Um Sorriso Basta

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ANO 10 | NOV/DEZ | 14

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IAESC Conheça a instituição adventista de ensino que há sete anos contribui para a formação acadêmica, profissional e espiritual de alunos

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Índice

50 CAPA

Sorria!

O sorriso é a porta de entrada para uma boa recepção. Além disso, ele pode ser um remédio para quem o recebe. Saiba mais sobre os benefícios do sorriso e a importância que ele tem para a recepção de pessoas na igreja

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PERFIL Conheça a história do primeiro jornalista com deficiência visual a fazer sucesso no rádio

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Está pensando em viajar no final do ano? Confira algumas dicas de como aproveitar pacotes de viagem e escolher o melhor destino para suas férias, seja em família ou com os amigos

Você tem dificuldade em se desconectar do trabalho, mesmo em período de férias? Entenda a importância de ficar off-line nos momentos de folga

PÉ NA ESTRADA

COMPORTAMENTO


18 ESPECIAL

Já parou para pensar nas diferenças entre o Papai do Céu e o Papai Noel? Confira algumas delas

26 SAÚDE

Saiba mais sobre ELA, a doença que pode matar em até cinco anos

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ENTREVISTA

Tesoureiro da Divisão Sul-Americana fala sobre a importância da fidelidade

42 PROFISSÃO

74 FE

Confira como foi o 25º Encontro da FE realizado em São Luís, Maranhão

Saiba um pouco mais sobre a profissão de um engenheiro civil

94 ACONTECEU COMIGO

Conheça a história do ex-fumante que hoje lidera projeto missionário

Seções 12 EDITORIAL 22 EDUCAÇÃO 34 evangelismo

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empresarial seu direito FE

62 fique por dentro 92 conta corrente 98 reflexão

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BREVE VIRÁ

Leia o que o papa falou sobre a volta de Jesus Diretor Executivo: Marcelo Inácio, MTB 55.665/SP marcelo@seveneditora.com.br | Diretor Comercial: Rafael Sampaio comercial@seveneditora.com.br | Editor de Conteúdo: Vanessa Moraes vanessa.moraes@seveneditora.com.br | Revisão: Mayra Silva redacao@seveneditora.com.br| Direção de arte e Capa: Rogério Viola Junior arte@seveneditora.com.br | Colaboradores: Márcia Ebinger, Roberto Dias, Eduardo Wohlers, Michelson Borges, Departamento de Promoção Universitária da UAP, Danúbia França, Heron Santana, Carolina Perez, Liane Prestes, Raíssa Almeida, Deborah Lessa, Willian Vieira e Moisés Mattos. FALE COM A MAIS DESTAQUE

(11) 3852-6404 | site: www.maisdestaque.com.br | e-mail: contato@seveneditora.com.br twitter: @maisdestaque | facebook.com/maisdestaque Tiragem: 15.000 exemplares

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Editorial

Compartilhe sorrisos Cientificamente, já foi comprovado que o sorriso melhora a elasticidade da pele, suaviza rugas e flacidez, ativa a circulação sanguínea e ajuda a hidratar a pele. Que ótima notícia, não? E melhor, você não paga nada por todos esses benefícios, basta sorrir para agregá-los à sua saúde física. Mas esse ato não faz bem apenas para você. Ele ajuda outras pessoas. Dificilmente você sorri para alguém e não ganha um sorriso de volta. E é por esse caminho que nascem grandes amizades e fortes parcerias. Carisma e simpatia são as primeiras qualidades que toda empresa procura quando precisa contratar um recepcionista. Isso acontece porque a recepção é o cartão de visitas de qualquer lugar. Ela é responsável por apresentar uma boa impressão para visitantes e clientes, de modo que estes avaliem positivamente seus produtos e serviços. E esse procedimento não funciona apenas em empresas. As igrejas, por exemplo, também precisam de pessoas que saibam recepcionar outras. É exatamente sobre isso que a matéria de Capa desta edição trata. Você já deve ter ouvido histórias de pessoas que chegaram a uma igreja e não foram recepcionadas como esperavam. A reação delas, entre variações, é comumente não querer retornar àquele lugar. Já em outros casos, essa questão foi um ponto decisivo para que voltassem mais vezes. A TV Novo Tempo, uma das principais redes de comunicação da Igreja Adventista, está em constante crescimento. Além dos canais fechados, ela se expande em canal aberto para diversas cidades do Brasil. Por meio dela, muitos conhecem a Igreja, concordam com seus princípios bíblicos e passam a segui-los. Em busca de um lugar real para colocar em prática tudo o que aprendem, decidem conhecer um templo adventista para frequentar. Para isso, as igrejas precisam estar preparadas para receber essas pessoas e atender suas expectativas. Se não for assim, elas podem pensar que o que viram na TV não existe na vida real e encarar tudo como hipocrisia. Mas nesta edição você vai conhecer passos para auxiliar sua igreja nesse quesito. Vai ver exemplos de pessoas que criaram seus próprios métodos de recepção e entender que tudo começa com um simples sorriso. Está preparado para essa responsabilidade?

ROGÉRIO VIOLA JR.

Marcelo Inácio

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Diretor Executivo marcelo@seveneditora.com.br

Destaque-se

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A matéria da página 60, “Solidariedade e Compaixão”, me chamou muito a atenção, por ser um ato nobre de solidariedade. É extremamente importante retratar esse assunto para despertar o amor ao próximo e transmitir esperança a todos. Raul Damasceno, estudante de direito

Fiquei impressionada com a citação de Ellen White na matéria Especial, que diz respeito à família, especialmente onde fala que a solução para uma nação próspera e feliz está no tratamento e dedicação à família. Foi muito válido, não só para os pais, mas também para os filhos, que precisam aprender a valorizar o tempo com os pais. Kimberly Cruz, estudante de jornalismo

Por meio da política se escolhe quem governa o povo. Com isso, os cristãos não devem abster-se de participar dessa escolha, partindo do pensamento de que Deus é a autoridade máxima do universo, e todas as outras estão debaixo do seu governo. Parabéns à revista por essa abordagem na matéria de Capa.

Bonivaldo Quissola, estudante de contabilidade

ERRAMOS Na edição 58 da revista Mais Destaque, na seção “Seu direito”, publicamos uma nota errada. No box da matéria, que fala sobre a Unidade Condominial, o texto correto é: “no ato de entrega das chaves e do laudo de vistoria, manifestar ao comprador sua insatisfação diante do estado da sua unidade entregue.” Participe da Revista Mais Destaque: Envie-nos seu comentário, sugestão ou crítica através do e-mail redacao@seveneditora.com.br ou facebook.com/maisdestaque



Entrevista “A fidelidade de um membro está muito associada à vida espiritual que ele tem com Deus”

MARLON LOPES

Unidade e fidelidade

Tesoureiro da Divisão Sul-Americana fala sobre o crescimento da Igreja Adventista na América do Sul e a importância da fidelidade dos membros Entrevista: Mayra Silva | Texto: Márcia Ebinger

O

pastor Marlon de Souza Lopes nasceu no dia 16 de julho de 1959, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Filho de Cenira de Souza Lopes e Alício Pereira Lopes, casou-se com Leni dos Reis Lopes no dia 15 de janeiro de 1981. O casal tem três filhos: Wesley, Anderson e Marlon dos Reis Lopes, e dois netos. É formado em Ciências Contábeis, Estudos em Teologia e pós-graduação em Gestão Empresarial. Iniciou suas atividades profissionais no ano de 1978, como caixa 14

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e contador do Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS), localizado em Taquara, Rio Grande do Sul, onde ficou até 1983. De lá, seguiu para Florianópolis para atuar como tesoureiro assistente do Serviço Educacional Lar e Saúde (SELS) até o ano de 1985. A partir dessa data, foi transferido para Curitiba, no Paraná, onde exerceu a mesma função para o SELS e para a Associação Paranaense (AP). Por dois anos, 1988 e 1989, atuou como tesoureiro assistente da área de

Educação na Associação Norte Paranaense (ANP), localizada na cidade de Maringá. De lá, foi para o Instituto Adventista Paranaense (IAP), onde exerceu a função de tesoureiro até 1992. No ano seguinte, foi chamado para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para assumir a tesouraria da Missão/Associação Sul Matogrossense. Em 2000, retornou a Curitiba, agora como tesoureiro da União Sul Brasileira (USB). Após oito anos de atuação, foi nomeado diretor geral da Rede Novo Tempo de Comunicação, em Jacareí, São Paulo, onde permaneceu por dois anos. Em julho de 2010, na Assembleia Mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), realizada na cidade de Atlanta, Georgia, Estados Unidos, Lopes foi nomeado tesoureiro da Divisão Sul-Americana (DSA), cargo que exerce até hoje. Quais são suas principais atividades como tesoureiro da DSA? As principais atividades são: estabelecer estratégias financeiras, legais e contábeis; manter operações da Igreja de maneira sustentável em cada país e zelar pela integridade dos recursos financeiros e organizá-los para seguirem os destinos para os quais foram doados e devolvidos. Somos uma Igreja, e o testemunho também se faz sendo íntegros e transparentes no uso e registro dos recursos financeiros, isso em todas as áreas: igrejas, educação, publicações, indústrias, hospitais, ADRA etc.

O que você tem a dizer sobre a fidelidade dos membros da Igreja? A fidelidade de um membro está muito associada à vida espiritual que ele tem com Deus. O desafio sempre é trabalhar para que a pessoa cresça espiritualmente. Observa-se claramente que quando a pessoa se envolve com as coisas da Igreja, ela se torna mais fiel. IMAGEM: ARQUIVO PESSOAL



Entrevista

Como Igreja, somos progressistas e visionários. Isso está em nosso ‘DNA’” Então aqui vêm as três palavras que resumem nossos esforços: comunhão, relacionamento e missão. Nessas três áreas temos concentrado recursos e projetos para levar as pessoas a entenderem o caminho para o céu de uma maneira simples e prática: comunhão com Deus, relacionar-se com as pessoas através de um Pequeno Grupo e testemunhar sobre sua fé para alguém. Por isso temos tantas iniciativas, para que a pessoa se encontre em alguma delas e se envolva. Fale sobre a influência que a fidelidade dos membros tem sobre o crescimento da Igreja como um todo. Como Igreja, somos progressistas e visionários. Isso está em nosso “DNA”. Queremos evangelizar o mundo. Sendo assim, imagine o tamanho de nossos projetos. Eles precisam ser maiores do que nós somos como seres humanos, como Igreja e nossa capacidade de execução. É aí que Deus atua: na nossa limitação. O dinheiro foi o meio criado por Deus para fazer a Igreja avançar e criar as condições materiais para essa realização. Precisamos de templos, escolas, universidades e escritórios, e o dinheiro resolve isso. Porém, Deus não se limita nessas questões, não se move por isso para cumprir Seu propósito de pregação. A fidelidade, importante para criar os recursos para a missão da Igreja, tem por objetivo principal trabalhar o caráter do ser humano. Quando isso for alcançado, o restante será automático. Haverá recurso suficiente.

As bênçãos de Deus sobre a Igreja são várias. Quais você considera destaques e que os membros precisam saber? A unidade é uma característica que temos tido no território da DSA e que tem feito a diferença. Unidade de propósito, trabalho e fé. De uma ponta a outra da América do Sul se vê isso. O crescimento da Igreja nesse território tem outra característica: Fidelidade. Temos sido abençoados com um crescimento de dízimos e ofertas acima do crescimento da economia em cada um dos oito países, mesmo naqueles que passam por desafios econômicos. Então, somente podemos dizer: obrigado, Senhor! O que a DSA pretende realizar a fim de aprimorar a tesouraria para 2015? Estamos concluindo a construção de um software de tesouraria da igreja local. Esse sistema trará mais facilidade de trabalho para os tesoureiros de nossas igrejas, transparência para o doador, segurança e unificação de processos. Como é um sistema via WEB, trará muito mais agilidade, qualidade de informações gerenciais e estratégicas, além de novos softwa-

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res para Educação, Publicações e controladoria nas Missões, Associações e Uniões. A tecnologia que precisa ser utilizada cada vez mais é fundamental para os controles, informações e a tomada de decisões. A ideia é deixar as máquinas cuidarem das coisas e as pessoas cuidando de pessoas.

O que é relevante dizer aos membros, tesoureiros e responsáveis pelas igrejas locais? O dinheiro é apenas uma ferramenta dada por Deus para um trabalho específico. Nunca um fim. Assim sendo, como membros que somos, precisamos entender o propósito de Deus em nos dar recursos. Não simplesmente transformar nossa vida temporal mais confortável, mas colocar-nos a serviço dEle. Os tesoureiros de igrejas locais e sedes administrativas, seja em que nível for, precisam ter a preocupação permanente de organizar os recursos financeiros da Igreja para a pregação. Isso precisa ser buscado com obstinado esforço. Essa é a coisa mais nobre a se fazer. Deixe uma mensagem para os leitores da Mais Destaque. A Igreja Adventista tem uma missão e uma mensagem: Ide (missão) e pregar sobre a volta de Jesus (mensagem). Mas isso não nos pertence, pertence a Deus. Somos os mensageiros comissionados. Isso pode parecer retórica, mas precisamos transformar em prática, objetivo de vida e razão da existência da Igreja Adventista. Debaixo desse conceito deve estar nosso foco e trabalho. O céu é a razão de tudo o que somos, temos ou fazemos. Pessoas, dinheiro, prédios. Tudo precisa estar organizado. Se assim compreendermos e vivermos, o céu ficará mais real e mais próximo. IMAGEM: ARQUIVO PESSOAL



Especial

e se jesus fosse papai noel? Ele não perguntaria o que você quer ganhar de presente nem te puniria caso demonstrasse mau comportamento durante o ano Por Vanessa Moraes

E

le é gorducho, tem cabelos brancos, barba cumprida, gorro, roupa vermelha e carrega nas costas um saco cheio de surpresas. A figura do Papai Noel se faz presente em milhares de anúncios publicitários em época de Natal. Inspira projetos sociais (doação de brinquedos para crianças carentes, por exemplo) e gera uma renda milionária para o comércio. Ninguém sabe ao certo quem inventou o mito do bom velhinho. Alguns dizem que ele é um produto de lendas pagãs e cristãs. Cientistas afirmam que sua origem foi inspirada em um bispo turco chamado Nicolau, que nasceu em 280 d.C., cujo caráter o induzia a ajudar os pobres, deixando saquinhos com

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moedas próximos às chaminés das casas. Outros ainda relatam que a aparência do Papai Noel ficou famosa no mundo inteiro por causa do ilustrador e cartunista americano Thomas Nast, que fez uma campanha publicitária da Coca-Cola na década de 1930, fixando no personagem as cores do refrigerante. Independente da origem, a lenda do Papai Noel ocupa o lugar de uma história verídica. O Natal, comemorado em 25 de dezembro, época do ano em que as pessoas estão mais solidárias, deveria ser um lembrete do nascimento de Jesus. Mas, já que essa chance é aproveitada anualmente pelo comércio, que propaga a figura do Papai Noel para crescer nas vendas, vale perguntar: “E se Jesus fosse Papai Noel?” IMAGENS: DIVULGAÇÃO



Especial diferenças

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Veja algumas diferenças entre o “Papai Noel terrestre” e o “Papai Noel celeste”:

Vem somente uma vez por ano

Desce pela chaminé sem ser convidado

Enche meias de presentes

Só presenteia quem se comportou bem durante o ano

Pune quem não foi bom menino ou boa menina

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Mora no Polo Norte

Anda em um trenó

Deixa que as crianças sentem em seu colo e peçam presentes

Pergunta seu nome

Pergunta o que você quer ganhar

Tem uma barriga grande

Te diz “Ho ho ho”

Tem ajudantes que fazem brinquedos Coloca presentes debaixo da árvore

IMAGENS:IMAGENS: DIVULGAÇÃO ULB


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Está sempre presente

Bate à porta do coração e aguarda ser convidado para entrar Supre toda e qualquer necessidade Derrama bênçãos para quem não as merece Perdoa e esquece, não importa quão longe você tenha ido

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Anda sobre as águas Deixa que as pessoas descansem em seus braços e ouve seus desabafos Sabia seu nome antes mesmo que você nascesse Oferece tudo o que você necessita

Tem um coração infinito

Te diz “Vem, descansa em mim”

Tem anjos que protegem as pessoas do perigo Tornou-se um presente ao morrer na cruz por você

O “Papai Noel celeste” sabia seu nome antes mesmo que você nascesse

Mora em todos os lugares

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Educação

sem H? Comissão de Educação examina novamente a data em que passará a ter validade o acordo de unificação ortográfica firmado pelo Brasil em 1990 Por Mayra Silva

*Nota

P

or volta do início de agosto deste ano, circulou um boato nas mídias e redes sociais de que o Senado estaria a ponto de aprovar uma nova ortografia da língua portuguesa. As especulações apontavam que “homem” seria escrito sem “h” (omem), “casa” com “z” (caza), “guerra” sem “u” (gerra), enfim. Mas isso não corresponde à atual ideia estipulada pelo Senado. Assim que o boato começou a repercutir, professores da língua portuguesa se manifestaram. Alguns diziam, nos comentários de veículos de comunicação que divulgaram a notícia, que a ideia era um absurdo e não fazia sentido. Outros, no entanto, gostaram, justificando que, com a mudança, os estudantes não teriam mais erros e dúvidas na hora de escrever. A ideia de que a língua portuguesa teria grandes mudanças não foi descartada, mas não foram apresentadas quais seriam, conforme alguns leitores disseram. Em nota*, o representante da Comissão de Educação, Saúde e Esporte, Cyro Miranda, explicou que a Comissão está examinando a data em que passará a ter validade o acordo de unificação ortográfica firmada pelo Brasil no início da década de 1990.

Esclarecimento sobre o Acordo Ortográfico 18/08/2014 Em resposta à demanda de professores de português, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte aprovou, no dia 1º de outubro de 2013, a criação de um Grupo de Trabalho destinado a propor a unificação ortográfica da Língua Portuguesa, conforme Acordo já firmado em 1990. Esse acordo entraria em vigor no Brasil em 1º de janeiro de 2013, mas o início da vigência foi adiado para janeiro de 2016, por decreto da presidente Dilma Rousseff. A unificação em questão terá que ser feita em comum entendimento com os demais países. Portanto, não há nada que senadores, a Comissão de Educação e até mesmo o Brasil possa fazer unilateralmente. Recentes notícias de que estaríamos a ponto de reformular a ortografia da Língua Portuguesa não procedem.

Senador Cyro Miranda (PSDB-GO), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte

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IMAGENS: CANSTOCKPHOTO/ DIVULGAÇÃO



Educação

A ortografia só será mudada quando passar por um processo burocrático estimado pelo Senado Contrapontos Existem uma Comissão e um Grupo de Trabalho que estudam as vertentes da língua portuguesa, além do projeto para propor e unificar a ortografia. Entretanto, para que esta seja aprovada, deve haver comum entendimento entre os países que admitem o idioma como língua oficial: Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Timor Leste, Portugal, São Tomé e Príncipe, além de outras regiões da África e Ásia. Ainda em nota, o senador explicou que “a comissão nomeada pelo Senado não tem poderes independentes” para fazer a alteração, e a ortografia só será mudada quando passar por um processo burocrático estimado pelo Senado. Mas o professor Luiz Cláudio Jubilato, especialista em Língua Portuguesa e Vestibulares e fundador e diretor do Criar Língua Portuguesa e Redação, diz que uma comissão capitaneada por um senador não tem competência para legislar sobre a Língua Portuguesa, justificando não ser assim que as coisas funcionam. “Criaram leis para homologar o acordo ortográfico, que era para entrar em vigor nos últimos três anos, e deu no que deu. Esse acordo foi discutido pelas academias de Letras do Brasil e Portugal, contudo, portugueses não aceitam mudar a grafia das palavras”, aponta Jubilato. Segundo o professor, o boato que surgiu neste ano sobre uma nova ortografia serve mais para chamar a atenção para a discussão do idioma em questão e criar polêmica do que propriamente definir normas ou impor regras. “Por esse ponto de vista, até podemos considerar como interessante o que o senador Cyro Miranda falou a público sobre o assunto”, opina Jubilato. “Uma língua evolui, muda o tempo todo, e as mudanças podem ocorrer naturalmente ou serem forçadas. Quando naturais, fazem parte do processo que o homem nem percebe. Se olharmos a língua portuguesa usada em 1500, por exemplo, pouco notaremos o português atual”, comenta Rafaela Lôbo, mestre em Linguística. Em 2009, uma nova ortografia entrou em vigor, sob a tentativa de unificar a língua portuguesa em diferentes países que a utilizam. De acordo com Rafaela, muitos não sabem, “mas a tentativa de unificação do português já ocorre desde 1907. De lá para cá, muitas mudanças forçadas ocorreram. É sempre um sofrimento para quem já está acostumado com uma estrutura. Nós, por exemplo, escrevíamos “idéia” e passamos a escrever “ideia”, sem o acento, mas para uma criança, já alfabetizada na nova estrutura, não há problemas. Isso porque a escrita é uma criação de padrão.” 24

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Aspectos importantes Os professores Julibato e Rafaela apontam alguns aspectos importantes sobre a ideia de um novo acordo ortográfico. Veja: - A Língua Portuguesa não está restrita ao Brasil, portanto, o que porventura possa “facilitar” a forma de escrever dos brasileiros não fará o mesmo com outros países que pertencem à Comunidade dos países que falam a Língua Portuguesa (CPLP); - As palavras e expressões, como as pessoas, trazem consigo a sua história. Essa historicidade tem tudo a ver com a grafia. Será muito difícil fazer um português escrever “fato” e não “facto”. Pior ainda, pronunciar “fato” e não “facto”.

Professor Julibato, especialista em Língua Portuguesa e Vestibulares

- É importante entender que essas mudanças são políticas. Nós, linguistas, não participamos da mudança de 2009, por exemplo. Ela foi assinada por Lula, o então presidente. Ou seja, foi só política. Porém, caso uma nova mudança venha, a efetivação dela dependerá das pessoas usarem ou não a língua na nova estrutura. Em 1986, a mesma lei que Lula sancionou em 2009 foi assinada por Sarney, mas ninguém usou, e a reforma não deu certo. Em 2009, os veículos de comunicação fizeram a alteração, e hoje a reforma é uma realidade; - Não vejo grandes ganhos em uma nova reforma, já que toda língua escrita é um padrão criado, que se aprende na escola. Também não vejo ganhos políticos ou econômicos e não acho que o “falante” tenha com o que se preocupar. Essa nova reforma não deve ser aprovada.

Professora Rafaela, mestre em Linguística

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO/ ARQUIVO PESSOAL



Saúde

Ela Conheça a doença que pode matar em até cinco anos após o início de seus sintomas Por Roberto Dias Batista Pereira, fisioterapeuta

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uitas pessoas viram, na TV e na internet, a brincadeira de jogar um balde com água gelada na cabeça. A ideia surgiu nos Estados Unidos e chegou ao Brasil por meio de celebridades, que realizaram o desafio. Essa movimentação teve um bom motivo: chamar a atenção para uma campanha de doação de recursos para uma associação que ajuda no tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA - ou ALS, em inglês), doença degenerativa que ataca as células do sistema nervoso central responsável pelos movimentos voluntários dos músculos. O físico Stephen Hawking foi um dos que tiveram a doença. De celebridades mundiais a pessoas anônimas. Muitas aderiram à campanha. Algumas delas foram Justin Bieber, Steven Spielberg, Lady Gaga, Justin Timberlake, Cristiano Ronaldo, Ivete Sangalo, Neymar, Fátima Bernardes, entre outros famosos. Mais de 28 milhões de pessoas postaram, comentaram e curtiram o assunto nas redes sociais. Mais de dois milhões de vídeos foram compartilhados. Nos Estados Unidos, a campanha conseguiu levantar mais de 62 milhões de dólares. No Brasil, apesar de muita gente ter aderido à moda, as doações foram bem mais tímidas, cerca de 250 mil reais para a Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (ABrELA), instituição fundada em 1998 por médicos brasileiros que queriam difundir mais informações e facilitar IMAGENS: CANSTOCKPHOTO/ DIVULGAÇÃO



Saúde orientações terapêuticas. A primeira iniciativa foi catalogar pacientes no território nacional. A ELA é uma doença neurológica que causa paralisia progressiva em praticamente todos os músculos esqueléticos, comprometendo a motricidade dos membros, fala, deglutição e, até mesmo, a respiração. Normalmente, os pacientes vivem de três a cinco anos após o início dos sintomas. Não há, em geral, comprometimento da consciência e inteligência. Os sintomas mais frequentes são: fraqueza ou cãibra muscular nos membros, contrações musculares espontâneas (fasciculações) no corpo, enrijecimento dos membros, fala comprometida e dificuldade para deglutir. Sabe-se hoje que a doença afeta cerca de dois a três casos para cada cem mil pessoas por ano. A enfermidade apresenta um grande impacto pessoal e socioeconômico. ELA sempre foi conhecida como uma doença “rara”, entretanto, chama a atenção pelo número crescente de novos casos. O sexo masculino é mais comprometido que o feminino em uma proporção de três para dois, e os brancos são mais afetados que os negros, com idade média de início dos sintomas aos 57 anos, sendo um pouco mais precoce nos homens. Cerca de 4 a 6% dos casos afetados são pessoas com menos de 40 anos. Embora a causa da doença não seja totalmente esclarecida, sabe-se que 10% dos casos têm origem por falha genética. Trabalhos epidemiológicos e experimentos com animais, sobretudo, concluem que a doença está relacionada à presença

Stephen Hawking foi diagnosticado com ELA aos 21 anos de idade

Sobre a ABrELA

Vitórias conquistadas Desde sua fundação, a ABrELA encontra-se atenta às principais necessidades dos pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Para melhorar a vida dessas pessoas, várias ações já foram registradas: Informações por meio de reuniões periódicas para pacientes, familiares e cuidadores e pelo portal tudosobreela.com.br; Direito ao acesso gratuito a medicamentos especiais por meio da Portaria Federal; Fornecimento gratuito do respirador domiciliar não invasivo (BiPAP), por meio das secretarias municipais de saúde; Mudança na Lei da Biodiversidade com possibilidade de estudo com célula-tronco embrionária.

de algum fator genético, e que sua expressão clínica estaria relacionada à exposição desse indivíduo, geneticamente marcado, a algum fator que desencadearia o processo de degeneração do neurônio motor. Esses fatores podem ser: processo inflamatório, exposição a agentes tóxicos (endógenos - do próprio indivíduo; ou exógenos - produtos do meio ambiente) e o histórico da atividade física. Atualmente, não há cura para esse tipo de esclerose. Entretanto, a doença pode ser tratada com riluzol, um medicamento que reduz a velocidade de progressão da doença, prolongando a vida. Outros medicamentos são utilizados para controlar os sintomas (tratamento sintomático). Já o cuidado multidisciplinar, desde o início, a partir do diagnóstico, é fundamental. Orientações de fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, enfermagem e assistência social possibilitam melhor qualidade de vida e aumento de sobrevida ao paciente.

O trabalho da ABrELA consiste no atendimento social, realizado por assistentes sociais. A organização possui diretoria voluntária, que é eleita de acordo com seu estatuto. Essa diretoria, juntamente com seu diretor fundador e idealizador, doutor Acary Souza Bulle Oliveira, define diretrizes e metas para o trabalho a ser realizado anualmente. A ABrELA é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) sem fins lucrativos. Isso significa que seus recursos devem ser aplicados na realização da missão a qual se propõe. Para tanto, a OSC sobrevive de doações de empresas, pessoas físicas, parcerias e eventos para captação de recursos realizados pelo grupo de voluntárias da Associação. Se você deseja ser um colaborador, pode fazer sua doação em dinheiro, material para escritório ou material para pacientes. Se optar pela primeira opção, pode depositar diretamente na conta da ABrELA: CNPJ 02.998.423/0001-78, Banco Santander, Agência 3919, Conta Corrente 130001906. Você também pode ser voluntário da ABrELA e participar dos projetos e ações que a OSC promove. Para mais informações, ligue para (11) 5579-2668 ou acesse abrela.com.br

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Comportamento

OFF-LINE Criatividade e inovação provêm dos momentos de lazer. Aproveite suas férias e desconecte-se do trabalho. Sua vida merece uma pausa Por Vanessa Moraes

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epois de um ano de trabalho, as tão merecidas férias chegaram. Você finalmente vai desfrutar daquela viagem internacional planejada há tantos meses. Já no avião, antes de sair do local onde vive, confere seu e-mail corporativo. Ao chegar ao hotel em que ficará hospedado, uma nova conferência. No primeiro passeio turístico pela cidade, mais uma checagem. O sinal de internet falha, a bateria do celular enfraquece e, para seu desespero, não existe tomada por perto para carregar o aparelho. Ao se ver perdido numa situação assim, é preciso assumir: você não consegue se desligar do trabalho. De acordo com uma pesquisa realizada pela 30

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agência turística Travel Republic, 52% das pessoas verificam e-mails de trabalho durante as férias, enquanto 26% os respondem. O público feminino se controla um pouco mais, já que 54% das mulheres têm esse comportamento, contra 58% dos homens. Dos entrevistados, 44% com idade entre 35 e 44 anos conseguem separar o trabalho do lazer, mas esse número cai para 29% quando se trata de pessoas com 45 a 54 anos. Se você se encaixa nesse perfil, saiba que precisa mudar de atitude. O especialista em gestão de empresas e consultor de carreira Maicon Putti conta que quando a pessoa se desconecta do trabalho nas férias e nas horas de lazer impulsiona sua criatividade e inovaILUSTRAÇÕES: CANSTOCKPHOTO


ção. “Podemos aprender no meio da natureza ou num outro ambiente totalmente atípico ao que vivemos, formas diferentes e melhores de produzir nosso trabalho. Por isso, sair, viajar, jogar, treinar e descansar são ações que trazem saúde ao homem e à mulher, e um profissional saudável rende mais em ideias, projetos e resultados”, explica Putti. Com exceção dos profissionais que precisam estar conectados 24 horas por dia para eventuais emergências, como os médicos, não se desligar do trabalho nos momentos de lazer não aparenta alguém melhor ou mais interessante. Se antes os workaholics (pessoas que trabalham demais) eram admirados por patrões e até mesmo por colegas de profissão, hoje o quadro é pintado por uma nova realidade. “Isso muda porque quantidade de trabalho não é qualidade. A eficiência não é medida pelo tempo que levo para gerar um trabalho e sim pela qualidade do serviço, resultados atingidos, entre outros fatores”, aponta Putti. Para o especialista, a forma como essas pessoas são vistas depende da perspectiva de quem as enxerga. Empresários focados em resultados, por exemplo, não veem quantidade e sim produtividade. Já aqueles focados em esforço valorizam muito o tempo dedicado à empresa. “O ideal é que as pessoas trabalhem exatamente dentro da carga horária que lhes foi proposta. Se houver mais demanda, ou o processo está errado ou é algo sazonal”, complementa Putti. De acordo com a psicóloga e consultora organizacional Meiry Kamia, é difícil desvencilhar-se do trabalho por causa dos perigos que podem surgir, como uma demissão. Em

Relaxe!

outros casos, é a busca pela resolução de uma situação incômoda. “Algumas pessoas acreditam erroneamente que pensar constantemente no problema ajuda a resolvê-lo, mas é um engano. O resultado é pior ainda. A ansiedade vira estresse, e este causa doenças físicas e/ ou psicológicas”, declara. Meiry argumenta que a contínua conexão do profissional com o trabalho interfere consideravelmente na vida pessoal. O indivíduo nunca sai com os amigos ou a família porque só se dedica ao emprego ou, quando sai, só fala a respeito de suas atividades ou do estresse que elas causam, isto é, tornam-se péssimas companhias. “Tudo o que é exagerado não é bom”, ressalta a psicóloga Meiry ao falar sobre até que ponto pode ser saudável substituir as férias pelo trabalho. É natural que uma vez ou outra surja uma situação de urgência, que fará com que o profissional se conecte ao trabalho mesmo enquanto descansa, mas é necessário atentar-se às questões de hábito. “Se virou costume ficar depois do expediente, então algo está errado.” O especialista Maicon Putti concorda com Meiry e acrescenta que uma pessoa é saudável quando há equilíbrio em todas as áreas da vida, ou seja, quando existe tempo para descansar, trabalhar, entre outros aspectos. Tudo depende da maturidade e do estilo de vida. “Em momentos de lazer, as pessoas devem assumir outra postura, que é a de descansar, aprender a relaxar e aproveitar com a família. Não posso ignorar que, ao descansar, lembrarei do trabalho, porém, o que eu decido nesse momento é que faz a diferença”, finaliza o especialista Maicon Putti.

Para aprender a aproveitar melhor as férias e os momentos de lazer, os consultores Meiry Kamia e Maicon Putti dão dicas que podem te ajudar:

• Busque o equilíbrio. Faça uma avaliação para saber quanto tempo está sendo investido em cada área da sua vida;

• Separe o que é prioridade e o que é rotina. Faça a sua parte com responsabilidade e controle a tendência de se sobrecarregar;

• Esteja 100% presente (corpo e mente) em seus compromissos. Se sua mente estiver em outro lugar, é autossabotagem;

• Prepare-se para sair de férias. Deixe a “casa” arrumada e saia em períodos que não comprometem a empresa;

• Aceite que não tem controle sobre as pessoas ou de tudo o que acontece em sua vida. Importe-se, mas sem estressar-se;

• Desligue o celular, esqueça as mídias e aproveite para recarregar as baterias para o próximo período de trabalho.

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Evangelismo

Conhecer mais sobre a Bíblia, princípios e filosofia de vida contribui para que não exista abandono de fé na Igreja

A

cada ano, um cálculo matemático precisa ser realizado em todas as igrejas. Não é um procedimento agradável de ser feito, mas, infelizmente, precisamos subtrair do número de pessoas batizadas aquelas que abandonaram a fé. Muitas teorias tentam explicar o motivo desse comportamento. O drama do abandono da fé não é algo novo, pois existe desde a saída do Jardim do Éden. As justificativas podem ser de cunho pessoal ou doutrinário. Lidar com as frustrações de um Deus imprevisível à nossa ótica finita, mas que sempre sabe

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o que faz, não é fácil. Em todo o meu ministério, acompanho diversas histórias com “razões” para deixar de lado Deus e Sua Igreja. Tenho sido cristão por toda a vida e constantemente Deus precisa me redirecionar em vários aspectos. E é melhor aprender, mais cedo ou mais tarde. Na trajetória cristã, existem alguns pontos que considero fundamental e que todo seguidor de Jesus deveria conhecer antes de ser batizado. E vale lembrar que sempre é tempo de aprender. Se você já foi batizado, é possível redirecionar a rota da sua vida e viver de acordo com o que Deus espera de você.

Na trajetória cristã, existem alguns pontos que considero fundamental, e que todo seguidor de Jesus deveria conhecer antes de ser batizado

Rafael Rossi é pastor e diretor de Comunicação da DSA

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO


Compreenda! Em nossa missão de pregar o evangelho, é importante certificar que as pessoas entendam cada um dos pontos a seguir:

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AMOR de deus O único aspecto que a Bíblia enfatiza mais do que o nosso dever de amar a Deus e as pessoas é o de que Deus nos ama. Ele nos ama primeiro e muito mais do que nós conseguimos amar. Deus não está no céu dizendo “eu te amo” quando você obedece e “eu não te amo” quando você peca. Ele não pode deixar de amar você (Romanos 5:8 e 1 João 4:16) porque Deus, em Sua essência, é amor (1 João 4:7-8).

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comunhão

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graça

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foco

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ele se importa

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unidade

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oração

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Guardião

A verdadeira motivação e o propósito de aprender, servir, adorar, doar, meditar, orar e testemunhar é desenvolver um relacionamento mais próximo e apaixonado por Deus. A partir daí, amaremos mais as pessoas (Mateus 22:36-40). Isso pode ser resumido em uma palavra: comunhão.

Somos salvos pela graça. Isso significa um favor que não merecemos, mas que Deus, em Seu infinito amor, nos fez. Além disso, cada cristão deve crescer na graça também. Uma armadilha comum para os novos conversos e para quem está em crescimento é tentar limpar a vida sem a ajuda de Deus. Esta é uma equação falsa: quanto menos você peca, menos precisa da graça de Deus. Não há como pecar menos e amar mais sem a força da graça de Deus.

amar as pessoas Relacionar-se com Deus é viver de acordo com o plano dEle para a humanidade. Encontramos isso no Grande Mandamento (amar a Deus e as pessoas) que resume aqueles dez de Êxodo 20:3-17. Todos eles estão em vigor ainda em nossos dias. É preciso também obedecer a Grande Comissão (ir e fazer discípulos em todos os lugares). Geralmente, cristãos novos são entusiasmados e costumam fazer isso. O problema aparece com o tempo de jornada cristã, quando o fervor e a motivação já não são mais as mesmas. O desafio é levar as pessoas a Jesus amando-as (1 Coríntios 13:1-3). Ame aquelas que estão à sua volta e aja porque você é um cristão. Não faça isso apenas porque você quer que elas sejam cristãs também.

Mantenha o seu foco em Jesus, Sua cruz, ressurreição e reino. Nenhum outro “líder religioso” é igual a Ele, porque Jesus é Deus que se tornou homem. Ele é o centro de toda a vida e da criação.

Deus preocupa-Se com a sua vida inteira e não apenas com a parte espiritual. É um erro pensar que Deus está apenas preocupado com um lado da sua vida, chamada popularmente de “alma” ou “espírito”. Ele se importa com sua vida pessoal, emocional, social, familiar, financeira, física, profissional, intelectual, entre outros aspectos.

Ame cristãos que frequentam diferentes igrejas (ou que não frequentam nenhuma) e que não são como você. Infelizmente, muitos se veem como melhores ou mais queridos por Deus por seguirem a verdade ou serem mais corretos. Essa é uma atitude orgulhosa e pecaminosa, que entristece Jesus e desmembra Seu corpo. Esforce-se pela unidade no corpo de Cristo por meio da oração humilde pelos outros cristãos.

Ore com a Bíblia aberta. Entre as disciplinas espirituais (como jejum e serviço), as duas mais importantes são a comunicação e comunhão com Deus por meio da oração e do ouvir através das Escrituras.

Encontre um cristão experiente para ser o seu mentor em termos de desenvolvimento espiritual. Você vai precisar de ajuda e incentivo nessa jornada com Jesus. Peça a um cristão mais antigo para orientá-lo. Procure alguém que viva como um discípulo.

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aprendizado O cristianismo não é uma lista de itens que precisam ser seguidos. Trata-se de uma vida. Um novo cristão tem muito a aprender. No final, descobrimos que ajudar os novos cristãos na caminhada com Jesus será mais importante para você do que para ele.

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Perfil

A Referência de inclusão Menino, quase cego, virou referência em rádio, educação e inclusão Entrevista: Siloé Almeida | Texto: Mayra Silva

Os maiores presentes de Marco Aurélio são as histórias vitoriosas de seus ex-alunos Siloé Almeida é consultor e jornalista www.consulsiloe.com

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rua Icamiabas, localizada em Inhaúma, um dos subúrbios do entorno do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, não tinha asfalto. A comunidade da Fazendinha ainda não era dominada por traficantes no início dos anos 1960, mas tinha outros problemas: precariedade no saneamento básico, esgoto a céu aberto, carência de hospitais na região, entre outros fatores. Nesse cenário, em setembro de 1961, nasceu um menino com catarata congênita e glaucoma secundário nos dois olhos. As três primeiras cirurgias, até 1965, agravaram ainda mais o quadro. Marcus Aurélio Carvalho ficou cego do olho direito. Desde 1969, usa uma prótese no lugar do globo ocular e passou a ter apenas 10% de visão no olho esquerdo. “Mesmo com todos os desafios, levando em conta o cenário em que nasci, não posso reclamar da minha infância. Me diverti muito! Claro que eu sabia que tinha desvantagens nas competições, mas isso nunca me abateu”, lembra Carvalho. No rádio, ele é Marco Aurélio Carvalho. Ou simplesmente Marco Aurélio. Em 1984, o diretor da Rádio Tupi disse que Marcus Aurélio não soaria bem no ar. Mas ele chegou ao meio de comunicação rompendo barreiras: foi o primeiro repórter esportivo com deficiência visual no Brasil, em emissoras de grande porte, atuando nessa função na Rádio Tupi do Rio de Janeiro, de 1984 a 1992, ano em que foi promovido a apresentador. Em pouco tempo, o menino apaixonado por rádio, que esticava antena no quintal de casa para ouvir emissoras de todo o mundo, virou referência na comunicação. Foi apresentador da Tupi (até 1996), da Rede CBN (de 1996 a 2002), da Rádio Globo Brasil (de 2002 a 2012) e é, atualmente, apresentador da Rádio MEC AM, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). “Apaixoneime pelo rádio porque nós, deficientes visuais, entendemos esse meio de comunicação como nossa janela para o mundo”, comenta o jornalista. Na infância, ousava ao sonhar também que dirigiria uma rádio. Sonho? Marco Aurélio foi gerente executivo da Rádio Globo AM de São Paulo, de 2007 a 2012. Em sua gestão, a emissora foi líder destacada entre as de programação não-musical (as talks) da capital paulista, mesmo concorrendo com rádios que transmitem simultaneamente em AM e FM. Em 2007, quando deixou a Rádio Globo Rio de Janeiro para se transferir para São Paulo, a emissora carioca ainda era líder das talks na média geral do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE). Em 1990, o radialista desIMAGENS: ARQUIVO PESSOAL



Perfil cobriu outra grande paixão: dar aulas. Desde então, viaja uma vez a cada três meses para diferentes regiões do Brasil e, em média, uma vez por ano para outros países. No exterior, já deu aulas na BBC, em Londres (14 a 26 de julho de 2004); na Deutsche Welle, Alemanha (23 de outubro a 5 de novembro de 2005); em Guiné-Bissau (de 13 a 20 de março de 2006) e em outros 24 eventos internacionais. Hoje em dia, Marco Aurélio acorda às 5h e chega à emissora às 6h15 para colaborar com a pré-produção do programa “Todas as Vozes” e checar as notícias do dia. Ele sai da rádio por volta das 13h. Logo em seguida, o jornalista vai cuidar das atividades da União e Inclusão de Redes em Rádio (Unirr) e dos media trainings. Em suas palestras sobre rádio, Marco Aurélio faz uma atualização do jornalismo para vários profissionais da comunicação, além de desenvolver media trainings para grandes jornalistas, gerentes de empresas e outros executivos. Os maiores presentes dele são as histórias vitoriosas de seus ex-alunos. “Muitos eram vistos como pessoas sem perspectivas, que não acreditavam neles mesmos. O que faço é utilizar o rádio e outros meios de comunicação para motivar os estudantes e ativar neles, e com eles, a confiança de que podem construir histórias vitoriosas.” Jornada acadêmica e profissional

Marco Aurélio foi aprovado para estudar em uma faculdade privada em 1980: o Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), mas seu pai não tinha recursos para pagar as mensalidades. Por isso, colegas de universidades iniciaram um movimento para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aceitar a transferência dele, na virada de 1980 para 1981. E conseguiram. A solidariedade dos colegas e a persistência de Marco Aurélio e sua mãe foram decisivas para a sensibilidade dos dirigentes da universidade pública. Em agosto de 1981, a primeira chefe de Marco Aurélio, na Rádio Roquette Pinto, tratou logo de avisar que, com o problema de visão, ele teria de ficar somente na redação de textos, pois não tinha como ler os conteúdos no ar com o papel colado no rosto, “que é como eu consigo ler, com uso de óculos especiais”. “Ela não fez por mal. Todos esses ‘nãos’ que ouvi, principalmente no início da carreira,

tinham o objetivo de me proteger, evitar frustrações. E reconheço que tenho limitações. Mas sempre busquei não criar para mim os limites que não tenho”, pontua Marco Aurélio. Dois meses depois, em outubro de 1981, o jornalista já estava no ar, no plantão esportivo da Roquette. “Os ‘nãos’ sempre me serviram como impulso.” Como repórter de esportes da Tupi, Marco Aurélio usava uma lupa para tentar enxergar o jogo e complementar as informações do narrador. “Não era fácil, pois a lupa fecha o campo visual. Nos lançamentos longos dos jogadores, eu ficava procurando a bola”, revela o jornalista. Marco Aurélio diz que, depois que essa primeira fase passa, e você começa a ser percebido por seu trabalho, e não pela deficiência física, tudo fica mais fácil. “Como digo para os meus alunos: ‘Não se assustem com o começo. Lutem com garra, paciência e diplomacia’”, conclui. De todos os programas de rádio que apresentou durante os 33 anos de sua profissão, o “CBN Total” (1998 a 2002), o “Bola em Jogo” (debate esportivo da Tupi, que apresentou de 1992 a 1996) e “Todas as Vozes” (programa que apresenta na MEC AM) são os que mais agradam Marco Aurélio.

Como digo para os meus alunos: ‘Não se assustem com o começo. Lutem com garra, paciência e diplomacia’”

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Pé na estrada Antes de viajar, saiba escolher o melhor destino para suas férias Por Vanessa Moraes

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om o final do ano às portas, chegam as férias. Nesse clima de descanso, planejar viagens entra na lista de afazeres anuais. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo, brasileiros com renda mensal de até R$ 2,1 mil aumentaram a intenção de viagem de 8,8% para 17,9% em 2013. O aumento de interesse nas viagens pode ser atribuído aos preços acessíveis e atraentes pacotes turísticos das agências. Mas, antes de pôr a mão no bolso, certifique-se de que o local a ser visitado suprirá suas expectativas. Saiba escolher o destino da viagem e pesquise os melhores pacotes. Veja as dicas:

Clima Consulte as condições climáticas dos lugares que você avalia conhecer. O excesso de calor ou chuva pode estragar suas férias. Não vale à pena viajar para a praia se o lugar apresenta risco de tempestade, nem visitar pontos históricos em condições adversas.

Sozinho ou em família? Viajar sozinho é diferente de levar a família toda. No segundo caso, antes de escolher um destino, avalie as preferências de todos para que a viagem supra expectativas comuns. Se houver crianças, pense em lugares em que poderão brincar e se divertir.

Comida x idioma O Brasil possui milhares de dialetos, mas é possível se comunicar com todo mundo. Já no exterior, diferenças culturais, comida e idioma podem ser fatores determinantes para escolher um destino. Pesquise se a gastronomia local te agrada. E o idioma não deve ser empecilho, pois em qualquer lugar do mundo o brasileiro dá o seu famoso “jeitinho” de se comunicar.

Orçamento Conheça-se Pense em suas preferências. Praia ou campo? Frio ou calor? Responda essas perguntas para planejar suas férias. É estressante gastar dinheiro andando pelo Museu do Louvre (França) se você odeia história da arte e só quis fazer o passeio para dizer aos amigos que viu a Monalisa.

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Outro fator relevante é pensar no orçamento que você dispõe para a viagem. Decida quanto quer ou pode gastar e, então, procure ofertas dentro desse valor. A internet é uma ótima ferramenta de busca para comparar preços. Se o orçamento for pequeno, planeje alternativas econômicas e escolha lugares em que a moeda local é mais barata.

IMAGENS: canstokphoto


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NOVA YORK

CHICAGO, WASHINGTON

CONFERÊNCIA GERAL,

IMERSÃO NA HISTÓRIA

AUSTIN E DALLAS

CONFERÊNCIA GERAL,

PACOTE ECONÔMICO

viaje conosco!

CALIFORNIA

CONFERÊNCIA GERAL, LAS VEGAS, GRAND CANYON

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CONFERÊNCIA GERAL

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DIVERSÃO COM A FAMÍLIA

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Profissão

Engenharia Para desenvolver as atividades de um engenheiro civil, é preciso ter sólidos conhecimentos práticos e teóricos Por Eduardo Wohlers, engenheiro civil da Associação Paulista Leste (APL)

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xiste um vasto e promissor mercado de trabalho para o engenheiro civil. Ora aquecido, ora retraído. Mas vive um bom momento, muito embora sempre vinculado diretamente à situação econômica do país. Esse mercado de trabalho vem crescendo no Brasil graças à forte expansão da construção civil e de obras de infraestruturas. Uma das alavancas para a profissão é o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), programa “Minha Casa, Minha Vida”, as Olimpíadas e outras ações vinculadas ao governo federal, que abriu muitos postos de trabalho em todo o Brasil, em várias áreas. O engenheiro civil pode trabalhar em construtoras, empreiteiras, escritórios de projetos e cálculos, assessoria, órgãos públicos, indústrias, setor privado, bancos, entre outros segmentos. O campo de atuação é muito abrangente. O profissional está capacitado e habilitado para projetar, gerenciar e acompanhar todas as etapas de uma construção ou reforma, de obra residencial, comercial ou industrial. Pode ainda projetar, calcular, construir e operar edificações e infraestruturas, como edifícios, rodovias, aeroportos, pontes, ferrovias, hidrovias, barragens e portos. Dessa forma, a atuação desse profissional inclui a análise da qualidade do solo e a definição do tipo de fundação, o estudo da insolação, iluminação e ventilação e ainda projeta a específica rede de instalação elétrica, hidráulica e saneamento. Já no canteiro de obras, supervisiona o desenvolvimento da obra e gerencia as equipes de instalação, montagem, operação, reparo e manutenção, controle de qualidade e segurança. Efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres técnicos. Habilidades profissionais

Para desenvolver as atividades de engenharia civil, é preciso ter sólidos conhecimentos em Ciências Exatas, Informática, capacidade de planejamento, facilidade de trabalhar em equipe e junto ao cliente, responsabilidade, 42

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aria Civil concentração, atenção, otimismo e perseverança. Também é preciso ter carisma para trabalhar com pessoas, especialmente operários de obras, além do principal: saber observar e entender a obra como um todo. Como trabalhar para a Igreja?

Sempre faltam bons profissionais. São poucos os que se interessam em trabalhar para a Igreja em tempo integral, porque a remuneração, dizem eles, é muito baixa e sem perspectivas de carreira e ascensão profissional. Outro fator determinante é a vocação. O profissional de Engenharia precisa “querer e gostar de trabalhar para Deus”, e nem todos têm esse perfil. Hoje, com os cursos de Engenharia Civil e Arquitetura oferecidos pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho, talvez no futuro essa tendência mude. Quem trabalha no ramo de Engenharia Civil precisa ter alguns cuidados, como a consciência da responsabilidade que deve ter quando projeta e executa uma obra, porque trabalhamos com segurança e para o bem-estar das pessoas. Além disso, ter bom conhecimento técnico, ser organizado, ético e cuidar das normas técnicas e de segurança da obra. Para um engenheiro, é muito triste ver uma obra que desabou e matou “X” pessoas, porque profissionais foram negligentes no projeto e na execução da obra. O engenheiro precisa ter uma percepção muito clara do alcance social do trabalho que desenvolve na sociedade. O engenheiro civil e o mestre de obras também trabalham juntos. E para que o projeto inicial seja finalizado da melhor maneira possível, um dos segredos é o engenheiro conversar muito com o mestre de obras. Esse profissional, geralmente, tem muita experiência acumulada e sabe como executar um serviço com qualidade. Normalmente, é o homem de confiança do engenheiro na obra. Ele tem responsabilidade de fazer cumprir a execução do projeto e cuidar dos materiais e operários da obra.

Na organização Adventista, o estudante pode trabalhar em qualquer escritório administrativo. Pode executar projetos de construção, reforma e manutenção de igrejas, colégios, residências, prédios administrativos, acampamentos; fazer análise geológica do solo; projeto de terraplenagem; cálculo das fundações e estruturas; executar os projetos complementares de elétrica, hidrossanitários, telefonia, lógica, som e circuito fechado de televisão (CFTV). Pode também elaborar planilhas, relatórios e laudos técnicos; acompanhar e fiscalizar o andamento das obras em campo; definir, orçar e comprar os materiais que serão utilizados nas obras; contratar e fiscalizar os profissionais que executam os serviços; definir, orçar, comprar e instalar equipamentos para o funcionamento do prédio; enfim, fazer a gestão da construção como um todo. Ainda pode prestar assessoria para compra e venda de imóveis, junto à administração, e atuar na engenharia legal e imobiliária. Bacharelado em Engenharia Civil

A Igreja Adventista, através do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho, oferece o curso de Engenharia Civil para aqueles que desejam seguir essa profissão. O Unasp capacita o estudante que deseja seguir essa carreira a projetar construções para indústrias, habitações e transportes. Além disso, oferece a oportunidade de o aluno conhecer os processos de produção dos materiais utilizados no dia a dia do engenheiro civil. O estudante sabe disso através de visitas dirigidas a empresas e instituições. No Unasp ainda existem projetos de extensão que estimulam a prática profissional, como cursos básicos de programação e softwares das novidades tecnológicas no mercado de trabalho. Há também os projetos sociais, nos quais os alunos prestam serviço à comunidade e apresentam soluções de moradia de baixo custo, entre outras informações. A instituição também disponibiliza laboratórios e infraestrutura ideais para o aperfeiçoamento das atividades práticas. Os alunos também podem participar de projetos reais de construção, por meio de uma agência júnior de engenharia. A duração do curso é de cinco anos, disponível no período matutino e noturno, com modalidade de oferta para bacharelado. Segundo o Ministério da Educação e Cultura (MEC) e Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), numa avaliação de 1 a 5, o conceito do Unasp, nesse curso, é 4.

Eduardo Wohlers é graduado em Engenharia Agrimensura pela Faculdade de Engenharia e Agrimensura de Pirassununga (FEAP), desde 1982; Engenharia Civil pela Universidade São Francisco (USF), desde 1985; e pós-graduado em Avaliação de Imóveis e Perícias de Engenharia pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo (IBAPE), desde 2002. Natural de Bragança Paulista, São Paulo, frequenta a IASD de Vila Matilde, na capital, há 28 anos.Wohlers é casado e tem dois filhos.

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO/ ARQUIVO PESSOAL

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Breve virá

Falta pouco Até o papa fala sobre a volta de Jesus Por Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia

No dia 15 de outubro deste ano, o papa Francisco deu uma pausa nos trabalhos sinodais para se encontrar com cerca de 30 mil fiéis para a Audiência Geral. Antes de tomar a palavra, como sempre, o pontífice percorreu toda a Praça de São Pedro, no Vaticano, a bordo do seu papamóvel, para receber e retribuir o carinho dos peregrinos. Ao se dirigir a eles, Francisco discorreu sobre ‘a noiva à espera do seu noivo’, prosseguindo seu ciclo de catequeses sobre o tema da Igreja. Esta, explicou o papa, é o povo de Deus que segue o Senhor Jesus e que se vai preparando, dia após dia, para o encontro com Ele, como uma noiva para o seu noivo. E não se trata de simples retórica, mas são verdadeiras núpcias, porque Cristo, fazendo-Se homem como nós e tornando todos nós um só com Ele, com a Sua morte e ressurreição, desposou verdadeiramente a nossa humanidade e fez de nós a Sua esposa. ‘E assim estaremos sempre com o Senhor’. Essas palavras de São Paulo estão entre as mais belas do Novo Testamento’, disse o papa. ‘Palavras simples, mas com uma densidade de esperança muito grande’, prosseguiu Francisco, pedindo que a multidão repetisse três vezes essa frase. Já o livro de Apocalipse apresenta a Igreja como uma noiva preparada para o seu noivo: a noiva, porém, é apresentada não como simples indivíduo, mas como uma cidade, ‘a nova Jerusalém’ [...]. ‘Queridos irmãos e irmãs, eis, então, o que esperamos: a volta de Jesus’, disse o papa, perguntando, porém, se nossas comunidades vivem essa espera numa atitude calorosa ou de maneira cansada e resignada. ‘Estejamos atentos’, exortou o Pontífice, dirigindo-se à Maria, para que 44

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ela [sic] nos mantenha sempre numa atitude de escuta e espera, para participar um dia da alegria sem fim, na plena comunhão com Deus. ‘E assim estaremos sempre com o Senhor’, finalizou o papa, pedindo novamente que os fiéis repetissem mais três vezes essa frase”. (Texto extraído da Rádio Vaticana). Reino de Deus

Em meus tempos de católico militante da Teologia da Libertação, nunca ouvi falar na igreja sobre “volta de Jesus”. Falava-se muito em “reino de Deus”, que, no nosso imaginário utópico, seria “implantado” quando a justiça social, a igualdade e a fraternidade reinassem entre as pessoas. Nem preciso dizer no que deu nosso sonho, alimentado por um marxismo travestido de cristianismo. Por isso, considero interessantes as palavras de exortação do papa, para que seu rebanho se prepare para a volta de Jesus, uma mensagem tipicamente adventista (de advento = vinda). Oremos para que essa mensagem papal faça com que muitas pessoas despertem para a realidade da volta de Jesus e desejem se preparar para esse grande evento. Mas há um detalhe na fala do papa que destoa da Palavra de Deus e, infelizmente, leva seus ouvintes para uma direção equivocada: rogar à Maria que mantenha o povo “numa atitude de escuta e espera”. Em nenhum lugar na Bíblia lemos algo dessa natureza. O único para quem devemos orar é Deus, em nome de Jesus (João 14:13). Somente Ele, por meio de Seu Santo Espírito, pode nos manter vigilantes com respeito à volta de Jesus. IMAGENS: canstokphoto


Em 2013, papa Francisco também falou sobre a volta de Jesus Em abril do ano passado, “o papa Francisco, em sua habitual catequese semanal, continuou se aprofundando no símbolo da fé: o credo. Com uma Praça de São Pedro, mais uma vez, cheia de jovens e peregrinos, o papa dirigiu-lhes estas palavras: “Queridos irmãos e irmãs, bom dia! No Credo, professamos que Jesus ‘virá novamente na glória para julgar os vivos e os mortos’. A história humana começa com a criação do homem e da mulher à imagem e semelhança de Deus e conclui com o juízo final de Cristo. Muitas vezes, esquecemos esses dois polos da história e, sobretudo, a fé no retorno de Cristo e juízo final. Às vezes, não é assim, tão clara e forte, no coração dos cristãos. Jesus, durante Sua vida pública, refletiu muitas vezes na realidade da Sua última vinda. Hoje eu gostaria de refletir sobre três textos evangélicos que nos ajudam a entrar nesse mistério: o das dez virgens, dos talentos e do juízo final. Todos os três fazem parte do discurso de Jesus sobre o fim dos tempos, no evangelho de São Mateus. Em primeiro lugar, lembremos que, com a ascensão, o Filho de Deus levou para junto do Pai a nossa humanidade assumida por Ele e quer atrair todos a si, chamar todo o mundo para ser acolhido nos braços abertos de Deus, para que, no fim da história, toda a realidade seja entregue ao Pai. Há, no entanto, esse ‘tempo imediato’ entre a primeira vinda de Cristo e a última, que é precisamente o momento que estamos vivendo. Nesse contexto do ‘tempo imediato’, coloca-se a parábola das dez virgens (Mateus 25:1-13). São dez jovens que esperam a chegada do esposo, mas ele atrasa, e elas caem no sono. Ao anúncio repentino de que o esposo está chegando, todas se preparam para acolhê-lo, mas enquanto cinco delas, sábias, têm óleo para alimentar as próprias lâmpadas, as outras, tolas, ficam com as lâmpadas apagadas porque não o têm; e, enquanto procuram, chega o esposo, e as virgens tolas encontram fechada a porta que leva à festa nupcial. Batem com insistência, mas agora é tarde. O esposo responde: ‘Não vos conheço’. O Esposo é o Senhor, e o tempo de espera da Sua chegada é o tempo que Ele nos presenteia, a todos nós, com misericórdia e paciência, antes da Sua vinda final; é um tempo de vigilância; tempo em que devemos ter acesas as lâmpadas da fé, esperança e caridade, de ter aberto o coração para o bem, para a beleza e para a verdade; tempo de viver segundo Deus, porque não conhecemos nem o dia, nem a hora da volta de Cristo. O único que nos é pedido é estarmos preparados para o encontro – um lindo encontro com Jesus –, que significa ver os sinais da Sua presença, ter viva a nossa fé, com a oração. Com os sacramentos, ser vigilantes para não

dormirmos e não nos esquecermos de Deus. A vida dos cristãos adormecidos é uma vida triste. O cristão deve ser feliz, como Jesus era. Não durmamos! A segunda parábola, a dos talentos, nos faz refletir sobre a relação entre como empregamos os dons recebidos por Deus e o Seu retorno, quando nos pedirá contas de como os temos utilizado (Mateus 25:14-30). [...] A espera da volta do Senhor é o tempo da ação. Nós estamos nesse tempo, de frutificar os dons de Deus, não para nós mesmos, mas para Ele, para a Igreja, para os outros, o tempo de fazer sempre crescer o bem no mundo. E especialmente neste tempo de crise, hoje é importante não fechar-se em si mesmo [...]. Finalmente, uma palavra sobre o juízo final, no qual se descreve a segunda vinda do Senhor, quando Ele julgará todos os seres humanos, vivos e mortos (Mateus 25:31-46). A imagem usada pelo evangelista é a do pastor que separa as ovelhas dos cabritos. À direita são colocados aqueles que agiram de acordo com a vontade de Deus, socorrendo o próximo faminto, com sede, estrangeiro, nu, doente, preso. Penso em tantos estrangeiros que estão aqui na diocese de Roma: O que fazemos por eles? – enquanto à esquerda vão aqueles que não socorreram o próximo. Isso nos diz que seremos julgados por Deus sobre a caridade, sobre como O amamos nos nossos irmãos, especialmente nos mais frágeis e necessitados. É claro que devemos ter sempre em mente que somos justificados, salvos pela graça, por um ato de amor gratuito de Deus que sempre nos precede. Sozinhos, não podemos fazer nada. A fé é principalmente um dom que nós recebemos. Mas para dar frutos, a graça de Deus requer sempre a nossa abertura a Ele, a nossa resposta livre e concreta. Cristo vem para levar-nos à misericórdia de um Deus que salva. A única coisa que nos é pedida é para confiarmos nEle, corresponder ao dom do Seu amor com uma vida boa, feita de ações animadas pela fé e pelo amor. Queridos irmãos e irmãs, que olhar para o juízo final nunca nos dê medo, mas nos leve a viver melhor o presente. Deus nos oferece, com misericórdia e paciência, este tempo, para que aprendamos a reconhecê-Lo a cada dia nos pobres e pequenos. Comprometamos-nos pelo bem e sejamos vigilantes na oração e no amor. Que o Senhor, no fim da nossa existência e da história, possa reconhecer-nos como servos bons e fieis. Obrigado!” (Texto extraído do site Zenit, O mundo visto de Roma).

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Breve virá Lembranças de 1990 Lembro-me novamente de que, quando era católico (antes dos anos 1990), eu nunca tinha ouvido falar na segunda vinda literal de Jesus, porque, como disse anteriormente, a teologia dominante na América do Sul era a da Libertação, com sua pregação em torno de um “reino” de conquistas sociais. Ao mesmo tempo em que o papa fala sobre o retorno de Jesus (assim como seus dois antecessores), dá grande ênfase à observância do domingo. Resta saber como ele vai orientar seu rebanho sobre a maneira “como” o verdadeiro Cristo

virá, forma claramente descrita na Bíblia. E se esse Cristo vindouro reafirmar a crença no domingo como dia sagrado, em franca oposição à Palavra? E se ele “descer” à Terra e começar a proclamar a paz incentivando a união de todos sob a liderança de um (nos moldes do movimento ecumênico defendido pelo papa)? É interessante a menção do Pontífice à salvação pela graça, o que certamente agrada aos ouvidos protestantes, e há uma curiosa contradição nestas palavras de Francisco: “A história humana começa com a criação do homem e da

mulher à imagem e semelhança de Deus e conclui com o juízo final de Cristo”. Os dois papas anteriores afirmaram que a evolução é um fato e que, portanto, a história de Adão e Eva seria mítica. Se a história das origens (e da queda) é mitológica, por que deveríamos acreditar que o juízo final é fato, uma vez que ambos os eventos estão relacionados (como bem destacou o papa)? Sem dúvida, essa pregação de Francisco sobre a volta de Jesus é surpreendente, mas é preciso acompanhar atentamente os desdobramentos disso.

A pregação do papa sobre a volta de Jesus é surpreendente

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Empresarial

Como superar crises Antes de tomar qualquer decisão em seu negócio, peça a orientação de Deus

Todos nós passamos por crises, mas o que faz a diferença é a maneira como as enfrentamos Douglas Perez Barros é contador da Perez Barros Contabilidade douglas@perezbarros.com.br

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vida é cheia de altos e baixos. Existem momentos extremamente bons e outros terrivelmente difíceis. Um desafio que temos é saber aproveitar ao máximo os bons períodos e tirar lições e ensinamentos quando aparecem as crises. Mas como fazer isso? Precisamos ter equilíbrio para não nos empolgar quando tudo dá certo, assim como não entrar em desespero quando nada vai bem. Todos nós passamos por crises, mas o que faz a diferença é a maneira como as enfrentamos. Elas podem surgir por escolhas e decisões que tomamos ou por forças externas. Sendo assim, torna-se mais difícil controlá-la. Portanto, a primeira atitude a ser tomada é manter a calma. Em certa ocasião, o grande inventor Thomas Edison disse: “O primeiro requisito para o sucesso é desenvolver a habilidade de focar e aplicar sua energia física e mental ao problema que você tem na mão – sem se cansar”. Essa última parte da frase é a que mais me chama a atenção. Normalmente, quando temos um problema, dedicamos tempo, suor e energias para que ele seja solucionado o mais rápido possível e, muitas vezes, esgotamos nossas forças e acabamos ficando estressados. Dessa forma, quase sempre as decisões tomadas não são as melhores, o que faz surgirem mais problemas. Outro fator importante é ter atitude positiva em meio à crise. Manter a calma não é fácil, mas necessário para que você tenha o controle da situação. Uma atitude positiva contagia tanto quanto uma negativa. Por fim, eu diria que o elemento mais importante é ter confiança em Deus. Um dos meus clientes possui uma empresa de automação industrial, que atua no país há mais de 30 anos. Nos últimos anos, ela tem sofrido por decisões equivocadas e por causa da economia do país, que não mostra os melhores resultados. Ao apresentar a real situação da empresa, demonstrei-lhe que, de fato, o caso é extremamente delicado. Em meio ao desespero, ele me pergunta: “O que fazer?” Naquele momento, o que me

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Manter a calma não é fácil, mas necessário para que você tenha o controle da situação veio à mente foi falar que ele precisava manter a calma e confiar em um Deus que sabe tudo o que temos passado e que quer nos ajudar. Está cada vez mais difícil vivermos no mundo de hoje. Se não mantivermos equilíbrio para enfrentar momentos de crise e se não confiarmos em Deus, tudo se torna muito mais complicado de se resolver. Nos artigos anteriores não mencionei nada ligado à religião, mas quando falamos sobre decisões sérias, precisamos da orientação de Deus. Tenho visto empresários enfrentando graves crises, e eles precisam conhecer o maior e melhor remédio para seus problemas. IMAGENS: CANSTOCKPHOTO



Capa

Recepcionar clientes e receber visitas não é tão difícil quanto parece. Em caso de dúvidas, sorria. Esse é o primeiro passo para atender bem Por Vanessa Moraes

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S

e a primeira impressão é a que fica, que seja positiva e satisfatória. Nem todas as empresas ou instituições religiosas conseguem cativar o visitante pela primeira vez. Além disso, é comum ouvir relatos de pessoas que almejaram estar em determinado lugar pela segunda vez e histórias de outras que não passariam por lá nem de longe. O processo de conquista é simples e começa com um sorriso. A imagem de uma empresa está ligada diretamente ao atendimento que o cliente ou visitante recebe. Públicos interno e externo são alvos. O interno, de uma empresa, por exemplo, são diretores, líderes, gerentes, estagiários, colaboradores e voluntários. O externo inclui pessoas físicas e jurídicas, que procuram a empresa para utilizar seus produtos e serviços. Segundo Charles Lima, gerente da JCNet, uma empresa de informática, no atendimento ao público, o profissional tem a função principal de ajudar a resolver os problemas da pessoa. Ele deve:

informar Esclarecer dúvidas

Orientar

sorri, “Quando alguém camente ti a m to u a a rt e p s de eu melhor na outra pessoa s estado de ânimo” Para gerar um bom relacionamento, o recepcionista deve ter sempre um sorriso estampado no rosto. A seguir, saudar com um bom dia, boa tarde ou boa noite somam uma postura de educação, respeito e interesse. Logo após, o profissional deve fazer uma pausa para ouvir o cliente e, então, informá-lo e tirar suas dúvidas. De acordo com a psicóloga Maria de Lourdes, o sorriso causa um efeito desconhecido por muitos. “Estamos sempre em busca de valores, amor e reconhecimento. Quando alguém sorri para mim, automaticamente desperta o meu melhor estado de ânimo. Meu valor sobe e classifico frases do tipo: ‘ele (a) gostou de mim’. Nesse momento, meu coração se abre de forma positiva e me sinto amada”, explica. Bom atendimento

Saber recepcionar é apenas o início de um bom atendimento. É preciso mais do que simpatia para conquistar o cliente ou visitante, pois faz-se necessário oferecer um pouco mais do que ele espera quando procura sua empresa. Uma dica deixada por Lima é a apresentação pessoal do recepcionista.

Indicar opções e ajudar a tomar decisões

Filtrar Diagnosticar as necessidades do cliente

Amenizar Acalmar os ânimos e fazer esperar

Agilizar Evitar perda de tempo

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO/ ARTE SEVEN

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Capa de intimidade ou aparente falta de respeito para com o cliente. “Trate-os pelo nome e diga-lhes apenas senhor ou senhora, independente da idade”, resume. O profissional não deve interromper a fala do cliente. Além disso, não deve mostrar insegurança. Tudo o que diz deve indicar que ele realmente sabe o que fala. O “não sei” jamais deve ser dito. “Em caso de desconhecimento de qualquer informação, peça um instante ao cliente e procure a resposta para informá-lo”, destaca Lima. Ao encontrar um cliente insatisfeito com a empresa, a primeira providência é manter a calma. Em segundo lugar, é preciso acalmar o próprio cliente. Expressar empatia, isolar e resolver o problema podem ser a chave para confirmar sua futura satisfação. Na igreja

Um abraço é capaz de marcar na mente da pessoa que a igreja é um lugar bom para receber o que necessita

Não somente as empresas, mas as próprias igrejas também podem trabalhar para recepcionar bem os visitantes. Enquanto a empresa trabalha para conquistar clientes, a igreja opera para conquistar membros. Ao passar uma boa impressão, a visita poderá retornar sabendo que naquele local será bem-vinda e receberá atenção e apoio dos membros. A Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), por exemplo, possui um canal de TV, a Novo Tempo (184 na NET, 14 na SKY e canal aberto em algumas regiões do Brasil), que transmite esperança às pessoas. Por meio desse veículo de comunicação,

Ele deve estar bem trajado, ser agradável e mostrar interesse pelo trabalho que realiza. “Conheça as atividades realizadas por outros funcionários do seu setor, bem como da organização em geral”, aconselha. Lima também comenta que o recepcionista deve fazer com que as pessoas se sintam especiais, demonstre atitude positiva, entusiasmo e comunique mensagens com clareza. “Seus clientes querem ser ouvidos, compreendidos, atendidos e tratados de maneira justa, inteligente e personalizada”, alerta o gerente. Para desenvolver boas práticas de bom atendimento é necessário evitar certas situações. Uma delas é o uso de roupas provocantes, transparentes e ousadas. Isso traz uma imagem negativa, tanto da pessoa quanto da empresa. Roupas amassadas, sujas e muito informais também estão fora de cogitação. Charles Lima afirma que o profissional jamais deve chamar o cliente de “meu amor”, “meu querido”, “ei, amigo”, “meu ou minha filha” ou qualquer outra expressão que traga o mínimo IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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muitas passam a conhecer a denominação. Quando se interessam e decidem conhecer mais sobre a Bíblia, procuram a congregação mais próxima de casa, seja perguntando para vizinhos e amigos ou pesquisando no site www.encontreumaigreja.com.br. De acordo com a psicóloga Maria de Lourdes, as pessoas procuram uma igreja porque estão em busca de conforto, milagre ou bênção. “Ao ser bem acolhida logo na entrada é como se você estivesse dando a ela a certeza de que entrou no lugar certo e que irá encontrar o que veio buscar. Se você pergunta seu nome e lhe dá um abraço, ela já marcará em sua mente que ali é um bom lugar para receber o que necessita”, salienta. Ao entrar pela primeira vez numa Igreja Adventista, o visitante espera ser bem-recebido e informado quanto às atividades de que poderá participar. Já que ele conhece pouco ou quase nada sobre Escola Sabatina e cultos, precisa de alguém que o oriente. Sem uma recepção correta, o visitante pode não querer mais retornar. Para que isso não ocorra, é preciso estruturar um departamento de recepção e preparar pessoas para que saibam receber. Segundo o líder sul-americano de Comunicação da Igreja Adventista, pastor Rafael Rossi, não é necessário ter talento específico para isso. “É preciso abrir um sorriso e demonstrar que se importa com elas e com a salvação de cada uma. Simpatia e companheirismo cristão formam a base do bom recebimento”, declara o pastor.

há muito tempo, dar atenção especial às crianças, jovens e idosos e ser sempre amável é uma receita que vale muito a pena”, opina ela, que já conseguiu trazer um pai para a Igreja apenas porque tratou bem sua filha de 5 anos. “Eu sou professora do Jardim da Infância, um dos departamentos da Igreja. Quando recebi a Ana Clara, fiz com que se sentisse à vontade em meio às outras crianças. Ela

pediu para que o pai retornasse à igreja e, assim, ele se tornou um adventista.” Para Neiva de Jesus, que coordena há um ano o departamento de Recepção da Igreja Adventista do Jardim Marilena, em Guarulhos, São Paulo, saber acolher pessoas é primordial em qualquer lugar. Para não pecar nesse quesito, ela promove reuniões com a equipe de 16 pessoas, principalmente antes das semanas de

Experiências

Hélia Sanches frequenta a Igreja Adventista da Lapa, em São Paulo, e sempre gostou de recepcionar pessoas. Um de seus sorrisos atravessou a vida de uma senhora de 44 anos, ex-adventista. “Quando ela visitou nossa igreja, a recebi juntamente com o filho. Só porque a tratei bem e a orientei, ela resolveu voltar para a igreja e foi batizada novamente. A atenção que demos ao filho dela, em especial, fez com que quisesse voltar para a igreja”, relata. Sempre animada, Hélia crê que um sorriso é suficiente para conquistar. “Falar com a pessoa como se a conhecesse IMAGENS: CANSTOCKPHOTO

“É preciso abrir um sorriso e demonstrar que s e importa com a pessoa e sua sa lvação” REVISTA MAIS DESTAQUE

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Capa oração, em que há cultos todos os dias, para que tudo saia como planejado. “Peço que as pessoas venham bem-humoradas e que, ao receber uma visita, digam: ‘Você não vai se arrepender de estar aqui conosco’”, compartilha. Ao término de cada culto, Neiva pergunta se o visitante gostou da programação e aproveita para criar laços de amizade, convidando-o para que retorne no dia seguinte. “A maioria volta por ser bem-recebida. Tem aqueles que são incentivados por sorteios de brindes e outros que são motivados apenas porque ouviram sobre Jesus. No fim, tudo contribui para o mesmo objetivo”, lembra. A psicóloga Maria de Lourdes afirma que uma recepção ruim pode criar bloqueios na mente do visitante. Se ele

busca mudar de igreja, pode insistir mais algumas vezes, mas se a má experiência se repetir, desiste. “E caso consiga ficar, sua mente sempre se lembrará de que as primeiras vezes foram difíceis de se adaptar. Nossa mente tende a gravar mais profundamente os episódios desprazerosos”, explica. Há um ano, por meio da TV Novo Tempo, o aposentado Ronildo da Luz conheceu a Igreja Adventista. Natural de Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, havia passado por diversas denominações, mas em nenhuma delas encontrou o que procurava. Ao conhecer a Igreja, ele sentiu algo diferente. “Fui muito bem-recebido. Até hoje os irmãos me dão carona, recebo visitas e me sinto muito bem na casa do meu Deus”, declara Luz.

Para que sua igreja receba bem os amigos visitantes, tanto os que são convidados por membros quanto os que conheceram a Igreja Adventista através da TV Novo Tempo, veja algumas dicas: 1 Organize o Ministério da Recepção em todos os programas da igreja.

2 Assista e ouça a Novo Tempo para manter diálogo com aqueles que conhecem bem a programação. 3 Crie um ambiente amigável,

sente-se ao lado do visitante e explique toda a programação.

4 Aproveite o final do culto para estabelecer laços de amizade. 5 No culto de sábado, acompanhe o

visitante na Classe Bíblica ou Classe para Interessados.

6 Se a visita for a um culto jovem, explique sobre a informalidade. 7 Não fique explicando durante o andamento do culto. 8 Explique como funcionam os

departamentos da igreja local.

Hélia Sanches (à direita) cativa a todos com seu sorriso

Se os visitantes gostarem de tudo o que viram, podem ter interesse em retornar e até mesmo em frequentar sua igreja. Nesse caso, confira algumas dicas de como prosseguir: 1 Essas pessoas precisam

ser adotadas pelas duplas missionárias.

2 Convide-as para fazerem parte de uma classe de estudos da Bíblia. 3 Faça um contato no máximo

dois dias depois que a pessoa veio à igreja e agende uma visita.

4 Envolva-as em um Pequeno Grupo mais perto de sua casa. 5 Convide-as para programas especiais (Encontro de Casais, Desbravadores, musicais). 6 À medida em que começa a frequentar a igreja, precisa envolvê-las na classe do discipulado.

9 Anote todos os dados para que seja mantido um contato posterior. 56

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Seu direito

Micro e pequenas empresas Terceirização e redução de custos: vantagem para empresários

O empresariado brasileiro sabe que manter-se em crescimento e competitividade é uma luta diária

Fabio Ricardo do Nascimento é advogado em São Paulo (Autarquia Pública Municipal) fabio.nascimento@ adv.oabsp.org.br

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s micro e pequenas empresas são responsáveis por gerar 60% dos 94 milhões de empregos no país. Os dados são do Portal Brasil, site do Governo Federal. O empresariado brasileiro sabe que manter-se em crescimento e competitividade é uma luta diária. Para isso, as empresas podem fazer uso da terceirização de serviços para diminuir custos, obter qualidade e aumentar a produtividade da organização. Na terceirização, a agência tomadora de serviços contrata a empresa ou pessoa física para intermediar a prestação laboral, estando os trabalhadores a ela vinculados. A relação de emprego se estabelece com a empresa ou pessoa física, cuja atividade consiste em disponibilizar mão de obra para o cliente. Os custos podem diminuir? Sim. Por quê? Porque a empresa contratante não necessita manter uma estrutura permanente para a sua realização. Há redução dos encargos trabalhistas e diminuição dos riscos financeiros com a redução de custos fixos. E a qualidade? Geralmente, profissionais terceirizados participam com frequência de cursos, visando sempre a atualização e capacitação dentro das áreas de atuação, e a própria empre-

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EMPRESMEARCDEE e-COM

IN C . PRO GRAMAD O PROGRAMADOR R rS

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sa concentra todas as forças, no sentido de especializar-se, gerando com isso um produto/serviço de melhor qualidade. A produtividade é plausível, uma vez que a empresa direcionará seu foco no desenvolvimento de atividades voltadas ao seu negócio, gerando aumento quantitativo do produto/serviço. São passíveis do processo de terceirização as atividades do trabalho temporário (Lei nº 6.019/74), serviços de vigilância, transporte de valores (Lei nº 7.102/83), conservação e limpeza (Enunciado 331, I, TST), bem como a de serviços especializados que podem ser compreendidos como aqueles que necessitam de alguma qualificação técnica e podem ser contratados para auxiliar a empresa nas práticas jurídicas, administrativas, contábeis e financeiras, para que sejam evitados erros e fraudes. Ressalte-se que as atividades terceirizadas não devem ter relação com o ob-

jetivo principal da empresa. São vedadas quaisquer tentativas de terceirização com o intuito de disfarçar o contrato de trabalho. Se assim ficar caracterizado, a empresa (tomadora dos serviços, contratante) passa a ser responsável por todos os encargos trabalhistas decorrentes do reconhecimento da relação de trabalho ante a terceirização falsa ou enganadora, que gere problemas futuros. A saúde financeira da empresa prestadora dos serviços terceirizados, bem como o cumprimento das obrigações trabalhistas, devem ser acompanhados pela empresa tomadora/contratante, a fim de que não seja responsabilizada pelo pagamento dos funcionários quando não pagos pela empresa contratada. Terceirizar é um grande diferencial dentro da necessidade de redução de custos e aumento na qualidade e produtividade da empresa, porém, desde que bem assessorado em cada caso. IMAGENS: CANSTOCKPHOTO



FE

São Luís do Maranhão recebe 25º Encontro Nacional da FE Programação elege novos líderes para 2015 e dá a oportunidade para empreendedores divulgarem seus projetos Por Mayra Silva

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ntre os dias 25 e 27 de setembro, aconteceu o 25º Encontro Nacional da Federação dos Empreendedores (FE) Adventistas do Brasil, no Hotel Pestana, em São Luís, Maranhão. O evento recebeu aproximadamente 300 pessoas de várias regiões do Brasil. A FE é um movimento espontâneo que surgiu da disposição natural de empresários, executivos e profissionais adventistas que quiseram utilizar voluntariamente seus talentos, vocações e recursos para o cumprimento da missão estabelecida por Cristo e compartilhada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD). Com participação especial do pastor Alejandro Bullón, orador do evento, os empreendedores tiveram a oportunidade de apresentar seus projetos e explicar um pouco mais sobre o funcionamento dos mesmos. No final de cada apresentação, os participantes fizeram apelos para que as pessoas ali presentes conhecessem o projeto e, então, contribuissem para que seja colocado em prática. No momento musical, a programação contou com a participação especial do Coral Jovem do CASL, da IASD Central do Maranhão. No mesmo encontro, foi realizada a comissão de nomeação de novos líderes para 2015. O doutor Elias Morsh, que assumiu a presidência da FE nos últimos dois anos, vai liderar o grupo até dezembro deste ano. A partir de janeiro de 2015, Walter Di Pardi, ancião da IASD Central Paulistana, de São Paulo, assumirá a presidência da Federação. Nos últimos quatro anos, ele exerceu a função de Conselheiro da FE.

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“Quando me elegeram para assumir a liderança, fui pego de surpresa, mas, acima de tudo, acredito que foi um chamado de Deus. Que possamos atingir nossas metas estabelecidas, principalmente a de seguir incentivando e pregando o evangelho de Cristo, até a volta de Jesus”, comenta Di Pardi. “É um peso grande, uma responsabilidade tremenda, mas também um privilégio poder assumir esse legado. A história dos pioneiros da FE nos inspira e encoraja a seguir em frente, buscando alcançar nossos objetivos”, complementa. Di Pardi faz parte da FE há aproximadamente 12 anos. Para ele, de todas as programações, a deste ano foi a melhor. A FE e os eventos que ela promove contam com o apoio da revista Mais Destaque, Flytour Turismo e Acerola Comunicação. O 25º Encontro da FE teve o apoio, além dessas empresas, da Rede Novo Tempo de Comunicação, Casa Publicadora Brasileira (CPB), Gráfica Cristal e Gráfica Editora e Líder. O pacote de viagem para o Encontro foi organizado pela empresa Flytour, agência de viagens e turismo, líder em emissões de bilhetes da América Latina e a maior agência de business travel do Brasil. Em 2015, o 26º Encontro acontecerá em Manaus. A Flytour vai organizar novamente a viagem. Para mais informações sobre essa empresa e o próximo Encontro Nacional da FE, acesse: campanha.flytour.com.br/FE2015. O contato também pode ser feito através do telefone (11) 4617-9380 ou pelo e-mail: fe2015@flytour.com.br. IMAGENS: DIVULGAÇÃO



Fique por dentro/ APS

Marcha contra o abuso e a exploração sexual infantil Mobilização tem a participação de centenas de pessoas na região sul de São Paulo. Vítima de abuso fala sobre a importância da denúncia Por Danúbia França

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abuso sexual é a violência mais comum entre crianças e adolescentes no Brasil. No ano passado, o Disque 100, serviço de proteção a esse grupo, registrou 26.613 denúncias contra menores de 18 anos. Para coibir esse crime e proteger menores contra a violência sexual, o tráfico para fins de exploração, entre outros tipos de violação, existem diversos órgãos de defesa, além da promoção de ações públicas e comunitárias que orientam e incentivam a população no combate a essa prática. Vítima de abuso

Quando criança, Maria da Silva (nome fictício) fez parte dessa estatística. Aos três anos de idade, ela foi adotada por uma família. No início, a convivência parecia normal. No entanto, o que era para ser uma relação fraternal transformou-se em um pesadelo, que se estendeu por quase dez anos. No caso de Maria, os abusadores representavam o papel de pai e irmão. Segundo o psicólogo Edvaldo Rodrigues, o perfil desse tipo de abusador “pode ser uma pessoa agressiva, mas na maioria das vezes vai usar a violência silenciosa, ou seja, a ameaça verbal e, frequentemente, exerce a função substituta paternal, justamente para adquirir a confiança da criança”, explica. Aos 11 anos, ela tentou falar com a esposa do agressor, mas não foi levada a sério. “A pessoa que fazia o papel de mãe naquela ocasião não me ouviu e, a partir daquele momento, eu me vi sozinha”, declara. Com medo, e principalmente com vergonha, Maria calou-se por muito tempo. As consequências e traumas desse abuso vieram na adolescência. “Tive muita

“Existem pessoas que sabem de crianças que são abusadas e não fazem a denúncia. Elas não têm ideia do mal que estão fazendo para a sociedade” 62

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Desbravadores saem às ruas para alertar população contra esse crime

raiva dessas pessoas. Fiquei revoltada com tudo o que tinha acontecido. Foi muito difícil lidar com isso”, afirma Maria que, com o tempo, aprendeu a enfrentar o problema. “Eu consegui me libertar desse trauma. Aprendi a fazer com que isso não fosse algo fundamental na minha vida, que me impeça de seguir”, assegura. Hoje, casada e mãe, Maria assegura viver uma nova etapa da vida. Quando se lembra dos abusos que sofreu no passado, pede para que esse mal seja combatido. “Existem pessoas que sabem de crianças que são abusadas e não fazem a denúncia. Elas não têm ideia do mal que estão fazendo para a sociedade e futuras gerações. Existem vários meios para denunciar”, alerta Maria. Unidos no combate ao crime

Na zona sul de São Paulo, diversas ações marcaram o lançamento do projeto “Quebrando o Silêncio”. No bairro de Pedreira, a intenção dos grupos de voluntários foi fazer barulho e chamar a atenção da população para esse tipo de violência. Ao som de instrumentos, moradores foram alertados a respei-



Fique por dentro/ APS O projeto Quebrando o Silêncio” é um programa educativo, de prevenção e combate aos diversos tipos de abusos contra crianças, adolescentes, mulheres e idosos to desse tipo de crime. Fabiana Maria Batista é recepcionista e tem dois filhos. Para cumprir a jornada de trabalho, ela passa a maior parte do tempo fora de casa e se preocupa com a segurança e integridade das crianças. “A preocupação é grande, principalmente para nós que somos mães, donas de casa e temos que trabalhar e deixar o filho com alguém quando não está na escola. Essa ação dá mais força e confiança para a criança e o adolescente ter coragem de falar o que está acontecendo”, assegura. Nos bairros de Jardim Ângela e Nakamura, centenas de balões, revistas e folhetos, sensibilizando a sociedade para a proteção dos direitos das crianças e adolescentes, foram entregues em pontos de ônibus, comércios e nas casas. Além disso, pontos de orientações à comunidade foram montados em lugares de maior concentração de pessoas. Para o voluntário Gedil Nascimento, a campanha é um meio eficaz de prevenir e coibir esse tipo de violência. “As ações ajudam a combater o crime, porque as pessoas têm informações. Assim, elas podem recorrer a quem é de direito para solucionar o problema. O combate à violência começa primeiro com a informação”, afirma. No Jardim Santo Eduardo, foram distribuídos apitos, um meio de manifestação e denúncia contra esse tipo de crime. “O apito é uma forma que as pessoas têm de alertar se estiverem sofrendo uma situação de risco. É um meio de protesto para que a vítima se sinta segura”, explica Maria Teresa, organizadora da campanha na zona sul de São Paulo. Com faixas e cartazes alusivos ao projeto, a ação, que também aconteceu nos bairros do Jardim da Luz e Jardim do Colégio, teve o apoio de desbravadores e adolescentes, que também desenvolvem trabalhos regulares de conscientização com a comunidade local. Denúncias ao Conselho Tutelar

De acordo com Sandro Rosa da Conceição, conselheiro tutelar da subprefeitura de Campo Limpo, “na região do distrito de Capão Redondo, Campo Limpo e Vila Andrade, onde engloba a região de Paraisópolis, informação e denúncia de abuso sexual contra crianças e adolescentes chegam ao Conselho, em torno de sete a oito denúncias por semana”, certifica. Sandro ainda comenta que “entre as denúncias que chegam ao Conselho Tutelar, vindas do Disque 100, através dos municípios, de instituições e órgãos de proteção à criança e ao adolescente, na maioria das 64

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Crianças recebem revista ilustrada sobre combate ao abuso sexual infantil

vezes, os abusadores são o namorado ou o esposo da genitora. Nós também recebemos denúncias de que tios e avós cometem esse crime”, alega. Campanha “Quebrando o Silêncio”

O projeto “Quebrando o Silêncio” é um programa educativo, de prevenção e combate aos diversos tipos de abusos contra crianças, adolescentes, mulheres e idosos – grupo mais suscetível a esse tipo de violência. A campanha, que existe desde 2002, é promovida pela Igreja Adventista em oito países da América do Sul (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai) e trabalha, a cada ano, com um tema diferente. Em 2014, a ênfase foi dada à exploração e ao abuso sexual infantil. Em São Paulo, o projeto, que tem parceria com a rede de colégios adventistas, já reuniu milhares de pessoas no pátio do Trianon Masp, em boa parte da Avenida Paulista e em comunidades da capital. Sobre o Disque 100

O Disque 100 é um serviço de atendimento telefônico gratuito disponível em todo o Brasil. Além de receber e monitorar as denúncias, os profissionais desse serviço acionam outros órgãos de proteção à vítima de abuso, como os Conselhos Tutelares, e fornecem informações e dados que podem subsidiar políticas públicas e ações de enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes. A denúncia serve para combater o crime, ajudar a vítima e apontar o agressor. Portanto, é importante que o delator tenha consciência de que esse ato é fundamental e, em hipótese alguma, deve ser ignorado. IMAGENS: Marília Almeida



Fique por dentro/ ULB

relacionamento A Igreja Adventista na Bahia e em Sergipe utilizará, especialmente, o relacionamento para fazer discípulos Por Heron Santana

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om discípulos cheios de poder, o cristianismo surgiu disposto a levar adiante os ensinos propagados por Jesus Cristo. A expressão central dessa mensagem pode ser entendida pela orientação de Cristo para seus seguidores, propondo fazer discípulos de todas as nações (Mateus 28:18­-20). O discipulado é traduzido por meio de ações: ir, batizar e ensinar. O relacionamento é uma sugestão para o fortalecimento de vínculos na comunidade cristã, algo essencial no estilo de vida apostólico durante o florescimento da igreja primitiva. A principal contribuição da União Leste Brasileira (ULB) para a agenda do Relacionamento são os Pequenos Grupos. Nos estados da Bahia e de Sergipe existe a maior proporção desses grupos por número de fiéis em todo o Brasil. “Entendemos que os Pequenos Grupos são o espaço onde os fiéis podem se conhecer melhor e ter um relacionamento mais efetivo entre eles e a comunidade. Desse modo, contribuem para o crescimento espiritual das pessoas”, disse o pastor Osmar Borges, líder do Ministério Pessoal e Escola Sabatina (MIPES) para Bahia e Sergipe. Uma das pautas para a expansão dos Pequenos Grupos é o esforço, para que os líderes participem dessa iniciativa. Para isso, a sede administrativa da Igreja para a Bahia e o Sergipe tem procurado dar prioridade aos Pequenos Grupos de Pastores (PGPs). É a chance para que os líderes da Igreja percebam a importância desse estilo de vida para o crescimento espiritual dos fiéis e mobilização da Igreja para o cumprimento da missão. Para 2015, uma das novidades será a Bíblia dos Pequenos Grupos. Pelo menos 50 mil exemplares serão produzidos, a um custo acessível para os participantes. A Bíblia de Pequenos Grupos trará, junto com o texto das Escrituras Sagradas, as lições e materiais que poderão ser usados nas dinâmicas das reuniões nos lares. “A Bíblia dos Pequenos Grupos substituirá as lições que são usadas nesses encontros, uma vez que o material estará, definitivamente, junto com a Bíblia”, disse Borges.

A principal contribuição da União Leste Brasileira (ULB) para a agenda do Relacionamento são os Pequenos Grupos 66

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Bíblia dos Pequenos Grupos O objetivo será promover a aquisição da Bíblia de Pequenos Grupos (PGs), produzida pela Editora Palavra, para uso no território da União Leste Brasileira (ULB). Serão dez mil Bíblias, do valor de R$ 132 a um preço promocional de R$ 50. A Bíblia dos PGs terá, junto com as Escrituras Sagradas, as lições de estudo em Pequenos Grupos. Nas reuniões do Concílio de Administradores e Departamentais ficou definido que, em 2015, as lições dos PGs continuarão sendo distribuídas como são hoje em dia, mas com a divulgação da Bíblia do PG. Celebração dos Pequenos Grupos Outro item votado foi a aprovação de apoio para a realização da celebração de Pequenos Grupos nas Associações e Missões, que receberão atenção maior em 2015.

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO



Fique por dentro/ IAP

75 anos de história Instituto Adventista Paranaense realiza cerimônia especial de aniversário Por Carolina Perez

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primeiro dia de celebração, em comemoração aos 75 anos do Instituto Adventista Paranaense (IAP), foi marcado por homenagens e reencontros. Cerca de duas mil pessoas participaram da programação, realizada em 17 de outubro, na igreja do campus. O programa contou com a presença de servidores que fizeram parte da história do IAP em outras épocas, como o pastor Edmir de Oliveira, diretor do “Novo IAP” na década de 70, que também presenciou a transferência do instituto de Curitiba, Paraná, para Ivatuba, região norte do estado; o veterinário Ary Cândido, um dos primeiros servidores do IAP; o professor Irineu Rosales, diretor do IAP em Ivatuba, entre 1977 e 1983; e o professor Elizeu Prates Correia, diretor de 2010 a 2012. Cada um deles recebeu uma medalha, em reconhecimento aos serviços prestados à instituição. “Tudo o que temos hoje foi possível porque tivemos grandes empreendedores na direção desse colégio. Mas acima de tudo, tivemos líderes dependentes de Deus”, relata Gilberto Damasceno, atual diretor do IAP. De acordo com o pastor Edmir Oliveira, a dependência de Deus é a razão principal do progresso da instituição em todas as suas fases. “É imensa a gratidão de saber que o colégio ainda segue os princípios de encaminhar jovens para o serviço de Deus. É por isso que podemos ver progresso, mesmo em meio aos desafios atuais”, assegura Oliveira. O orador convidado para a abertura do programa foi o pastor e cantor Fernando Iglesias. Na ocasião, ele explicou que celebrar é importante, mas precisa-se manter o espírito de gratidão, mesmo em tempos de dificuldade. “Hoje, temos muito o que comemorar. Mas e quando tudo vai mal, realmente cremos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus?”, questionou. Uma programação especial para o ex-aluno, produzida pelo coral Canto Jovem, fechou o primeiro dia com muita música e recordações. Homenagens

Ainda em clima de gratidão, a programação de sábado iniciou com a apresentação musical do cantor Leonardo Gon68

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çalves e do cantor americano Wintley Phipps. A mensagem bíblica ficou por conta do diretor administrativo da Igreja Adventista para oito países da América do Sul, pastor Marlon Lopes. Ao relembrar os quatro anos em que atuou na administração do IAP, Lopes enfatizou a forte percepção da presença de Deus no campus, ainda na década de 80. “Vivíamos em uma época de transição da moeda brasileira, por isso, as dificuldades foram muitas. Neste momento, aprendi que, a exemplo de alguns líderes mencionados na Bíblia, como o rei Josafá, precisamos nos colocar aos pés de Deus e depender unicamente de Sua atuação”, disse. Entre os casais homenageados na manhã de sábado, estiveram o pastor Paulo Martini, acompanhado de sua esposa, Miriam Martini. Ele foi o diretor que ficou mais tempo na direção do IAP: de 1993 a 2003, totalizando dez anos de trabalho. Atualmente, Martini dirige o Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho. Até quem veio de longe se emocionou ao ouvir a história do IAP e os desafios contados por aqueles que fizeram parte dessa trajetória. “A escola está aqui porque muitas pessoas acreditaram e muitos tiveram fé. Isso é o mais bonito”, declarou Wintley Phipps, que realizou o último concerto musical da festa de celebração, no domingo, 19 de outubro. Gravação do DVD

Entre coralistas e ex-coralistas do Canto Jovem, cerca de 120 cantores participaram da gravação do primeiro DVD do coral do IAP. Além da grande estrutura montada, muitos profissionais se dedicaram para concluir o projeto. A equipe técnica foi composta por Maurício Magno, Priscila Magno Davinson Beger, Aline Beger, Ivonil Machado e Elias Sampaio. O diretor geral do DVD, maestro Fernando Campos (Filé), conta que a mensagem central é falar sobre “encontros” e apresentar uma nova perspectiva do jovem cristão. “Quando o aluno chega ao internato, se encontra com amigos e com Jesus. Ao sair, ele intermedia esse mesmo encontro entre Cristo e outras pessoas”, explica o maestro. A previsão de lançamento do DVD é para abril de 2015. IMAGENS: Equipe de Comunicação do IAP



Fique por dentro/ APlaC

Vamos orar antes da prova? Em Brasília, jovens adventistas foram para a porta de uma escola apoiar e orar pelos estudantes Por Liane Prestes

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m grupo de jovens da Igreja Adventista Central de Ceilândia Sul, em Brasília, encontrou no primeiro dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) uma forma de compartilhar esperança. Reunidos no portão do Centro de Ensino Médio 3, os voluntários abordaram os participantes, entregando uma barra de cereal e oferecendo oração. Uma pequena ficha também foi entregue para mostrar àqueles que desejassem, além da oração, outra forma de contato com o grupo, como uma visita ou estudo dirigido da Bíblia. Adriana da Costa passou pelo grupo com passos apressados e afirmou preferir chegar cedo para não perder a prova. Apesar da ansiedade, a vendedora que realiza pela terceira vez o exame, com o objetivo de cursar medicina em uma faculdade pública, atendeu ao convite para orar. Sob a tenda, uma oração rápida mudou a expressão de tensão no rosto dela, que afirmou estar tranquila depois que ouviu as palavras de apoio e confiança do grupo. “Fiquei muito feliz em receber o convite para orar. Tudo o que nos aproxima de Deus é bom. Tenho certeza de que vai fazer diferença lá dentro, na hora da prova”, compartilhou Adriana. A voluntária Vanessa de Morais disse ter um motivo a mais para participar da ação. Em setembro, ela realizou uma prova de concurso público e diz saber a importância que uma oração e palavras de apoio têm. “Eu já estive do outro lado e sei que a simples ação de orar pode fazer a diferença em momentos em que a pressão e a ansiedade atrapalham o rendimento na prova. E o mais importante é que a gente mostra para essas pessoas que Deus se importa com elas em todos os momentos”, conclui Vanessa. O grupo aguardou até o final do período da prova para o segundo tempo da ação. Um sorriso e um livro foram distribuídos e surpreenderam os olhares cansados de quem realizou quatro horas de prova. Um convite para o curso “Como deixar de fumar” também foi entregue como forma de aproximar, ainda mais, a Igreja da comunidade local. IMAGENS: Equipe de Comunicação da APlaC

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Fique por dentro/ UCOB

Preparando uma nova geração As escolas adventistas no Centro-Oeste crescem rapidamente e apresentam projetos inovadores

Programa de capacitação para professores

Por Raíssa Almeida e Deborah Lessa

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ducar é uma tarefa de grandes proporções na vida do ser humano. Ela vai além do período em sala de aula, pois o aprendizado reflete em todos os aspectos da vida. Nesse sentido, os pais precisam escolher bem a escola de seus filhos, pois ela será uma extensão do que é aprendido em casa. Essa é uma preocupação da Rede de Educação Adventista no Centro-Oeste do Brasil, que tem apresentado expressivo crescimento e conta hoje com quase 20 mil alunos distribuídos pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Distrito Federal. Desenvolvimento pedagógico

Um dos princípios da educação adventista é desenvolver a autonomia do aluno desde os anos iniciais. Diante desse desafio, a Rede Adventista da Associação Planalto Central (APlaC) possibilita aos alunos do Ensino Infantil ao 1º ano do Ensino Fundamental momentos diários, nos quais são incentivados a escolherem participar de atividades diversificadas. Isso

Um dos princípios da educação adventista é desenvolver a autonomia do aluno desde os anos iniciais 72

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IMAGENS: Equipe de Comunicação da UCOB



Fique por dentro/ UCOB Nos últimos cinco anos, o número de estudantes aumentou em 31%, o que representa quase cinco mil novos alunos

Projeto Autonomia no Centro Educacional Adventista Milton Afonso – Brasília (DF)

contribui para sua autonomia, ao estabelecerem as regras, assumirem as responsabilidades e consequências. Ao final, participam da autoavaliação, em que são incentivados a refletirem sobre as ações realizadas. Essa proposta incentiva o aluno a expressar suas necessidades, reconhecer pontos fortes e limitações, tornando-se gradativamente independentes. “Percebe-se que os alunos sentem prazer em realizar as atividades, convivem melhor com os outros e, pela reflexão, procuram mudar atitudes inadequadas”, explica a professora Laura Messias, coordenadora do projeto. A educação adventista da União Centro-Oeste Brasileira (UCOB) acredita na importância de um programa de formação continuada, envolvendo seus professores no decorrer do ano letivo. A APlaC, da qual fazem parte o Distrito Federal e Formosa (Goiás), há dois anos realiza encontros sistemáticos por disciplina, com mediação de um professor líder e o objetivo de promover o desenvolvimento profissional de cada educador. A partir dessa iniciativa, constatou-se maior integração entre os pares, propiciando momento de troca de experiências, es-

Escola Adventista do Setor Pedro Ludovico

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tudos e organização de projetos em rede. O programa favorece a formação dos professores recém-graduados, que são acompanhados e orientados pelos colegas mais experientes e professor formador. Incentivo ao crescimento profissional

Visando possuir sempre uma equipe de profissionais treinados e competentes, são oferecidos programas de capacitação para professores e funcionários, plano de formação continuada e investimento em pós-graduação para o corpo docente, gerando um plano de carreira, onde é acrescentado anualmente ao seu salário um percentual e, a cada título adquirido, um incentivo financeiro, o que estimula o professor a fazer um trabalho ainda melhor. Investindo no futuro

Nos últimos cinco anos, o número de estudantes aumentou em 31%, o que representa quase cinco mil novos alunos. Para atender a essa demanda, foi necessário colocar em prática projetos que ultrapassam o tradicional. Pensando nisso, a liderança das escolas adventistas no Centro-Oeste criou um fundo para a construção de uma nova escola por semestre. A arrecadação é direcionada para a reforma ou construção de uma nova escola. Assim, esperamos para o futuro adultos com pensamento crítico e boas atitudes, mas também cidadãos para a eternidade.

Escola Adventista de Cuiabá – Mato Grosso

IMAGENS: Equipe de Comunicação da UCOB


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Ambiente ideal de estudos O valor de uma biblioteca na Universidade Adventista da Argentina Por Departamento de Promoção Universitária da UAP

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om um campo tão grande para fazer pesquisas, é necessário ter cuidado para saber o que é verdadeiro ou falso. Pensando nisso, a Universidad Adventista del Plata (UAP) possui, em sua estrutura, uma das mais completas bibliotecas da região. Seu objetivo não é apenas a revalorização do livro como instrumento universal de conhecimento, mas também orientar alunos na busca correta da informação acadêmica. Para isso, a universidade oferece acesso a materiais de estudo correspondentes às 30 carreiras de título da UAP e possui produções literárias científicas e acadêmicas, de caráter exclusivo. Para os alunos, a Biblioteca Irving E. Mohr é um dos lugares favoritos no campus. O silêncio e o conforto oferecidos aos que frequentam o local, além da acessibilidade aos conhecimentos necessários para cada área, criam um ambiente ideal de estudos. “O aluno, às vezes, prefere canais mais rápidos de acesso à informação, mas aqui damos uma alternativa diferente, com organização e catalogação dos conteúdos, o que garante a precisão do conhecimento. Com o tempo, aqueles que aproveitam esse espaço percebem que essa iniciativa representa melhoria em relação à simples ação de cortar e colar conteúdos da internet “, diz Sérgio Becerra, diretor da biblioteca. O edifício tem alto nível de influência sobre a vida estudantil. Em qualquer hora do dia é possível ver grupos de jovens universitários e futuros profissionais concentrados em suas mesas individuais ou salas de estudo em grupo. A biblioteca também representa uma das peças mais valiosas da instituição durante o processo de acreditação acadêmica por parte dos organismos de educação do estado. Fundada em 1998, a biblioteca possui mais de 80 mil exemplares e três pisos repletos de literatura, além de uma coleção de 20 mil livros virtuais, que recebem mais de 35 mil visitas por ano. Trata-se de uma biblioteca de “prateleiras abertas”, o que significa que os interessados podem tirar os livros diretamente sem ter que solicitá-los com o pessoal da biblioteca. Também possui seu próprio sistema de catalogação por temas e itens, que podem ser verificados on-line através do site da universidade (www.uap.edu.ar), incluindo o sistema de empréstimos e devoluções. Outro diferencial em relação às bibliotecas comuns é que a da UAP possui um Centro de Investigação White. Com mais de três mil livros e documentos de grande valor para a reconstrução da história do adventismo no mundo, o ambiente busca facilitar a investigação, tanto da vida quanto dos ensinos da escritora norte-americana Ellen White. Dentro dessa área também funcionam um centro para a memória adventista, um pequeno museu relacionado com a história dos pioneiros e um sistema de consulta on-line e de assessoria à distância. 76

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IMAGENS: UAP



Fique por dentro

SEJA UM ATLETA DA FÉ Missionário promove 2º desafio ciclístico para brasileiros e estrangeiros Por Mayra Silva

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stão abertas as inscrições para o II Desafio Monte Caburaí. Trata-se de um projeto para atletas brasileiros e estrangeiros que querem pedalar o Brasil, de norte a sul, com saída da cidade de Uiramutã, próxima ao Monte Caburaí, localizada no estado de Roraima, até alcançar a cidade de Chuí, no Rio Grande do Sul. George Silva é adventista do sétimo dia e desenvolve um ministério independente chamado “Atletas da fé”. Silva diz que recebeu a missão de percorrer o mundo inteiro, com o alvo de atrair pessoas a Jesus por meio do esporte. Por essa razão, iniciou uma viagem para dar a volta ao mundo e já percorreu os seguintes países: Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Venezuela, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala, México e Estados Unidos. Neste último, percorreu o Texas, Louisiana, Mississippi, Alabama e Geórgia. Silva foi o único adventista do mundo a ir à 59ª Conferência Geral pedalando uma bicicleta desde o Brasil. O rapaz pretende continuar esse projeto pelo resto do mundo, até que percorra todos os países, deixando a sublime mensagem de que Cristo em breve voltará. “Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então recompensará a cada um de acordo com o que tenha feito” (Mateus 16:27). Para essa finalidade, e com o objetivo de arrecadar recursos para conseguir dar prosseguimento nas viagens missionárias de bicicleta, Silva criou o projeto ciclísti-

Cordilheira dos Andes - Próximo de Bucaramanga - Colômbia

co “Desafio Monte Caburaí”. Como o próprio nome diz, é uma atividade cheia de desafios, mas o idealizador avisa: “Quando um atleta pedala sozinho, corre-se vários tipos de riscos. Mas, como o desafio será feito em equipes, a segurança é reforçada”. Atletas do Brasil e exterior estão convidados a formarem suas equipes. Os convites foram enviados para a Itália, Espanha, Portugal, Estados Unidos, França e Inglaterra. As inscrições se encerram no dia 20 de dezembro de 2014.

Requisitos De acordo com Silva, para cumprir o desafio, os atletas devem possuir alguns requisitos. Veja: 1 - Ter disciplina, garra, coragem, força e fé para superar limites do corpo; 2 - Adquirir ou ter resistência física para pedalar de 6 a 10 horas por dia (100 a 200 km); 3 - Ter disponibilidade de tempo para realizar o desafio em 79 dias ou menos; 4 - Dispor de uma bicicleta, equipamentos e acessórios para o período da viagem; 5 - Ter recursos financeiros para pagar a viagem com sua bike até o Monte Caburaí (cidade de Uiramutã/Roraima); 6 - Custear as despesas com alimentação e pousada ao longo da viagem; 7 - Ter condições de fazer a reposição de peças da bicicleta durante o tempo da travessia; 8 - Pagar a taxa de inscrição de R$ 620 para atletas brasileiros e de US$ 300 para atletas estrangeiros. Para mais informações sobre inscrição e projeto, acesse: www.desafiomontecaburai.com.br

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IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL



Fique por dentro/ Empreendedores

Jubileu de prata Uma das primeiras gravadoras do Brasil a produzir um CD comemora 25 anos de história Por Vanessa Moraes

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Rhythm and Blues Comercial LTDA é uma empresa que nasceu em 1989 e iniciou suas atividades no mercado fonográfico com produção e comercialização dos antigos discos de vinil, chamado Long Plays (LPs), e fitas cassetes. Com o passar do tempo, esse tipo de mídia foi ameaçada pela chegada do revolucionário CD. Com uma nova frente de trabalho, a Rhythm and Blues se apresenta como uma das primeiras gravadoras do Brasil a produzir um CD. Outras tecnologias invadiram esse ramo de trabalho, fazendo com que a empresa também se especializasse em produção de DVDs musicais e Blu-Ray. Como se não bastasse, a pioneira também investiu na produção de materiais audiovisuais, como DVDs de filmes, documentários, desenhos animados, entre outros materiais. Trabalhar com novas plataformas foi um desafio que a Rhythm and Blues aceitou muito bem. Para que cada produção fosse realizada com perfeição, a empresa se especializou em Licenciamentos Internacionais e participou de feiras e convenções dentro e fora do Brasil, a fim de trazer ao mercado os melhores títulos possíveis. “Esse trabalho, junto às empresas videofonográficas internacionais, foi tão promissor que a Rhythm and Blues passou a sub-licenciar títulos para outras empresas parceiras do ramo audiovisu-

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al e até para canais de TV, gerando, assim, mais conteúdo no mercado nacional”, comemora Getúlio Rocha, diretor geral da empresa. Devido às produções e conteúdos elaborados pela Rhythm and Blues, a equipe de profissionais foi convidada para atuar em mais um segmento, a TV. “Hoje já está em andamento nossa parceria com a Rede NGT de Televisão, e estamos produzindo três programas nessa rede. São eles: Planet Kids, no segmento infantil, o Programa Empreendedores, voltado ao público empresarial, e um documentário infantil chamado ‘Thiaguinho, o Aventureiro’”, descreve Rocha. A Rhythm and Blues atua em várias frentes, incluindo estúdio de produção audiovisual, fabricação de CDs e DVDs e distribuição de produtos no atacado e varejo para diversos tipos de clientes, entre eles, magazines, livrarias e lojas especializadas em CDs e DVDs. Outra área de trabalho envolve a venda direta dos materiais produzidos, através de pontos próprios em locais estratégicos e alternativos, como bancas de jornais, lojas de conveniência e revistarias. “Temos também uma loja virtual que leva o nome de DVD Classics”, lembra o diretor. A Rhythm and Blues Records lidera um grupo de empresas, tais quais Rocha Soluções Integradas em Áudio e Vídeo, DVD Classics, Rocha Gospel e Rhythm and Blues License. Em 2014, a empresa celebra 25 anos de existência. “Queremos agradecer a todos os parceiros, clientes, fornecedores e colaboradores. A Rhythm and Blues comemora seu Jubileu de Prata com um histórico de muita perseverança, luta, dignidade e trabalho honesto, conjunto de valores que nos fez chegar em pé até aqui”, emociona-se Rocha.

A Rhythm and Blues se apresenta como uma das primeiras gravadoras do Brasil a produzir um CD IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL



Fique por dentro

Deus não é mago Papa defende as teorias do Big Bang e da Evolução e critica quem crê na Por Vanessa Moraes criação do mundo na maneira literal relatada em Gênesis

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IMAGENS: FREEPIK


teral. “Deus não agiu como um mago, com uma varinha mágica capaz de criar todas as coisas”, disse. Ainda em discurso, acrescentou que a criação do mundo “não é obra do caos, mas deriva de um princípio supremo que cria por amor”. Para o papa, o Big Bang, teoria que propõe a origem do universo através de uma explosão que ocorreu há 13,8 bilhões de anos, “não contradiz a intervenção criadora, mas a exige”. A Teoria da Evolução, defendida pelo cientista britânico Charles Darwin (1809-1882), garante que os seres vivos são mutáveis e se adaptam ao meio ambiente através da seleção natural. Essa teoria, para o papa, é verdadeira, já que “a evolução da natureza não é incompatível com a noção de criação, pois exige a criação de seres que evoluem”. “Ao cientista, portanto, sobretudo ao cientista cristão, corresponde a atitude de interrogar-se sobre o futuro da humanidade e da Terra; de construir um mundo humano para todas as pessoas e não para um grupo ou uma classe de privilegiados”, apontou a autoridade religiosa. Discrepância

mago” N

o dia 27 de outubro, o papa Francisco fez um discurso na Pontifícia Academia de Ciências, no Vaticano, onde afirmou que as teorias da evolução e do Big Bang não contradizem o criacionismo. Além disso, ele criticou a interpretação de quem lê o livro de Gênesis, que relata o início da criação e da história do mundo, de forma li-

De acordo com o jornalista e mestre em Teologia Michelson Borges, o papa Francisco, vez ou outra, provoca os que acreditam na criação segundo a Bíblia. “Esta é a primeira vez que, assim como fizeram Bento XVI e João Paulo II, Francisco defende abertamente a teoria da evolução”. Borges supõe que o pontífice pode não ter lido a Bíblia corretamente ou não entende o evolucionismo. “Dizer que ambos não se contradizem é promover um grande erro. Se a teoria da evolução estivesse correta, a morte seria elemento constitutivo da criação de Deus, uma vez que, até o surgimento do primeiro ser humano, outros milhões de organismos teriam morrido”, relata. O mestre em Teologia também defende que se a história dos primeiros capítulos de Gênesis não é literal, a morte de Cristo não teria nenhum sentido, já que o pecado não haveria ocorrido. Além disso, Jesus também não se referiria à Adão e Eva, bem como a Noé, como personagens históricos. “Que árvore da vida seria aquela prometida pelo Apocalipse aos salvos, se a mesma, apontada em Gênesis, fosse apenas um mito? Se o papa realmente crê no Deus todo-poderoso, por que não crer que Ele poderia ter criado a vida na Terra em seis dias? Faria diferença se Ele houvesse criado em seis horas ou seis segundos? Por que Ele dependeria do processo evolutivo? Por que depender de um processo que envolve sobrevivência dos mais fortes/aptos e morte de incontáveis indivíduos desfavorecidos pela seleção natural? Que Deus seria esse? Segundo a Bíblia, a morte é um inimigo que será finalmente destruído por Jesus, não um elemento constitutivo natural da criação”, explica. Ao falar sobre o Big Bang, Borges salienta que a teoria não é sustentada pela unanimidade absoluta. “Há quem discorde dela em bases científicas. E se houver no futuro uma reviravolta cosmológica, como ficará a igreja? Será que a igreja católica não aprendeu nada com o erro de defender o aristotelismo geocentrista? O fato é que cada vez mais aumenta a polarização entre o criacionismo bíblico e o evolucionismo teísta defendido pelo papa e outros religiosos”, conclui. REVISTA MAIS DESTAQUE

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Fique por dentro/ IAESC

IAESC comemora sete anos de existência Instituição contribui para formação acadêmica e espiritual de alunos Por Willian Vieira

Funcionários que já passaram pelo IAESC recebem troféu por reconhecimento

Coral Jovem em apresentação no IAESC

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área onde está localizado o mais novo internato adventista de Santa Catarina foi adquirida em 1997. São 72 hectares, às margens da BR 101, no município de Araquari. Durante anos, os esforços foram enormes e, em 2008, com a ajuda de inúmeras pessoas, o Instituto Adventista de Ensino de Santa Catarina (Iaesc) foi inaugurado. Poucas semanas antes do 7º aniversário, alunos, funcionários e pessoas ligadas ao projeto desde seu nascimento agradeceram a Deus durante um programa que ocorreu entre os dias 24 e 26 de outubro. Os internatos adventistas oferecem um ambiente em meio à natureza, distante de grandes centros urbanos. Nesses espaços, convive-se diariamente com professores e outros estudantes. Longe dos pais, quem estuda nessas instituições também precisa “tocar a vida” à sua própria maneira, precisando programar tempo para acordar, alimentar-se, estudar, trabalhar, divertir-se e descansar. Entre os convidados, o primeiro diretor da instituição, Laureci Bueno do Canto, compareceu e foi, junto a outros nomes, premiado com um troféu. “Quando nós chegamos aqui, em 2006, a sede administrativa da Igreja Adventista de Santa Catarina, que ainda não havia sido dividida, gerando a sede administrativa norte-catarinense, tinha a expectativa de que o Iaesc poderia ser inaugurado em 2007. Mas quando nós chegamos, percebemos que ainda havia muito a se fazer”, conta. Nos dois anos seguintes, os prédios da administração, restaurante e residencial feminino, utilizado por alunos e funcionários na época, ficaram prontos, possibilitando a inauguração. Há três anos no cargo de diretor, Sebastião Damaceno colhe frutos e participa do primeiro aniversário formal da instituição. “Este também é o primeiro encontro oficial de exalunos e, por isso, estamos em grande festa. Foram sete anos de lutas e dificuldades, onde pessoas deixaram suas marcas e nós, hoje, temos colhido aquilo que elas semearam”, declara.

Os internatos adventistas oferecem um ambiente em meio à natureza, distante dos grandes centros urbanos

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IMAGENS: maurício maschke



Fique por dentro/ IAESC Erton Köhler marca presença na programação

Laura Morena participa das mensagens musicais

Grupo 7Mus também participa dos momentos de louvores

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O dia a dia dos estudantes é rodeado de atividades de caráter social, cultural, esportivo e profissional O pastor Erton Köhler, presidente sul-americano da Igreja Adventista, também presenciou as comemorações e foi responsável por uma das reflexões. “Esse é um colégio moderno, bonito, de qualidade, bem localizado e que está crescendo. Nós temos investido nesse crescimento, inclusive, abrindo novos internatos, acreditando que, quanto melhor a educação que a gente oferece, melhor prepararemos os cidadãos e cristãos”, reforça Köhler. O dia a dia dos estudantes é rodeado de atividades extracurriculares, de caráter social, cultural, esportivo e profissional. Para Lia Costa, formanda do Ensino Médio, o envolvimento musical é um grande atrativo, além, é claro, da espiritualidade. “A gente faz muitas viagens com o coral e o grupo. Aqui também vêm muitos pastores de fora. Eles fazem semana de oração e batismos. É emocionante ver um amigo que não estava ligado com Deus e então, perceber, aqui dentro, a transformação de vida e de palavras. É algo muito bom”, destaca a estudante de 18 anos. Além desses pontos, para o ex-aluno David Damaceno, um dos aspectos que ficam para o restante de sua trajetória gira em torno da vocação profissional. Estudante entre os anos de 2009 e 2011, trabalhou no setor de informática da instituição para ajudar a custear sua mensalidade. “Sempre tive interesse na parte de informática, e o colégio me desenvolveu nessa área quando eu pude ajudar em um laboratório. Assim, percebi que esse era o campo em que eu gostaria de trabalhar”, conta. Hoje, Damaceno é aluno do curso de Sistemas de Informação em sua faculdade. Para o tesoureiro do Iaesc, Guenny Andrade, a instituição nasceu primeiramente no coração de Deus, para levar adolescentes e jovens a conhecerem o evangelho e preparar ainda mais aqueles que já conhecem. “Trabalhar no IAESC é um privilégio, pois temos um grupo focado na missão de salvar adolescentes e jovens, além de prepará-los para a volta de Jesus. Hoje, o nosso maior atrativo é o colégio novo, moderno e com programas voltados à faixa etária de 13 aos 17 anos”, diz. A educação adventista no Brasil tem raízes importantes em Santa Catarina, já que seu primeiro internato teve sede na cidade de Gaspar Alto, fundado por Guilherme Stein, em 1897. “Aos sete anos, o Iaesc vem completar a concretização de um sonho, onde os pioneiros pensavam no futuro, no processo de formação da sua juventude para servir a Igreja”, declara Douglas Menslin, coordenador geral da Educação Adventista no Sul do Brasil. O público pôde ouvir canções com solos, grupos e corais do próprio Iaesc, além de convidados, como Laura Morena, Jader Santos e Grupo 7Mus, Marcel Freire, Turma do Nosso Amiguinho e cantores de cidades vizinhas. IMAGENS: maurício maschke



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Thiaguinho, o Aventureiro Projeto incentiva curiosidade do público infantil a respeito do mundo e estimula o aprendizado Por Vanessa Moraes

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rianças gostam de fazer descobertas, são curiosas e querem conhecer o mundo. O pequeno Thiago Luciano Rocha, de 6 anos, não é diferente. Desde os 3 anos de idade, já gostava de assistir a documentários relacionados a animais, construção, astronomia, pesca, dinossauros, entre outros temas. Os canais que exibiam esses conteúdos não eram destinados ao público infantil, mas sim adulto. “Percebi que esses programas despertaram nele o interesse em conhecer os animais, a natureza e os melhores lugares do mundo”, assinala Getúlio Rocha, pai de Thiago. A partir dessa percepção, Rocha, que também é empresário e produtor, teve a ideia de produzir um programa que pudesse explorar a curiosidade de outras crianças. Como nem todas têm acesso pessoal ao mundo, Rocha pensou em uma maneira de transmitir-lhes conhecimento. Surgiu então o projeto “Thiaguinho, o Aventureiro”, um documentário infantil produzido a partir das viagens e aventuras do pequeno Thiago. “O objetivo do projeto é ensinar e incentivar as crianças a obterem cultura e conhecimento por meio dos vídeos e temas apresentados”, acentua o produtor. A partir dessa ideia surgiu o programa infantil “Planet Kids”, que é exibido na Rede NGT de Televisão (canal 48 UHF em São Paulo, 26 UHF no Rio de Janeiro, além de mais 60 afiliadas), de segunda à sexta, às 10h. IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL

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IMAGENS: Francisco de Assis



Fique por dentro Depoimentos Sou responsável pela empresa Advir Turismo. Somos parceiros do “Thiaguinho, o Aventureiro” em suas viagens pelo mundo. Viajar com ele nessas aventuras é muito divertido e instrutivo. Os programas são pensados para a criançada, mas dão muito prazer a nós, adultos, quando assistimos, pois também aprendemos. Clovis Costa, Diretor executivo da Advir Turismo A Bíblia diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22:6). Ter um conteúdo que auxilie crianças para crescerem no caminho do bem é imprescindível. Os temas tratados em “Thiaguinho, o Aventureiro” possuem aplicabilidade não somente para os pequenos, mas também para seus pais.

Os documentários de Thiaguinho retratam diversos assuntos. Um deles, em especial, conta com a participação do departamento de saúde da Associação Paulista Leste (APL), coordenado pelo pastor Josué de Castro. Chama-se “Oito Amiguinhos da Saúde”, que se refere aos oito remédios da natureza deixados por Deus para uso do ser humano. São eles: água, ar puro, sol, exercício físico, descanso, temperança, alimentação saudável e confiança em Deus. Nessa produção, Castro auxilia com música e parte do roteiro da história dos oito amigos. “Tratar desse assunto no projeto é importante, porque as crianças precisam ser conscientizadas, desde cedo, sobre os fatores de saúde. Além disso, esse conteúdo também serve para os pais, pois incentiva aqueles que não tiveram a oportunidade de aprender sobre esses elementos naturais”, destaca o pastor. A produção de “Thiaguinho, o Aventureiro” envolve uma equipe de 12 pessoas. Parte dela cuida da documentação para as viagens, licenças de imagem, entre outras burocracias. A outra fica responsável pelas filmagens e edições. A equipe ainda conta com o locutor Willian Jordão, que narra a maioria das

Para fazer valer ainda mais o objetivo do programa, nasceu outro projeto, o “Vídeo Cultura Kids”, que consiste na exibição gratuita dos vídeos de Thiago

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Josué de Castro, Coordenador do departamento de Saúde da APL Quando fui convidado para fazer a narração dos episódios, informei-me sobre o projeto e achei a ideia espetacular. Hoje as crianças precisam assistir materiais que unam qualidade de produção, diversão e conteúdo educativo. Assim, os pais ficam tranquilos porque seus filhos aprendem se divertindo. Essa é a proposta do DVD “Thiguinho, o Aventureiro”. Willian Jordão, Narrador das aventuras de Thiaguinho

aventuras de Thiaguinho. O itinerário das viagens é planejado pelos pais do aventureiro, Luciana, empresária e figurinista de Thiago, e Getúlio Rocha. Para fazer valer ainda mais o objetivo do programa, nasceu outro projeto a partir dele. O “Vídeo Cultura Kids” consiste na exibição gratuita dos vídeos do Thiago nas escolas, com o objetivo de que todas as crianças tenham acesso ao conteúdo cultural desses programas. A fim de expandir ainda mais o projeto, foram produzidos dois DVDs, “Uma aventura com os golfinhos” e “Uma aventura com os animais selvagens”, que em breve estarão disponíveis também em Blu-Ray. Outros DVDs estão em fase de desenvolvimento para dar continuidade ao crescimento e expansão do projeto. IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL



Conta corrente

Dinheiro fácil Azar ou sorte: nenhum. O que realmente está em jogo nas loterias é a probabilidade de ganho uem já não pensou em ficar rico da noite para o dia? Diariamente, milhares de pessoas gastam tempo e dinheiro em casas lotéricas. Elas escolhem números e apostam na sorte. Popularmente, crê-se que a sorte é uma espécie de força invencível capaz de determinar o destino e o rumo das coisas. Mas esse pensamento se baseia na ideia de que tudo acontece por acaso, algo totalmente contrário à exatidão das leis e dos princípios divinos que governam o universo. Pelo princípio da sorte, tudo pode acontecer a qualquer momento. Por isso, muitos insistem em acreditar que podem ser contemplados com um grande prêmio, capaz de mudar sua vida. De fato, alguns ganham, caso contrário, ninguém apostaria em algo que não dá resultado. Um exemplo disso é a Mega Sena da Virada, que acontece todos os anos entre os dias 31 de dezembro e 1 de janeiro, em que o prêmio é uma quantia bem alta em dinheiro.

Popularmente, crê-se que a sorte é uma espécie de força invencível capaz de determinar o destino e o rumo das coisas

51% Prê mi o Total

3%

1,7%

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Fu nd o Na cio na l da Cu ltu ra

Comitê Olímpico Brasileiro

Comitê Paraolímpico Brasileiro

20%

Distribuição

Muitos insistem em acreditar que podem ser contemplados com um grande prêmio, capaz de mudar sua vida Antonio Tostes é diretor geral da Rede Novo Tempo de Comunicação

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É comum existir grande diferença entre o que foi arrecadado e distribuído. Surge, então, uma pergunta: “para onde vai o dinheiro arrecadado?” De acordo com a Caixa Econômica Federal, a parcela do prêmio destinada ao ganhador corresponde a 32,2%. Veja o restante da distribuição:

De sp es as de Cu st ei o e M an ut en çã o de Se rv iç os

9% Co mi ssã o do s Lotér ico s

1% FDL - Fundo Desenv. das Loterias

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO


Taxas A loteria não deixa de ser uma forma de taxar o contribuinte. A categoria na qual se encaixa o jogo da Mega Sena é um sistema de distribuição de prêmios entre indivíduos através de sorteio, podendo ser organizada tanto pelo estado quanto pela iniciativa privada. Mas existem regras, e para que um jogo seja classificado como loteria, precisa preencher os seguintes requisitos: • Existência de um valor a título de prêmio; • Ocorrência de um sorteio ou resultado de apostas em um determinado esporte, para se definir o ganhador do prêmio; • A representação dos participantes se dá na forma de um ou mais bilhetes; • A origem do prêmio é a contribuição dos participantes. Loteria

46%

13,8%

Prê mio Bru to

Impo sto de Renda Fede ral

10%

3,14%

Tarifa de Administração

Fund o Penit enciá rio Naci onal

100%

4,5%

Renda Bruta

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32,2% Prê mi o Líq uid o

18,1%

7,76%

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Bingo, jogo do bicho e rifa são caracterizadas como formas de loteria. A diferença é que algumas delas são legais, ou seja, o governo aceita ou concede sua administração, e outras não recebem essa autorização. No Brasil, a Caixa é o órgão encarregado de administrar loterias federais, bem como a concessão do direito de organizar concursos dessa natureza a empresas e grupos empresariais. Os jogos de azar não se tratam de sorte, mas de matemática. Alguém tem que ganhar, mas isso é uma quetão de probabilidade, apenas. Você já deve ter visto algum matemático calculando a probabilidade de vitória, por exemplo, de um time de futebol sobre outro, ou mesmo de um apostador ganhar sozinho a Mega Sena. Para fazer esse cálculo, alguns elementos são levados em consideração, como o número de apostadores e as possíveis combinações. Não estou dizendo que a matemática pode prever o ganhador, mas como alguém tem que sair vencedor, é possível calcular a probabilidade para que isso aconteça. Se você se endividou por causa de apostas em jogos e não sabe o que fazer para sair dessa situação, ou se você é daqueles que não consegue ficar uma semana sem gastar dez, 20 ou 50 reais nas casas lotéricas, procure ajuda. Seja honesto com você mesmo e reconheça que a situação fugiu do seu controle. Reconheça que isso é um vício grave. Peça ajuda para quem está próximo a você e que tenha condições de te ajudar. Se necessário, busque ajuda de um profissional, alguém especializado, e não tenha vergonha. Ore e peça a Deus para te libertar do vício. Fuja da tentação e logo você verá que é possível salvar a dívida e até guardar dinheiro para realizar um sonho que foi deixado de lado devido ao vício. Invista naquilo que Deus preparou para sua vida e você será plenamente feliz. ASSISTA AO PROGRAMA

SALDO EXTRA TV NOVO TEMPO | SKY 14 | NET 184 Confira o horário do programa e as reprises exibidas pela Reve Novo Tempo de Televisão: www.novotempo.com/saldoextra

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Aconteceu comigo

A cada batismo, Camilo sente-se mais motivado

“Devemos nos envolver na missão” Ex-fumante é batizado e trabalha na igreja com projeto de evangelismo Por Mayra Silva

uando jovem, Marcos Camilo conheceu sua atual esposa, Ivone Camilo. Ela pertencia à Igreja Assembleia de Deus, e Camilo havia crescido ouvindo os ensinamentos da Igreja Adventista. Mas, na época, ele não estava frequentando a denominação, porém queria que sua esposa, naquele tempo namorada, conhecesse a igreja que ele um dia fez parte. Ivone, então, aceitou o convite. Ao visitar a igreja, gostou do ambiente. Após frequentar a religião por um tempo, decidiu ser batizada. Mas Camilo ainda não sentia

o desejo de voltar, porque fumava muito e acreditava que o vício iria atrapalhá-lo quando fosse realizar alguma atividade. O tempo passou, e um dos anciãos da igreja, pessoa responsável por assumir e dirigir as responsabilidades do templo, sentiu a necessidade de conversar com Camilo sobre a decisão que precisava tomar, de abandonar o vício e voltar para os caminhos de Deus. “Mas eu ainda fumava três maços de cigarro por dia”, revela Camilo. O ancião, porém, não desistiu e continuou se empenhando para ajudá-lo. “Ele falava comigo, mas quem faz a obra é

o Espírito Santo, então, eu decidi ser batizado”, conta. Mesmo depois do batismo, Camilo continuou fumando escondido, e aquilo o incomodava. O pai de Camilo também era um dos anciãos da igreja a qual pertencia. Conhecendo a vida que o filho estava levando, tentou impedi-lo de ser batizado, pois também acreditava que o vício pelo cigarro o impediria de realizar as atividades da igreja. O pai chegou a pedir, inclusive, a exclusão do filho da denominação. “Mas o ancião da igreja, que também era meu amigo, continuou insistindo para que eu permanecesse firme na minha decisão. Ele dizia: ‘Não desista’. Mas eu queria mesmo era ‘entregar os pontos’. Entretanto, continuei perseverando”, conta Camilo. Certo dia, ele foi convidado para compor a plataforma da igreja e estava muito feliz por isso. Nessa época, já era diretor do Ministério Jovem e estava entusiasmado para desenvolver as atividades

IMAGENS: arquivo pessoal

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Aconteceu comigo do dia. Foi então que, enquanto estava sentado, olhou para baixo e avistou um maço de cigarros no seu sapato. Naquele momento, o semblante de Camilo caiu. Ele ficou extremamente triste por estar na plataforma da igreja, como um líder de departamento, e não ter abandonado o vício ainda. Sem deixar os membros da congregação notarem sua tristeza, começou a chorar, com as mãos sobre o rosto. No mesmo instante, olhou para o ancião da igreja e viu que também estava chorando, pois ele sabia que Camilo estava sem forças para se render ao vício. “Foi um momento muito difícil para mim. Eu queria desistir. Quando vi aquele maço de cigarros no meu sapato, não me senti digno da posição que estava assumindo”, diz. “Lembro-me de que, repondo-me da tristeza que sentia naquele momento, olhei para o ancião e li nos lábios dele: ‘Não desista’”. Decisões

O Espírito Santo de Deus continuou falando ao coração de Camilo. “E então, eu nunca mais desisti”, afirma. Ele parou de fumar. Passado alguns anos, Camilo sentiu a necessidade de pregar o evangelho que Jesus deixou como missão para seus seguidores. Foi então que tomou a decisão de fazer visitas missionárias. Um dia, quando estava saindo da igreja para essa atividade, juntamente com alguns obreiros, avistou roupas de batismo. “Tive a ideia de levar aqueles roupões às pessoas que iríamos visitar. Elas eram membros afastados da igreja”, lembra. O objetivo dele era levar, em cada visita, um roupão para a casa da pessoa e, no final, fazer o convite para ela voltar para os caminhos de Deus. “Caso não tomasse a decisão na hora do apelo, deixaríamos o roupão na casa dela, para que ficasse em seu guarda-roupa e, toda vez que o

“Nós percebemos que não somos nós que fazemos a obra, mas o Espírito”

Batismo realizado em Canoas, no Rio Grande do Sul

abrisse, lembraria da decisão que precisava tomar. A ideia funcionou”, alegrase Camilo. Com isso, nominou essa ação de “Roupão da Fé” e deu seguimento na ideia. De início, centenas de pessoas aceitaram o apelo do projeto. Hoje, mais de mil pessoas são frutos dessa ação. “Uma bênção”, agradece Camilo. O sonho dele é que todas as igrejas invistam no “Roupão da Fé” e tornem esse projeto uma atividade oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O momento mais marcante na vida de Camilo foi quando ele teve a oportunidade de promover o reencontro de um pai que achava que o filho estava morto, por conta do alcoolismo. No dia 14 de junho, o rapaz, que conseguiu vencer o vício do álcool, foi batizado. O pai dele, que era adventista, ficou comovido com a situação, pois, além de ver o filho vivo, teve a oportunidade de vê-lo entregando a vida a Cristo. No dia do batismo, Camilo fez um apelo a todos os membros da igreja, convidando aqueles que haviam abandonado a Cristo para retornarem aos Seus braços. Um rapaz, que estava afastado há 38 anos, comovido pelo fato de Deus ter libertado o jovem do alcoolismo, aceitou o apelo que Camilo fez e, dias depois, foi rebatizado. “É difícil escolher um momento marcante da minha experiência com o ‘Roupão da Fé’. Mas acredito que essa foi a mais impactante. A igreja toda se emocionou naquele dia. Foi sensacional”, conta Camilo. “Através de um exemplo, outros também tomam a decisão de voltar. Aí a gente percebe que não somos nós que fazemos a obra, mas o Espírito Santo, que trabalha na mente e no co-

ração da pessoa.” Depois que começou o “Roupão da Fé”, Camilo sente a necessidade de continuar pregando o evangelho para as pessoas. Ele é dono de um restaurante em São Paulo, capital, onde também aproveita para falar de Cristo aos clientes. “Aqui eu recebo homens e mulheres de diferentes crenças, inclusive ateus”, menciona. “Quando tenho uma oportunidade, falo com eles. O evangelho precisa ser pregado para Jesus voltar. O meu apelo para todos os irmãos da Igreja é que vistam essa camisa também.” Apoio da esposa

A entrevista desta seção foi realizada no Restaurante Family, empreendimento de Camilo e sua esposa, Ivone. Logo após a conversa, Camilo voltou ao trabalho. Em seguida, ao fazer as últimas anotações sobre aquela entrevista, a esposa dele sentou-se ao meu lado e disse: “Eu estava achando muito difícil o fato de ficar um pouco afastada do meu esposo nos momentos em que ele saía para participar de eventos de evangelismo em outras cidades, através do ‘Roupão da Fé’. Mas no início do segundo semestre deste ano, durante um final de semana, ele foi para Santa Catarina e incentivou 18 pessoas a se decidirem pelo batismo. Com isso, pude ver como Deus o usa e entendi o motivo dessa causa. Acho muito bonito tudo isso. Não posso reclamar. Que Deus seja louvado”. Ivone sente-se feliz pelo trabalho que o esposo realiza e agradece a Deus pelas oportunidades que Ele proporciona ao casal e pelas bênçãos que lhes são concedidas. IMAGENS: arquivo pessoal

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Reflexão Depois de Deus, as pessoas só se realizam com as outras pessoas Moisés Mattos é pastor e presidente da Associação Central Sul Riograndense (ACSR)

Arrependimento desnecessário “Amanhã pode ser tarde”. Não deixe essa expressão ser real em sua vida

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m livro escrito por uma enfermeira australiana que trata de pacientes em estado terminal chamou a atenção há algum tempo. Bronnie Ware escreveu “Os Cinco Maiores Arrependimentos à Beira da Morte”, uma obra cujo título fala por si mesmo. A pergunta que a enfermeira fez aos seus pacientes foi: “O que vocês queriam ter feito na vida e não fizeram?” As cinco respostas que mais apareceram foram as seguintes: 1) Ter vivido a vida que eu desejava, não a que os outros esperavam de mim; 2) Não ter trabalhado tanto; 3) Ter tido mais coragem de expressar meus sentimentos; 4) Ter estado mais perto dos meus amigos; 5) Ter me feito mais feliz. A primeira resposta parece revelar um certo arrependimento por estar sempre amparada na opinião e no desejo dos outros. Também pode demonstrar vontade de ter feito coisas proibidas pela sociedade e não fazer por receio da repercussão. Nas demais, percebem-se duas vontades básicas, duas ânsias que, por si, resumem tudo o que é importante para o ser humano: usufruir a vida e estar em harmonia com as outras pessoas. O triste é que essas pessoas só perceberam o que era importante para elas quando estavam penduradas nas franjas da morte. Você já notou que diante de uma situação em que a morte é inevitável, como no ataque às Torres Gemêas, em 11 de setembro de 2011, ou no avião que caiu na Pensilvânia no mesmo ano, as vítimas tomam o celular e, na mínima fração de tempo que têm, ligam para pessoas queridas. A frase que elas mais dizem: “Eu te amo”. Por que somos assim? Por que deixamos para depois o que deveríamos fazer hoje? Não falamos o que apreciamos em uma pessoa e, num momento perto da morte, nos lembramos dela. Corremos atrás de dinheiro, fama e posição e não lembramos de que nossos filhos estão crescendo e, em breve, estarão longe de nós, pais.

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Quantas esposas esperam, há tanto tempo, por uma palavra de apreciação de um marido turrão? Por outro lado, quantos maridos esperam um pouco mais de leveza de uma esposa mal-humorada? O pior é que, diante de um esquife, estes mesmos se derreterão em lágrimas de arrependimento. Tarde demais para ser feliz. Depois de Deus, as pessoas só se realizam com as outras pessoas. Pena que, muitas vezes, essa verdade só aparece quando é tarde demais. As palavras de Paulo continuam atuais e necessárias: “E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos” (Gálatas 6:9). Hoje é dia de fazer o bem, de demonstrar nossos bons sentimentos para com as pessoas ao nosso redor. IMAGEM: CANSTOCKPHOTO




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