A FÓRMULA DE CADA DIA

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trabalho infantil

ANO 10 | JUL/AGO | 14

www.maisdestaque.com.br

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Saiba quais são os principais tipos de trabalhos que as crianças ainda exercem em cada região do país

exclusivo Conheça a história da jornalista Adriana Araújo, que já atuou como repórter, correspondente internacional e âncora de jornal nacional


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Índice

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CAPA

16 ESPECIAL

Saiba quais foram os resultados do projeto “Um Ano em Missão”

36 COMPORTAMENTO Saiba que tipo de mão de obra infantil é explorada em cada região do Brasil

A Igreja Adventista do Sétimo Dia está se preparando para o projeto Maná. Conheça essa campanha e confira as datas em que a programação está agendada na sua União

12 ENTREVISTA Editor chefe da Escola Sabatina fala sobre a juventude e a igreja

30 EVANGELISMO

Rafael Rossi dá dicas de como evangelizar nas redes sociais

Seções 10 20 24 32 37

EDITORIAL Saúde educação Pé na estrada comportamento

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empresarial seu direito fe fique por dentro CONTA CORRENTE

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profissão evidências aconteceu comigo reflexão

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PERFIL Conheça a história da jornalista Adriana Araújo, que trabalha na rede Record Diretor Executivo: Marcelo Inácio, MTB 55.665/SP marcelo@seveneditora.com.br | Diretor Comercial: Rafael Sampaio comercial@seveneditora.com.br | Editor de Conteúdo e Revisão: Mayra Silva redacao@seveneditora.com.br | Direção de arte e Capa: Rogério Viola Junior arte@seveneditora.com.br | Assinaturas: contato@seveneditora.com.br | Colaboradores: Oliveiros Júnior, Felipe Lemos, Rogério Viola, Edison Choque, Adolfo Suárez, Naor Rossi, Lene Salles, Gilmar Zahn e Comunicação APlaC, APS, IAP, UCOB e ULB. FALE COM A MAIS DESTAQUE

(11) 3852-6404 | site: www.maisdestaque.com.br | e-mail: contato@seveneditora.com.br twitter: @maisdestaque | facebook.com/maisdestaque Tiragem: 15.000 exemplares

A Revista Mais Destaque é uma publicação da Seven Editora. “Os textos e opiniões dos autores subscritores dos artigos publicados nesta edição não refletem necessariamente a opinião dos editores, sendo de integral responsabilidade dos autores eventuais violações de direito de terceiros.”

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Editorial

Compreensão eficaz Dependendo da forma como uma pessoa fala, a mensagem pode chegar ao receptor de maneira diferente com a qual o transmissor pretendia abordar. E, às vezes, não é pela maneira como a pessoa fala, mas pela forma como o receptor interpreta a mensagem. Com certeza, isso já pode ter acontecido com você. Na época em que Jesus passou por esta terra, ensinando os discípulos e pregando o evangelho de salvação àqueles que O seguiam, em determinados momentos, algumas pessoas não compreendiam o que Jesus falava, não pela forma como Ele ensinava, mas pela falta de conhecimento que as pessoas tinham acerca de Seus ensinamentos. Eis a história de Nicodemos, por exemplo. Jesus percebia o quão incompleto era o entendimento dele acerca do reino dos céus. Durante uma de Suas conversas com o fariseu, Jesus disse: “Em verdade, em verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3). Então, Nicodemos indagou: “Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer de novo?” (João 3:4). Na realidade, Jesus estava querendo dizer que Nicodemos precisava ser batizado, o que significa “nascer de novo”, para ver o reino de Deus. Alguns estudiosos da Bíblia dizem que Nicodemos pode ter sido irônico naquele momento, porque ele era mestre em Israel e conhecedor da lei. Assim como Jesus precisou explicar o conceito de “nascer de novo” a Nicodemos, professores precisam saber ensinar, claramente, os temas que são apresentados, a cada trimestre, na Lição da Escola Sabatina, pois, igualmente aos tempos de Jesus, muitas pessoas precisam entender melhor os conceitos abordados nas lições e na Bíblia. Para isso, eles têm de preparar um esquema de ensino, por meio do qual os membros da igreja (alunos) compreendam melhor as mensagens. Com o intuito de incentivar as pessoas a estudarem mais a Lição e os professores a melhorarem seus métodos de ensino, a Igreja Adventista está trabalhando fortemente no projeto Maná. Na matéria de Capa desta edição você vai conhecer um pouco mais essa ideia. Não deixe de conferir também as demais seções. Todos os conteúdos foram preparados para você, leitor, crescer ainda mais nos aspectos físico, mental e espiritual. Boa leitura!

Destaque-se

ANO 10 | Nº 56 | MAI/JUN | 14

Fiquei muito emocionada quando li a história da seção “Aconteceu comigo”. Esse relato vai atingir jovens que passam pelo mesmo conflito que o Wagner Andreatta viveu. Raiane Trajano, administradora

Gostei muito da última edição da Mais Destaque. Dificilmente eu pego uma revista e a leio de capa a capa. Com a MD é diferente. Quando estou com a revista em mãos, nem vejo o tempo passar. Parabéns pelo belo trabalho! João Antônio, empresário

A matéria de Capa tratou de um assunto muito interessante. Sou um mexicano que pôde conhecer um pouco mais da história do futebol brasileiro. Além disso, compreendi melhor o motivo de um cristão não dever frequentar um estádio. Gerson Zevallos, vendedor

Muitas vezes nos esquecemos do real motivo pelo qual vamos à igreja. Achei muito relevante o assunto da seção “Evangelismo”. Com certeza, nos ajuda a lembrar de que é na igreja onde encontramos força pra espalhar o evangelho. Joanna Aurora, estudante de engenharia civil

Achei muito interessante a matéria de Capa da última edição: Ir ao estádio, certo ou errado? A Bíblia é maravilhosa mesmo. Deus é tão bom que deixou resposta pra tudo! Só se engana quem quer. Karina Andrade, estudante

ROGÉRIO VIOLA JR.

Marcelo Inácio

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IPAE


Entrevista “Eu não buscava uma igreja, nem Deus, muito menos Jesus, mas a Mensagem verdadeira”

Clifford Goldstein

A Mensagem é o que importa Editor chefe da Lição da Escola Sabatina fala sobre sua jornada de fé e algumas ferramentas para o avanço da missão para o tempo atual Por pastor Oliveiros Júnior, secretário geral e de Comunicação da Associação Paulista do Vale

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lifford Goldstein é natural de Albany, Nova Iorque. De ascendência judaico-secular, abraçou a fé da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), em 1980. Desde então, começou a estudar vários temas que envolvem o adventismo. O professor, palestrante e escritor, participou como editor e colunista dos principais periódicos da Igreja. Desde 1997, ocupa a função de editor chefe da Lição da Escola Sabatina mundial. Possui mais de 18 obras publicadas e é referência em assuntos que vão desde 12

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profecia, filosofia e ciência até tendências e comportamentos da Igreja. Nesta entrevista exclusiva, concedida durante o Congresso Mundial de Jovens da IASD, realizado na África do Sul, em julho de 2013, Goldstein fala um pouco de sua jornada de fé e sobre verdade, propósito e comunidade, como grandes ferramentas para o avanço da missão para o tempo em que vivemos. A revista Mais Destaque também é direcionada aos jovens do Brasil. Imagino que você conheça jovens de todo o

mundo. Como você vê a juventude da Igreja hoje? Sente que esta geração está engajada no movimento pioneiro profético que seguimos? Não há como traçar um perfil único de jovens na Igreja. Fico impressionado quando vejo jovens apaixonados pelo evangelho. Mas, ao mesmo tempo, encontramos outros que, infelizmente, querem se parecer demais com o mundo. Gosto de pensar que o primeiro grupo descobriu que há algo único em ser um Adventista do Sétimo Dia. Se compreenderem que temos uma missão e que esta é extensiva a eles também, se sentirão parte de uma comunidade que faz a diferença como Igreja. Nossos jovens hoje sabem que, em algum momento da jornada cristã, podem até encontrar dificuldades ou perseguição, mas temos, acima de tudo, a esperança de algo maior, que vai além do que este mundo é capaz de oferecer. Você cresceu em um ambiente não cristão e chegou a ser ateu durante um período de sua vida. Como a Igreja apelou ao seu coração? O que te levou a sentir vontade de fazer parte dessa congregação? Eu não buscava uma igreja, nem Deus, muito menos Jesus, mas a Mensagem verdadeira. Tudo começou aos 20 anos, quando entrei numa pizzaria e algo simples me despertou a consciência. A pizza que o garçom entregou não chegou à minha mesa por acaso. Como ela chegou até ali? Entendi que o universo também precisava de uma explicação coerente e comecei a procurar respostas. Depois de três anos de experiências e uma jornada marcada por milagres, Deus me direcionou à IASD. Um estudo profundo e sério da Bíblia me levou à conclusão de que não havia nenhuma outra coisa a fazer, a não ser me tornar membro dessa denominação. IMAGEM: DREAMSTIME



Entrevista

Os jovens precisam ter um senso de que pertencem a alguma coisa para poderem fazer a diferença” Muitos jovens deixam a igreja por diversos motivos. Na sua opinião, como podemos aprender com esse desafio e aonde precisamos crescer para abraçar a geração que queremos alcançar? Hoje em dia, os jovens procuram senso de comunidade. Acho isso muito importante. Nossa estrutura é parecida com uma pequena encomenda, que vai de um lugar para o outro. Somos temporários. O senso de mortalidade que temos, comparado à noção de grandeza do mundo, leva os jovens a pensar: qual é o meu valor? Na minha época, o comunismo prometia um grande futuro para a juventude. Hoje, as ideias se diversificaram, mas o desejo de pertencer a algo maior do que você mesmo permanece. Os jovens precisam ter um senso de que pertencem a alguma coisa para poderem fazer a diferença.

termos de cumprimento de requisitos. As pessoas precisam ser buscadas, trabalhadas e encaminhadas. Precisamos ter a mesma diligência de fidelidade e pregação na abordagem com as pessoas.

Deixe uma mensagem para os jovens leitores da revista Mais Destaque. A Igreja tem que ser um lugar de amigos, onde pessoas fazem coisas juntas. Envolva-se com as pessoas, assim elas encontrarão sentido e farão a diferença, e o evangelho será possível. Jesus está voltando. Ele morreu em nosso lugar. Pela sua fidelidade é que somos salvos. Confie na Sua justiça e aceite o legado que Ele deixou.

Há o risco de se promover comunidade sem Verdade, ao mesmo tempo que se pode promover Verdade sem comunidade. Como encontrar o equilíbrio necessário para compartilhar nossa Mensagem, sem perder a relevância? Precisamos ser prudentes, nem todos são iguais. Houve um período em que, para mim, a Mensagem, e nada além dela, era importante. Como disse, não me uni à igreja por causa de comunidade. Aliás, pertencer à fé adventista não era algo muito confortável para mim. Eu poderia voltar a qualquer momento para o judaísmo e teria uma comunidade que me faria sentir melhor do que qualquer outra. O que às vezes não entendemos é que a igreja pode parecer estranha para quem vem de fora. Em algum momento, cheguei a pensar que jamais me tornaria uma pessoa assim, mas, 34 anos depois, aqui estou eu, graças a Deus. O que quero dizer é que, para mim, a Mensagem é o que importava, acima de tudo. Eu cheguei à comunidade por causa da Verdade, mas os jovens são diferentes. Eles chegam à Verdade por causa da comunidade.

Você escreveu bastante sobre profecia e o papel da IASD no desfeche dos eventos finais. Em sua opinião, que coisas podemos aprender como movimento para cumprir a missão e ver Jesus voltar nesta geração? Já tive diversas opiniões sobre o papel da Igreja no tempo do fim. Em uma época, defendi fortemente que Cristo voltaria apenas quando a Igreja fosse totalmente fiel a Deus. Conforme cresci, aprendi que é fácil ter resposta para todas as coisas quando somos jovens. Hoje me pergunto: o que eu sei? Continuo na minha jornada, buscando demonstrar o máximo de fidelidade. Podemos ser fieis, pregar o evangelho e, ainda assim, não cumprirmos a missão se o fizermos em 14

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Clifford Goldstein participou do Congresso Mundial de Jovens na África do Sul, onde concedeu uma entrevista exclusiva à Mais Destaque

IMAGEM: RAFAEL SAMPAIO


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Especial

Jovens em ação Voluntários do projeto “Um Ano em Missão” continuam animados na pregação do evangelho em Montevidéu. A ação já levou pessoas ao batismo Por Felipe Lemos

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ão tem jeito. Lá estão eles, nas ruas próximas à sede da União Uruguaia da Igreja Adventista, no bairro La Unión, em Montevidéu. Saem cedo, com mochila nas costas e um destino certo: algum centro de influência ou casa de alguém com quem estejam estudando a Bíblia. Na lanchonete, nem na hora do almoço, o trabalho de muitos deles cessa. Passam um bom tempo respondendo a mensagens de texto de ouvintes da Rádio Nuevo Tiempo com quem mantêm contato regular. Isso dá uma ideia da rotina dos 19 jovens que participam do projeto “Um Ano em Missão”, uma iniciativa diferente de evangelizar em grandes centros urbanos. Há dois aspectos que chamam a atenção na ação: os participantes são jovens, entre 20 e 30 anos, e há um prazo determinado para o fim e um plano de

continuidade do projeto. Um dos maiores paradigmas que está sendo quebrado com o “Um Ano em Missão” é o fato de o Uruguai ter o estigma de nação ateísta. Segundo uma reportagem de um dos principais diários da nação, o El País, publicada em 13 de abril, está havendo um despertar dos uruguaios por assuntos religiosos ou sobrenaturais. A reportagem assinala, no entanto, que o Uruguai ainda é considerado um dos quatro países mais secularizados do mundo, junto com a França, o México e a Turquia. A ideia chegou à América do Sul trazida da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Nos Estados Unidos, jovens de todo o mundo entenderam o conceito do projeto com a intenção de replicar o mesmo objetivo em seus países. Um desses jovens foi a artista plástica Liz Motta, que viveu a experiência do projeto

O Uruguai ainda é considerado um dos quatro países mais secularizados do mundo, junto com a França, o México e a Turquia 16

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original chamado “One Year in Mission”, em Nova York, nos Estados Unidos. Ela voltou para o Brasil e, juntamente com o jovem recém-formado pastor peruano Kevin Choque, assumiu a operacionalização do projeto, sob a direção dos líderes sul-americanos adventistas. Com total apoio da sede administrativa da Igreja Adventista para a América do Sul (a Divisão Sul-Americana), União Uruguaia e recursos próprios, os jovens começaram essa “aventura” missionária na capital do Uruguai em janeiro. Mas antes, passaram por um mês de capacitação e orientação sobre missão urbana e, depois, arregaçaram as mangas para o serviço. Em menos de dois meses, já tinham feito pesquisas de interesse bíblico com 360 pessoas e, pelo menos, 60 delas eram assíduas estudantes do livro sagrado do cristianismo. A mineira Maíra Gomes, de 29 anos, representante da União Sudeste Brasileira (USeB), sede administrativa da Igreja Adventista para os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo deixou uma perspectiva de ampliação do seu trabalho com decoração em casamentos. Com experiências acumuladas através da Missão Calebe, ela explica que, em seu caso, o chamado para participar IMAGENS: DIVULGAÇÃO


Jovens do projeto “Um Ano em Missão” fazem novas amizades e conquistam novos membros para a Igreja Adventista

do projeto veio como resposta a uma oração. “Eu sempre quis ser missionária. Ficava agoniada quando via reportagens sobre missões em outros lugares. Participei da Missão Calebe, mas sentia que faltava algo. Foi quando Deus me mostrou claramente, inclusive após ter sido aprovada em um concurso público, que eu deveria ir ao ‘Um Ano em Missão’”, relata Maíra, demonstrando muita alegria. Ela é uma das mais entusiasmadas com o trabalho nos centros de influência e se envolve com várias atividades, inclusive um programa de rádio que, junto a outros jovens, apresenta na Nuevo Tiempo, em espanhol. Sem contar os estudos bíblicos que faz com algumas pessoas e a realização de cursos de culinária vegetariana, entre outras iniciativas. Pessoalmente, Maíra Rádio Nuevo Tiempo leva mensagens de esperança aos ouvintes

viu que seu crescimento espiritual é uma realidade, desde quando desembarcou em Montevidéu. Entre os benefícios do projeto para sua vida, destaca que aprendeu a depender mais de Deus e da fé nEle. Além disso, conheceu novas culturas e aprendeu a trabalhar em grupo. Contatos missionários

Os jovens são de oito países diferentes e falam dois idiomas oficiais no projeto: o português e o espanhol. Na prática, com as pessoas da cidade, o que vale é o espanhol e, em outras situações, o famoso portunhol. O que poderia ser uma barreira para alguns se tornou oportunidade de contato missionário. A baiana Estatielma Caíres, de 30 anos, mais conhecida como Tati, é participante ativa da “Missão Calebe”, desde 2006, e tem na veia o gosto pela missão. Ela diz que não encontra dificuldades para falar com as pessoas e aproveita o conhecimento, um pouco mais escasso, da língua predominante no Uruguai para criar novas amizades. Com formação técnica em zootecnia e agricultura, Tati quer mesmo é estudar a Bíblia com muita gente e falar do amor de Cristo. Até seu casamento foi adiado para o final do ano por causa do chamado para o “Um Ano em Missão”. “Nós chegamos aqui e muita gente nos dizia que o pessoal no Uruguai não era receptivo e, dificilmente, aceitaria a mensagem de Cristo”, lembra Tati. Mas, aos poucos, as coisas melhoraram. Ela ficou impressionada quando, em uma convocação no sábado de manhã para uma feira de saúde, a expectativa era de apenas 50 pessoas da comunidade. “Mas nossa maior admiração foi constatar que, em apenas três horas, 90 pessoas passaram pelo circuito que ensina, de maneira prática, os oito remédios de REVISTA MAIS DESTAQUE

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Especial

Deus”, comenta a jovem. O sorriso e a determinação de pregar o evangelho são evidentes quando se conversa com os jovens do projeto. Nem a viagem à noite, de quase duas horas em ônibus lotado até o Instituto Adventista de Ensino do Uruguai (IAU), onde dormem, tira a alegria dos voluntários. No momento certo

O que se vê, ao ouvir as dezenas de histórias de transformação com a chegada dos jovens do projeto à cidade, é que Deus mandou essa turma na hora certa para a vida de pessoas sem esperança. É o caso da empregada doméstica peruana Rosario Casto, que trabalha na região de Pocitos. Ela afirma que vivia infeliz e desanimada, até que ouviu programas de esperança na Rádio Nuevo Tiempo (104.1 FM – com audiência não apenas na capital, mas também em cidades vizinhas). Rosario acabou fazendo contato telefônico com uma das participantes do projeto, a peruana Dora Machaca. A amizade entre as duas e o peruano Kevin Choque, capelão do grupo, transformou-se em estudo bíblico. Rosario está aprendendo a ler a Bíblia Sagrada e ganhou um aparelho pequeno de rádio para não perder os programas da Nuevo Tiempo. Outra pessoa que está motivada é a funcionária pública Helena Biassini, que mantém contato com os jovens do projeto e com um casal de membros da Igreja Adventista no Uruguai. Dois dias depois em que a reportagem chegou na sua casa, Helena viajou para a Europa e prometeu que, no seu retorno a Montevidéu, já iria ser batizada em uma congregação ad18

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Os jovens promovem verdadeiros impactos quando se dedicam por uma causa ventista. No seu caso, o relacionamento com os participantes do “Um Ano em Missão” fez toda a diferença também. Para o pastor Areli Barbosa, líder sul-americano do Ministério Jovem e grande fomentador do projeto, há vários aspectos benéficos específicos quando se pensa no projeto como um todo. “Os jovens promovem verdadeiros impactos quando se dedicam por uma causa e acabam fazendo o melhor. Outro aspecto interessante é que, quando jovens abraçam o desafio, eles se tornam agentes influenciadores de outros jovens que passam a fazer o mesmo e, assim, surge um exército de voluntários. Este projeto é ótimo para mobilizar os membros da igreja e levantar novos líderes”, explica Barbosa. Como participar

Para fazer parte do projeto “Um Ano em Missão”, os jovens nas congregações locais devem entrar em contato com o departamento de Ministério Jovem da União a qual sua igreja pertence e se colocar à disposição para fazer parte desse projeto. A partir daí, acontecerá uma avaliação dos nomes em um processo de seleção. IMAGENS:IMAGENS: DIVULGAÇÃO ULB


terra vale (IDEM)


Saúde

Doçura de hoje, amargura de amanhã Consumo de açúcar (mesmo o das frutas!) pode comprometer seriamente a saúde, caso exceda o limite diário recomendado Por Rogério Viola Junior

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ocê sabia que consumir duas bolas de sorvete é o mesmo que comer três colheres de sopa de açúcar? Ou que um biscoito de chocolate recheado equivale a 12 colheres de sopa de açúcar? De acordo com o sistema de nutrição do Hospital Albert Einsten, as fontes mais abundantes de açúcar, substância de alto valor calórico, são os produtos industrializados, dentre os quais estão os biscoitos, chocolates, balas e refrigerantes. Em menor quantidade, mas também em nível considerável, a substância está presente nas frutas e nos alimentos salgados, como pães e massas. Mas, afinal, por que devemos nos preocupar tanto isso? As novas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam que o açúcar corresponda a 5% do consumo total de calorias diárias. Deve-se evitar ultrapassar a quantia de 25 gramas, equivalente a seis colheres de chá da substância. O seu uso abusivo pode provocar tanto obesidade e diabetes quanto influenciar no desenvolvimento de outras doenças. Consumimos muitos alimentos que contêm açúcar sem que saibamos disso, seja nas refeições, nos intervalos ou, até mesmo, no trabalho. Já que a substância está escondida nos alimentos, ingerimos mais açúcar do que deveríamos. A nutricionista Jaqueline Bernardes confirma esse fato. Ela divide os grupos do açúcar em três partes: os carboidratos em geral, os alimentos industrializados à base de sacarose e, por incrível que pareça, as frutas. De acordo com a nutricionista, os carboidratos em geral, como as batatas, mandiocas, inhame, massas e pães, são transformados em açúcar dentro do nosso organismo. Duran-

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hospital adventista (IDEM)


Saúde te as refeições, as pessoas acabam se esquecendo, ou nem se dão conta, de que o açúcar está presente nesses alimentos e exageram no consumo da substância. Nem as frutas escapam do grupo de alimentos que apresentam açúcar. A frutose, de acordo com Jaqueline, é um açúcar natural das frutas, mas nem por isso pode ser consumido em excesso. Uma manga, por exemplo, equivale a três colheres de sopa de frutose. Os produtos industrializados também escondem valores expressivos de açúcar. Esses contêm uma substância chamada sacarose, que é o açúcar refinado. “Alguns desses produtos são os biscoitos recheados, doces de padaria e bolos. Por exemplo, em uma festa de aniversário, são poucas as pessoas que comem apenas uma fatia do bolo. Mas só de comer uma fatia, ela estará consumindo cerca de duas colheres e meia de sopa de açúcar”, salienta Jaqueline. Mas e se esse bolo for de açúcar demerara? Será mais saudável? Segundo a nutricionista, entre os tipos de açúcar – refinados, cristal, demerara, mascavo – não existe muita diferença, e o valor calórico é o mesmo, ou seja, “os efeitos prejudiciais do consumo em excesso são os mesmos. Então, o uso tem que ser moderado, independente do tipo de açúcar”. Cuidados

Devido ao uso constante de alimentos que contêm açúcar, podemos estar acima do peso e não sabermos disso. Segundo o clínico geral Paulo Amorim, uma pessoa que apresenta um quadro mínimo de obesidade, proveniente do uso excessivo de açúcar, já deve procurar um médico. “A pessoa pode solicitar um exame simples de glicemia para identificar se o nível de glicose no sangue está acima do recomendado”, aconselha o médico. Pessoas que consomem muito açúcar estão propensas a ter diabetes. De acordo com Amorim, a primeira recomendação para os casos constatados é não usar mais o açúcar refinado. “Tem que ser retirado o açúcar refinado, e o ideal é consumir alimentos que não contenham açúcar”, recomenda o médico. Ele comenta que, dependendo da situação, não é preciso tomar medicação. Basta apenas uma dieta com o acompanhamento de um nutricionista e a prática de exercícios físicos. Para as pessoas que têm diabetes, o cuidado deve ser dobrado. Quem é diabético deve controlar todos os dias a quantidade de açúcar que consome. A nutricionista Jaqueline Bernardes adverte que essas pessoas devem estar preocupadas, principalmente, com os alimentos industrializados a base de açúcar refinado e os carboidratos. “A pessoa pode até consumir outros tipos de açúcar, como o arroz, pão e macarrão, mas não deve comer em grandes quantidades. Além disso, é importante evitar consumir vários tipos de açúcar na mesma refeição”, enfatiza.

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Vício “Eu gosto muito de doce, e esse é o meu problema. Eu consumo doce sete dias por semana”, revela a atendente comercial Juliana de Souza. Ela comenta que consome várias “porcarias”, como chocolates, bolachas e qualquer tipo de doce. “Quando estou estressada, chego a comer até dois pacotes de bolachas recheadas. É difícil parar com esse costume. Se estou ansiosa, automaticamente eu como um doce”, relata. Jaqueline explica que, muitas vezes, as pessoas usam o açúcar para se livrar do estresse, pois a substância proporciona uma sensação agradável. “Quando uma pessoa consome muito açúcar, ela aumenta os níveis da produção de serotonina, um hormônio que dá uma sensação de bem estar. Depois que esse efeito passa, a pessoa come mais açúcar para se sentir bem, e isso vira um vício.”

Quantidade nos alimentos (em colheres de sopa)

1 pacote de biscoito recheado

12 1 manga inteira

3 1 copo de bebida láctea 4


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Educação

Concurso público O

mercado privado vivencia um déficit de postos de trabalho. E os profissionais dificilmente encontram tão rápida ascensão de cargo, o que se associa a melhor remuneração, satisfatórias condições de trabalho, menor carga horária, maiores benefícios sociais e, o mais buscado deles, estabilidade, como nos cargos públicos. Por isso, os concursos públicos chegam a se tornar uma ambição alimentada por grande parte das pessoas. O estudante de Administração Guilherme Camilo, por exemplo, optou por estudar para concursos públicos justamente pela vida estável que esse meio proporciona.

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Camilo estuda sozinho para as provas, há cerca cinco meses. “Concilio os estudos para os concursos com os da faculdade. Daquilo que me é oferecido em sala de aula, eu tiro uma base, mas as matérias brutas estudo sozinho mesmo”, comenta o estudante, que já prestou um concurso para a área administrativa e está inscrito em mais dois. “Estou visando minhas áreas acadêmicas”, aponta. O concurso público é um processo seletivo que permite o acesso a empre-

Para alcançar a aprovação nos concursos públicos, é preciso se preparar com antecedência Por Mayra Silva

go ou cargo público de modo amplo e democrático. Entretanto, nem sempre essa ambição é correspondida. “A ampliação do interesse por carreiras públicas tem provocado aumento de concorrência e, por consequência, há necessidade de o aspirante se organizar melhor para estudar, bem como saber estudar”, comenta o advogado e especialista em Concursos Públicos, Marcos César Gonçalves. Existem várias for-

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Educação mas de estudar para concursos. Muitos buscam cursos preparatórios para tal finalidade. Outros aproveitam o grupo de amigos que também estão estudando para fazer o mesmo. E há também aqueles que, por motivos adversos, optam por estudar sozinhos, como é o caso de Camilo. Mas a pergunta que atinge as

Fica a dica

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pessoas, independente da forma como elas buscam se preparar, é: “Como estudar e ficar preparado para encarar as provas?” Aliás, não é fácil passar em concursos públicos, ainda mais quando a concorrência é grande. Segundo Gonçalves, para alcançar esse objetivo, o concurseiro deve esta-

belecer um ambiente apto para produzir o melhor rendimento possível. “Para tanto, deve primeiro planejar a vida e, logo após, aperfeiçoar a prática do ato de estudar, fazendo uso de técnicas e métodos que produzam a otimização do aprendizado, ou seja, menos esforço com melhor resultado”, ressalta.

Veja cinco dicas do professor Marcos Gonçalves para se organizar e estudar para os concursos:

Organize sua vida Mobilize todas as pessoas que estão à sua volta para este fim. Converse com a família e amigos para ajudá-lo, ou, ao menos, não atrapalhá-lo nesta empreitada. Peça que não o convide para diversões, obrigações dispensáveis, enfim, qualquer atividade que o desfoque do objetivo principal, que é a aprovação.

Pare de arrumar desculpas para não estudar Nascemos com a incrível capacidade de esperar tudo de todos e com uma enorme dificuldade em descobrir aquilo que só depende de nós. Travar um diálogo saudável e firme com os que nos acompanham é bom, mas nada como uma conversa íntima e honesta com você mesmo. Em outras palavras, assuma sua responsabilidade, arregace as mangas e comece a estudar hoje mesmo, sem desperdiçar parte do dia com desculpas.

Retroceda, se for necessário Retroceder pode ser decisivo para alcançar a vitória em uma batalha. Aplicando esta tática nos estudos e sabendo que quanto mais tempo disponível para os estudos, melhor, largue algumas atividades, mesmo que sejam rentáveis, para dedicar ainda mais aos estudos. Se puder, peça demissão ou reduza a carga horária do trabalho. Enfim, fique apenas com as atividades indispensáveis durante esse período de sacrifícios.

Trace metas Estabeleça objetivos e prazos claros a serem alcançados. Tenha sonhos, ambições, almeje alto, mas lembre-se de que quanto maior o objetivo, maior o esforço para tanto. Disciplina e planejamento são dois requisitos básicos para traçar metas. E tenha certeza do que quer. Se não tiver, pode ser que você desista no meio do caminho.

Otimize o tempo Não perca tempo com afazeres que não precisam ser executados necessariamente por você ou que não se mostrem urgentes. Abandone o desnecessário. Desative suas contas em sites de relacionamento, como Facebook, Twitter e Instagram. Diminua o tempo com a televisão. Não permita a aproximação de tentações insuperáveis.


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Evangelismo

Entregue o seu Facebook para Cristo Cuidado! O que você posta nas redes sociais pode influenciar ou detonar muitas pessoas

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ivemos na era da comunicação. A tecnologia avança a passos largos, tendo os meios de comunicação como a sua principal plataforma. Com isso, as pessoas se dividem em dois grupos: nativos digitais e imigrantes digitais. Os nativos não conhecem um mundo desconectado. Eles não sabem como é viver sem ter acesso à internet de banda larga em qualquer lugar. Do outro lado, estão os imigrantes, que nasceram há um pouco mais de tempo e viveram em um período em que não se tinha acesso à internet. Depois, viveram a época de uma conexão “discada”, que era lenta e cara. E, mais recentemente, descobriram a internet banda larga e o 3G, junto com o universo dos “nativos digitais”. O surgimento das mídias sociais formou e restabeleceu redes sociais que estão mudando a forma como as pessoas vivem, relacionam-se, protestam, lamentam, festejam, divertem-se e sonham. São mais de um bilhão de tuites enviados por semana. No Facebook, já se contabiliza mais de 100 bilhões de fotos ou, ainda, os mais de 1,6 mil comentários feitos em fotos no Instagram a cada segundo. É bem verdade que algumas postagens, para não dizer a maioria, são supérfluas. As redes sociais precisam ser usadas com responsabilidade. Há mensagens que alimentam o cyberbullying, violência que ocorre na internet, com a propagação de textos e imagens depreciativas, o que já desencadeia problemas psicológicos e, em alguns casos mais extremos, até o suicídio. É por isso que os cristãos precisam desenvolver uma compreensão mais profunda sobre as mídias sociais e saber como podemos usá-las para o cumprimento da missão (Mateus 28:19-20). Não tenho dúvidas de que é fundamental ter um cuidado redobrado com tudo o que se publica. Uma vez, postei uma mensagem com um objetivo, mas logo percebi que as pessoas estavam interpretando de outra maneira. A saída foi retirar a postagem e refazê-la, mudando palavras, para que o sentido do que eu queria dizer fosse preservado. Paulo deixou um conselho em Efésios 4:29, que se encaixa perfeitamente no contexto das mídias sociais: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graças aos que ouvem”. Com isso, uma simples pergunta orientará o que devo ou não

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As redes sociais estão mudando a forma como as pessoas vivem

Rafael Rossi é pastor e diretor de Comunicação da DSA

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO


publicar. Já o conselho de Salomão, em Provérbios 10:19, também se aplica ao que postamos. Em tempos onde queremos opinar sobre tudo e falar tudo da nossa vida para os outros, ele diz: “Quanto mais você fala, mais perto está de pecar; se você é sábio, controle a sua língua”. Por outro lado, as mídias sociais estão constantemente nos convidando a externar nossas opiniões. Como cristãos, temos uma responsabilidade a mais naquilo que publicamos, porque Paulo disse: “Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus, pois ele os comprou

e pagou o preço” (1 Coríntios 6:19-20). Você pode ter opiniões fortes sobre política e empresas. Mas acredito que aqueles que são o “bom perfume de Cristo”, “sal da terra” e “luz do mundo” não deveriam usar a oportunidade que têm de se comunicar com seus amigos para debates quaisquer, senão para influenciá-los no caminho da Verdade. Somos embaixadores de Cristo (Gálatas 2:20). E quando entregamos nossas redes sociais para Jesus, tenho visto que cada pequeno tuite pode fazer a diferença na vida de alguém. De tempos em tempos, publico uma imagem no Facebook, que diz o seguinte: “Posso orar por você?”. Leio cada uma das postagens e oro por cada pedido que é feito. Isso tem feito a diferença na vida de muitas pessoas e na minha, porque dedico um tempo especial para orar. Pensando em como levar o seu Facebook para Cristo, pensei em algumas coisas que vão lhe ajudar. Consagre as suas mídias sociais ao evangelismo. Decida ser um evangelista nas redes sociais, aproveitando para compartilhar mensagens de esperança. Pense bem no que você está postando. Peça para alguém ler e pergunte como ele interpreta o conteúdo. Compartilhe textos bíblicos também!

“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graças aos que ouvem” (Efésios 4:29)

“Ateísmo digital” Não existe cristianismo de tempo parcial, e isso significa que, mesmo no mundo virtual, não se pode viver diferente daquilo que se espera de um cristão no mundo real. Habilidades evangelísticas necessitam de ferramentas, como:

curta estas ideias

• Pensamento crítico – para detectar riscos e perigos que o mundo digital nos apresenta; • Criatividade e inovação – para resolver problemas novos e aproveitar as novas oportunidades; • Conexão – tanto com pessoas quanto com tecnologias.

Ore por seus amigos virtuais

Faça postagens regulares em suas redes sociais

Envie mensagens diretas aos seus amigos

Convide no virtual, mas vá buscá-los no mundo real

Se os seus amigos não aceitarem, não desista deles

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Pé na estrada Cais da Praia Grande - Sao Luís, Maranhão

N

a seção “Pé na Estrada” desta edição, você poderá conhecer um pouquinho de São Luís, a capital do Maranhão. Já pensou em fazer um turismo por terras maranhenses? Geralmente, quando você pergunta para uma pessoa o local em que ela tem vontade de passar as férias ou, até mesmo, fazer um breve passeio, são citados outros países ou as belas cidades litorâneas, onde se encontram várias praias e belezas naturais. Mas que tal fazer isso em São Luís? A cidade foi fundada pelos franceses em 1612. Entretanto, logo após sua fundação, os holandeses invadiram São Luís. Porém foram os portugueses quem colonizaram a capital. São Luís é a única cidade do país que teve essa influência de três povos. Por aí já podemos notar que a capital possui um mosaico histórico como poucos outros lugares do Brasil. São Luís é reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco – United Nation Educational, Scientific and Cultural Organization) como um

belezas naturais e muita história

São Luís é uma boa cidade para turismo. Neste ano, é lá que os empreendedores adventistas têm um encontro marcado Por Mayra Silva

patrimônio da humanidade. Aliás, lá as pessoas podem fazer uma viagem de volta ao passado. O Palácio La Ravardière, por exemplo, é um ponto turístico de São Luís. Ele foi construído em 1689. É um marco importante do centro histórico da região central da cidade. Agora, o Palácio é a sede da prefeitura da capital. Em São Luís existe também o Palácio

São Luís também é um lugar em que os maranhenses e turistas têm a oportunidade de se divertirem 32

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dos Leões, um dos maiores patrimônios arquitetônicos do estado do Maranhão. Foi construído pelos franceses no século XVII. Nos cinco luxuosos salões que compõem a estrutura, está exposta uma rica coleção de 1.300 objetos de arte. O Palácio dos Leões é um exemplo de cultura maranhense e sede do Governo de Maranhão. Além dessas e outras estruturas histórias, a capital também é um lugar em que os maranhenses e turistas têm a oportunidade de se divertirem. A Lagoa da Jansen, a mais famosa de São Luís, é uma opção. Existe um parque ecológico ao lado, com 6 mil metros quadrados de áreas, restaurantes, quadras poliesportivas, ciclovias, pistas para Cooper IMAGENS: Getty ImageS


advir turismo


Pé na estrada e extenso espaço de ar puro. E um dos pontos concorridos da lagoa é o mirante, de onde se tem uma abrangente visão da cidade de São Luís. Outro local preferido por turistas na capital é a Praia da Ponta D’Areia, aproveitando a temperatura média anual de São Luís, que é de 26 °C. Por ficar próxima ao centro da cidade, a praia é uma das melhores opções para pessoas que procuram um lugar para descansar, com areia dourada e águas tranquilas e transparentes. E a Praia da Ponta D’Areia fica próxima aos melhores hotéis da cidade. A culinária maranhense reúne influências indígena, portuguesa e africana. O prato mais famoso da capital é o arroz-de-cuxá, composto por verdura, gergelim e farinha de mandioca, que pode ser encontrado nos restaurantes especializados nas delícias regionais, desde ambientes caseiros até os mais sofisticados. O artesanato também é admirado pelos turistas, sendo mais atraentes os objetos de palha, as redes de linha e as rendas do município de Raposas, que fica próxima a São Luís. As sugestões apontadas são alguns dos vários lugares para visitar na capital.

Rua Revivier, um dos patrimônios históricos de São Luís, reconhecido pela Unesco

Encontro Nacional da FE em São Luis No ano passado, o Encontro Nacional dos Empreendedores Adventistas do Brasil aconteceu em Foz do Iguaçu, no Paraná. Na programação, os participantes tiveram a oportunidade de ouvir vários testemunhos e apresentações de ministérios apoiados pela Federação dos Empreendedores (FE), como o Roupão da FE, Salva Vidas Amazônia, 300

de Gideão, dentre outros. Neste ano, o encontro está marcado em São Luís do Maranhão. Todo ano, a FE organiza um encontro para promover integração entre os membros envolvidos e compartilhar testemunhos sobre os projetos realizados. O 25º Encontro Nacional está marcado para os dias 25 à 28 de setembro deste ano. Na seção FE desta edição, você poderá conferir mais um projeto que a Federação realiza.

Lagoa da Jansen e, no fundo, Praia da Ponta D’Areia

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IMAGENS: freepik/ canstockphoto/ divulgação



S

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Texto: Mayra Silva | Infografia e arte: Rogério Viola Junior

A meta da OIT para 2016 é acabar com as piores formas de trabalho. Mas ainda existem muitas crianças trabalhando

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Na região Sudeste, as crianças estão mais concentradas no comércio, em prestação de serviços, trabalho doméstico, na agropecuária, confecção de roupas, com cerâmicas e olarias e como catadores de lixo. Diferente da região Norte e Nordeste, a maioria das crianças no Sudeste trabalham para adquirir bens a si mesmas.

Sudeste

1.019.855

Apesar de o Nordeste ser a região que apresenta mais crianças em atividade, é o local onde o trabalho infantil mais reduziu. De 2000 a 2010, 309.628 menores pararam de trabalhar. A maioria deles são encontrados trabalhando com cerâmicas e olarias, como catadores de lixo, no comércio e em trabalhos agrícolas.

NORDESTE

200.000

2010

De acordo com um estudo feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado em setembro de 2013, o mundo ainda apresenta quase 170 milhões de menores que trabalham. Veja um breve cenário de crianças e adolescentes, de 10 a 17 anos de idade, que executam alguma atividade contra as normas do Brasil (de 2000 a 2010):

Trabalho infantil

egundo o Tribunal Superior do Trabalho (TST), “é considerado trabalho infantil, no Brasil, aquele realizado por crianças ou adolescentes com idade inferior a 16 anos”. A partir dos 16, só é permitido se o trabalho não trouxer prejuízos à saúde, segurança e moralidade do adolescente. Abaixo disso, a única exceção é quando o menor está em condições de aprendiz. Neste caso, a idade permitida é a partir de 14 anos. Há quem pense que para realizar o trabalho doméstico a idade permitida é a mesma, 16 anos. Mas não é. De acordo com o TST, a idade mínima para realizar qualquer tipo de trabalho doméstico é 18 anos. O Brasil ratificou uma convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que trata das piores formas de trabalho infantil. No Decreto N° 6.481/2008, o país incluiu o trabalho doméstico nesse regulamento. A meta para 2016, pactada pela OIT, é acabar com as piores formas de trabalho. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) apontam que, em 2012, 554 mil crianças, entre 5 e 13 anos, exerciam algum tipo de trabalho. É um valor alto, levando em conta que os dados de 2011 apontavam que 704 crianças ainda trabalhavam.

Comportamento


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282.837

366.232

Clique em Ouvidoria MTE

Acesse o site do Ministério do Trabalho e Emprego (portal.mte.gov.br)

Ouvidoria MTE

PASSO 2

PASSO 1

COMO DENUNCIAR

3.935.494

No país

Catadores (papel, lixo, materiais recicláveis)

Cerâmicas e olarias

Extrativismo

Comércio

Agropecuária

O QUE TODAS AS REGIÕES TEM EM COMUM 656.888

3.406.514

Selecione a caixa para registrar e consultar a sua denúncia

PASSO 3

Fonte: OIT, BBC Brasil e IBGE Censos Demográficos 2000 e 2010

Escreva a sua mensagem, envie e aguarde a análise do MTE

PASSO 4

PELO SITE DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO - MTE

282.470

Trabalho doméstico, catadores de lixo, comércio ambulante, agropecuária, cerâmicas e olarias e prestação de serviços são umas das principais atividades realizadas pelas crianças nessa região. Segundo a Pnda, crianças são encontradas trabalhando no lixão em Brasília.

Centro-Oeste

378.994

Em dez anos, o Norte do Brasil foi o único local em que o índice de crianças trabalhando aumentou. As principais atividades realizadas na região são no comércio, como catadores de lixo, na agropecuária, com cerâmicas e olarias, no extrativismo de seringa e castanha, construção civil, metalúrgica, dentro outros.

Norte

617.724

Extração e beneficiamento de pedras preciosas, cerâmicas e olarias, trabalho agrícola, indústria calçadista, catadores de papel, comércio ambulante e serviços em madeireiras são alguns dos trabalhos realizados pelas crianças dessa região do Brasil. Segundo o IBGE, dois a cada três menores que trabalham são meninos.

sul

1.107.471


Perfil

A Do espelho à tela da TV

Antes de trabalhar como âncora de um telejornal nacional, é necessário ter muita experiência como repórter Entrevista: Siloé Almeida | Texto: Mayra Silva

Ser âncora de um telejornal em rede nacional é resultado de muito trabalho. Muitos jornalistas disputam e desejam essa posição Siloé Almeida é consultor e jornalista www.consulsiloe.com

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jornalista Adriana Araújo tem 20 anos de experiência como repórter, correspondente internacional e âncora. Começou a carreira em Belo Horizonte, capital mineira, no jornal Diário do Comércio. Na Rede Globo de televisão, foram 12 anos como editora de texto e repórter do Jornal Nacional, Jornal Hoje e Fantástico. Em 2006, tornou-se âncora do Jornal da Record. Em 2009, aceitou um novo desafio na emissora: ser correspondente internacional em Nova York. A jornalista participou de grandes coberturas, como o soterramento dos mineiros no Chile, em 2010, o casamento real e o terremoto no Japão, em 2011, e as Olimpíadas de Londres, em 2012. Em março de 2013, reassumiu a bancada do Jornal da Record, ao lado do jornalista Celso Freitas, ajudando a rede Record a recuperar os índices de audiência do principal telejornal da emissora. Adriana sempre atua também na cobertura das eleições no Brasil, já fez entrevistas exclusivas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff e ainda é mediadora nos debates políticos. O sonho da jornalista em seguir essa profissão começou no fato de ela ser muito curiosa. “Costumo brincar que, antes de ser jornalista, era repórter da minha rua”, comenta Adriana, que, quando criança, gostava de saber tudo o que se passava ao seu redor e dava notícia para a vizinhança inteira. Além disso, a jornalista cresceu assistindo aos telejornais, e o que mais a encantava eram as entradas ao vivo dos repórteres. “Uma das minhas brincadeiras preferidas era usar um martelo de bater bife como microfone, ficar de frente para o espelho e fingir que estava ao vivo, dando notícias de várias partes do mundo”, recorda Adriana. Cada vez que ela acompanha fatos de grande repercussão, fazendo entradas ao vivo, se lembra daquela menina, do município de Itabirito, Minas Gerais, que brincava de repórter. Para ela, o jornalismo é uma janela para o mundo. Mas, antes de tudo, é informar, levar a informação correta, precisa e imparcial até o público. A jornalista não tem dúvidas de que o acesso à informação melhora a vida da sociedade como um todo. “Por isso, cabe a cada jornalista lutar pela pauta séria e bem apurada. Nem sempre somos vitoriosos nessa batalha diária, mas esse é o caminho correto a seguir”, pontua. IMAGENS: REDE RECORD DE TELEVISÃO


Momentos profissionais marcantes Adriana chegou ao Jornal Nacional, da rede Globo, sem nunca ter atuado como repórter de um telejornal local, o que não é muito comum. Neste começo de carreira, a jornalista se lembra de uma entrada ao vivo que fez, abrindo o Jornal Nacional na noite de Natal. Toda a redação ficou muito nervosa, porque ela nunca tinha entrado ao vivo na vida. Deu tudo certo, mas a pressão foi tão grande que, quando acabou, Adriana sentou na calçada e chorou. Mas o choro não era de tristeza, e sim de emoção, pois seu sonho de infância começava a se concretizar. Outro momento marcante na carreira da jornalista foi quando ela conseguiu seu primeiro furo* nacional, que levou à cassação do então deputado federal de Minas Gerais Sérgio Naya, dono de uma construtora e acusado pelo desabamento do edifício Palace 2, da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Após a tragédia, Adriana descobriu um vídeo em que o deputado confessava vários crimes, dentre os quais a falsificação da assinatura do governador de Minas. A reportagem foi ao ar no Fantástico e, no dia seguinte, no Jornal Nacional. Em Brasília, mesmo sendo novata na área, Adriana foi escalada para ficar na rampa de acesso ao Palácio do Planalto, em frente à Praça dos Três Poderes. Naquele momento, a repórter participava da sua primeira grande cobertura: a posse do presidente Lula. Outra cobertura marcante para Adriana foi a do mensalão. “Perdi a conta de quantas entradas ao vivo fiz para narrar o que se passava no movimentado ano de 2005. Ali já não tinha mais o nervosismo, mas uma pressão enorme, já que o escândalo envolvia as maiores lideranças do governo”, conta. O fato de ter ancorado o mensalão para o Jornal Hoje rendeu o convite para se tornar âncora do Jornal da Record, em 2006. Na experiência como repórter internacional, Adriana precisou de preparo físico para correr atrás da notícia, literalmente. “Vivi isso no terremoto do Japão. Viajei para Tóquio poucas horas depois de confirmado o tsunami. Dormíamos menos de 4 horas por noite, nos saguões dos

Adriana Araújo começou a trabalhar como âncora do Jornal da Record em 2006

hotéis, porque não havia vagas e tinha pouquíssima comida. Faltava até água potável em Sendai, a cidade mais afetada pela tragédia”, revela a jornalista. Segundo Adriana, foram momentos duros e difíceis de controlar os nervos para não deixar a tensão afetar a qualidade do trabalho. Agora, ser âncora de um telejornal em rede nacional é resultado de muito trabalho. Muitos jornalistas disputam e desejam essa posição. Mas Adriana afirma que a experiência como repórter é que constrói bons âncoras de TV. “Tem que ler muito, gostar de notícia, brigar por ela e não se considerar nunca mais importante que a notícia. Em televisão, isso é o que mais acontece. A popularidade que a TV nos traz não pode nos fazer achar que somos a notícia”, orienta Adriana. *Furo, no jornalismo, é um jargão utilizado para a informação publicada em um veículo antes de todos os demais. É a notícia em primeira mão.

Cabe a cada jornalista lutar pela informação séria e bem apurada. Nem sempre somos vitoriosos nessa batalha diária, mas esse é o caminho correto a seguir”

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Capa

bem de manhã Jesus ia à presença do Pai muito cedo para encontrar o pão espiritual. Os israelitas faziam o mesmo para procurar o Maná no deserto, que hoje é representado pela Bíblia Sagrada Por Edison Choque, diretor de Escola Sabatina da Divisão Sul Americana

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O

projeto Maná é um esforço unido da Igreja para alcançar o maior número de pessoas, de todas as idades, com a Lição da Escola Sabatina e motivá-las a estudar a cada dia. A ênfase do projeto acontecerá nos meses de agosto e setembro deste ano. Ele está baseado na experiência do povo de Israel no deserto, quando foi alimentado por Deus (Êxodo 16:16-21). No relato, o Maná representa a Bíblia. Só que há um pedido divino em Mateus 6:33: “Buscai...”, o que significa que precisamos nos interessar, sair e procurar. Os israelitas tinham que sair cedo e procurar o Maná no deserto. Hoje, como no passado, a Bíblia está disponível para todos, e os mesmos princípios que regeram o consumo do Maná no passado são válidos para os dias atuais. A ideia bíblica da salvação não é corporativa, mas sim individual. Por isso, em Êxodo 16:16, Deus ordenou: “Colhei disso cada um, segundo o que pode comer”. Deve haver um encontro e uma procura pessoal por parte de cada um dos membros da família. Isso significa que não tem que haver uniformidade quanto à forma de estudar a Bíblia ou sobre quanto tempo deve estudá-la. Por isso, a Igreja tem um plano diferenciado de guia de estudo, segundo a idade e a experiência espiritual de cada um. A cada dia, a ordem foi: “Comei-o hoje”. Não podia deixar para o outro dia (Êxodo 16:19). A experiência espiritual tem que se renovar todos os dias. O que eu como hoje, basicamente me serve para hoje. Por isso a Bíblia deve ser consumida diariamente. A Igreja tem o plano da leitura diária desse livro sagrado, a fim de preservar o cristão das doenças espirituais, que resultam da falta de alimento. A Bíblia diz que, de manhã cedo, o povo de Israel já fazia a colheita (Êxodo 16:21). Com a saída do sol, vêm as atividades do dia. Então, o melhor momento para estudar a Bíblia é na primeira hora do dia.

Hoje, como no passado, a Bíblia está disponível para todos, e os mesmos princípios que regeram o consumo do Maná no passado são válidos para os dias atuais

Estudo diário da lição da Escola Sabatina

A prática do estudo diário cria hábitos espirituais que, dificilmente, se apagam da mente. A escritora Ellen White, uma das pioneiras da Igreja Adventista do Sétimo Dia, escreveu citações importantes sobre o estudo da Bíblia e da Lição da Escola Sabatina. Veja: • “Uma porção do tempo de cada dia deve ser reservada ao estudo das lições” (Conselhos Sobre a Escola Sabatina, p. 53); • “Pais, ponde de parte, diariamente, um pouco de tempo para estudar com vossos filhos a Lição da Escola Sabatina. Se for necessário, renunciai à visita social a sacrificar a hora dedicada às preciosas lições da história sagrada” (Conselhos Sobre a Escola Sabatina, p. 41 e 42); “Nenhum homem, mulher ou jovem pode alcançar a perfeição cristã negligenciando o estudo da Palavra de Deus” (Conselhos Sobre a Escola Sabatina, p. 17).

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Capa

Ciclo de

aprendizagem O método para o ensino da Lição está baseado no esquema Motivação, Compreensão, Aplicação e Por Adolfo Suárez, mestre em Ciências da Religião Criatividade (MCAC)

E

xiste uma preocupante e triste realidade na Escola Sabatina: nem sempre o ensino está resultando em aprendizado eficaz. Basta observar que, a despeito de ensinarmos assuntos tão importantes e necessários, trimestre após trimestre, nossos alunos não incorporam esses ensinamentos à sua vida e não são transformados por eles. E, claro, se ensinamos e eles não aprenderem, então há algo de errado nesse processo. Por isso, é fundamental entender e aceitar que ensinar não é sinônimo de aprender. Para ser eficaz, o ensino pre-

cisa envolver os participantes. O professor que leciona sem se preocupar com o aprendizado do aluno, equivale ao médico que atende a um doente sem ligar para a sua recuperação ou ao vendedor que faz uma oferta, mas não está preocupado em vender o produto. Para que o aprendizado, de fato, ocorra, alguns elementos fundamentais devem ser considerados, e um deles é o envolvimento do aluno no processo de aprendizagem. A melhor maneira de produzir um aprendizado significativo e duradouro é pelo uso de métodos que promovam a participação direta das pessoas. QuanIMAGENS: DIVULGAÇÃO

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O professor que ensina sem se preocupar com o aprendizado do aluno, equivale ao médico que atende a um doente sem ligar para a sua recuperação to mais ativa for a participação dos alunos, melhor será o aprendizado e mais duradoura a retenção da informação. E quanto mais passivo for o ensino, menor será o aprendizado, e a retenção ficará comprometida. Portanto, em vez de meramente “passar a lição”, o professor da Escola Sabatina deve criar um ambiente apropriado de ensino e aprendizado. Portanto, a cada sábado, ao assumir a classe da Escola Sabatina, o professor deve ter claro – em sua mente e no papel – o que vai ensinar, discutir e debater. A esta altura, vale a pena relembrar quais as ênfases e os objetivos fundamentais da Escola Sabatina, pois, ao contrário, fica difícil estabelecer maneiras de como

A fórmula

alcançá-los. Sabemos que as ênfases da Escola Sabatina são basicamente quatro: discipulado, integração, missão e estudo. Os objetivos também são quatro, plenamente harmonizados com os itens mencionados anteriormente: estudo da Bíblia Sagrada, confraternização, testemunho e missão mundial. Ênfase no estudo da Escola Sabatina

Vamos tratar, especificamente, do estudo da Bíblia, que é tanto a ênfase quanto o objetivo na Escola Sabatina. A cada sábado, diversos desafios se apresentam para o professor na hora do estudo da lição: tornar relevante os temas, envol-

ver as pessoas, interessá-las no estudo e levá-las a aprender e a ter uma mudança de vida. Mas como fazer isso? O esquema MCAC (Motivação, Compreensão, Aplicação e Criatividade) é ideal para responder essa pergunta. O MCAC permite um aprendizado significativo e duradouro, pois promove um método participativo e envolvente na hora do estudo da lição. Ou seja, o esquema não é um mero capricho ou, simplesmente, passos que alguém inventou. Consiste em estágios lógicos do processo ensino-aprendizado, que conduzem o estudo, desde um elementar momento de interesse no assunto até o necessário estágio de vivenciar o que se aprendeu.

A seguir, veja uma explicação didática do objetivo de cada um dos componentes do esquema MCAC:

M CA C M o t i v a ca o

Cr i at i v i d

ad e

Ap li ca ca o o a s n e e Co mp r • Ganhar atenção; • Trazer à tona uma necessidade; • Conduzir ao estudo da Bíblia; • Selecionar dois ou três tópicos.

• Envolver todos no estudo; • Clarear significados; • Comunicar princípios da passagem/lição;

• Relacionar à Verdade e princípios à vida; • Mostrar que o tema estudado faz sentido;

• Prover oportunidade para que o estudante faça aplicações em seu dia a dia; • Conduzir o estudante a mudanças que tenham a ver com sua própria realidade.

• Apontar a relevância da Bíblia para a nossa vida.

• Selecionar dois ou três tópicos.

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Capa

“Todo professor deve cuidar de que seu trabalho tenha resultados definidos. Antes de ensinar a matéria, deve ter um plano distinto e saber o que deseja conseguir” A motivação tem como objetivo prover uma resposta introdutória e atraente à pergunta: por que esta lição é importante para mim? Neste estágio, o professor precisa ganhar a atenção dos alunos, e isto é possível pelo ato de trazer à tona uma necessidade específica que justifique o estudo dos assuntos da lição. Neste primeiro passo, o professor também estabelece os objetivos principais do estudo, deixando claro qual o foco que norteará a discussão. No final das contas, o que se quer é preparar a consciência e a emoção, para que haja diálogo sobre o assunto da lição. Somente assim o aluno estará preparado para um estudo proveitoso e transformador. O segundo passo é a compreensão. Neste estágio, o aluno terá a resposta à seguinte pergunta: o que eu preciso conhecer da Bíblia? Este é o momento de envolver todos os alunos no estudo, explicando os versículos ou tópicos fundamentais da lição. Mediante explicações bem embasadas, o professor precisa clarear significados, comunicando os mais importantes

princípios dos tópicos selecionados. É melhor ser específico e profundo em três temas do que ser superficial em seis ou sete itens. O critério para escolher esses pontos deve ser tanto a relevância deles quanto a necessidade da classe. Após a compreensão, é o momento da aplicação, que provê resposta para duas perguntas: “Em que áreas da minha vida eu devo mudar?” e “Como posso colocar em prática as informações que obtive?”. É importante um bom conteúdo e uma boa explicação. Mas se o conteúdo não for aplicado à vida, as pessoas continuarão vivendo do jeito que sempre viveram. A aplicação permite colocar em prática o que se aprendeu. Por isso, o professor deve relacionar a lição aprendida com a vida diária dos alunos, mostrando como os temas estudados são necessários ainda hoje. Finalmente, a lição encerra com o passo da criatividade, que responde a uma pergunta importante: o que posso fazer para não esquecer o que aprendi neste sábado? Nessa hora, o professor deve prover oportunidades para que cada aluno crie maneiras de interiorizar as verdades e princípios estudados. Assim, cada estudante estará sendo conduzido a mudanças que tenham a ver com sua própria realidade e necessidade. A escritora Ellen White, pioneira da Igreja Adventista, afirma que “todo professor deve cuidar de que seu trabalho tenha resultados definidos. Antes de ensinar uma matéria, deve ter em seu espírito um plano distinto e saber o que precisamente deseja conseguir” (Educação, p. 123-124). O momento do estudo da lição deve ser considerado sagrado e precisa alcançar resultados específicos. Os alunos devem participar, aprender e ser conduzidos a um processo de mudança de vida, mediante a atuação do Espírito Santo. Portanto, os professores devem alcançar resultados desejados, e o esquema MCAC se fundamenta nas avançadas orientações sobre o processo de ensino e aprendizado e se enquadra nas orientações divinas.

Data de ênfases do projeto Maná para 2014

O projeto Maná está sendo organizado por todas as sedes administrativas da Igreja Adventista no Brasil. Veja as datas e programe-se para participar:

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Empresarial

Controle e

fiscalização

Receita Federal está de olho nas importações via Web

Hoje, a fiscalização é feita por amostragem, e a maior parte das importações não é cobrada Douglas Perez Barros é contador da Perez Barros Contabilidade douglas@perezbarros.com.br

C

omo já informamos em edições anteriores, a Receita Federal do Brasil, a cada ano, tem se aprimorado e aperfeiçoado os métodos de controle e fiscalização dos contribuintes. Ano após ano, é batido recorde de autuações aplicadas às empresas e pessoas físicas. Em 2014, chegamos ao ponto de o indivíduo que possui certificado digital ter a sua declaração pré-preenchida. O resultado de tudo isso é que, mesmo com a economia praticamente estagnada, como temos visto nos últimos tempos, a Receita continua batendo recordes de arrecadação. A novidade agora é que a Receita Federal promete iniciar, ainda neste ano, um sistema que automatizará o controle de pacotes que chegam de outros países e, consequentemente, a cobrança de tributos. Hoje, a fiscalização é feita por amostragem, e a maior parte das importações não é cobrada. Estudos revelam um aumento nas compras de mercadorias feitas por brasileiros no exterior, via internet e entregues pela via postal. Além disso, alertam sobre a máquina de arrecadação do Fisco. Muitos pensam que compras no exterior, com valor inferior a $ 50, estão isentas de imposto, mas isto não é verdade. O que se adquire de estabelecimentos comerciais no exterior é

sujeito à tributação, independentemente do valor. Há algumas exceções, como livros, periódicos e medicamentos com receita médica. Os impostos federais incidentes sobre as compras no exterior pela via postal são de 60%, política adotada pelo governo como proteção à indústria nacional, além, claro, da taxa de câmbio. Entendemos que o governo poderia adotar outros meios de proteção às empresas e ao emprego, com uma tributação mais justa do que a existente, mas não é essa a política adotada em nosso país. Com esse novo sistema, o governo vai saber o que está sendo comprado, antes mesmo de a mercadoria chegar, ou seja, a partir da compra, o site repassa antecipadamente as informações à Receita. Isso, na verdade, é uma revolução diante do quadro atual. O problema é que, mesmo com a tributação de até 60% sobre o produto importado, uma taxa de câmbio alta e com pagamento das taxas e fretes, muitos dos produtos ainda são mais baratos do que no Brasil. Alguma coisa deve estar errado!

O que se adquire de estabelecimentos comerciais no exterior é sujeito à tributação, independentemente do valor. Há algumas exceções, como livros, periódicos e medicamentos com receita médica 48

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IMAGENS: CANSTOCKPHOTO


RC produções


Seu direito

Informando-se acerca

dos seus direitos Atraso na entrega das chaves do imóvel em construção gera ressarcimento dos danos

Danos materiais

e morais Tamanho desgaste e transtornos decorrentes da demora na entrega do imóvel geram, sem sombra de dúvidas, danos, não apenas materiais, mas também morais aos adquirentes.

Neste caso, a construtora deve se responsabilizar por ter gerado imensa aflição, angústia e frustração na expectativa dos adquirentes, com relação ao sonho de aquisição da casa própria.

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sonho da casa própria ainda faz parte da vida de muitos brasileiros. A aquisição do imóvel ocorre após inúmeras visitas aos estandes de diversos empreendimentos, culminando com a compra do bem ainda na planta. Escolhido o empreendimento, o adquirente e construtora firmam o contrato de promessa de compra e venda, estando ali determinadas cláusulas, e do prazo de entrega do bem acrescida, comumente de alguns meses de tolerância. Após a aquisição da casa própria, a maioria dos brasileiros passa a planejar seu futuro, tomando decisões voltadas para o prazo de entrega do imóvel. Infelizmente, em muitos casos, as construtoras têm atrasado a entrega do bem, o que gera prejuízos e cobranças não legais aos adquirentes. No caso do pagamento de aluguéis, condomínio, IPTU e despesas correlatas, após decorrido o prazo de entrega estipulado no contrato, a construtora deverá ressarcir o adquirente pelos aluguéis que este teve de desembolsar antes de mudar-se para o novo apartamento. Muitas das vezes, os adquirentes são jovens casais, aqueles que contraíram núpcias há pouco tempo e planejaram a Outra questão importante, verificada no dia a dia, decorre do fato de a construtora cobrar cotas condominiais antes de o adquirente ter a oportunidade de receber as chaves do imóvel.

data do casamento para próximo à data de entrega da casa própria. Com o atraso, não raras vezes, os móveis adquiridos ou ganhos como presentes de casamento não têm onde serem guardados. No eventual gasto com depósito, podem os adquirentes pleitearem o ressarcimento das despesas que tiveram com o depósito dos móveis comprados para mobiliar o novo lar.

Infelizmente, em muitos casos, as construtoras têm atrasado a entrega do bem, o que gera prejuízo e cobranças não legais aos adquirentes

Fabio Ricardo do Nascimento advogado em São Paulo (Autarquia Pública Municipal) fabio.nascimento@adv.oabsp.org.br

Tal prática deve ser evitada, considerando o fato de o adquirente só ser responsável pelo pagamento das cotas condominiais a partir de sua imissão na posse do imóvel.

Havendo a prática acima mencionada, o adquirente pode pleitear a devolução das importâncias de condomínios adiantadas.

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO



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Reinvent’Art Projeto visa promover geração de rendas para famílias em situações vulneráveis em vários aspectos, sobretudo econômicos Por Naor Rossi

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desigualdade socioeconômica, gerada pelo aumento do desemprego, da pobreza e exclusão social, atinge os grandes centros urbanos, e é cada vez maior o número de pessoas vivendo abaixo da linha da miséria. Muitos almejam a oportunidade de exercer uma profissão que lhes garanta um salário digno, que os emancipe socialmente. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2005 o Brasil era a 8ª nação mais desigual do mundo. Em julho de 2010, outro relatório divulgado pela ONU apresentou o Brasil no terceiro pior índice mundial de desigualdade. Portanto, faz-se necessário a criação de alternativas de geração de renda, que atendam as comunidades excluídas em suas necessidades primárias, minimizando os efeitos devastadores da pobreza extrema a que estão expostos. Unindo-se às estratégias que buscam intervir junto ao crescente número de trabalhadores desempregados ou empregados informais, o projeto “Reinvent’Art” prevê a oferta de alternativas na geração de renda àqueles que estão condicionados à situação de vulnerabilidade em vários aspectos, sobretudo econômicos. No formato de Economia Popular Solidária, protagonizados pelos indivíduos excluídos do mercado formal de trabalho, a sugestão do projeto é dar início a cooperativas, como alternativas de transformação social. Além disso, a adoção de práticas sustentáveis na fabricação e consumo de móveis cria novos profissionais para as empresas e conscientiza a sociedade para o desenvolvimento sustentável. O projeto iniciará com a locação do espaço (barracão), que será preparado para o recebimento dos maquinários, período no qual será feita a seleção dos beneficiários, previamente cadastrados pela Assistente Social de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Após a aquisição dos maquinários, o grupo se-

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lecionado iniciará capacitação preparatória para a confecção de peças mobiliárias ou decorativas, a partir de sobras de MDF (Medium-Density Fiberboard), material derivado da madeira, e pallets (estrado de madeira, metal ou plástico utilizado para a movimentação de cargas), que serão coletados nas empresas parceiras, contatadas pelo escritório regional, as quais fornecerão as sobras do material a ser utilizado no projeto. Será realizado monitoramento constante, com o propósito de ajustar o projeto à realidade vivenciada e torná-lo, em poucos meses, autossustentável, formando uma espécie de cooperativa.

Objetivos específicos

• Capacitar 20 mulheres para trabalhar com sobras de MDF na confecção de artesanato ou, até mesmo, pequenos mobiliários; • Capacitar 10 homens para trabalhar com MDF na confecção de móveis para residências e escritórios e reaproveitamento de pallets para móveis rústicos; • Oportunizar a geração de renda a 30 representantes de famílias em situação de vulnerabilidade; • A cada ano, será acrescida uma nova turma, tendo em vista que os cortes poderão ser feitos na oficina, e a montagem na residência ou no endereço do cliente.

IMAGENS: Francisco de Assis



Colinas park


Colinas park


Fique por dentro/ APS

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hega uma fase na vida do jovem em que ele não apenas é indagado pela família, como também se pergunta sobre a escolha da profissão. “E agora, o que vou fazer?”, “Do que realmente gosto?”, “Será que vou ser bem sucedido financeiramente?”. É comum existirem questionamentos como esses. No entanto, essa situação não deve ser encarada como um problema, mas sim como uma nova visão para o futuro. Muitos pesquisadores e orientadores profissionais, entre eles psicólogos, garantem que a insegurança diante da escolha profissional é um sintoma saudável e produtivo. Portanto, esse momento deve ser enfrentado com tranquilidade, tanto pelo jovem como pela sua família. Afinal, toda decisão pode vir acompanhada de incertezas e riscos. E esse é o primeiro grande desafio do jovem diante do novo e do desconhecido. Durante a universidade, novas escolhas poderão surgir. O mercado de trabalho pode exigir de seu funcionário adaptação ou uma grande guinada na carreira. É importante lembrar que as mudanças não significam fracasso, mas sim a aceitação de desafios que a vida traz todo dia. Escolher uma profissão significa traçar um projeto de vida, questionar valores, habilidades, o que se gosta de fazer e a qualidade de vida que se pretende ter. Esse momento de reflexão pode render bem mais quando compartilhado com a família e pessoas de confiança. Vale ressaltar que cursar uma boa universidade não vai livrar a pessoa do desemprego ou de garantir o sucesso profissional. Uma boa instituição pode até abrir portas no início da carreira, mas existem muitos profissionais de sucesso formados em universidades consideradas de segunda linha. Orientação

Neste processo, o da escolha profissional, é essencial que o estudante busque autoconhecimento, pesquise e atente-se às informações sobre as profissões e cursos oferecidos pelas faculdades e universidades. A orientação vocacional é um pro-

Uni, duni, tê, o escolhido foi você. Será que isso resolve? 56

REVISTA MAIS DESTAQUE

Por Alexandre Cavaliere, psicólogo e professor da rede educacional adventista na zona sul de São Paulo

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO


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XXV ENCONTRO NACIONAL DA FE

De 25 a 27 de setembro de 2014 Hotel Pestana | São Luís do Maranhão Participe do 25º Encontro Nacional da Federação dos Empreendedores Adventistas do Brasil e conheça as iniciativas que tem contribuído para a pregação do evangelho e para a abreviação da volta de nosso Jesus.

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Fique por dentro / APS É importante lembrar que as mudanças não significam fracasso, mas sim a aceitação de desafios que a vida traz todo dia cesso de autodescoberta do jovem que se sente perdido e sem norte. É interessante também que se faça o teste vocacional. Ele não determinará o que o estudante deve fazer, mas o ajudará a delimitar a área de atuação que seja mais favorável, pois visa medir aptidões e interesses à personalidade e percepção do jovem, bem como suas habilidades, seu raciocínio, equilíbrio emocional, entre outros fatores comportamentais. Para casos mais complexos, aconselha-se não só o teste em si, mas o acompanhamento com um psicólogo.

Fazer visitas a empresas também permite à pessoa ter uma dimensão mais precisa da realidade que envolve as profissões. É o caso das Escolas Adventistas de Itapecerica da Serra e Taboão da Serra, na região sul de São Paulo, que encaminham os alunos para empresas e instituições, a fim de que eles conheçam o ritmo de trabalho da área de atuação de seu interesse. Existem colégios que incluem a disciplina de Orientação Vocacional no Ensino Fundamental e Médio. Além disso, há programas que ajudam o aluno no processo de decisão.

Fazer visitas a empresas permite à pessoa ter uma dimensão da realidade que envolve as profissões

Jovem Aprendiz

O Jovem Aprendiz é um programa que atende estudantes entre 14 e 24 anos, que estejam cursando o Ensino Fundamental ou Médio, registrados em empresas certificadoras, cadastradas no Ministério do Trabalho, como o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), a ONG Crescer, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), entre outras, que fazem o recrutamento, a seleção, a formação teórica dos aprendizes, além de encaminhá-los para o trabalho. Por meio do programa, 12 jovens que frequentam escolas públicas e particulares na zona sul de São Paulo foram indicados e estão trabalhando na sede administrativa (Associação Paulista Sul) e na rede educacional adventista da região. Dessa forma, o contratado passa a conhecer as diversas áreas de atuação da empresa, uma oportunidade singular, tanto para aqueles que ainda não se decidiram profissionalmente como para quem já tem a certeza do que deseja fazer. Além disso, o aluno desenvolve as práticas e valores do mundo organizacional, o trabalho em equipe, a relação interpessoal e os valores éticos e profissionais. O período do contrato é de 2 anos, e a jornada de trabalho é de até 20 horas semanais. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, o programa amparado pela Lei da Aprendizagem garante o direito ao salário e registro na carteira, direitos trabalhistas e previdenciários.

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IMAGENS: CANSTOCKPHOTO



Fique por dentro / ULB

Pastor Luís Gonçalves prega para cerca de duas mil pessoas no primeiro dia do evento

Evangelismo Escola IAENE promove programa evangelístico e batiza mais de 100 pessoas Por Monique dos Anjos

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erca de duas mil pessoas assistiram ao primeiro dia do Evangelismo Escola, realizado entre os dias 25 e 31 de maio, no campus da Faculdade Adventista da Bahia. Pessoas oriundas de vários municípios, como Santo Amaro, São Félix e Governador Mangabeira, ouviram a mensagem pregada pelo orador oficial do evento, pastor Luís Gonçalves, que é apresentador da TV Novo Tempo e evangelista da Igreja Adventista do Sétimo Dia em toda América do Sul. O resultado da campanha foi a participação de uma média de 800 pessoas por noite. Ao final do evento, foram realizados 120 batismos. A conferência, que faz parte de um grande projeto envolvendo os alunos de Teologia, aconteceu na igreja do Instituto Adventista de Ensino do Nordeste (IAENE). Logo no sábado, um megaevento procurou impactar a cidade de Varzedo, a 105 km de Cachoeira. Milhares de livros missionários “A Única Esperança” foram entregues aos moradores da região. Estiveram presentes no primeiro dia de evento o responsável pela Igreja Adventista nos estados de Bahia e Sergipe, pastor Geovani Queiroz, além do responsável pelas igrejas na região central da Bahia, pastor Thomas Weber, e outros representantes regionais. Pela primeira vez no Brasil, os estudantes de Teologia de um seminário participaram de um treinamento tão importan60

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O resultado da campanha de evangelismo no IAENE resultou na participação de uma média de 800 pessoas nas programações

te. A partir da segunda-feira, 26 de maio, durante o dia, os alunos assistiram a aulas sobre evangelismo com o pastor Luís Gonçalves. Segundo o diretor geral do IAENE, Juan Choque, o objetivo foi levar os futuros pastores a conhecerem um novo modelo de evangelismo. “Outro aspecto importante é que as portas da nossa igreja estão abertas para a comunidade”, acrescentou Choque. Para o diretor do Seminário de Teologia do IAENE, pastor Jolivê Chaves, a formação do pastor passa por um investimento acadêmico forte, mas também por ações práticas. “Esse evento vai ampliar a visão evangelística dos alunos do Seminário Adventista Latino-Americano (SALT) e mobilizar a igreja”, acredita o pastor Jolivê. IMAGENS: ULB


A Única Esperança Impacto Esperança leva celebração de fé e solidariedade às ruas Por Heron Santana

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cada minuto do sábado, 31 de maio, mais de 1.180 exemplares do livro missionário “A Única Esperança” foram entregues, gratuitamente, para moradores da Bahia e de Sergipe. O dado, surpreendente do ponto de vista estatístico, é insuficiente para resumir histórias de voluntários que encontraram na campanha uma oportunidade de celebrar a fé e o amor a partir de um gesto que já virou tradição missionária da Igreja Adventista: levar milhões de livros para os brasileiros, com uma mensagem de amor, fé e esperança. Nos dois estados nordestinos, cerca de 1 milhão e 700 mil exemplares da publicação foram doados nas ruas, nas casas e nos comércios. Se entregar o livro já é uma demonstração de altruísmo evangelístico, os voluntários acrescentaram emoção e calor a uma das maiores tradições do cristianismo, que é o amor ao semelhante. O livro missionário é um presente, e junto com ele houve festa nas ruas: crianças segurando cartazes propondo trocar um sorriso pelo livro; jovens com o rosto pintado, associando alegria ao gesto; profissionais voluntários aproveitan-

do a oportunidade para oferecer consultas gratuitas de saúde para a população... “O Impacto Esperança está tornando a Igreja mais missionária e ajudando a preparar a nova geração de missionários”, disse o pastor Marcos Militão, líder da Igreja Adventista para o estado de Sergipe, que saiu para as ruas com grupos de fiéis, abordando as pessoas e entregando livros. A juventude deu um show a mais nessa festa de fé. Com o rosto pintado, eles se posicionaram na entrada da Universidade Tiradentes, em Aracaju, capital sergipana, para presentear estudantes universitários. “Foi uma demonstração de poder de mobilização. A alegria com que os livros eram presenteados e recebidos atraiu os estudantes, que paravam para conversar com os jovens e acolhiam com carinho o presente”, comentou Militão. Ainda em Aracaju, o Impacto Esperança foi uma oportunidade para servir ao próximo. Voluntários montaram sofás nas ruas, em lugares diversos da cidade, para conversar com as pessoas a respeito do livro e oferecer orações. Profissionais se mobilizaram para dar orientações sobre saúde preventiva e realizar serviços, como aferição de pressão arterial.

Se entregar o livro já é uma demonstração de altruísmo evangelístico, os voluntários acrescentaram emoção e calor a uma das maiores tradições do cristianismo: o amor ao semelhante REVISTA MAIS DESTAQUE

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Fique por dentro / Programa Empreendedores

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Negócio próprio O Brasil é referência mundial no aspecto de empreendedorismo

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3) Rafael Sampaio, Deyse Angelo e Anderson Angelo (Sigma Elevadores) | 4) Rafael Sampaio e Marina Berti (Elo Brindes) | 5) Rafael Sampaio e Marcos Moreno (Pilhados Car)

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1) Marina Berti (Elo Brindes), Rafael Sampaio, Getúlio Rocha, Alexandre Reis e Sylmara Reis (Elo Brindes) 2) Rafael Sampaio e Douglas Perez Barros (Perez Barros Contabilidade)

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Por Mayra Silva

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esde 1999, o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), programa de abrangência mundial, vem realizando pesquisas sobre o nível de atividade empreendedora. Atualmente, 80 países fazem parte desse estudo. O foco do programa está no indivíduo empreendedor, que deve ser entendido como qualquer tentativa de novo negócio. O Brasil teve o melhor desempenho do ranking no grupo de países que reúne a Rússia, China, Índia e África do Sul. De 2000 a 2002, o país já apresentava uma taxa média de quase 25% de empreendedorismo. Entre os empresários que já cursaram o ensino superior, 92% iniciaram o negócio por oportunidade. O aumento da escolaridade é um dos fatores que mais evidenciam o empreendedorismo no país. E com o intuito de mostrar o trabalho de empreendedores brasileiros, o diretor comercial da Seven Editora, Rafael Sampaio, apresenta o Programa Empreendedores, que vai ao ar toda quinta-feira, pela rede NGT, a partir das 21h (canal 48 na capital paulista e 26 no Rio de Janeiro). Todas as edições também estão disponíveis no YouTube. De acordo com o Anthropos Consulting, site de antropologia empresarial, o Brasil é considerado o país mais empreendedor do mundo. Esse fator contribui para o crescimento econômico do país e indica a importância e necessidade de ações para consolidar o empreendedorismo entre o povo brasileiro. IMAGENS: Arquivo pessoal


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Fique por dentro / APlaC

APlaC reinaugura prédio administrativo

Pastor Erton Khöler relembra a história da APlaC na cerimônia de reinauguração do prédio

Pioneiros, líderes e membros celebraram a realização de um sonho e renovaram a missão de servir no Planalto Central Por Liane Prestes

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domingo, 18 de maio, foi de celebração e gratidão a Deus pela reinauguração da sede administrativa da Associação Planalto Central (APlaC). Nessa ocasião, estiveram presentes diversos líderes da Igreja Adventista para a América do Sul. Convidado a dirigir as palavras iniciais da cerimônia, o pastor Erton Khöler, presidente da Igreja para oito países da América do Sul, relembrou um pouco da história da sede e parabenizou os líderes e aqueles que estão na linha de frente, cumprindo a missão da Igreja na região. Ele enfatizou ainda o fato de a APlaC ter investido, primeiramente, em suas igrejas e, depois, nela própria. “Quando a gente tem a visão certa, temos a bênção de Deus. Que toda esta estrutura seja completada através do cumprimento da missão”, declarou o pastor, antes de fazer a oração de dedicação do prédio da Associação. Além dos líderes sul-americanos, estiveram presentes na reinauguração diversos pastores de igrejas do Distrito Federal e de Goiás. Marcos Agostinho, que trabalha no departamento de Recursos Humanos dessa sede da Igreja desde 1995, é um dos funcionários mais antigos e, assim como seus colegas, an-

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siava por esse momento. “É uma alegria muito grande. Sempre sonhamos com esta sede. Trabalhar em um ambiente assim nos dá ainda mais motivação”, se alegra. A reinauguração não trouxe alegria apenas para os líderes e pastores, mas também para os membros das igrejas adventistas na região. João Carlos de Oliveira, membro da igreja Jardim Guaíra, em Águas Lindas de Goiás (GO), se sentiu feliz por participar da reinauguração e por pertencer a essa Igreja. “Percebo que nós somos muito abençoados. Vejo um cuidado especial em cada detalhe dessa obra, no jardim, mobiliário, em tudo”, avalia. Para o pastor Charles Brittis, líder da Igreja na região, a sede deve motivar e ser um suporte para aqueles que estão servindo nas igrejas, escolas e instituições. “Nós esperamos que, a partir da sede da APlaC, a gente consiga ser um lugar de suporte, apoio e que ajude a dar direcionamento naquilo que Deus espera para a vida da Igreja”, explica. Atualmente, a sede da Igreja para o Distrito Federal e alguns municípios de Goiás abrange 25 mil membros, 242 igrejas, 47 distritos e tem, aproximadamente, 760 funcionários. IMAGENS: ANDERSON UESLEI


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Fique por dentro / UCOB

Mais que um spa, um estilo de vida saudável O Centro de Vida Saudável em Campo Grande transforma pessoas, ajudando-as a mudar seus hábitos e a alcançar um equilíbrio Por Deborah Lessa e Rebeca Silvestrin

Não há como ter uma vida saudável sem pensar na atividade física. E o CVS possui uma estrutura que atende a todos nesse aspecto

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az, harmonia... Saúde. Quem não quer? Aliás, uma pesquisa realizada pelo Datafolha, em março deste ano, apontou a saúde como a maior preocupação dos brasileiros. Das 2.109 pessoas entrevistadas, 45% identificaram a saúde como o principal problema do país, na frente de segurança (18%), corrupção (10%), educação (9%), desemprego (4%) e miséria (2%). Isso mostra que a saúde não é algo a se deixar de lado. Cada vez mais, as pessoas buscam alcançá-la, seja através da prevenção ou do tratamento. O Centro de Vida Saudável (CVS) foi criado em 1987 e é o primeiro “Spa Médico” do Mato Grosso do Sul, pois se encontra nas dependências do Hospital Adventista do Pênfigo (HAP) e recebe suporte de seu corpo clínico. “O Centro de Vida Saudável e o Hospital Adventista do Pênfigo estão engajados em ajudar as pessoas a cuidarem melhor de sua saúde física e espiritual”, ressalta Pierre Damasio, diretor administrativo IMAGENS: Deivison Pedrê e Administração CVS


Os quartos foram reformados e oferecem tranquilidade, conforto e paz aos clientes que se hospedam no Centro de Vida Saudável

realizada por uma equipe multidisciplinar. Para enriquecer essa proposta, acaba de ser lançado o programa “Check-up”, composto por avaliações completas de cinco médicos especialistas, com exames laboratoriais e de bioimagem para quem deseja avaliar seu estado de saúde e não tem tempo em seu dia a dia. O programa semanal é voltado, especialmente, para pacientes com necessidades relacionadas a estresse, obesidade, controle do diabetes, hipertensão arterial, depressão, redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos, desintoxicação tabágica e ansiedade. Mudança de vida

A alimentação é um dos pontos importantes do Centro de Vida Saudável. Ela é baseada em dieta ovolactovegetariana

do HAP. Tanto o CVS quanto o HAP são instituições da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A estrutura do CVS conta com piscinas natural e aquecida, saunas seca e úmida, academia, pista de caminhada, sala de televisão e uma extensa área verde. São 14 apartamentos, todos reformados e com o conforto que seus clientes merecem. A alimentação do local é baseada em uma dieta ovolactovegetariana, feita de forma balanceada e acompanhada por nutricionistas. O ambiente é muito apreciado por aqueles que o conhecem e promove diferenças significativas no estilo de vida de quem participa do programa semanal. “Além disso, é indicado para todos os tipos de pessoas, mas o público que mais nos procura são aqueles que estão sentindo a necessidade de mudança radical em relação ao seu estilo de vida”, afirma a nutricionista e coordenadora do CVS, Eliane Nascimento. Mas, embora os pacientes que buscam tratamento sejam um público maior, eles não são os únicos. “Aqueles que sentem a necessidade de mudar e conhecer um novo estilo de vida também são pacientes indicados para vir ao CVS”, explica. A instituição oferece para o cliente um programa específico para mudança do estilo de vida com avaliações e tratamentos naturais (massagem, hidroterapia, sauna, exercícios, etc)

Em 27 anos de trabalho, esse lugar de paz e harmonia vem cumprindo sua missão. E a transformação que realiza na vida das pessoas é, muitas vezes, em um curto espaço de tempo. “Isso é uma mudança maravilhosa que observamos aqui. Nós verificamos que as alterações, tanto nas taxas de colesterol quanto nas taxas glicêmicas, acontecem em espaço de três, quatro dias. São mudanças nítidas”, destaca Eliane. Outra mudança importante, segundo ela, é no aspecto emocional dos pacientes, que acontece através da interação com os demais participantes ou mesmo com a própria equipe de profissionais. “Muitos deles têm suas vidas totalmente modificadas após cinco dias aqui com a gente. Eu vejo nisso a obra de Deus, a mão d’Ele atuando sobre cada um desses clientes que passam por aqui”, enfatiza. Desenvolvimento completo

Além de se preocupar com o desenvolvimento físico e mental dos pacientes, o CVS se preocupa com o desenvolvimento espiritual. Através do departamento de capelania, desenvolve um acompanhamento individual, mas promove também reflexões em grupo. “Nossa missão é aproximar nossos clientes de Deus e do estilo de vida programado pelo Criador”, lembra Lilian Becerra, gerente do Centro de Vida Saudável. O promotor de justiça Eduardo Rizkallah mudou seus hábitos ao conhecer o CVS. “Consegui aprender muito com as palestras, tanto no aspecto espiritual quanto de saúde”, conta Rizkallah. Em 1992, ele foi hóspede e teve seu primeiro contato com a religião Adventista. Em 2010, 18 anos depois, ele decidiu entregar seu coração a Cristo, após passar um tempo no CVS novamente. REVISTA MAIS DESTAQUE

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Fique por dentro

Mais Destaque Norte A Seven Editora, em parceria com a União Norte Brasileira, lança mais uma revista regional Por Lene Salles

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s adventistas na região Norte do Brasil têm como característica o envolvimento em ações evangelísticas e missionárias. Para registrar e integrar as atividades dos mais de 230 mil adventistas nos estados do Pará, Amapá e Maranhão, foi realizado, no dia 4 de maio, o culto de consagração e lançamento da revista Mais Destaque Norte. O periódico é uma parceria com a Seven Editora, por meio da qual é produzida a revista Mais Destaque, que tem 10 anos de circulação nacional e vem desenvolvendo parcerias com diferentes sedes administrativas da Igreja Adventista para a elaboração de edições regionais. A Mais Destaque Norte terá publicação trimestral. De acordo com Marcelo Inácio, diretor executivo da Seven Editora, as edições regionais da revista têm, de capa a capa, a identidade local. “Na publicação regional temos como trabalhar melhor os assuntos da região. Numa publicação nacional fica complicado colocar todas as notícias que acontecem no Brasil. A revista Mais Destaque Norte nasceu para revelar a marca do povo dessa região, pessoas comprometidas com a missão”, declara Inácio. A cerimônia de lançamento contou com a presença de representantes dos cinco Campos administrativos da região Norte. Estiveram presentes, também, os administradores do Hospital Adventista de Belém (HAB) e da Faculdade Adventista da Amazônia (FAAMA), além de uma comitiva da Federação de Empreendedores Adventistas (FE) Brasil e Pará. O diretor de comunicação para os estados do Pará, Amapá e Maranhão, pastor Helbert Almeida, afirma que a revista Rafael Sampaio e Marcelo Inácio, da Seven Editora, agradecem pela oportunidade de criar a Mais Destaque Norte

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Marcelo Inácio, representante da Seven Editora, e pastor Leonino Santiago, presidente da UNB, comemoram o lançamento da revista

veio somar para a propagação da mensagem adventista. “Nós temos hoje vários veículos de comunicação em nossa região. Só em Belém, temos a Rádio Novo Tempo, que, com uma programação local, anuncia a volta de Jesus, e a TV Novo Tempo, que divulga as ações da Igreja no Brasil e no mundo. A revista Mais Destaque Norte vai enfatizar as ações locais e contribuir muito para a divulgação da mensagem de esperança em nossa região”, acredita o pastor Almeida. A geografia dos estados que compõem o Campo missionário da União Norte Brasileira (UNB) é desafiadora e apresenta algumas dificuldades no acesso a muitas localidades, o que dificulta ações mais integradas. O presidente da Igreja Adventista para os estados do Pará, Amapá e Maranhão, pastor Leonino Santiago, vê na Mais Destaque Norte uma oportunidade para unificar informações e integrar ações. “A revista vai testemunhar as ações missionárias das congregações, de maneira que os irmãos na fronteira da Guiana, do Mato Grosso ou, ainda, do Tocantins, saberão que aquilo que estão fazendo, outras pessoas estão acompanhando; e o que os outros fazem, eles têm a alegria de ter nas mãos. Sem dúvida, é mais um canal de comunicação que integra a Igreja e fortalece o cumprimento da missão”, afirma o presidente da UNB. Para o engenheiro Breno Damasceno, a visibilidade das ações realizadas na região favorece para que mais pessoas participem. “Gostei da iniciativa. Dessa forma, mais pessoas terão conhecimento das ações que estão acontecendo para o cumprimento da missão em nossa região e, assim, poderão participar também”, comenta Damasceno, que parabenizou a produção da revista. IMAGENS: CLOVIS COSTA



Conta corrente

Escala de valores O

que é realmente um valor? Prezar por alguma coisa significa atribuir importância. Portanto, qualquer coisa que você preza muito pode ser considerada um valor em sua vida. Como exemplo, podemos citar o trabalho, a família, os estudos, a amizade, a saúde, o lazer, a igreja, enfim. E entre eles está também o dinheiro. Você já deve ter ouvido um texto bíblico que diz que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”. O dinheiro pode ser uma grande bênção, mas pode se tornar um mal quando está no lugar errado em nossa vida. Quando falamos em dinheiro como valor, associe-o ao seu patrimônio pessoal. Ou seja, suas propriedades, veículos, ações, economias, poupanças, aplicações, entre outros. Agora, atente-se a esta informação: se você souber colocar seu dinheiro no lugar certo, ele será uma bênção. Mas como saber aonde colocar o dinheiro em nossa vida? Quero relembrar uma experiência que tive no período da faculda-

Todos os demais valores da vida dependem de termos uma boa saúde

Antonio Tostes é diretor geral da Rede Novo Tempo de Comunicação

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Deus deve estar em primeiro lugar de nossas prioridades, em seguida a família e saúde

de. Eu estava numa aula de Sociologia, e a professora estava falando exatamente sobre valores. Depois que ela explicou que a escala de valores é representada por uma pirâmide, na qual você coloca no topo o valor de maior importância e assim sucessivamente. O interessante é que essa pirâmide não tem um fim. Depois ela pediu para que alguns alunos da classe fossem até o quadro negro e fizessem ali a sua escala de valores. Eu fui um dos últimos, junto a um colega, que também é cristão. Fomos até a frente da sala e fizemos nossa escala de valores, nos triângulos desenhados no quadro. Por que estou chamando a atenção e relembrando essa história? É porque, naquela escala de valores, muitos daqueles jovens colocaram o dinheiro, o patrimônio e a carreira em primeiro lugar, mas poucos escreveram a palavra Deus ou religião. Apenas meu colega e eu colocamos Deus em primeiro lugar. Se eu lhe perguntar quais as coisas que você dá mais valor, acredito que possa responder o amor, a família e, até mesmo, o dinheiro. É claro que, destes, o amor é o valor final que está sendo procurado. Por outro lado, família e dinheiro são valores que servem como meios, ou seja, para você acionar os estados emocionais que deseja alcançar. E se eu lhe perguntar: “O que a família lhe dá?”, você pode responder: “Amor, segurança e felicidade”. O mesmo acontece com o dinheiro. O que realmente ele significa para você? A resposta poderia ser liberdade, capacidade de contribuir e senso de segurança. Mas, como podemos perceber, o dinheiro pode ser usado como um meio para alcançar o conjunto de valores e emoções que deseja experi-

mentar. É uma base sistemática, ou seja, ao longo de toda uma vida. Deus, família e saúde

Considerando que somos cristãos e estamos nesta vida nos preparando para a eternidade, quais, então, deveriam ser os três primeiros valores de nossa vida? Onde deve estar, realmente, o nosso dinheiro, vida patrimonial e bens? Se você estudar detidamente a Bíblia, vai chegar a uma única conclusão. Os três primeiros valores deveriam ser: Deus (fé), família e saúde. A ganância por ter e obter títulos levam muitos a serem intemperantes com o trabalho. Ou trabalham demais para se realizarem profissionalmente ou para darem conta de pagar todos os compromissos assumidos. Muitas crianças e jovens projetam-se em modelos que não são ideiais para sua formação. Os filhos devem seguir o comportamento dos pais, não o exemplo dos de fora de casa. Mas como vão fazer isso, se passam a maior parte do tempo na internet ou TV, do que na frente dos pais? Eis uma oportunidade. Como está a sua relação com os seus filhos? Além de falar da importância da família, não poderia deixar de falar da importância da saúde. Este deve ser um tema para ser tratado como uma prioridade, por um motivo muito simples: todos os demais valores da vida dependem de termos uma boa saúde, a começar pela questão espiritual. Se tivermos boa saúde, nossa mente se tornará um campo fértil para a atuação do Espírito Santo. Cuidar da nossa saúde hoje significa dividendos para o futuro. IMAGENS: CANSTOCKPHOTO | FREEPIK


Diminua suas despesas!

Deus

Se você está precisando entrar em um processo de contenção de despesas para ajudar sua vida financeira, faça isso reduzindo seu padrão de vida.

Família Ande mais de ônibus, metrô ou bicicleta e menos de carro;

Se necessário, venda ou troque de carro por um mais econômico, com um seguro menor;

Saúde

Mude para um local com aluguel mais barato;

Economize com o lazer e vestuário.

Mateus 6:33 Jesus declarou: “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”. Obviamente, Jesus não estava dizendo que existe algum pecado em você querer estudar, construir uma carreira e ter uma vida patrimonial confortável. Mas lembre-se de que, ao construir uma carreira de valores, Deus deve estar no topo. Em segundo lugar, sua família e, atrelado a isso, sua saúde. Assim você vai concluir que a vida será muito mais fácil de ser vivida. As aflições podem existir, mas elas serão vencidas com alegria, felicidade e com a certeza de que Deus está ao seu lado.

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Profissão

“Click” Fotógrafos dizem que trabalhar com fotografia exige vocação e gosto pela área Por Mayra Silva

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otógrafos são pessoas que registram histórias e momentos que podem ser guardados para a vida inteira. Tudo isso com o auxílio de uma câmera. Ser fotógrafo não é difícil. Aliás, todo mundo pode pegar uma câmera, até mesmo do celular, e sair tirando fotos do que bem entender. Entretanto, tirar foto de qualidade, que represente um significado e conte uma história, já é algo bem diferente. O fotógrafo Bernardo Coelho, por exemplo, trabalha com fotografia, de forma profissional, desde 2009. “Quando digo de forma profissional, quer dizer que eu ‘sobrevivo’ dela”, brinca Coelho. Há quem faz da fotografia um hobby e, consequentemente, tornam esse fato uma profissão, como aconteceu com Coelho. “Eu acabei entrando no mundo da fotografia por acaso, pois, na época, eu estava estudando Publicidade e Propaganda e estagiava em uma agência de marketing, onde tive que ajudar na construção de um site. Então, meu chefe me entregou uma câmera, me disse aonde ligava e ponto”, lembra Coelho,

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que, até então, não sabia mexer nas configurações do equipamento. A evolução do fotógrafo se deu muito de forma autodidata. Ele lia muito, olhava fotos na internet e tentava fazer algo parecido. O Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho, foi o local onde ele começou a carreira. “O Unasp foi um laboratório pra mim, porque, em pouco tempo, comecei a fazer fotos institucionais ‘na raça’. Eu abria o Corbis (banco de imagens), olhava referências, estudava a luz e tentava fazer algo parecido. Essa foi minha verdadeira escola”, conta Coelho. “É claro que depois eu fui atrás de cursos, eventos de fotografia e etc. Mas acho muito válido o aprendizado dessa forma, na tentativa e erro, porque você acaba não aprendendo as técnicas já estabelecidas”, conclui o fotógrafo, que já

Bernado Coelho (à direita) trabalha com fotografia desde a época da faculdade. Ele afirma que as fotos de família, gestante e ensaios são a porta de entrada para o mercado de trabalho

fez trabalhos para o Banco Santander, revista Casa e Jardim, Estadão, UOL, Folha de S. Paulo, TNT Express, Villares Metals e, até mesmo, do príncipe Harry, quando veio ao Brasi em 2012. A Igreja Adventista do Sétimo Dia é rica em programações especiais. Existem eventos que demandam um número grande de profissionais que entendam de fotografia para, posteriormente, divulgar esses materiais em veículos de comunicação da Igreja, como sites, blogs e revistas. A pessoa que estuda fotografia pode ser muito útil nesses eventos, como o Impacto Esperança, que é uma grande campanha de entrega de livros missionários; Camporis nacionais, internacionais e mundias, acampamentos


promovidos pelo Clube de Desbravadores; Aventuri, programação desenvolvida pelo Clube de Aventureiros; dentre outros eventos.

Reinaldo Hingel (à direita) é professor da Associação Brasileira de Arte Fotográfica. Ele diz que a dedicação ao trabalho é o que motiva os fotógrafos e os leva à máxima satisfação

Mercado de trabalho

Bernardo Coelho acredita que existe espaço para todas as pessoas que tenham uma boa proposta de fotografia e um trabalho diferente. “É claro que existem regiões do Brasil onde os profissionais estão mais concentrados, como São Paulo, e outras em que existem poucos profissionais com uma proposta diferenciada. Então, basta saber aproveitar essa oportunidade também”, aconselha. Segundo Coelho, existem áreas da fotografia que são mais exploradas, como as de família, gestantes e ensaios, ou seja, são a porta de entrada para o mercado de trabalho e maneiras mais fáceis de conseguir clientes de início, pois, de acordo com Coelho, tudo começa com indicação, no rol de amigos e, depois, vai se estendendo aos demais meios. Coelho é autônomo e seus preços são baseados em um valor aproximado daquele que o mercado cobra e naquilo que ele precisa para fechar suas contas e fazer seu lucro. “Depois que você pega o esquema dos orçamentos, você entende a lógica de cada tipo de fotografia, com o piso e teto salarial que o mercado cobra”, menciona o fotógrafo, que também considera a tabela da Associação de Repórteres Fotógrafos e Cinematográficos no Estado de São Paulo (ARFOC-SP), meio que auxilia os profissionais, dando um rumo de quanto vale as horas de trabalho dedicadas às fotografias empresariais e editoriais. Coelho decidiu continuar investindo nessa área por-

que ele se encontrou na profissão. “Nela você trabalha a criatividade, faz seus horários, trabalha com pessoas, tem seu próprio negócio, vai a lugares que não iria, se não fosse pela fotografia, além de ser muito gratificante ver uma foto sua estampada numa mídia bacana e importante”, enumera o fotógrafo. O mesmo aconteceu com o fotógrafo Reinaldo Hingel*, que é professor na Associação Brasileira de Arte Fotográfica (ABAF) e já colaborou no caderno de moda do O Globo, Jornal do Brasil e O Fluminense, além das revistas Desfile, Suis Generis, Downtown e PHOTO Francesa. “O que me levou à fotografia profissional foi, sem dúvida, a vocação. Iniciei minha carreira aos 15 anos, como colaborador de um pequeno jornal. Depois experimentei outras carreiras e atividades, mas meu pensamento sempre voltava à fotografia. Então, 15 anos depois, já formado em administração e piloto de avião, preferi me dedicar exclusivamente à foto. Desde então, se passaram 17 anos”, relata Hingel. Ele sugere para quem quer seguir nesse ramo a se questionarem se tem vocação para a atividade, pois crê que a ilusão que a profissão transmite confunde muitos admiradores. “Percebo um pensamento de que sair de um emprego e virar fotógrafo traz felicidade. A questão que pode ficar oculta é pensar que a liberdade, a falta de rotina e não ter um chefe não tornam a fotografia um negócio, e que um dia a atividade

não poderá virar um “emprego” do mesmo jeito. Sem amor real pela arte, vira serviço”, classifica o fotógrafo. Hingel também acredita que há várias áreas do mercado onde a fotografia pode ser mais promissora. Ele diz que existem muitos segmentos e crê que mais uma vez a vocação deve ser escutada. “Não adianta fotografar alimentos, se o que prefere é moda, por exemplo. Volto a dizer, aí vira ‘serviço’. A dedicação ao que te motiva é que levará à máxima satisfação. E ganhar dinheiro será consequência de uma vocação”, finaliza. Cursos de fotografia

“Eu acredito que um fotógrafo precisa investir em conhecimento como um todo, pois tudo aquilo vai influenciar em sua arte, em seu negócio”, acredita o fotógrafo Bernardo Coelho. Para realizar um curso de fotografia, a pessoa tem a oportunidade de optar por aulas online ou presenciais. A Panamericana, por exemplo, oferece o curso de fotografia. O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Administração Regional no Estado de São Paulo (Senac) também. “Procurar conhecimento em outras áreas e incluir isso em sua fotografia vai agregar ainda mais valor”, conclui Coelho. * Reinaldo Hingel respeita a religião cristã, porém não a segue.

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Evidências

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a origem do

cosmos

A teoria de que o Universo foi criado por um agente externo é a que mais se adequa à Bíblia

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a edição anterior de Evidências, você pode refletir sobre a existência de Deus e a grandiosidade do Universo. Nesta edição, vamos entender como surgiu o Cosmos. Tudo começou quando o físico Albert Einstein estava elaborando a sua famosa teoria da relatividade. Suas descobertas o fizeram prever que o Universo estaria se expandindo ou se contraindo. Mas, para isso, Einstein não podia escapar da noção de que o Universo teve um começo. Essa descoberta foi tão desconcertante que ele chegou a introduzir um fator de correção em seu campo equacional, a fim de garantir que o Universo continuasse sendo uma esfera eterna e estática. Mas aí veio Edwin Hubble, com seu estudo sobre a Nebulosa de Andrômeda e a teoria do Big Bang. A ideia de que o Universo um dia começou ganhou ainda mais força entre os cientistas. E não foram só os físicos ateus e agnósticos que participaram dessa descoberta. Houve também religiosos conservadores entre os renomados físicos da ocasião, como o padre belga Georges Lemaitre, que um dia celebrava missa e no outro discutia física. Lemaitre também encontrou indícios físicos de que o Universo tinha um passado finito e não era, portanto, estático, nem eterno. Com isso em mente, podemos propor três teorias ou ideias a respeito do Cosmos. Contrariando as descobertas dos físicos, podemos insistir, em primeiro lugar, que o Universo é eterno e nun-

Parte II

Deus mostra que estamos caminhando para um epílogo em que o Maestro revelará a sua grandiosa imagem Rodrigo Silva é doutor em Teologia Bíblica

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO


ca começou. Ou, em segundo lugar, admitir que o Universo se autogerou. Em terceiro e último lugar, podemos aceitar que o Universo foi criado por um agente externo. A terceira opção, obviamente, é a que se adequa à proposta bíblica. A primeira hipótese de um Universo eterno está praticamente descartada depois das novas descobertas da física. Mas, em adição à teoria do Universo com o começo, podemos acrescentar que a segunda lei da Termodinâmica, uma das poucas leis da física que praticamente não tem acessões, declara o seguinte: “A quantidade de entropia de qualquer sistema isolado termodinamicamente tende a incrementar-se com o tempo, até alcançar um valor máximo”. O que isso quer dizer? O nosso Universo é um sistema fechado, ou seja, não possui troca de matéria ou energia com algo exterior. Tudo acontece dentro dele mesmo. Sendo assim, na medida em que o Universo gasta essa energia, ela se degrada. Então, a energia útil dele será menor do que era no instante anterior. A entropia, nesse caso, é a medida do grau de desorganização do sistema – ou Universo – em relação ao seu estado original. Em outras palavras, quanto maior a desorganização, maior a entropia. No caso da Termodinâmica do Universo,

Einsten não escapou da noção de que o Universo teve um começo

os físicos ainda debatem se essa energia acabará um dia ou se permanecerá igual, pois ela pode ir e voltar. O fato é que a segunda lei da Termodinâmica afirma que a entropia tende a crescer. É muito improvável que essa desorganização decresça. Mas isso é ainda uma probabilidade. Se o Universo está caminhando para uma desorganização crescente ou estável, o fato é que ele tem que ter partido de um ponto inicial. Não tem sentido dizer que o próprio Universo o gerou a si mesmo. Porque, para isso, ele teria de existir antes de si mesmo. E isso é a coisa mais louca que alguém poderia imaginar. Uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo. Ainda existem muitos mistérios, por exemplo, em relação à chamada energia escura, também ligada ao início e à inconstância do Universo. Também existem mistérios com relação aos graus de temperatura dessa explosão antiga. Como essas novas regiões sabiam que temperatura e curvatura elas supostamente deveriam ter? Essa necessária curvatura e a temperatura ideal para o começo do Universo não poderiam ser comunicadas por nenhum tipo de sinal físico ou coisa semelhante, porque, simplesmente, não havia comunicação com o passado. Aliás, nem havia passado. O Cosmos acabara de nascer. O físico Robert Jastrow, astrônomo internacionalmente reconhecido, fundador e diretor do Instituto Goddard, da Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço (NASA), e autor do livro “Deus e os Astrônomos”, comenta a esse respeito. Ele escreveu: “Para os cientistas que têm vivido pela fé, no poder da razão humana, a história termina com um sonho ruim. Ele tem escalado as

montanhas da ignorância, acreditando estar alcançando, pela primeira vez, o mais alto dos picos. Então, ele pula sobre a rocha firme e, para sua surpresa, é cumprimentado por um grupo de teólogos que já estava assentado ali por séculos.” Se um Deus eterno e onipotente não existe, então não houve causa primeira. E se não houve, como é que nós estamos aqui? E mais, se a Termodinâmica pode, sozinha, gerar a vida, por que, então, uma matéria inorgânica posta sobre a energia solar não produz vida alguma? Os raios do sol e todas as demais energias que conhecemos só potencializam uma vida que não começou por elas mesmas, mas sim por outra fonte que, para mim, é Deus. Se eu fosse para o campo do DNA, seria algo mais complexo, pois a pura química e a energia de uma célula não são suficientes para justificar seu processo químico em relação ao Universo que a circula. E aí surge o dilema. Realmente eu não precisaria de um Deus eterno para explicar a existência de um Universo que não teve começo. Mas a realidade é feita de começos, energias e informação. E, para ter tudo isso eu, preciso de um agente externo ao Universo, que seja eterno, poderoso e inteligente. Deus mostra que estamos caminhando para um epílogo em que o Maestro revelará a sua grandiosa imagem. Aqueles que estiverem prontos o aplaudirão como Ele merece ser aplaudido. REVISTA REVISTA MAIS MAIS DESTAQUE DESTAQUE 77


Aconteceu comigo

“Sempre acreditei em milagres” Casal universitário recebe bênçãos de Deus no final da graduação Por Mayra Silva

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ábio Moreno recebeu o chamado de Deus para uma vida ministerial através da colportagem, trabalho missionário em que os adventistas do sétimo dia vendem literaturas sobre saúde física, mental e espiritual. Moreno tinha medo de deixar para trás sua estabilidade financeira e profissional. O desejo de trabalhar para Deus 24 horas por dia, todos os dias da semana, começou a incomodar Moreno, de tal maneira, que já não era possível ele negar o

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chamado. “Comecei a me preparar para ter condição de manter os estudos durante os quatro anos da faculdade. Mas esse não era o plano de Deus. Ele esperou o momento em que eu não tinha mais nada para me enviar ao seminário e pretendia me moldar em todos os aspectos da minha vida”, comenta Moreno. Durante os quatro anos da graduação, a colportagem sustentou Moreno e sua família. Hoje ele tem certeza de que esse é um trabalho de Deus. Em junho de

2012, o estudante e sua esposa, Erika, se prepararam para a colportagem. Nesse período, Erika engravidou. “Foi uma mistura de alegria e medo. O que faríamos? Nossa vida já era difícil, e agora com um bebê, o que seria de nós?”, temia o jovem. Devido aos enjoos, Erika não conseguia trabalhar muito. Por isso, o casal voltou para casa com apenas a quantia suficiente para pagar a bolsa de estudos. O orçamento para passar aquele semestre ficou bem pequeno. IMAGENS: arquivo pessoal


family (IDEM)


“Durante toda minha vida, tive a certeza de que Deus sempre fez o melhor por mim, com todo carinho” Na seguinte campanha de colportagem, Erika já estava com a barriga maior, e, em fevereiro de 2013, a pequena Isabelle nasceu. Moreno trabalhou menos para acompanhar o nascimento da filha e seus primeiros dias de vida. Nesse período, o casal não havia alcançado a bolsa de estudos para o semestre. Certo dia, o rapaz saiu para dar uma palestra, e a esposa ficou em casa, orando. Ela pediu que Deus provesse o valor necessário para fechar a bolsa. Deus atendeu ao pedido, entretanto, o orçamento, mais uma vez, ficou no limite. As férias seguintes foram ainda mais desafiadoras. O casal decidiu levar a filha para a colportagem, a fim de que os três ficassem juntos. Nesse caso, somente Moreno trabalharia. Além de dar assistência à família, ele precisava auxiliar a equipe que havia levado para o trabalho, sendo que alguns componentes do grupo eram inexperientes no serviço. O resultado financeiro não atendeu às expectativas. A preocupação em relação aos estudos e ao sustento dos próximos meses encheu o coração da família de Moreno, que ainda precisava acertar a conta de duas matérias que estavam pendentes.

Confiança em Deus Moreno pensou em desistir. Ao conversar com Deus, confessou que entenderia, caso precisasse esperar mais algum tempo para se formar. No entanto, ele trabalharia ainda mais para conseguir o dinheiro necessário para concluir seu curso. Certa manhã de sábado, a caminho da cidade Águas de Lindóia (SP), onde fazia estágio, o estudante orou. “Senhor, eu não tenho pai nem mãe que possam pagar minhas contas. O Senhor é meu pai, então, por favor, cuida de mim e da minha família”, clamou. Sua angústia era por conta do aluguel atrasado. O dinheiro que tinha daria só para o alimento. Moreno não sabia o que fazer. Sua esposa e filha dependiam dele. Surpreendentemente, naquela mesma manhã, na hora do almoço, um casal da igreja foi conversar com o estudante. “Entregaram-nos um envelope com uma oferta que a igreja tinha separado para nós. Ali havia a quantia exata que precisávamos para pagar o aluguel e mais algumas contas do mês. Senti-me tão grato a Deus, tão protegido que, naquele dia, não tive dúvidas de que meu Pai sempre esteve cuidando de mim e da minha família”, alegra-se o estudante. Moreno continuou trabalhando. Ele tentou marcar algumas palestras perto de onde morava, mas não obteve sucesso. O universitário ainda precisava pagar três mensalidades que estava devendo para, então, poder se formar. A grande surpresa

Fábio Moreno se formou em Teologia no Unasp, campus Engenheiro Coelho, em 2013

Apesar das circunstâncias, Moreno acreditava que Deus providenciaria recursos para sua formatura. Certa manhã, ele foi à faculdade pegar os convites da colação de grau e disse à secretária que depois voltaria para verificar quanto faltava para quitar o valor da formatura. Para sua surpresa, a secretária respondeu que não havia débito algum no nome

dele. O universitário ficou surpreso, mas como precisava ir para a aula, combinou de verificar essa questão posteriormente. “Cheguei em casa e logo entrei na internet para comprovar se a afirmação da secretária era verdadeira. E realmente estava tudo pago. Não havia nenhuma pendência, nem da faculdade, nem da formatura. O que havia acontecido? Contei para minha esposa, e nossa pouca fé nos fez achar que poderia ter sido um erro de digitação. Então, combinamos de ir ao financeiro novamente para verificar isso”, conta Moreno. Quando o casal chegou à faculdade, a secretária os recebeu com um sorriso no rosto e disse que uma mulher, que ela nunca tinha visto, chegou lá com o nome de Fábio Moreno escrito em um papel. Ela disse que queria acertar todo o débito que ele tinha na faculdade. O universitário mal podia acreditar no que estava ouvindo. “Deus tirou a minha carga pesada e me deu o Seu fardo leve, deu-me muito mais do que eu pudesse pensar e pedir”, comemora o estudante. Ali, ele teve a certeza de que Deus o havia chamado para o trabalho missionário e estava cuidando de tudo desde o começo. Erika também não tinha condições de pagar o valor que a faculdade pediu para a contribuição de sua formatura. “Eram apenas 20 reais, mas nem isso a gente tinha”, recorda Moreno. Enquanto a secretária buscava uma solução para ajudar Erika, uma mulher entrou na sala onde eles estavam e pediu para a secretária indicar alguns estudantes que precisavam de ajuda, pois ela tinha uma oferta para dar. Com isso, Moreno e sua esposa souberam que mais colegas tiveram a oportunidade de receber a mesma bênção. “Sempre acreditei em milagres, mas nunca imaginei que viveria uma experiência como essa. Durante toda a minha vida, tive a certeza de que Deus sempre faz o melhor por mim, mas viver essa situação me fez sentir carregado por Ele, com todo carinho. Hoje eu oro pedindo que Deus me use para abençoar a vida de muitas pessoas”, conclui Moreno, que se graduou em Teologia no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho, no final do ano passado. IMAGENS: arquivo pessoal

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Reflexão Caso você seja esposa de um missionário, é importante lembrar: você é o melhor presente de Deus para seu esposo Gilmar Zahn é pastor e presidente da União Noroeste Brasileira

A mulher que me deste Numa coisa todos nós concordamos com Adão: Eva foi dada por Deus

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va não foi um presente de grego para Adão. Presente de “grego” significa: dádiva ou oferta que traz prejuízo ou aborrecimentos a quem a recebe. De acordo com a lenda associada à conquista de Tróia pela Grécia, na chamada Guerra de Tróia, “um grande cavalo de madeira foi deixado junto às muralhas da cidade. O seu interior era oco e nele se esconderam alguns soldados gregos. Os troianos acreditaram que o cavalo seria um presente em sinal de rendição do exército inimigo e também abriram os portões da cidade, levando-o para dentro das muralhas. Durante a noite, os guerreiros gregos deixaram o artefato e abriram os portões da cidade. O exército grego pôde, assim, entrar sem esforço em Tróia, conquistar a cidade, destruí-la e incendiá-la.” Este relato pode ser encontrado em vários canais da internet. Embora muitos possam pensar que Eva seja um presente de “grego” que Adão recebeu, sabemos não ser justo responsabilizar a Deus por qualquer atitude humana, tendo Ele concedido ao homem o livre arbítrio. Ao abordarmos este tema, não pretendemos condenar Eva e muito menos justificar qualquer atitude de Adão em face aos deslizes do casal, advindos com a queda, mas pretendemos mostrar que, apesar dos desencontros promovidos pelo pecado, o primeiro casal de missionários que viveu nesta terra decidiu corrigir as rotas de suas vidas juntos, apoiando-se mutuamente na graça e misericórdia divina, a fim de criar os filhos e trabalhar honestamente para o Senhor.

Os esforços são humanos, mas o comando é divino Deve-se considerar, também, algumas perdas na vida dessa mulher. Ela foi uma líder destemida que soube administrar sua própria vida em tempos de crise, em face ao trágico conflito universal. Como esposa do primeiro missionário desta terra, o casal teve por rebanho a primeira geração do planeta. 82

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Ainda existe esperança? Eva não usou sua dor como escusa para rejeitar a Deus ou questioná-lo, como o havia feito no jardim. Ela também não permitiu que uma raiz de amargura brotasse em seu coração. Quando Deus lhe deu o filho Sete, ela expressou sua gratidão por essa nova vida. No final das contas, Eva aceitou as consequências de suas escolhas e se dispôs a aprender com os erros que havia cometido. Particularmente, não tenho dúvidas de que Eva foi dada por Deus como o melhor presente a Adão, e ele reconheceu isto. Caso você seja esposa de um missionário, é importante lembrar: você é o melhor presente de Deus para seu esposo, embora não seja perfeita. Às vezes, me pego a pensar: sem vocês, o que seria de nós, missionários? Lembre-se! Os esforços são humanos, mas o comando é divino. IMAGEM: CANSTOCKPHOTO



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