louvores e da maneira espiritual com a qual Deus foi adorado. Sempre achei a Mais Destaque uma estratégia de comunicação, uma maneira inteligente de ficarmos informados sobre tudo o que acontece na Igreja e no mundo. Parabéns à equipe pelo belo trabalho.

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Tiago Castilho, psicólogo

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Sou um leitor assíduo da Mais Destaque e acho a revista excelente. Tem artigos muito bons e bem selecionados. Quero dar os parabéns porque vocês estão fazendo um maravilhoso trabalho propagando também a Igreja Adventista e a mensagem de Deus. É um meio fantástico de pregação, porque aonde a nossa literatura adventista não pode ir, ela chega, ou seja, está contribuindo para o encerramento da obra de Deus neste mundo. Arno Köhler, pastor aposentado Na programação de novembro, vi na presença e participação do público que a revista é muito apreciada pelos leitores. Todos estavam desejosos de comemorar os dez anos da Mais Destaque. As pessoas precisam de meios para buscar informação e boas notícias. Essa revista é mais que um bom veículo de comunicação, é um ponto de encontro. Nela o público também encontra produtos e serviços de qualidade, anunciados pelos patrocinadores.

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Siloé Almeida, jornalista e consultor

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O evento foi ótimo. Parabéns para a revista. Acredito que menos de 80% das empresas no Brasil atingem a marca de dez anos. Competência com feliz e reconhecida bênção. Faço votos para que continue nesse caminho de crescimento e informação de qualidade. A Igreja Adventista, os membros e interessados, revista e anunciantes, todos só temos a ganhar, porque todos temos um só propósito que é a vitória final, ver Cristo voltar.

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Wander Faria, diretor da Flytour

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Especial dicação exclusiva ao serviço de Deus. “A Mais Destaque poderia ser apenas um negócio, em que, semanalmente, fazem-se contatos com clientes e tem-se como retorno a parte financeira, mas, o bonito de ver, é que a revista dá ênfase ao poder de Deus, o que a leva ao sucesso. Como o nome já diz, ela dá destaque àquilo que interessa, que é significativo para cada um de nós”, analisou. O diretor geral da Rede Novo Tempo de Comunicação, pastor Antonio Tostes, também prestigiou a comemoração. Ele dirigiu algumas palavras ao público e aos diretores da revista e, em seguida, o pastor Edilson Valiante, líder ministerial da União Central Brasileira (UCB), fez uma oração intercessória pelos colaboradores da Mais Destaque, como anunciantes, parceiros e leitores. De acordo com Tostes, a festa foi bonita, um reconhecimento justo ao trabalho realizado nos últimos dez anos. “Fiquei feliz de ver a igreja repleta de pessoas e ver articulistas e anunciantes participarem do programa. Isso é uma demonstração de que nós estamos felizes com o trabalho da Mais Destaque. A presença de tantas pessoas é uma demonstração de carinho, consideração e agradecimento a esse ministério”, elogiou o líder.

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as pela bela a Maison de Idei es pr em à os m ce você Agrade 10 anos da MD. Se de rio sá er iv an decoração no contato pelos serviço, entre em se es r ta ra nt co deseja 6991 ou pelo 3-8492/ 96645telefones (11) 9844 .br aisondeideias.com e-mail contato@m

Peculiaridade

Segundo Marcelo Inácio, diretor executivo da revista, o evento trouxe uma característica exclusiva em relação às comemorações anteriores. “Tivemos a oportunidade de contar a história da Mais Destaque e a participação do pastor Köhler. Acredito que atingimos o nosso objetivo. Tive um retorno do público e a maioria das pessoas me disse ter apreciado a espiritualidade que as envolveu. Outras ficaram muito felizes por saberem como a revista nasceu e como foi sua trajetória até aqui.” Rafael Sampaio, diretor comercial, concorda com Inácio e acrescenta que a melhor emoção esteve no momento em que olhou nos olhos das pessoas. “Vi muita alegria, contentamento, felicidade e carinho por esse trabalho. Se nós, como revista, através desse pequeno evento, alcançamos o coração das pessoas de uma forma carinhosa, é porque não fomos nós que fizemos, foi Deus”, disse. Quando questionado sobre quantos aniversários institucionais ainda deseja comemorar, Sampaio declarou: “Se for da vontade de Deus, vamos comemorar mais mil aniversários, mas se for da minha vontade, quero que Jesus volte amanhã.” Inácio revela que seu maior desejo para a Mais Destaque é manter os mesmos princípios que Deus colocou em seu coração antes de iniciar o ministério, isto é, poder levar a mensagem para pessoas que não conhecem o amor de Deus e fortalecer a fé daquelas que já O conhecem. “Outro ponto é manter os princípios da Igreja e destacar realmente ‘a Palavra que importa’, a Bíblia. Se Deus desejar que a revista possa crescer ainda mais, tenho certeza de que outras pessoas serão salvas e, assim, abreviaremos a volta dEle”, finaliza. 20

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IMAGENS: EQUIPE SEVEN EDITORA


Universidade Argentina “Estamos convencidos dos valores cristãos que a UAP promove em seus alunos, por isso, fizemos tudo o que esteve ao nosso alcance para que nossa filha se formasse lá. O resultado foi maravilhoso: uma experiência missionária que transformou a vida de Priscila. Hoje, vemos uma jovem com grande firmeza espiritual, disposta a difundir a palavra do Senhor em qualquer lugar que Ele a envie.” Julio (62), comerciante, e Ana (62), do lar. Pais de Priscila, estudante do 5º ano de teologia e missionária no Egito.

Nos últimos anos, a UAP tem impulsionado a formação de mais de 2000 alunos missionários e cerca de 300 trabalhadores voluntários, que deixaram sua marca em 45 países.

Seu filho pode ser um deles. Seu sonho está mais perto do que você pensa. Fale com a gente!

Veja o testemunho completo em

/UAPArgentina

uap.edu.ar - informes@uap.edu.ar - libertador san martín (Puiggari), entre ríos. argentina.


Saúde

Ano novo, dieta ali Dietas rápidas representam perigo à saúde. Troque-as por bons hábitos alimentares e usufrua o emagrecimento saudável Por Vanessa Moraes

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arriga seca e corpo esbelto. Esse é o sonho de milhares de brasileiros que caem de cabeça nas dietas rápidas ou milagrosas em busca do físico perfeito para desfilar nas praias durante o verão, no final do ano. As dietas rápidas prometem efeitos imediatos para emagrecer. Tal ideia combina com a sociedade em que o ser humano vive hoje: imediatista, quer tudo para agora e sem grandes esforços. Porém, os resultados nem sempre são satisfatórios. Em agosto do ano passado, um levantamento realizado pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), um órgão do Ministério da Saúde, apontou que 51% dos brasileiros estão acima do peso. Tais dados refletem a vida sedentária das pessoas, que devido à correria diária, não se alimentam adequadamente e, como consequência, ganham mais chances de desenvolver doenças graves, como problemas cardíacos. É nesta cena que as dietas rápidas entram como solução.

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Talvez você já tenha ouvido falar sobre a dieta dos pontos, dos shakes, do limão, dos três dias, da lua, da sopa, entre outras. A lista é bastante longa. De acordo com uma pesquisa divulgada no final de 2007 (dados mais recentes) pelo Instituto Synovate e pelo Hospital do Coração de São Paulo, pelo menos dez milhões de brasileiros fazem dieta. Segundo a nutricionista Ana Cecília Nunes da Silva, do Hospital Anchieta, esse número aumenta principalmente no final do ano. “As pessoas buscam emagrecer para curtir melhor as praias e as piscinas. Isso faz com que elas corram atrás do tempo perdido e recorram a dietas extremamente rápidas, as quais, na maioria das vezes, não são adequadas. Entre tantos mitos e especulações, há uma verdade: essas fórmulas mágicas podem fazer muito mal à saúde”, alerta. Adriana Ribas é personal health (serviço especializado que promove melhoria na qualidade de vida por meio da mudança nos hábitos alimentares) e afirma que, geralmente, as dietas rápidas têm o valor energético e nutritivo reduzidos. “A imunidade do organismo cai, provocando anemia, irritação, problemas estomacais, além de outros malefícios”, diz. A nutricionista Ana Cecília concorda com Adriana e acrescenta que fadiga, tonturas, dores de cabeça, ansiedade, depressão e compulsão alimentar são outras consequências desencadeadas por tais dietas. Outros danos podem ser irreversíveis, como a esterilidade. Gordura e massa muscular

“Emagrecer e perder peso não são a mesma coisa”, acentua Ana Cecília. Ela comenta que uma pessoa pode ver o peso diminuir na balança sem, de fato, emagrecer, assim como pode perder medidas, sentir as roupas ficarem mais largas e continuar com o mesmo peso. “Isso acontece porque, ao perder peso, há apenas redução da massa corporal total e, ao emagrecer, diminui-se o volume de gordura corporal, ou seja, a massa magra, composta de músculos e ossos, mantém-se ou aumenta. Como as fibras musculares pesam mais e ocupam menos espaço do que a gordura, a primeira diferença é a redução de medidas”, analisa. A personal Adriana também lembra que é importante evitar a perda de massa muscular, pois, assim, evita-se também a flacidez e as gorduras localizadas. O cientista e biomédico Augusto Vinholis, autor do livro “A dieta ideal”, explica que quando uma pessoa perde massa IMAGENS: CANSTOCKPHOTO


alimentação nova Quando utilizados de maneira correta, os sheiks se tornam aliados à saúde. Caso contrário, transformam-se em inimigos

muscular é porque deixou de ingerir alimentos que, absorvidos pelo fígado, contribuem para a formação de músculos fortes, como as proteínas e os aminoácidos naturais provenientes dos alimentos frescos e saudáveis. Sheiks

Seja para perder gordura ou massa muscular, o fato é que, para emagrecer rapidamente, fechar a boca não basta. Aliados às perigosas dietas milagrosas, os famosos sheiks funcionam como suplemento alimentar e até mesmo substituem refeições. Quando utilizados de maneira correta, orientados por um profissional, os sheiks se tornam aliados à saúde. Caso contrário, transformam-se em inimigos. Segundo Vinholis, os sheiks de boa origem são nutritivos e ajudam a emagrecer, mas é necessário complementar com alimentos crus e saudáveis. “E orgânicos, se possível”, orienta. Ana Cecília diz que as versões caseiras de sheik são mais saudáveis. “Porém, mesmo assim, jamais devem substituir refeições, mas atuar como complemento. Apenas isso”, adverte a nutricionista. Beleza externa

Entre sheiks e dietas, Gustavo Carvalho, conhecido como GuuhGreen, já fez loucuras para emagrecer rapidamente. Ele é personal bealty (serviço especializado que auxilia pessoas a repaginarem o visual com dicas de moda e beleza) e diz que já passou uma semana inteira à base de sheiks e barras de

cereais. “Não indico isso para ninguém”, admite. O jovem gosta de ter um corpo bonito porque acredita que a aparência física é indispensável na sociedade atual, onde o culto ao corpo impregna a mente de milhões de pessoas. “Sou estilista e não sou a favor da ‘ditadura’ da magreza, mas acredito na beleza da pessoa magra. Além disso, a saúde é um dos fatores principais, pois quando a pessoa está acima do peso, pode adquirir uma infinidade de doenças.” As dietas rápidas são capazes de trazer mais malefícios do que benefícios. GuuhGreen afirma que já fez dietas bruscas que o ajudaram a perder peso rapidamente, mas, ao mesmo tempo, o deixaram fraco. “As dietas mal formuladas podem levar à desnutrição, além de causar o ‘efeito sanfona’, fazendo com que a pessoa engorde rapidamente tudo o que emagreceu”, aponta o personal.

Questão de saúde

A jornalista Hulda Rode também queria emagrecer. Mas não por causa da estética. Sua preocupação era apenas uma: a saúde. As dietas não foram suficientes, a academia não trazia resultados satisfatórios e a aulas de hidroginástica não faziam nenhum efeito. Hulda conta que foi obesa durante toda a sua infância e adolescência. Após atingir 120 quilos, em 2009, buscou ajuda profissional para fazer uma cirurgia bariátrica (de redução do estômago). Ela fez acompanhamento médico, passou por avaliações, seguiu prescrições e precisou perder dez quilos antes da cirurgia. No dia 23 de março de 2010, Hulda passou pelos procedimentos cirúrgicos. Hoje, quase quatro anos depois, reduziu 58 quilos. “Tudo mudou. Tive a perspectiva de viver um pouco mais. Tornei-me referência para as pessoas, mostrando que podemos mudar, e que isso implica em abrir mão de algumas coisas. No meu caso foi a comida. Hoje noto que sou uma pessoa diferente. Além disso, ganhei um novo corpo, uma nova vida”, relata a jornalista. Hoje, pesando 62 quilos, Hulda diz que a melhor forma de emagrecer é fazer uma reeducação alimentar e praticar exerREVISTA MAIS DESTAQUE

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Saúde

Com 58 quilos a menos, Hulda Rode diz que os exercícios e a reeducação alimentar são as melhores formas de emagrecer

ANTES

cícios. “Faço atividades físicas e tenho uma alimentação balanceada. De vez em quando como alguns doces, mas fico com a consciência pesada (risos)”, confessa. O biomédico Augusto Vinholis explica que é necessária a conscientização de que a saúde não pode ser encarada como uma preocupação temporária, mas sim diária. “Se a pessoa entender que durante todos os dias é necessário se preocupar e investir na saúde, ao longo do tempo perceberá que valeu a pena. Na terceira idade colherá os frutos desse investimento.” Para emagrecer com saúde, a personal health Adriana Ribas dá algumas dicas. Além da reeducação alimentar, é sensato não ficar sem comer por muito tempo, beber bastante água

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REVISTA MAIS DESTAQUE

DEPOIS

e ter força de vontade para cortar frituras, guloseimas, refrigerantes e diminuir o consumo de produtos industrializados. “Assim haverá mudança nos hábitos alimentares. É um processo profundo, em que os resultados acontecem em médio prazo, mas de maneira segura, eficaz e duradoura”, esclarece. A lei é apenas uma: para emagrecer com saúde é preciso alimentar-se equilibradamente e fazer exercícios físicos. Não existe outra saída. Portanto, em vez de esperar o final do ano chegar para recorrer a dietas rápidas, experimente adotar novos hábitos alimentares agora. Não apenas para ficar magro, mas para cuidar da sua saúde. O ano está apenas começando. Aproveite!

IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL


Cevisa


APS

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Associação Paulista Sul define projetos para 2014 Ações evangelísticas mobilizarão grandes centros urbanos Por pastor Carlos Enoc Pollheim

O

ano de 2013 foi marcado como aquele em que a Igreja Adventista trabalhou na evangelização das Grandes Cidades como nunca antes, em todo o mundo. A Associação Paulista Sul (APS) fez parte desse programa, e, como resultado, foram registrados mais de 3,2 mil batismos em 2013. Já este ano, enquanto milhões de pessoas vibram com a Copa do Mundo, a Igreja Adventista continuará evangelizando as Grandes Cidades e distribuirá gratuitamente o livro “A Única Esperança”. A campanha para 2014, no território da APS, está construída em três fundamentos: comunhão, relacionamento e missão (CRM). No aspecto comunhão, as ações auxiliarão quem busca maior proximidade com Jesus. Para esse trabalho existem pelo menos três ênfases. São elas: ir à presença de Deus na primeira hora do dia, o estudo diário da Lição da Escola Sabatina e a frequência e o envolvimento dos membros nos cultos. No âmbito do relacionamento, existem os Pequenos Grupos ou grupos de amigos. O que se busca é uma interação maior dos membros entre si e com seus amigos. Cada um deles pode formar em casa, com amigos e vizinhos, um Pequeno Grupo de seis a oito pessoas para estudar a Bíblia, dividir ex-

periências e orar. É uma estrutura simples, mas eficiente para o fortalecimento da fé e das amizades evangelísticas. Além disso, entre os dias 2 de agosto e 1º de novembro, acontecerá o projeto “Igreja Família”. Nesse período, todas as famílias e membros da igreja serão visitados e visitarão. No sábado, 1º de novembro, começando no pôr do sol da sextafeira, acontecerá a celebração desse projeto. Serão 24 horas de programação. Parte dela ocorrerá nas casas dos membros, sendo a abertura e o encerramento na igreja. Haverá corrente de oração, música, estudo da Bíblia, testemunhos e batismos. O ano será marcado também por uma série de ações sociais que as igrejas podem desenvolver. Para auxiliar na decisão de quais projetos serão trabalhados, foi elaborado um manual de orientações. O terceiro fundamento trata-se da missão. Ela será cumprida no momento em que a mensagem de salvação for apresentada às pessoas, por meio de séries evangelísticas bem planejadas e executadas, Classes Bíblicas, Estudos Bíblicos, Duplas Missionárias, entre outras ações. Além dessas atividades, outros eventos foram planejados para que 2014 seja um ano feliz, produtivo e abençoado.

Calendário da APS para 2014 Janeiro 01 - 30

Escola Cristã de Férias

Março

27

Início dos cursos no ECOE

08

Escola de Saúde

09

Lançamento do projeto “Sonhando Alto”

Fevereiro

26

02 03

Início da Escola de Música (EMUSICO) Início do EREM

15

Início da Escola de Evangelistas

22

Feira Missionária

13 - 22

Programa 10 Dias de Oração e Jejum

Abril

15 - 21

Semana de Mordomia Cristã

12

Escola de Saúde

22

10 horas de Jejum e Oração

13 - 20

Semana Santa

28 - 4/03

Retiro Espiritual de Verão

16

Dia do Desbravador

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APS

INFORME PUBLICITÁRIO

Maio

Agosto

Final de Semana da Família 09 - 11 10

Escola de Saúde

17

Reunião de Diáconos (Diaconisas) Vale do Ribeira

24

Reunião de Diáconos (Diaconisas) São Paulo

02

Feira Missionária

09

Escola de Saúde Encontro de Anciãos e Esposas (Vale do Ribeira)

16 23

Impacto Esperança 31

24

Junho

Encontro de Anciãos e Esposas (São Paulo) Projeto “Quebrando o Silêncio” Congresso para Adolescentes (São Paulo)

01

Encontro de Meninas

Setembro

14

Escola de Saúde

05 - 07

19 - 22

Acampamento Jovem (CATRE – São Paulo)

Aventuri (CATRE – São Paulo) Encontro de Casais da APS Escola de Saúde

21

Dia do Ancião

13 19 - 21

22

Encontro de Mulheres (Unasp campus São Paulo)

26 - 28

Congresso da Mulher

Encontro de Secretaria (CATRE – São Paulo)

Outubro

Julho 01 - 31

Projeto Missão Calebe Escola Cristã de Férias

05

Dia Mundial da Alegria

06

Congresso para Adolescentes (Vale do Ribeira)

16 - 26 19 26 - 27

Semana de Oração Jovem

10 - 14

Caravana (pastor Luís Gonçalves)

11 18 25

Escola de Saúde Dia da Saúde Dia do Pastor

Novembro

Dia do Jovem Adventista Reencontro

08

Escola de Saúde Dia do Espírito de Profecia

29 - 30

Grande Batismo da Colheita

Dezembro

Trimestrais - Cidades

28

08

Ordenação pastoral

13

Encontro Mutirão de Natal

09/03

RE (SP)

23/03

SP

09/05

SP

15/06

RE (SP)

01/02

RE (SP)

14/09

SP

08/02

UNASP

21/11

SP

09/02

UNASP

30/11

RE (SP)

15/02

UNASP

erois

Curso para noivos 16/03

SP

27/04

RE (SP)

25/05

SP

27/06

RE (SP)

RE - REGISTRO (SÃO PAULO) | SP - SÃO PAULO

28/09

SP

UNASP - UNASP CAMPUS SÃO PAULO

07/12

SP

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Educação

De bem com a vida Saúde mental, física e espiritual ajudam a alcançar a plenitude da educação e do desenvolvimento humano Por Jefferson Andrade, diretor do Instituto Petropolitano Adventista de Ensino (IPAE)

C

erta vez, Mahatma Gandhi (1869-1948), líder do movimento de independência indiana, disse: “um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível”. Apesar de uma frase pequena, está repleta de verdades. Uma das interpretações que tal frase ganha pode ser a seguinte: a educação, o desenvolvimento pessoal e o crescimento profissional não podem ser alcançados se você não estiver bem em todas as áreas da vida. O processo educacional, da infância à fase adulta, precisa alcançar todos os níveis do desenvolvimento humano. Quando as diversas religiões e filosofias do mundo são analisadas, percebe-se que a grande maioria afirma que o desenvolvimento saudável do ser humano passa por estas quatro dimensões: física, intelectual, social e espiritual. É um conjunto de crescimento que não para nunca.

Há pessoas que gastam energia, tempo e dinheiro em suas tarefas, mas frequentemente dizem que se sentem frustradas, desanimadas, sozinhas, estão sempre ocupadas, mas não veem as atividades se desenrolando, não fazem diferença no mundo e não se sentem úteis no trabalho, em casa e na igreja, isto é, são infelizes. Existe uma razão para esses sentimentos. Elas não estão buscando o seu desenvolvimento total ou integral. A negligenciada educação plena e a compreensão da natureza humana e de suas necessidades têm levado muitos à desmotivação e ao fracasso. Toda pessoa é fruto das suas escolhas. A felicidade só pode ser alcançada quando se escolhe viver a vida em sua plenitude, ou seja, ampliar o intelecto, desenvolver a capacidade de relacionamentos saudáveis, apresentar bom condicionamento físico para as pressões do dia a dia e ter a paz que somente a ligação com Deus pode oferecer. Escolher viver assim é uma decisão que cada pessoa deve fazer.

A negligenciada educação plena e a compreensão da natureza humana e de suas necessidades têm levado muitos à desmotivação e ao fracasso 30

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Educação Saúde física e mental O desenvolvimento da saúde física é um assunto negligenciado pela maior parte das pessoas. O corpo humano equilibra e harmoniza o funcionamento do nosso cérebro, que é responsável pelo desenvolvimento de todas as outras áreas importantes para o bem estar completo. Portanto, quando a saúde do corpo é ignorada, a felicidade e o sucesso estarão comprometidos. Cuidados com uma alimentação equilibrada, consumo regular de água, atenção com as horas necessárias de repouso, exercícios físicos e momentos de lazer. Tudo isso determina o desempenho em outras áreas da vida. Infelizmente, a sociedade adota um estilo de vida cada vez mais sedentário. A negligência com a saúde do corpo faz com que o indivíduo perca concentração, criatividade, resistência, energia, disposição, capacidade de aprendizado e memória. Outra área que pede atenção é o desenvolvimento do intelecto, a inteligência mental. Com ela, o ser humano é capaz de analisar, raciocinar e interpretar. Esse desenvolvimento não acontece somente nas cadeiras de uma escola ou universidade, mas ao longo da vida, por meio de boas leituras e conhecimento de novas áreas que não são comuns à vida diária. A rotina pode impedir o desenvolvimento intelectual. Uma maneira comprovada de reverter essa situação é o recurso musical. Tocar um instrumento, cantar ou ouvir boas músicas são métodos que auxiliam no desenvolvimento cognitivo. Para adquirir a capacidade de mudança, adaptação e condições de ser produtivo em outras áreas da vida, é necessária a dedicação contínua ao aprendizado e aprimoramento. Por essa razão, a disciplina que se adquire nos primeiros anos de vida define o perfil profissional que a pessoa desenvolverá no futuro. Outro aspecto essencial para o sucesso é a saúde emocional, conhecida também como inteligência social ou emocional. A capacidade de comunicação, a sensibilidade social, o autoconhecimento e a coragem para reconhecer as fraquezas podem determinar até onde uma pessoa chegará. Daniel Goleman é psicólogo nos Estados Unidos e especialista em inteligência emocional. De acordo com ele, “para se ter um desempenho destacado em todas as tarefas, em qualquer área, a competência emocional é duas vezes mais importante do que as habilidades puramente cognitivas.” Diante disso, quem busca sucesso, seja na família, na liderança eclesiástica, nas empresas ou organizações, precisa aprender a desenvolver a inteligência emocional. Saúde espiritual

A espiritualidade é o aspecto central do desenvolvimento humano. É essencial para que os outros fatores da vida sejam orientados. A filósofa americana Danah Zohar destaca a importância do desenvolvimento espiritual. Para ela, “diferente da inteligência intelectual encontrada nos computadores e das 32

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A espiritualidade é o aspecto central do desenvolvimento humano. É essencial para que os outros fatores da vida sejam orientados emoções que existem nos mamíferos superiores, a espiritualidade é exclusivamente humana e a mais fundamental das inteligências.” O relacionamento com Deus é que vai orientar o sentido no que diz respeito ao cuidado com o corpo, mente e relacionamento interpessoal. No livro Educação, a autora Ellen White afirma que a verdadeira educação contempla mais do que disciplina mental ou condicionamento físico. “A verdadeira educação significa mais do que avançar em certo curso de estudos. É muito mais do que a preparação para a vida presente. Tem em vista o ser todo, durante toda a vida. É o desenvolvimento harmonioso das faculdades físicas, intelectuais e espirituais. Prepara o estudante para a satisfação do serviço neste mundo, e para aquela alegria mais elevada em razão de um serviço ainda mais amplo, relacionado com o mundo vindouro” (p. 13). O sucesso de um estudante, empresário, trabalhador ou qualquer outra pessoa precisa respeitar o desenvolvimento físico, intelectual, social e espiritual. Não haverá felicidade e realização sem o desenvolvimento dessas faculdades. IMAGENS: CANSTOCKPHOTO



Comportamento

SORRISO

FALSO Em todo o mundo, uma em cada três mulheres é vítima de violência. O comportamento também é visto em lares que se dizem cristãos Por Wagner Almeida

E

ram quase 11 horas quando V.S. ligou chorando para uma amiga e contou que havia acabado de apanhar do marido. Ele começou uma discussão motivada por ciúmes, acusando-a de tentar seduzir o seu melhor amigo. Quando V.S. fez menção de sair de casa, seu esposo deu-lhe um soco nas costas. Ela tentou novamente se afastar, mas desta vez ele deu um murro que a fez cair por cima de sua filha. A criança estava deitada na cama. Após os gritos desesperados da vítima, o agressor deixou o local e ameaçou matála, caso prestasse queixa. “Não é a primeira vez que isso acontece”, revelou com exclusividade para a Mais Destaque a amiga de V.S. “Ela já apanhou diversas vezes. Hoje, mesmo separada, ainda vive sob ameaças e chantagens”. O mais assustador nessa história é que o ex-marido de V.S. continua sendo membro ativo da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) em Feira de Santana, Bahia. Ela se nega a denunciá-lo, temendo represálias e cair em descrédito, uma vez que o agressor é bem visto pelos membros da igreja. “Essa é uma realidade cotidiana para muitas mulheres”, diz Charlotte Watts, especialista em política de saúde na Escola de Higiene & Medicina Tropical de Londres e um dos autores do relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), apontando que uma em cada três mulheres no mundo é vítima de violência física ou sexual. O relatório concluiu que mais de um terço (38%) de todas as mulheres vítimas de homicídio foram assassinadas por seus companheiros, e 42% das mulheres que foram vítimas de violência física ou sexual por parte do parceiro sofreram lesões como consequência. A psicóloga Lenira Silveira, que já trabalhou por 18 anos no atendimento direto a mulheres vítimas de violência na Casa Eliane de Grammon, em São Paulo, explica que “em geral,

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as mulheres demoram para reconhecer e admitir que vivem em uma relação violenta. Quando o fazem, dois aspectos dificultam a busca de ajuda: medo e vergonha de expor a relação conjugal da família. Além disso, muitas mulheres ainda desconhecem seus direitos e os serviços públicos que podem auxiliá-la”. Outro fator de inibição é o sentimento de impunidade. Segundo a comissão do Congresso Nacional que dirige a CPI da Violência Contra a Mulher, brasileiras continuam sendo espancadas e mortas porque o poder público não coloca em prática todos os mecanismos de proteção e punição previstos na Lei Maria da Penha. Das mulheres ouvidas pelo DataSenado, 30% dizem acreditar que as leis do país não são capazes de protegê-las da violência doméstica. Assim, o medo de sofrerem por denunciar faz com que não falem nada. Perigo próximo

“Um dos grandes problemas do abuso é que geralmente o agressor é alguém da família, e você vive em um intenso conflito de amor e raiva”, confessou S.F., vítima de abuso sexual durante a infância. Caçula e com grande diferença de idade entre seus irmãos, S.F. prestava favores sexuais para ser aceita nos grupos de rapazes da rua em que morava. Ela contou que era agredida e chantageada constantemente por dois familiares. “Bateram em mim várias vezes como garantia de meu silêncio. Passei grande parte do dia trancada no banheiro para novamente baterem em mim. À noite, como as marcas do espancamento eram óbvias, deram uma desculpa qualquer para meus pais e eu não consegui falar a verdade. Era tanta vergonha e culpa e, ao mesmo tempo, medo de destruir a família, de IMAGENS: CANSTOCKPHOTO


Perfil da

Perfil do

agressor

vítima

• Mulher (81,1%) • Entre 25 e 54 anos (28,6%) • Casada (36%) • Ensino superior (7%) • Empregada (32,6%) não acreditarem em mim, que preferi não contar”, relata. Mas, depois de ter ouvido um sermão na igreja, S.F. desabafou para uma amiga, que contou a situação para a liderança da igreja que frequentavam. “No fim, virei culpada de fazê-los cair em pecado. Perdi amigos e logo todos estavam espalhando histórias absurdas e mentirosas sobre mim”, lamenta a jovem. Esse triste relato serve de alerta às comunidades cristãs. A psicóloga Lenira comenta que, infelizmente, em algumas situações, a religião é utilizada para manter as relações violentas. “Por outro lado, muitas denominações têm promovido a discussão sobre a violência doméstica, orientando os membros”, explica. Sensível a essa problemática, a liderança mundial da IASD votou, em 1996, uma declaração enfatizando que “nenhuma indicação ou informação de abuso deve ser minimizada, mas considerada seriamente. Se os membros da igreja permanecerem indiferentes ou passivos, estarão justificando, perpetuando e, possivelmente, aumentando a violência doméstica”. A professora Sonia Rigoli liderou a campanha “Quebrando o Silêncio” em São Paulo até 2013. Ela orienta que a vítima deve sair escondida do agressor, fazer um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher e ser ajudada para recomeçar a vida. “O abusador deve receber uma censura da igreja dizendo que não podemos aceitar suas atitudes. Ele precisa buscar ajuda em Deus, mas longe da vítima”, ressalta. A campanha “Quebrando o Silêncio” é um programa mundial da Igreja Adventista que promove projetos voltados ao suporte às vítimas de violência. O Conselho Nacional de Justiça orienta que ao registrar a ocorrência na delegacia é importante contar detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares está em risco, pode procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, onde mulher e filhos podem ficar afastados do agressor. Qualquer dúvida, ligue para a Central de Atendimento à Mulher, que funciona 24 horas, todos os dias, pelo telefone 180.

• Homem (79,5%) • Entre 36 e 50 anos (16,1%) • Casado (38,9%) • Sabe ler e escrever (9,2%) • Empregado (36,7%) • Pessoa extremamente ciumenta; • Excessivo controle das atividades do cônjuge ou da criança; • Acredita que não pode ter sua autoridade desafiada

Violência contra mulheres Nos últimos 30 anos (1980 a 2010), foram assassinadas mais de 92 mil mulheres no Brasil. Entre todas as que já sofreram violência, 65% foram agredidas por seu próprio parceiro de relacionamento. 65% Marido, companheiro, namorado.

1% Não responderam

13% Ex-marido, ex-companheiro, ex-namorado

8% Outro

2%% Padrasto

11% Familiar Fonte: Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV)/ DataSenado

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35


Pé na estrada

Acampamento inesquecível Campori internacional reunirá 36 mil desbravadores em Oshkosh, Estados Unidos Por Vanessa Moraes

O

Clube de Desbravadores é um programa mantido pela Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), que reúne juvenis e adolescentes de 10 a 15 anos para desenvolver atividades educativas, comunitárias, espirituais e socioculturais. Esse grupo realiza acampamentos onde coloca em prática toda a teoria aprendida dentro do clube. Um desses acampamentos, chamado de campori, é especial porque exige maior estrutura e reúne diversos clubes em um só lugar. O evento torna-se ainda mais visado quando abrange um grande número de regiões participantes. Os camporis são organizados pelas sedes administrativas da IASD. O campori internacional da Divisão Norte-Americana (DNA), por exemplo, ocorre a cada cinco anos e promove atividades para clubes de dezenas de países. A próxima edição, nessa modalidade, acontecerá entre os dias 11 e 16 de agosto deste ano em Oshkosh, Wisconsin, nos Estados Unidos. O campori internacional “Forever Faithful” (Fiéis para sempre) reunirá 36 mil desbravadores de mais de 60 países. Segundo o diretor, pastor Ron Whitehead, o tema é baseado no personagem bíblico Daniel. “Ele era um profeta e líder. Acreditamos que sua relação com Jesus fez com que ele se tornasse fiel. Também cremos que Jesus sempre é fiel a nós”, diz. De acordo com o censo de 2012, Oshkosh tem pouco mais de 66,6 mil habitantes. A cidade foi escolhida para o campori porque consegue abrigar os milhares de desbravadores que já se preparam para a viagem. Planejamento

Uma das atrações do evento será o Museu da Criação, que dará vida a Adão, Eva, animais e outros personagens bíblicos de forma dinâmica e colocando-os em ambientes 36

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IMAGENS: CANSTOCKPHOTO/ARQUIVO PESSOAL



Pé na estrada

As inscrições para o evento estão abertas desde 2011 e podem ser realizadas pelo site do campori até o dia 1º de março familiares. A visita à Andrews University, instituição acadêmica adventista, também é parte da programação. Para que a estadia nos Estados Unidos não prejudique as aulas dos juvenis e adolescentes, a direção do campori disponibilizou uma carta para que os alunos da rede escolar pública possam justificar ausência. Basta que o estudante preencha seu nome no campo em branco. A carta está escrita em inglês, língua oficial desse campori, e pode ser acessada pelo site do evento. A estrutura que abrigará os milhares de desbravadores não é a única preocupação da direção do “Forever Faithful”. Para evitar transtornos, alguns voluntários profissionais da saúde estarão disponíveis para casos de emergência, como dentistas, enfermeiros, paramédicos, fisioterapeutas, pediatras, cirurgiões, entre outros. Além do cuidado com a saúde física e mental de cada desbravador, existe também o interesse na saúde espiritual. Na

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tarde de sábado, 16 de agosto, haverá uma festa batismal. O desbravador que desejar entregar a vida a Jesus poderá aceitáLo como seu Salvador pessoal publicamente. Se for menor de 18 anos, o responsável legal deve ter conhecimento da decisão e demonstrar apoio. As inscrições para o evento estão abertas desde 2011. Até o dia 31 de janeiro, os ingressos custarão 195 dólares, ou quase 453 reais, com o dólar valendo 2,32. Após esse período, a inscrição passará a valer 215 dólares, ou 499 reais. A taxa inclui espaço para acampar, acesso à programação noturna, participação em atividades durante o dia e homenagens. O clube participante é responsável por levar barracas, comida e qualquer material de campismo que precise, além de providenciar transporte. As inscrições podem ser realizadas pelo site do campori até o dia 1º de março.

Para saber mais sobre os preparativos e novidades, acesse o site do campori www.cye.org/camporee ou envie um e-mail para jessica@cye.org

IMAGEM: CANSTOCKPHOTO



APSo

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Igreja cresce na região sudoeste de São Paulo Em quatro anos, APSo inaugurou 42 igrejas e hoje conta com 27 mil adventistas Por Eber Pola

A

2ª Assembleia Denominacional Ordinária da Associação Paulista Sudoeste (APSo) testemunhou o crescimento expressivo da Igreja Adventista na região sudoeste de São Paulo. A avaliação das atividades nos últimos quatro anos mostra que Deus tem realizado maravilhas através dos administradores, pastores, servidores, voluntários e membros. A nova sede administrativa da região iniciou suas atividades em 2010. Na ocasião, o território com 101 municípios contava com 30 distritos, 194 igrejas e grupos, 38 pastores e 22,5 mil membros. Só na Rede Adventista de Educação, são quase 2,3 mil alunos em seis unidades escolares. O território também abriga a Casa Publicadora Brasileira (CPB) e o Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Hortolândia. Com novos desafios à frente, a APSo começou a investir no crescimento de membros e igrejas. Graças às ações de campanhas de evangelismo, ao trabalho dos pastores distritais, à capacitação e treinamento de membros, foram batizadas 7,4 mil pessoas nesse período de quatro anos. Conquistas e realizações, a cada ano, fizeram a igreja se multiplicar. Hoje são dez novos distritos e 52 pastores. Cerca de 42 igrejas foram construídas ou reformadas. No total, já são 25 novas propriedades.

Durante seu período de atuação, APSo batizou 7,4 mil pessoas

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Sede própria da APSo no município de Sorocaba, em São Paulo

No ano de 2012, a APSo inaugurou a nova sede administrativa em uma área de quatro mil metros quadrados. O projeto apresenta instalações amplas e modernas, proporcionando mais conforto e atendimento aos membros e melhor sustentação e produtividade para atender as necessidades dos departamentos da Igreja. “Terra dos Pioneiros e Esperança”

Com esse slogan, a APSo relatou na 2ª Assembleia, em novembro de 2013, sua evolução dos quatro anos de atividades. Foi na cidade de Piracicaba, São Paulo, que ocorreu o batismo do primeiro membro da Igreja Adventista no Brasil. Ali também aconteceu o projeto de Evangelismo Metropolitano, com o plantio de uma nova igreja na região central da cidade. Os pioneiros adventistas não imaginavam que, ao lançar a semente da pregação na região sudoeste de São Paulo, a APSo alcançaria 235 igrejas e grupos. Pelo menos 13 novos municípios agora contam com a presença adventista. Foram mais de 120 pontos de evangelismo, e a Rede Adventista de Educação já conta com a aquisição de uma nova unidade em Indaiatuba, que pode chegar a quatro mil alunos para este ano. Segundo o pastor Aurelino Ferreira, presidente da APSo, o crescimento da Igreja na região foi notório em todos os aspectos. “Encerramos este quadriênio com a média de quase mil batismos a mais. Estamos no rumo certo, com a equipe bem focada. Vamos manter esse crescimento e contar com a experiência dos últimos quatro anos na liderança da igreja”, comenta. IMAGENS: APSo



Evangelismo

A Igreja continua distribuindo literatura como uma forma de apresentar esperança para um mundo que sofre com os dilemas e as consequências do pecado

Rafael Rossi é pastor e diretor de Comunicação da DSA

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O PODER DO PAPEL Os impressos são eficazes na evangelização da obra de Cristo, pois ajudam na salvação

anuel Lacunza nasceu no Chile em 1731 e se tornou um padre jesuíta. Ele escreveu o livro “La venida del Mesías en gloria y majestad” (A vinda do Messias em glória e majestade), publicado em 1812. A obra agitou os meios religiosos, já que falava da volta de Jesus, e por isso, é considerada como pioneira do movimento adventista. No início do século 19, o movimento alastrou-se no meio das igrejas evangélicas, que passaram a ter foco no retorno pessoal de Jesus. Da metade do século em diante surgiram outras compreensões aliadas ao movimento, como a de que o sábado é o dia santificado por Deus e sua observância ainda está em vigor. Esses entendimentos,

entre outros, deram base para o nascimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), que também se aprofundou na compreensão do santuário celestial, estado do homem na morte e dom de profecia. No Brasil, a mensagem adventista chegou através de impressos que ingressaram nas colônias de imigrantes alemães e austríacos nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo. Graças à literatura, Guilherme Stein Jr. foi o primeiro adventista do sétimo dia a ser batizado no Brasil. Após ler um exemplar em alemão do livro “O Grande Conflito”, escrito por Ellen White, decidiu unir-se à IASD e foi batizado pelo pastor Westphal em 1895, próximo à Piracicaba, em São Paulo.

No Brasil, a mensagem adventista chegou através de impressos que ingressaram nas colônias de imigrantes alemães e austríacos 42

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IMAGENS: APSo | Divulgação



Evangelismo Alcançar as pessoas com as boas-novas de salvação é sempre um desafio. Não há dúvidas de que esse projeto fortalece o hábito da Igreja em se organizar para ações evangelizadoras Em maio de 1893, por designação da Associação Geral da IASD, o missionário Albert Stauffer chegou ao Brasil. Juntamente com outros missionários, ele espalhou a literatura adventista em Indaiatuba, Rio Claro, Piracicaba e outras localidades. Assim, foram surgindo os primeiros interessados na mensagem adventista, em São Paulo. O mesmo crescimento aconteceu no Espírito Santo, onde Stauffer espalhou exemplares do livro “O Grande Conflito”. Em agosto de 1894, chegou ao Brasil outro missionário adventista: Willian Henry Thurston, acompanhado da esposa Florence. O casal veio dos Estados Unidos com a missão de estabelecer um posto de distribuição de livros denominacionais no Rio de Janeiro para atender os missionários do Brasil. Thurston trouxe duas grandes caixas de livros e revistas impressos em inglês, alemão e espanhol. Na época, não havia nada publicado em português. Para chegar ao seu destino, muitos impressos eram despachados em navios, barcos fluviais a vapor (ou mesmo a remo), carros de boi, lombo de burro e, às vezes, nas costas dos missionários. O tempo passou e a Igreja continua distribuindo literatura como uma forma de apresentar a esperança para um mundo que sofre com os dilemas e as consequências do pecado. Nos últimos anos, esse movimento tornou-se mais concentrado e desperta a Igreja para o mesmo objetivo. Crianças, jovens e adultos mobilizados com a intenção de levar às pessoas um pouco daquilo que preenche o nosso coração e que traduzimos através da palavra “esperança”. Em um desses grandes projetos que chamamos de “Impacto Esperança”, saí para distribuir livros na zona sul de São Paulo. Entrei em um comércio e quando entreguei um exemplar para um senhor, ele me disse, com um sorriso no rosto, que estava esperando recebê-lo, pois assiste aos programas da TV Novo Tempo e sabia sobre a campanha. 44

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Chances Alcançar as pessoas com as boas-novas de salvação é sempre um desafio. Não há dúvidas de que esse projeto fortalece o hábito da Igreja em se organizar para ações evangelizadoras. Mapas foram preparados. Duplas missionárias receberam sua geografia e não se limitaram a um dia apenas, mas continuaram o trabalho e conheceram moradores de rua, descobriram seus nomes e participaram de suas vidas a fim de ajudá-los a encontrar o caminho da salvação. Outra impressão positiva que tenho é avaliar como esse projeto envolve cada membro na missão de testemunhar. Nos lugares em que vou e pergunto quantos já foram às ruas para distribuir livros, percebo que a adesão ao projeto foi massiva. Muitos descobriram seus dons, outros, que há muito tempo não saiam às ruas para testemunharem de sua fé, sentiram-se revigorados. Um dos aspectos importantes na distribuição de livros é que eles apresentam a muitas pessoas a chance de conhecerem a Palavra de Deus. Talvez, de outra forma, elas jamais saberiam que existe uma esperança de vida. “Em todos esses ajuntamentos devem estar presentes homens a quem Deus possa usar. Devem ser espalhados, como folhas do outono, entre o povo, folhetos que contenham a luz da presente verdade. Para muitos que assistem a estas reuniões, estes folhetos serão como as folhas da árvore da vida, que servem para cura das nações” (Ellen White, Evangelismo, p. 36). Aqui está o meu convite: envolva-se! Falamos sobre os livros missionários, mas existem outros materiais que podem e devem ser utilizados para a pregação do evangelho. Folhetos, revistas, internet, testemunho pessoal, enfim, o que não podemos permitir é a nossa indiferença. Aceite e cumpra o chamado de Deus. Ele vai te abençoar muito. IMAGENS: APLAC



ULB

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nova sede adventista é inaugurada na bahia

Evento ressaltou a participação de pioneiros adventistas do século 20 no surgimento da nova instituição nesta região do nordeste Por Heron Santana

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epresentantes de 180 mil membros adventistas se reuniram no dia 5 de dezembro de 2013 para assistir a cerimônia de inauguração da sede da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) para Bahia e Sergipe, a União Leste Brasileira (ULB). O escritório está localizado na cidade de Lauro de Freitas, na Grande Salvador, Bahia. Com o tema “Celebrando o Passado, Apressando o Futuro”, o evento pontuou o surgimento da nova instituição como resultado do esforço realizado por pioneiros da Igreja Adventista no início do século 20. Dois descendentes de pioneiros desta região do nordeste participaram da programação. O pastor Rubens Lessa, jornalista e editor da Casa Publicadora Brasileira (CPB), é neto de Francisco Lessa, que, ao se converter após fuga para Goiás, enviou folhetos para sua antiga localidade, em Correntina, e foi decisivo para o crescimento da Igreja nessa região. Outro participante foi o pastor Eden Pita, filho do pastor Plácido da Rocha Pita, um dos maiores pioneiros do nordeste. O pastor Pita foi responsável por oferecer estudos bíblicos em lugares distantes, após dias montado no lombo de um animal e dormindo na mata durante longos percursos. “Se meu pai estivesse vivo hoje para ver a inauguração dessa sede, tenho certeza de que derramaria lágrimas que dariam para encher uma bacia”, brincou. O pastor Erton Köhler, presidente da Igreja na América do Sul, aproveitou o momento de reflexão bíblica para reforçar o fato de que a sede administrativa é também uma igreja, explicando a responsabilidade da nova estrutura na ministração do Evangelho atualmente.

O pastor Geovani Queiroz, presidente da Igreja para Bahia e Sergipe, ressaltou a importância da nova sede e citou os administradores da União Nordeste Brasileira (UNeB) e da ULB. “Hoje apresentamos, por meio desses homens e das sedes que representam, o quanto Deus está abençoando o crescimento da Igreja nesta região”, disse. A ULB representa mais de 2,2 mil congregações e 180 mil membros nos dois estados. Também tem uma rede de escolas, uma faculdade com vários cursos de ensino superior (Faculdade Adventista da Bahia, o IAENE) e uma atuante filial da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA).

Em oração, líderes intercedem pela nova sede administrativa

IMAGENS: ulb

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Mãos à obra! Veja abaixo a importância da implementação de um “Clube de Esperança”: Desbravadores da recém-inaugurada igreja de Cascalheira, na Bahia

adolescentes e juvenis em ação Na Bahia e em Sergipe, projeto visa implantar mil Clubes de Desbravadores em cinco anos Por Herbert Cleber

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Clube de Desbravadores é um departamento da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) que trabalha especificamente com a educação cultural, física, social e religiosa de juvenis e adolescentes entre 10 e 15 anos. O projeto “Clubes de Esperança” visa implantar mil novos Clubes de Desbravadores nos estados da Bahia e Sergipe nos próximos cinco anos. A ideia é que em cada Santuário de Esperança estabelecido, um novo clube seja formado para servir à comunidade e fortalecer o programa evangelístico da Igreja. Em outras palavras, para cada novo templo, um novo clube. Eis o nosso lema. O ousado projeto missionário de construir mil igrejas em cinco anos nos estados da Bahia e Sergipe, “Santuários de Esperança”, desafia cada departamento da IASD a contribuir com a implantação e o desenvolvimento dessa nova comunidade de fé.

Os relatórios mais recentes da IASD na América do Sul mostram que as igrejas que têm um Clube de Desbravadores são mais produtivas em seu programa de discipulado, formam um número maior de líderes, diminuem o índice de apostasia e são mais comprometidas com a missão. No Brasil, ao longo dos últimos 50 anos, o Clube de Desbravadores auxiliou na formação de milhares de obreiros e líderes dedicados à Igreja, além de ter contribuído diretamente na formação de bons cidadãos para o nosso país e excelentes profissionais nas mais diversas áreas. São homens e mulheres com princípios e valores cristãos sólidos que fazem a diferença na sociedade. Precisamos continuar com esse ministério de salvação e serviço, pois em cada comunidade há famílias, juvenis e adolescentes que precisam ser alcançados pela mensagem de esperança.

• Aumenta o número de batismos; • Diminui a apostasia; • Prepara os pré-adolescentes para a crise da adolescência; • Prepara os jovens para a vida profissional, social, familiar e religiosa; • Melhora a qualidade da liderança da igreja; • Cria atividades sadias para os juvenis e para a igreja como um todo; • Mantém a juventude longe dos problemas sociais, como drogas, álcool, fumo e criminalidade; • Cria uma melhor assimilação da Bíblia; • Desenvolve equilíbrio físico, mental e espiritual; • Em uma sociedade urbanizada, cria a grande ênfase de contato com a natureza e a criação de Deus; • Melhora a imagem da igreja perante a sociedade e, principalmente, as autoridades civis; • Cumpre boa parte da missão da igreja; • Minimiza as diferenças sociais; • Favorece o evangelismo em lugares de difícil acesso e com pessoas que não seriam alcançadas de outra maneira.

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ILUSTRAÇÃO: ARTE SEVEN/ CANSTOCKPHOTO


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as vid vidas

Projeto missionário que incentiva a leitura também traz impactos espirituais e atinge os próprios adventistas do sétimo dia Por Vanessa Moraes

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brasileiro está lendo menos. É o que afirma a terceira edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada em 2012 pelo Ibope Inteligência, sob encomenda do Instituto Pró-Livro (IPL), entidade criada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), Sindicato Nacional de Editores e Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares. A pesquisa revela que 55% dos brasileiros se diziam leitores em 2007, mas, cinco anos depois, o percentual caiu para 50%. São considerados leitores aqueles que leram pelo menos um livro nos três meses anteriores à pesquisa. O número de obras lidas por ano também diminuiu, caindo de 4,7 para 4. Enquanto 53% dos brasileiros dizem não ler livros por falta de tempo, 30% afirmam desinteresse pelo hábito. Para ajudar a mudar esse quadro, nasceu o “Impacto Esperança”, um projeto evangelístico da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), iniciado em 2006. O movimento implica na distribuição anual massiva de livros por parte dos adventistas à população sul-americana. Não importa a raça ou a classe social. Os livros do “Impacto Esperança” chegam às mãos de milhões de pessoas como uma maneira de incentivar a leitura, mas há algo além disso. Eles também trazem impactos espirituais, já que a sociedade recebe fortes mensagens de esperança, e atingem os próprios membros da denominação, que encontram no projeto uma forma de desenvolver e aperfeiçoar a vida missionária. De acordo com o pastor Rafael Rossi, líder sulamericano de comunicação da IASD, o “Impacto Esperança” é o maior movimento de mobilização da Igreja na América do Sul. “Todas as nossas frentes e todas as nossas igrejas unem suas forças em prol de um mesmo objetivo. É nesse momento que entendemos que somos uma só Igreja diviREVISTA MAIS DESTAQUE

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Capa dida em diferentes endereços. Culturas e países diferem, mas a esperança é a mesma”, menciona. No dia 20 de abril de 2013, os adventistas do sétimo dia (que somam mais de dois milhões na América do Sul) saíram às ruas do Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Bolívia, Peru e Equador para entregar gratuitamente mais de 15 milhões de livros “A Grande Esperança”, título que está em circulação desde 2012. Em dois anos, a obra chegou a 60 milhões de exemplares distribuídos só no Brasil.

Este ano, o livro missionário intitula-se “A Única Esperança” e será entregue no dia 31 de maio em todo o território sul-americano

Impacto 2014

Este ano, o livro missionário intitulase “A Única Esperança” e será entregue no dia 31 de maio em todo o território sul-americano. Escrito pelo pastor Alejandro Bullón, a obra foi lançada oficialmente no dia 29 de outubro de 2013 na Casa Publicadora Brasileira (CPB), editora adventista com sede em Tatuí, São Paulo, que realiza as publicações. O livro reúne dez histórias de pessoas que encontraram esperança de vida em situações adversas. “O maior interesse que Deus tem no ser humano é vê-lo feliz”, afirma Bullón, autor de outros 17 livros publicados em espanhol, inglês, português, alemão e russo. “A Única Esperança” possui aspectos que se assemelham com o ser humano da atualidade. Em entrevista ao portal adventistas.org, Bullón diz que a mensagem adventista é relevante, mas é necessário vesti-la de tal maneira que as pessoas possam se sentir atraídas por ela e se identifiquem com as situações descritas. “Esse tem sido o segredo do sucesso das grandes produções dos nossos dias. O conteúdo não deve mudar, mas a forma de propagá-lo, sim”, explica. Diferente das obras dos anos anteriores, Bullón escolheu uma estrutura narrativa para falar sobre esperança. Segundo ele, 62% de todos os livros vendidos no mundo são de literatura, histórias e narrativas. “Se o mundo capta melhor uma mensagem quando escrita assim, então adaptemos o nosso jeito de escrever, a fim de acessar a mentalidade do homem pós-moderno”, propõe. O primeiro capítulo do livro “A Única Esperança” narra a história de Lúcia. Os

Pastor Alejandro Bullón é autor do livro “A Única Esperança” e de outras 17 obras

parágrafos iniciais relatam o seguinte: “O trem tinha chegado ao fim do trajeto, e os passageiros saíram como uma matilha enlouquecida. Entre a multidão, um homem baixo, musculoso, de comportamento esquisito, escondia o rosto por trás de grossos óculos escuros e um boné. Apesar do ar misterioso, ninguém podia suspeitar que, embaixo do casaco, aquele cidadão ocultava um revólver calibre 38. Não era velho nem novo, aquele homem. Aparentava ter cerca de 50 anos e andava com passos ligeiros, olhando para frente, atento para não perder de vista a bela morena de jeans e blusa preta que andava apressadamente entre a multidão.” (Para conhecer o desfecho dessa história e ler outras narrativas, acesse o site aunicaesperanca.com.br ou

adquira exemplares do livro missionário de 2014 na sede administrativa da IASD mais próxima de você, como Missões, Associações ou Uniões). Site próprio

Desde seu início, o projeto “Impacto Esperança” cresceu quase 700%. A cada ano, mais membros adventistas se envolvem no movimento. De acordo com o pastor Erton Köhler, presidente da IASD para a América do Sul, cerca de 80 milhões de livros missionários circulam neste território, e, só no Brasil, 35 milhões de reais foram investidos nas obras. O papel e a tinta não foram os únicos que ganharam investimento. Já que o Brasil conta hoje com mais de 105,1 milhões IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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Capa

O site aunicaesperanca.com.br já está no ar. Lá, o internauta pode interagir e escrever a sua própria história de conversão de internautas, segundo dados divulgados em 2013 pelo Ibope Media, a internet não poderia ficar de fora. Em novembro do ano passado, “A Única Esperança” ganhou um site próprio. “As pessoas poderão encontrar versões do livro para download, podendo ler no computador, celular e tablet, além de compartilhar com os amigos,” explica Rogério Ferraz, gerente sul-americano de estratégias digitais da IASD. O site aunicaesperanca.com.br já está no ar. Lá, o internauta pode interagir e escrever a sua própria história de con-

pacto

s de Im Oito ano

c ada re ntes a fe e r s o r : a os li v er anç a” Conheç a c to E sp p Im “ e ano d

Os Dez Mandamentos

Tiragem: 2.162.000

2007

versão, como se desse continuidade aos relatos do livro. Essa ferramenta on-line permite que mais pessoas tenham acesso ao conteúdo, inclusive em locais onde o impresso não consegue chegar. Por um real

Seja no formato on-line ou impresso, a distribuição do livro missionário é gratuita. Entretanto, a versão impressa exige um custo de produção. Cada exemplar é vendido aos membros adventistas por apenas um real. É esse público que investe recursos na compra de exemplares para, então, distribuir gratuitamente às milhares de pessoas que ainda não conhecem as mensagens bíblicas que trazem a esperança de um mundo melhor, ou mesmo àquelas que já conhecem, mas, por algum motivo, abandonaram a fé cristã.

Esperança para Viver

Tiragem: 1.215.000

2008

Há mais de cinco anos, a CPB mantém o mesmo valor na venda dos livros. Para incentivar as aquisições, cada igreja adventista distribuiu cofrinhos aos membros. A ideia foi depositar moedas que, para muitos, não fazem falta no dia a dia, como o troco do pão e do leite ou de uma pequena compra no supermercado. De dez em dez centavos, surgiram centenas de reais que foram revertidos na compra dos livros. A ação contou com o trabalho e o estímulo dos pastores locais, de cada igreja. “Nosso sonho evangelístico cai nas mãos dos nossos 4,2 mil pastores sulamericanos. Eles são imprescindíveis na batalha de nos fazer entender que é pre-

Tempo de Espera

Sinais de Esperança

T 7

Tiragem: 4.020.000

2009

2010 IMAGENS: DIVULGAÇÃO | FONTE: ADVENTISTAS.ORG

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ciso se envolver na missão”, disse Köhler em entrevista ao portal adventistas.org. Testemunhos

Segundo Felipe Lemos, gerente da assessoria de comunicação da IASD, não é possível mensurar o número de pessoas que conheceu a Cristo por meio dos livros, mas há centenas de testemunhos

ança

Tiragem: 7.575.000

espalhados, principalmente, na internet, que ilustram bem essa situação. Um exemplo disso é o relato de Vagner Carriel da Rosa, que teve a vida transformada a partir de um livro que achou no lixo. Ao ver um exemplar da obra “A Grande Esperança” abandonado em meio aos detritos, Rosa imediatamente o pegou para ler e, com a descoberta das verdades bíblicas, nunca mais foi o mesmo. Ele encontrou a única esperança. Em outubro de 2011, membros adventistas de Casa Branca, São Paulo, visitaram os bairros da cidade para entregar “A Grande Esperança”. No dia da visita, a secretária Kátia Lima não estava em casa. Os membros decidiram deixar um exemplar por baixo do portão. Quem recebeu o livro primeiro não foi Kátia, mas sua cadela da raça Pitbull, que rasgou as páginas do livro e o devorou parcialmente. Dias depois, Kátia encontrou a publicação totalmente dilacerada. Mesmo assim, conseguiu ler a obra no mesmo dia. Ela era religiosa, mas não tinha o hábito de ler a Bíblia com frequência. Após aprender as verdades bíblicas que encontrou no livro, passou a estudar mais sobre as Sagradas Escrituras. Ao descobrir que a campanha pertencia à Igreja Adventista, começou a assistir a TV Novo Tempo junto com seu marido. O ca-

sal requisitou estudos bíblicos e passou a seguir os princípios cristãos. “Foi tudo maravilhoso. Eu estava procurando Deus, mas Ele, pelo jeito, estava procurando muito mais a mim. Minha cachorra poderia ter comido o livro todo, mas graças a Deus isso não aconteceu”, emocionase Kátia. Ela e seu marido encontraram a única esperança. Centenas de testemunhos comprovam a eficácia da distribuição dos livros do “Impacto Esperança”. São histórias de pessoas que, talvez, de outra forma, não seriam alcançadas. O projeto já conseguiu resgatar ex-membros adventistas, ex-pastores e líderes da denominação, chegou a lugares onde a palavra de Deus nunca havia sido revelada, amoleceu corações descrentes, despertou interesse inclusive em pessoas que não acreditavam em Deus e passou a ser referência para quem desejava estudar profundamente a Bíblia ou que buscava um motivo para viver. “A palavra esperança é mais do que um termo, é um estilo de vida daqueles que estão vivendo nesse mundo, mas anseiam a volta de Jesus. Temos uma esperança para a situação complexa desse planeta que nos cerca, e ela não é um sentimento, mas uma pessoa: Jesus Cristo”, conclui o pastor Rafael Rossi.

Centenas de testemunhos comprovam a eficácia da distribuição dos livros do “Impacto Esperança” Ainda Existe Esperança

Tiragem: 8.528.000

2011

A Grande Esperança Tiragem: Mais de 60 millhões

2012-2013

A Única Esperança

Tiragem: Expectativa de 20 milhões

2014 REVISTA MAIS DESTAQUE

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Empresarial

Visão distorcida Conhecimento na área tributária garante mais sucesso à empresa

Na atual situação econômica, o empresário precisa utilizar as áreas contábil e tributária para reduzir custos Douglas Perez Barros é contador da Perez Barros Contabilidade douglas@perezbarros.com.br

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lguns empresários entendem e enxergam que as atividades profissionais relacionadas aos impostos e até mesmo à contabilidade representam uma área que é sinônima apenas de gastos e desembolso financeiro. Sendo assim, não contam com o mesmo prestígio e atenção das áreas associadas à geração de resultados ou aumento de receitas. Por força dessa visão distorcida, muitos equívocos, omissões e aberrações são cometidos com graves consequências para o negócio. Entre eles, a perda de competitividade, descontroles que podem colocar em risco a sobrevivência da empresa, pagamentos indevidos de tributos – ou o seu não recolhimento, o que normalmente incorre em pesadas multas e enormes dores de cabeça para os empresários. Com o cruzamento de informações pelo meio digital, não raro e com mais rapidez, as empresas acabam tendo problemas com a fiscalização e, consequentemente, precisam gastar pequenas fortunas com advogados para se defenderem de situações que, na maioria das vezes, poderiam ser evitadas. O pior é que dificilmente conseguem extrair lições sobre as vantagens de se trabalhar de forma organizada e disciplinada, com todos os controles em dia, a fim de evitar desperdícios e praticar preços mais competitivos para seus produtos e serviços. Sem contar que, dessa forma, os indesejáveis autos de infrações fiscais seriam evitados. Na atual situação econômica, em que aumentar preços torna a empresa cada vez menos competitiva no mercado, o empresário precisa utilizar as áreas contábil e tributária para reduzir custos e, principalmente, a carga de impostos, taxas e contribuições. O Brasil possui um dos sistemas tributários mais complexos e vorazes do mundo. Portanto, faz-se necessário aperfeiço-

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ar o conhecimento na área tributária e possuir uma assessoria que encontre a melhor alternativa fiscal para a empresa. Planejar o custo tributário deixou de ser privilégio das grandes corporações. Pequenas e médias empresas já começaram a se preocupar com esse assunto e têm, crescentemente, profissionalizado o tratamento dessa questão, seja melhorando seu time de profissionais ou contratando empresas de consultoria tributária. Ainda existem muitos empresários resistentes à profissionalização da área fiscal. Eles preferem continuar nesse caminho, que só causará estragos na administração empresarial. Pensam que toda a responsabilidade das informações é da contabilidade, mas se esquecem de que o processo eletrônico de informações começa na própria empresa, por meio das Notas Fiscais Eletrônicas, controle de estoques etc. A adoção do critério de apuração do Imposto de Renda a pagar também é importante. Faz-se necessário executar um planejamento tributário e avaliar qual a forma de tributação que se encaixa melhor ao perfil da empresa. Nem sempre o Simples Nacional é a melhor alternativa. Na maioria dos casos, pode até ser, mas é preciso cuidado. Outra dica é adotar o mais Simples como o lucro presumido, o que necessariamente não é o mais vantajoso. Esse é um “pecado” crucial e necessita de uma avaliação cuidadosa. Muitas vezes, a empresa opera em prejuízo e, desnecessariamente, paga imposto e contribuição social sobre o lucro. Para que a empresa trabalhe em harmonia, não somente a área produtiva e comercial é importante, mas também a administrativa contábil, fazendo com que toda a engrenagem funcione de forma sincronizada, sem causar surpresas desagradáveis ao empreendedor. IMAGENS: STOCK.XCHNG



Conta corrente

Dinheiro,

os segredos de quem tem O

que significa riqueza para você? Comprar o carro dos seus sonhos? Uma casa com vista para o mar? Viajar ao redor do mundo? Lamento dizer que quando conseguir isso provavelmente sua frustração será muito grande. Você perceberá que a posse de bens materiais apenas alimenta a ansiedade de querer acumular cada vez mais. A ganância humana não traz felicidade para ninguém. A prova disso está em jornais e revistas. Existem exemplos de pessoas endinheiradas que não são felizes. Suicídios, divórcios e tragédias são tão frequentes entre os ricos quanto entre os mais pobres. E é muito fácil encontrar a felicidade em uma comunidade simples, onde o convívio e as atividades sociais proporcionam um prazer que está perante os olhos de todos. Felicidade completa, somente com a presença de Deus em nossa vida. Somente colocando-O em primeiro lugar em nossas

Felicidade completa, somente com a presença de Deus em nossa vida. Somente colocando-O em primeiro lugar Antonio Tostes é diretor geral da Rede Novo Tempo de Comunicação

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Ser rico não significa ser feliz, mas saber administrar seus gastos pode trazer-lhe a paz e a felicidade de que tanto necessita

prioridades conseguiremos organizar nossos assuntos pessoais. Uma pesquisa do Instituto Gallup, realizada com 450 mil americanos entre 2008 e 2009, constatou que o bemestar emocional das pessoas é proporcional à sua renda, até o patamar de 75 mil dólares anuais (cerca de 175 mil reais, considerando o dólar a dois reais e 33 centavos) ou pouco mais de seis mil dólares mensais. A pesquisa afirma que a felicidade aumentava conforme a renda, mas o efeito parava aos 75 mil dólares. Uma vez atendidas as necessidades básicas da família, o aumento da renda não se traduzia em maior felicidade. Seis mil dólares (cerca de 14 mil reais) é a renda compatível com a média americana, necessária para a compra da casa própria, carro, boa educação para os filhos, mas sem muitos luxos. No Brasil, esse padrão de vida pode ser conquistado com ganhos bem menores, variando o local onde a família vive. Uma pesquisa divulgada pelo IBOPE em 2002 diz que 41% das pessoas com renda mensal igual ou inferior a 379 reais declaravam-se felizes, enquanto apenas 25% das que tinham renda superior a 4,5 mil reais afirmavam o mesmo. Uma parcela maior das pessoas com menos renda se autodenominava feliz em comparação à população de maior renda no Brasil. Um detalhe que se conclui da pesquisa é: como a maioria dos brasileiros está na faixa inferior de renda, não se pode negar que o povo brasileiro é feliz. ILUSTRAÇÕES: CANSTOCKPHOTO/ FREEPIK


Por que não enriqueço?

ILUSÃO

Ganhar bem é diferente de ser rico. Sua riqueza não depende do salário, mas de quanto você gasta ou do que faz com o que ganha. Muitas pessoas não enriquecem porque não fazem planos, ou os fazem, mas não os executam. Outro motivo são os erros que cometem. Mas não pense que para enriquecer você terá de eliminar completamente os erros da sua vida. Entre os fatores que fazem com que as pessoas não enriqueçam, existem quatro grandes erros comuns. Veja:

A ganância humana não traz felicidade para ninguém. A prova disso está em jornais e revistas. Existem exemplos de pessoas endinheiradas que não são felizes

1. Desprezar pequenos valores O pequeno gasto nem sempre é um problema, mas torna-se um quando é ignorado. Sai de nossas contas e ainda pensamos que há verba disponível para assumir outros gastos. Quem pensa assim acaba acumulando dívidas sem saber o motivo.

2. Não se esforçar por uma boa negociação Os vendedores profissionais são treinados para vencer. Portanto, aprenda a comprar agindo como um vendedor. Você não venderá um produto, venderá a ideia de que seu dinheiro vale muito. E vale mesmo.

3. Não ter percepção financeira Pensar como um banqueiro significa ter percepção financeira. O bom empreendedor é aquele que usa o recurso financeiro dos outros porque sabe dar a esse dinheiro um fim que lhe renda mais do que o valor a pagar de juros.

4. Não saber aonde quer chegar Quais são os seus objetivos? Quanto de sua renda você planeja poupar ou investir? Em quanto tempo se aposentará? Não importa quando você se esforçará para alcançar objetivos, mas os meios de atingi-los precisam estar claramente definidos.

Esses erros são muito frequentes. Talvez você tenha se identificado com alguns deles, por isso, é hora de mudar sua postura. Lembre-se de que se você acha que será feliz somente quando tiver muito dinheiro, volto a dizer: é pura ilusão. A felicidade se constrói no dia a dia, a cada momento. Dinheiro não é um objetivo, não é a felicidade. Ele é como um cupom que lhe proporciona meios de aproveitar o que você ama ou aprecia muito. Agindo de forma objetiva e centrada, você será uma pessoa rica em todos os sentidos da palavra. O mínimo que conseguirá será independência financeira e tranquilidade até o fim da vida. E talvez essa tranquilidade faça sua vida durar mais. ASSISTA AO PROGRAMA SALDO EXTRA TV NOVO TEMPO | SKY CANAL 14 SEGUNDA, ÀS 22H30 | REPRISES: TERÇA ÀS 17H, QUARTA ÀS 20H, QUINTA ÀS 8H E DOMINGO ÀS 18H30 www.novotempo.com/saldoextra

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Perfil

P

A troca que valeu a pena Publicitário de carteirinha, Luís Henrique dos Santos compartilha sua trajetória acadêmica e carreira profissional Entrevista: Siloé Almeida | Texto: Vanessa Moraes

Hoje, a publicidade cumpre o papel de entender as expectativas do consumidor e busca em sua visão de mundo as conexões corretas para com a marca Siloé Almeida é consultor e jornalista www.consulsiloe.com

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ara quem busca se aperfeiçoar profissionalmente, a regra é nunca parar de estudar. É assim que Luís Henrique dos Santos encara a carreira de publicitário. Natural de São Paulo, capital, foi criado em Hortolândia, região metropolitana de Campinas, e morou em uma casa localizada dentro do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). Tanto seus pais quanto seus professores trabalharam nessa instituição e, assim, LH, como é conhecido, cresceu no meio acadêmico. Após concluir o Ensino Médio, cursou odontologia na Universidade de São Paulo (USP), mas no final da graduação abandonou a carreira e partiu para a faculdade de comunicação na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Depois da formatura, especializou-se em Comunicação Digital pela USP, Docência para o Ensino Superior pelo Unasp, fez um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e outro em Negócios Internacionais pela Universidade da Califórnia (Irvine), nos Estados Unidos. Também possui mestrado em Comunicação & Consumo e este ano iniciará o doutorado em Marketing. LH já trabalhou na área de mídia digital e planejamento de comunicação em agências como McCann Erickson (hoje WMcCann), Publicis e DPZ, cuidando da comunicação de clientes como Bradesco, GM, Telefônica, Claro, Unilever, Nestlé, Goodyear e Mastercard. “Esses trabalhos me renderam os prêmios MaxiMídia e MSN de Estratégia Digital”, revela. Atualmente, LH é sócio-diretor da Synergic Comunicação Corporativa, que atua nas áreas de comunicação interna e endomarketing, comunicação com investidores, comunidade, imprensa e gerenciamento de crises. “Temos em nossa carteira clientes como Villares Metals, BorgWarner, PPG, Padtec, KSPG, Maxion Wheels, entre outros. Também sou sócio da Organit, agência de estratégia digital e experiência do usuário, e consultor de marketing para o Unasp campus Engenheiro Coelho”, conta ele, que desde 2003 é professor do curso de Comunicação Social da instituição, onde também coordena dois cursos de pós-graduação. Realização pessoal

Para LH, a vida de publicitário é uma realização pessoal. “É a oportunidade de se envolver profundamente com diversos negócios e contriIMAGENS: ARQUIVO PESSOAL


“Os diferenciais técnicos de um produto são irrelevantes se não houver identificação com a marca. É preciso conhecer, compreender e perceber valor nela” buir para o sucesso de inúmeras iniciativas. Não há rotina e não há marasmo. Em um mesmo dia você pode estar envolvido com um evento para o mercado de parafusos, com o desenvolvimento de um aplicativo de última geração, participar de uma reunião para lançar um projeto humanitário e ainda terminar a sessão com uma apresentação de campanha para os sócios de um restaurante. É gratificante haver valor em seu capital intelectual, que, no fim, é o que os clientes acabam contratando”, analisa. Além disso, é preciso ter muita disposição para o trabalho, vontade de aprender e gostar de relacionamentos interpessoais. LH conta que o mercado profissional é muito competitivo. Hoje, a publicidade cumpre o papel de entender as expectativas do consumidor e busca em sua visão de mundo e em sua memória afetiva as conexões corretas para com a marca. “Portanto, mais do que nunca, os diferenciais técnicos de um produto são irrelevantes se não houver identificação com a marca. É preciso conhecer, compreender e perceber valor nela. Esses são os passos iniciais e primordiais para o sucesso no mercado atual.” Segundo o professor, para que tal sucesso seja atingido, as empresas também precisam estar cientes de que a publicidade funciona como um mecanismo chave-fechadura. “O marketing das empresas e as competências das agências precisam estar conectadas. Não adianta esperar todas

as soluções da agência se não houver um trabalho bem alinhado por parte da empresa. Sob forma de campanhas e ações promocionais, as agências ajudam os profissionais de marketing a planejarem ações de comunicação e materializarem as ideais propostas”, explica. A cada ano, o mercado de trabalho recebe novos profissionais. Durante a formação, existe o desafio de direcionar o potencial desses futuros publicitários para a produtividade nos moldes que o mercado exige. “Menos teoria e mais casos práticos, menos tempo em sala de aula e mais tempo nos pontos de venda (PDVs), observando o comportamento do consumidor. Isso pode cumprir parte do objetivo. A outra parte depende das escolhas pessoais e do nível de maturidade”, esclarece. Apesar de todos os desafios profissionais, LH compartilha que não se arrepende de ter trocado odontologia por comunicação, há quase 20 anos. Entre todo o trabalho desenvolvido até aqui, ele entende que ainda há muito a ser feito. Na lista de sonhos para realizar está a solidificação de empresas nas quais é sócio e a fundação de uma Associação de Suporte às Escolas de Educação Básica para o ensino inclusivo. Mas o seu maior sonho não tem relação com a publicidade que exerce. “Nenhum desses planos pode superar o sonho de um dia estar com minha família no céu, ao lado de Jesus”, finaliza.

Sob forma de campanhas e ações promocionais, as agências ajudam os profissionais de marketing a planejarem ações de comunicação”

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Estilo

Novo na idade,

velho na aparência Proteja sua pele do fotoenvelhecimento Por Emanuelle Sales, criadora do blog Bonita Adventista

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ol. Como é lindo e brilhante! Ele nos aquece, alegra o nosso dia e ajuda o corpo a absorver cálcio e fósforo. Mesmo assim, é chamado de “inimigo da pele”. Saiba que não existe problema nenhum com o sol, mas sim com quem destrói diariamente a camada de ozônio, responsável por nos proteger dos raios que, chegando diretamente a nós, são prejudiciais. Muita gente, tentando fugir dos efeitos da idade, recorre às cirurgias plásticas, aos tratamentos estéticos e inúmeros produtos cosméticos que estão à venda no mercado. Ninguém quer parecer mais velho. Mas o que fazer para proteger o corpo inteiro da ação negativa do tempo? Vaidosos, milhares de jovens valorizam apenas o uso de roupas bonitas, maquiagens bem feitas, belos sapatos e cortes de cabelo. Nem pensam em problemas com o sol, afinal, mesmo abusando do bronzeado, usando roupas descobertas e ignorando o protetor solar, a pele continua ótima. Por serem pessoas novas, seus corpos possuem mecanismos que corrigem boa parte dos danos da exposição ao sol. Mas o tempo passa para todos, e chega um momento em que as pequenas partes que o organismo não deu conta de regenerar são acumuladas e ficam bem visíveis. Aí, fica fácil perceber que a pele está envelhecida, sem elasticidade, com manchas e, na pior das hipóteses, com início de câncer. Isso acontece principalmente no rosto, colo, braços e mãos, que são as regiões mais expostas aos raios. Para cuidar da aparência, o certo é fazer um investimento a longo prazo, e o uso do bloqueador solar é um dos maiores passos para alcançar esse objetivo.

Raios UVA e UVB Existem dois tipos de raios ultravioletas dos quais devemos nos proteger. O famoso UVA é o que causa o fotoenvelhecimento. Ele penetra nas camadas mais profundas da pele. Hoje, a camada de ozônio consegue bloquear apenas 5% dessa radiação. Já os raios UVB, que nos deixam vermelhos após um banho de sol, é o causador do câncer de pele. A camada de ozônio bloqueia 95% desses raios, mas os 5% que vêm diretamente a nós são muito perigosos.

Protetor solar já! Sabendo disso, adquira rapidamente um protetor solar. Prefira um que tenha maior fator de proteção, como o de filtro 60. Ele deve ter proteção UVA e também UVB. Se sua pele for oleosa, escolha um produto oil free (sem óleo na composição). Independente do dia estar ensolarado, chuvoso ou nublado, o uso do bloqueador solar é indispensável, pois as nuvens não são capazes de reter os raios ultravioletas.

IMAGENS: shutterstock/canstockphoto

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Fe

Roupão da

FE auxiliará projeto que busca resgatar ex-membros adventistas Por Vanessa Moraes

Sair é fácil, voltar é difícil. Para sair, a pessoa sai sozinha. Para voltar, ela precisa de alguém que a ajude nessa caminhada”. Essas são palavras do pastor Erton Köhler, presidente sul-americano da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), referindo-se àqueles que abandonam a fé cristã e se desvinculam das mãos de Jesus. Entre os anos 2000 e 2012, mais de 13,6 milhões de pessoas se uniram à IASD, principalmente por meio do batismo. Durante o mesmo período, 5,9 milhões de adventistas se desligaram da denominação, e esse número não inclui membros falecidos. O índice mostra perda de 43% de adventistas. Os dados são resultado de uma pesquisa apresentada em outubro de 2013 por David Trim, diretor do Escritório de Arquivos, Estatística e Pesquisa da sede mundial da IASD. “Esses números são muito altos”, disse ele. Em busca de resgatar ex-membros adventistas, o “Roupão da Fé” será um dos projetos contemplados com o apoio da Federação dos Empreendedores Adventistas do Brasil (FE) em 2014. Seu funcionamento se dá por meio de uma visita, um roupão de batismo e um convite para retornar à Igreja. O idealizador do projeto, Marcos Camilo, conta que o “Roupão da Fé” surgiu a partir de um voto feito com Deus. Em 2010, ele conheceu o cantor Eclair Cruz, ex-integrante do quarteto Arautos do Rei, e ambos começaram uma amizade. Cruz sofria de câncer de próstata, e no mês de março daquele ano ligou para Camilo para dizer que seus dias na Terra estavam contados. “Eu queria viver até maio para reencontrar os amigos dos Arautos em uma programação, mas eu não tenho mais vida, o médico me deu 15 dias”, disse. Naquele momento Camilo orou em silêncio: “Senhor, deixe o Eclair viver até maio e a partir do próximo ano eu pregarei todos os dias da minha vida. Se faltar igreja eu vou pregar na Praça da Sé (centro de São Paulo)”. Deus atendeu a oração de Camilo. “Eclair viveu até agosto, e eu fiquei com o meu voto guardado no coração”, afirma. Quando o ano de 2011 chegou, Camilo resistiu ao voto que havia feito com Deus, mas diante de diversas pregações sobre 66

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o tema, decidiu cumprir o que havia prometido. Desde aquela época, ele já era integrante do quarteto Jasd e passou a oferecer semanas de oração a cada convite que recebia para fazer apresentações. Após pregar dezenas de vezes, Camilo ficou desmotivado. Ao conversar com seu irmão, que é pastor, percebeu que os batismos poderiam ser a fonte de sua motivação. Assim, ele resolveu visitar ex-adventistas. Um dia, na igreja, viu o armário de roupões batismais aberto e teve vontade de levar aquelas peças para pessoas afastadas da Igreja. Naquele momento, o voto que Camilo fez com Deus se transformou em projeto. As visitas eram marcadas por um presente: um kit contendo o livro “A Grande Esperança”, o DVD “O Grande Conflito”, apresentado pelo pastor Luís Gonçalves, o roupão batismal e uma ficha de batismo. Camilo lê Gênesis 19:17 e faz um apelo para que a pessoa aceite o rebatismo. Para não haver conflitos, Camilo conversa com o pastor da igreja para saber da possibilidade de batizar a pessoa a ser visitada. Antes de bater de porta em porta, é feito um levantamento de pessoas a serem visitadas, a semana de oração é preparada e o tanque batismal fica pronto durante todo o período evangelístico. Entre abril de 2011 e novembro de 2013, o Roupão batizou 2073 pessoas, visitou milhares de lares e realizou 114 semanas de oração. Das pessoas visitadas, cerca de 50% são rebatizadas pelo projeto. A outra metade continua sendo assistida pela Igreja e há respostas de pessoas que decidem ser rebatizadas posteriormente. Hoje, quatro obreiros mantidos pelo Roupão visitam lares em todo o Brasil, a fim de divulgar a ideia. Em 2014, a FE ajudará a patrocinar o projeto, que pretende se expandir inclusive para outros países, como os Estados Unidos. “Sonhamos que o ‘Roupão da Fé’ chegue às igrejas de todo o país”, almeja Marcos Camilo. Para adquirir o DVD do projeto, saber mais sobre seu funcionamento e implantá-lo em uma Igreja Adventista, entre em contato por meio do telefone (11) 3104-5621. ILUSTRAÇÃO: CAPA DO DVD DO PROJETO





Profissão

uma função, diversas atividades Assim é a vida de um assessor de imprensa, um profissional que precisa compreender a prática das redações e conhecer os interesses jornalísticos da empresa para a qual trabalha Por Karla Ehrenberg, doutoranda em Comunicação Institucional e Mercadológica e professora dos cursos de Comunicação Social do Unasp-EC

E

m um mundo regido pela informação, as notícias jornalísticas publicadas em jornais, revistas, sites, blogs e redes sociais têm ganhado cada vez mais destaque social. É indiscutível a influência dos conteúdos informacionais na vida dos cidadãos, seja para saber sobre os acontecimentos do dia, sobre uma denúncia de corrupção ou simplesmente para conhecer a previsão do tempo e a situação do trânsito. As empresas reconhecem que o jornalismo é parte importante da dinâmica social. Portanto, algumas delas buscam aparecer como personagens, exemplos ou destaque. É neste ponto que surge a necessidade do trabalho de um profissional especializado, o assessor de imprensa. Formação e atuação

Não existem faculdades de assessoria de imprensa, no entanto, é necessário ter formação 70

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acadêmica na área de comunicação, especificamente em jornalismo. No Brasil, o sindicato dos jornalistas agrega essa função, contudo, em países da Europa e nos Estados Unidos ela é realizada também por profissionais de relações públicas, que são capacitados para atuar em questões institucionais ligadas a assuntos internos e externos. Quem deseja se especializar nessa área deve estudar jornalismo e fazer cursos de pós-graduação, participar de palestras, eventos específicos e se desenvolver com a prática profissional. O trabalho do assessor consiste basicamente em estabelecer e fortificar o relacionamento entre a empresa e a imprensa. Esse profissional atua dentro das instituições ou em assessorias terceirizadas para produzir conteúdos jornalísticos empresariais e instituir contato com a mídia em si. Os materiais informativos são produzidos em forma de revistas, jornais e boletins direcioIMAGENS: CANSTOCKPHOTO


O trabalho do assessor consiste basicamente em estabelecer e fortificar o relacionamento entre a empresa e a imprensa nados para os públicos internos, como funcionários e acionistas, e para os externos, como consumidores, fornecedores e a sociedade em geral. As mídias on-line também têm se destacado como um meio de divulgação institucional. Sites, blogs e redes sociais funcionam como um elo entre a empresa e seus diversos públicos, pois são uma ferramenta de divulgação e posicionamento da marca. Responsabilidades

O principal instrumento de trabalho do assessor de imprensa é o release, um texto bastante objetivo que tem como principal função mostrar para o jornalista do veículo de comunicação que a empresa pode ser utilizada em uma matéria jornalística. O release não pode nunca ser confundido com um anúncio ou com uma reportagem pronta, ele é apenas uma sugestão de tema para que, posteriormente, o jornalista desenvolva o conteúdo de acordo com as características e interesses do veículo para o qual trabalha. O release é uma indicação de que os produtos da empresa, bem como suas atividades e representantes, podem ser fontes ou temas de algum conteúdo jornalístico. Após a elaboração desse texto, o assessor deve enviá-lo para todos os jornalistas que atuam em alguma editoria cujo tema chame a atenção. Para que isso aconteça, o profissional deve ter contatos que possam ir além da simples lista de e-mails, pois é importante incluir o conhecimento real sobre o perfil e o trabalho dos colegas de redação. Só assim o relacionamento será efetivamente construído. Com o envio realizado, o profissional entra em contato com as redações para certificar-se de que o material foi recebido. Essa prática é chamada de follow up. Depois, caberá ao assessor auxiliar o jornalista em tudo o que necessitar, caso este decida utilizar a empresa na elaboração de suas reportagens. Esse auxílio consiste na disponibilidade de representantes da empresa para entrevistas, fotos, entre outros. Isso deve ser feito de maneira rápida e

eficiente, pois os jornalistas sempre estão com pressa e trabalham com prazos curtos. Depois de realizar os passos anteriores, o assessor deve elaborar um relatório conhecido como clipping, que deve conter todas as publicações em que a empresa foi citada em um dado período (um mês ou um trimestre, por exemplo) para depois fazer uma análise quantitativa e qualitativa a fim de saber, com precisão, a intensidade, a qualidade e a eficácia do trabalho desenvolvido. O assessor também é o responsável por avaliar quando uma coletiva de imprensa se faz necessária (e elaborá-la), preparar um kit de divulgação (o Press Kit), realizar o trabalho de treinamento das fontes para atuar em entrevistas, processo conhecido como media training, e também por auxiliar efetiva e estrategicamente a empresa em casos de crise. Apesar de todas as técnicas e da rotina de trabalho, a atuação do assessor de imprensa não deve ser uma atividade meramente operacional. Ele deve ter uma visão estratégica e saber os interesses mercadológicos da empresa. É preciso que ele conheça profundamente a identidade da instituição para atuar na construção de uma imagem e reputação positivas e sólidas. É importante que tenha conhecimentos sobre a vida das redações jornalísticas para oferecer temas interessantes e exercer o seu trabalho da melhor maneira possível. Na igreja

Segundo Felipe Lemos, gerente da assessoria de comunicação da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) para a região sul-americana, o assessor pode contribuir com a Igreja quando cria relacionamento com a mídia local, ajuda a tornar relevante para a sociedade os projetos e ações da Igreja, conta com a ajuda de profissionais da comunicação de sua região em termos de divulgação e apresenta o que as instituições adventistas realizam, já que elas são sólidas, sérias e não estão envolvidas com corrupção ou ataque a outras denominações. REVISTA MAIS DESTAQUE

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Infantil

Que susto! Por João Carlos Pereira | Adaptação: Bárbara Kopitar

E

m um belo sítio morava uma família muito feliz: o papai, a mamãe e Beto. O garotinho tinha um gato chamado Leo e um cachorrinho chamado Nico. Desde que Beto era um bebê, os animais já gostavam dele. A mamãe colocava Beto na rede para dormir, e se ele acordasse chorando, lá vinham correndo seus amigos de estimação. Nico colocava o focinho na rede e a empurrava para Beto parar de chorar. Eles se tornaram grandes amigos. Conforme Beto crescia, aprendia a tratar bem os animais. Ele dava comida e água para Nico e Leo, colocava a cama deles no sol e limpava a sujeira que faziam. Eles se divertiam muito e estavam sempre juntos. No sítio onde Beto morava não havia água encanada, por isso, sempre que precisava, a mamãe ia até o poço retirar água. Ela desenrolava a corda, jogava o balde lá no fundo, puxava-o de volta e ele vinha cheio de água. Como o poço não era muito fundo, o papai não tampou. Os pais de Beto sempre repetiam: – Filho, nunca chegue perto do poço sozinho. É muito perigoso. Se você cair lá dentro, não terá como sair e poderá morrer afogado. Beto gostava muito de ver a mamãe tirando água do poço. Sempre que ela ia até lá, Beto, Leo e Nico estavam atrás. E cada vez que iam juntos ao poço, a mamãe repetia para Beto: – Nunca venha sozinho até aqui, filho. É perigoso demais. Beto já tinha cinco anos. Certo dia, o papai cuidava do sítio enquanto a mamãe cuidava da Bia, irmã de Beto, que tinha nascido há poucos meses. Então, algo terrível aconteceu. Beto desobedeceu às ordens dos pais e foi sozinho até o poço. Seus amigos inseparáveis, Leo e Nico, foram com ele. Chegando lá, Beto começou a desenrolar a corda. Quando se inclinou para frente para jogar o balde dentro do poço, perdeu o equilíbrio e caiu de cabeça. Lá do fundo ele começou a gritar: – Socorro! Alguém me ajude, por favor! Do lado de fora, Nico e Leo ficaram desesperados. Nico começou a latir sem parar, Leo miava alto. De dentro da casa, a mamãe escutou o barulho e chamou o papai:

– Os bichos estão desesperados, querido! Corra, algo aconteceu com o Beto! O casal foi correndo até o poço. A mamãe rapidamente jogou o balde e gritou: – Beto, agarre o balde e o segure com toda a sua força! Beto obedeceu imediatamente. Então, a mamãe puxou o balde e Beto veio pendurado na corda. Que susto! A sorte é que o poço não era fundo, por isso Beto não se afogou. Ele pulou para o colo da mamãe e a abraçou bem forte. Ela lhe deu um banho quentinho e o embrulhou em um cobertor. Beto estava bem, mas muito assustado. Ele ficou sentado quietinho no sofá, ao lado de seus fiéis amigos Leo e Nico. Então ele mesmo disse: – Papai e mamãe, me desculpem. Eu nunca mais vou desobedecer vocês. Acho que aprendi a lição. – Sim, filho – disse o papai – Nós sabemos o que é melhor para você. E se o proibimos de algo é porque sabemos do perigo que você corre. – Estou contente que tudo tenha terminado bem – disse a mamãe – Mas levei um susto enorme! Sabe o que eu também percebi? Você tem amigos realmente muito especiais. Hoje, o Nico e o Leo salvaram a sua vida. E isso é porque você sempre cuidou deles com muito carinho e amor. Acho que hoje você aprendeu duas lições muito importantes: nunca desobedecer o papai e a mamãe e tratar os animais sempre com carinho. A amizade deles é muito sincera e um dia pode salvar a sua vida.

Essa e outras histórias você encontra no site: www.tiahelenita.com.br

Ilustrações: Madalena Irokawa

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Seu direito

Contrato de gaveta Prática informal pode acarretar riscos ao seu investimento

U

ma das principais definições da palavra contrato é “acordo, trato em que duas ou mais pessoas assumem certos compromissos ou obrigações, ou asseguram entre si algum direito”. O contrato de gaveta, como o próprio nome sugere, não é oficial. É um acordo particular existente somente entre as partes, o que é vedado, no caso de imóveis, cujas transações devem ser publicidade, ou seja, todos podem ficar sabendo. Geralmente, essa situação ocorre quando alguém quer vender um imóvel e o comprador tem as condições financeiras para adquiri-lo, porém, não pode passar a documentação para o seu nome. Diante disso, fazem um contrato de conhecimento somente entre os dois, e o novo proprietário paga o imóvel como se fosse o antigo proprietário. Hoje em dia, muitas pessoas compram imóveis através do velho e conhecido contrato de gaveta. Essa prática ainda é muito comum, e os tribunais estão repletos de processos advindos de grandes confusões que estes ocasionam. Comprar um imóvel já financiado pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH) com o contrato de gaveta, a fim de não passar o imóvel para o nome do adquirente e não ter que transferir o financiamento do SFH, é uma situação bastante comum, porém, na maioria dos casos, complicada, pois esse tipo de procedimento não é seguro. 74 REVISTA REVISTA MAIS MAIS DESTAQUE DESTAQUE

ARTE: ROGÉRIO VIOLA JUNIOR IMAGENS: CANSTOCKPHOTO

Riscos O contrato de gaveta realizado entre o mutuário que tem financiamento com o banco e um terceiro traz riscos que podem prejudicar o comprador. É a causa de milhares de processos nos tribunais, uma vez que 30% dos mutuários brasileiros são usuários dessa prática. As situações mais comuns são: • O proprietário antigo, usando de má fé, poderá vender o imóvel para outra pessoa, uma vez que a venda não foi registrada no Cartório de Registro de Imóveis. • O imóvel pode ser penhorado por dívida do antigo proprietário e corre o risco de ser leiloado. Sendo assim, o detentor do contrato de gaveta perde o imóvel e o dinheiro investido. • O antigo proprietário pode falecer e o imóvel ser inventariado e destinado aos herdeiros. • O próprio vendedor pode ser prejudicado, caso o comprador fique devendo taxa de condomínio ou impostos do imóvel, pois estará sujeito a ser acionado judicialmente por constar ainda como proprietário do imóvel.

Muitas pessoas compram imóveis através do velho e conhecido contrato de gaveta. Essa prática ainda é muito comum

Ricardo Abrusio é advogado Tributário e Empresarial ricardo@abrusio.com.br


Validade de quitação É possível anular a transferência do contrato de gaveta?

Irregular? A Caixa Econômica Federal (CEF) é a maior financiadora de imóveis do país. Ela considera o contrato de gaveta irregular porque, segundo o artigo 1º da Lei 8.004/90, alterada pela Lei 10.150/00, o mutuário do SFH tem que transferir a terceiros os direitos e as obrigações decorrentes do respectivo contrato. Exige-se que a formalização da venda se dê em ato concomitante à transferência obrigatória na instituição financiadora. Nos tribunais, a situação foi pacificada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, em diversos julgados, tem reconhecido a possibilidade da realização desse tipo de contrato para considerar legítimo que o cessionário do imóvel financiado discuta em juízo as condições das obrigações e direitos assumidos, porém, sempre com a anuência do agente que financiou o imóvel.

O STJ reconhece que se o contrato de gaveta já se consolidou no tempo, ou seja, transcorreu o prazo do financiamento com o pagamento de todas as prestações previstas no contrato, e não houve nenhum problema, então, não é possível anular a transferência, por falta de prejuízo direto ao agente do SFH.

A anuência é obrigatória? Para os ministros da 1ª Turma do STJ, a anuência do agente financeiro no processo de transferência do financiamento é obrigatória, por ser o mútuo hipotecário uma obrigação personalíssima, que não pode ser cedida, no todo ou em parte, sem expressa concordância do credor. Porém, quando o financiamento já foi integralmente pago, com a situação plenamente consolidada no tempo, é de se aplicar a chamada “teoria do fato consumado”, reconhecendo-se não haver como considerar inválido e nulo o contrato de gaveta (Recurso Especial nº 355.771).

Esses contratos são regularizados? Em uma tentativa de eliminar os contratos de gaveta foi aprovada, em outubro de 1966, a lei 10.150, que previu a regularização de todos esses contratos até 25/10/1966, sem a anuência da instituição financeira que havia financiado o imóvel. No entanto, dessa data em diante, as transferências somente poderiam ser regularizadas com o devido consentimento da instituição que financiou o imóvel. “Como se pode observar, a referida lei demonstra a intenção do legislador de validar os chamados ‘contratos de gaveta’ apenas em relação às aquisições feitas até 25 de outubro de 1996. Manteve, contudo, a vedação à cessão de direitos sobre imóvel financiado no âmbito do SFH, sem a intervenção obrigatória da instituição financeira, realizada posteriormente àquela data.” Essa decisão foi proferida pelo então ministro do STJ Teori Zavascki, hoje Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Questão tributária Para a Receita Federal, pouco importa se o contrato é de gaveta ou se a compra e a venda foram realizadas através de escritura e registradas em cartório. O que importa é se a negociação foi declarada pelas partes e os impostos devidamente lançados e pagos. Ocorre que muitos contratos de gaveta são feitos exatamente para sonegar impostos ou utilizar recursos que não foram declarados para a Receita Federal. Temos aqui mais um risco sério: a não declaração da transação imobiliária e da provável sonegação sobre “ganhos de capital”. As multas são pesadíssimas.

Siga a lei A compra de um imóvel é totalmente formal, ou seja, é importante seguir os comandos da lei para ter validade jurídica, caso contrário, há a possibilidade de perder o imóvel comprado de maneira irregular.

O que fazer? Diante dos riscos apresentados, se o leitor tem um contrato de gaveta, é melhor regularizar a transferência o quanto antes, ou pelo menos procurar um escritório de advocacia para que a operação de compra e venda seja ajustada com o mínimo de risco para as partes contratantes.

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Louvai

Instrumentos musicais do Senhor “Com eles, pois, estavam Hemã e Jedutum, com trombetas e címbalos, para os que haviam de tocar, e com outros instrumentos de música de Deus...” (I Crônicas 16:42)

D A Bíblia revela que Deus determina a seu povo a construção de instrumentos musicais, nos ensinando que Ele é Senhor sobre todos os sons

Társis Iraídes é pastor e Conselheiro Espiritual da Escola Bíblica da Rede Novo Tempo de Comunicação

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esde o início do mundo, o homem busca desvendar alguns enigmas. “Os mistérios da luz e do som, do dia e da noite – tudo era objeto para estudo, aos alunos da primeira escola terrestre” (Educação, p. 21). Como você acabou de ler, o som sempre foi um mistério. Gênesis 4:21 afirma que Jubal é o pai de todos os que tocam harpa e flauta. Por trás dessa afirmação existem muitos conceitos, e nesta edição vamos estudá-los. Jubal foi quem descobriu os princípios sonoros (que utilizamos até hoje) ao desenvolver os primeiros instrumentos musicais com sistemas distintos. Ele não se contentou apenas com o próprio corpo para fazer música, mas foi além em prol de uma experiência musical mais abrangente, determinada por sua criatividade. É por isso que encontramos uma infinidade de instrumentos musicais em todas as culturas, elaborados com os mais variados materiais. Inclusive, nos tempos modernos, Pitágoras e Johann Sebastian Bach, grandes ícones do “temperamento igual”, contribuíram para um gigante salto nas pesquisas relacionadas ao som. O desenvolvimento dos instrumentos musicais sempre ocorreu de forma gradual e crescente. “Deus permitiu que uma inundação de luz fosse derramada sobre o mundo, em descobertas científicas e artísticas...” (O Grande Conflito, p. 522). Nos tempos bíblicos, os materiais utilizados na confecção dos instrumentos eram a madeira, vísceras (usadas em alguns tipos de instrumentos de cordas), peles de animais (usados nos instrumentos de percussão) e cordas. As referências instrumentais que possuímos hoje derivam primariamente da iconografia, isto é, “do estudo dos assuntos representados nas obras de arte, de suas fontes e de seu significado”, segundo o dicionário. IMAGENS: CANSTOCKPHOTO | Stock.XCHNG



Louvai Espírito de Profecia Muitas pessoas acreditam em teorias sobre instrumentos musicais e acabam provocando inconsistências entre o que diz a Bíblia e o Espírito de Profecia. A verdade é que existe harmonia entre os dois. Ao falar sobre instrumentos musicais, Ellen White leva sempre em consideração o próprio sentido do texto bíblico. É necessário aplicar os mesmos princípios de interpretação bíblica aos seus escritos para enxergarmos tal harmonia. No contexto do grande conflito entre as forças do bem e do mal, ela levanta aspectos negativos, mas também positivos sobre os instrumentos. (Na próxima edição de Louvai nos aprofundaremos um pouco mais neste assunto). No livro Patriarcas e Profetas, página 610, Ellen White menciona um trecho bíblico que fala sobre o louvor de Saul, logo após sua unção. “Na planície de Tabor encontrou três homens que iam adorar a Deus em Betel. (...) Em Gibeá, sua cidade, um grupo de profetas, voltando do ‘lugar alto’, cantava o louvor de Deus, com música de flautas e harpas, saltérios e tambores. Aproximando-se Saul deles, sobreveio-lhe o Espírito do Senhor e ele também tomou parte em seu cântico de louvor, e com eles profetizou (...)”. Nesse texto estão presentes os instrumentos musicais mais utilizados na adoração pessoal e pública do velho testamento. Saul e os três profetas oferecem uma adoração ao Senhor com sacrifício e música. A respeito dos instrumentos musicais, essa é uma citação positiva da autora, que preserva o sentido original. Ela também afirma que o episódio se trata de um culto com um cântico específico de louvor, até mesmo porque a expressão original para ofertas pacíficas em I Samuel 10:8 é shelem, isto é, sacrifício voluntário de ações de graças, o “louvor de Deus”, que neste caso foi acompanhado por flautas, harpas, saltérios e tambores, representando os elementos essenciais da música (melodia, harmonia e ritmo). Esse é apenas um dos textos que comprova a harmonia existente entre o Espírito de Profecia e a Bíblia no quesito adoração. Resta-nos estudar cuidadosamente as referências a fim de termos uma visão correta sobre o assunto. Instrumento perfeito

Os instrumentos musicais representam estudos acústicos realizados ao longo de milhares de anos. Representam também a musicalidade humana em sua plenitude, já que todos eles possuem alguma relação com o corpo humano e sua fisiologia. Qualquer instrumento, para ser executado, precisa de dedos, pulmão, braços, pernas, olhos, ouvidos, entre outras partes do corpo. O apóstolo Paulo afirma que os instrumentos musicais são inanimados, ou seja, não possuem vida, mas, por outro lado, devem transmitir uma linguagem que possa ser entendida por todos, para comunicar as verdades bíblicas e conduzir nossos louvores ao Senhor (I Coríntios 14:7). “É a mente que adora a Deus” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 426). Sendo assim, o cérebro é mais que um simples apreciador da música, é o centro de controle de um organismo muito complexo que foi criado pensando em música. O ser humano é o instrumento musical mais perfeito criado por Deus, 78

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Na escala dos valores musicais de Deus, o homem está em primeiro lugar por isso, encontramos: “O corpo será por eles considerado uma estrutura maravilhosa, formada pelo Arquiteto Infinito, e a eles entregue para manterem essa harpa de mil cordas em atuação harmônica” (The Health Reformer, setembro de 1871). Ou seja, os instrumentos musicais são inanimados e só recebem vida quando os executamos, especialmente, por serem condutores de nossas ideias e emoções. É numa vida de louvor que Deus confirma o seu ideal para a execução instrumental. Na escala dos valores musicais de Deus, Sua obra-prima, o homem, está em primeiro lugar, depois vêm os demais instrumentos. “Há algo especialmente sagrado na voz humana. Sua harmonia e seu sentimento subjugado e inspirado pelo Céu supera todo instrumento musical. A música vocal é um dos dons de Deus aos homens, um instrumento que não pode ser sobrepujado ou igualado quando o amor de Deus inunda a alma… Se fosse santificado e refinado, poderia realizar grande bem, derrubando as barreiras do preconceito e da descrença empedernida e sendo um meio de converter almas” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 335). Quando a Bíblia revela que Deus determina a seu povo a construção de instrumentos musicais (II Crônicas 7:6) e a instituição de um departamento específico para administrar os sacrifícios de louvor e ação de graças (II Crônicas 29:25), está nos ensinando que Deus é Senhor sobre todos os sons, sobre todos os instrumentos e detém o conhecimento de toda a ciência acústica. Por outro lado, tais conhecimentos foram transferidos ao homem, que foi criado levando em consideração tal ciência, e ao Seu povo. Este, por sua vez, é elevado acima de todas as outras nações, principalmente em termos de responsabilidades com a estética, a música e o louvor. “Ninguém que tenha um Salvador morando no coração O desonrará diante dos outros tirando de um instrumento musical sons que desviarão o espírito de Deus e do Céu para as coisas levianas e frívolas” (Testimonies, v. 1, p. 509 e 510). IMAGEM: CANSTOCKPHOTO





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Evangelistas brasileiros apoiam projeto missionário em Angola Durante 2013, 37 mil pessoas foram batizadas por meio do evangelismo Por Equipe ASN

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o ano do evangelismo nas grandes cidades, a Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) de Angola resolveu realizar um grande impacto na cidade de Luanda, capital do país. O encerramento do programa aconteceu entre os dias 4 e 8 de dezembro de 2013. Angola está em uma fase de reconstrução. A população viveu uma experiência de guerra e, até hoje, existem muitas sequelas na vida de seus moradores. “A gente ainda sente um cheiro de guerra no ar e nos olhos de muitas pessoas”, descreve o pastor Luís Gonçalves, líder de evangelismo para a América do Sul. “Quando se olha para Luanda, se vê uma cidade totalmente em obras, muitos chineses, portugueses, brasileiros e pessoas de outros países trabalham arduamente, em conjunto com os angolanos, na construção de uma nova cidade e, eu diria, de um novo país”, descreve. É nesse contexto que aconteceu o movimento de evangelismo denominado “Luanda para Cristo”. Durante o ano de 2013, o Brasil contribuiu com o envio de mais de 50 pastores para implementar a estrutura básica de evangelismo e realizar campanhas de colheita. A Divisão Sul-Americana (DSA) também enviou o pastor Luís Gonçalves para realizar a colheita final desse projeto. Gonçalves relata que entre os dias 4 e 8 de dezembro falou No sábado, 7 de dezembro, 90 mil pessoas compareceram a programas evangelísticos realizados em dois estádios

Pastores participaram do Evangelismo Escola, programa voltado a líderes e realizados no Brasil

para cerca de 30 mil pessoas por noite em um estádio de futebol chamado Coqueiro. No sábado, 7, às 9h da manhã, falou em um estádio para 40 mil pessoas, e às 11h, em outro, para mais 50 mil espectadores. Pessoas comuns, profissionais liberais, professores, funcionários do governo, empresários, uma deputada federal e outras pessoas de influência em Luanda aceitaram a Jesus e foram batizadas. Inclusive, o procurador geral da República é adventista do sétimo dia. Até agora, por meio desse projeto, 37 mil pessoas já foram batizadas durante o ano de 2013. Além do evangelismo em Luanda, foi possível realizar uma escola de evangelistas com mais de mil anciãos, bem como uma réplica do Evangelismo Escola para todos os pastores da capital. “O povo de Angola é maravilhoso. Eles têm fome e sede da palavra de Deus. Seria muito bom se todos os povos da terra tivessem esse desejo ardente”, constata Luís Gonçalves. “Estou mais convencido do que nunca de que não basta ser adventista, tem que ser evangelista”, declara o pastor.

Além do evangelismo em Luanda, foi possível realizar uma escola de evangelistas com mais de mil anciãos

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ADRA na América do Sul envia

recursos arrecadados para Filipinas Mais de 330 mil pessoas devem ser beneficiadas este ano com as ações da agência adventista Por Equipe ASN

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pós a passagem do tufão Haiyan pelas Filipinas, no início de novembro do ano passado, a rede internacional da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) se mobilizou para enviar profissionais e recursos para ajudar nas necessidades imediatas dos afetados. No Brasil, a ADRA lançou uma campanha on-line para angariar donativos destinados ao país. Até o dia 30 de novembro, data de encerramento das doações, foram arrecadados mais de 97,2 mil reais. “Quando ocorrem situações como esse megadesastre, a resposta em auxílio aos afetados deve ser a mais rápida possível, pois, desta forma, vidas são salvas”, explica o pastor Günther Wallauer, diretor da ADRA para a América do Sul. “A agência iniciou seus trabalhos já na primeira semana após o tufão ter devastado parte do país. O rápido envolvimento dos escritórios da organização em outras nações foi fundamental para que os recursos financeiros, materiais e profissionais chegassem às Filipinas rapidamente.” A ADRA sul-americana, com sede em Brasília, ainda enviará outros 35 mil dó-

lares de seus fundos para emergências (cerca de 82,3 mil reais). De acordo com um relatório do departamento de Bemestar Social e Desenvolvimento das Filipinas, divulgado no dia 2 de dezembro, 14,9 milhões de pessoas foram afetadas pelo tufão. Elas estão espalhadas por 588 municípios. “No Brasil, iniciamos imediatamente uma campanha de arrecadação em dinheiro para dar a oportunidade de as pessoas ajudarem o próximo, mesmo tão distantes desse lugar”, acrescenta Wallauer. A ADRA já auxiliou 17,8 mil pessoas com alimentos em Northern Cebu e Iloilo. Outras 2,1 mil receberam água e, até o início de janeiro, outros 12,5 mil moradores foram ajudados com alimentos, abrigos e banheiros provisórios. Agora, a equipe está estabelecendo projetos que serão implantados com a ajuda de financiadores. O plano é beneficiar 330,1 mil cidadãos com banheiros, abrigos e distribuição de alimentos. Os recursos arrecadados no Brasil auxiliarão essas iniciativas. Apesar do término da campanha, ainda é possível fazer doações para o país pelo site adra.org.br. Ao acessá-lo, clique no banner SOS Filipinas.

Mulher carrega donativos distribuídos em cidade filipina. Mais de 97,2 mil reais foram arrecadados para ajudar as vítimas

Moradores das Filipinas fazem fila indiana para receber doações da agência adventista

A ADRA já auxiliou 17,8 mil pessoas com alimentos em Northern Cebu e Iloilo. Outras 2,1 mil receberam água e, até o início de janeiro, outros 12,5 mil moradores foram ajudados com alimentos e abrigos

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Pastor Miguel Pinheiro apresenta o quinto Seminário de Enriquecimento Espiritual

IASD lança quinta edição do

Seminário de Enriquecimento Espiritual Em funcionamento há dez anos, projeto enfatiza a comunhão com Deus Por Márcia Ebinger

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o dia 12 de dezembro de 2013, ocorreu o lançamento da 5ª edição do Seminário de Enriquecimento Espiritual (SEE), na sede sul-americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), em Brasília. O tema do novo volume é “Comunhão e Profecia”. O departamento de Mordomia Cristã para a América do Sul, liderado pelo pastor Miguel Pinheiro, é o setor responsável por esse material. A cerimônia foi transmitida ao vivo pelo portal adventistas. org. Líderes sul-americanos da Igreja, nos vários níveis administrativos, acompanharam a transmissão. Durante o evento, o pastor Miguel Pinheiro relembrou que o Seminário vem sendo editado e distribuído há dez anos. “A cada biênio o tema muda, mas a ênfase é a mesma: a busca do Espírito Santo a cada manhã”, explicou. Ao falar sobre o lançamento do Seminário, o pastor Almir Marroni, vice-presidente da IASD para a América do Sul, enfatizou que a proposta dessa iniciativa é enriquecer a vida espiritual dos adventistas. “Trabalhar para Deus, sem Deus, é perda de tempo. Ação sem comunhão produz decepção, e comunhão antes da ação produz a vitória”, destacou o líder, que fez a oração de dedicação do quinto Seminário. No SEE, os materiais utilizados são o seminário (apostila) e o curso presencial de um dia preparatório para a jornada, que, por sua vez, é parte prática do projeto. Durante 40 dias, a pessoa é desafiada a buscar a Deus na primeira hora de cada manhã como parte inicial do processo, para que esse hábito se

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torne um estilo de vida. A comunhão com Deus ao amanhecer é incentivada pela Igreja porque fortalece a espiritualidade. Mudança de vida

Um dos pontos altos da cerimônia foi o testemunho apresentado por Silvia Zimermann, membro da Igreja Adventista do Guará, em Brasília. Silvia contou que passou por uma mudança em sua vida depois que participou do SEE. “Aprendi a me relacionar com Deus, a reconhecer a Sua voz. Não consigo mais sair de casa sem antes buscar o meu Senhor”, relatou. Silvia ainda disse que em certa manhã de sábado, durante seu momento de comunhão com Deus, sentiu que deveria orar por uma pessoa chamada Priscila. O detalhe é que ela não conhecia ninguém com esse nome. Revirou as agendas, mas não encontrou nada. Depois, caiu em seu colo um pequeno papel com esse nome e um número de telefone. “Liguei e falei que havia sido impressionada por Deus a orar por ela e por suas necessidades. Também disse que Deus a amava muito e ouvia suas orações. Para minha surpresa, ouvi dos lábios daquela jovem que, justamente naquela madrugada, ela havia orado dizendo a Deus que Ele não a amava e não ouvia suas orações. Foi um grande privilégio ter sido usada por Deus para aliviar aquele coração”, narrou. Para obter mais informações sobre o SEE, acesse o portal adventistas.org/pt/mordomiacrista. IMAGENS: PORTAL ASN



Fique por dentro

Corrida incentiva vida melhor Aproximadamente mil maranhenses participaram de evento esportivo Por Reginaldo Nascimento Neto

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o dia 1º de dezembro de 2013, a Avenida Litorânea em São Luís, Maranhão, foi o cenário escolhido para a 1ª Corrida e Caminhada Vida e Saúde. O evento foi realizado pelo movimento missionário “Força Jovem”, da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) central de São Luís, e contou com o patrocínio da Associação Maranhense (AMa), Escola Adventista, Serviço Educacional Lar e Saúde (SELS) e empresas locais. Com um percurso de cinco quilômetros para homens e mulheres, o evento foi direcionado a um público de aproximadamente mil pessoas. Além dos corredores, houve prestígio por parte de autoridades políticas e eclesiásticas, admiradores, torcedores e familiares. Com tanto sucesso e notoriedade, a Corrida já foi inserida no calendário esportivo da Federação Maranhense de Atletismo. Segundo Manoel Correa Gonçalves, um dos coordenadores, os objetivos do evento foram anunciar a volta de Jesus, divulgar o nome da Igreja Adventista, promover integração entre os distritos pastorais da capital e incentivar a vida saudável. Foram distribuídos mil kits de lanches naturais, 2,5 mil garrafas de água mineral, 1,4 mil DVDs “O Grande Conflito” e centenas de exemplares da revista “Vida e Saúde”.

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Premiação Os inscritos receberam medalhas de participação. Para as categorias masculina e feminina houve uma premiação especial para os três primeiros colocados, de mil reais, 800 e 500, respectivamente, para:

Masculino

Feminino

1º João Batista da Silva (15’56”)

1º Deuzilene Ramos dos Santos (20’21”)

2º Josimar da Conceição Silva (16’11”)

2º Juliana Sousa de Araújo (21’09”)

3º Werison Rodrigues (16’36”)

3º Dulcelene Silva Cardoso (21’24”)

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO/ IMAGENS: DIVULGAÇÃO



Fique por dentro

Comunicar é preciso Revista Mais Destaque lança versão para região sudeste Por Tatiana Buitrago

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o dia 27 de novembro de 2013, os líderes das nove regiões administrativas da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo estiveram reunidos para realizar um balanço geral do ano e traçar planos para 2014. A tradicional reunião administrativa inaugurou o Espaço Cultural Irineu Stabenow. O auditório, que pertence ao Colégio Adventista de Itaboraí, Rio de Janeiro, é o único na região capaz de reunir mais de 350 pessoas. Um dos principais temas abordados no encontro foi a área de comunicação. O presidente da União Sudeste Brasileira (USeB), pastor Maurício Lima, afirmou que a comunicação, hoje, é uma ferramenta poderosa para a pregação do evangelho e para o desenvolvimento das frentes da igreja, como as áreas missionárias, educacional e saúde. “Por isso nós temos procurado investir nesse setor”, disse. O responsável pelo departamento de comunicação da USeB, pastor Leônidas Guedes, enumerou os investimentos. “Hoje, temos como prioridade estabelecer em todas as sedes

Líderes da USeB pedem as bênçãos de Deus durante cerimônia de lançamento da revista Mais Destaque Sudeste

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de campo Centros de Mídia bem equipados e padronizados na qualidade da TV Novo Tempo. Depois, o maior investimento é em profissionais bem preparados para produzir conteúdo nessa área tão importante da igreja”, declarou. Mais Destaque Sudeste

A Igreja Adventista tem aberto caminho por diferentes meios para pregar o evangelho. Um deles é a nova versão regional da revista Mais Destaque. A Mais Destaque Sudeste, com tiragem de 30 mil exemplares, será trimestral e terá distribuição gratuita. “Deus tem atuado de uma forma tão poderosa que a publicação nacional se tornou pequena para mostrar tudo o que está acontecendo. Procuramos, então, dividir a revista para que ela abrace a importância que cada região tem para a Igreja. E a USeB é um destaque pela forma peculiar em que atua”, explicou o diretor comercial da revista, Rafael Sampaio. O lançamento da primeira edição foi realizado com uma oração de consagração proferida pelo pastor Gustavo Schumann, diretor de comunicação da IASD para a região fluminense. “Cremos que essa revista contribuirá para inspirar os membros, principalmente por conhecerem as bênçãos que Deus tem derramado sobre a sua Igreja. Quando eles não sabem o que está acontecendo, não se motivam. Uma vez que eles passam a ver as bênçãos, se envolvem mais, dão de si e, consequentemente, sentem-se comprometidos em participar dos eventos da igreja.” A União Sudeste já está integrada no novo portal adventista e usa as redes sociais para comunicar o que acontece em seu território. Ainda assim, os administradores acreditam no meio de comunicação impresso, capaz de alcançar diversos públicos em diferentes lugares. Além dessa conquista, a USeB está bem próxima de ter mais um sonho concretizado este ano: o sinal aberto da TV Novo Tempo em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Vitória. “Estamos em negociação para que isso aconteça logo. Nós louvamos a Deus e acreditamos que tudo isso vai contribuir para o avanço na pregação do evangelho”, acredita o pastor Maurício Lima. IMAGENS: DIVULGAÇÃO


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Evidências

Os grandes exploradores Arqueólogos apaixonados pela historicidade do passado buscaram desenterrar antigas civilizações mencionadas na Bíblia Parte 1 Arqueólogo britânico Austen Henry Layard

Houve homens e mulheres sinceros e motivados pelo interesse de diminuir a ignorância da sociedade em relação ao seu próprio passado Rodrigo Silva é doutor em Teologia Bíblica

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á pouco mais de 200 anos havia uma enorme ignorância a respeito do passado da humanidade. Se não fossem os poucos escritos preservados como os de Heródoto, Virgílio, Tácito ou a própria Bíblia, praticamente nada saberíamos do mundo que antecedeu a nossa geração. Mas isso começou a mudar a partir do final do século 18, com a chegada de corajosos exploradores que deram início ao que chamamos de arqueologia clássica. Muito do que temos praticado hoje no moderno método arqueológico está alicerçado no trabalho desses valentes pioneiros que lançaram os fundamentos da arqueologia moderna, inclusive a arqueologia bíblica. Militares, artistas e historiadores estão entre os que iniciaram a científica arte das escavações de antiguidades. É claro que, motivados por uma filosofia histórica e cultural da realidade, o seu método ainda era bastante colecionista. Eles simplesmente tomavam os antigos objetos, classificavam e enviavam para exposições em museus, especialmente na Europa. Até os operários contratados tinham pouca ou nenhuma experiência em retirar da terra um objeto de valor histórico, afinal, eles eram pessoas simples, nômades do deserto, trabalhando por valores, muitas vezes, insignificantes. Foi deste modo bastante inusitado que tudo começou. Pessoas com más intenções sempre existiram, mas houve também homens e mulheres sinceros e motivados pelo interesse de diminuir a ignorância da sociedade em relação ao seu próprio passado. E a providência divina atuava por detrás de todo o processo. Civilizações bíblicas

Junto a outros arqueólogos, o britânico Austen Henry Layard buscou encontrar antigas civilizações mencionadas na Bíblia. IMAGENS: CANSTOCKPHOTO/ DIVULGAÇÃO


Layard nasceu em 1817 em uma família intelectual, por isso, desde cedo, foi exposto a informações culturais e históricas. Nutriu um grande gosto pelas artes, aventura e estudo da Bíblia. Aos 22 anos, abandonou o emprego que tinha no escritório de advocacia de seu tio e foi para a Ásia. A princípio, sua vontade era atuar como soldado no antigo Ceilão a fim de garantir a posse britânica do vasto território indiano. Ele preferiu fazer a viagem mais longa e difícil, conduzida por terra ao lombo de cavalos. Então, antes de chegar à Índia, teve que passar pela Turquia, Síria e Pérsia (hoje, Irã). O resultado foi o seguinte: ele se apaixonou tanto pelo Oriente Médio que decidiu iniciar a carreira de explorador. Em suas andanças pelo Iraque, Layard idealizou o seu maior sonho relacionado à Bíblia, isto é, localizar antigas cidades mencionadas no antigo testamento, mas que naquele tempo eram completamente desconhecidas. Tinham desaparecido na poeira do tempo. Em 1845, no Iraque, Layard iniciou sua própria escavação arqueológica, que durou sete anos. O sítio escolhido era apelidado de Nimrud, o que chamou a atenção do arqueólogo. Ele associou o nome a um personagem mencionado na Bíblia, Ninrode. De acordo com Gênesis 10:9, esse personagem foi um poderoso caçador diante de Deus, responsável pela fundação da cidade e, possivelmente, da torre que leva o nome de Babel. A descoberta de várias torres, inclusive essa em Borsippa, levou Layard a trabalhar com a hipótese de que a moderna Nimrud poderia ser uma antiga civilização mencionada no Gênesis. Lendo o capítulo 10, verso 12, encontramos junto à menção de Ninrode a referência à cidade de Nínive e Calá. Será que estariam ali as ruínas de localidades mencionadas nas antigas escrituras? Layard entendeu que sim, e então partiu dessa hipótese para escavar a região. Em pouco tempo ele descobriu que ali estava uma das cidades mencionadas em Gênesis 10, a cidade de Calá, a capital dos assírios antes do nono século a.C. No princípio, ele pensou que aquela seria Nínive e até publicou um livro com o equivocado título de “Monumentos de Nínive”. Mais tarde percebeu o engano. Nínive estava, na verdade, do lado oposto da atual cidade de Mosul, onde dois montes cobriam o resto da antiga civilização.

O sucesso da primeira escavação foi tão grande que o museu britânico financiou a segunda etapa de escavações, que foi de 1849 a 1851. Desta vez, Layard procurou concentrar-se mais na margem leste do rio Tigre, do outro lado de Mosul. E ali, ele finalmente encontrou a segunda cidade mencionada no Gênesis, ou seja, Nínive, que também foi a capital da Assíria depois que Calá perdeu esse posto, em 717 a.C. Além de escavar maravilhosas obras de arte, estátuas, joias, palácios, painéis e artefatos inumeráveis, Layard também fez a principal descoberta de Nínive: a biblioteca real de Assurbanipal. Milhares de tablets cuneiformes datados de 700 anos a.C. revelaram um tesouro sem igual. Os tablets que Layard descobriu eram o papel e o livro do passado. Essa curiosa forma de escrita é chamada de cuneiforme porque era feita com uma caneta em forma de cunha sobre a argila ainda úmida. Depois, ela era seca em um forno e ficava com uma consistência dura. Esse tipo de escrita era dominante em toda a Mesopotâmia desde os tempos de Abraão. Ali tinha todo o tipo de registro. Recibos, cartas, tratados de medicina, poemas e literatura religiosa. Decifrar e traduzir esses tablets ajudou os especialistas a entenderem como seria a vida diária e a cultura nesse longínquo passado da humanidade. E o mais interessante é que os textos encontrados confirmavam muitas histórias até então encontradas apenas e exclusivamente na Bíblia. Narrativas, como a ocorrência de um dilúvio universal no passado e a criação do mundo dividido em sete etapas, também se faziam presentes naquele acervo que reproduzia tradições datadas de muito tempo antes de Assurbanipal, retroativas até dois mil anos a.C. Na próxima edição da Mais Destaque, aqui na seção Evidências, você conhecerá uma descoberta incrível nas escavações de Layard. Não perca. Até lá!

Militares, artistas e historiadores estão entre os que iniciaram a científica arte das escavações de antiguidades

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Aconteceu comigo

“Fui enganado” Diante de más experiências em Buenos Aires, na Argentina, Willian Branga sentiu Deus no controle de sua vida Por Mayra Silva

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ntre os dias 4 e 9 de setembro de 2013, o pastor Willian Branga, na época universitário, e sua amiga Maiara Nunes viajaram para a Argentina para participar do 2º Congresso do “I Will Go”, um encontro de universitários missionários que saem ao redor do mundo para falar sobre Jesus às pessoas. O evento ocorreu na Universidad Adventista del Plata (UAP). Branga sempre teve vontade de servir a Deus como missionário. “Eu já tinha feito planos para ir ao primeiro ‘I Will Go’, mas não conse-

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gui. Então, quando encontrei passagens acessíveis para a Argentina, entendi que uma porta estava sendo aberta por Deus para que eu pudesse ir”, comenta o jovem. No encontro, os universitários aprenderam sobre como desenvolver um bom trabalho missionário. Estudantes de diferentes países também participaram e tiveram a oportunidade de conhecer outros universitários que compartilhavam o mesmo objetivo: levar o amor de Deus ao mundo. Branga e Maiara viajaram por conta

própria. Pagaram passagens e refeições diárias. A direção do projeto concedeu estadia àqueles que haviam realizado a inscrição. Até então, tudo corria bem na viagem. Surpresa desagradável

No domingo, 8 de setembro, o congresso finalizou. A dupla de missionários aproveitou os últimos dias para conhecer Buenos Aires, capital da Argentina. No final da tarde, ambos se dirigiram a um IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL



Aconteceu comigo Branga acredita que tudo foi providência divina para que pudesse testemunhar sobre o amor de Deus

Willian Branga e Maiara Nunes passeiam na Praça de Maio, em Buenos Aires, Argentina

ponto de ônibus para irem ao aeroporto, afinal, já estava na hora de voltar ao Brasil. Faltando menos de um minuto para o ônibus chegar, Branga foi surpreendido. Alguém o atingiu nas costas com algo que sujou seu lado esquerdo do corpo, desde o ombro até o tornozelo. As pessoas diziam que eram fezes de ave. Ele tirou a mochila das costas e a colocou do seu lado direito, a fim de limpar a sujeira. Enquanto isso, alguém chamou a atenção de todos os que estavam no local. “Pediu para que víssemos nos galhos os passarinhos que haviam me sujado, mas, na realidade, não havia nada na árvore”, conta Branga. Uma pessoa que também estava no ponto de ônibus ajudou o pastor a se limpar. Enquanto isso, outra passou ligeiramente do seu lado e furtou a mochila. Lá continha todos os documentos de Branga, incluindo passaporte, identidade, carteira de habilitação e cartão de crédito. Também havia dinheiro, câmera fotográfica, algumas peças de roupa e um exemplar da Bíblia. Naquele momento, o jovem percebeu o que estava ocorrendo. “Fui enganado”, ressalta. Uma gangue promoveu a inusitada cena para assaltar as pessoas que estavam no ponto de ônibus. “Tentei correr atrás deles, mas não consegui alcançá-los, pois desapareceram no meio da multidão”, lamenta. Durante todo o tempo, Maiara orava e pedia a proteção de Deus.

Sem documentos e sem dinheiro, Branga precisava de uma solução. Ele saiu à procura da polícia para prestar queixa e fazer o boletim de ocorrência. “Foi muito difícil encontrar um policial, mas quando isso aconteceu, ele indicou uma delegacia.” Branga não conseguia encontrar o local. Ao pedir informações a uma mulher que passava na rua, Maiara contou-lhe o ocorrido e a dupla recebeu uma carona. “Ela nos deixou na delegacia e foi embora, mas, infelizmente, aquela não era a certa. Portanto, tivemos que procurar novamente a que havia sido indicada pelos oficiais”, relata o pastor. Quando finalmente encontraram a delegacia, Branga e Maiara viram a mulher que lhes ofereceu carona. “Ela disse que estava à nossa disposição, caso precisássemos de algo mais”, lembra o pastor. Depois de esperar muito tempo, o boletim de ocorrência foi realizado. Após o procedimento, a dupla se dirigiu à embaixada brasileira junto à senhora que ofereceu ajuda, e lá, foram encaminhados ao consulado. “Eles nos deram o número de telefone do oficial do cônsul que estava de plantão. O marido da mulher que nos deu carona ligou para o oficial e eu pude agendar a visita. Em seguida, fomos para a casa do casal”, menciona Willian Branga. Na residência do casal, a dupla missionária pôde conhecer Pablo, Marcella e suas filhas. Lá, receberam o convite para jantar e dormir. Enquanto Marcella preparava a comida, Pablo e Branga foram ao consulado realizar o processo final de autorização de retorno ao Brasil. Ao voltarem para casa, a última refeição do dia os aguardava. Após comerem, os universitários contaram ao casal sobre a vontade que tinham de servir a Deus como missionários. Retorno ao Brasil

No dia seguinte, Branga e Maiara acordaram às 3h da manhã para irem ao aeroporto. “Meu voo estava marcado para o período da tarde, mas, como agi-

lizei o processo dos documentos, iríamos viajar às 9h”, explica o rapaz. Pablo deu 70 dólares para que Branga pudesse retornar para casa, no interior de São Paulo, assim que chegasse ao Brasil. “Esse auxílio foi muito útil para mim, pois eu não tinha nada de dinheiro”, relembra. Branga relata que a partir do momento em que foi ajudado pelo casal, sentiu Deus no controle da situação. Ele acredita que tudo foi providência divina para que pudesse testemunhar sobre o amor de Deus à família de Pablo. A sequência de ajuda que teve, desde a primeira carona até o dinheiro para voltar para casa, foram demonstrações do cuidado de Deus para com ele e Maiara. Hoje, Branga troca e-mails com a família que o acolheu na Argentina. Apesar

Lar do casal argentino. Da esquerda para a direita: Pablo, Willian, Marcella e Maiara

das circunstâncias e adversidades, Deus permitiu que o jovem voltasse feliz para casa, pois, além de ter falado de Jesus, também pôde desenvolver uma amizade com o casal. Em 2013, Willian Branga formou-se em teologia pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho. Este ano, ele participará de mais um projeto missionário: a colportagem, uma atividade de distribuição voluntária e independente de livros sobre saúde e qualidade de vida que são vendidos de porta em porta. Seu próximo destino é o Uruguai. IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL

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Reflexão Podemos viver levando choques por aí, achando que não há nada a ser feito, ou podemos até agir, pensando que uma única atitude mudará toda a situação

Denison Moura é pastor da Igreja Adventista Luso Brasileira de Nova Iorque e diretor do Ministério de Língua Portuguesa na América do Norte

Choques iminentes Você está enganado quando pensa que não pode fazer nada em situações difíceis. Sempre há algo a ser feito. Conte com Deus

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u não sei se é só comigo, mas é engraçado como isto acontece. Eu tomo choque em quase tudo o que encosto, seja em maçanetas, porta de carro, computador, carrinho de supermercado, aparelhos de ginástica, porta de geladeira e, inclusive, em pessoas. O estranho é que esses choques ocorrem normalmente no inverno. A explicação que encontrei para tal “fenômeno” é o que acontece no ar. No inverno, ele fica mais seco por influência do ar polar que se torna mais predominante. Esse ar que vem dos polos elimina a umidade (água), o que diminui a intensidade das cargas negativas e positivas das moléculas. Quando o ar está úmido, a carga elétrica das moléculas de água ajuda a eliminar o excesso da carga de outro objeto que entre em contato com ele. Tornando-se seco, a carga elétrica no ar diminui e, consequentemente, não consegue eliminar a carga dos objetos, no caso, o meu corpo. Quando toco em um objeto condutor de eletricidade, a reação acontece e, normalmente, quem sente o choque sou eu. Fato que eu não gosto nem um pouco. E parece que não há nada que eu possa fazer. Será? O fato de o meu corpo estar carregado de energia indica que estou acumulando mais do que consumindo. O sedentarismo contribui para isso. O tipo de roupa que usamos também. Boa parte da energia do corpo é conservada nas extremidades (mãos, pés e pele). Por isso recomenda-se andar descalço na terra, porque ela conduz energia. Só que no inverno, quem faz isso? As atividades físicas podem ser uma solução. Elas ajudam a eliminar água do corpo, movimentar os músculos e transformar a energia acumulada em metabolismo. Alongamento também contribui muito. Creio que sempre haverá algo a ser feito. Inclusive na vida espiritual. Jesus disse: “Sem Mim, nada podeis fazer” (João 15:5). A realidade da vida é tão ampla que está além do nosso controle. Pequenos detalhes podem gerar uma grande diferença e, muitas vezes, vivemos como se estivéssemos tomando choque. Não gostamos, mas também não fazemos nada para mudar isso. Jesus lidou com a vida e com a morte e foi vencedor em ambas. Podemos viver levando choques, achando que não há nada a ser feito, ou podemos até agir pensando que uma única atitude mudará a situação. A boa notícia é que eu posso me ligar a Cristo. NEle está a fonte de energia para me consumir e renovar, não importa a estação.

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A realidade da vida é tão ampla que está além do nosso controle. Pequenos detalhes podem gerar uma grande diferença

IMAGEM: CANSTOCKPHOTO




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