Qual o chamado de Deus para sua vida?

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nº ANO 08 | Nº 43 | MAR/ABR | 12

IMPRESSO

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Qual o chamado de Deus

PARA SUA VIDA?

Encarar e ter a convicção de dizer “sim” aos planos traçados por Deus em nosso viver. A cantora missionária Talyta Alves (foto) é um grande exemplo disso

Jogadores

Colaboração nas

Cristãos

imperfeitos

A arqueologia e a Bíblia

P. 12

P. 24

P. 28

P. 72

Compulsivos

lições de casa




sumário

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CAPA

Qual o chamado de Deus para sua vida? A missão existe. Cabe a cada um de nós assumir o compromisso de evangelizar e atender aos desejos do Senhor Jesus em nosso viver. Você deixaria pais, parentes, amigos e emprego para ser pescador de almas pelo Brasil afora? Conheça a história do casal missionário Talyta Alves e Jorge Luis, que vivem evangelizando e apresentam o Deus Criador a muitas pessoas

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62

6 8 12 16 22 24 28 32 34

EDITORIAL Cartas Entrevista O trabalho do secretário Udolcy Zukowski (UCB) Comportamento Jogadores Compulsivos Saúde Os mistérios da Insônia; Medicina Ortobiótica APS Uma maneira virtual de evangelizar Educação A participação dos pais nas tarefas dos filhos Especial A perfeição dos cristãos imperfeitos Profissão Fonoaudiologia: A comunicação em primeiro lugar Pé na Estrada As vantagens do Cash Passport

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36 48 52 64 68 70 72 78 82

Evangelismo Projeto “Volte, Filho” SEGURO S/A Seguro Residencial: Prevenir para remediar Fique por Dentro Salva-Vidas Amazônia, ADRA, Servidores da UCB e muito mais! Seu Direito Sempre alerta contra os estelionatários Infantil Uma mentira puxa outra CONTOS O valor da influência EVIDÊNCIAS Arqueologia bíblica Aconteceu Comigo A menina dos olhos de Deus Reflexão Preencha o vazio do seu coração

Diretor Executivo: Marcelo Inácio, Mtb 55.665/SP marcelo@maisdestaque.com.br | Diretor Comercial: Rafael Sampaio comercial@maisdestaque.com.br | Editor de Conteúdo: Tadeu Inácio, Mtb 57.630/SP redacao@ maisdestaque.com.br | Assistente de Arte: Beatriz Marani arte@maisdestaque.com.br | Colaboradores: Jogadores Anônimos do Brasil, J. Washington, Jonice Martini, Elias Morsch, Michelson Borges, Alexandre Faria, Marcos Camilo e Felipe Lemos.

PUBLICAÇÃO BIMESTRAL - Ano 8 - Nº 43 Março | Abril - 2012

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A Revista Mais Destaque é uma publicação da Seven Editora, preparada especialmente para o público cristão. O conteúdo dos artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista, cujo espaço preza pela liberdade de expressão e pluralidade de ideias. Permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e esta nota seja incluída.



editorial

Um chamado especial Com reagir a um chamado de Deus? A pergunta é intrigante e revela certa fragilidade presente em todos nós, meros mortais, independente da religiosidade. Muitos são os propósitos do Senhor em nosso viver e nem sempre é fácil encará-los da maneira que eles exigem e merecem. Há quem diga: “Pense duas vezes antes de recusar um convite de Deus. Aliás, nem pense em rejeitar o chamado que Ele tem para a sua vida”. Fato. Nossa fé deve estar e permanecer mais aquecida do que nunca. A missão propagada pela Igreja Adventista resume muito bem esse quadro. O “Reavivamento e Reforma” supracitado reflete com clareza essa questão, sobretudo na particularidade de cada um. Em alguns casos, o que ocorre é que algumas pessoas têm colocado suas opiniões e convicções na frente da vontade de Deus. Isso é um grande equívoco, principalmente por parte daqueles que creem nAquele que morreu por nós na Cruz do Calvário. Deus nos mostra o caminho correto para agradá-Lo. Aliás, a posição inversa a tudo isso nos foi passada através da história de vida da cantora Talyta Alves e seu esposo, o missionário Jorge Luís, contada na capa desta edição. A convicção em acertar os planos de Deus na vida dela e, em seguida, do marido é algo a ser destacado sem parcimônia. Dê uma conferida nesta matéria para entender mais sobre essa brilhante história, que ratifica quão grande és o poder do Senhor. Para simplificar, podemos pensar em nossos filhos. Se você lhe passar uma tarefa e ver que ele a cumpre com determinação e da maneira correta, você vai se agradar disso, inclusive até recompensá-lo, dependendo da situação. Agora, pense: se pensamos assim, imagina o Senhor? E se esse pedido não for aceito? Dá para compreender? O Pai sempre espera um resultado de cada um de Seus filhos. Deus não nos ofereceu talentos para ficarem enterrados no chão. Somos semelhantes a Ele, e como uma árvore, o Criador espera por (nossos) frutos.

divulgação

Marcelo Inácio

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marcelo@maisdestaque.com.br

destaque-se “Fiquei super feliz pela reportagem sobre fotografia, essa linda arte, que, a meu ver, não é muito valorizada. A MD mostrou outro lado que muitas pessoas não conhecem: o conceito da arte. Fotografar vai muito além do que podemos imaginar. Deus abençoe vocês por esse lindo trabalho.” Amanda Aquino - fotógrafa

“Evangelismo Permanente. Foi muito bom poder ler a entrevista com o pastor Antônio Tostes, que tem uma grande bagagem administrativa dentro da organização adventista, e que hoje atua na CPB. O excelente trabalho da Casa Publicadora passa pelo rendimento de todos esses profissionais de qualidade.” Eduardo Coutinho - engenheiro mecânico

“Gostei da pauta sobre a prevenção das drogas. O texto enfatiza que o processo preventivo deve começar no lar, com o apoio da família. Concordo plenamente com o pensamento do pastor Eliézer, que escreveu o artigo brilhantemente.” Sara Almeida - vendedora

“Gostaria de ler algum artigo sobre equoterapia nas próximas edições. É um tema bastante interessante e que não é muito divulgado na mídia.” Sandra Feliciano - artista plástica

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entrevista

redação md | FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

DESAFIOS E BÊNÇÃOS De aspirante a engenheiro mecânico à aceitação do desafio de pregar o Evangelho. O secretário da UCB, Udolcy Zukowski, fala sobre sua história e o atual momento da expansão adventista em São Paulo

No dia em que eu saí de casa... UDOLCY ZUKOWSKI, 47 ANOS, É NATURAL DE JOAÇABA (SC), ONDE VIVEU SUA INFÂNCIA AJUDANDO SEUS PAIS NOS AFAZERES DA roça juntamente com seus irmãos. Boa parte do sustento da família vinha das plantações de milho e soja. O filho do casal - de origem alemã - Udo e Dolcy (daí a origem do nome) formou-se em Teologia no Centro Universitário Adventista de São Paulo (antigo IAE) e concluiu o Mestrado no UNASP-EC. Passou por muitas instituições da igreja antes de chegar à União Central Brasileira (UCB). Sua esposa, a enfermeira Sônia Zukowski, também de 47 anos, graduada no antigo IAE, atua como enfermeira e coordenadora do Centro de Vida Saudável (CEVISA), em Engenheiro Coelho (SP). Ambos são os responsáveis pelas três joias geradas por esta linda história de amor: Udson, 24, estudante de Engenharia do Petróleo e Gás; Kelly, 19, estudante de Odontologia; e Keity Ellen, 15, estudante do Ensino Médio. Desde quando você é adventista? Sou a terceira geração de adventistas da minha família. Tive a honra de ser batizado aos dez anos de idade, em um lago no sítio do meu pai.

Como se deu a sua criação dentro da IASD? Como grande parte dos meus familiares são membros da Igreja Adventista, toda a minha infância e início da adolescência girava em torno das atividades da igreja. Frequentávamos todos os cultos e estudávamos a Lição da Escola Sabatina diariamente. Lembro-me bem da minha avó, Lídia Schulteiss, que também fazia o culto todos os dias e lia a Meditação Matinal em alemão. Aos 12 anos, fui ajudante do Pr. Ezequiel Morais durante um evangelismo público na minha cidade. Quando e de que forma surgiu a oportunidade de trabalhar na obra? Meu sonho era ser um engenheiro mecânico. Já no Ensino Médio, fui estudar no internato IAP (PR). Tirava as melhores notas em Matemática e Física. Participava também do coral do colégio e do grupo musical, além de tocar piano. Mas, durante uma Semana de Oração, Deus usou o pastor para fazer um apelo específico ao ministério. Eu fui à frente e aceitei o chamado para ser pastor. Muitos ficaram espantados ao me verem abandonando o antigo sonho e recebendo o desafio de pregar o Evangelho. Como foi a sua trajetória dentro da igreja até chegar ao

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posto de secretário da UCB? Depois de sete férias na colportagem, e ao concluir a Faculdade de Teologia em 1985, fui chamado para ser pastor distrital em Varginha (MG). Cuidei de 12 igrejas e grupos durante dois anos. Então, fui designado para o Distrito da Central de Juiz de Fora (MG). Além de todas as igrejas da cidade, o território incluía Matias Barbosa, Bom Jardim de Minas, Pacau, Lima Duarte, Arantina, Barbacena, Santos Dumont, Passa Vinte, entre outras cidades. Era uma verdadeira missão global. Em 1990, fui escolhido como Departamental de Jovens na Missão Mineira Sul, com sede em Juiz de Fora, onde também era o responsável pelas áreas de Desbravadores, Aventureiros, Música, Temperança, Educação, Comunicação, Deveres Cívicos e Liberdade Religiosa. Em setembro de 1994, fui chamado para os Departamentos de Jovens, Desbravadores, Aventureiros, Música e Comunicação da União Sul-Brasileira (USB). Seis anos depois, a UCB me fez um chamado para as mesmas funções. No final de 2007, atuei como Departamental de Jovens na União Este Brasileira (UEB). Então, iniciei o ano de 2010 como secretário-geral da UCB, que agora atende a mais de 1,7 mil igrejas e grupos no Estado de São Paulo. Qual a importância da sua família em toda essa história? Os exemplos dos meus pais e avós foram decisivos no molde do meu caráter no amor por meu Jesus e Sua Igreja. Meus pais sempre estiveram envolvidos em atividades missionárias. Lembro-me que eles davam estudos bíblicos em uma fazenda aos sábados à tarde. Enquanto eles estudavam a Bíblia, eu e


O ambiente da igreja, os propósitos e os desafios contidos na pregação do Evangelho são grandes bênçãos

meu irmão Wesley íamos para o curral de ovelhas e ‘fazíamos o culto’ com os animais. Enquanto um ‘recolhia as ofertas’, o outro ‘pregava’ o sermão que tinha ouvido na igreja pela manhã. Apesar disso, eu não pensava em ser pastor. Mas Deus estava me preparando para o ministério. Depois de 26 anos de pastorado, posso afirmar que minha família suportou a minha ausência e permanece sendo essencial para, juntos, desenvolvermos um ministério produtivo para o Senhor. Como é a sua rotina profissional? Como secretário da UCB, coordeno atividades que envolvem toda a movimentação de membros da igreja nas sete Associações: a inclusão dos novos batizados; o treinamento das secretárias e secretários; a organização das agendas de diversas Comissões da UCB; o envio dos chamados aos formandos em Teologia para o Ministério em São Paulo; participar das Comissões da Divisão Sul-Americana; organizar reuniões internas; e muito mais. Porém, o mais importante é a reintegração de ex-adventistas. Somente em 2011, por exemplo, foram produzidos 94 mil DVDs do reencontro com o lema “A Saudade não preenche a ausência de um amigo”. As duas histórias contidas neste DVD (de pessoas que voltaram para os braços de Jesus) motivaram centenas de pessoas ao reencontro com o Salvador e ao rebatismo. Muitos valorizam os cargos ou funções, mas o que eu mais aprecio é cumprir a missão onde Deus mandar.

Quais os prós em atuar em uma organização da igreja? As atividades na obra de Deus são oportunidades de serviço e

crescimento em todas as áreas. O ambiente da igreja, os propósitos e os desafios contidos na pregação do Evangelho são grandes bênçãos.

Como você avalia o trabalho da UCB nos últimos anos? A UCB tem tido um crescimento sólido e constante nos últimos tempos, seja em número de membros, igrejas, alunos, cidades com canal aberto da TV Novo Tempo, livros da Colportagem etc. Graças a Deus, temos produzido programas e materiais que servem ao Estado de São Paulo, ao Brasil e a outros países também. O que pode ser melhorado? Apesar de a grande São Paulo ter a maior quantidade de igrejas (mais de 500) e membros adventistas (aproximadamente 100 mil) do mundo, ainda assim temos centenas de cidades no Estado sem a presença da IASD. Ou seja, os 42 milhões de habitantes de São Paulo esperam ser alcançados pelos 221 mil membros.

Como fazer para que essas mudanças ocorram? O Pr. Domingos, presidente da UCB, sempre diz que “unidos somos mais fortes”. Foi isso que levou a igreja a recolher e distribuir centenas de toneladas de alimentos no Dia Mundial da Alegria, em 2006, e nos Mutirões de Natal que ocorrem a cada ano. A união dos jovens levou 50 mil pessoas no Sambódromo a cantarem “do santo sábado És Senhor”. Ela levou três mil almas ao batismo em um só dia (7/7/2007). E foi essa união de esforços que nos levou a alcançar cada uma das quase 13 milhões de casas com o livro “A Grande Esperança”. REVISTA MAIS DESTAQUE 9


Quais as metas da igreja a serem alcançadas no decorrer de 2012? A entrega de mais de três milhões de livros em um só dia (como ocorreu em 24 de março deste ano na grande São Paulo) não é para entrar para história, é para mudar a história de milhões de habitantes; desejamos neste ano fundar tantas igrejas quanto foram em cinco anos; oramos para que mais de 16,5 mil pessoas sejam batizadas; necessitamos despertar em cada igreja e em cada membro o verdadeiro Reavivamento e Reforma; e mudar hábitos e atitudes com respeito à devoção pessoal, evangelismo, temperança, estilo de vida e efetiva religião em família.

Em relação ao Plantio de Igrejas, qual a meta a ser alcançada ainda em 2012? Em 2011, foram plantadas 80 novas igrejas. Isso significa quase o mesmo número de igrejas plantadas nos últimos cinco anos. Desejamos, neste ano, continuar no desafio do progresso “cinco anos em um”. De que forma ele vem sendo trabalhado? As igrejas em cidades sem presença adventista são os maiores desafios. A maioria dessas cidades são pequenas e com grande preconceito, mas as “muralhas estão caindo”. A pequena Itobi é um grande exemplo. Em 2011, com a união de esforços dos obreiros e funcionários UCB, Igreja de Casa Branca e APaC, plantamos uma igreja organizada com mais de 60 membros.

Em 2011, foram plantadas 80 novas igrejas. Isso significa o mesmo número dos últimos cinco anos. Desejamos continuar no progresso ‘cinco anos em um’

Deixe uma mensagem aos leitores da MD. Desejo que continuemos batalhando na guerra do bem contra o mal. Gosto muito de uma frase: “Herói não é aquele que sempre vence, mas é aquele que, mesmo humilhado no pó da derrota, ainda conserva o ânimo para a luta.”

Números de SP em 2011

POPULAÇÃO DISTRITOS

Fonte: UCB

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42.000.000 312

CONGREGAÇÕES

1.729

IGREJAS

1.008

GRUPOS

721

MEMBROS

22.644

BATISMOS

16.047



comportamento

TADEU INÁCIO

JOGAD RES

Compulsivos

sxc

Estudo mostra que mais de quatro milhões de brasileiros têm relação patológica com o jogo. Tratamento é parecido com o de alcoólatras

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sxc

2,3% dos brasileiros são jogadores natos. Destes, 1% são compulsivos e outros 1,3% seguem o mesmo caminho

A

atitude de jogar compulsivamente é uma séria alteração do comportamento. Seu caráter mórbido ou patológico foi considerado apenas a partir de 1980. Nesta época, a ação passou a ser classificada e reconhecida como transtorno psiquiátrico através de sua inclusão na classificação do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais III (DSM - Diagnostic and Statistical Manual). A linha entre diversão e problema familiar é absolutamente tênue. O perigo do dependente em jogos pode ter início em atividades aparentemente normais: a “fezinha” na Mega-Sena acumulada, no título de capitalização, na rifa do amigo... O processo se assemelha a outros dois problemas sociais mais frequentes e que permanecem indomáveis em nosso país: álcool e cigarro. As semelhanças se estendem, inclusive, quando citamos as famosas crises de abstinência. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o jogo patológico passou a ser reconhecido como uma doença somente a partir de 1992. Em linhas gerais, este problema se caracteriza pela incapacidade da pessoa em controlar o hábito de jogar, a despeito de todos inconvenientes que isso possa proporcionar, como por exemplo problemas financeiros, familiares, profissionais etc. Calcula-se que em países como EUA, Austrália e Inglaterra o problema atinja até 4% da população geral. “Em cidades com alta concentração de casas de jogo, como Las Vegas (EUA), por exemplo, esse número salta para 8,7% da população adulta”, informa Marcelo Fernandes, psiquiatra do Ambulatório do Jogo Patológico da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Existem diversas interpretações a respeito dessa dependência, como os especialistas preferem denominar, também conhecido como jogo compulsivo. Um jogador com esta característica é descrito como uma pessoa cujo jogo tenha causado contínuos e crescentes problemas em quaisquer aspectos de sua vida. De acordo com a liderança da Irmandade de Jogadores Anônimos do Brasil (JA), iniciada nos EUA, em 1957, e presente em muitos países, “trata-se de uma doença, progressiva por natureza, que não pode ser curada, mas pode ser detida”. No Brasil, as reuniões ocorrem desde março de 1993. Diversas

unidades (grupos), espalhadas por onze estados brasileiros, atendem essa parcela da população. Os jogadores compulsivos já ocupam o terceiro posto no ranking das compulsões do país, atrás das duas citadas anteriormente (álcool e cigarro). “Quando a pessoa aposta mais do que deveria, o jogo deixa de ser uma diversão e passa a ser uma um problema familiar”, diz Danielle Rossini, psicóloga e coordenadora do Programa Ambulatorial do Jogo Patológico do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

Fuga, diversão e problema familiar

De acordo com uma pesquisa realizada recentemente pelo psiquiatra Hermano Tavares, coordenador do ambulatório de jogo patológico do Hospital das Clínicas, 2,3% dos brasileiros são jogadores natos. O estudo ainda complementa que desses apostadores de “jogos do acaso”, 1% são compulsivos e outros 1,3% estão seguindo o mesmo caminho. Com a estimativa de que cada jogador viva com mais três familiares em média, estima-se que 18 milhões de pessoas sofram - direta ou indiretamente - com problemas relacionados ao jogo. Para o psiquiatra, “o jogo para ser bem viciante, tem que manter o estímulo, a excitação, de maneira contínua. Então, uma forma de se alcançar isso é fazer a pessoa apostar no começo da ação e fazê-la acompanhar até a definição do resultado. Como ocorre, por exemplo, nas corridas de cavalo. Entre outras sensações, ocorre o aumento da frequência cardíaca e respiratória. Essa excitação é o elemento viciante do jogo”, esclarece Tavares. “Outra forma de manter isso constante é encurtar muito o intervalo entre a aposta e o resultado, como ocorre no caça-níquel eletrônico”, complementa. Geralmente, eles apresentam o que os especialistas definem com o termo comorbidade. Ou seja, a coexistência de transtornos ou doenças além do jogo. Aproximadamente 70% dos jogadores compulsivos são viciados em tabaco, 40% sofrem de depressão e ansiedade e 20% abusam de álcool e drogas. É comum ouvir relatos de jogadores que passaram a apostar, seja no bingo ou no caça-níquel, para fugir de problemas pessoais, como uma crise na família ou frustrações no trabalho. REVISTA MAIS DESTAQUE 13


comportamento Antes de chegarem aos JA, muitos dos dependentes se consideravam moralmente fracos. Os responsáveis pela instituição creem que essas pessoas sejam doentes, porém pode haver plena recuperação - por meio de terapias e demais tratamentos - se derem o melhor de si para seguir um programa que já provou ser um sucesso para milhares de homens e mulheres. Afinal, eles são os últimos a darem conta da real situação que incomoda, e muito. Familiares e amigos, geralmente, são incentivadores na procura de ajuda e recuperação. Eles são peças fundamentais em todo o processo. Em nota oficial enviada à MD, a liderança do Escritório Regional de Serviço de Jogadores Anônimos do Brasil de São Paulo informou que não desenvolve um trabalho junto a profissionais. “Participam jogadores que deixaram de jogar e outros que ainda tentam parar. Ninguém fala em nome da irmandade, cada um emite sua opinião. Somos grupos de autoajuda. Utilizamos o programa de 12 passos para nossa recuperação, uma adaptação da metodologia usada nos Alcoólicos Anônimos. Contudo, sobrevivemos graças às contribuições recebidas.” Embora perceba que as apostas estejam prejudicando sua vida, o jogador não consegue deter o vício. Assim, deixa de fazer outros programas para jogar e sente o dever de apostar cada vez mais para ter o mesmo prazer de outrora. Pequenos crimes para financiar o vício podem ocorrer em alguns casos. Isso ocorre, sobretudo, em momentos de graves crises de abstinência.

sxc

Jogadores Anônimos

Fases da dependência Para Maria Paula Magalhães, psicóloga do Ambulatório de Jogo Patológico da Unifesp, “o jogo começa com pequenas apostas, normalmente no período da adolescência, sendo mais frequente entre os homens”. Ela descreve três fases do comportamento de jogar:

Vitória:

1

Tratamento eficaz: Bem como o alcoolismo, o vício em jogo não tem cura definitiva e o tratamento promove a abstinência. O JA segue o mesmo princípio dos Alcoólicos Anônimos (AA): os frequentadores dividem suas histórias em sessões que reúnem entre 12 e 15 jogadores e devem seguir 12 passos de recuperação, como admitir que são impotentes perante sua compulsão. Apesar das semelhanças, há também diferenças. A principal delas é que, conforme ficam um período afastados das apostas, os jogadores re-

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cebem chaveiros - e não fichas, que seriam uma forte referência aos jogos, como os frequentadores do AA. Outra forma de tratar a doença é por meio de tratamentos psicoterapêutico ou psiquiátrico. Eles envolvem uma série de conversas para determinar as causas do vício e mostrar o que deixam de lado enquanto estão entregues ao jogo. Em média, o tratamento leva um ano – mas em casos extremos pode durar para sempre. Dos jogadores que procuram ajuda, cerca de 60% deixam de jogar no final.

A sorte inicial vai sendo rapidamente substituída pela habilidade no jogo e as vitórias tornam-se cada vez mais excitantes. Aumenta a busca pelo jogo e é manifestado um otimismo não-realista. Os valores das apostas vão aumentando progressivamente e a perda passa a ser mais sofrível.

Perda:

2

Ocorre o aumento de tempo e dinheiro gastos com o jogo, bem como o afastamento da família. Normalmente, o dinheiro ganho no jogo é utilizado em novas investidas, que pode comprometer salário, poupanças e demais economias.

Desespero:

3

Ao perceber o tamanho de sua dívida, o jogador pode se desesperar. Tem consciência em relação aos problemas - financeiros e familiares - gerados, mas não consegue controlar o impulso. Podem passar a utilizar recursos ilegais para obter dinheiro.

• Fonte: IG | Jogadores Anônimos www.jogadoresanonimos.org | (11) 3229-1023



saúde

TADEU INÁCIO

DE BEM

COM O SONO

É

muito comum ouvirmos aos quatro cantos que a rotina, as atribuições do dia a dia, é o principal motivo para a existência do cansaço em nossas vidas. Trabalho, estudo, atividades físicas e do lar nos consomem por inteiro. Depois de um dia repleto de afazeres e preocupações, nada mais justo e necessário para a manutenção da saúde do que o descanso. Porém, a principal forma de descansar é encontrada em uma tranquila e ininterrupta noite de sono, que é encarado como processo orgânico vital para o corpo humano. Daí, a preocupação com um problema denominado insônia. A dificuldade de dormir é caracterizada pela incapacidade de conciliar o sono e pode se manifestar em seu período inicial, intermediário ou final. “Este é um transtorno que se caracteriza pela dificuldade para iniciar ou manter o sono, ou um sono não reparador, que causa prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes na vida do indivíduo”, revela a psicóloga do Hospital Adventista de São Paulo (HASP), Rosana Guzman. O sono tem valor incomensurável quando falamos na reabilitação do corpo e das forças para se iniciar uma nova jornada, e o tempo necessário para que ele seja, de fato, reparador varia de uma pessoa para outra. Há quem diga que o período ideal dure de sete a oito horas. Quando ele ocorre, além de descanso físico e mental, o corpo realiza vários processos metabólicos vitais. Estudos com pessoas privadas de sono mostram que o vigor físico, a resistência a doenças, a atenção, a memória, a coordenação motora e muitas outras atividades são seriamente prejudicadas quando não se dorme adequadamente. De acordo com conteúdo publicado no site do médico cancerologista Drauzio Varella, “as pesquisas recentes sugerem que aqueles que consideram suficientes quatro ou cinco horas de sono por noite, na realidade, necessitariam dormir mais. Aparentemente, pessoas mais velhas dor-

mem menos. Entretanto, o tempo que passam dormindo pode ser exatamente o mesmo da mocidade, dividido em períodos mais curtos e de sono mais superficial.” Está comprovado também que dormir poucas horas contribui para o envelhecimento precoce, pois desencadeia distúrbios do pâncreas, diminuição da tireotropina (TSH), hormônio que estimula o funcionamento da tireoide e um consequente aumento do cortisol, substância produzida pelas glândulas suprarrenais que implica nas respostas ao estresse. Dados de pesquisas demonstram que a insônia, geralmente, tem o seu início na fase adulta jovem, mas que a prevalência aumenta com a idade, sendo maior entre os idosos. A queixa de insônia também tem maior incidência entre as mulheres. Citada no primeiro parágrafo deste texto, a rotina pode colaborar no surgimento deste problema. É o que afirma Guzman. “Compromissos, horários a cumprir e cobranças são uma realidade presente na vida de todas as pessoas em maior ou menor grau. Isto pode interferir em nosso organismo de forma que ele não consiga relaxar e descansar no momento devido, o que acarreta em insô-

Insones correm mais risco de terem problemas de saúde Entre 16% e 40% das pessoas têm algum problema que prejudica o sono. “Os insones trabalham pior, não conseguem desempenhar as atividades cotidianas e podem ter problemas de saúde sérios, que vão da depressão ao diabetes. Isso consome uma quantidade imensa de recursos”, alerta Flávio Aloé, coordenador do Centro Interdepartamental de Estudos do Sono do Hospital das Clínicas. Fonte: USP

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INSテ年IA.

canstokphoto

Conheテァa melhor um problema que atinge, aproximadamente, 40% da populaテァテ」o brasileira

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saúde nia, que por sua vez pode provocar maior estresse”, diz. Assim, é necessário primeiramente identificar quais as fontes de estresse, e tomar as devidas providências para lidar melhor com essas situações. “É importante também organizar a rotina, definindo horários regulares de exercício físico, alimentação e sono”, acrescenta a doutora.

Insônia infantil

De menor incidência, ela é mais perigosa que a adulta. A criança depende muito do sono para ter um desenvolvimento físico e psíquico adequado. “Durante o sono são secretados diversos hormônios, como o do crescimento, e é também quando o cérebro armazena em seu ‘disco rígido’ todas as informações aprendidas durante o dia”, alerta Flávio Aloé, coordenador do Centro Interdepartamental de Estudos do Sono do Hospital das Clínicas. Até os dois anos de idade, a insônia infantil é associada a outras doenças, como a asma e a apneia noturna. Já na fase de alfabetização, ela é ligada a problemas como hiperatividade e síndrome de déficit de atenção.

Causas gerais

A insônia pode ter causas orgânicas e psíquicas. Pesquisas a esse respeito apontam a produção inadequada de serotonina pelo organismo e o estresse provocado pelo desgaste cotidiano ou por situações-limite como causas mais importantes. Guzman enumera alguns problemas que contribuem para o surgimento da insônia, entre eles: o efeito fisioló-

gico direto de uma substância como a nicotina, bebidas alcoólicas, cafeína ou outros estimulantes; enfermidades orgânicas; transtornos como depressão ou ansiedade; transtornos respiratórios; ambiente físico inadequado; ambiente interpessoal (como dormir ao lado de alguém que ronca ou se mexe muito); rotina mal-estruturada em relação aos horários de dormir, de realizar exercícios físicos e de trabalhar; refeições pesadas à noite; e dificuldades em lidar com o estresse e conflitos diários.

Cenário, diagnóstico e tratamento

É comum que algumas pessoas não consigam “desligar a mente” na hora de deitar na cama, e sem esse relaxamento é muito difícil pegar no sono. No Brasil, aproximadamente 40% da população têm insônia. Mas, segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), somente 5% da população mundial procuram o especialista adequado. O uso de medicamentos associados pode ser recomendado para tratar o distúrbio. Para fazer efeito, os antigos medicamentos para dormir exigiam um uso contínuo, o que levava à dependência. Hoje, os medicamentos mais modernos não têm esse problema. Além dos antidepressivos, medicamentos chamados hipnóticos, que induzem ao sono, são utilizados em pessoas com insônia. Contudo, é importante ressaltar: nunca opte pela automedicação. O processo para diagnosticar as causas da insônia pode ser facilitado pela polissonografia, um exame que monitora o paciente enquanto dorme. Fique atento!

Dicas de prevenção: Alimentação e hábitos que colaboram DIVULGAÇÃO

por Rosana Guzman, psicóloga do HASP

• Tenha um horário fixo para dormir e também para acordar, mesmo que não tenha dormido bem; • Não durma em períodos diurnos, tentando recuperar as horas de sono perdidas à noite; • Utilize a cama apenas para dormir, e não como sala de estar ou de jantar; • Invista no ambiente e o deixe confortável. Isso envolve a temperatura, a luz, o silêncio e o colchão; • Não faça uso de estimulantes, bebidas alcoólicas ou cigarro; • Pratique exercícios físicos; porém, não é recomendável praticá-los próximo à hora de dormir; • Faça uma refeição leve e com car-

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boidratos, pois estes se convertem em serotonina, o que ajuda a dormir; • Faça uso de alimentos com propriedades calmantes e soníferas como: aveia, mel e alface, por exemplo; • Aprenda a lidar com os eventos estressantes do dia e procure não resolvê-los momentos antes do repouso; • Faça um ritual relaxante de forma que o corpo e a mente saibam que é hora de descansar, utilizando, por exemplo, um banho morno e uma música suave. Fique atento: Se o problema persistir, mesmo com essas precauções, é recomendável procurar orientação médica.


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saúde

INFORME PUBLICITÁRIO | TEXTO: REDAÇÃO MD

Reequilíbrio que GERA AUTOCURA Atualmente, muitas são as alternativas para quem procura resolver disfunções orgânicas e psíquicas que prejudicam - e muito - o bem-estar no corrido dia a dia de pessoas saudáveis, doentes, portadoras de necessidades especiais ou até doenças raras e terminais. Porém, para quem almeja a autocura ou se manter em equilíbrio é indispensável o ajuste à ortobiose. Os profissionais da Ciência e da Saúde ao redor do mundo vêm evoluindo – e muito – para oferecer novas técnicas de tratamento à sociedade. A tecnologia e o estudo aprofundado contribuem à melhoria na qualidade de vida das pessoas que procuram por algo diferenciado e com resultados acima do esperado, sobretudo por intermédio da Biomedicina Ortobiótica. O ser humano adoece em função dos desequilíbrios de cargas próprias para enfrentar as diversas áreas e situações da vida, permitindo, assim, o surgimento das aberrações genômicas (alteração DNA), disfunções físicas ou mentais. Deste modo, a Biomedicina Ortobiótica otimiza o reequilíbrio do homem ao conjunto das leis físicas que regem a natureza, bem como de todo o nosso sistema solar. Apostando que as doenças são A Sand Ortobiomolecular é uma parceira capacitada para colaborar em prol da sua saúde física-corpo, mental-intelectual e psique-espiritual.

resultados de desequilíbrios químicos e consequentemente alteração da frequência de cada átomo de que somos constituídos (física quântica), o programa NBM (Natural Biorrengenharia Molecular) reivindica a ressonância de alta Biotecnologia, fugindo dos métodos invasivos, drogas alopáticas, sistemas paliativos, entre outros.

Exemplo de autocura

Muitas vidas já foram transformadas por esse tipo de tratamento. Como na história do alfaiate Carlos Bastos, que foi submetido a uma bateria de exames para tratar uma intensa dor na região do baixo ventre. “Aplicaram-me soro e realizei exames de sangue, urina e ultrassonografia. Depois, fui liberado. Dois dias depois saíram os resultados, que não constataram nada. Porém, a dor só aumentava. Foi assim que resolvi, depois de receber boas indicações, visitar o cientista ortobiótico Rui Pallone”, conta Bastos. Preocupação ou aflição? Não para quem confia no poder de Deus e no que Ele nos deixou como fonte de energia e reengenharia genética (regeneração). “Tratava-se de uma apendicite aguda. Mal andava em função das fortes dores. Iniciei o (11) 4426-3552- Fixo Telefônica (11) 4426-7117 - Fixo Net (11) 3439-6696 - Fixo Livre (11) 9915-4456 - Vivo (11) 6437-2473 - Tim (11) 6238-3142 - Oi (11) 7622-7674 - Claro

Programa NBM do cientista Pallone e, em menos de 2/3 de 1 MQ (sistema para mensurar a desinversão do DNA), meu corpo promoveu a autocura. Sou eternamente grato a Deus e a esse valioso profissional”, emociona-se o alfaiate.

Equilíbrio com as leia da natureza

Em seu Centro de Pesquisa, o adventista Pallone desenvolve programas que recolocam o ser humano em equilíbrio com as leis da natureza/ortobiose. “Quando se coloca o ser humano em harmonia com as leis físicas e as que regem sua psique (espiritual), o corpo com autonomia, por si só, busca a regeneração e ainda confere habilidade para a mente (intelecto). Atuamos na origem dos distúrbios físicos e psíquicos alterando a bioquímica, bem como a frequência de cada átomo, que terminam por enfermar o corpo e impedem o gerenciamento das emoções negativas”, conta Pallone. A autocura, por sua vez, não depende apenas de uma boa alimentação sistêmica, biodiversificada, mas da compatibilidade química de cada alimento, bem como de um processo digestório livre de sequestro nos sítios de absorção (biodisponibilidade) e a constante confiança em Deus. “Não se trata de mudar dietas ou se valer de produtos mágicos. É preciso muita fé no Criador e a interação do doente ao programa NBM”, complementa Pallone. Para você que está enfermo ou que deseja plena qualidade de vida e ou ainda conhece alguém em alguma situação complicada, não desista, pois não existe doença incurável para Deus. Em Sua infinita misericórdia, Ele pode fazer um milagre na vida de cada um de nós; desde que saiamos do comodismo e nos harmonizemos às normas.

www.sandoni.com.br | sandoni@uol.com.br

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Na próxima edição, falaremos sobre a professora Terezinha, que, orientada a usar uma cadeira de rodas, buscou o tratamento para curar uma artrite reumatoide.



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SXc

aps

Uma maneira virtual de

EVANGELIZAR Por meio das redes sociais, a mensagem da Bíblia pode alcançar muitos corações. Como ocorreu com a jovem Ingrid, hoje membro da Igreja Adventista da Alvorada 22 REVISTA MAIS DESTAQUE


Pelo irmão, a jovem recebeu materiais baixados do site e, a partir de então, sua curiosidade em estudar a Bíblia foi aumentando. “No início, achava a abordagem diferente. As histórias e experiências que eu ouvia eram contadas de forma atípica, de maneira engraçada, com algumas piadas no final. Mas foi dessa forma divertida e envolvente que eu procurei saber mais sobre Jesus”, afirma Ingrid. Em pouco tempo, a jovem estava recebendo estudos bíblicos. “Meu irmão Flávio e minha cunhada Késia me ajudaram muito. Eles foram muito pacientes comigo. Um dia, assistindo a um culto no Unasp - campus São Paulo -, senti que não podia esperar mais e decidi marcar a data do batismo”, afirma a professora de canto, batizada no dia 17 de dezembro do ano passado. “Estou duplamente feliz: pela decisão da Ingrid e por ela ser um fruto direto do BibleCast”, relembra o pastor Diego Barreto, um dos fundadores do projeto. Quando ainda não tinha internet em casa, o foco de Ingrid era outro: frequentava uma lan house para verificar os emails e acessava as redes sociais para se inteirar sobre assuntos alheios. Hoje, com outro pensamento, ela utiliza o meio virtual para expandir o Evangelho. “A internet é usada mundialmente. Por isso, temos um legado a cumprir, o de apresentar a Palavra através da era digital para que outras pessoas tenham a oportunidade que eu pude ter, que foi conhecer a mensagem cristã”, conclui agradecida. Convicta da escolha que fez, a jovem, que dedicava o seu tempo ensinando músicas seculares, hoje usa suas técnicas e habilidades musicais nas programações da igreja.

divulgação

E

star informado sobre as principais notícias do mundo; realizar pesquisas, desde assuntos simples até os mais inusitados; procurar uma vaga de emprego; encontrar amigos e parentes que há muito tempo não se via; e ampliar o conhecimento de maneira rápida e em tempo real. Inúmeros são os interesses de quem acessa a internet. Com o avanço tecnológico, essa ferramenta de comunicação virou um meio indispensável em todo o mundo, permitindo ao internauta conhecer, produzir e compartilhar informações diversas e instantâneas. Neste contexto, as redes sociais se tornaram influentes e eficientes canais de propagação da mensagem de Deus utilizado pelos líderes e membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Facebook, Twitter, Orkut e Blogs, entre outros condutos de interatividade e comunicação de mão dupla, ganharam espaço significativo no universo cristão. O interessante é que o número de pessoas “logadas” - e muitas necessitam conhecer a Jesus - aumenta a cada dia. De acordo com o IBOPE Nielsen Online - instituição de medição e estatística da internet no Brasil -, somados todos os ambientes de acesso à rede mundial, como residências, trabalho, lan houses, escolas, entre outros, o país possui mais de 77 milhões de usuários. Por meio do programa do BibleCast - canal de comunicação informal que permite a transmissão e distribuição de áudios e aborda temas da Bíblia - do site www.confissoespastorais. com.br , foi que Ingrid Ramos, 19 anos, se interessou em conhecer mais sobre a filosofia cristã, e hoje faz parte da família adventista na Igreja da Alvorada, na região Sul de São Paulo.

DANÚBIA FRANÇA é jornalista da Associação Paulista Sul

Sobre o BibleCast O projeto de evangelização começou em março de 2010, fruto de uma parceria firmada entre os pastores Diego Inácio Barreto e José Flores Junior. A dupla decidiu gravar e divulgar as conversas pessoais sobre Teologia. A partir deste conceito, surgiu o nome do site Confissões Pastorais - uma nova abordagem que trabalha com a explanação de temas gravados em uma linguagem simples, aplicando questões bíblicas ao cristianismo moderno. A fim de popularizar o conteúdo, as conversas telefônicas entre os fundadores do projeto foram registradas e disponibilizadas na rede mundial de computadores. Gradativamente, adaptações de novos quadros interativos, com a participação de líderes religiosos e do internauta, foram sendo inseridas no programa. Além disso, materiais para download podem ser baixados e ouvidos no carro, no celular e no Ipod.

Como funciona o programa online

O avanço do evangelismo

na era digital

Com o trabalho de voluntários, a mensagem cristã tem ultrapassado fronteiras e alcançado milhares de pessoas em diferentes grupos sociais e denominacionais. De acordo com o pastor Diego, “mais de 320 mil pessoas tiveram acesso ao site de evangelismo em países como Irlanda, Espanha, Estados Unidos e Portugal”. “Uma experiência de conversão e batismo surpreendente aconteceu no Japão”, acrescenta. O programa já tem mais de 210 mil downloads e é distribuído também pelo iTunes, da Apple. A taxa semanal está entre 6 e 11 mil downloads.

www.confissoespastorais.com.br

Para dinamizar o programa transmitido toda sexta-feira até o horário do pôr do sol, é inserido uma trilha musical cristã e efeitos sonoros em cada edição. “Queremos que essa seja uma boa opção para o internauta aos sábados”, ressalta Flores. REVISTA MAIS DESTAQUE 23


educação

Tadeu inácio

Lição de

CASA

A proximidade dos PAIS traz muitos benefícios aos filhos, inclusive quando falamos desta relação no âmbito escolar. Com essa participação, o desempenho do aluno tende a ter relativa melhora

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U

m dos grandes desafios contidos na educação de um filho se encontra no aspecto escolar da questão. A esperança depositada no estudo para que ele consiga levá-lo a sério, independente do nível de escolaridade, não é incomum. Esta preocupação existe na cabeça de milhares de pais (por que não falarmos em milhões?) espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Afinal de contas, o que fazer para contribuir com o dia a dia escolar? Para responder uma questão tão profunda, devemos ser sinceros: não existe nenhuma fórmula mágica a ser seguida, já que a excelência, afinal, consiste no resultado de muitas variáveis. O que muitos estudiosos conseguiram detectar é que nenhum outro fator, além da qualidade dos professores, está tão associado ao bom desempenho das crianças quanto o envolvimento dos pais. Em recente pesquisa, o economista Naércio Menezes, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e autor de um recente trabalho sobre o assunto no Brasil, ratificou a já conhecida importância. Segundo o estudo, quando os pais estão em cena, as notas podem melhorar até 20%. “Nenhum outro fator tem tanto impacto para o progresso de um aluno quanto a interferência adequada da família. E isso se faz sentir, positivamente, por toda a vida adulta”, diz.


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Pois bem, mas, afinal, por que a participação dos pais conta tanto para o aprendizado? As razões também foram mapeadas por pesquisadores. Primeiro, os jovens necessitam de ajuda para manter a disciplina exigida pelos estudos. E os pais contribuem para isso ao estabelecer uma rotina que preserve tempo para a famosa revisão da matéria e o cumprimento da tarefa - duas das atividades com maior impacto no processo de aprendizado. Além deste item, é preciso (para não falar indispensável) proporcionar um ambiente favorável aos estudos. Está provado que alunos que contam com uma boa biblioteca e um computador em casa são os que figuram entre os melhores. Outro papel decisivo é ajudar a despertar o interesse das crianças pelas aulas. Associar afazeres do dia a dia a conhecimentos de Matemática e Ciências serve de estímulo. Ou seja, aplicação prática àquilo que aprenderam no colégio. Os números mostram que esse conjunto de medidas tão simples é fundamental para o bom desempenho escolar.

Contribuição equilibrada

Porém, unir todos esses itens não parece ser uma missão fácil. Muitos pais se angustiam porque não têm a menor ideia de como responder a determinadas dúvidas de Matemática ou Física, por exemplo. Mesmo quando dominam um assunto, se questionam: “Até que ponto posso prestar ajuda quando sou requisitado?”. Na verdade, apontam os especialistas, tudo o que é necessário é incentivar uma leitura mais atenta do enunciado, indicar fontes de pesquisa ou estimular uma nova reflexão sobre o problema. Em contrapartida, a atitude de passar a resposta certa é condenada por todos os estudiosos. A repetição desta ação está associada à queda de rendimento do aluno. Participação exagerada só atrapalha. A independência nos estudos deve ser cultivada, e não impedida. Não cabe aos pais agirem como professores em casa. O que sempre ajuda é demonstrar desde cedo e de forma bem concreta quanto se valoriza a educação. “Ao fazer a tarefa pelo aluno, os pais estão perdendo a oportunidade de mostrar que ele é capaz e pode realizar suas obrigações e, além disso, ainda reforça a ideia de que quando ele não quiser ou não souber sempre haverá alguém para fazer para ou por ele. Esse tipo de atitude não contribui para que o aluno cresça de forma autônoma”, salienta Jonice Martini, pedagoga do Colégio Adventista de Bauru (APO). Daí a relevância de montar uma biblioteca em casa ou de manter o hábito de conversar com os filhos sobre o que se passa na escola. Entre os profissionais de educação, existe o conceito de que a melhor forma de contribuição dos pais para os filhos nas tarefas de casa é, primeiramente, se mostrar interessado pelo que o aluno está aprendendo. “Ajudá-los incentivando a fazer as atividades, mas nunca fazer por eles. Não criticar, no caso do aluno estar fazendo alguma atividade de forma errada, mas motivá-lo a persistir até que ele consiga fazer da forma correta”, diz a pedagoga.

Nenhum outro fator tem tanto impacto para o progresso de um aluno quanto a interferência adequada dos pais

Aplicação Prática Há duas décadas, Harris Cooper, diretor de um instituto voltado para pesquisas sobre educação na Duke University (EUA), se dedica a estudar os efeitos positivos da participação dos pais na vida escolar. Ele repassou importantes dicas: • Garanta que não faltem em casa livros, um bom dicionário e espaço tranquilo para realizar o dever; • Mostre-se entusiasmado em relação às tarefas dos filhos. Segundo pesquisas, isso ajuda a fazê-los encarar o dever como uma atividade prazerosa; • Faça o jovem perceber que suas tarefas têm aplicação na vida prática. Por exemplo: ao consultar seu saldo bancário, mostre como se usa a Matemática para conferir a conta; • Ao ser requisitado, apenas ofereça sugestões de como resolver a questão. Está provado que essa é uma estratégia mais eficiente do que revelar a resposta; • Se houver sinais de exaustão, sugira um intervalo para o descanso antes da conclusão da tarefa. Fonte: Veja

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educação

No Brasil, os pais estão longe de figurar entre os mais participativos na rotina escolar. Podemos notar quadro absolutamente diferente nos 30 países que integram a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que agrupa as nações mais industrializadas da economia do mercado. Por lá, 64% dos pais se dizem atuantes. Já no Brasil esse dado não passa dos 30%. Parte disso se deve à baixa escolaridade de uma relevante parcela da população, que não pôde permanecer na escola por tempo suficiente para aprender a ler ou consolidar o hábito do estudo. Há pouco tempo, uma pesquisa divulgada pelo programa Fantástico (da Rede Globo) apontou que metade dos jovens brasileiros de 14 anos tem mais estudo que as mães. Por outro lado, os colégios particulares apontam o fato de a educação no Brasil ainda não ser vista como artigo prioritário, inclusive nas classes mais altas, para todo esse “distanciamento” dos pais. Prova disso, foi o resultado obtido pela Consultoria Nielsen em pesquisa. No ranking das maiores preocupações dos brasileiros, a educação aparece em quinto lugar. Vem atrás de estabilidade no emprego, equilíbrio entre trabalho e lazer, pagamento de dívidas e a economia do país (veja ao lado).

Ranking das maiores

SXC

Distância aliada à baixa escolaridade

preocupações dos brasileiros

1

Estabilidade no emprego

2

Equilíbrio entre trabalho e lazer

3

Pagamento de dívidas

4

Economia do país

5

Educação

Fonte: Consultoria Nielsen

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A melhor forma de contribuição dos pais para os filhos nas tarefas de casa é, primeiramente, se mostrar interessado pelo que o aluno está aprendendo

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especial

A perfeição dos cristãos imperfeitos POR MICHELSON BORGES

“Nossa vida pode ser perfeita em cada fase de desenvolvimento, contudo, haverá progresso contínuo, se o propósito de Deus se cumprir em nós” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, pág. 65)

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C

erta vez, um adventista de nascimento que defende a cristologia pós-lapsariana (segundo a qual Jesus teria a natureza de Adão após a queda, com as tendências herdadas para o pecado, embora não com as tendências cultivadas) discutia o assunto com outro adventista pré-lapsariano. A certa altura, o primeiro disse: “Você não compreende esses assuntos porque bebe Coca-Cola. Deve estar com a mente embotada”. O segundo, então, respondeu: “Na verdade, depois que me tornei adventista, nunca mais bebi CocaCola e sempre procurei ser temperante.” Este diálogo mais ou menos fictício (e bem minimalista) mostra um fenômeno interessante (mas que não pode ser generalizado): indivíduos que nasceram em lar adventista


e, infelizmente, tiveram maus exemplos por parte de alguns adventistas próximos, quando conhecem a mensagem do reavivamento e da reforma (especialmente no que tange às mudanças alimentares) – e começam a vivê-la – pensam algo mais ou menos assim: “Finalmente, agora eu descobri o verdadeiro significado do adventismo.” Isso não é necessariamente ruim, desde que se trate de uma conversão genuína. O problema é quando essas pessoas começam a olhar de cima para seus irmãos, como se eles não estivessem vivendo a mensagem. Outros ainda passam a se dedicar ao estudo de um assunto apenas, até que este se torne praticamente sua única bandeira, o tema todo-absorvente de suas pesquisas e pregações. Consideram-se donos de uma luz especial que os demais não conseguem ver. Esquecem-se de que Deus conduz um povo, não ramificações, e desconfiam de todos os que não vivem à altura do padrão adotado por eles. Satanás é, de fato, especialista em dividir para conquistar. Quando consegue utilizar uma necessidade real e importante (como a reforma) para causar divisão, melhor ainda para ele. Os extremos dessa questão são perigosos: por um lado, desconsiderar o apelo ao reavivamento e à reforma (que tem que ver com todos os aspectos da vida, não apenas com a dieta), por outro distorcer a ideia da reforma, a ponto de considerar as mudanças no estilo de vida como uma credencial para o Céu.

Convido-o a analisar com cuidado e atenção o seguinte texto inspirado: “Não possuímos justiça em nós mesmos com a qual pudéssemos satisfazer às exigências da lei de Deus. Mas Cristo nos proveu um meio de escape. Viveu na Terra em meio de provas e tentações como as que sobrevêm a nós. Viveu uma vida sem pecado. Morreu por nós, e agora Se oferece para nos tirar os pecados e dar-nos Sua justiça. Se vos entregardes a Ele e O aceitardes como vosso Salvador, sereis então, por pecaminosa que tenha sido vossa vida, considerados justos por Sua causa. O caráter de Cristo substituirá o vosso caráter, e sereis aceitos diante de Deus exatamente como se não houvésseis pecado” (Ellen White, Caminho a Cristo, pág. 62; grifos meus). Outro texto para sua consideração: “Os serviços religiosos, as orações, o louvor, a penitente confissão do pecado, sobem dos crentes fiéis, qual incenso ao santuário celestial, mas passando através dos corruptos canais da humanidade, ficam tão maculados que, a menos que sejam purificados por sangue, jamais podem ser de valor perante Deus. Não ascendem em imaculada pureza, e a menos que o Intercessor, que está à mão direita de Deus, apresente e purifique tudo por Sua justiça, não será aceitável a Deus. Todo o incenso dos tabernáculos terrestres tem de umedecer-se com as purificadoras gotas do sangue de Cristo. Ele segura perante o Pai o incensário de Seus próprios méritos, nos quais não há mancha de corrupção terrestre. Nesse

Vamos ao pormenores:

1. 2. 3.

Antes da queda, portanto, com sua natureza humana perfeita, Adão poderia formar caráter justo pela obediência à lei de Deus. Logo, após a queda, isso não mais é possível.

4.

Cristo, que possuía a natureza moral de Adão antes da queda (não, porém, a física), viveu uma vida sem pecado e cumpriu perfeitamente a lei de Deus.

5.

Cristo Se oferece para nos tirar os pecados e dar-nos Sua justiça. Assim, somos considerados justos.

Depois do pecado, nossa natureza se acha decaída e somos incapazes de nos tornar justos.

SXC

Somos pecaminosos, profanos e, por isso, não podemos obedecer perfeitamente a uma lei santa, porém, “se está no coração obedecer a Deus, se são feitos esforços nesse sentido, Jesus aceita esta disposição e esforço como o melhor serviço do homem, e supre a deficiência, com Seu próprio mérito divino” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, pág. 382).

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especial “Aquele que não conheceu pecado, Ele O fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21)

incensário se reúnem Ele, as orações, o louvor e as confissões de Seu povo, juntando-lhes Sua própria justiça imaculada. Então, perfumado com os méritos da propiciação de Cristo, o incenso ascende perante Deus completa e inteiramente aceitável” (Ellen White, Mensagens Escolhidas, v. 1, pág. 344). Nem o que de melhor possamos oferecer – nossas orações, o louvor e as confissões – é considerado imaculado diante do Deus santo – imagine a guarda do sábado, a fidelidade, o estilo de vida etc. Seres humanos imperfeitos jamais poderão prestar obediência perfeita, no entanto, Jesus nos diz: “Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos” (João 14:15). Nossa motivação para a obediência deve ser o amor. Quem ama, procura agradar ao objeto de seu amor e aceita por amor aquilo que Cristo coloca à sua disposição. E, quando reconhecemos que Deus somente visa ao nosso bem (a ponto de ter morrido por nós), entendemos que a obediência aos mandamentos dEle, na verdade, nos serve de proteção. Ellen White também escreveu que “a salvação é inteiramente um dom gratuito. A justificação pela fé está fora de controvérsia. E toda essa discussão estará terminada logo que seja estabelecida a questão de que os méritos do homem caído, em suas boas obras, jamais poderão obter a vida eterna para ele” (Fé e 30 REVISTA MAIS DESTAQUE

Obras, pág. 20). Agora pense: se Jesus tivesse as tendências para o pecado (ainda que somente as herdadas), as boas obras dEle não serviriam nem para salvá-Lo; imagine, então, para nos salvar de todo o mal... É preciso entender que a perfeição bíblica se resume no amor desinteressado, conforme descrito em Mateus 5:43-48. Devemos ser perfeitos em nossa esfera (relativa) como Deus o é na dEle (absoluta). “Aquele que não conheceu pecado, Ele O fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21). O texto a seguir é muito claro e direto. Os “perfeccionistas” dizem que “quanto mais avançarmos na santificação, menos precisaremos nos arrepender”. No segundo parágrafo, Ellen White diz exatamente o contrário disso: “A santificação não é obra de um momento, de uma hora, de um dia, mas da vida toda. [...] Enquanto reinar Satanás, teremos de subjugar o próprio eu e vencer os pecados que nos assaltam; enquanto durar a vida não haverá ocasião de repouso, nenhum ponto a que possamos atingir e dizer: ‘Alcancei tudo completamente.’ A santificação é o resultado de uma obediência que dura a vida toda. [...]” “Quanto mais nos aproximarmos de Jesus, e quanto mais claramente distinguirmos a pureza de Seu caráter, tanto mais claramente

veremos a excessiva malignidade do pecado, e tanto menos nutriremos o desejo de nos exaltar a nós mesmos. A cada passo para frente em nossa experiência cristã, nosso arrependimento se aprofundará” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, págs. 560 e 561). Outro texto para se considerar cuidadosamente: “Seja cuidadoso, extremamente cuidadoso, ao tratar da natureza humana de Cristo. Não O apresente perante as pessoas como um homem com propensões para o pecado. Ele é o segundo Adão. O primeiro Adão foi criado como um ser puro, sem pecado nem mancha alguma de pecado sobre ele; era a imagem de Deus. Poderia cair, e de fato caiu ao transgredir. Por causa do pecado, sua posteridade nasceu com inerentes propensões para a desobediência. Mas Jesus Cristo era o Filho unigênito de Deus. Ele tomou sobre Si a natureza humana, e foi tentado em todas as coisas como a natureza humana é tentada. Ele poderia ter pecado; poderia ter caído, mas por nem um momento sequer houve nEle uma má propensão” (Ellen White, Carta 8, 1895). Até a glorificação - na segunda vinda de Jesus -, jamais poderei dizer que não existe pecado em mim. Mas em Cristo – nosso amado Substituto – há poder para vencer o pecado (atos e pensamentos). E Deus, somente Ele, seja louvado por isso!



profissão

COMUN em primeiro

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Prevenir, diagnosticar, reabilitar ou recuperar os distúrbios dos padrões da fala e da voz estão entre as funções do fonoaudiólogo

F

avorecer todos os aspectos contidos na comunicação. Afinal, ela não é tão simples (muito pelo contrário) como se parece. Sendo assim, a Fonoaudiologia pode ser definida como um conjunto de conhecimentos específicos para a intervenção do processo da comunicação humana, envolvendo audição, voz, deglutição, fala e linguagem. Existente no Brasil desde a década de 1930, quando as áreas da Medicina, Educação e Psicologia se expandiram, a Fonoaudiologia só foi sistematizada - academicamente falando - na década de 60, a partir dos cursos ministrados pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). Nessa época, os profissionais, que atendiam basicamente pessoas com alterações de fala e linguagem, eram chamados de terapeutas da palavra, logopedistas e ortofonistas. Nos anos 70, tiveram início os movimentos pelo reconhecimento dos cursos e da profissão. Foram criados, então, os cursos em nível de bacharelado. O existente na USP foi o primeiro a ter seu funcionamento autorizado, em meados de 1977. Sancionada em 09 de dezembro de 1981, a Lei n° 6965, que regulamentou a profissão, veio ao encontro dos sonhos 32 REVISTA MAIS DESTAQUE

de uma categoria profissional, que ansiava em ser reconhecida. Além de determinar a competência do fonoaudiólogo, com a Lei, foram criados os Conselhos Federal e Regionais, tendo como principal finalidade a fiscalização do exercício desta profissão.

Competências e cenário nacional

Este profissional atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológica na área de comunicação oral e escrita, voz e audição, bem como em aperfeiçoamento dos padrões de fala e da voz. Prevenir, diagnosticar, reabilitar ou recuperar os distúrbios dessas funções estão entre os objetivos profissionais. Não só a Fonoaudiologia, mas todas as profissões das áreas da Saúde e Educação ainda estão em transição, pois estão se ajustando às demandas do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Educacional, que foram deflagradas a partir da Constituição Federal de 1988. Como toda mudança, as novidades propostas pela Constituição demoram um tempo para serem definidas e implementadas. Os profissionais que tinham mais tempo de graduados, por exemplo, tiveram dificuldades em se moldar às novas exigências, pois muitos não estavam devidamente prepa-


ICAÇÃO

Peça-chave na Organização

Adventista

lugar

rados. Assim, realizaram cursos de formação complementar, como aperfeiçoamentos, especializações, entre outros. Deste modo, com novas demandas de trabalho e profissionais renovados e preparados, acredito que a profissão tende a ser mais reconhecida e valorizada pela sociedade.

desconhecidas, tanto em sala de aula como em estágios. Além das matérias esplanadas pelos professores, os trabalhos exigidos - em texto ou em campo - fazem o estudante exercer raciocínio clínico, prática indispensável para o exercício da profissão.

O fonoaudiólogo atua em equipes profissionais em setores da saúde, tanto a individual quanto a coletiva, atendendo com procedimentos específicos da área (exames, avaliações, recursos e técnicas clínicas, terapias) escolas, indústrias, clínicas e hospitais; efetuando diagnóstico, tratamento, reabilitação e reeducação dos distúrbios da audição, voz, deglutição, fala e linguagem humanas.

Entrei na primeira turma noturna do curso de Fonoaudiologia em uma universidade de Guarulhos. A partir daí começava uma luta em relação às aulas de sexta-feira à noite. A coordenação não tinha tido, até então, nenhuma experiência com a realidade de um aluno adventista. Ou seja, para eles também tratava-se de uma novidade. Desde o primeiro dia de aula, expus meus princípios religiosos e, para minha surpresa, a coordenação se dispôs a ajudar no que fosse preciso para que eu concluísse o curso. Aulas e estágios puderam ser monitorados por professores e colegas do curso em outros dias e horários no decorrer de cinco anos de muita luta e dedicação. Em um determinado momento do curso, tive problemas em relação ao valor das mensalidades. Surgiu, então, uma oportunidade de me inscrever no PIBIC. Se fosse aprovada, conseguiria a bolsa para concluir o curso. Dito e feito: alcancei o que buscava. A minha pesquisa foi aprovada com o título: “Sensação Subjetiva do Zumbido Pré e Pós Acompanhamento Nutricional em Pacientes com Alterações Metabólicas”. Essa foi uma das primeiras pesquisas científicas do curso dessa universidade que teve uma grande repercussão nacional e internacional.

Escolher sua faculdade não é tarefa fácil e, antes de defini-la, é bom ter em mente uma série de fatores fundamentais. Considere a reputação da instituição, o prestígio, a estrutura tecnológica, a história profissional e acadêmica dos professores, os métodos de ensino e o custo. Aliás, lembre-se que um curso ser mais caro do que o outro não significa que ele seja melhor. Se você não tiver condições de pagar, não desanime. Hoje em dia há diversas opções para estudantes: FIES (Financiamento ao Estudante do Ensino Superior), PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), PROUNI (Programa Universidade para Todos) etc. O estudante de Fonoaudiologia tem a oportunidade de vivenciar, desde os primeiros dias do curso, realidades até então

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Opção e rotina acadêmica

Superação: Aulas às sextas-feiras

DIVULGAÇÃO

Mercado de Trabalho

O fonoaudiólogo é peça-chave nas equipes multidisciplinares e nas instituições da Educação Adventista. É importante que ele contribua efetivamente, auxiliando na prevenção e detecção de possíveis alterações relacionadas à comunicação, favorecendo um trabalho educacional mais completo e eficaz no aprendizado. Nisso, incluem-se em suas atividades orientações e dicas de cuidados e aperfeiçoamento da voz para os professores. No âmbito hospitalar adventista, o fonoaudiólogo é imprescindível para integrar uma equipe multiprofissional, contribuindo para que o paciente, em seu estado, tenha uma melhor qualidade de vida.

THAMINE DE ALMEIDA é Fonoaudióloga especialista em Audiologia Ocupacional

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pé na estrada

REDAÇÃO MD

VANTAGEN$

do Cash Passport Com a economia aquecida, nosso país passa a oferecer condições que, até alguns anos atrás, não costumávamos notar. Prova disso, é o crescente consumo dos turistas brasileiros no exterior, que, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), no ano passado, aumentou exatos 32%. Deste modo, quando pensamos em gastar aquela reserva com conforto e segurança, o cartão de débito internacional aceito em mais de uma centena de países, mais conhecido como Cash Passport, surge como uma excelente opção àqueles que estão de malas prontas para embarcar. Especialistas em Turismo garantem que o cartão “muda seu jeito de pensar no dinheiro ao viajar”. Afinal, ele oferece a segurança dos cheques de viagem (antigos travels checks), mas sem o desconforto do papel. O turista pode carregá-lo de acordo com seu orçamento e, assim, ter um uso seguro e conveniente em milhões de caixas eletrônicos, além de lojas e restaurantes em todo o mundo. O Cash Passport está disponível para dólar americano, libra esterlina e euro. Clóvis Costa, diretor da Advir Turismo, destaca a agilidade em todo o processo. “Para adquiri-lo, é preciso entregar cópias do RG e CPF. Depois disso, basta carregá-lo com valores acima de 100 dólares, libras ou euros. A quantia será creditada em até 48 horas. Para adquirir valores acima de 10 mil dólares, será necessário apresentar uma cópia da última declaração de Imposto de Renda e preencher uma ficha cadastral”, diz. “Os cartões podem ser emitidos nas bandeiras Visa, Mastercard e American Express, podendo ser usado tanto para saque nos caixas eletrônicos como para pagar suas despesas em estabelecimentos”, completa. Outros pontos de destaque ficam por conta da segurança e da menor taxa que o sistema oferece. “Além de o cliente poder carregá-lo de onde estiver e poder acompanhar seus gastos e saldo pela internet, o Cash

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Passport conta com um suporte 24 horas, que bloqueia de imediato o saldo do cartão em um eventual roubo ou perda. Em dois dias, o cliente receberá um novo cartão, independente da localidade”, conta o diretor. No cartão de crédito, o governo cobra 6,38% de IOF. Já com o Cash Passport, este custo cai pra 0,38%. Uma economia de 6%. “Caso sobre algum saldo no cartão ao final da viagem, o cliente poderá vendê-lo para a Advir Turismo pela taxa de mercado do dia”, encerra Clóvis.

BENEFÍCIOS

COMPROVADOS

• O cartão não fica vinculado a sua conta bancária e conta com uma assistência emergencial global 24 horas; • Faça saques em moeda local em milhões de caixas eletrônicos ao redor do mundo ou pague diretamente com o cartão nos estabelecimentos conveniados.

CUIDADOS A SEGUIR

• Adquira o cartão em uma agência de viagens ou casa de câmbio de sua confiança; • Exija a emissão da nota fiscal (boleto) da operação do câmbio por parte do estabelecimento: agência de viagens ou casa de câmbio; • Procure sempre abastecê-lo no mínimo 48 horas antes de usá-lo, pois este é o prazo para que o crédito seja confirmado.



evangelismo

VOLTE, FILHO Qual a importância no ato de estender a mão a uma pessoa no momento em que ela mais precisa? milo, já falecido. “O evangelismo foi despertado em minha vida a partir do momento em que passei a observar meu avô buscando almas para Jesus”, conta com boa recordação. Muitas fofocas chegavam até o ouvido de seu avô. Pessoas que pecavam dia após dia. Era preciso alguma ação. Julgamento? Crítica? Negativo, a primeira coisa que Antônio fazia era cortar todos os comentários que a ele chegavam. Em seguida, programava uma visita na casa desta pessoa. “Fui com ele várias vezes”, lembra o neto. Décadas depois, Marcos trouxe novamente à tona o projeto “Volte, filho”. A retomada desta ação evangelizadora ocorreu em um momento turbulento para ele: um problema de saúde com um grande amigo chamado Eclair da Cruz (veja box abaixo). Temor? Jamais para um cristão confiante nas promessas do Pai. O programa é dedicado às pessoas que já foram batizadas e que

Bons exemplos devem ser seguidos Em março de 2010, Marcos fez um voto a Deus pela saúde de seu amigo Eclair, que sofria com o desenvolvimento de um câncer. O pedido foi claro e objetivo: se Deus desse a graça da saúde para ele viver até maio, pelo menos, ele pregaria todos os dias de 2011. Ele melhorou depois do voto, mas viveu só até agosto daquele ano, e morreu na esperança da volta de Jesus. Dito e feito. Em 2011, o adventista viveu “o ano mais importante em toda a sua vida”, como ele mesmo define. A

promessa feita a Jesus foi cumprida fielmente, inclusive em alguns presídios. O inimigo tentou fazer com que ele abandonasse tudo e desistisse de seguir o plano traçado. Mas a fé e a convicção na Palavra falaram mais alto. Os trabalhos evangelizadores renderam muitas vidas retomadas pela ação do Espírito Santo. “Os números não importam”, diz. Mas, até para servir de exemplo, é necessário revelar: mais de 600 pessoas foram alcançadas para a honra e glória de Cristo Jesus.

estão fora da igreja por diversas razões: esfriamento da fé, trabalho aos sábados etc. “Comecei a me programar, sempre orando ao Pai. O Espírito Santo colocou na minha mente para eu elaborar um presente mais do que especial. Veio, então, a ideia de um forte apelo: levar um roupão de batismo em cada visita”, revela satisfeito. Para cumprir tal propósito, foi preciso abrir mão de algumas horas de trabalho em seu negócio - o restaurante vegetariano “Family” - para fazer as visitas programadas. O turno que ia até as 18 horas passou a ter três horas a menos. “Às 15 horas eu ia para minha casa, tomava um banho e, juntamente com um ancião da igreja, fazíamos três visitas por dia. Todos os dias o Senhor me presenteava com experiências espetaculares”, agradece.

Marcos Camilo é evangelista e dono do Restaurante Family

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divulgação

Ellen G. White, na obra Obreiros Evangélicos, pág. 364, escreveu que “os que desejam buscar a verdade, precisam ser ensinados a estudar diligentemente a Palavra de Deus. Alguém terá de ajudá-los a edificar sobre um fundamento firme.” Certas atitudes em nossas vidas são incomensuráveis, desmedidas. Agora, multiplique essa intensidade quando o assunto em questão é o retorno dos servos de Deus para o Seu caminho. A volta triunfal de centenas de filhos pródigos é recheada de espiritualidade e sacramentada com um novo batismo. Esse é o breve resumo do projeto “Volte, filho”, desenvolvido - depois de muito aprendizado em campo - durante o ano de 2011 por Marcos Camilo, membro da igreja Central Paulistana e um dos integrantes do Ministério JASD. A ação evangelizadora na vida de Marcos começou quando ele, nos tempos de criança, passou a acompanhar seu querido avô, Antônio Ca-


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apso

INFORME PUBLICITÁRIO | REDAÇÃO E FOTOS: APSo

Salto (SP) recebe uma

Igreja Adventista do Sétimo Dia O projeto “Plantio de Igrejas”, promovido pela Associação Paulista Sudoeste (APSo), permitiu que a cidade de Salto, interior do Estado, tivesse a possibilidade de receber uma nova Igreja Adventista. O pastor Jeremias de Sousa, secretário da APSo, escolheu a equipe - que se reuniu em dezembro de 2010 -, objetivando traçar planos. Entre outros itens do planejamento, foi escolhido o programa designado “bio-psico-sócio-espiritual”, que consistiu em ciclos de palestras nas respectivas áreas, ministrado por profissionais adventistas. Tal programa foi lançado durante um jantar no início de março do ano passado, com participantes adventistas que convidaram amigos não adventistas. Mais tarde, o programa recebeu o nome de “Nova Conexão”. Em abril de

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2011, foi realizado o “Impacto Salto”, com a distribuição de mais de 10 mil exemplares de livros graças ao auxílio de alunos e professores da Universidade Adventista de São Paulo (UNASP). Como resultado desse projeto, mais de 900 pessoas decidiram estudar a Palavra de Deus. Outros projetos também foram realizados: “Vida por Vidas”, “Conexão Aquecer” e o “Viva Melhor”, coordenado pelo pastor Ari Celso Cidral até meados de outubro de 2011. No mês seguinte, ocorreu um almoço comunitário entre as três igrejas, onde compareceram vários interessados que chegaram ao batismo. No dia 11 de novembro mudamos para o espaço Nova Conexão, situado na Rua Coronel Gleicério, 855 - Vila Henrique -, abaixo do Espaço Taperá, onde foi realizado o pro-


jeto “Viva Melhor”. Assim, no dia seguinte, com um programa diferenciado, mas com a preservação de todos os princípios do culto sabático, houve o primeiro culto. O pastor Jeremias afirmou categoricamente que isso é a concretização de um grande sonho. “Anteriormente, eu tinha sido pastor distrital. Eu pensei que seria algo difícil o desafio que está relacionado com o estabelecimento de uma igreja no centro de uma cidade. Havia vários obstáculos, mas com o planejamento realizado com antecedência, com o movimento dos membros da igreja como estratégia adaptada da comunidade, pensando especialmente em uma mente secularizada. Por se localizar no centro da cidade, acho que facilitou bastante a implantação dessa igreja”, disse. O próximo passo é a conservação dos membros, de vários níveis sociais, que foram alcançados. Já foi estabelecida uma liderança forte e preparada para esta missão. Uma das metodologias que serão utilizadas é a de pequenos grupos para desenvolvimento de dons espirituais, para que eles possam usar, cada qual com a habilidade concedida por Deus, e aplicá-los na igreja. O segundo passo é a busca de um terreno para a construção e edificação do templo.

“A APSo irá completar apenas dois anos de existência, mas tem tido um crescimento e expansão de um campo bem estruturado e maduro. Só para se ter uma ideia, Deus tem abençoado de tal maneira que metas previstas para longo prazo (dez anos, aproximadamente) já podem divisar a médio prazo (quadriênio), como: cobertura de 70% da população com canal aberto da TV Novo Tempo; dobrar o número de alunos nas sete unidades escolares, dos 2,2 mil no início do campo para 4,4 mil; plantarmos a IASD nos 33 municípios sem presença adventista, já fincamos nossa presença em 10 novos municípios. Deus tem sido tão bondoso que este ano já plantamos 41 novas igrejas, com uma média de 15 batismos por nova congregação. No ano passado, batizamos 1,8 mil pessoas. O que significa quase 20% de crescimento. Inauguramos a nova sede no dia 16 de março e também a igreja Central de Sorocaba na mesma data; começamos a construção do Centro de Treinamentos para líderes de igreja e campi para Aventureiros, Desbravadores e Jovens. O envolvimento e comprometimento dos membros têm se mostrado surpreendente. Conseguimos distribuir 300 mil exemplares do livro “Ainda Existe Esperança” e iremos distribuir um milhão de exemplares da obra “A Grande Esperança” em 2012. As bênçãos não param por aí: crescemos 80% na colportagem em vendas em relação ao ano anterior. Os pastores e irmãos estão juntos na grande missão de expandir. A cada ano, inauguramos dez igrejas. Revitalizamos nossas unidades escolares. Só no Colégio Adventista de Sorocaba, por exemplo, investimos mais de R$ 2 milhões, o que já nos proporcionou um retorno imediato de um crescimento de praticamente 100% no número de alunos. Não há dúvidas de que Deus tem provido os meios através da fidelidade de nossos piedosos irmãos. O ano de 2012 se afigura com excelentes perspectivas. Nortear as nossas igrejas em um clima de unidade, confiabilidade e gratidão ao Senhor por muito que Ele está realizando a nosso favor. Deus seja louvado!”

DIVULGAÇÃO

Mariana Jósimo é jornalista da APSo

Conquistas de 2011

AURELINO FERREIRA é presidente da APSo

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TADEU INÁCIO | FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

“SIM” ao cham de D


Você abandonaria sua vida “normal” para se dedicar inteiramente a um chamado divino? “Nosso desafio é abrir os olhos das pessoas, que muitas vezes estão banhados de lágrimas, para enxergar as bênçãos que podem existir por detrás de uma renúncia.” (Talyta Alves)

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erta vez, alguém disse que foi procurar a igreja e a encontrou no mundo; foi procurar o mundo e o encontrou na igreja. O templo do Senhor contém Seu povo chamando o mundo para ser enviado de volta aos céus como luz. Jesus está voltando e nos últimos anos temos comprovado e contribuído para a volta dEle. As dificuldades existem e sempre hão de existir em nossas vidas. Problemas financeiros, de relacionamento, de saúde, entre outros. Em muitas ocasiões, encontramos a força necessária para lidar com tudo isso em nosso lar, junto aos pais, filhos, irmãos e demais parentes. Agora, você já se imaginou enfrentando-as sem ter essas pessoas por perto? E que o motivo dessa escolha tenha sido absolutamente seu (e de seu esposo) com o objetivo de atender um chamado de Deus e evangelizar em muitos lugares do Brasil? Pois bem, esse é um breve resumo da história do casal Talyta Alves, 32, e Jorge Luis, 37, dois servos do Senhor. “Ao receber o chamado de Deus, em meados de 2004, deixamos parentes, amigos e emprego para sermos pescadores de homens pelo Brasil afora”, conta o casal. “Estamos felizes por participar desses últimos momentos da Terra, por isso abandonamos tudo: casa, amigos, família, e vivemos de forma voluntária para a obra do Senhor”, resumem.

O primeiro passo dado pelos missionários foi vender a casa e todos os bens para juntar quantia suficiente e realizar o primeiro grande sonho: a gravação do primeiro CD de Talyta, “O Dia da Volta”, gravado em novembro de 2007. Atualmente, o casal mora dentro de um carro-casa, o conhecido motorhome. “O carro não tem banheiro nem cozinha. Além de ser pequeno, ele é muito quente”, revela Talyta. “Mas é desta maneira que Deus tem nos usado na pregação do Evangelho através do Ministério do Louvor, Evangelismo e Oração Intercessora. Nosso objetivo é levar as pessoas a terem um encontro com Cristo”, conta satisfeita. Para isso, os dois têm evangelizado em muitas ruas, praças e presídios de variadas cidades do país, com foco direcionado àquelas que não contam com a presença da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O casal em todos esses anos já percorreu mais de 400 cidades de 13 estados do Brasil, além de três países. “Temos ajudado pastores no evangelismo e no projeto Impacto Esperança. Realizamos também diversas semanas de orações, que chamamos de colheita. No término de cada uma delas, fechamos com batismo. Deus tem nos enviado e estamos prontos para proclamar o Seu Evangelho a quem precise”, afirma.

Ontem e hoje

A cantora nasceu em um lar adventista, enquanto Jorge foi conhecer a Palavra aos 18 anos. Ele chegou a se afastar, mas voltou anos depois para nunca mais sair. O casal se conheceu em um programa do dia do reencontro “Volta pra casa, Filho”. A atração contava com um jovem que há dez anos estava fora da igreja, vivendo longe dos caminhos do Senhor. “Sem notá-lo, cantei e o encantei”, conta Talyta, sorridente. A partir desse dia, ele começou a frequentar a igreja e a conversar com ela constantemente pelo telefone. “Meu objetivo era trazê-lo de volta. Ele começou a me acompanhar em outras igrejas quando eu ia cantar. Até que um belo dia ele

me pediu em namoro. Respondi que só o namoraria se ele se rebatizasse e, depois, falasse com meu pai. Deus providenciou tudo. E estamos casados há oito anos”, conta emocionada.

Chamado divino e roteiro

“Lia nos livros de Ellen White que ela saía para pregar sendo usada pelo poder de Deus. Eu orava muito para que o Senhor me usasse e me levasse a lugares onde, através da música, eu pudesse tocar corações”, diz. Porém, na época, segundo ela, dois argumentos pesavam contra: “meus pais jamais iriam me deixar viajar sozinha e eu não tenho o dom da pregação.” Foi aí que Deus enviou um homem especial em sua vida. Jorge, em determinando momento, prometeu que se fosse livrado iria a qualquer lugar que o Pai pedisse. Assim, Deus uniu duas pessoas com o mesmo desejo e propósito, mas com dons diferentes: música e pregação. “O poder da música é algo extraordinário, mas ela por si só, sem o poder da Palavra, se torna vazia”, conta Talyta. Ao responder sobre o que é mais gratificante, ela enumera: “ouvir a voz de Deus dizendo ‘ide’, depender totalmente dEle e ver as bênçãos caindo ao nosso redor”. Segundo ela, a grande dificuldade é quando, volta e meia, acontece da casa motorizada quebrar pelas estradas. O canto é um dos meios mais eficientes para impressionar o coração com verdades espirituais. Sobre a programação, o roteiro elaborado, a cantora conta que o casal é convidado para participar de eventos musicais em igrejas, campori, aventuri, acampamento, escolas etc. “Traçamos o roteiro a partir de onde estamos para onde vamos. Neste percurso, procuramos não desperdiçar nenhuma oportunidade. Já aconteceu de demorarmos três meses para chegar a determinado evento na Bahia. Ou seja, neste período de viagem, evangelizamos pelas cidades que íamos passando”, relata Jorge. Quando fala sobre a avaliação da igreja neste projeto, Talyta demonstra bom humor. “Acho que não é só a liderança, REVISTA MAIS DESTAQUE 43


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“Temos que agir, trabalhar e, através de Jesus, alcançar a vitória” (Jorge Luís)

EVANGELISMO NA RUA. Imagens do casal durante algumas ações pelo Brasil

mas todos que ouvem a nossa história dizem que somos loucos. E é verdade, pois somos loucos por Jesus.” “O que nos motiva a fazer este tipo de trabalho é termos a esperança de que ainda podemos salvar mais uma alma. E quando isso ocorre, vem a satisfação que valeu a pena deixar tudo para trás e ir em busca de vidas sem esperança”, relata o casal.

Experiência em Maceió

“Temos que agir, trabalhar e, através de Jesus, alcançar a vitória”, diz Jorge Luís. Certa vez, o casal realizou um grande trabalho evangelístico em uma comunidade carente na cidade de Maceió (AL). Por se tratar de uma população carente, eles perceberam que a comunidade local não precisava apenas do pão espiritual. Havia a necessidade de alimento propriamente dito. Problema

sem solução? Não para pessoas que confiam nAquele que morreu por nós na Cruz do Calvário. “Naquele momento, não tínhamos como ajudar, pois vivemos apenas do Ministério da Música. Assim, oramos a Deus, e Ele nos deu a ideia de nos apresentar nas igrejas e pedir um quilo de alimento para cada membro que estivesse presente”, lembra Talyta. Satisfação com o objetivo transformado em realidade. “Após prepararmos muitas cestas básicas, voltamos aos lares que já tínhamos visitado, mas agora com alimentos. Essa atitude trouxe um resultado impressionante, pois com a barriga cheia ficou mais fácil ouvir falar de Jesus e aprender mais sobre as mensagens de salvação”, revela a cantora. Neste evangelismo, por exemplo, 130 pessoas não adventistas estudaram a Bíblia. No final, 54 pessoas entregaram suas vidas a Jesus. Louvado seja Deus!

Missão evangelizadora também nos presídios Durante esses anos de estrada, a cantora e seu esposo desenvolveram trabalhos missionários e já visitaram dez presídios, incluindo o maior da América Latina, o Aníbal Bruno, localizado em Recife (PE). Ainda hoje, neste lugar, são realizados estudos bíblicos com mais de 200 presos participantes. Muitas famílias ao redor do mundo sabem a dor que significa ter um ente querido enclausurado nas celas dos presídios. Cabeça vazia, ócio, depressão, ambiente hostil e desespero... Dificuldades podem ser superadas, principalmente se levarmos nosso viver adiante seguindo os ensinamentos do Senhor. “Através dos estudos da Bíblia, levamos conforto e a esperança que existe em Jesus”, diz Talyta. Entre 2008 e 2010, esse trabalho missionário doou 680 CDs e DVDs com conteúdo evangelizador. “Vários deles foram entregues a policiais que trabalhavam nas estradas. Fomos parados algumas

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vezes, mas não tinha problema. Na verdade, era mais uma oportunidade para evangelizar. Deus tem nos dado o privilégio de sermos instrumentos de comunicação”, acrescenta animada. “Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixe que Deus os transforme por meio de uma completa mudança das suas mentes. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável a Ele” (Romanos 12:2). No período entre 2010 e 2011, por exemplo, o casal realizou várias semanas de orações em Mato Grosso do Sul. Neste período, foram batizadas mais de 65 pessoas. Participaram também do projeto “Missão Calebe”. De 2009 a 2011, foram mais de mil estudos bíblicos e, aproximadamente, mil pessoas levadas ao batismo para honra e glória de Deus (depoimentos no site da cantora). “A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que

não se compram nem se vendam; homens que no íntimo da alma seja fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Ellen G. White – Educação, pág. 57).

O poder da Palavra

“Fomos convidados para ir a um presídio que estava em rebelião. Nossa vontade era fugir como Jonas (Jonas 1:3), mas o diretor do local usou uma frase que nos motivou: ‘O Deus que vocês servem trará a paz para este presídio’. Os agentes penitenciários já tinham até ferido um dos presos rebelados com dois tiros. Entramos ali e falamos de Jesus. Deus trouxe a paz naquele lugar. Quando meu esposo contou o seu testemunho, e eu cantei, os presos vinham à frente, aos prantos, dizendo: ‘Deus mude a minha vida’. A partir daí, não houve mais rebelião”, revela Talyta. Experiências únicas preparadas pelo Senhor.



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‘’O Dia da Volta‘’ e a importância do trabalho junto às crianças

Este CD e DVD está voltado à história real de um jovem que um dia saiu da igreja e ficou dez anos longe de Jesus. Mas um dia decidiu voltar, e quando voltou muitos puderam ver a diferença testificada em uma vida transformada. “Por acreditar que Deus poderia me usar, me dispus a fazer Sua vontade a todo instante, inclusive, compartilhando a todos o amor e a alegria de saber que existe alguém que realmente se importa conosco a todo instante”, declara Talyta. Ambos, pouco a pouco, foram percebendo a grande necessidade de desenvolverem um trabalho voltado ao público infantil, e Deus deu a eles essa oportunidade com o “Aprendendo Cantando”, gravado em 2009. “Precisamos investir um pouco mais no futuro das crianças. Afinal de contas, elas serão grandes homens e mulheres do amanhã em nossa sociedade, em nossa igreja. E a maneira mais fácil de ensiná-las a terem bons hábitos está na música. Este trabalho mostra a cada criança que ela é de Deus, e por isso precisa aprender aspectos valiosos de uma maneira agradável”, indica Jorge. “O nos-

Glória a Deus! Remany, um pequeno adventista de apenas quatro anos, foi capaz de mudar a história de sua família. Sua fé e religiosidade contribuiu para que seus pais e seu irmão se decidissem pelo batismo

so maior desejo é que, através das músicas, mamães e papais entendam que um conteúdo educativo pode transformar muitas vidas”, acrescenta Talyta.

Testemunho Vivo

A importância do trabalho junto às crianças fica evidenciada na vida de um garoto chamado Remany. Com apenas quatro anos, ele se considerava adventista e acompanhava seu avô em praticamente todos os cultos. Talyta relata que, “certo dia, seu avô o presenteou com o meu DVD, que ele assistia mais de 20 vezes por dia. Depois de um tempo, ao chegarmos à sua cidade, a primeira coisa que nos contaram foi sobre esse menino. Curiosa, fui até sua casa para conhecê-lo e saber se a história procedia. Simpático e bem-humorado, o pai me disse que não me aguentava mais me ver pela TV. Pouco depois, Remany chegou perto de mim e cantou uma das minhas músicas. Fiquei sensibilizada. Ele revelou que queria ir à igreja e me ver cantar. Acompanhado dos pais e do irmão, foi em sete igrejas por onde passamos. Na sétima igreja, tivemos uma surpresa: os pais e o irmão do garoto se batizaram. Glória a Deus.”

PÉ NA ESTRADA. Motorhome já rodou mais de 400 cidades pelo Brasil

Projetos em 2012 Para o decorrer de 2012, o casal deseja alcançar mais pessoas com a mensagem de salvação e levá-las ao batismo. “Não quero ter fama, porque ela vem e vai. Desejo ser uma cantora que constrói história, pois esta, sim, permanece e fortalece a vida de muitos outros”, diz Talyta. Ela ainda deixa um recado. “Se você quiser saber a música que cantei para aqueles presos que tiveram suas vidas transformadas e o testemunho que meu esposo contou para eles, é simples: convide-nos para visitarmos sua igreja e mostraremos muito mais do que é viver pela fé”, conclui.

(11) 9727-4093

www.talyta.com | @talytaalves_

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Lançamentos

CD - Talyta Alves - Voz e Violão Bíblia da Mamãe Livro - Na Mira da Verdade DVD - Alaskan Homecoming Live

DVD - O Conflito Cósmico A Origem do Mal

Outros produtos disponíveis

CD - Príncipio e Fim Leonardo Gonçalves (lançamento)

CD- Monica Marquart Quanto Amor

Preços para lojistas e revendedores

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seguro s/a

REVISTA REDAÇÃO EXAME MD / GECALI SEGUROS

SEGURO RESIDENCIAL: Prevenir é melhor do que remediar. Entretanto, é no momento dos prejuízos que boa parte das pessoas descobre que poderia ter evitado o problema ou amenizado as consequências. Isso vale para o mercado de seguros residenciais. Diferente do seguro de automóveis, responsável por 49,5% do mix oferecido pelo mercado no primeiro semestre de 2011, conforme dados da Federação de Seguros Gerais (Fenseg), a modalidade habitacional ainda é pouco representativa no Brasil, respondendo apenas por 3,2% do mercado. Muitas questões vêm à cabeça das pessoas antes de fechar qualquer contrato de seguro. Entre elas, se destaca a relação custo-benefício. Para muitos, inclusive, este é o item mais importante nesta vasta lista. Assim, o seguro residencial é um dos produtos da área que oferece grande satisfação aos contratantes, pois, normalmente, não ultrapassa 0,2% do valor imóvel. O crescimento do setor fez com que cada vez mais empresas passassem a oferecer o serviço. Proteção ao patrimônio com benefícios de assistência ao imóvel. O seguro residencial é o que chamamos popularmente de “uma mão na roda” para quem tem um imóvel exposto a desastres naturais ou assaltos – cada vez mais comuns, infelizmente, nas grandes cidades. Afinal de contas, os preços dos itens de constru-

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ção acompanham o ritmo da economia e se valorizam cada vez mais. E, sendo assim, reformar um imóvel danificado ou repor os bens roubados será, certamente, muito mais caro sem esse serviço. A cobertura básica do que existe atualmente no mercado inclui danos ao imóvel e ao seu conteúdo provocados por incêndio, explosão e fumaça. Algumas pessoas podem achar desperdício, mas é uma excelente ideia também proteger os bens contra roubo e furto. Até aparelhos eletrônicos ficam cobertos. Há outros itens adicionais, como vendaval, danos

imóvel. “O custo de contratação de um seguro residencial é um dos mais baixos custos que o mercado segurador oferece”, diz Jorge Massari, diretor executivo da Gecali Seguros. Existem também outros itens a serem adicionados. Mesmo se decidir incluir as assistências 24 horas – chaveiro, reparos elétricos e hidráulicos, além de conserto

elétricos (provocados por raios), quebra de vidros, impacto de veículos e aeronaves, home office e responsabilidade civil familiar (cobertura para danos provocados por pessoas da família a terceiros dentro e até fora da residência). O valor da apólice, geralmente, é calculado sobre o custo de reconstrução da casa e o valor real dos bens em seu interior, e não pelo valor de mercado do

da linha branca – o cliente paga um pequeno percentual do valor da apólice no seu seguro. Apesar de ter uma boa relação custo-benefício, esse produto ainda tem pouca contratação. “Em razão de tudo o que o seguro residencial oferece em termos de proteção, assistência e baixo custo, deveria ser muito mais utilizado”, finaliza Massari.

O seguro residencial oferece grande satisfação aos contratantes, pois, normalmente, não ultrapassa 0,2% do valor imóvel



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EMPATIA EMPRESARIAL

I

nvestir em divulgação é uma estratégia muito importante para quem deseja ser lembrado. Porém, muitos fatores contribuem para o crescimento sustentável de um negócio ou uma marca. Atuando como administrador de comunicação para empresas, executivos, profissionais liberais e políticos, tenho notado deficiências inaceitáveis quando se busca obter sucesso na consolidação da marca, sobretudo deficiências no atendimento e na organização da comunicação. Um dos desafios que tenho encontrado é mostrar aos empreendedores que, antes de fazer uma campanha de divulgação, é preciso somar e qualificar alguns aspectos para se projetar uma imagem positiva. Uma imagem positiva é fruto de um mix de produtos e serviços, além de boas práticas empresariais. O primeiro fator não é mais um diferencial competitivo. Entregar o melhor produto e prestar o melhor serviço é uma questão de sobrevivência empresarial. Uma organização que não está em constante busca pela excelência está fora do mercado. A qualidade no atendimento é hoje a melhor divulgação que existe, a que consolida a marca, os produtos e os serviços de

uma organização. Investir nisto é um diferencial. Quando o consumidor é bem tratado e bem esclarecido, ele é induzido, naturalmente, a ser fiel à marca. A divulgação é apenas um meio para que o cliente possa ser informado sobre o que a empresa tem a oferecer. A qualidade no tratamento do público-alvo é o que leva ao sucesso na divulgação. Outro ponto importante a ser destacado é a organização da comunicação. Ela visa projetar uma imagem favorável no público em questão e gerar empatia com ele. É preciso ainda destacar a relevância da comunicação, pois, ao buscarmos percepções favoráveis sobre a organização, certamente, contribuímos para facilitar a penetração e a consolidação dos produtos. A seguir, alguns estabelecimentos/organizações que tenho o prazer de comprar, contratar os serviços ou prestar assessoria de comunicação: • A Hyundai consolidou-se no mercado brasileiro aliando alta tecnologia, conforto e potência nos seus veículos, aplicando, de fato, o que os consumidores exigentes pediram em pesquisa de mercado. O resultado disso foi o sucesso de venda dos veículos i30, ix35, Sonata e Azera. Contatos: www.hyundai-motor.com.br

• A agência Advir Câmbio e Turismo informa, através de seus canais de comunicação, as melhores ofertas de viagens, além de oferecer moedas estrangeiras e produtos que facilitam o pagamento para quem viaja para o exterior. Contatos: (11) 32580855 / www.advirturismo.com.br • Uma das mais bem organizadas lojas, preocupada com o atendimento ao cliente, variedade de produtos de qualidade e facilidades no pagamento, é a Papelaria Skilo (Jacareí-SP). Contatos: (12) 3961-7050 – Rua Cel. Carlos Porto, 109, Centro.

• Também em Jacareí, tive o prazer de conhecer o Instituto Educacional Lopes e Lopes, uma instituição de ensino, que busca um ambiente e um tratamento familiar. Isso traz segurança e tranquilidade ao cliente. Contatos (12) 3951-1093/ www. escolaprimeirospassos.net Willian Jordão atua como gestor de comunicação para empresas, profissionais liberais e políticos

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divulgação

canstokphoto

O sucesso da comunicação depende de boas práticas



fique por dentro

Lançado livro

A Grande Esperança

em LIBRAS POR felipe lemos

Pr. Edison Choque (à esq.) e Pr. Erton Köhler compareceram

Durante reunião com diretores de departamentos da sede sul-americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia, no final de fevereiro, foi lançada a inédita versão em LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais - do livro “A Grande Esperança”. O material, que consumiu 15 horas de gravações, é uma produção da Divisão Sul-Americana (DSA) em parceria com o Ministério Adventista dos Surdos. “Trabalhamos para que todos os públicos possíveis tenham acesso ao conteúdo dessa obra que trata dos eventos finais de nosso mundo à luz da Bíblia Sagrada”, destaca o pastor Edison Choque, diretor de Ministério Especiais. O material está sendo enviado para as regiões administrativas sul-americanas. “Foi uma experiência marcante em minha vida”, afirmou o intérprete Elias Gonçalves Júnior,

que necessitou ler diversas vezes o livro para cooperar com o processo de tradução. O conteúdo foi gravado nos estúdios da DSA, em Brasília (DF), e deve beneficiar milhares de pessoas surdas. Estima-se que, somente no Brasil, existam mais de um milhão de surdos. “Pela primeira vez se produz a interpretação de um livro missionário para alcançar a esse segmento”, acrescentou Choque. No primeiro trimestre deste ano, já foi produzida, através dessa mesma parceria, um guia de lições da Bíblia para uso diário, conhecido também como lição de Escola Sabatina. Além disso, o curso bíblico “Ouvindo a voz de Deus” e o evangelho de Mateus estão em fase de finalização, também no formato LIBRAS.

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Em feira, Titaniumfix distribui mil

exemplares do livro “A Grande Esperança” REDAÇÃO MD | FOTOS: ARQUIVO TITANIUMFIX

Reconhecida no cenário odontológico pela excelência nos serviços prestados, a Titaniumfix esteve presente no 30° Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP) em janeiro deste ano, no Expo Center Norte, e colaborou com a grande campanha evangelística da Igreja Adventista programada para o decorrer de 2012. A ocasião, além de representar a socialização de conhecimentos significativos e atualizados para os profissionais de Odontologia, significou uma oportunidade ímpar para reforçar os princípios da Igreja Adventista e evangelizar muitas vidas, levando adiante os ensinamentos do Senhor. A empresa sempre está com seu stand fechado aos sábados. A partir de 2006, o evento passou a começar no último sábado de janeiro e terminar na terça-feira seguinte. Mantendo os princípios e fidelidade a Deus, durante o sábado, foram exibidos banners e vídeos com mensagem sobre o sétimo dia no espaço reservado. Isso causou grande curiosidade por parte de empresas e visitantes. Baseada na grande campanha evangelística deste ano, a empresa resolveu inovar nesta edição: a APV disponibili-

zou o painel e a empresa distribuiu aproximadamente mil exemplares do livro “A Grande Esperança”. Sucesso absoluto! Aproximadamente 40 mil pessoas passaram pelo local, e boa parte delas elogiou a ação e solicitava o material, seja para si ou para algum familiar.

Painel foi exposto no stand aos sábados

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fique por dentro

Balanço da ADRA Brasil: mais de 270 mil beneficiados em 2011 POR felipe lemos

A Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA Brasil) divulgou, no final de fevereiro, o balanço de atividades desenvolvidas em 2011. Hoje, a agência conta com dez regionais que atuam em diferentes partes do Brasil e garantem a realização de diversos projetos em parceria com poder público e iniciativa privada. Segundo o balanço, foram realizados 50 projetos: 38 de desenvolvimento comunitário e outros 12 de resposta a emergências. Grande parte desses projetos permanecem na ativa. O número de beneficiados diretos foi de aproximadamente 279 mil e o investimento total aplicado se aproximou dos US$ 8 milhões. A origem dos recursos é 92,31%

recursos locais dos parceiros, ou seja, governos, empresas e doações de pessoas físicas e 7,69% de recursos do exterior. “Nós queremos agradecer o apoio e a confiança de nossos parceiros e renovamos o compromisso de continuar servindo aos que estão em situação de pobreza e aflição”, comenta o diretor da ADRA Brasil, Paulo Lopes. A ADRA é uma organização não governamental mundial com presença em mais de 120 países. Ela foi estabelecida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, e provê desenvolvimento comunitário sustentável e assistência em tempos de desastres, sem qualquer discriminação quanto à associação política ou religiosa, idade, gênero, raça ou etnia. No Brasil, a ADRA está presente desde 1984.

Batismos em igrejas adventistas crescem 6% na América do Sul POR felipe lemos

“Minha vida espiritual mudou totalmente. Eu antes até tinha uma boa vida na igreja, mas aquela experiência foi marcante”. A afirmação é do jovem Gildevan Rodrigues, 30 anos, participante do Missão Calebe e que se envolveu ativamente, em 2011, ao lado de vários outros jovens, na preparação de 55 batismos durante a campanha realizada na cidade de Itatitinga (CE). Para o missionário, a sensação de ajudar na coordenação de um projeto de evangelismo local e ver resultados através de batismos são aspectos que o fizeram crescer espiritualmen54 REVISTA MAIS DESTAQUE

te. O rapaz explica que cooperou com o pastor na visitação de pessoas que tinham dúvidas sobre temas da Bíblia ou precisam ser aconselhadas quanto a essa decisão. Para se engajar mais na missão, ele deixou emprego em uma empresa e passou a trabalhar por conta. O rapaz ilustra algo que, estatisticamente, começa a se tornar realidade na vida de grande parte dos poucos mais de dois milhões de membros adventistas sul-americanos. Segundo o balanço anual da Divisão Sul-Americana (DSA), o número de batismos cresceu 6,6% na relação entre 2011 e 2010. O ano

passado fechou com 223.378 batismos contabilizados nos países: Equador, Bolívia, Peru, Chile, Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil. “Em nossa avaliação, esse crescimento é bem sustentável, pois percebemos que o foco da maioria da igreja está em divulgar a mensagem de salvação. Estamos preocupados mais com a vida espiritual dos membros, e isso está se refletindo no trabalho missionário e nos resultados”, comenta o secretário da DSA, pastor Magdiel Pérez. Na comparação histórica, desde 1987, foi um dos cinco anos com maior crescimento.



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Projeto alcança população ribeirinha no interior do Amazonas POR REDAÇÃO MD | FOTOS: ARQUIVO FE

A Federação de Empresários Executivos e Profissionais Adventistas do Brasil (FE), que está prestes a completar 20 anos de trabalho em prol de ações de cunho social, cultural e evangelístico, promovendo ações voluntárias de solidariedade e fraternidade cristã, continua colaborando com diversos projetos. Como é o caso do “Salva-Vidas Amazônia: Salvando Para a Eternidade”, onde obreiros bíblicos desbravam o Rio Negro em busca do resgate de almas ribeirinhas por meio de estudos bíblicos. Bradley Mills, coordenador geral e vice-presidente de Ação Social Voluntária Amazônia (ASVAM), nos relata um pouco sobre tamanha experiência. “O motor funcionava tão calmamente que você mal podia ouvi-lo sobre o som das ondas que quebravam suavemente sob o barco. Ali, estávamos nós, no Rio Negro, sentados em nosso novo barco de alumínio (com-

prado com doações de vários irmãos)”. Depois de carregá-lo com alimentos e combustível extra, o destino do nosso obreiro bíblico e sua família era Saracá, onde permaneceram por três meses, vivendo junto aos ribeirinhos, oferecendo estudos bíblicos e iniciando um pequeno grupo. Atualmente, ocorre o curso Light, com duração de um mês, que treina nove participantes na área de Saúde e Evangelismo. “O curso está bem encaminhado, e é tão emocionante ver alguns dos nossos próprios voluntários aprendendo lado a lado com o povo ribeirinho”, conta Mills. Os professores do curso ajudam a preparar essas pessoas do interior do Amazonas para se tornarem obreiros bíblicos eficazes. “A obra médico-missionária traz à humanidade o evangelho de libertação do sofrimento. É o evangelho praticado, a compaixão de Cristo revelada. Há grande necessidade desta obra, e o mundo está aberto para ela. Deus queira que a importância deste trabalho seja compre-

endida, e que novos campos possam ser imediatamente penetrados. Os enfermos serão curados e a pobre e sofredora humanidade será abençoada” (Medicina e Salvação, pág. 239). “O Ministério Salva-Vidas Amazônia está sentindo a direção de Deus em iniciar uma escola de Evangelismo e Saúde

de tempo integral. Temos orado sobre isso por mais de um ano, e sinto que agora é a hora de avançarmos. A maneira mais eficaz de alcançar mais pessoas está no treinamento de um exército de obreiros bíblicos”, conclui Mills.

FE já se prepara para o 23° Encontro Nacional

Este foi apenas um dos diversos projetos apoiados pela FE. E para seguir unindo talentos, vocações e recursos para o cumprimento da missão estabelecida por Cristo e compartilhada pela Igreja Adventista, a Federação programou a 23ª edição do Encontro Nacional, que será realizado entre os dias 06 e 09 de setembro, no Hotel Vila Gale Cumbuco, em Cumbuco (CE). O evento contará com as presenças do líder mundial da igreja, Pr. Ted Wilson, do Líder da Divisão Sul-Americana (DSA), Pr. Erton Köhler, além do quarteto Arautos do Rei, Rádio e TV Novo Tempo e o apoio da Casa Publicadora Brasileira (CPB).

Para mais informações, acesse: www.feadventistas.org.br

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Servidores da UCB concluem mestrado em liderança pela Andrews University

FORMANDOS. O mestrado tem parceira com o Unasp-EC, local onde os módulos foram ministrados

FonteS: UCB e Paulistana | FOTO: MARCELO INÁCIO

U

m mestrado em liderança para os líderes da Igreja Adventista no Brasil. Uma iniciativa que se tornou real e formou após dois anos de estudos, dia 19 de janeiro, a sua primeira turma. O mestrado tem uma parceria com o Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo), campus Engenheiro Coelho, local onde os módulos foram ministrados. Houve uma exceção em de julho de 2010, período que os mestrandos tiveram aulas no próprio campus da Andrews University, situada em Berrien Springs, no estado de Michigan (EUA). Robson Marinho, coordenador do departamento de liderança da Andrews University, contou que a implantação do mestrado foi um pedido da Divisão Sul-Americana (DSA). Ele explica que a Andrews tem o compromisso de servir em nível internacional a igreja mundial. Por isso, quando veio o convite, a universidade aceitou com prazer. Para Marinho, a primeira turma surpreendeu positivamente. “Eu imaginava que um grupo de administradores da igreja estaria mais ligado ao trabalho, pois são muito ocupados. Confesso que imaginei que eles não levariam tão a sério os requisitos acadêmicos. Para a minha surpresa, o pessoal cumpriu os seus deveres e teve um altíssimo nível de rendimento. Isso deixou a nossa equipe extremamente feliz”, disse

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o coordenador do programa. Das 44 pessoas que se formaram no programa na primeira turma, 20 são servidores da Igreja Adventista no Estado de São Paulo (membros integrantes da União Central Brasileira - UCB). “O programa de mestrado me surpreendeu. Eu fui com uma expectativa, mas logo nos primeiros momentos senti uma direção muito prática, muito objetiva e de grande utilidade no dia a dia do meu trabalho. Um programa que não está focado em nota acadêmica, mas no aprendizado e na compreensão. Isso levou os estudos e a pesquisa para dentro da realidade do trabalho”, afirmou Sidionil Biazzi, presidente da Associação Paulistana (AP). Para Elnio Freitas, tesoureiro da UCB, “este mestrado serviu para abrir os horizontes, aprimoramos nossas competências e percebemos mais uma vez que para ser líder temos que servir. Seguir o exemplo de Jesus, ser líder como Ele foi formando discípulos, amando as pessoas.” Compromisso assumido. “É emocionante estar na primeira turma de mestres em liderança pela Andrews University. Saímos daqui impressionados com a responsabilidade que nos cai sobre os ombros, que é cada dia maior”, diz o pastor Sérgio Reis, administrador do Hospital Adventista de São Paulo (HASP).


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Iniciativa reúne empresários adventistas em São Paulo POR REDAÇÃO MD | FOTO: ARQUIVO MD

R

eunir amigos empreendedores adventistas em algum agradável restaurante paulistano. Iniciar ou estreitar laços de amizade, conhecer novas pessoas, discutir ideias, planos, e firmar parcerias. Esses são alguns dos objetivos contidos na iniciativa dos sócios da Revista MD, Marcelo Inácio e Rafael Sampaio, juntamente com Clóvis Costa, diretor da Advir Turismo. Com estes objetivos em mente, os idealizadores já puderam sentir o retorno positivo por parte da aceitação dos presentes nas duas primeiras ocasiões. O primeiro encontro foi realizado em meados de janeiro, em um almoço no restaurante do Teatro Municipal, na região central da cidade. Quinze pessoas, aproximadamente, compareceram ao local e aprovaram a iniciativa. Uma significativa parcela deles são anunciantes da MD. Já a segunda ocasião

Os encontros proporcionam oportunidades de estabelecer novas amizades, novos negócios e de discutir importantes projetos em prol da Igreja Adventista

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INÍCIO PROMISSOR. Encontros vêm superando as expectativas

ocorreu no começo de março, no restaurante do Novotel Jaraguá, localizado na Bela Vista. Mais de 20 empresários estiveram presentes no jantar e puderam conhecer novos pontos de vista e opiniões em relação ao cenário econômico e evangelístico atual. A intenção dos idealizadores é realizar o encontro uma vez por mês. “Os encontros permitem nos conhecer como irmãos de fé, e ter a oportunidade de fecharmos negócios ou até estabelecer parcerias. Através desta união estabelecida, teremos, inclusive, a oportunidade de realizar projetos em prol da igreja e das missões nos confiadas por Jesus Cristo”, diz Marcelo.

Ocasiões mais do que especiais. Por sua vez, Rafael acredita que “poder desfrutar desses momentos reforça nossa luta diária no mercado e aumenta nossa fé em sermos cada vez mais servos do Senhor nesta Terra.” “Temos visto este grupo crescendo e os encontros têm sido plenamente abençoados. Estamos nos conhecendo, compartilhando experiências e dinamizando novas oportunidades. Tudo dentro de um ambiente cristão adventista”, acrescenta Clóvis. Por fim, cada participante recebe a missão de trazer uma nova pessoa para o encontro seguinte. Desta forma, o projeto seguirá em frente.



estilo

REDAÇÃO MD

M

uitos detalhes compõem a cerimônia do casamento. A igreja escolhida, o pastor, o buffet para a comemoração, a decoração, equipe de apoio, a definição do cardápio que será servido, música, iluminação, as famosas lembrancinhas e muito mais. Uma verdadeira maratona aos noivos e às pessoas que se dispuserem a ajudar. Porém, talvez o item mais importante na ocasião fique por conta da cobertura do evento. Pensando em cada um, sobressai a importância da imagem. Fotografias e vídeos farão com que o registro dessa ocasião passe a ser eterno em nosso coração. Daí a importância em definir a melhor equipe ou o melhor e mais capacitado profissional para ser o responsável pela cobertura desse verdadeiro acontecimento. Tamanha responsabilidade exige dos noivos uma seleção muito bem conduzida. Afinal, não há coração que não se parta quando ocorrem alguns problemas técnicos nesse momento tão importante. “O fotógrafo de casamento deve estar preparado para captar todos os tipos de emoções e explorar os mais diversos ângulos deste dia especial e único na vida de duas pessoas”. Os dizeres contidos no site do Estudio A Produções traduzem tal responsabilidade.

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O vídeo e, principalmente, as fotos tornam-se presentes, mesmo depois de alguns anos, imagens que custam a sair de nossas retinas. Quem aqui não enche o coração de alegria e saudade ao rever a figura do querido avô que já se foi, da

O fotógrafo de casamento deve estar preparado para captar todos os tipos de emoções

irmã que ainda carregava sua linda sobrinha - que agora está uma mocinha na barriga, e até mesmo lhe traz a nítida impressão de como era seu corpo com aqueles “saudosos” quilinhos a menos (ou a mais em alguns casos).

Plena atenção antes da escolha

Para uma tomada de decisão tão importante, não permita que itens como ansiedade, afobação ou stress atrapalhem esse momento. Como em outras ocasiões decisivas de nossa vida, é pre-

ESTUDIO A PRODUÇÕES

Registros eternizados ciso analisar friamente alguns pontos primordiais, sobretudo os que envolvam comprometimento, organização e profissionalismo. Sendo assim, planejar com certa antecedência é o primeiro passo a seguir. Uma preparação tranquila fará com que os aborrecimentos não se aproximem de você. Na sequência, abordaremos alguns tópicos explicativos para definir os melhores profissionais a serem contratados. Entre outros: • Avalie o material, também conhecido como portfólio, que lhe é mostrado. Os álbuns já produzidos dizem muito a respeito da excelência do serviço, inclusive no quesito técnicas; • Conheça o estilo fotográfico do profissional. Pesquise e repare nas fotos divulgadas na internet (site, blog ou em redes sociais) e perceba se o estilo dele se encaixa com a proposta do casal; • Verifique como ele arquiva o material fotográfico depois do casamento. Afinal, se não haver segurança e zelo, suas imagens podem se perder para sempre; • Confira a idoneidade da empresa ou do profissional que vai contratar; • Atente-se à relação custo x benefício. Levando isso em consideração, o casal estará pronto para ser eternizado nas lentes de um bom fotógrafo.



seu direito

ALERTA estelionatários

N

ormalmente, costumamos dizer que a vítima de golpes de estelionatário “caiu no conto do vigário”. A origem desta expressão, segundo pesquisadores, se deu no século 18 durante uma trapaça perpetrada por um vigário de Ouro Preto. Segundo a lenda, duas paróquias estavam em litígio pela posse de uma imagem. Um dos padres sugeriu que a escultura fosse amarrada a um cavalo. Seria declarada dona da imagem a igreja para onde o cavalo se dirigisse. Por mera “casualidade”, descobriu-se que aquele cavalo era de propriedade do vigário que havia proposto o acordo. O qual, obviamente, foi vencedor. Atualmente, o termo vigarista, apesar de ter surgido em um evento de trapaça comum, tem sua designação enquadrada na esfera penal como um esquema frau-

As vítimas seriam pessoas ingênuas? Ao analisar cada caso de estelionato, descobrimos que, via de regra, a pessoa fraudada apresenta uma característica básica: a ganância. Em muitos casos, a pessoa também tinha intenção de levar algum tipo de vantagem. Existem os golpes da casa própria, do bilhete premiado, troca do cartão bancário, da aposentadoria, do consórcio... E por aí vai. Na realidade, o estelionato é um assunto que não envolve apenas temas policiais e jurídicos, mas, também, de cunho sociológico e psicológico, e seu estudo não é tão simples como possa parecer para a maioria da população. Assim, muitas pessoas consideradas inteligentes, vividas, acostumadas a lidar com esses problemas, às vezes são surpreendidas por esses criminosos bem articulados.

dulento para extorquir dinheiro ou outro tipo de vantagem ilícita. E o fato comum em todos os casos de estelionatos é que pessoas ingênuas acabam por acreditar em algum tipo de história mirabolante e acabam perdendo grandes somas de dinheiro. Ocorrências desta natureza nos batem à porta em muitos dias.

Esfera Jurídica

O estelionato é tipificado como crime, e sua sanção penal está prevista no artigo 171 do Código Penal Brasileiro

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O estelionato é tipificado como crime, e sua sanção penal está prevista no artigo 171 do Código Penal Brasileiro, que diz: “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio frau-

canstokphoto

contra os

dulento”. Pena prevista: reclusão de um a cinco anos e multa. Segundo os especialistas na psiquiatria forense, os golpistas não são doentes, eles apenas têm um desvio de comportamento. Ou seja, assumem uma personalidade e vivem neste mundo à parte. Talvane Martins, psiquiatra forense da Associação Brasileira de Psiquiatria do Rio de Janeiro afirma que “o psicopata é egocêntrico, não tem limites e jamais acredita que pode se dar mal. Sua origem está em más influências da infância.” A primeira coisa a ser feita, na hipótese de ser abordado por um golpista, é desconfiar, pois (como nossos pais sempre avisaram) ninguém dá nada para ninguém. Contudo, se você já tenha caído no golpe, procure a polícia ou um advogado. Se a notícia do crime for recente, talvez seja possível recuperar o prejuízo. Se não, chore bastante e aprenda a lição. Cabe somente a cada um de nós evitar tais situações. Para maiores informações, recomendo aos interessados a leitura de um material preparado exclusivamente por renomados inspetores de polícia do Estado do Rio de Janeiro, especialistas criminais e técnicos da Delegacia Legal. O conteúdo está à disposição dos internautas no site: www.necvu.ifcs.ufrj.br João Mariano da Silva é advogado criminalista, especialista em direito de família, em regularização de documentação imobiliária e direito da propriedade

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o d o s u o n s a ç n a d Mu

o t n o P e d o ã t r a C FOTO: UOL

O TRT da 2ª Região (São Paulo-SP) julgou desnecessária a assinatura por parte do empregado

Quem nunca teve o dever de assinar ou “bater” (como dizem por aí) o cartão de ponto? Trata-se de um clássico momento na vida – ou em algum período dela – de qualquer trabalhador, independente do ramo de atuação. É item fundamental na relação existente entre empregado e empregador. O controle de acesso e o acompanhamento das horas trabalhadas são fundamentais para qualquer empresa ou organização. Visando manter um registro prático e confiável dessas informações, o cartão de ponto é uma solução. De acordo com a Legislação, qualquer estabelecimento com mais de dez trabalhadores deve possuir o registro da hora de entrada e saída de quaisquer empregados. Esse registro pode ser manual, mecânico ou eletrônico. Este último, por sinal, compreende a forma mais moderna, rápida e eficiente de controlar o acesso e as horas trabalhadas. Ou seja, ele é a informatização do sistema de ponto, permitindo que os dados sejam marcados, armazenados e consolidados por meio de computadores. Isso facilita e agiliza a folha de pagamento, já que as informações passam a ser mais seguras e confiáveis. O ponto eletrônico elimina problemas como rasuras, borrões e outros empecilhos ro-

tineiros, além de permitir um amplo registro consolidado das horas trabalhadas, horas extras, faltas, benefícios e outros dados relevantes à folha de pagamento. Existem também outras formas para exercer esse controle de acesso, como é o caso dos relógios de ponto ou as ca-

recente do Recurso Ordinário, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região (São Paulo-SP) através da 10ª Turma, julgou desnecessária a assinatura do empregado no cartão de ponto do mesmo, uma vez que o artigo 74 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) não obriga ex-

tracas especiais. Com os sistemas mais modernos, é possível que estes itens sejam configurados de variadas maneiras, permitindo flexibilidade nos acessos e determinando o acesso de acordo com a área visada.

pressamente que o ponto deva ter a assinatura do empregado para ter validade.” Contudo, o advogado acredita que manter esse processo não é uma má ideia às partes envolvidas (empregado e empregador). “Embora essa decisão expresse um avanço na Justiça Trabalhista em favor das empresas, em nossa opinião, as empresas devem continuar exigindo a assinatura dos seus empregados nos cartões de ponto como medida de cautela para impedir a alegação de fraude do empregador em relação aos cartões”, diz. “Essa não é a decisão das demais turmas do TRT de São Paulo”, encerra.

“As empresas devem continuar exigindo a assinatura dos seus empregados como medida de cautela para impedir a alegação de fraude”

Momento jurídico e CLT

Depois de apresentarmos as formas disponíveis dessa natureza, buscamos a palavra de um especialista para compreender melhor o momento vivido na esfera judiciária a este respeito. Para tanto, contamos com a colaboração do advogado Ricardo Abrusio, que alerta: “Em decisão

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TEXTO: DOMÍNIO PÚBLICO | ADAPTAÇÃO: BÁRBARA J. S. KOPITAR

Uma mentira

puxa outra

o uma corrente: Você vai perceber que essa opção é com estará preso cada elo puxa outro e, quando perceber,

- Ora, mas por que você chegou atrasada hoje, Judite? – perguntou, bondosamente, a professora. Judite ficou envergonhada. Afinal, como ela poderia contar para a professora que havia ficado brincando no parquinho novamente? - Um carro me cobriu de lama - disse ela com hesitação. Aí está. Já estava feito. Disse uma mentira. “Mas não foi muito grande”, pensou ela. Isso poderia ter acontecido. - Você disse lama? - havia um tom de surpresa na voz da professora. Então, Judite caiu em si. Já faziam semanas e semanas que não chovia. - Bem, a senhora não sabe, mas o senhor Toninho deixou a mangueira escorrendo na rua e fez uma poça de lama - explicou a moça. “Com essa já são duas mentiras. Queria tanto que a professora não fizesse mais perguntas” - pensou ela. - Mas seu vestido não está sujo de lama retrucou a professora. - Pois é, eu tive que voltar para casa para trocar de roupa - disse Judite quase sem querer. E disse consigo mesma: “pronto, agora já são três! E agora?”

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- Mas como você conseguiu entrar em casa? – indagou a mestra “Puxa vida, esqueci que a professora sabe que a mamãe foi hoje à cidade e não está em casa. O que vou dizer?” - pensou a preocupada garota. - Bem... - Judite podia ver que a professora esperava pela resposta. - Bem... sim, não fui para minha casa - disse, julgando-se um tanto esperta. - Fui à casa da minha prima Dulce e lhe pedi um vestido emprestado. Por isso, demorei tanto, é bem mais longe - explicou. - Entendo... - replicou a professora. - Você cresceu bastante para poder vestir as roupas da Dulce, não é? Judite estava quase chorando. Nada dava certo. Se tão somente não tivesse pronunciado aquela primeira mentira. E por que não havia se lembrado que Dulce era bem gorda? - Mais ou menos. É que este é um dos seus vestidos mais antigos - balbuciou. - Poxa vida, Dulce deve ter crescido muito depressa - disse a professora. - Este vestido está como novo! Até parece que não foi lavado nenhuma vez! – complementou para desespero da aluna.

Essa e outras histórias você encontra no site: www.tiahelenita.com.br

Então, Judite se rompeu em pranto. - Oh! É tudo mentira! - disse ela, soluçando. Estive brincando no parquinho, igual ao outro dia, mas fiquei com vergonha de que a senhora soubesse. - Minha querida, eu já sabia que você estava brincando - explicou a professora. - Eu também cheguei tarde, e te vi por lá. Você nunca me disse uma mentira antes, não é verdade? - acrescentou. - Sim, claro. Eu nunca disse uma mentira, e estou arrependida de ter mentido agora. Mas nunca pensei que teria que dizer cinco mentiras para sustentar a primeira - respondeu a jovem. - Eu fiz muitas perguntas a você, querida, para que você notasse o que sempre acontece com os mentirosos. Uma inverdade puxa outra, e logo você tem uma interminável cadeia de mentiras. É assim que acontece. Sempre que você disser uma mentira, vai precisar dizer muitas outras para manter a primeira. Elas são como os elos de uma corrente: uma puxa a outra. Peça a Jesus que o ajude a sempre falar a verdade, a jamais falar uma mentira sequer, e viva melhor.



contos

redação MD | FOTO: mARCELO INÁCIO

O VALOR inestimável da influência Esta nova seção da MD trará passagens interessantes nos mais de 90 anos de vida de um dos maiores colaboradores e financiadores da Igreja Adventista do Sétimo Dia em todo o mundo. Seu amor pela obra do Senhor já resultou na mudança e na capacitação, sobretudo por meio da educação, de milhares e milhares de pessoas ao redor do mundo. Ele atende pelo nome de Milton Afonso, proprietário da empresa de assistência internacional de saúde Golden Cross e da Universidade de Santo Amaro (UNISA).

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para começar, vamos contar uma passagem na vida deste advogado, de origem humilde, reconhecido dentro do cenário adventista. “Dinheiro é importante, mas só ele não basta. Existe um valor incomensurável em possuirmos bons relacionamentos”, revela o doutor. Ato ou efeito de influir; poder ou ação que alguém exerce sobre outrem ou sobre certos fatos ou negócios; prestígio, preponderância, poder ou ação sobre outro; autoridade moral. Todos esses sinônimos traduzem uma palavra importante em variadas ocasiões em nossas vidas: influência. “Se você não tiver boas influências e amizades as coisas se dificultam”, diz. Há tempos, algo muito constrangedor incomodava Milton Afonso. O fato que o deixava chateado era que a TV Novo tempo (NT) se encontrava no canal 141 da SKY, muito próximo a canais de pornografia (variando de acordo com o plano contratado). Inconformado, passou a indagar a direção da Divisão Sul-Americana (DSA), como ele mesmo diz “uma pressão no bom sentido”, sobre uma possível tomada de posição a esse respeito. Na verdade, nem ele sabia como, mas, certo mesmo, era que algo precisava ser feito. Daquela maneira não estava nada legal. Depois de contatá-los, a Divisão informou ao Dr. Milton que a empresa de TV por assinatura decidira não atender ao pedido de mudança. Como proceder agora? Quando Deus está no comando, não há com o que se preocupar. Ele se encarrega, de um jeito ou de outro. Você pode (e deve!) confiar... “Para você ver que nem tudo é dinheiro, mas, sim, contato. Certo dia, no Rio de Janeiro, recebi um telefonema de um amigo não adventista me convidando para almoçar. Era uma sexta-feira. Já no restaurante, ele me disse que depois daquela refeição precisava ir a São Paulo para prestigiar o aniversário do presidente da SKY. Quase entrei em choque”. “Você é amigo dele?”, perguntou. “Então, preciso muito da sua ajuda. Fala para ele tirar a NT do canal 141”, solicitou. Dias depois, o presidente da empresa retornou para o tal amigo pedindo desculpas pela demora em responder, já que surgiram demandas mais urgentes naqueles dias. “Para a nossa surpresa, ele nos ofereceu o canal 17, menos no Vale do Paraíba e no Ceará. Foi uma explosão de felicidade. Depois dessa mudança, a audiência foi praticamente decuplicada. E agora é no número 14 em todo o Brasil”, conta radiante. “Tudo isso sem gastar um real. Apenas na conversa, agregada à famosa influência” conclui.



evidências

Arqueologia e a Bíblia

Esta nova seção da MD aborda a importância desses estudos, já que eles poderão contextualizar corretamente determinadas passagens bíblicas, além de confirmar a historicidade do seu relato

D

as muitas definições dadas à Bíblia, é provável que uma das mais interessantes tenha sido a de Gerald Wheeler que definiu a inspiração como “Deus falando com sotaque humano”. De fato, a Bíblia é a Palavra do Altíssimo entrando em nossa história e participando ativamente dela. Logo, seria interessante lembrar que as Escrituras Sagradas não nasceram durante alguns vácuos históricos. Elas possuem um contexto cultural que as antecede e envolve. Suas épocas, seus costumes e sua língua podem parecer estranhos a nós que vivemos em um tempo e geografia bem distantes daqueles fantásticos acontecimentos. Mesmo assim, são importantíssimos para um entendimento saudável da mensagem que elas contêm. Como poderíamos, então, voltar a esse passado escriturístico? Afinal, máquinas do tempo não existem e ideias fictícias seriam de pouco valor nesta jornada. A solução talvez esteja numa das mais brilhantes ciências dos últimos tempos: a Arqueologia do Antigo Oriente Médio. Contudo, é possível – através dos achados – verificar se as histórias da Bíblia realmente aconteceram ou se tudo não passou de uma lenda. Aí, fica óbvio o axioma filosófico: se a história bíblica é real, a Teologia que se assenta sobre essa história também o será. Talvez, seja por isso que ao invés de inspirar a produção de um manual de Teologia, Deus soprou aos profetas a ideia de escreverem um livro de histórias que confirmassem a ação divina em meio aos acontecimentos da humanidade.

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evidências

Dizer exatamente quando começou a arqueologia bíblica não é tarefa fácil. Na verdade, desde os primeiros séculos da era cristã já havia pessoas que se aventuravam na arte de tirar da terra tesouros relacionados à história da Bíblia Sagrada. Helena, a mãe de Constantino, foi uma dessas “pioneiras” que numa peregrinação à Terra Santa demarcou com igrejas vários locais sagrados onde supunham ter ocorrido algum evento especial. Muitos destes locais servem até hoje de ponto turístico no Oriente Médio. As técnicas, porém, desses primeiros empreendimentos eram bastante duvidosas e o fervor piedoso levava as pessoas a verem coisas que na verdade nem existiam. Aparições de santos, sonhos e impressões eram o suficiente para demarcar um local como sendo o exato lugar da crucifixão ou do nascimento de Cristo Jesus. Mas a partir do final do século 13, a arqueologia das Terras Bíblicas começou finalmente a ter ares de maior rigor

Contribuições adicionais

Além de ajudar na confirmação de episódios descritos na Bíblia, a arqueologia contribui ao estudo elucidativo de determinadas passagens. Graças a ela, é possível reconhecer o porquê de alguns comportamentos estranhos à nossa cultura. É o caso de Raquel roubando deliberadamente os “ídolos do lar” que pertenciam a Labão, seu pai (Gênesis 31:34).

Várias palavras e expressões antigas também tiveram seu significado esclarecido pelo trabalho da arqueologia. O nome de Moisés, que certamente não era de origem hebraica, pode ter sua explicação na raiz do verbo egípcio ms-n que significa “nascer ou nascido de”. Não é por menos que muitos faraós e nobres da corte egípcia tinham o seu apelido formado pela junção desse verbo e do nome de uma divindade. Por exemplo: Ahmose (“nascido de Ah, o deus da lua”) e Ramose (“nascido de Rá, o deus sol”). Uma embaraçosa situação entre Jesus e um discípulo também pode ser esclarecida pela arqueologia. Trata-se do episódio descrito em Lucas 9:59, onde o Senhor aparentemente nega a um jovem que queria seguir-lhe o direito de sepultar o seu próprio pai. Olhando pela cultura moderna ocidental, dá-se a impressão que o pai do moço estava morto em um velório e que ele estaria pedindo apenas algumas “horas” a Cristo para que pudesse seguir o féretro e, logo em seguida, partir com o Senhor. Um pedido, a princípio, bastante justo para não ser devidamente atendido. Mas as dificuldades se esvaem quando entendemos pelo resgate arqueológico que, naquela época (e também hoje em alguns idiomas, como o árabe e o siríaco), a expressão “sepultar o meu pai” seria um idiomatismo que nem de longe indicava que seu pai houvesse recentemente morrido! Tanto o é que o episódio se dá “caminho fora” (Lucas 9:57). Se o pai do jovem houvesse morrido, o que ele estaria fazendo à beira da estrada? Na verdade, essa expressão idiomática significava que o pai estava sadio e feliz, e que seu filho prometia sair de casa apenas depois que ele morresse. Deste modo, com esse pano de fundo trazido através dos estudos arqueológicos, o diálogo de Jesus com aquele jovem passa a ter outra dimensão a todos nós. Esclarece-se tal questão e, a partir de agora, torna o texto mais compreensivo e agradável de se ler.

Rodrigo silva é doutor em Teologia Bíblica

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divulgação

Como tudo começou

científico. A descoberta acidental da Pedra de Roseta, ocorrida em 1798, levou vários especialistas a se interessarem pela história do Egito, da Mesopotâmia e da Palestina, descobrindo um passado que há muito se tinha perdido. Babilônia, Nínive, Ur e Jericó foram apenas algumas das muitas localidades que começaram a ser escavadas revelando importantes aspectos da narrativa bíblica. Para os críticos, que na ocasião levantavam argumentos racionalistas contra a Palavra de Deus, os novos achados representavam um grande problema, pois desmentiam seus arrazoados confirmando, assim, vários elementos do Antigo e do Novo Testamento. Um exemplo pode ser visto no próprio ceticismo com que encaravam a existência de uma cidade chamada Babilônia. Muitos pensavam que tal reino jamais existira. Era apenas o fruto mitológico da mente de antigos escritores, como Heródoto e os profetas canônicos. Até que, finalmente, suas ruínas foram desenterradas em 1899 pelo explorador alemão Robert Koldewey, que demorou pelo menos 14 anos para escavar as suas sólidas estruturas. Mais tarde, veio a descoberta de várias inscrições cuneiformes que revelaram o nome de pelo menos dois personagens mencionados no livro de Daniel, cuja historicidade também tinha sido questionada pelos céticos. O primeiro foi Nabucodonosor, o rei do sonho esquecido, e o segundo Belsazar, que viu sua sentença de morte escrita com letras de fogo nas paredes de seu palácio.





aconteceu comigo

redação md | fotos: arquivo pessoal

Família reunida: o casal Michel e Daniela Valverde e a pequena Laura

A menina dos Confie, pois os planos de Deus não são os mesmos que os nossos. A vida do casal Michel e Daniela Valverde (ambos com 33 anos) vinha sendo de muitas realizações e progresso em meados de 2008. Aquele ano começara com ares de boas notícias. Prestes a completar nove anos de casamento, eles desfrutavam de uma vida abençoada e, sobretudo, bem planejada, digamos assim. Ambos trabalhavam em instituições financeiras: ela acabara de ser promovida, tornando-se coordenadora de uma área operacional do Banco Santander, enquanto ele cursava MBA de Economia na Universidade de São Paulo (USP) e participava de um processo seletivo do Unibanco para assumir a gerência geral de uma agência. Com tantas demandas profissionais, não sobrava tempo para o casal pensar em filhos. “Nunca pensei em ser mãe. Achava que

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um dia o desejo afloraria se fosse da vontade de Deus. Tinha isso muito claro na minha cabeça. O Michel tinha o mesmo pensamento. Além disso, por termos nos casado aos 21 anos de idade, as dificuldades financeiras desapareciam naquele momento”, conta. Em abril daquele ano, ao retornar da Europa, a história do casal começou a mudar. Daniela começou a engordar, e isso a preocupava. Nenhum exame apontava alguma anormalidade. “Não tinha nenhuma outra alteração do corpo. Desta forma, não passava nem de longe a possibilidade de gravidez”, lembra. De porte magro, Daniela corria e praticava musculação, mas percebeu que toda aquela rotina não era suficiente para evitar que engordasse. Então, passou a intensificar o treinamento: corria, nadava, pedalava e contava as calorias de tudo o que ingeria.


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Sacrifícios em vão. Passadas algumas semanas, ao sair de uma aula de natação, passou a sentir fortes dores na região pélvica. Ao se olhar no espelho de perfil e ver aquela barriga enorme, concluiu: “estou grávida”. Dois dias mais tarde (25 de julho daquele ano), data em que o casal completa nove anos de casamento, a confirmação da notícia: gravidez de 16 semanas. “Por telefone, recebi a notícia pelo Michel, que acessou meu resultado via internet. Ele estava feliz e tranquilo, enquanto eu caí em um choro desesperador, cheia de culpa e preocupações”, diz. A médica constatou que tudo estava bem. Ela foi liberada para continuar sua atividade física, mas, desta vez, de modo moderado. Acostumada com a ideia da chegada de Laura, após uma semana da boa notícia, Daniela percebeu algo estranho: indo para o trabalho, sua bolsa havia rompido. Isso a fazia perder líquido de forma gradativa. No hospital, depois da realização de uma ultrassonografia, as notícias vieram: descolamento da placenta e perda do líquido amniótico. Contudo, o bebê mantinha seus batimentos cardíacos normalmente. “Pensei que com remédios e um pouco de repouso tudo se resolveria. Mais um dos meus enganos”, lembra aflita. O médico plantonista procurou falar com a médica que a atendia. A situação era grave. A bolsa estava rompida, e a possibilidade de um aborto nos 15 dias seguintes era grande. Além disso, existia o risco dela contrair uma infecção. Consciente, sua médica enfatizou: “o seu caso é sério, mas, por princípios, eu não tiro esse bebê. Deixo vocês à vontade para procurarem outro médico e não vou julgá-los se quiserem tirá-lo.” A resposta de ambos foi exatamente a mesma: deixar a decisão nas mãos de Deus. Assim, a médica tratou de passar uma lista de recomendações, já que optou pela não internação. Daniela teve que parar de trabalhar, repousar, inge-

rir quatro litros de líquidos diariamente, medir a temperatura de três em três horas e colher sangue em casa. Mais tarde, o casal alugou um sonar para auscultar o coração do bebê.

Reviravolta

“Sabia que Deus estava querendo nos mostrar algo. Só não sabia o quê exatamente”, revela Daniela. “Voltamos para casa receosos do que estaria por vir”, complementa Michel. As visitas a hospitais eram cada vez mais constantes. Perdas de líquidos, hipóteses de aborto... Mas, ao ser submetida às ultrassonografias, a futura mamãe ouvia um dos sons mais perfeitos: os batimentos cardíacos de Laura, sem nenhuma alteração. Um conceituado fectologista de São Paulo atendeu Daniela e foi realista. “A chance do bebê nascer naquelas condições era de um por cento, mas como a Medicina não é uma ciência exata, essa porcentagem poderia significar o poder de Deus. Existe também a hipótese de má formação”, concluiu o médico. “Neste período, recebemos muitos irmãos em nossa casa para orar conosco. Pessoas de outras cidades, que infelizmente não conheço, por intermédio dos meus sogros, oravam em favor da Laura. O que eu mais sabia fazer era chorar. Certo dia, no banheiro do hospital, ajoelhei e clamei: ‘Senhor, me mostra que És o Deus do impossível. Se foi capaz de realizar um milagre na vida de Ana, Sara e Abraão, realiza em nossa vida também’”, relembra emocionada. Após alguns dias, a perda diária de líquido cessou, e a gestante foi liberada de alguns cuidados extremos. A situação passou de grave para delicada. Os exames comprovavam que não havia nenhuma alteração nos órgãos vitais da pequena Laura. Porém, foi diagnosticado que ela tinha os dois pés tortos. O que era um pé torto diante de tantas outras doenças que poderiam ter ocorrido? A hora esperada se aproximava.

E assim, em uma tarde calorosa de dezembro, a bolsa rompeu novamente. Desta vez, para avisar que Laura queria vir ao mundo e lutar aqui fora, pois já tinha lutado o quanto pôde dentro da barriga. Ela nasceu de 34 semanas, medindo 43,5 cm e pesando 2,1 quilos. Em caráter preventivo, permaneceu por dez dias na UTI. Glória a Deus! Com um mês de idade, a pequena iniciou o tratamento dos pés e teve suas perninhas engessadas. Hoje, é uma criança perfeita. Ainda usa botas presas a uma barra por 14 horas diárias, que a impede de andar neste período. Mas, no final deste ano, terá alta das botas. “Viver esta incrível experiência pessoal nos faz ter a convicção de que o Deus do impossível que está na Bíblia existe, sim”, afirma Daniela. O casal pede sabedoria a Deus todos os dias para que Laura cresça em Seus caminhos. Afinal, desde o primeiro sinal de vida, Ele a tem conduzido.

“Viver esta incrível experiência nos faz ter a convicção que o Deus do impossível existe” (Daniela Valverde)

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reflexão

SXC

Preencha o vazio

do seu coração

Durante os anos em que mantive a seção da Hora Tranquila na Revista Adventista, grande número de cartas de jovens, adultos e anciãos chegava contando sobre os benefícios da hora diária de comunhão com Deus. Tratava-se de uma prática devocional aparentemente simples, mas que despertava sentimentos de paz e felicidade nos corações. Qual seria a razão? O salmista responde, traduzindo o anseio de toda a humanidade: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por Ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Salmos 42:1-2). O escritor russo Dostoievski expôs essa realidade: “No coração humano há um vazio que tem o tamanho de Deus”. Em muitos casos, as pessoas tentam satisfazer esse vazio com prazeres fúteis, ou mesmo com boas realizações pessoais: trabalho, viagens, esportes e até com piedosas atividades na igreja. Mas o vazio continua, se Deus não é entronizado no coração. O Senhor nos criou dessa forma porque Seu plano era que o ser humano somente

fosse verdadeiramente feliz vivendo em comunhão com Ele. Mas, com a entrada do pecado, o homem se afastou de Deus, e sua natureza se degradou. Sua capacidade moral e espiritual enfraqueceu-se. No entanto, o coração continua sentindo a nostalgia do Criador. Thomas Merton, renomado pensador cristão, assim define essa necessidade humana: “Somos uma incompletude vivente. Somos um vão, um vazio pedindo preenchimento”. Sim, o ser humano tem necessidade de Deus, mas, paradoxalmente, vive distanciado dEle. Os maiores problemas de nosso tempo não são sociais, políticos ou econômicos. São espirituais. E os homens vivem correndo de um lado para o outro em busca de soluções que não encontram. E não as encontram porque as buscam em fontes erradas, em fontes poluídas que não podem saciar a alma. Mesmo dentro da igreja, há inúmeros cristãos que ainda não acharam a satisfação plena em sua vida religiosa por falta de uma experiência mais profunda de relacionamento com Deus. Estão na igreja, parti-

cipam de suas cerimônias, fazem trabalho missionário, mas não usufruem do relacionamento de filhos com o Pai celestial. Não desenvolveram familiaridade com o Criador. Sua religião é mais social, cultural e doutrinária do que experiencial. Para esses, e para todos os que desejam uma experiência espiritual real e confortadora, meu apelo é: procurem se aproximar de Deus; desenvolvam amizade com Ele; alimentem-se da Palavra Sagrada; planejem um programa diário de devoção particular; e vocês verão que o vazio do coração será preenchido com a presença do próprio Deus. Como resultado, desfrutarão de muita paz interior e alegria da eterna salvação. É essa alegria plena que inunda o coração do crente, fruto da graça de Deus no seu interior, que Agostinho, filósofo e teólogo do 4° século, chama de “alegria soberana”, porque está incomparavelmente acima de todas as alegrias menores que o homem possa experimentar. Busque viver na atmosfera dessa inefável alegria, e você será feliz em sua religião.

Texto do livro “A hora tranquila” (CPB), do pastor e educador Tercio Sarli Para adquir este e outros produtos, envie email para: certezaeditorial@terra.com.br 82 EVISTA MAIS DESTAQUE




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