DE CARA NOVA

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SEU BOLSO

Na volta às aulas, saiba economizar dinheiro e ensine seu filho a valorizar os estudos

ANO 10 | JAN/FEV | 15

www.maisdestaque.com.br

DE CARA NOVA

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Revista Adventista vive a maior transformação de sua existência. O periódico que iniciou de maneira tímida há mais de cem anos tomou proporções gigantes e hoje abre as portas para escrever uma nova história no cenário cristão










Índice

48 CAPA

Nova história

Após passar por diversas transformações ao longo de 108 anos de existência, a Revista Adventista agora vive sua maior transformação histórica. Com uma “cara nova”, o periódico ficou mais atrativo aos leitores e gerou fácil acesso para assinaturas

80 11 ANOS DE MD

A revista Mais Destaque celebrou mais um ano de existência. Veja como foi a festa de comemoração

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Início de ano é sinônimo de promessas. Caso você já tenha feito as suas, confira como não se frustrar se não conseguir cumpri-las até o final do ano

O mercado para construtores civis está em alta. Descubra quais atribuições esse tipo de profissional precisa ter e o crescimento da área no Brasil

COMPORTAMENTO

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PROFISSÃO


92 CONTA-CORRENTE Economize na hora de comprar o material escolar do seu filho e faça as contas dos gastos com ele para ensinar-lhe o valor do investimento na educação

26 SAÚDE

Síndrome do Pânico é causada também pelo excesso de ansiedade

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ENTREVISTA

Doutor em psicologia fala sobre o perdão e seus impactos para a vida humana

84 EMPREENDEDORES

Para alavancar o seu negócio, conheça uma ferramenta poderosa

86 MUTIRÃO DE NATAL

Saiba mais sobre o projeto que transforma vidas na época de Natal

94 ACONTECEU COMIGO

Leia a história de um funcionário público que se livrou das drogas

Seções 12 EDITORIAL 18 ESPECIAL 22 EDUCAÇÃO

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EVANGELISMO PÉ NA ESTRADA EMPRESARIAL

56 SEU DIREITO 58 FIQUE POR DENTRO 98 REFLEXÃO

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BREVE VIRÁ

Se você quer ir para o céu, veja o que o pastor e cantor Daniel Lüdtke fala sobre o assunto

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(11) 3852-6404 | site: www.maisdestaque.com.br | e-mail: contato@seveneditora.com.br twitter: @maisdestaque | facebook.com/maisdestaque Tiragem: 15.000 exemplares

A Revista Mais Destaque é uma publicação da Seven Editora. “Os textos e opiniões dos autores subscritores dos artigos publicados nesta edição não refletem necessariamente a opinião dos editores, sendo de integral responsabilidade dos autores eventuais violações de direito de terceiros.”

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Editorial

Reinvente-se Como dizia John Kennedy, ex-presidente dos Estados Unidos, “a mudança é a lei da vida. Aqueles que olham apenas para o passado ou para o presente serão esquecidos no futuro”. Essa frase retrata exatamente a necessidade que nós, seres humanos, temos de mudar. Precisamos estar em constante avaliação pessoal para saber o que é preciso modificar na vida pessoal, profissional e espiritual, a fim de crescermos e nos tornarmos pessoas melhores. Mas esse conceito não se aplica apenas a nós. Também deve ser praticado na vida das empresas, instituições e igrejas. Graças ao cenário atual, pintado pela tecnologia e, consequentemente, pela comunicação globalizada, as pessoas conseguem se informar a respeito de qualquer assunto em qualquer momento. As plataformas que oferecem serviços informativos estão cada vez mais desenvolvidas e tecnicamente mais atrativas, além de estarem sempre em busca de praticidade para seu público-alvo. Pensando nessa realidade, a Revista Adventista (RA), órgão geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), resolveu inovar. A fim de atender públicos exigentes, os responsáveis pelo periódico apostaram em um produto totalmente reinventado. A matéria de capa desta edição traz as novidades dessa mudança, bem como outras pelas quais a revista já passou. Você vai descobrir a importância da RA desde seu surgimento, em 1906. E se você ainda não teve a oportunidade de assiná-la, agora recebe uma chance para beneficiar a vida espiritual da sua família, já que o preço caiu drasticamente para que todo lar cristão consiga ter acesso ao material. Aproveite o início deste ano para agregar pontos positivos à sua vida espiritual. Cresça nisso. E claro, mude para melhor. Estude mais a Bíblia e a Lição da Escola Sabatina, leia livros do Espírito de Profecia, seja ativo na sua igreja e nos encontros de Pequeno Grupo (não importa se eles acontecem em sua casa ou no lar de amigos), espalhe o Evangelho através das redes sociais, fale de Jesus quando tiver oportunidade e, o principal, ore sempre. É para isso que a RA existe. E ela te ajudará a fortalecer a fé cristã, o que vai impactar também a vida da Igreja de Deus. Que sua jornada espiritual apresente frutos incríveis e te prepare para presenciar o grande dia, quando Jesus voltar nas nuvens do céu.

ROGÉRIO VIOLA JR.

Marcelo Inácio

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Diretor Executivo marcelo@seveneditora.com.br

Destaque-se

ANO 10 | NOV/DEZ | 14

A receptividade de uma igreja, abordada na matéria de Capa, pode interferir na decisão de um visitante voltar ou não na congregação. Se o visitante não sentir o amor de Cristo através das pessoas, pode ter algo errado com essa igreja. Fernanda Prado, estudante de publicidade

Sobre a nova seção, Breve Virá, o cristianismo não pode ser levado apenas para o campo religioso. A vida de Cristo vai além de templos confortáveis e divisões religiosas. É um enorme desafio falar sobre a volta de Jesus em um momento onde a intolerância ao cristianismo é aceita, mas deve ser feita. Aline Oliveira, professora de história

Achei importante a divulgação da matéria sobre a suposta nova ortografia, visto que a língua portuguesa, por si só, ja é complexa e recentemente tivemos uma mudança ortográfica. Com o avanço tecnológico, em especial a internet, graças ao acesso que a grande maioria das pessoas tem às redes sociais, a notícia se espalhou rapidamente, causando dúvidas e equívocos. Wilker Paternostro, corretor de café

Foi interessante a revista Mais Destaque publicar uma entrevista com o tesoureiro da Divisão SulAmericana (DSA). Com isso, as pessoas podem entender melhor para onde vão os dízimos e as ofertas que os membros da Igreja Adventista devolvem. Que a fidelidade das pessoas permaneça, para que, assim, possamos continuar contribuindo para a pregação do evangelho e a volta de Jesus. João Paulo Martins, lojista

Participe da Revista Mais Destaque: Envie-nos seu comentário, sugestão ou crítica através do e-mail redacao@seveneditora.com.br ou facebook.com/maisdestaque



Entrevista O perdão, na realidade, é uma necessidade humana, devido a suas limitações e falhas

BELISÁRIO MARQUES

SAIBA PERDOAR!

Doutor em psicologia pela Universidade de Maryland fala sobre os impactos que o perdão traz para a vida do ser humano Entrevista: Marcelo Inácio | Texto: Mayra Silva

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elisário Marques de Andrade é mineiro de São José do Salgado. Aos 16 anos foi para o então Colégio Adventista Brasileiro (CAB), São Paulo. Formou-se em educação física pela Universidade de São Paulo (USP), filosofia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas e psicologia pela USP, nesta sequência. Lecionou no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), na época Instituto Adventista de Ensino (IAE), nos campi São Paulo e Hortolândia. 14

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Entre 1962 e 1973, fez mestrado e doutorado na Maryland University, Estados Unidos, sendo o primeiro brasileiro adventista a receber o título de Ph.D. em Psicologia Clínica. Em 1974, voltou a lecionar no Unasp, e com o título de Ph.D. contribuiu para a abertura das Faculdades de Educação e Psicologia nesse mesmo centro universitário. Escreveu para a Revista Mocidade durante 20 anos e, ainda por mais de uma década, escreveu para a Revista Vida e Saúde, na seção “Auto-Estima”. Nos últimos 15 anos tem

se dedicado exclusivamente à psicoterapia individual, de casal e familiar. O doutor Belisário é casado com sua namorada de adolescência, a professora e advogada Geny Daré Marques. O casal já completou Bodas de Esmeralda (55 anos). Felizes, somam-se dias nublados aos mais numerosos dias ensolarados. O casal contemplará suas Bodas de Diamante (60 anos) no início de 2016. Em entrevista à Mais Destaque, Belisário Marques fala sobre perdão, um assunto relevante para a Igreja e as pessoas em qualquer tempo.

Como você define perdão? O perdão, na realidade, é uma necessidade humana, devido a suas limitações e falhas. Para a pessoa ser feliz, ela precisa ter três coisas fundamentais: atividade, relacionamento e uma filosofia de vida. Logo, o relacionamento está entre os principais fatores que definem a felicidade humana. Mas como as pessoas são falhas, das mais variáveis, então há uma necessidade muito grande de ter uma forma de sanar essas falhas ou erros cometidos, ou até mesmo práticas intencionais para ferir os outros. Então, é aí que entra a questão do perdão ou a necessidade do mesmo. Como a pessoa pode desenvolver o perdão em seu coração e qual o procedimento para que alguém receba um perdão genuíno e fique em paz? Na verdade, a pessoa que precisa perdoar não é a que fere, mas sim a que foi ferida. A pessoa que fere, muitas vezes, não sabe que feriu ou a gravidade da ferida que causou. Então, só a pessoa ferida precisa perdoar. Agora, quando a pessoa percebe que feriu e aceita isso, então, obviamente, se ela pedir perdão, a possibilidade de adquiri-lo é maior e será facilitada pelo perdoador. O problema do perdão tem a ver com o sentimento da pessoa ferida, pois quando é IMAGEM: ARQUIVO PESSOAL


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Entrevista

A pessoa que vai perdoar não tem que pedir perdão, quem pede perdão é a pessoa que cometeu o erro” outras emoções desenvolvidas, mas as três básicas são as que eu mencionei, realmente fundamentais para a pessoa não ter depressão. Não só isso, mas várias outras patologias que estão intimamente associadas à raiva. Se uma pessoa foi ferida por alguém da família, por exemplo, ela tem raiva e, ao mesmo tempo, culpa, porque, geralmente, raiva está associada à culpa.

E quando a pessoa pede o perdão e não o recebe? A pessoa que vai perdoar não tem que pedir perdão, quem pede perdão é a pessoa que cometeu o erro. Dificilmente a pessoa pede perdão. O perdão independe de a pessoa pedi-lo ou não, porque você não pode fazer a reconciliação e associá-la ao perdão. Uma coisa é diferente da outra, ou seja, o perdão depende da pessoa ferida, e a reconciliação depende de ambas, que é outro tipo de dinâmica ou procedimento. Então, se você perdoa, tem que reconciliar. E detalhe: o perdão sempre implica em justiça.

Doutor Belisário Marques é casado com Geny Daré Marques há quase 60 anos

machucada, vai sentir uma série de emoções diferentes: dor, raiva, tristeza, vergonha, culpa e medo. Então, o perdão lida com a emoção, que, neste caso, as pessoas chamam de negativa, mas na realidade são vitais para a sobrevivência do ser humano, pois é a proteção dele. Já as positivas são para dar uma qualidade na relação humana.

A depressão pode ser resultado da falta de perdão? Que emoções precisam ser controladas para evitá-la? A depressão, emocionalmente falando, é o resumo de três emoções envolvidas no perdão: raiva, tristeza e culpa. É claro que também tem o medo, a vergonha e uma série de 16

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Como o cristão, tendo a Bíblia em mãos, pode analisar melhor essa questão do perdão? Para o cristão, é um dever, porque a própria oração do Pai Nosso reflete isso. Se você quer o perdão, deve perdoar. E por que deve perdoar? Porque, na realidade, se você não perdoa, está se matando, envenenando-se com as emoções negativas. Além disso, todas essas emoções têm um efeito grande na parte física do ser humano também. Hoje, sabemos que muitas patologias são provocadas pela emoção. A pessoa que não perdoa, que está se envenenando o tempo todo, vai sofrer sempre. Deixe uma mensagem para os leitores da Mais Destaque Perdão não é emoção. É uma escolha, algo racional, na qual estão envolvidas várias emoções. Perdão é uma decisão. Portanto, se estiver em uma situação em que precisa perdoar, você deve primeiro tomar a decisão. Quando faz isso, começa a praticar os passos do perdão. Aí você também esquece o passado. Não é algo de repente. Demora. Mas já tomada a decisão, você começa a se aliviar. Esqueça também completamente o passado. Pare! O passado acabou. Mas não pense que no momento em que você perdoar vai esquecer. Não, nunca vai esquecer. Perdoar é limpar a mágoa que tem por uma decisão, de mudar a atitude mental, o comportamento. Quando o perdão se torna uma bênção, a sua emoção se transforma. IMAGEM: ARQUIVO PESSOAL



Especial

SAÚDE

EM FOCO Livro sobre estilo de vida será doado a 16 milhões de brasileiros Por Felipe Lemos e Vanessa Moraes

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E

m uma ação inédita no Brasil, 16 milhões de habitantes receberão gratuitamente exemplares de um livro sobre saúde preventiva e estilo de vida. O material, intitulado “Viva com Esperança”, possui pouco mais de cem páginas. Foi escrito em uma linguagem acessível, mas seu conteúdo tem grande relevância. A obra foi lançada oficialmente no dia 9 de dezembro do ano passado, no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo, e faz parte do projeto “Impacto Esperança”, que, a cada ano, distribui livros missionários gratuitamente à população. Um dos autores, o cardiologista sul-africano Peter Landless, que foi médico do ex-presidente Nelson Mandela, também com Medicina Interna e Medicina da Família, já escreveu artigos sobre o vírus Ebola, cirurgia bariátrica, vinho e o câncer de mama, entre outros temas da atualidade. Landless e o conferencista internacional Mark Finley, que é outro autor do livro “Viva com Esperança”, vieram ao Brasil fazer o lançamento da literatura. O livro, que é uma coletânea de bons artigos na área de qualidade de vida, apresenta grandes desafios da saúde mundial, como diabetes, depressão, obesidade e câncer. No mundo, a estimativa de valores no mercado de serviços de saúde para 2015 é de 3 trilhões de dólares. Calcula-se que, nos países desenvolvidos, a saúde consuma mais de 10% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, gasta-se muito para curar doenças, por isso a relevância de se adotar princípios de um estilo de vida saudável, como alimentação equilibrada, uso regular de água, prática diária de exercício físico, contato com ar puro, exposição cuidadosa ao sol, entre outras ações. Quem escreveu?

Na lista de profissionais que colaboraram com artigos para o livro está gente renomada, como o neurocirurgião norte-americano Ben Carson (cuja história virou o filme “Mãos Talentosas”). Carson entrou para a história da medicina em 1987, ao separar gêmeos siameses unidos pela cabeça. Hoje ele é diretor do Departamento de Neurocirurgia Pediátrica do Hospital Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Além de Carson, também contribuíram com a obra outros médicos, enfermeiros, sociólogos e pesquisadores da área científica de experiência internacional, inclusive a enfermeira brasileira Kátia Reinert.

O material, intitulado “Viva com Esperança”, possui pouco mais de cem páginas. Foi escrito em uma linguagem acessível, mas seu conteúdo tem grande relevância IMAGENS: CANSTOCKPHOTO

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Especial “Impacto Esperança”

O livro está disponível, sem custo à população brasileira, a partir do início deste ano. Estão previstas grandes distribuições em diversas cidades. “O leitor vai encontrar orientações muito práticas para ter qualidade de vida no dia a dia. O texto é agradável e bem embasado”, explica João Vicente Pereira, gerente de marketing da Casa Publicadora Brasileira (CPB), editora responsável por publicar o livro.

Essa união em favor do evangelismo dá forças para que, a cada ano, o “Impacto Esperança” cresça. No ano passado, o livro distribuído foi “A Única Esperança”, com tiragem de 20,2 milhões de exemplares. Este ano, “Viva com Esperança” terá 21,5 milhões de cópias na América do Sul, sendo 16 milhões só no Brasil. De acordo com o pastor Rafael Rossi, líder sul-americano de comunicação da IASD, o “Impacto Esperança” é o maior movimento de mobilização da Igreja na América do Sul. “Todas as nossas frentes e igrejas unem suas forças em prol de um mesmo objetivo. É nesse momento que entendemos que somos uma só Igreja dividida em diferentes endereços. Culturas e países diferem, mas a esperança é a mesma”, menciona. Não importa a raça ou a classe social. Os livros do “Impacto Esperança” chegam às mãos de milhões de pessoas como uma maneira de incentivar a leitura, mas há algo além disso. Eles também trazem impactos espirituais, já que a sociedade recebe fortes mensagens de esperança, e atingem os próprios membros da denominação, que encontram no projeto uma forma de desenvolver e aperfeiçoar a vida missionária.

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A Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), responsável pelo projeto, está bancando o custo do livro que é comprado a 1 real pelos membros da organização para, então, distribuir gratuitamente. Há mais de seis anos, a CPB mantém o mesmo valor na venda dos livros. Para incentivar a colaboração dos membros, cada congregação adventista distribui cofrinhos para lembrálos do compromisso com a missão de Cristo. O troco do pão ou aquela moedinha que não faz falta no dia a dia deve ser depositado no cofre. De centavo em centavo, os reais surgem para comprar os livros. A IASD conta com o estímulo dos pastores locais de cada igreja e o engajamento dos membros.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia, responsável pelo projeto, está bancando o custo do livro que é comprado a 1 real pelos membros da organização 20

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Este livro fez parte do projeto “Impacto Esperança” de 2014

IMAGENS:IMAGENS: DIVULGAÇÃO ULB



Educação

O T N E M I C E H N CO E T N E G N A R AB A

Rede de Educação Adventista oferece ensinos desde a Educação Básica até o Mestrado. Além de um regime de educação semelhante às demais escolas, para onde o aluno vai para a aula e depois volta para casa, existem vários colégios adventistas com regime de internato espalhados por várias partes do Brasil, onde o aluno mora, estuda e tem a oportunidade de realizar estágios dentro da própria instituição. Esses colégios são estruturados com residenciais femininos e masculinos, restaurante, prédios acadêmicos e administrativos, bibliotecas, quadras poliesportivas, dentre outros ambientes que oferecem conforto para o aluno, de forma que ele viva como se estivesse em casa. As redes de ensino adventista são conhecidas por trabalharem com o intelecto dos alunos através de atividades práticas,

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Incentivo de professor resulta na qualidade acadêmica de aluno, que leva nome de instituição adventista de ensino para o exterior Por Mayra Silva

culturais, sociais, esportivas e, principalmente, espirituais, a fim de que os alunos também tenham encontros especiais com Deus. Além disso, investem também no intelecto dos professores, para que estes tenham mais conhecimentos e credibilidade ao ensinar os estudantes. Ao salário desses docentes é acrescentado anualmente um porcentual, e a cada título adquirido, um incentivo financeiro, o que estimula o professor a fazer um trabalho ainda melhor. Dessa forma, as instituições IMAGENS: CANSTOCKPHOTO



Educação Através de professor, aluno representa centro universitário em uma exposição em Genebra cumprem um dos princípios da educação adventista, que é formar cidadãos do bem e desenvolver a autonomia dos alunos desde sua formação inicial. O apoio que as redes de ensino adventista dão para os professores é refletido no comportamento e aprendizado dos alunos. Estes, por sua vez, têm mais motivação para estudar e participar de eventos externos à instituição, que ganha reconhecimento por tal realização. Foi isso que aconteceu com o aluno Guilherme Cavalcante, estudante de jornalismo do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho. Através do professor e orientador da agência de jornalismo do campus, Luís Fernando Assunção, Cavalcante teve a oportunidade de representar o centro universitário em uma exposição em Genebra, na Suíça. Em junho de 2012, o professor Assunção idealizou um projeto de extensão chamado “Jornal Jardim Carolina – uma experiência comunitária e cidadã”. Trata-se de um jornal desenvolvido por estudantes de jornalismo do Unasp em parceria com movimentos populares do bairro Jardim Carolina, da cidade de Artur Nogueira, São Paulo. “A instituição inscreveu o projeto no Social Innovation and Global Ethics Forum (Sigef) e deu todo o suporte, inclusive pagando minha passagem para a Suíça”, afirma Assunção, coordenador do projeto. O Sigef é um evento que reúne uma audiência global de indivíduos, organizações e personalidades. É um local para explorar, definir e compartilhar novas ideias que atendam às necessidades sociais de forma mais eficaz, a fim de criar também colaborações sociais. Com o incentivo de Assunção, o estudante Cavalcanti abraçou a ideia e trabalha ativamente nesse projeto, viabilizado pela agência de jornalismo do campus. “O professor Luís foi uma pessoa fundamental em todo o projeto. Ele sempre me incentivou a aperfeiçoar o trabalho no Jornal Jardim Carolina. Juntos, conseguimos ampliar o projeto para muito mais do que um jornal. Fizemos oficinas profissionalizantes, cursos para crianças, exposições de saúde, mutirões, entre outros trabalhos”, destaca Cavalcanti, agradecido pelo apoio do professor e do centro universitário. Segundo o estudante, o projeto também foi apresentado entre os 60 melhores do Brasil pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), na categoria Extensão Universitária. Com reconhecimento nacional e internacional, a instituição de ensino, com regime de internato, tornou-se mais conhecida. Todo esse processo surgiu através da parceria docente, discente e comunicação comunitária dentro de uma universidade. 24

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À esquerda, Guilherme Cavalcante e, à direita, professor Luís Fernando

CONHEÇA OS INTERNATOS De Norte a Sul do país existem instituições adventistas de ensino em regime de internato. Veja onde você pode encontrar cada um deles:

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO/ ARQUIVO PESSOAL



Saúde

SÍNDROME DO PÂNICO As crises de pânico iniciam-se com uma primeira reação de ansiedade Por Rafael Brondani

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om o crescimento da tecnologia e o avanço midiático, a vida ficou mais moderna. A ansiedade faz parte desse aceleramento de informações, mas quando ela começa a ficar excessiva, ocupando boa parte do tempo, durante dias, semanas e meses, surgem transtornos, como a síndrome do pânico. Esse é o caso da bióloga Juline Homercher. Ela notou os primeiros sinto26 26

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mas na transição da adolescência para a fase adulta. Porém, desde criança foi muito ansiosa, mas não imaginava que esse fator poderia se tornar uma doença. A bióloga lembra-se da primeira crise, há sete anos, quando acordou de madrugada e começou a sentir os sintomas. “Fiquei desesperada e chamei meus pais. Eu achei que estava tendo um ataque cardíaco. Senti falta de ar, formigamento nas pernas, suor frio e tremores”, relembra Juline. Seus pais a levaram para o pronto-socorro e ela foi atendida por um médico que estava de plantão. O profissional a examinou e não constatou nenhum problema respiratório nem cardíaco. Então, chamou os pais da jovem e explicou que acreditava que ela estava passando por uma crise de pânico e aconselhou a procurarem um psiquiatra ou psicólogo.

No começo foi difícil para a jovem aceitar que aquilo que sentia eram problemas psicológicos. “Logo eu, que amava sair e gostava de estar rodeada de pessoas. Porém, as crises foram se agravando. A cada nova crise, eu procurava um especialista diferente. Fui a cardiologistas, gastroenterologista, otorrinolaringologista, entre outros profissionais. Sempre acreditava portar uma doença incurável. Nessa fase, os sintomas aumentaram: dor no peito, tonturas, náuseas”, conta ela. Depois de muitos exames, Juline aceitou procurar um psiquiatra e foi diagnosticada com síndrome do pânico. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), essa doença atinge de 2 a 4% da população mundial. Trata-se um transtorno psicológico caracterizado pela ocorrência de inesperadas criIMAGENS: CANSTOCKPHOTO



Saúde

Pesquisas indicam que o transtorno, em geral, ocorre sem que haja nenhum histórico familiar

Sete anos após a primeira crise, Juline Homercher vive uma vida normal, gosta de estar com os amigos e pratica exercícios

ses de pânico e por uma expectativa ansiosa de ter novas crises. São períodos de intensa ansiedade, geralmente com início súbito e acompanhados por uma sensação de tragédia e perigo iminente. A psicóloga Elaine da Silva explica que, na maioria das vezes, as crises de pânico iniciam-se com uma primeira reação de ansiedade. O indivíduo provavelmente já visitou inúmeras vezes o médico ou pronto-socorro achando que está tendo um ataque cardíaco, depois de vários episódios de queixas e sintomas. Habitualmente procura um médico psiquiatra para dar um diagnóstico. Esse médico fará uma consulta para detalhar toda a história do quadro e também solicitar exames que servirão para descartar outros diagnósticos, como problemas cardíacos, e ainda solicitará alguns exames. Diagnóstico e tratamento

Segundo Elaine, alguns critérios são essenciais para o diagnóstico. Os ataques de pânico são inesperados e frequentes e existe a preocupação do indivíduo ter outra crise. Algumas situações ou locais passam a ser evitados devido

ao medo dos ataques de pânico (medo de sentir medo). A agorafobia surge quando o medo de futuros ataques de pânico levam o indivíduo a evitar situações ou lugares que acredita causar o transtorno. Isso pode levar a pessoa a restringir muito os locais aonde vai ou suas relações pessoais. De acordo com a psicóloga, essa síndrome é um conjunto de sintomas caracterizado por um período distinto, no qual há o início súbito de intensa apreensão de ansiedade inesperada, e vem acometida de inúmeros sintomas psicológicos, que são sentidos pelo corpo como algo real. Durante essas fobias (medos irracionais) estão presentes sintomas físicos e psicológicos, como falta de ar, palpitações, sudorese, taquicardia, tonturas, visão embaçada, hiperventilação, tremores, medo de ficar louco, de morrer, de sair na rua, de ficar sozinho, de lugares fechados, entre outros sintomas. As causas da síndrome ainda são desconhecidas, mas a genética pode ser um fator determinante. Pesquisas indicam que o transtorno, em geral, ocorre sem que haja nenhum histórico familiar. Pode vir por um trauma ocorrido com o indivíduo ou simplesmente por predisposição. Mesmo quem não tem o componente genético está sujeito às crises. Em especial, pessoas com características perfeccionistas, que têm dificuldades para dizer “não” e são exigentes consigo mesmas, estão mais propensas a desenvolver. A doença atinge mais mulheres do que homens. A psicóloga Elaine adverte que o tratamento é de suma importância. “O objetivo é ajudar o indivíduo a ter

Durante a terapia, a pessoa aprenderá a entender e controlar as visões distorcidas que tem da vida

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uma vida plenamente feliz e agir normalmente na vida cotidiana. Uma combinação entre medicamentos prescritos pelo médico psiquiátrico e terapia cognitivo-comportamental (TCC) funciona melhor”, explica. A TCC ajuda a entender os comportamentos e o que fazer para mudá-los. Durante a terapia, a pessoa aprenderá a entender e controlar as visões distorcidas dos estressores da vida, como o comportamento de outras pessoas ou eventos importantes. “A terapia ajuda a reconhecer e substituir os pensamentos que causam pânico, diminuindo o sentimento de impotência ou a perda da autonomia, além de gerenciar o estresse quando os sintomas ocorrem, aprendendo a fazer a respiração apropriada de relaxamento”, destaca a psicóloga. No caso de Juline, medicação e terapia foram fundamentais, pois durante as conversas ela pôde entender seus medos e soube enfrentá-los. “De acordo com o meu terapeuta, a síndrome pode ter sido desencadeada pela pressão do final da faculdade, sair da vida adolescente e entrar para a fase adulta”, conta Juline. A jovem diz que é importante “apegar-se” a Deus nos momentos de crise. “Toda vez que me sentia angustiada, nervosa ou em crise, eu orava, pedia a Deus para ter calma e sempre tive fé que iria melhorar.” Com o tempo, as crises de Juline diminuíram. Com isso, ela pôde minguar também a medicação. Já conseguia entender que o que sentia era psicológico e podia ser controlado. Hoje, sete anos depois, a bióloga ainda sofre algumas crises, mas não usa mais medicação. “Faço ginástica, pois o exercício físico libera endorfina e outros hormônios importantes para o cérebro. Estou sempre rodeada de pessoas que me fazem bem, amo meu trabalho e oro muito, para agradecer a cura e para pedir que Deus esteja sempre comigo e que nada possa me abater”, conclui Juline. IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL



Comportamento

NESTE ANO...

Em todo início de ano as pessoas fazem promessas. O que fazer para não frustrar-se caso não consiga cumpri-las? Por Mayra Silva

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uando chega o último dia do ano, junto a cada fogo de artifício, as pessoas fazem promessas, reveem as já feitas, criam fantasias e, com isso, muitos sonhos são apagados e desistidos junto ao brilho dos foguetes, “mas devemos dar sequência, pois ninguém disse que seria fácil, disse?”, ironiza o psicólogo Tiago Castilho. As pessoas são carregadas de frustrações e decepções, mas também de sonhos, objetivos e metas. “Tudo isso, se cumprido de uma forma sadia, ocasionará grande satisfação. Se conseguir de forma parcial, poderá gerar frustrações marcantes e superáveis. Agora, se nada der certo, o almejado foi-se embora. Os autoquestionamentos de ‘será que sou capaz’, ‘será que sou merecedor’ ou ‘será que estou pronto para receber tal bênção’ serão bem-vindos à mente de seu idealizador”, explica o psicólogo. “A criação das nossas expectativas moldará nosso acesso a elas. Como, então, criar expectativas acessíveis?”,

pergunta o neuropsicólogo da Clínica de Cefaleia e Neurologia, doutor Edgard Raffaeli. “Dando consequência ao que se faz e propondo para si metas de estimativas médias, ou seja, alcançáveis, de modo não muito exigente. Para manter as expectativas em alta duração, deve-se refletir sobre os ganhos futuros e manter os pensamentos imaginativos jogados para o que se obterá como resultado desse ciclo”, responde. Além das promessas de fim de ano, as pessoas fazem, a cada instante, muitas outras, não só para elas mesmas, mas também para pessoas que as cercam, como família, amigos etc. “Toda passagem, principalmente a de ano, requer mudanças a todos nós, mesmo que for para criar algo novo, dar continuidade e renovar aquilo que já estava dando certo, como também para deixar um hábito não tão agregador. Com isso, mudanças podem vir para alavancar o sucesso almejado, como também para deixar a pessoa estática perante uma situação ou decisão”, complementa Castilho.

CUMPRA AS METAS

Algumas dicas para cumprir as metas estabelecidas para o ano são fáceis de serem visualizadas e farão com que as pessoas sintam-se mais seguras em escolher e, se precisar, recolher ideias que acharam que seriam produtivas. Entre elas, o psicólogo Castilho destaca três:

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DEUS É possível deixar tudo em Suas mãos, acreditando que Ele fez, faz e fará o melhor para cada um de nós. Diante disso, muitas pessoas acabam se comprometendo com pagamentos de promessa mediante a obtenção de alguma meta a ser conquistada, mas Ele só pede que confiemos, nada mais.

FAMÍLIA Infelizmente, a cada dia, essa instituição vem perdendo seu valor pelos seus próprios protagonistas, mas ainda é uma arma do bem, pois, junto ao apoio de seus membros na construção das metas, pode representar um futuro seguro.

TERAPIA Pessoas extremamente ligadas a Deus e de grande capacidade profissional estão aguardando pessoas com dificuldades de traçar metas e que, no decorrer do ano, se tornaram frustradas, para poder auxiliar melhor e dar sentido naquilo que aparentava não ter.

CURIOSIDADES Uma enquete on-line, realizada pelo site americano 43 Things, fez uma pesquisa para saber quais seriam as metas mais populares de início de ano. Veja os destaques: • Perder peso

• Se apaixonar

• Comer, beber, aprender ou tentar algo novo

• Tirar fotos em todos os dias do ano

• Guardar dinheiro • Definir uma meta atlética acessível, tipo correr 5 ou 10 km

• Arranjar um emprego • Ler mais • Parar de fumar • Ser feliz

Para o neuropsicólogo Raffaeli, “a frustração de uma expectativa ou um plano criado (por exemplo, no começo do ano), sendo recorrente, pode levar a pessoa a moldar-se com uma identificação de derrotismo ou fraqueza, o que dificultará seus ideais futuros subsequentes. É como um jogador que se acostumou a perder e já perde antes de o jogo começar, porque mentalmente crê que irá perder.” O psicólogo Castilho tem uma visão semelhante e complementa: “A palavra frustração pode ser considerada como um pacote recheado de outras palavras que não fazem bem para nossa saúde psíquica. Com isso, podemos destacar algumas, como depressão, medo do novo, desilusão, fracasso, insegurança e o grande vilão: o suicídio.” Portanto, Castilho deixa um conselho. “Se você está com dificuldade de cumprir aquilo que prometeu a si mesmo no começo do ano, não desanime nem desista, pois, a cada dia, Deus lhe possibilita uma nova chance. Ele sabe o conteúdo de nossos sonhos. Peça, que Ele certamente irá te atender, e o mesmo te guarda com seus medos, anseios e frustrações”, aconselha. “Se não deu certo, não se desespere. Retome o controle, porque estamos sujeitos a nos frustrar, enganar e fazer planejamentos errados. Não temos como acertar sempre, mas errar constantemente não poderá fazer parte de nossas vidas”, finaliza. REVISTA MAIS DESTAQUE

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Evangelismo

EVANGELISMO E PREGAÇÃO As mensagens transmitidas nas igrejas devem sempre chegar de forma clara na mente de quem ouve

É

fascinante como as lições bíblicas podem ser aplicadas em ambientes bastante contemporâneos com a mesma relevância do passado. Por exemplo, a cultura religiosa e filosófica do primeiro século era intensamente pluralista. Diversas religiões foram aceitas e diferentes deuses eram adorados. Muitas vezes, as pessoas “praticavam” mais do que uma religião de rituais e ritos, porque a religiosidade passava a fazer parte da cultura, definindo quem a pessoa era. Em Atos 17, quando Paulo entrou em Atenas, encontrou uma série de religi-

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ões, filosofias e ideias. De certa forma, a experiência dele na cidade ecoa à sociedade ocidental contemporânea, onde o pluralismo religioso é predominante. No Brasil isso é facilmente percebido através dos meios de comunicação. O pluralismo no primeiro século era de natureza prática. A religião era mais importante do que as crenças, filosofias e verdades. Não haviam correntes de pensamentos para justificar os conceitos que estavam por trás de cada ato. Já o pluralismo comteporâneo é mais filosófico. As coisas certamente mudaram. Na verdade, a cultura religiosa

Ao evangelizar em clima pluralista, procure compreender os pontos de vista religiosos que o cercam

Rafael Rossi é pastor e diretor de Comunicação da DSA

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO


enfrentada pelos primeiros evangelizadores do cristianismo não era muito diferente da cultura religiosa de hoje. Como tal, devemos aprender algumas lições com os métodos de evangelização de Paulo, bem como seus temas de pregação, conforme encontramos em Atos 17:16-32. Conquistar o público

Paulo foi provocado pela adoração de ídolos que testemunhou em Atenas. Essa provocação o estimulou para evangelizar a cidade. Da mesma forma, a cultura religiosa atual deve nos motivar a evangelizar aqueles que foram cegados pelo inimigo para adorar falsos deuses. A idolatria não está apenas ligada a isso, mas a tudo o que é colocado em primeiro lugar em nosso coração. Nosso objetivo inicial no evangelismo não é ofender pelo jeito ou tom que usamos, mas sempre conquistar a audiência para o evangelho. Na história, Paulo foi convidado para pregar às multidões no Areópago, mas ele não começou condenando sua falsa adoração. Ao contrário, o apóstolo elogiou a religiosidade dos atenienses, enquanto refutava seus erros com bondade e cortesia. No passado, acreditou-se que era necessário ser contundente, e ainda existem os que defendem essa estratégia. Em outras palavras, Paulo não tinha medo de falar a verdade, mas ele o fez com amor e gentileza. Falar a verdade não significa ser agressivo em nossa comunicação enquanto evangelizamos ou pregamos. Devemos falar a verdade com amor, especialmente para as pessoas perdidas. Ame incondicionalmente e trate seu próximo com todo respeito, levando em conta sua cultura e o contexto de onde nasceu e cresceu. Há sempre uma razão para as pessoas crerem como creem. Ao evangelizar em clima pluralista, procure compreender os pontos de vista religiosos que o cercam. Sem dúvidas, a pregação do evangelho é suficiente para convencer os pecadores, mas não deve ser o único elemento. Explorando mais o sermão de Paulo, percebe-se que ele citou filósofos não-cristãos e estava bem familiarizado com o ambiente religioso do dia a dia ateniense. Em outras palavras, ele entendia as opiniões religiosas e filosóficas daquele povo e contextualizou sua mensagem para que seus ouvintes partissem do conhecido para o desconhecido. Evangelismo bem-sucedido em uma cultura hostil deve primeiro despertar o interesse do ouvinte, como qualquer comunicador procura fazer. O público-alvo de Paulo não estava preocupado com o relacionamento com Deus, com a natureza humana e com a salvação. Eles foram enraizados com visões religiosas falsas e filosofias seculares. Conceitos teológicos

O evangelismo contemporâneo também tem dificuldades devido ao relativismo. Dizemos “Deus”, e muitos não entendem sobre quem estamos falando, porque o único e verdadeiro “Deus” da Bíblia foi substituído por um deus de sua própria criação, um falso ser de outra religião ou uma visão errada do Deus bíblico. Para combater isso, Paulo tratou dos amplos con-

ceitos teológicos de Deus, sobre a criação, a idolatria, a morte de Cristo, a ressurreição e o arrependimento, a fim de ajudar seus ouvintes a entenderem sua mensagem. Evangelismo sempre exige a comunicação dos amplos aspectos do evangelho, e a pregação é um meio natural e eficaz de evangelizar. No exemplo de Atos 17, alguns se converteram naquele dia, pois a mensagem causou impacto em suas vidas, mas outros disseram: “Vamos ouvi-lo novamente.” A pregação não é apenas o meio prescrito pelo qual Deus comunica o evangelho às pessoas (1 Coríntios 1:21-25), mas também é a forma mais eficaz para ensinar os grandes conceitos que formam a estrutura do evangelho. Acredito que devemos ter conversas pessoais consistentes com as pessoas que ainda não encontraram Jesus. Isso também é pregação. Na minha realidade atual, conversas em aviões com companheiros aleatórios de viagens estão sendo uma via de evangelismo importante. Para mim, evangelismo é uma responsabilidade pessoal, e, por isso, é preciso vivê-lo onde estamos e com aquilo que fazemos. A pregação em nossas igrejas deve ser sempre destinada a comunicar esses grandes conceitos que formam a estrutura para o evangelho de forma clara. Aliado à pregação, precisamos de mais vidas que dediquem-se em convidar pessoas através da criação de um ambiente onde elas serão bem-vindas. Precisamos colher os benefícios de vê-las vindo para nossas igrejas pela fé em Cristo. Ele vai te usar para isso na medida em que você estiver disponível.

Devemos ter conversas pessoais consistentes com as pessoas que ainda não encontraram Jesus. Isso também é pregação

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Pé na estrada Conheça os países da União Europeia e Mercosul que não exigem visto brasileiro Por Mayra Silva

A

M E S E J A I V

VISTO

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lguns países aboliram a famosa autorização prévia (visto) para brasileiros que desejam entrar no país. São eles os que compõem a União Europeia e o Mercosul. No total, são 55 países. Com isso, os turistas têm mais oportunidade de fazer uma viagem ao exterior. A estudante brasileira Monique Saraiva aproveitou essa brecha e fez um intercâmbio de três meses para a França. “Só tirei o passaporte e solicitei uma ‘carta convite’ da pessoa que ia me receber no país. A carta foi emitida numa prefeitura. Como turista, tive que comprar passagem de ida e volta, reserva de hotel e nenhum indício de que eu iria ficar além do tempo previsto”, explica. É necessário também uma comprovação de meios financeiros para se manter durante a estadia. Se Monique quisesse ficar no país por um período maior, precisaria ter outro tipo de visto. Como o Brasil é signatário de acordos feitos com a Europa, há mais acesso e facilidade. “Por isso preferi a França aos Estados Unidos. E era um país que eu tinha vontade de conhecer”, confessa a estudante. O acordo que isenta o visto no passaporte de brasileiros em período de três meses nos países da União Europeia (exceto Irlanda e alguns casos do Reino Unido) foi formalizado no segundo semestre de 2012. Apesar de não ser necessário o visto, os viajantes precisam cumprir algumas exigências. Estas variam de país para país, mas basicamente são necessários comprovantes de hospedagem ou carta convite, como mencionado pela estudante Monique, reserva de passagem de volta ao Brasil e, até mesmo, um seguro de saúde. Entretanto, vale ressaltar que é importante consultar as exigências para entrar no país destino. IMAGENS: CANSTOKPHOTO



Pé na estrada Finlândia

PAÍSES DO BLOCO EUROPEU QUE NÃO PRECISAM DE VISTO

Suécia

Estônia Letônia Lituânia

Dinamarca

Holanda

Polônia Alemanha

Bélgica

Republica Checa

Luxemburgo

França

Áustria

Eslováquia

Hungria

Romênia

Eslovênia Bulgária

Itália

Portugal

Grécia

Espanha

Chipre Malta

PONTOS TURÍSTICOS

Confira um ponto turístico de cada país do bloco europeu que não exige visto dos brasileiros:

Alemanha – Munike

Áustria – Viena

Bélgica – Bruxelas

Bulgária – Sunny Beach

Chipre – Paphos

Dinamarca – Copenhague

Eslováquia – Liptovsky Mikulas

Eslovênia – Maribor

Espanha- Barcelona

Estônia – Tallinn

Finlândia – Turku

França – Paris

Grécia – Acrópole de Atenas

Holanda – Amsterdam

Hungria - Budapeste

Itália- Torre de Pisa

Letônia – Riga

Republica Checa – Ponte Carlos

Luxemburgo – Vianden

Malta-Valletta

Lituânia- Klaipeda

Romênia - Oradea

Suécia – Estocolmo

Polônia – Croácia

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Portugal – Oceanário de Lisboa



Profissão

Atualmente, a construção civil é uma das áreas mais representativas do Brasil Por Mayra Silva

A

profissão de um construtor civil não é muito explorada. E a construção civil é um dos fenômenos de maior representatividade no Brasil. Aliás, o país está em constante crescimento. O papel deste profissional está intimamente ligado com o conforto da população. Um edifício mal-estruturado pode trazer sérias consequências para as pessoas. Entretanto, há escassez de mão de obra qualificada. Hoje, essa profissão engloba engenheiros e arquitetos, junto a profissionais de outras áreas de conhecimento. Em 2013, pesquisas apontavam que a construção civil no Brasil deveria crescer 2,8% em 2014, caso o Produto Interno Bruto (PIB) do país subisse 2%. Mas neste ano, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do estado de São Paulo fez uma revisão nessa pesquisa, constatando que, em 2014, sua previsão de crescimento do setor foi baixa: 1% e 2%. No final de maio do ano passado, um balanço divulgado pelo Sindicato apontou que o nível de emprego na construção civil cresceu 0,14% em abril e 0,32% em relação a abril de 2013. Foram abertas cinco mil vagas em todo o país nesse período. Só no final de abril de 2014, o número de trabalhadores desse setor resultava em 3,5 milhões. Com relação ao mesmo período de 2013 (janeiro-abril), o indicador apresentou uma alta de 1,32%. Guilherme Oliveira trabalha há 42 anos com construção civil. Ele é responsável pelo departamento de Construção do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho, onde trabalha há dez anos. O que o levou a se interessar por essa atividade

Guilherme Oliveira é construtor civil há 42 anos e trabalha no Unasp

IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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Confira os dados do sistema nacional de pesquisas e custos e índices da construção civil no Brasil. Os dados são de fevereiro de 2014, desconsiderando a desoneração da folha de pagamento de empresas do setor da construção civil:

Dados do IBGE

ÁREAS GEOGRÁFICAS

CUSTOS MÉDIOS R$/m2

VARIAÇÕES PERCENTUAIS MENSAL NO ANO 12 MESES

BRASIL

927,42

0,42

0,87

7,41

REGIÃO NORTE

941,44

0,82

1,53

7,07

REGIÃO NORDESTE

865,51

0,34

0,87

7,02

REGIÃO SUDESTE

969,35

0,48

0,9

7,6

REGIÃO SUL

943,87

0,24

0,58

8,15

REGIÃO CENTRO-OESTE

929,78

0,29

0,47

7,09

e alavancar nesse serviço é o fato de gostar de construir. Suas habilidades foram adquiridas pelo tempo e pelos cursos feitos com outros profissionais. Oliveira já exerceu várias funções na área de construção civil. “Elétrica hidráulica, pintura, alvenaria”, lista. “Geralmente, as mais difíceis são aquelas que você mais gosta de fazer”, diz ele. Oliveira já fez alguns cursos e incentiva os profissionais dessa área a investirem também. “Fiz os cursos de hidráulica elétrica, refrigerações, técnico em fundações, entre outros. Além disso, faço reciclagem com certa frequência, atualizando os conhecimentos adquiridos anteriormente”, comenta Oliveira. E para exercer a profissão de construtor civil, é necessário ter habilidades ou, ao menos, conhecimento de todas as áreas. “Quanto mais conhecimento, mais domínio tem-se no que se faz”, frisa. Para trabalhar com construção civil e criar grandes obras, como é o caso de Guilherme

Na igreja

Oliveira, que é responsável pelos edifícios do Unasp, o que inclui prédios da faculdade, locais de estacionamento, escritórios, residenciais, entre outras construções, é preciso trabalhar em equipe. “Trabalho com 96 homens de vários segmentos, envolvendo construção em alvenaria; concreto autodensável; Poliestireno Expandido (EPS), conhecido como isopor no Brasil e trata-se de um plástico celular rígido, resultante da polimerização do estireno em água; gesso acartonado; elétrica; lógica (internet, telefone etc); hidráulica e pintura”, enumera. E para manter o controle de trabalho de cada profissional, com suas respectivas funções, é necessária muita cautela, pois qualquer serviço mal-feito pode comprometer o resultado da obra. “Para manter o controle da equipe, dividimos, para cada setor, quantidades diferentes de homens, dependendo da necessidade, e delegamos um encargo para cada área”, destaca Oliveira.

O mercado de trabalho está em alta para construtores civis. Mestres de obra e pedreiros nunca foram tão requisitados. Mas as instituições religiosas também precisam desses profissionais.

O profissional da Construção Civil pode atuar na Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD). Um exemplo de necessidade nessa área é a região da União Leste Brasileira (ULB), sede administrativa da denominação que compreende os estados da Bahia e Sergipe. Graças ao projeto “Santuários de Esperança”, o objetivo de construir mil igrejas em cinco anos está na metade. Com mais de 500 novos templos funcionando, percebe-se o importante papel que o construtor civil tem no que diz respeito ao trabalho feito nas igrejas. O profissional deve exercer funções nas áreas de hidráulica, elétrica, alvenaria e pintura, saber calcular volume e área, ter noções de aspectos técnicos, econômicos e estéticos, ter conhecimento em argamassa, revestimentos, além de outras atribuições que a profissão exige.

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Breve virá

EU QUERO IR PARAO CÉU! Conheça alguns motivos pelos quais você não pode perder a eternidade Por Daniel Lüdtke, pastor e cantor

É

muito curioso estudar sobre o Céu e a Nova Terra com crianças. Inevitavelmente elas vão perguntar se lá terá chocolate, sorvete, carros ou internet. Nessas horas percebemos como nossa imaginação é finita, limitada. Classificamos sensações, momentos, lugares e até mesmo objetos no pódio das melhores coisas da vida; mas o que Deus preparou para nós é incomparavelmente superior a isso. Diferente do lugar monótono e sem cor, de inatividade e ócio, pintado pela tradição e cultura popular, alguns detalhes revelados sobre o Céu e a Nova Terra mostram que a vida será muito mais do que já sonhamos. Muitas das atividades que já desenvolvemos na terra também faremos no futuro – só que numa dimensão muito maior. Vamos ver algumas delas?

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IMAGENS: CANSTOKPHOTO


7 coisas para fazer no céu 1 - ALEGRAR-SE O autor irlandês C. S. Lewis fez um trocadilho brilhante: “A alegria é coisa séria no céu.” Os momentos de felicidade que às vezes vivemos aqui na Terra, lá serão para sempre. Deus planejou tudo assim. Diz a profecia: “Pois eu estou criando um novo céu e uma nova terra... Alegrem-se, fiquem felizes para sempre com aquilo que eu vou criar; pois vou encher de alegria a cidade de Jerusalém e vou dar muita felicidade ao seu povo” (Isaías 65:17-18). Essas palavras nos ajudam a pintar um quadro diferente do que imaginamos: um céu sereno e sem graça. Mas lá há alegria de verdade. Você consegue se imaginar com um grupo de amigos rindo alto? Não existe mais pecado. Tudo é perfeito. 2 - VIAJAR Se o pequeno planeta Terra já tem tantos lugares lindos que sonhamos conhecer, imagine a beleza e imensidão do universo. A respeito de uma visão, a escritora norteamericana Ellen White, uma das pioneiras da Igreja Adventista, escreveu: “O Senhor me proporcionou uma vista de outros mundos. Foram-me dadas asas...”. No sonho, ela pede a seu anjo que não a deixe voltar à Terra. A resposta foi: “Deves voltar e, se fores fiel, juntamente com os 144 mil terás o privilégio de visitar todos os mundos e ver a obra das mãos de Deus.” (Primeiros Escritos, p. 39 e 40). Você viu? Poderemos visitar todos os mundos! Poderemos conhecer maravilhas criadas pelas mãos de Deus e voar. 3 - TRABALHAR Em Isaías 65:21, lemos: “E edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto”. Comentando esse verso, White argumentou: “Na Terra renovada, os redimidos empenhar-se-ão em ocupações e prazeres que levaram felicidade a Adão e Eva no início. Será vivida a vida edênica, entre o jardim e o campo. Cada faculdade será desenvolvida, toda habilidade aumentada. Os maiores empreendimentos serão levados a êxito, as mais elevadas aspirações alcançadas, realizadas as mais altas ambições” (Profetas e Reis, p. 375). Trabalho não vai faltar.

4 - COMER Jesus falou aos seus discípulos que ceiariam juntos novamente no céu (Mateus 26:29), e a Bíblia também traz a promessa que o vencedor comerá do fruto da árvore da vida (Apocalipse 2:7). Sem sombra de dúvidas, os sabores que provaremos no Céu irão além das nossas expectativas. A diversidade de alimentos novos que provaremos superará qualquer prato do mais renomado chef de cozinha aqui da Terra, lembrando que poderemos comer sem “peso na consciência”. E por que não criarmos também nossas próprias receitas?

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Breve virá 5 - ESTUDAR Descobrir segredos, desvendar mistérios da natureza, tudo isso faremos. Só que com uma mente muito mais desenvolvida. “Ali, mentes imortais estudarão, com deleite que jamais se fatigará as maravilhas do poder criador” (História da Redenção, p. 432), explicou Ellen White. Em outro texto, ela diz: “Ali, quando... nossos olhos contemplarem aquele mundo de beleza de que ora apanhamos lampejos pelo microscópio; ...quando, removida a mácula do pecado... Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos filhos de Deus” (Educação, p. 303 e 307). Sim, a eternidade será uma escola.

6 - CONVERSAR Tente imaginar estar para sempre com seus amigos, familiares, conhecer pessoas de outras épocas, personagens bíblicos, seu próprio anjo, visitar seres de outros mundos que não caíram em pecado, conversar com Jesus! Uma dessas conversas descritas por Ellen White é o encontro entre cristãos que testemunharam de Jesus para outros. Tente visualizar esta cena: os remidos hão de encontrar e reconhecer aqueles cuja atenção encaminhou ao excelso Salvador. Que alegres conversas terão eles com essas pessoas! Alguém dirá: “Eu era pecador, sem Deus, e você se aproximou de mim e atraiu minha atenção para o precioso Salvador”. A eternidade vai ser pequena para tanto assunto. 7 - ADORAR Veremos “o rei na sua formosura” (Isaías 33:17), o nosso Deus triúno “veremos face a face” (1 Coríntios 13:12). Seremos atraídos à Sua presença porque iremos “vê-lo como Ele é (1 João 3:2)”. Não dá pra explicar a emoção disso. Só então nossa vida será, de fato, completa. Serão inúmeros os momentos para celebrar sua grandeza e amor, quer seja através de majestosos cultos de adoração (Isaías 66:23) ou pela música constante (Apocalipse 4:8; 14:2-3; 15:2-4). E quer saber mais? Leia o texto: “E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo” (História da Redenção, p. 431). O Céu e Nova Terra serão perfeitos, mas cada dia da eternidade irá superar o anterior. Como isso é possível? Vimos aqui só sete coisas que faremos durante a nova vida imortal que teremos. Mas

isso é só o começo. Como as crianças não conseguem entender a imensidão do que Deus preparou, nós também somos incapazes. O escritor Hue Ju escreveu: “Quem se senta no fundo do poço para

contemplar o céu, há de achá-lo pequeno”. Bem, desse cantinho do universo não conseguimos imaginar muito. Mas o pouco que conseguimos ver já é mais do que poderíamos sonhar!

Sem palavras: Textos de Ellen White sobre o céu EGW – “A linguagem humana não é adequada para descrever a recompensa dos justos. Será conhecida apenas dos que a contemplarem. Nenhum espírito finito pode compreender a glória do Paraíso de Deus” (História da Redenção, p. 429-430). EGW – “A linguagem é demasiadamente fraca para tentar uma descrição do Céu. Apresentando-se diante de mim aquela cena, fico inteiramente absorta. Enlevada pelo insuperável esplendor e excelente glória, deponho a pena e exclamo: ‘Oh, que amor! Que amor maravilhoso!’ A linguagem mais exaltada não consegue descrever a glória do Céu ou as profundidades incomparáveis do amor de um Salvador” (Primeiros Escritos, p. 289).

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Empresarial

FECHADO PARA

BALANÇO No mundo empresarial, ao final de cada ano, é momento de fazer uma análise dos resultados obtidos

Douglas Perez Barros é contador da Perez Barros Contabilidade douglas@perezbarros.com.br

A

cada fim de ano passamos por um período de reflexão. Analisamos tudo o que passou, o que foi atingido, o que não foi alcançado, as metas para o próximo ano, entre outros aspectos. A mídia também destacou esse período com a apresentação da Retrospectiva, em que mostra os fatos marcantes do ano, tanto os que chamaram a atenção quanto os que tiveram grande repercussão no Brasil e no mundo. Como não poderia deixar de ser, no mundo empresarial, ao fim de cada ano, é momento de fazer uma análise dos resultados obtidos, das decisões tomadas e do rumo que a empresa terá no ano seguinte. É um período de introspecção, apuração, análise de resultados, e a melhor forma de apresentar isso é por meio do Balanço Patrimonial. Como já estamos no primeiro bimestre do ano, é preciso salientar que se você ainda não fez esse balanço, corra. Embora o ideal seja fazê-lo no final do ano, saiba que ainda dá tempo de mexer nisso. Essa importante ferramenta tem como objetivo apresentar a situação

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econômica financeira ao final de cada exercício. O Balanço Patrimonial nada mais é do que o cálculo da situação financeira de uma instituição em dado período. Geralmente, esse tempo compreende um ano. De uma forma bem simples e fácil de compreender, vamos apresentar como é composto o Balanço Patrimonial. Ele é dividido em dois grupos: o ativo e o passivo. O ativo é o grupo em que se encontram os bens e direitos da empresa, ou seja, tudo o que a empresa possui ou tem o direito creditício. E no passivo encontramos as obrigações que a empresa tem com terceiros, fornecedores, instituições financeiras, empregados, fisco e com os sócios que ficam classificados no grupo do Patrimônio Líquido. Para compreender melhor esses grupos e os números que eles apresentam, é necessário fazer uma análise do balanço e ver o resultado econômico da empresa, além de avaliar como ela se encontra. Mesmo a micro e pequena empresa deve ter essa importante ferramenta, pois a necessidade de ser avaliada tanto serve para as grandes quanto para as empresas menores. E claro, ter um profissional capacitado para lhe fornecer essas informações necessárias para a tomada de decisão.

Analise os resultados que sua empresa apresentou no último ano e trabalhe em cima de metas para 2015 através do Balanço Patrimonial

Se você aproveitou as festas de final de ano e esqueceu de cuidar do seu negócio, é hora de voltar à realidade. É o momento de avaliar, analisar e pesquisar, para que as decisões que precisam ser tomadas para este ano sejam corretas e norteadas com base nos resultados apresentados até o momento. Uma das melhores fontes de informação é o Balanço Patrimonial.

O Balanço Patrimonial nada mais é do que o cálculo da situação financeira de uma instituição em dado período IMAGENS: CANSTOCKPHOTO


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Capa

TRANSFORMAÇÃO HISTÓRICA

Com mais de cem anos de existência, a Revista Adventista vive a maior transformação de sua trajetória. Conheça as mudanças pelas quais passou e sua relevância para o mundo cristão

*i~ Revista Mensal

Por Vanessa Moraes

Órgão da igreja Brasileira dos Adventistas do Sétimo Dia "Santifica-os na tua verdade, a tua palavra é a verdade." Vol. 3.

Preparação para a crise final. A grande crise final se aproxima. Para fazer face ás suas tentações e estar na altura de nossos deveres será necessário uma fé perseverante. Podemos, porém, t r i umphar gloriosamente; nenhuma só alma que vela, ora e crê, será enredada pelo diabo. Ao tempo da provação que está diante de nós, a garantia da assistência divina estará com aquelles que guardaram "a palavra da Sua paciência." Christo dirá a seus filhos: "Vae pois, povo meu, entra nos teus quartos, e feche as tuas portas sobre t i : esconde-te por um só momento, até que passe a ira." Isa. 26 : 20. O leão de Judah, tão terrível para aquelles que O regeitam, será o Cordeiro de Deus para os obedientes e sinceros. A columna de nuvem, que significa ira e terror para os transgressores da lei de Deus, será luz, misericórdia e libertamento para aquelles que guardam os seus mandamentos. O braço forte para destruir os rebeldes, será forte também para libertar aquelles que crêm. Toda a alma sincera certamente será recolhida. "Enviará os seus anjos com rijo clamar de trombeta, e ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma á outra extremidade dos céus.', Matth. 24 : 31. Irmãos, a quem as verdades da palavra de Deus foram reveladas, que parte preenchereis nas scenas finaes da historia deste mundo? Estaes cônscios de suas solemnes realidades? Comprehendeis a grande obra da preparação que está-se effectuando no céu e na terra? Que todos, -que receberam a luz da verdade, e que iveram uma opportunidade de lêr e ouvir is profecias, attentem para as coisas que ellas estão escritas, "porque o tempo stá próximo." Que ninguém transija com o peccado, a fonte de toda a miséria neste

M

João 17:17.

$ ã o Bernardo - S ã o P a u l o — j a n e i r o de 1908.

No. 1.

mundo. Não continueis mais em lethargia e estúpida indifferença. Não permittaes que o destino de vossa alma dependa de casualidades. Estae seguros de que vos achaes realmente do lado do Senhor. Que de corações sinceros e lábios trêmulos saia espontaneamente a pergunta: "Quem poderá subsistir?" Acaso tendes estado empregando nestas ultimas horas preciosas de provação o melhor material possível na formação de vosso carácter? Tendes tido o cuidado de vossa alma, purificando-a de toda a nódoa do peccado ? Tendes vos esforçado por andar na luz ? Tendes obrado em conformidade com a vossa profissão de fé ? Acaso a influencia suave e regeneradora da graça de Deus tem estado operando em vós ? Tendes corações que sentem, olhos que vêm e ouvidos que ouvem ? Acaso a declaração das verdades eternas concernentes ás nações tem sido feita em v ã o ? Ellas estão debaixo da condemnação, caminhando para o juizo de Deus, pelo que nestes dias, prenhes de resultados eternos, o povo escolhido para depositário de verdades tão momentosas, devia estar fundado em Christo. Estaes fazendo a vossa luz resplandecer diante dessas nações que estão perecendo nos seus peccados? Comprehendeis que deveis tomar a defensiva pelos mandamentos de Deus diante daquelles que os estão calcando a p é s ? E' possível ser um crente parcial e de nome, e comtudo ser achado em falta e perecer. E' possível praticar alguns dos preceitos da Bíblia e ser considerado como um bom christào, e comtudo perder-se por falta da qualificação essencial a um verdadeiro crente. Se negligenciardes ou tratardes com indifferença as advertências de Deus, se condescenderdes ou excusardes o peccado, sellareis a sorte de vossas almas. Sereis pesados na balança e achados em falta. A graça, a paz e o perdão

udanças. Nem todo mundo gosta, mas às vezes elas se fazem necessárias por um bem maior. Quem se acomoda com o que tem nunca vai correr atrás de algo superior. O preguiçoso dificilmente se aperfeiçoará profissionalmente para crescer. Mas quando o assunto é Deus, tudo fica diferente. O objetivo é sempre melhorar e buscar meios estratégicos para cumprir a missão que Ele deixou. Essa referência faz jus à qualidade, quantidade, dedicação, participação, princípios, honra, respeito, qualidade e profissionalismo. Quem entende muito bem o valor e o significado desses elementos é a Revista Adventista, órgão geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD). A RA, como é conhecida, passa pela maior transformação de sua existência. Responsável por divulgar e relacionar as verdades bíblicas com o cotidiano dos leitores, busca servir à Igreja ao promover o fortalecimento espiritual de seus membros. Suas publicações 48

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servem como bússola para prepará-los para os eventos finais da história deste mundo, tendo em vista a segunda vinda de Cristo. Atuando há mais de cem anos no cenário adventista, esse periódico abre as portas para escrever uma nova história. Desde 1906, ano em que nasceu, a RA passou por diversas transformações. No início, não havia muitos recursos para mantê-la, por isso, a periodicidade era trimestral. Seu primeiro nome foi equivocadamente registrado como Revista Trimensal (mas sua distribuição ocorria uma vez a cada três meses e não três vezes por mês). O material era composto por 12 páginas, em preto e branco, das quais sete eram ocupadas por conteúdos referentes às Lições da Escola Sabatina, que, na época, não seguia necessariamente uma temática determinada. Dois anos após seu surgimento, o veículo ganhou outro nome: Revista Mensal. Apesar de reduzir para oito o número de páginas e extinguir os conteúdos voltados às Lições da Es-


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Adventista. Julho • 2014

Exemplar Avulso: R$ 3,51 – Assinatura: R$ 42,10

Revista

31010

RA/jul’14

A igreja em campo O que acontece quando os cristãos atuam como um time

Designer

Editor Texto

6

Mestre das letras

A trajetória e o legado do pastor e jornalista Rubens Lessa

14

Rumo ao pódio

A atitude de quem almeja uma vida vitoriosa

24

De volta às ruas

Em apenas um dia, adventistas distribuíram 10 milhões de livros

A nova cara! No ano passado, a Capa Publicadora Brasileira (CPB), editora responsável pela RA, publicou uma edição especial de lançamento. Sua reformulação não se dá apenas nas páginas impressas, mas também em plataformas digitais. A transformação inclui os seguintes aspectos:

• Novo projeto gráfico

• Mais interatividade

• Mais reportagens

• Revista digital

• Novas seções

• Site atualizado

• Mais páginas

• Preço mais acessível

cola Sabatina, o periódico passou a ser publicado uma vez por mês. Em 1918, 16 páginas o compunham. Em março de 1931, surgiu o nome Revista Adventista. Desse tempo em diante, passou a publicar séries de reportagens, poemas e artigos, até chegar à década de 1970, quando começou a trabalhar com conteúdos de cunho jornalístico. Em dezembro de 1974 surgiu a seção de notícias, que passou a divulgar acontecimentos atuais da Igreja. Três anos depois, a revista passou a ter 48 páginas. Até ano passado, as edições tinham 44 páginas, mas com a nova reformulação, passará a conter 52. Nova roupagem

Tendências e modernização são elementos capazes de modificar o projeto gráfico e a linha editorial das maiores revistas do país. Essa reformulação acontece para que os veículos de comunicação entrem em sintonia com a atualidade e tragam cada vez mais praticidade ao leitor. Com o avanço da tecnologia, os meios digitais ficaram mais atraentes às pessoas,

que, muitas vezes, preferem ler conteúdos em smartphones, tablets e computadores. Portanto, a mídia impressa precisa planejar métodos para que seus materiais possam competir à altura. A RA investiu nas duas vertentes. “De tempos em tempos, todas as revistas precisam passar por uma atualização a fim de manter sua relevância. Achamos que era o momento de dar uma ‘repaginada’ na Revista Adventista. Essa mudança é importante porque, ao criar novos conteúdos, oferecer mais por menos e buscar uma aproximação maior com o leitor, poderemos ampliar o alcance e a influência da revista”, explica o pastor José Carlos de Lima, diretor-geral da CPB. De acordo com o editor-associado da RA, Wendel Lima, os conteúdos da revista ficaram mais atrativos. “Estamos seguindo algumas tendências de mercado, como a otimização de espaço com mais área para o branco e ilustrações, uso da infografia, publicação de textos mais descritivos, como os perfis, e a integração com as plataformas digitais. Se até aqui a RA marcou a vida da Igreja no Brasil, temos trabalhado para que continue relevante numa época de rápidas transformações”. REVISTA MAIS DESTAQUE

49

C.Qualidade

Depto. Arte




Capa Assinatura Por ser um material importante para os lares adventistas, é necessário que cada família entenda o valor espiritual desse periódico. A pioneira adventista Ellen White, inclusive, chegou a recomendar que todos os membros assinassem a revista denominacional de sua época (O Outro Poder, p. 88). E assim aconteceu com a família da professora Any Meire Tiltscher, leitora assídua do periódico. Ela assina a RA há mais de cinco anos e a considera importante para sua vida espiritual. “É mais uma ferramenta para minha comunhão diária com Deus”, salienta. Any relata que a edição de novembro do ano passado chamou sua atenção de modo especial. “Ela trouxe um conteúdo sobre a desmistificação de testemunhos apócrifos de Ellen White e a polêmica sobre a ex-

Linha do tempo

periência de quase morte e experiências extrassensoriais. As informações me elucidaram em pontos duvidosos”, diz. Ao contrário de Any, o auxiliar de escritório Antônio Carlos não tinha interesse na leitura da revista. “Assinei por um ano e, praticamente, não absorvi muita informação nova, além de saber do avanço da missão no Brasil”, afirma. Na opinião de Carlos, o periódico sempre apresentou boas informações e temas, mas a diagramação não agradava. Ao receber a edição especial de lançamento, que serviu como amostra grátis do novo projeto gráfico, Carlos se surpreendeu e ficou animado para voltar a ser assinante. “Atualmente ela está muito mais informativa e menos institucional. É claro que parte da essência da revista é informar o avanço da Igreja, mas agora não é só mais isso”, avalia. Carlos também incentiva a assinatura da RA. Para ele, matérias institucionais de avanço do trabalho da IASD fortalecem a fé e o desejo de crescer, o que motiva o evangelismo. “Matérias

informativas são úteis para meu crescimento espiritual e mental. No mundo dos curiosos, quanto mais informação, melhor”, resume ele. E para que mais pessoas tenham acesso à RA, o preço da assinatura caiu quase pela metade, de 42,10 para 24 reais. Cada exemplar sai a 2 reais, valor reAny Meire Tiltscher assina a Revista Adventista há mais de cinco anos

A Revista Adventista precisa estar presente em cada lar que segue princípios bíblicos. Ela informa, explica e interpreta a trajetória da Igreja no Brasil e no mundo. Sua trajetória é marcada por várias mudanças ao longo de 108 anos de história. Confira algumas:

JANEIRO

52

JANEIRO

MARCO

1906

1908

1931

Surge a primeira edição da Revista Adventista, nomeada, na época, como Revista Trimensal

A revista, que antes era trimestral, passa a ser publicada uma vez por mês, sem o conteúdo da Lição da Escola Sabatina

Ganha outro nome e é identificada na capa como “orgam official da Egreja Brasileira dos Adventistas do Setimo Dia”

REVISTA MAIS DESTAQUE

JULHO

1950

Da década de 1950 em diante, algumas capas passam a destacar notícias referentes ao crescimento do adventismo brasileiro

JANEIRO

JANEIRO

1983

1955

A revista passa a ser publicada em duas cores e em papel couchê

Especialmente nessa edição, são publicados artigos sobre as 27 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista

IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL/ CPB


ferente apenas à postagem nos correios. Algumas sedes administrativas da IASD no Brasil, como as da região centro-oeste e as da Bahia e Sergipe, estão, inclusive, incentivando as assinaturas por meio de mutirões, a fim de que todos os lares adventistas tenham consciência de que a denominação oferece uma rica fonte de informação para seus membros. “Ao ler a Revista Adventista, a família fica bem informada sobre o que está acontecendo na Igreja, tem acesso a materiais sólidos e pode acompanhar artigos específicos sobre o relacionamento familiar. Em síntese, ela ajuda a fortalecer a família e a formar bons cristãos”, expõe o diretor José Carlos de Lima. Outro esforço da CPB é aumentar a circulação da revista. A meta para este primeiro ano de reformulação é chegar aos cem mil exemplares. O aumento na tiragem se justifica pelo crescimento da Igreja no Brasil, que hoje já conta com 1,5 milhão de membros. Vidas transformadas

Além de informar sobre a realidade da Igreja Adventista e divulgar projetos e eventos atuais da denominação, a RA também cumpre outro papel: transformar vidas. Uma delas foi a do jornalisJANEIRO

1997

As impressões ganham cores

JANEIRO, ABRIL E JUNHO

2000

Edições especiais comemoram os 100 anos de história da CPB

ta Rafael Brondani. Ele comenta que a edição de janeiro de 2001 trouxe, na seção Bem-estar, um artigo escrito por Francisco Lemos intitulado “Vendendo saúde”. “Esse conteúdo fala sobre a missão da Igreja na área de saúde, e parei para refletir sobre isso. Muitas vezes não colocamos em prática o que pregamos, e devíamos fazer da boa saúde um estilo de vida. Foi diante dessa conclusão que mudei minha alimentação e comecei a ser mais saudável. Minha saúde está melhor e perdi peso. Posso atribuir à RA essa mudança em minha vida”, destaca. É por testemunhos como o de Brondani que a RA surgiu. A escritora Ellen White já havia profetizado o sucesso dessa iniciativa quando incentivou pioneiros. Em novembro de 1848 ela teve uma visão sobre a proclamação da mensagem de Cristo e do dever incumbido aos filhos de Deus, “de publicarem a luz que resplandecia em nosso caminho”. “Depois da visão eu disse ao meu esposo: ‘Tenho uma mensagem para ti. Deves começar a publicar um pequeno jornal e mandá-lo ao povo. Seja pequeno a princípio; mas, lendo-o o povo, mandar-te-ão meios com que imprimi-lo, e alcançará bom êxito desde o princípio. Desde este pequeno começo foi-me mostrado assemelhar-se a torrentes de JANEIRO

JULHO

2006

2010

Edição especial comemora o centenário da Revista Adventista

Edição especial sobre os 110 anos da CPB

luz que circundavam o mundo” (Vida e Ensinos, p. 128). O pastor Rafael Rossi, diretor de Comunicação da IASD para oito países sulamericanos, aponta que a RA tem um papel que vai além do informativo. “Ela é fundamental para a unidade da Igreja. Na verdade, somos uma única Igreja que se reúne em milhares de endereços espalhados pelo Brasil. A revista é um símbolo de que cada adventista pertence a uma família que tem um mesmo objetivo, que é levar a esperança para quem precisa. Uma revista forte representa um povo que está forte e preocupado em ser sal e luz para dar sabor e direção à vida das pessoas”, garante o líder. Para o editor-associado Wendel Lima, fazer parte do sucesso da RA é um grande privilégio, já que consegue unir, em seu trabalho, a formação dupla em jornalismo e teologia. “Além disso, trabalho em uma mídia cujo objetivo é gerar reflexão, algo muito parecido com minha personalidade. Nossa equipe sente o peso também de falar para uma Igreja bem maior e mais complexa do que a das últimas décadas; de falar, sobretudo, para uma Igreja que vive em tempos solenes que exigem urgência no preparo para a volta de Jesus e na proclamação para Sua vinda”, conclui. JULHO

2014

A matéria de capa “A igreja em campo” faz trocadilho em referência à Copa do Mundo no Brasil

NOVEMBRO E DEZEMBRO

2014

Igrejas recebem gratuitamente a edição especial de lançamento da RA

REVISTA MAIS DESTAQUE

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Capa

Sabedoria ímpar Rubens Lessa deixa um grande legado na CPB após mais de 40 anos servindo à instituição Por Vanessa Moraes

A

simplicidade, humildade e modéstia sempre foram companheiras do pastor e jornalista Rubens da Silva Lessa, de 77 anos. Durante mais de quatro décadas, ele serviu à Casa Publicadora Brasileira (CPB). Cinco anos após iniciar seu trabalho na instituição, assumiu a cadeira de redator-chefe da Revista Adventista, em janeiro de 1978, cargo que ocupou nos 36 anos seguintes. Em 2013, Lessa pediu a aposentadoria. Agora a maior parte do seu tempo será dedicada à esposa, suas três filhas e os dois netos. No entanto, vai continuar exercendo a dupla formação de teologia e jornalismo em projetos para a Divisão Sul-Americana (DSA), sede da Igreja Adventista na América do Sul. Antes de iniciar seu trabalho na CPB, Lessa passou por experiências que lhe agregaram conhecimento e lições para a vida toda. A colportagem (venda de livros missionários e de saúde de porta em porta), o chamado de Deus para ser pastor, o primeiro quinquênio de ministério pastoral que viveu no norte do Brasil, o mestrado em teologia que iniciou na Inglaterra e concluiu nos Estados Unidos e o curso de jornalismo que fez na renomada Faculdade Cásper Libero são apenas parte de sua bagagem intelectual. Para conhecer mais sobre o trabalho que Lessa desenvolveu na CPB, confira a entrevista abaixo:

Por quase quatro décadas o senhor foi editor da Revista Adventista. Como enxerga o trabalho que realizou neste periódico? Quando cheguei à CPB, percebi, com a ajuda de colegas que estavam cursando jornalismo, que o texto de nossas revistas (Nosso Amiguinho, Mocidade, O Atalaia, Vida e Saúde e Revista Adventista) precisava ser mais leve e objetivo. Nesse contexto, a primeira iniciativa que tomamos foi “enxugar” o texto. Para isso, foi muito importante o modelo seguido pelo editor da revista Mocidade, Ivo dos Santos Cardoso, o primeiro editor a se formar em jornalismo. Toda a equipe de editores aprendeu muito com ele. Com o tempo, a RA adotou o mesmo procedimento, tornando mais objetivos os artigos, despojando-os de uma adjetivação excessiva. Mas foi o caderno de notícias que precisou de uma “intervenção cirúrgica” mais agressiva. As notícias chegavam embutidas em artigos enviados por leitores e líderes de todas as regiões do Brasil. Nossa tarefa consistia em preservar a notícia e eliminar as “gorduras indesejáveis”. Outra mudança significativa foi a redução do tempo decorri54

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do entre o fato ou evento e a publicação das reportagens. As notícias, antes, tinham pelo menos três meses de idade. Mas, com o apoio do então diretor-geral, Bernardo Shuenemann, e do chefe de arte, Erlo Köhler, passamos a fechar o caderno de notícias dez dias antes do mês de circulação da revista. E isso continua até hoje. Outra grande reformulação foi feita quatro ou cinco anos atrás, com a participação do pastor e jornalista Wendel Lima. Durante o meu trabalho na CPB, quero destacar duas coisas que me deram muita alegria: contar com um grupo de editores dedicados à obra de Deus e registrar, nas páginas da revista, o crescimento da igreja ao longo de 40 anos. Em toda sua experiência dentro da CPB, algum testemunho chamou sua atenção em relação ao periódico? Quero mencionar dois testemunhos. O primeiro é de um amigo muito especial, Nelson Trajano. Líder pentecostal em Bragança Paulista, São Paulo, Trajano é leitor assíduo da revista há muitos anos. Ele é capaz de relembrar frases de cada editorial que já leu. Mais interessante ainda: em seus sermões, usa artigos da Revista Adventista. O segundo testemunho é de Moacir Tomé Toledo. Ele também é líder pentecostal e leitor da RA. Em um domingo à noite (2011), ele me fez uma grande surpresa. Entrou bem cedo na igreja que eu frequento e ficou aguardando a minha chegada. Dias antes, telefonou de São Bernardo do Campo, São Paulo, para a secretária da redação da CPB, a fim de saber o endereço da igreja. Eu não sabia quem ele era, mas ele me conhecia pela foto que saía na página dois da revista. O encontro foi emocionante! E ainda fui presenteado com a réplica, em miniatura, de uma fragata do século 12, que tem lugar de honra em meu escritório. Qual a experiência que mais gostou de viver enquanto editor da Revista Adventista? A de formar novos editores para a continuação do trabalho. A atual transformação pela qual passa a Revista Adventista é um reflexo do uso diligente dos talentos que Deus concedeu a cada um deles. IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL



Seu direito

EMPRESÁRI O INDIVID UAL OU SOCIEDADE EMPRESARI AL? Confira o que você precisa saber antes de abrir seu negócio

O

Brasil está entre os países que mais empreendem no mundo. Há pouco tempo, havia necessidade de abrir um negócio. Se alguém ficava desempregado, precisva procurar meios para se manter. O perfil acima está mudando. O brasileiro atual tem empreendido pela chamada “oportunidade”. O empreendedor visualiza uma carência de serviço e procura suprir as necessidades detectadas por meio da implementação de um negócio. Todo empreendimento tem res-

ponsabilidades, e estas podem afetar o patrimônio do empresário. Ao firmarem as pessoas direitos e obrigações decorrentes das tarefas triviais da atividade econômica, a parte credora possui o direito de receber o combinado e o devedor se obriga a cumprir com o prometido. Se houver o descumprimento da obrigação assumida, poderá o patrimônio da pessoa física ou jurídica responder à satisfação do crédito proveniente da obrigação. A responsabilidade patrimonial, dependendo do modelo (empresário individual, microempreendedor individual, sociedade empresarial) adotado poderá ser limitada ou ilimitada devendo cada caso ser objeto de dedicada análise.

RESPONSABILIDADES Caso 1 Quando for limitada a responsabilidade, o patrimônio da pessoa física não responderá pelas obrigações contraídas pela pessoa jurídica/empresarial. A sociedade empresária possui patrimônio próprio, que não se confunde com o patrimônio pessoal de seus sócios.

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Caso 2 Na ilimitada, o patrimônio se confunde e, portanto, a pessoa física terá seus bens responsabilizados caso a “pessoa jurídica” não cumpra com as obrigações assumidas.

Exemplo: A empresa se obriga a pagar cem mil reais, decorrente da compra de determinado produto, e não o faz. Só respondem os bens da empresa. Se esta não tiver todo o valor, o credor não terá como receber o restante.

Exemplo: A empresa se obriga a pagar cem mil reais, decorrente da compra de determinado produto, e não o faz. Os bens da empresa respondem pelo valor da obrigação (dívida). Se a empresa não tiver todo o valor, o credor pode receber a diferença a ser cobrada dos bens da pessoa física.

No caso de se adotar o modelo do empresário individual, a responsabilidade é ilimitada. Isso significa responderem todos os seus bens pessoais (salvo algumas exceções) pelas obrigações assumidas e não honradas. Em caso de falência responde com seus bens pessoais. Criada pela Lei 12.441 de 11 de julho de 2011, a Empresa Individual de

Responsabilidade Limitada (EIRELI) é aquela constituída por uma única pessoa com capital social superior a cem salários mínimos. O titular desse tipo empresarial não responderá com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa. A sociedade empresarial limitada exige pluralidade de sócios, isto é, não menos que dois, sejam pessoas físicas ou jurídi-

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A sociedade empresarial limitada exige pluralidade de sócios, sejam pessoas físicas ou jurídicas Fabio Ricardo do Nascimento é advogado em São Paulo fabio.nascimento@adv.oabsp.org.br

cas. A responsabilidade dos sócios é limitada às quotas da empresa adquirida. Escolher o modelo que mais se adequa à sua necessidade e possibilidade no momento de abrir o negócio ou ampliá-lo é imprescindível para resguardar seu patrimônio pessoal. Portanto, fique atento aos seus direitos e previna seu patrimônio. IMAGENS: CANSTOCKPHOTO



Fique por dentro

G

Amor incondicional

e intencional “Onde abundou o pecado, superabundou Por Neumoel Stina, pastor a graça” (Romanos 5:20)

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raça é favor imerecido. Com oração, é possível ver os efeitos da graça em todos os livros da Bíblia, inclusive nos profetas menores, os quais iremos tratar nesta edição. Essa expressão, “profetas menores”, é aplicada aos 12 últimos livros proféticos do Antigo Testamento. Sua conotação não se dá por serem livros menos importantes e sim devido ao seu pequeno volume literário. Os profetas menores são: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Vamos ver o que o livro de Oséias fala sobre a graça de Deus. É por isso que a partir de agora você vai navegar nas ondas do amor incondicional e intencional de Deus. O livro de Oséias procura mostrar como Deus nos ama. Seu amor é independente, incondicional e intencional. As metáforas mais usadas por Deus para demonstrar o relacionamento com Seu povo referem-se ao de marido e mulher e ao de pai e filho. No capítulo 1, versos 1 a 10, Deus manda Oséias se casar. Calcula-se que ele tinha por volta de 30 anos de idade. Sua noiva chamava-se Gômer, uma prostituta. Essa jovem lhe deu três filhos e Deus pediu que Oséias os nomeasse, respectivamente, da seguinte forma: Jizreel, Lo-Ruama e Lo-Ami. O primeiro filho era menino e seu nome significava que Deus se livraria ou se vingaria do povo de Israel. A segunda criança era uma menina e seu nome trazia a ideia de desfavor. O nome do terceiro filho, um menino, transmitia a ideia de que Israel não era mais o povo de Deus.

As metáforas mais usadas por Deus para demonstrar o relacionamento com Seu povo referem-se ao de marido e mulher e ao de pai e filho

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO



Fique por dentro Pela história de Oséias. Podemos descrevê-lo como alguém fiel, amoroso, carinhoso, compreensivo, perdoador, gentil, justo e puro. Já Gômer, era amante da noite e vendedora de prazeres. Quando Oséias casou com Gômer, veio o primeiro filho. Após dar à luz, ela foi embora e deixou o marido cuidar sozinho da criança. A mulher só voltou porque Oséias foi buscá-la. Ela engravidou novamente. Assim que a segunda filha nasceu, Gômer mais uma vez foi embora. Novamente o profeta foi atrás dela. Após dar à luz ao terceiro filho, Gômer repetiu a rebeldia. Mas agora a cena era pior. Além de abandonar o lar e a família, a mulher tornou-se escrava de um amante. Oséias teve que comprá-la. Ele trabalhou, sangrou as mãos e finalmente conseguiu dinheiro para tê-la de volta. Na época, um escravo custava 30 peças de prata. Como Gômer era prostituta, seu valor era inferior. Oséias teve que pagar 15 peças de prata e 1 ômer de cevada por ela. Alguns historiadores contam que quando uma mulher era oferecida num leilão de escravos, ficava nua e era forçada a permanecer em pé diante de uma multidão curiosa. Gômer foi levada para esse lugar e para lá Oséias foi chamado. Alguns se perguntam porque Oséias permaneceu firme ao lado da esposa enquanto ela o traía e trocava a família pelos prazeres da vida. Parece até que Deus foi maldoso quando pediu que o profeta se casasse com essa mulher. Mas não. Através dessa história, desse exemplo, Deus quis mostrar uma pequena parcela do Seu amor. Deus dotou Israel de privilégios únicos, mas não exclusivos. Só que o povo não correspondeu. O capítulo final do livro, começa com um chamado ao arrependimento. O povo finalmente confessa os pecados e deles se arrepende, e, então, Deus responde com uma série de promessas. Uma delas é a cura das doenças pelas mãos do divino Médico. A renovação do relacionamento é comparada, por exemplo, ao orvalho, que tem a função de prover umidade para molhar flores e plantas durante o longo e seco verão. As raízes plantadas por Deus produziriam tal abundância de novas plantas que Israel se torna60

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Na época, um escravo custava 30 peças de prata. Como Gômer era prostituta, seu valor era inferior ria um jardim cheio de bênçãos para o mundo inteiro. A primeira lição de Oséias é esta: se você servisse a Deus a partir de hoje, até o dia da sua morte, Ele não o amaria mais do que o ama agora. Deus não o ama por causa do que você faz. Ele o ama apesar do que você faz. Somos muito amados e por causa disso retribuímos com adoração, serviço, amor e louvor. A segunda lição talvez seja para homens e mulheres que não conhecem a Deus e jamais confiaram em Cristo. É uma lição para pessoas de corações partidos e lares desfeitos, com sonhos e vidas destruídas. É uma lição para aqueles que das profundezas de sua alma cla-

mam na escuridão da noite: “Onde está Deus? Onde está Ele para que eu o possa encontrá-Lo?” A resposta do livro de Oséias é: “Deus não está perdido. Você é quem está.” Este é o Deus que foi à cruz do Calvário, em busca dos homens, através do túnel de um túmulo vazio. Ele sempre os procura para trazê-los de volta. Quando os homens gritam: “Onde está Deus?”, a resposta é sempre a mesma. Deus está aqui. Ele está esperando por você, pede que aceite Sua graça. Ele o aguarda para enlaçá-lo com o Seu amor e o apressa para vir pela fé, a fim de conhecê-Lo e compreender o significado do amor na verdadeira profundidade do seu coração. Deve ter sido muito doloroso para Oséias ter passado pela experiência que viveu. Mas ele pôde sentir na pele o que Deus sofre conosco. O que mais se destaca no livro não é o sofrimento do profeta e sim o retrato do amor incondicional e intencional de Deus pelos Seus filhos. Na próxima edição da Mais Destaque vamos falar sobre Joel. Até lá! IMAGENS: CANSTOCKPHOTO



Fique por dentro/ APS

Oração na madrugada Programa de louvor, comunhão com Deus e transformação, conhecido como Culto da Mata do Unasp, completa 25 anos de atividades Por Danúbia França

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á duas décadas e meia, orar em grupo tem sido a opção de centenas de fiéis da zona sul de São Paulo. Eles participam do chamado Culto da Mata, em uma das áreas verdes do campus do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo. Realizada semanalmente às 5 horas de domingo, a iniciativa atrai quem mora perto e longe. “Sou do Rio de Janeiro e estou passando férias na casa de alguns parentes que moram perto do colégio. De tanto ouvir falar, aqui estou“, conta a estudante Mariana Alcântara. Porém, no início, os encontros mobilizaram apenas 12 pessoas que se reuniam aos sábados em outro espaço do internato. “Pastores como Umberto Moura, um dos fundadores; Eufrásio Pereira; Berengar Dammann; entre outros grandes líderes, foram importantes para o desenvolvimento do Culto da Mata”, menciona o atual organizador do projeto, pastor Tito Rojas. Hoje, cerca de 20 pessoas ajudam na realização das atividades. “Temos a contribuição de voluntários que se preocu-

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Frequentadores do Culto da Mata têm ouvido histórias dramáticas de conversão, algumas vivenciadas por eles mesmos pam com detalhes. Isso é muito gratificante”, afirma Rojas, que também conta com o apoio de líderes locais, como os pastores Neumoel Stina, Hélio Carnassale, Wilson Almeida e o doutor Wilson Rossi. Mudança de vida

Ao longo de 25 anos de intercessão, os frequentadores do Culto da Mata têm ouvido histórias dramáticas de conversão, algumas vivenciadas por eles e outras contadas por visitanIMAGENS: EQUIPE DE COMUNICAÇÃO DA APS



Fique por dentro/ APS

Em busca de consagração e renovação de fé, centenas de pessoas frequentam o Culto da Mata no Unasp campus São Paulo

tes. Esse é o caso do funileiro Dino Franco Araújo, de 36 anos, que testemunhou para mil pessoas, em uma programação liderada pelo pastor Luís Gonçalves, sobre como deixou a vida de crimes para tornar-se um discípulo de Cristo. Aos 13 anos, Dino participava de assaltos e trabalhava para traficantes na zona leste paulistana. “Morava com minha mãe e minhas irmãs, mas era muito independente. Eu era dono de mim mesmo. Fazia o que queria e achava certo. Esse foi o problema”, afirma. Com o tempo, além de vender, ele passou a consumir drogas e a ganhar espaço entre os líderes do tráfico. Dino não temia o futuro. Medo era uma palavra que não fazia parte de seu vocabulário. “Na minha concepção, eu não tinha o que perder. Encarava a morte como uma consequência. Enfrentava o perigo e agia sem pensar em nada”, declara Dino que, aos 18 anos foi preso pela primeira vez por tráfico de drogas. A primeira iniciativa

Por mais que se achasse autossuficiente, Dino sentia algo estranho, como se dependesse de Alguém. Um dia, no presídio, ele acordou angustiado e, de forma autoritária, desafiou a Deus pedindo que o libertasse dali. Para sua surpresa, assim que terminou a prece, uma agente visitou sua cela, dizendo que Dino estava liberado. De volta às ruas, ele retornou ao mundo do crime. Foi preso mais duas vezes: por assassinato e sequestro. Na cadeia,

“Minha vida foi um milagre. Hoje consigo ter a paz que tanto precisava. Antes eu estava preso, mas Jesus me libertou” 64

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Dino cometeu crimes hediondos. Passou por vários presídios e chegou a integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC) na Casa de Detenção de São Paulo, o antigo Carandiru. “Eu me transformei num monstro. Ao mesmo tempo em que tinha a sensação de poder, me sentia vazio e um lixo por dentro. Por isso, questionava muito a Deus”, relata. Luz em meio à escuridão

Após cumprir seis anos de pena, Dino voltou para casa, frequentou diversas denominações até assistir ao DVD “O Grande Conflito”, apresentado pelo pastor Luís Gonçalves. Interessado pela doutrina do sábado, ele acompanhou os estudos até o fim para saber qual igreja ensinava a guardar o dia sagrado. Tempos depois, também providencialmente, alguém passou na oficina em que Dino trabalhava e lhe explicou onde ficava a igreja adventista mais próxima da residência dele. “Por providência divina, esse rapaz me apresentou a igreja que fica na região de Embu das Artes, a qual eu comecei a frequentar e faço parte hoje”, diz o funileiro. Os estudos bíblicos foram complementados por um membro da igreja e o ex-presidiário foi batizado. “Minha vida foi um milagre. Hoje eu consigo ter a paz que tanto precisava e buscava. Antes eu estava preso, mas Jesus me libertou”, garante. Hoje Dino coordena uma classe de estudos da Bíblia para idosos e ajuda na sonoplastia da sua igreja. Para aperfeiçoar seu conhecimento bíblico, ele está frequentando um curso básico em teologia, com duração de dois anos. O sonho dele é que seus familiares abracem a mesma mensagem bíblica na qual ele acredita.



Fique por dentro

Vamos trabalhar Instituições da Igreja Adventista lançam programa de inclusão para pessoas com deficiência Por Patrícia Capuchinho

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União Central Brasileira (UCB) e a Instituição Paulista da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) lançaram, no mês de dezembro do ano passado, o Programa de Inclusão para Pessoas com Deficiência. A ação tem como objetivo central estimular a inclusão e o respeito às diferenças valorizando a diversidade. Além disso, busca aumentar a empregabilidade e, principalmente, inserir pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho. Por enquanto, o programa está sendo implementado em todo o estado de São Paulo. Segundo Elnio Freitas, superintendente administrativo da UCB, a cultura do Brasil ainda é excludente, por isso a instituição adventista busca contribuir efetivamente de forma a oferecer a essas pessoas as mesmas condições e oportunidades no mercado de trabalho. “Essa é uma importante iniciativa que reflete o compromisso da administração da Igreja com a inclusão social, apoiando e estimulando a evolução e o desenvolvimento desses profissionais. Temos certeza de que será um sucesso, dada a importância deste programa para a Igreja e para a sociedade”, comenta Freitas. Para garantir a integração das pessoas com deficiência e, ainda, promover uma convivência natural entre os pares, a área de Recursos Humanos e demais setores receberão os participantes do programa, que também passarão por treinamentos e palestras. O processo de seleção inclui análise curricular, teste de conhecimento e entrevista pessoal, podendo variar conforme a especificidade da vaga pretendida pelo candidato.

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IMAGENS: CANSTOCKPHOTO/ EQUIPE DE COMUNICAÇÃO DA UCB

Em dezembro, as instituições abriram vagas para portadores de deficiência em diferentes áreas de atuação, na capital de São Paulo e nos municípios de Santo André, São José do Rio Preto, Campinas, Sorocaba, São José dos Campos e Artur Nogueira. Os interessados devem enviar currículo para o e-mail rh.ucb@ucb.org.br com o título: “Vagas PNE”. A remuneração varia conforme a atribuição. Prédio da União Central Brasileira (UCB), sede adventista participante do projeto de inclusão



Fique por dentro/ ULB

Viva com Esperança TV Novo Tempo inspira batismos e compaixão pela comunidade Por Heron Santana

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Semana de Evangelismo “Viva com Esperança” contou com mais de 280 pontos de pregação nos estados da Bahia e de Sergipe. Muitas pessoas decidiram mudar o estilo de vida, abrindo mais espaços para a espiritualidade e os princípios do Cristianismo. Em Salvador, a TV Novo Tempo, um dos principais meios de comunicação da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), que transmite em sinal aberto para mais de 3,5 milhões de pessoas, foi uma aliada fundamental nesse período de evangelização. E será importante também em 2015, quando acontecerão as feiras de saúde. Só na capital baiana, Salvador, serão mais de 50 feiras em 110 atos de compaixão. No bairro de Mussurunga II, localizado na região da Avenida Paralela, uma das principais vias de Salvador, o encerramento da semana evangelística, que aconteceu no sábado, dia 29 de novembro, culminou com o batismo de 26 pessoas. A TV Novo Tempo foi determinante para que elas tomassem essa decisão. Um exemplo é a história de Rosenildes Santos de Jesus. Fibromialgia e depressão

Rose, como gosta de ser chamada, frequentava uma denominação evangélica desde seus 15 anos de idade. Ela procurava na religião uma forma de superar a fibromialgia, síndrome que provoca dores musculares e distúrbios do sono, sintomas associados à depressão. A fibromialgia acomete cerca de 4% da população adulta nos países ocidentais. As mulheres são até nove vezes mais afetadas do que os homens. Além da doença, Rose sofreu um acidente que a deixou impossibilitada de frequentar a igreja. O marido, Luiz, ainda

Pastor Geovani Queiroz batiza telespectadoras da TV Novo Tempo

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Graças à TV Novo Tempo, 26 pessoas foram batizadas

não havia decidido frequentar aquela denominação. Essa situação, aliada ao abandono da própria família, associou-se a um quadro depressivo, provocando um sentimento de solidão que trouxe amargura para Rose. “Eu ligava para os irmãos de minha igreja, mas estavam todos muito ocupados, ninguém podia me visitar. Eu me sentia muito só e ficava numa depressão terrível”, declarou. Foi nesse cenário que um dia, mudando os canais de sua televisão, Rose deparou-se com a TV Novo Tempo. O canal da esperança passou a ser uma companheira constante. A senhora começou a fazer descobertas que mudaram seu estilo de vida. Aprendeu a ter cuidado com a saúde e a alimentação. Foi ensinada sobre um tempo especial para descanso e adoração, proporcionado pela guarda do sábado. Por meio da TV Novo Tempo, conheceu a IASD. Um dia, a emissora que revolucionou sua vida a levou a tomar uma importante decisão. “Eu já havia sido convencida sobre o sábado e outras doutrinas, quando o pastor Ivan Saraiva, apresentador do programa Está Escrito, sugeriu a quem estivesse assistindo à programação que procurasse uma igreja. Foi desse jeito que cheguei aqui”, afirmou. A chegada ao templo adventista em Mussurunga surpreendeu Rose pela maneira afetuosa com que foi recebida. Pela primeira vez ela sentiu o acolhimento e o amor da vida em comunidade. Rose expressou a felicidade que sentia por meio do batismo, assistido por toda a igreja no encerramento da semana “Viva com Esperança”. Foi um momento muito especial na vida desta mulher. Apoiada em uma bengala, devido a sequelas provocadas pelo acidente, ela não conteve a emoção depois de ser batizada junto com o marido. “Morri para as minhas vontades e ressuscitei para viver a vida de Jesus neste mundo”, disse. IMAGENS: EQUIPE DE COMUNICAÇÃO DA ULB





Fique por dentro/ APlaC

Semana de Colheita Igreja Adventista se envolve na semana “Viva com Esperança” Por Liane Prestes

U

m ciclo de esperança é formado através de vidas que testemunham. Débora Costa é contadora e conheceu a Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) através de Marcos, um colega de trabalho. Em casa, ela compartilhou com o esposo e, juntos, decidiram entregar suas vidas por completo a Deus. No dia do batismo, a mãe de Débora, Maria Lena, também decidiu conhecer essa esperança que mudou a vida da família. “É muita coisa que passa no coração em um momento como esses. Eu também quero essa esperança, paz e tranquilidade na minha vida. É muita emoção vendo minha filha e meu genro participando dessa cerimônia”, compartilha Maria. Esse fenômeno de multiplicação de esperança ficou bastante evidente durante a semana de colheita que aconteceu entre os dias 22 e 29 de novembro. A semana “Viva com Esperança” envolveu todas as Igrejas Adventistas no Planalto Central. O projeto, que normalmente acontecia via satélite, contou com uma novidade em 2014, como explica o pastor Charlles Britis, líder geral das Igrejas Adventistas de Brasília e cidades do entorno. “São 126 igrejas envolvidas, com a participação de todos os pastores do território da Associação Planalto Central (APlaC), da Divisão Sul-Americana (DSA) e da União Centro- Oeste Brasileira (UCOB), que também ficam aqui em Brasília”, explica Britis. Depois de atender aos compromissos e responsabilidades no escritório da DSA, o pastor Erton Köhler, líder da Igreja Adventista na América do Sul, participou como orador da semana de colheita na Igreja de Candangolândia, oportunidade que ele considera de crescimento. “É muito bom estar junto da Igreja e tudo isso está marcando e renovando nosso ministério e o compromisso com a missão de cada um dos nossos colegas”, compartilha Köhler. A semana “Viva com Esperança” foi o último grande movimento evangelístico de 2014, mas também marca o início de novos trabalhos para este ano. Milhares de pessoas demostraram interesse em começar a estudar a Bíblia ou pediram a visita de um pastor ou dupla missionária em seus lares. Para Marcelo Teixeira, que frequenta a Igreja Adventista de Sobradinho, concluir o ano vendo dezenas de pessoas decidindo entregar a vida a Deus é motivo de alegria. “Acho que o ano não poderia terminar melhor. A semana de evangelismo coroou todo o trabalho de 2014. Ver todos esses batismos e 72

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outras pessoas conhecendo a Cristo pela primeira vez é um motivo a mais para continuar o trabalho. Foi um final de ano maravilhoso, um término de semana incrível, que só trouxe alegria ao nosso coração”, expressa Teixeira. O pastor Everon Donato, líder do Ministério Pessoal da sede Administrativa da Igreja Adventista para os países da América do Sul, concorda com Teixeira e ressalta que os resultados positivos são reflexos de uma Igreja comprometida com a Missão. “Durante o movimento ‘Viva com Esperança’, nós vimos muitas igrejas cheias, muitos amigos e diversas pessoas interessadas em estudar e aprender mais sobre a Bíblia. Esse é o sinal de que a Igreja está se comprometendo cada vez mais com a pregação do evangelho”, conclui Donato. IMAGENS: LIANE PRESTES



Fique por dentro/ UCOB

O que é ser igreja? Igreja Adventista no centro-oeste do Brasil enfatiza a prática do amor na vida cristã Por Deborah Lessa

O

dicionário define amizade como “afeto que liga as pessoas”, “reciprocidade de afeição”, “benevolência” e “amor”. A amizade faz parte da vida do ser humano desde a infância. Ela une pessoas diferentes, mas que compartilham de gostos semelhantes. Por meio da amizade se desenvolve a lealdade, a confiança e o amor. Na vida cristã ela também tem um importante papel. A amizade é a chave para bons relacionamentos. Amigo é aquele que se importa, preocupa-se, entende e apoia. A amizade é um canal de influência, seja para o bem ou para o mal. As pessoas fazem ou deixam de fazer muitas coisas por influência de “amigos”. Conhecendo a importância da figura do amigo, a União Centro-Oeste Brasileira (UCOB) decidiu enfatizar e estimular a prática do amor e o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis e verdadeiros. “O amor é o centro da religião. Jesus falou que o cumprimento da lei é o amor. Ele é muito forte em todo o contexto do cristianismo e

a gente sente que há uma necessidade de relacionar mais às pessoas”, explica o pastor Helder Roger, líder da Igreja Adventista na região centro-oeste do Brasil. Embora a amizade seja um dos motivos pelos quais muitos jovens permanecem na Igreja, também é razão para que deixem de frequentá-la. Portanto, percebe-se que não é suficiente ter um amigo na Igreja, é importante ter uma Igreja Amiga. “Esta é a intenção: desenvolver uma cultura, um sentimento de amizade na Igreja e aproximar as gerações”, explica Roger. Ser uma igreja que cresce saudável continua sendo a visão da UCOB, assim como fazer discípulos é a missão que também permanece. No entanto, a amizade precisa fazer parte de todo o processo: ao se passar tempo com Deus, o Melhor Amigo (comunhão), ao cultivar as amizades (relacionamento) e ao conquistar novos amigos para a comunidade (missão). Ser Igreja não é a mesma coisa que ser da Igreja. Então, o que é ser igreja? Ser igreja é ser amigo.

Ser uma Igreja que cresce saudável continua sendo a visão da UCOB, assim como fazer discípulos é a missão que também permanece

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NOSSA VISÃO Ser uma Igreja que cresce saudável. IGREJA SAUDÁVEL Uma igreja que vive em pequenas comunidades, onde a amizade genuína com Deus e os semelhantes conduz os membros ao crescimento em comunhão, relacionamento e missão. NOSSA MISSÃO Fazer discípulos através da Comunhão, Relacionamento e Missão. DISCÍPULO É um amigo verdadeiro de Deus, é amigo dos membros de sua comunidade e está diretamente envolvido na salvação de um amigo. NOSSO PROCESSO Construir comunidades solidificadas por amizades genuínas (Pequenos Grupos); aprender juntos e individualmente a sermos amigos de Deus (culto pessoal e coletivo); conquistar novos amigos para a comunidade (usando seus dons em ministérios).



Fique por dentro

Compaixão para todos Ação Solidária Adventista da Associação Paulista Leste promove convenção para mostrar o poder das boas ações para com o próximo Por Vanessa Moraes

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om o objetivo de apresentar o poder dos atos de compaixão para conquistar novos discípulos, o departamento de Ação Solidária Adventista (ASA) da Associação Paulista Leste (APL), sede regional administrativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), promoveu a 4ª Convenção para Líderes da ASA. Intitulado de “Evangelismo da Compaixão”, o evento aconteceu no dia 8 de novembro do ano passado, das 8h30 às 18h, no colégio Adventista da Vila Matilde (CAVM), e contou com a apresentação de plenárias e workshops. “Essas apresentações exploraram diversas maneiras de oferecer compaixão, uma vez que o nosso modelo, Jesus Cristo, desempenhou Seu ministério com forte ênfase de serviço aos sofredores e necessitados”, afirmou o pastor Jair Miranda, líder da ASA da APL.

O evento também buscou treinar e motivar líderes da ASA da região leste e norte de São Paulo às ações que serão realizadas este ano. Cerca de 450 pessoas participaram da programação, coordenada pelo pastor Miranda. Entre os convidados especiais, estavam o pastor Laércio Mazaro, líder da ASA da União Central Brasileira (UCB) e o vereador Paulo Reis, da Câmara Municipal de São Paulo e autor da lei que reconhece a “Semana da Comunidade Adventista” (25 a 31 de outubro) no calendário da cidade. A apresentação musical ficou por conta do Grupo Projet’Art. Segundo o pastor Miranda, durante a programação, além das plenárias e workshops, houve testemunhos, batismos e uma caminhada até a sede da APL (cerca de 290 metros de distância). Lá, foi inaugurada a placa com a lei municipal da

O evento também buscou treinar e motivar líderes da ASA da região leste e norte de São Paulo às ações que serão realizadas este ano

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IMAGENS: MARCELO INÁCIO


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Fique por dentro

Programação contou com uma parte musical encenada pelos oito amiguinhos da saúde

Semana da Comunidade Adventista em São Paulo. Para marcar aquele momento de alegria, “os participantes soltaram 800 balões de ar com pedidos a Deus em prol das comunidades que a ASA atende” e beneficia. Programação

As plenárias ocorridas durante o dia foram ministradas pelos pastores Josué de Castro, líder de Comunicação e Saúde da APL, que apresentou o tema “Transmitindo compaixão através da mensagem de saúde”; Wagne Mesquita, líder do Ministério Pessoal da APL, que falou sobre o “Engajando novos voluntá-

Evento contou com apresentações de worshops e palestras

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“Precisamos nos associar com as pessoas, ter compaixão delas, desejar o bem, ter simpatia, e atender às suas necessidades” rios através da Escola Sabatina”; Erlo Braun, ex-presidente da APL, que discorreu sobre “As atitudes de compaixão no plantio de novas igrejas”; e Aguinaldo Guimarães, atual presidente da APL, com o tema “O papel das ações de compaixão na conquista de novos discípulos”. A especialista em culinária vegetariana Elisa Viola participou do evento. Para ela, a palestra que o pastor Josué de Castro apresentou sobre saúde foi uma das mais importantes porque esse assunto é o braço direito da IASD. “O pastor Jair foi muito feliz ao organizar uma programação tão rica. As pessoas que assistiram voltaram maravilhadas com o que aprenderam.” Nos workshops, os expositores foram a psicóloga Lysbeth Loureno, a enfermeira Noely Castro, a líder da ASA da Associação Paulistana (AP) Silvana Cazonato, a psicóloga e líder dos Ministérios da Mulher, Criança e Adolescente e AFAM da APL, Vania Moreira, a atleta paraolímpica Soraia Alvarenga e os pastores Vinícius Metzker, Wilson Condemayta, Luís Charles Moreira e professor Geyvison Ludugério. Os principais assuntos abordados foram ações de compaixão para crianças e adolescentes, grávidas, idosos, deficientes físicos, entre outros. “Precisamos nos associar com as pessoas, ter compaixão delas, desejar o bem, ter simpatia, atender às suas necessidades e conquistar a confiança delas. Também devemos convidálas a aceitar Jesus como a única esperança de felicidade completa, pois, a cada ato de compaixão, existe uma oportunidade de salvação”, finalizou o pastor Jair Miranda. IMAGENS: MARCELO INÁCIO



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A Palavra que importa

Ao centro, pastor Stina com a equipe da revista Mais Destaque

Revista Mais Destaque comemora 11 anos de atuação no segmento Por Mayra Silva

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o dia 22 de novembro de 2014, a revista Mais Destaque celebrou 11 anos de existência. O culto de gratidão por essa data especial aconteceu na Igreja Adventista do Sétimo Dia do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo, localizada em Capão Redondo, na capital paulista. A mensagem especial do dia da celebração foi transmitida pelo pastor Neumoel Stina, da Igreja do Unasp, que há três anos marca presença no aniversário da revista. O cantor Gabriel Balestreri, do grupo Novo Tom, participou com uma mensagem musical. Sob o tema “Futuro com esperança”, o pastor Stina discorreu a mensagem do culto de gratidão mencionando a revista como um agente responsável por contribuir com a propagação da esperança para cada leitor que recebe o periódico, que já chegou às mãos de milhares de leitores, tanto do Brasil quanto de países vizinhos. Mas “a Palavra que importa”, lema da revista Mais Destaque, só é disseminada com o auxílio de Deus. E como afirmou o pastor Stina, “o maior desejo do nosso coração deve ser a eternidade”, desejo este que a revista Mais Destaque almeja inserir nas necessidades dos leitores. O evento contou com a presença de quase mil pessoas. Parceiros da revista também participaram da comemoração, como o empresário Wander Faria, da empresa Flytour Turismo, agência de viagens e turismo, líder em emissões de bilhetes da América Latina e a maior agência de business travel do Brasil; e o advogado Fabio Ricardo do Nascimento, colunista

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Pastor Neumoel Stina participa do culto de gratidão pelos 11 anos

da seção “Seu direito”. “Vejo a Revista Mais Destaque como um apoio na divulgação dos projetos da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), uma opção de leitura para crescimento espiritual e também como uma fonte de informação de produtos oferecidos por empresários dentre os seus membros”, diz Faria, que lê o material sempre que o recebe. “Os assuntos abordados na revista permitem uma atualização da sociedade cristã ou não. Mesclar assuntos de cunho religioso, social, legal, econômico e cultural permite pregar a mensagem perpetrado de forma sucinta em muitas camadas da sociedade. Sem sombra de dúvida, é uma revista diferenciada e sem igual dentro do mercado adventista brasileiro”, elogia Nascimento. A revista Mais Destaque é um produto da Seven Editora. Desde novembro de 2003, o periódico dissemina o evangelho e, com isso, contribui para a volta de Jesus. A produção da Mais Destaque, que surgiu na mente de Marcelo Inácio, diretor executivo da revista, era terceirizada. Com o tempo, o periódico cresceu, consequentemente, a equipe também. Em parceria IMAGENS: ARQUIVO MD



Fique por dentro

Equipe da revista Mais Destaque ora pelo crescimento do periódico

Marcelo Inácio, ao centro, Rafael Sampaio, à esquerda, e Fabio Nascimento, à direita, seguram a primeira edição da Mais Destaque

Wander Faria, da Flytour Turismo, participou do culto de aniversário

com Rafael Sampaio, diretor comercial da revista, o produto ganhou asas e alçou voos, alcançando outras regiões do Brasil. A demanda de trabalho na revista cresceu e a equipe aumentou. A princípio, os conteúdos e processo de diagramação e arte do periódico eram terceirizados. Hoje, a equipe de produção é composta pelo publicitário Rogério Viola Júnior, responsável pela diagramação e direção de arte, e duas jornalistas, Vanessa Moraes e Mayra Silva, responsáveis pela produção, edição e revisão dos conteúdos. “Trabalho na Seven Editora há dois anos e é um prazer comemorar os 11 anos desse ministério. A revista Mais Destaque tem cumprido um papel muito importante ao levar o evangelho às pessoas. Por meio desse veículo, sinto que estou cumprindo minha parte na missão que Cristo nos deixou”, acredita Vanessa. Hoje, a Seven Editora também produz edições regionais da revista Mais Destaque: a Mais Destaque Leste, que atende o território da União Leste Brasileira (ULB), sede administrativa da IASD para a Bahia e Sergipe; Mais Destaque Norte, atendendo às igrejas do Pará, Amapá e Maranhão através da União Norte Brasileira (UNB), sede administrativa da IASD para esses três estados; e Mais Destaque Noroeste, que atende o território da União Noroeste Brasileira (UNoB), sede administrativa da IASD para essa região do Brasil. Além desses periódicos, a 82

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Seven também publica a Revista Desbravar, voltada aos Clubes de Desbravadores e Aventureiros e líderes desse ministério. Ao observar o crescimento e resultado que a revista Mais Destaque traz para a vida dos leitores e parceiros da publicação, os diretores Inácio e Sampaio agradecem primeiramente a Deus pela orientação que dá a eles, e a todas as pessoas envolvidas nesse ministério. Além disso, são felizes pelo trabalho que exercem e por poder contribuir para a abreviação da volta de Jesus. “Quanto mais o tempo passa, mais surpreso fico com o trabalho que temos realizado através da Seven Editora e, nesse momento em especial, com a revista Mais Destaque, que chegou aos 11 anos de vida. Para nós, a resposta é clara e encontra-se em um verso muito desafiador da Bíblia: ‘Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas’ (Mateus 6:33). Acredito que nosso grupo, com todos os desafios que este mundo traz diariamente, tem mantido o passo firme em levar a mensagem da volta de Jesus através da Mais Destaque. Obrigado a toda equipe e também aos nossos queridos clientes”, agradece Sampaio. O diretor executivo da revista acredita fortemente que a Mais Destaque está cumprindo o seu papel. “Quando entregamos a nossa vida nas mãos de Deus, Ele nos usa como instrumento para fazermos maravilhas e levar o evangelho para muitas pessoas. E este é o objetivo do ministério da revista Mais Destaque durante estes 11 anos. Tenho certeza de que o papel dela, de levar o evangelho, está sendo escrito por você, leitor, por nossa equipe, pelos nossos familiares e clientes. Meu muito obrigado a todos e, principalmente, ao nosso Deus”, vibra Inácio. IMAGENS: ARQUIVO MD



Fique por dentro/ Empreendedores

DESIGN NOS NEGÓCIOS Conheça as vertentes de uma ferramenta que pode alavancar o seu negócio Por Vanessa Moraes

o empreendedor que busca conhecer a psicologia do consumidor. Funcionalismo, identidade, inovação, originalidade e praticidade são fatores essenciais para quem deseja tornar um produto atraente. O design de ambiente também tem seu lugar. Ele planeja e desenvolve espaços diferentes, tanto residenciais e comerciais quanto públicos e privados. Combina elementos de forma econômica, agradável e segura, e trabalha com layout, pontos de venda, vitrines, entre outros fatores. O design de serviços consiste em planejar e organizar pessoas, infraestrutura e comunicação. Essa vertente melhora a qualidade e a interação entre a empresa que promove serviços e os consumidores. O objetivo, nesse caso, é integrar diferentes pontos de contato para tornar a experiência do consumidor mais atraente e duradoura através de diagnóstico empresarial e planos de implantação.

EMPREENDA Assuntos sobre empreendedorismo são tratados no programa Empreendedores, que vai ao ar toda quinta-feira, a partir das 21 horas no NGT (canal 48 na capital paulista e 26 no Rio de Janeiro). O apresentador do programa, Rafael Sampaio, conversa com empresários que obtiveram sucesso no negócio próprio. Os últimos entrevistados do programa foram:

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eça-chave na atuação das empresas, o design é o elemento que influencia a percepção do público em relação à marca da empresa. Ele serve como identidade ao consumidor e é caracterizado pela inovação. Não importa o porte ou o segmento do seu negócio. O que ele precisa ter é design. Não se trata de um adendo ou uma particularidade que só as empresas grandes conseguem ter. É um investimento que traz benefícios para qualquer negócio. Essa ferramenta possui um leque em termos de área de atuação. O design de comunicação, por exemplo, é um processo que usa a criatividade para atuar na construção de mensagens. Nesse grupo estão a logomarca, identidade visual, design gráfico, material promocional, entre outros. Já o design de produto trabalha com a criação e produção de objetos úteis ao ser humano. Nessa área, sai na frente

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• Aperfeiçoa e reduz custos de produção;

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• Agrega valor às marcas de produtos e serviços; • Cria oportunidade para conquistar consumidores;

• Permite que a empresa adote uma forma de pensar e encarar problemas focada na empatia, colaboração e experimentação; • Promove a utilização de recicláveis e o respeito ao meio ambiente.

IMAGENS: CANSTOCKPHOTO/ ROCHA PRODUÇÕES | FONTE: SEBRAE



Fique por dentro

“Mutirão de Natal” alivia sofrimento de famílias Projeto criado no Rio de Janeiro é desenvolvido em oito países da América do Sul e anualmente beneficia milhares de pessoas carentes Por Jefferson Paradello

O

ano de 2008 será sempre inesquecível para a dona de casa Maria das Dores do Amaral, que vive na comunidade Santa Marta, no Rio de Janeiro. Depois de ser diagnosticada com uma doença causada pelo uso excessivo do cigarro – ela chegou a fumar quatro maços por dia –, Tina, como é conhecida, recebeu a notícia de que uma de suas mãos deveria ser amputada. No entanto, após a cirurgia,

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ela ouviu o médico repreender alguém dizendo que haviam removido a mão errada. Assim, devido a uma falha, Tina ficou sem as duas mãos. No caminho de volta para casa, ela e o filho visitaram uma loja especializada em próteses para ter uma ideia de quanto custaria. O vendedor tentou desanimá-los. “Para conseguir comprar uma, a senhora precisaria ser funcionária pública, IMAGENS: DIVISÃO SUL-AMERICANA (DSA)



Fique por dentro Para celebrar os resultados alcançados em todo o Brasil no ano de 2014, o “Mutirão de Natal” foi encerrado oficialmente no dia 19 de dezembro, durante o programa “Revista Novo Tempo”, transmitido ao vivo pela TV Novo Tempo pois o valor é muito elevado”, relembra ela. Porém, isso não a entristeceu. “Fui embora com a certeza de que um dia eu ganharia uma daquelas”, compartilha. Outro motivo pelo qual Tina não se esquecerá do ano de 2008 é que, exatamente um mês após ir àquela mesma loja, uma pessoa que mora próximo à sua casa conhecia alguns participantes do projeto “Mutirão de Natal”, realizado pela Igreja Adventista de Botafogo, no Rio, e contou sobre o que a dona de casa havia passado. “Visitamos ela, identificamos sua necessidade e buscamos meios de ajudá-la. Ela vivia com dificuldades em casa e não tinha condições financeiras para comprar a prótese. Diante disso, um dos participantes fez a doação”, conta a administradora Eliana Carvalho, que há 11 anos coordena as equipes do “Mutirão de Natal” da igreja adventista de Botafogo. Alívio ao sofrimento

O “Mutirão de Natal” começou em 1994 na igreja adventista de Botafogo a partir de uma gincana para a arrecadação de alimentos para beneficiar pessoas carentes no Natal. Foi levada tão a sério que se estendeu por todo o Brasil e, posteriormente, para mais sete países da América do Sul. “Apesar de tudo o que passei, sou muito feliz. E essa igreja me ajudou muito e ainda ajuda, inclusive com cestas básicas”, sublinha Tina. Entre 2008 e 2013, o programa arrecadou e distribuiu 36.456 toneladas de alimentos em oito países.

Para o pastor Paulo Lopes, diretor da Ação Solidária Adventista (ASA) na América do Sul, o projeto traz um benefício duplo. “Ajuda quem necessita, não só as famílias, mas também as instituições. E o Mutirão tem a capacidade de mobilizar a igreja e isso beneficia quem participa diretamente”, destaca. De acordo com ele, o ser humano tem uma necessidade natural de ajudar os outros, de fazer o bem, e isso contribui para o desenvolvimento da solidariedade. Ele lembra, por exemplo, que diversos núcleos e projetos da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) são beneficiados com as doações. “Em 2014 arrecadamos 33 toneladas de alimentos. Toda a Igreja está envolvida. Apoiamos dez projetos sociais durante o ano. Fico feliz por ver que as pessoas estão participando”, diz Eliana. Para celebrar os resultados alcançados em todo o Brasil, o “Mutirão de Natal” foi encerrado oficialmente no dia 19 de dezembro, durante o programa “Revista Novo Tempo”, transmitido ao vivo pela TV Novo Tempo. Impacto

Lopes lembra que quando uma cesta de alimentos é entregue, geralmente um livro missionário a acompanha. Essa é uma estratégia para suprir outra necessidade: a espiritual. “A escritora norteamericana Ellen White diz que ao ajudar as pessoas, elas se abrem mais para receber a Palavra de Deus. Abre-se uma porta de oportunidade”, reforça.

Tina, em 2008, pouco antes de receber as próteses doadas pelo “Mutirão de Natal”

Eliana calcula e chega à conclusão de que não é possível mensurar a alegria vista nos olhos de pessoas que vivem, na maioria das vezes, em condições tristes e são beneficiadas por aquilo que é possível fazer quando um grupo se une para ajudar uma família ou mesmo uma comunidade. Tina assegura que o projeto tem feito a diferença em sua vida nos últimos anos. “Não tenho nem como agradecer. E se alguém achar que ele é ruim, não sabe do que fala”, defende. Ao término da entrevista, pouco antes de desligar o telefone, Tina diz que hoje é muito feliz e conseguiu fazer cursos de culinária e informática após o acidente. Seu sonho agora é voltar a trabalhar em algo próprio e ter, por exemplo, um carrinho de cachorro-quente. Mas o que deseja mesmo é que as pessoas se esforcem mais para ajudar os outros, assim como ela foi ajudada.

O “Mutirão de Natal” começou em 1994 na igreja adventista de Botafogo a partir de uma gincana para a arrecadação de alimentos para beneficiar pessoas carentes no Natal. Foi levada tão a sério que se estendeu pelo Brasil e mais sete países da América do Sul

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IMAGENS: DIVISÃO SUL-AMERICANA (DSA)





Conta corrente

Volta às aulas com economia Ensine seu filho a visualizar o investimento realizado na educação dele

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as férias de final de ano as pessoas gastam mais. É o picolé na praia, o almoço no fim de semana, as roupas em promoção. Infelizmente, o corpo e o bolso não funcionam na lógica das leis trabalhistas. Para eles, não existem férias. Há descanso, mas o seu salário é um só, bem como a sua vida, por isso, planeje-se para os gastos do início do ano. Neste primeiro bimestre, as escolas retomam as aulas. Algumas só iniciam as atividades após o carnaval. De qualquer forma, as contas com os materiais escolares não são baratas, mas você pode tirar boas experiências disso. A primeira dica é ensinar o seu filho a apreciar todo o esforço que a família faz para que ele estude. Tome tempo para mostrar-lhe a fatia da renda familiar que fica comprometida com a formação dele. Mostre-lhe o preço da mensalidade e faça as contas. Divida esse valor pelo número de aulas e veja

quanto custa cada uma delas. Assim, seu filho pensará melhor cada vez que chegar atrasado, que resolver “matar” aula ou preferir conversar em vez de se dedicar ao aprendizado. Ele entenderá que o dinheiro investido em sua educação pode estar sendo desperdiçado. No início do ano, os pais investem em livros, cadernos, uniforme, mochila, papéis, enfim, a lista de materiais é imensa. Para evitar dores de cabeça, veja dicas importantes que podem fazer toda a diferença na hora de ir às compras:

O SEGREDO

Os gastos com a volta às aulas são inevitáveis, mas podem ser bem-sucedidos se houver planejamento e dedicação

Invista na saúde do seu filho. Um exemplo disso é a mochila. Se for adequada e resistente, é um bom investimento Antonio Tostes é diretor geral da Rede Novo Tempo de Comunicação

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ILUSTRAÇÕES: CANSTOCKPHOTO/ FREEPIK


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Ao receber a lista de materiais, certifique-se de que ela corresponde à turma do seu filho. Alguns pais se esquecem de averiguar essa informação e podem comprar itens errados, o que causa frustração depois.

Faça um inventário do que você tem em casa, principalmente se essa não é a primeira vez que seu filho vai à escola. Você pode ter itens que podem ser reaproveitados, como lápis, borracha, estojo, entre outros.

Pesquise preços. A vida corrida fez com que a prática de pesquisar preços caísse, mas ela ainda é válida e deve ser usada. Os preços variam de marca, de uma loja para a outra, e isso faz uma enorme diferença.

Compre com antecedência. Como a maioria dos brasileiros deixa tudo para a última hora, a demanda de material escolar antes das aulas aumenta. Como consequência, os preços dos produtos também sobem.

Compre no atacado. Algumas lojas diferem significativamente no preço de varejo e atacado. Converse com outros pais, com vizinhos, e proponha que a compra seja feita em conjunto. Assim, todos saem ganhando.

Negocie as condições de pagamento. A boa e velha pechincha ainda funciona. Mas já que o ano começa apertado devido às muitas contas, a ideia é negociar. E lembre-se de que comprar à vista é sempre melhor.

Leve seu filho às compras, mas negocie com ele antes. Depois de avaliar o que será reaproveitado em casa, vocês terão uma lista final em mãos. Combinem de ser fiéis a ela. Esse processo trará aprendizado.

Invista na saúde do seu filho. Um exemplo disso é a mochila. Se for adequada e resistente, é um bom investimento. Se possível, gaste mais com ela, pois será útil por maior tempo e não trará danos à saúde.

Fique de olho nas embalagens dos produtos. Colas, tintas e pincéis atômicos precisam ter informações claras. Alguns produtos sintéticos podem representar risco à saúde das crianças. Fique atento.

Compre em locais que oferecem a nota fiscal. Caso o produto comprado apresente algum defeito, a nota é a garantia de que você poderá efetuar a troca. Caso contrário, haverá prejuízo.

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Aconteceu comigo

DA MORTE PARA A VIDA

Funcionário público se vê livre das drogas graças a um projeto da ADRA Por Mayra Silva, Jéssica Fontella e Bárbara Oliveira

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o ano de 1987, a Organização das Nações Unidas (ONU) elegeu 26 de junho como o Dia Internacional de Combate ao Tráfico e Uso de Drogas. Segundo o Relatório Mundial sobre Drogas, divulgado em 2013 pela instituição, o número de dependentes químicos cresceu no Brasil. O consumo de cocaína, por exemplo, atingiu cerca de 3,3 milhões de habitantes em 2011. Procurando diminuir esses números, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) criou o projeto Pró-Vida, que funciona na cidade de Cachoeira, na Bahia, e já beneficiou aproximadamente 800 pessoas. Palestras sobre cuidados de higiene, saúde, família e relaciona94

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mentos fazem parte das atividades semanais, além de aulas de espanhol e inglês. A história do funcionário público Marcos Roberto Pinto é um exemplo de alguém beneficiado pela iniciativa. Por meio da influência de amigos, ele foi apresentado às drogas quando ainda era jovem. Seus primeiros vícios foram o fumo e o álcool. Em pouco tempo, tornou-se um usuário de drogas, aprofundando cada vez mais o consumo de maconha e cocaína. Casou-se e constituiu uma família, mas seu salário era quase sempre voltado à dependência química. “Eu recebi um salário de um mês de trabalho e comprei uma lata de leite Nan. Foi a única coisa que paguei para minha família com quase dois IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL



Aconteceu comigo

Hoje, o ex-viciado se vê livre das drogas, é um bom esposo e pai responsável mil reais”, contabiliza. Roberto já chegou a usar uma média de R$ 300 de crack por dia. Preocupada com a situação do filho, Irailde Corrêa o convidou para morar em sua casa. Pela influência de sua mãe, Marcos realizou quatro tratamentos para deixar o vício, mas nenhum teve resultado. “O meu fundo do poço foi chegar aos 57 quilos por ser usuário de crack. Pensei que ia morrer”, avalia. Luz no fim do túnel

A mudança de vida ocorreu quando surgiu a oportunidade de realizar o tratamento no Pró-Vida. Por meio do trabalho no campo, relacionamento e atividades espirituais, sua saúde foi reestabelecida. “Senti que algo estava acontecendo porque não senti abstinência, senti alegria”, relata. Hoje, o ex-viciado se vê livre das drogas, é um bom esposo e pai responsável. Quando é convidado para dar palestras, compartilha sua experiência de vida com jovens e adultos. No ambiente da comunidade terapêutica Pró-Vida, os usuários têm a oportunidade de realizar atividades de laborterapia, na qual dedicam tempo para cuidar do campo e cultivar alimentos que serão consumidos no próprio local. Também entram em contato com pessoas preparadas para auxiliá-los em suas necessidades psicológicas, físicas e emocionais.

Roberto está feliz ao lado da família

de drogas. “Se Jesus me curar e eu recuperar dos vícios, vou trabalhar para a causa de Deus”, dizia Marcos Roberto. E um dos momentos mais marcantes na vida dele durante a Missão Calebe foi quando contribuiu para o processo de conversão de um jovem que também já foi usuário de drogas e participante ativo na vida do crime, o que inclui assaltos a mão armada. Esse jovem, chamado Carlos Araujo Junior, quase morreu na marginalidade. Certo dia, após combinar um assalto com um parceiro, Junior levou três tiros do próprio companheiro de assalto, que achava que ele tinha morrido. Mas Deus foi misericordioso e poupou a vida daquele jovem. O tiro que ele levou na nuca ficou há poucos centímetros do crânio, o que o impediu de ficar deficiente ou morrer. Depois do ocorrido, Roberto ofereceu um estudo bíblico para Junior, que aceitou e, posteriormente, abandonou a vida que levava e tomou a decisão pelo batismo. Vitória

Missão Calebe

Roberto também já participou do projeto Missão Calebe, em Feira de Santana, na Bahia, a convite do pastor e cantor Daniel Lüdtke. Essa participação foi resultado de uma promessa que ele havia feita a sua mãe, quando ainda era usuário

Roberto se livrou das drogas e atualmente dá palestras

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Roberto, que na adolescência trocava as salas de aula por cervejas e cigarro, hoje dá palestras em instituições de ensino sobre o perigo que esses vícios oferecem. O tratamento realizado no Pró-Vida, cuja base principal foi a espiritualidade, transformou a vida de Roberto. Hoje ele é feliz e saudável. Sua vida é repleta de paz e esperança. Deus o chamou para a missão e ele aceitou o convite. Seu objeto e desejo é nunca mais se soltar das mãos do seu Pai eterno, Aquele que deseja lhe conceder vida em abundância. Se deseja convidar Roberto para palestrar em sua igreja ou algum evento, entre em contato com ele através dos telefones (98) 99906-9122 (Oi) ou (98) 98173-1225 (Tim).


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Reflexão

Quando os problemas e lutas da vida crescem e não os subtemos ao Senhor, nosso vínculo com Deus se rompe e perdemos grandes bênçãos Helio Carnassale é diretor geral do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo

AMORÁVEL CUIDADO Os salmos são hinos que nos fazem refletir todo o amor de Deus pos nós

O

Salmo 131 é um dos mais belos cânticos sobre a confiança e a segurança na proteção e no cuidado de Deus para com Seus filhos. É um dos poemas hebraicos mais apreciados. Esse salmo é o predileto de muita gente. Ellen White, no livro “Patriarcas e Profetas”, página 664, afirma que Davi é o autor dos salmos 120 e 121. Ele compôs esses dois hinos no deserto de Parã, que ficava ao sul da Judeia, para onde se dirigiu logo após a morte do profeta Samuel (I Samuel 25:1), na condição de fugitivo do rei Saul. Os Salmos 120 a 131 são conhecidos como cânticos de romagem, ou seja, eram cantados pelos peregrinos a caminho das festas anuais de Jerusalém. Desses 12 cânticos, cinco são atribuídos a Davi - 120, 121, 122, 124 e 131. É provável que o Salmo 121 fosse um cântico antifônico, cantado por dois grupos. Um grupo cantava os versos 1 e 2 e o outro respondia cantando os versos 3 e 4, e assim sucessivamente. A promessa de que o Senhor nos guardará de todo mal abrange tanto o mal moral quanto o físico e refere-se àquilo que pode nos prejudicar. Mas, em Sua graça, Deus transforma em bem o que consideramos mal. A oração “guardará a tua saída e a tua entrada” (Salmo 121:8), refere-se às atividades diárias da vida. Sem dúvida nosso Pai Celestial se preocupa com nossas tarefas, com nossa agenda e até mesmo com aqueles detalhes que nos parecem menos importantes. O Senhor certamente vela sobre todos os empreendimentos de Seus filhos. Há, porém, algo a mais para pensarmos nesse salmo. No livro “Cuidado Humano”, a enfermeira Vera Regina Waldow afirma que a vida de Jesus Cristo é o maior exemplo de cuidado. Ele foi um perfeito ser de cuidados, um restaurador de almas e corpos. Compaixão, misericórdia, humildade e amor marcaram Seu trato para com os seres humanos. Esse é um poderoso exemplo para todas as profissões cuidadoras: enfermeiros, pastores, médicos, entre outras. É um exemplo do que cada filho dEle deve ser: um cuidador. Você pode até querer se esquivar de cuidar de seus irmãos, como Caim, mas isso não tira sua responsabilidade. Davi, no Salmo 55:22, que pode ter sido escrito quando fugia de Absalão, nos incentivou: “Confia os teus cuidados ao

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Senhor e Ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado”. O apóstolo Pedro repetiu essa promessa em sua carta: “Lançando toda ansiedade sobre Ele, porque Ele tem cuidado de vós” (I Pedro 5:7). A palavra traduzida nesse verso por ansiedade tem o sentido de divisão, rompimento. Quando os problemas e lutas da vida crescem e não os subtemos ao Senhor, nosso vínculo com Deus se rompe e perdemos grandes bênçãos. Por isso Pedro nos estimula e nos convida a lançar todas as nossas ansiedades sobre o Senhor, com a simples, mas poderosa certeza, de que Ele cuida de nós. Como responderemos ao convite do Senhor para “confiar nossos cuidados e lançar toda nossa ansiedade sobre Ele?” Que Deus nos conforte com Seu amorável cuidado. IMAGEM: CANSTOCKPHOTO




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