Muito Além do Ensino

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ELLEN WHITE

Igreja Adventista relembra centenário da morte da profetisa e em homenagem a ela promove ações

ANO 11 | MAI/JUN | 15

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muito além

do ensino

Conheça a história do Unasp campus São Paulo, uma instituição que nasceu para formar missionários e se transformou na maior referência de ensino adventista do Brasil






Índice

34 CAPA

Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo, celebra conquistas e vitórias alcançadas ao longo de seus cem anos de existência. Confira os principais eventos comemorativos e uma linha do tempo com acontecimentos de cada década

12 Entrevista

Pastor Alejandro Bullón conta como se tornou evangelista

30 Perfil

60 “Feliz sábado”

Assad Bechara revela sua vida de comunicador e dá dicas de sucesso

Equipe da Mais Destaque participa de programa da TV Novo Tempo

Seções

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Comportamento Mãe solteira, liberal e protetora. Conheça três tipos de maternidade

08 EDITORIAL 20 EDUCAÇÃO 28 EVANGELISMO

44 EMPRESARIAL 46 sEU DIREITO 50 FIQUE POR DENTRO

62 CONTA CORRENTE 64 aCONTECEU COMIGO 66 reflexão

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ESPECIAL Ellen White morreu há 100 anos. Confira como foi seu ministério profético Diretor Executivo: Marcelo Inácio, MTB 55.665/SP marcelo@seveneditora.com.br | Diretor Comercial: Rafael Sampaio comercial@seveneditora.com.br | Editoras de Conteúdo e Revisão: Vanessa Moraes vanessa.moraes@seveneditora.com.br e Mayra Silva redacao@seveneditora.com.br | Direção de arte e Capa: Rogério Viola Junior arte@seveneditora.com.br | Colaboradores: Hidaiana Rosa, Esthéfanie Vila Maior, Nathália Lima, David Oliveira, Neumoel Stina, Danúbia França, Michelle Martins, Heron Santana e Isaac Malheiros. FALE COM A MAIS DESTAQUE

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Editorial

Um século de história Celebrar aniversários é um costume procedente do antigo Egito. Egípcios e gregos restringiam as comemorações apenas a seres superiores, como Faraó e deuses. Com o passar do tempo, o hábito entrou na vida dos seres humanos comuns, como os romanos, que antes só privilegiavam o imperador, sua família e os senadores com festas comemorativas. O interessante é que hoje não apenas aniversários de pessoas são festejados, mas também de empresas e instituições, como o Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo, que neste ano comemora um século de história. É difícil encontrar gente que não gosta de festa. E foi por isso que o Unasp planejou cem ações para comemorar cada um de seus aniversários. A instituição, uma das referências em educação adventista no Brasil, não mede esforços para fazer cumprir o seu papel missionário desde os primórdios. Portanto, vale a pena conhecer suas conquistas ao longo de um centenário, bem como o contínuo crescimento e os projetos de expansão. Tudo está detalhado na matéria de capa desta edição. E por falar em referências, um destaque é a entrevista com o pastor Alejandro Bullón. Inspire-se em sua trajetória missionária e saiba mais sobre a vida de um dos maiores evangelistas da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) do mundo. E as personalidades não param por aí. A seção Perfil conta a história incrível do comunicador Assad Bechara, e o Especial da vez narra o ministério profético de Ellen White, que neste ano também completa um centenário desde sua morte, em 1915. A IASD relembra seus 70 anos de ministério profético e faz homenagens por meio de ações. Na seção Evangelismo, o pastor Rafael Rossi discorre sobre um assunto curioso: o cristão vampiro. Entre tantos tipos de cristão, esse é muito mais comum do que você imagina. Se ainda não ouviu falar nesse tema, não perca tempo e descubra o que significa. Em Conta Corrente e Seu Direito, os assuntos tratados são comuns: a demissão. Não deixe de lê-las para se garantir no mercado de trabalho e entender melhor como manter seu plano de saúde, respectivamente. Deu para perceber que esta edição está incrível, certo? Então delicie-se nas páginas a seguir. Depois, mande um comentário sobre o texto que mais gostou. Estamos ansiosos pelo seu contato.

Destaque-se

ANO 11 | JAN/FEV | 15

O rapaz da seção Aconteceu Comigo teve convulsão em casa, minutos depois de andar de moto e instantes antes de pilotá-la novamente. Ainda bem que não foi enquanto dirigia a motocicleta. Às vezes é necessário acontecer coisas assim em nossa vida para reconhecermos a soberania de Deus. Willian Marques, militar

Como disse a matéria de Comportamento da edição passada, não devemos mentir, porque a Bíblia é clara em dizer que o pai da mentira é Satanás e eu confio nas promessas de Deus ao me dizer que se deleita com os que falam a verdade (João 8:44). Flávia Assunção, auxiliar de escritório

Acho muito importante enfatizar sobre a mulher que um homem deve escolher. Devemos optar por escolhas certas para evitar problemas futuros, pois tudo na vida depende de planejamento, algo que deve ser discutido. Na relação entre homem e mulher não é diferente. Somos imperfeitos, mas podemos concertar os erros em comum para termos uma relação mais saudável. Daniel Augusto, estagiário Cons. Empresarial

Na matéria de Capa, o pastor Rafael Rossi diz que a Igreja Adventista não possui nenhum documento votado sobre a pena de morte. Eu não acho que a Igreja tenha que ter uma posição a respeito disso. São discussões fúteis que não levam a lugar nenhum e só geram polêmica. Marcos Rocha, estudante de História

ROGÉRIO VIOLA JR.

Marcelo Inácio

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Entrevista “O que aconteceu comigo é algo tão grande e tão bonito, que preciso contar desse amor a todo mundo”

Alejandro Bullón

apaixonado por jesus Autor de renome internacional, Bullón, que é pastor, conferencista, roteirista e escritor, fala sobre como ser um evangelista Entrevista: Marcelo Inácio | Texto: Vanessa Moraes

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utor de 39 livros, o pastor Alejandro Bullón é peruano e viaja pelo mundo para ministrar palestras e sermões evangelísticos. Formado em teologia, possui o título de Doutor Honoris Causa (atribuído àquele que se distingue pelo conhecimento ou atuação em prol das artes, ciências, filosofia, letras ou melhor entendimento entre os povos), outorgado pela Universidade Adventista do Peru. Membro da União Brasileira de Escritores, Bullón trabalhou durante 38

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anos como conselheiro de jovens e de pastores na América do Sul. Atualmente, dirige o ministério “Sublime Graça”, que apresenta Jesus como único salvador. Apaixonado por comunicar ideias que inspiram, Bullón já atuou em mais de 200 emissoras de rádio, televisão e internet, mídias pelas quais se apresenta até hoje. Seu ministério inclui espalhar o evangelho por meio de livros, CDs, DVDs, seminários, artigos e downloads. Casado com Sara Orfilia, o renomado pastor tem quatro filhos e seis netos.

Como surgiu, em seu coração, o desejo de falar sobre Jesus ao mundo? Para escrever ou falar, seu coração precisa estar repleto da mensagem que quer transmitir. Antes de ser um escritor e pastor evangelista, sou um ser humano que um dia deixou-se ser encontrado por Jesus. Eu não tenho como expressar a paz, o amor e a misericórdia dEle. O que aconteceu comigo é algo tão grande e tão bonito, que preciso contar desse amor a todo mundo. Jesus é meu exemplo não só na vida cristã, mas como pregador também. A maneira como lidava com as pessoas e a forma simples de falar-lhes por meio de parábolas me inspiram. Quando eu era criança não entendia algumas pregações. Eu falava que quando crescesse ia pregar de tal forma que as crianças pudessem me entender. Hoje, meu padrão são as crianças. Se elas me entendem, suponho que os adultos também. Qual depoimento de conversão ou transformação, fruto dos seus livros, chamou mais sua atenção? Os livros são como filhos. Eu tenho quatro filhos. Se você perguntar qual eu amo mais, terei problemas, porque amo os quatro. Cada um tem suas características, virtudes e defeitos. Os livros são iguais. Amo todos eles. Escrevi cada um num momento da minha vida. Por isso alguns são mais calmos, outros mais emocionantes, uns inspiram paz, outros vontade de lutar, segredos para resistir à tentação, enfim, são reflexos daquilo que eu estava vivendo no momento. Escrevo livros porque sei que um dia, mais cedo ou mais tarde, Deus vai me recolher. Tomara que Jesus volte antes, mas, se eu descansar, gostaria que a Igreja ficasse ainda por muitos IMAGEM: DIVULGAÇÃO



Entrevista

Evangelismo vem da palavra evangelho, que significa boas-novas, boas notícias. Em que consiste o evangelho? Na maravilhosa notícia de que você é um pecador, mas Deus o ama” êxito, nunca vai alcançá-lo. Mas quando você esquece dele e dedica sua vida para servir, aí então o sucesso vem. Eu nunca corri atrás disso. Sinceramente, sempre quis servir. Acho que o êxito é o amor, a gratidão, o carinho que Igreja e as pessoas sentem por nós, porque, afinal, somos apenas um canal pelo qual Deus fala. Se você quer ser um bom evangelista, coloque-se nas mãos dEle. Um evangelista não tem nada de bom em si, ele é um canal das coisas boas que Deus têm. Não corra atrás de aplausos e fama. Não se deixe corromper pelo poder, dinheiro e tentações que o rodeiam. Seja honesto com você mesmo, humilde, servo e instrumento nas mãos de Deus.

Como leigos, também podemos ser evangelistas? Evangelismo vem da palavra evangelho, que significa boas-novas, boas notícias. Em que consiste o evangelho? Na maravilhosa notícia de que você é um pecador, mas Deus o ama, pode transformar sua vida e fazer de você uma pessoa feliz. Esse é o evangelho. Ele pode ser transmitido por qualquer ser humano. Fazer evangelismo não é uma função exclusiva do pastor. Talvez nós, pastores, apareçamos mais porque estamos dedicados exclusivamente ao ministério, mas qualquer um pode fazer evangelismo. Eu conheço grandes evangelistas leigos. No Caribe, tem um irmão leigo que prega para milhares de pessoas e traz muitas delas a Cristo. Não são de dedicação exclusiva, porque eles têm que trabalhar para se manter. Os pastores têm a bênção de dedicar 24 horas do tempo para Deus.

anos com minhas mensagens escritas. Que leiam, meditem e pensem. A maior parte das minhas mensagens tem como propósito levar a pessoa a apaixonar-se por Jesus, segui-lo e viver um relacionamento de amor, não de medo ou temor. Cada livro tem histórias de conversões, de pessoas que mudaram de vida, tomaram decisões que radicalmente alteraram o rumo da existência delas. E se eu pudesse falar dos milagres que Deus fez através dessas obras, demoraríamos dias. O que um evangelista precisa ter para ser como o senhor? O êxito é uma menina linda que se apaixona por aquele que está disposto a servir. Enquanto você correr atrás do 14

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Deixe uma mensagem aos leitores da MD. A vida cristã não é nada complicada. Os seres humanos é que a complicam. O que é cristianismo? Companheirismo diário com Jesus. Nós não temos que guardar isso ou cumprir aquilo. Sempre ilustro a vida cristã com a vida do casamento. Quando uma mulher e um homem se casam, não estão pensando nos deveres e responsabilidades, só pensam em viver juntos. Essa vida de amor e companheirismo tem responsabilidades e privilégios? Sim. Mas ninguém se casa pensando nisso. A vida cristã é igual. Você não se torna cristão pensando no que precisa fazer ou cumprir, você se casa com Jesus para viver a mais linda história de amor com Ele. Você é batizado para isso, e, logicamente, nessa convivência de amor, há responsabilidades, mas quando elas são cumpridas com e por amor, tornam-se privilégio.

IMAGEM: DIVULGAÇÃO



Especial

Ministério

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io profético Igreja Adventista relembra centenário da morte da escritora norte-americana Ellen White Por Mayra Silva e Vanessa Moraes

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o decorrer dos seus 70 anos de ministério profético, Ellen Gould White foi uma porta-voz para comunicar a vontade de Deus ao Seu povo nos últimos dias da história deste mundo. No final de sua vida, ela afirmou: “Abundante luz tem sido comunicada a nosso povo nestes últimos dias. Seja ou não poupada a minha vida, meus escritos falarão sem cessar, e sua obra irá avante enquanto o tempo durar. Meus escritos são conservados em arquivo no escritório e, mesmo que eu não deva viver, essas palavras que me têm sido dadas pelo Senhor terão vida ainda e falarão ao povo. […] E, quando ele achar conveniente deixar que eu descanse, suas mensagens terão ainda mais força vital do que quando vivia a débil instrumentalidade por meio de quem elas foram transmitidas” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 76 e 77). “Primeiramente, nunca foi fácil ser um profeta, ou seja, um porta-voz de Deus. Desde os tempos bíblicos, a autoridade dos profetas tem sido provada por muitos incrédulos. Assim foi com Moisés, Isaías, Jeremias, os apóstolos Pedro, João e Paulo e, principalmente,

com o próprio Jesus, o maior de todos os profetas”, afirma o pastor Renato Stencel, diretor do Centro White do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho. “Certa vez, perguntaram a Jesus: ‘Com que autoridade fazes estas coisas?’ (Lucas 20:2). Ao vislumbrar o período do tempo do fim, Deus mostrou a Ellen White que, à semelhança dos profetas bíblicos, seu ministério também encontraria grande oposição. O inimigo tenta impedir que essa luz alcance o povo de Deus, em meio aos perigos destes últimos dias.” Em entrevista à revista Mais Destaque, o pastor Stencel frisou que o último engano de Satanás será exatamente anular o testemunho (autoridade) do Espírito de Deus. “Por que”, indagou ele, respondendo com um provérbio bíblico, escrito por Salomão: “Não havendo profecia, o povo se corrompe...” (Provérbios 29:18). “Lembrando que seu propósito final não é apenas atacar a autoridade do Dom de Profecia ou da Bíblia, mas acusar a Deus e destituir Sua autoridade, a fim de tornar Seu plano de salvação ineficaz”, destacou.

No Brasil, existem três níveis diferentes de instituições que preservam o patrimônio literário de Ellen White: 1) Centros de Pesquisas; 2) Centros de Estudos; 3) Minicentros. Atualmente, o Brasil possui dois Centros de Pesquisas da escritora norte-americana: um localizado no Unasp, campus Engenheiro Coelho, e o outro na Faculdade Adventista da Bahia (IAENE). Além disso, existem dois Centros de Estudos Ellen G. White, que estão localizados na Faculdade Adventista da Amazônia (FAAMA) e no Instituto Adventista Paranaense (IAP). “Por fim, temos 189 minicentros, que são pequenos núcleos de estudos localizados nas igrejas espalhadas pelos vários Campos do nosso território”, afirma Stencel. Renato Stencel é pastor e diretor do Centro White do Unasp, campus Engenheiro Coelho

“Nunca foi fácil ser um profeta, ou seja, um porta-voz de Deus. Desde os tempos bíblicos, a autoridade dos profetas tem sido provada por muitos incrédulos”

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Especial 70 anos de ministério Quando Ellen White tinha 17 anos, Deus lhe deu a primeira de quase duas mil visões e sonhos. “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos” (Atos 2:17). Confira a seguir a trajetória da vida da escritora e seus notáveis talentos espirituais:

Nasceu em Gorham, na cidade de Maine, nos Estados Unidos, no dia 26 de novembro de 1827. Filha de Roberto e Eunice Harmon, era gêmea com Elizabeth. Além dela, tinha outros seis irmãos.

1836/1837

1827

No ano de 1840, assistiu com os pais à reunião campal metodista em Buxton, Maine, e lá, com a idade de 12 anos, entregou o coração a Deus. Ellen e sua família conheceram e aceitaram as mensagens adventistas de um fazendeiro que se tornou pregador batista: Guilherme Miller.

Em memória de Ellen White De acordo com o pastor Renato Stencel, A Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), a nível mundial, está se mobilizando para promover diversas ações que relembram o centenário da morte da profetisa Ellen White. O White Estate, órgão que preserva o patrimônio literário da escritora na Associação Geral da IASD, elaborou um site específico para essa ocasião. O conteúdo está disponível em library.ellenwhite.org/centennial. Na Divisão Sul-Americana (DSA), a IASD está desenvolvendo ações que visam relembrar a influência e importância do ministério profético de Ellen White no processo de formação e desenvolvimento da Igreja de 1844. O Centro White – Unasp preparou uma série de materiais alusivos ao centenário da morte da profetisa, que podem ser acessados pelo site www.centrowhite.org.br/downloads/centenario/. Além disso, a Casa Publicadora Brasileira (CPB), editora da REVISTA MAIS DESTAQUE

1845

1844

1840 Com 9 anos de idade, ao voltar da escola para casa, Ellen foi ferida por uma pedra que a colega de classe lhe atirou, atingido-a no nariz. Esse acidente quase lhe custou a vida. Por causa do ocorrido, ficou inconsciente durante três semanas, o que a incapacitou de continuar os trabalhos escolares. Tudo indicava que ela não viveria por muito tempo.

18

1842

Em 22 de outubro de 1844, junto a Guilherme Miller e outros membros fervorosos da Igreja, aguardava a volta de Jesus. Entretanto, sofreram grande decepção. A interpretação feita do capítulo 8 de Daniel foi equivocada. Na verdade, aquela data significava a passagem de Jesus do lugar Santo para o Santíssimo, momento em que o Filho de Deus começaria a julgar todas as pessoas.

Voltando para casa, por sua insistência foi batizada por imersão pelo ministro metodista nas ondas revoltas do Oceano Atlântico, que banhava as praias de Portland, e nesse mesmo dia foi recebida como membro da Igreja Metodista.

Com 17 anos de idade, a jovem teve sua primeira visão. “O Céu parecia escuro perto do grupo em oração, e ao repousar o poder de Deus sobre Ellen, perdeu ela a noção do ambiente terreno, e numa revelação figurada testemunhou as viagens do povo do advento para a cidade de Deus” (Primeiros Escritos, p. 13-20). Quando Ellen relatou, tremendo e relutantemente, essa visão aos crentes em Portland, foi aceita como profetisa (luz) de Deus.

Conheceu Tiago White, um ministro adventista de 25 anos de idade, com quem compartilhou a convicção de que Deus a tinha chamado para que fizesse a obra de uma profetisa.

IASD, já publicou uma série especial de seis livros, intitulada “Mensagens de Esperança”. Os periódicos serão veículos que permitirão aos membros da Igreja Adventista conhecer, de forma mais ampla, os escritos de Ellen White e divulgá-los àqueles que não os conhecem.

O White Estate elaborou um site específico para essa ocasião. O conteúdo está disponível em library.ellenwhite.org/centennial

IMAGENS: IMAGENS: DIVULGAÇÃO ULB


Em 1846, Ellen e Tiago se uniram em matrimônio e, em pouco tempo, começaram a guardar o sábado conforme o quarto mandamento de Êxodo 20. Após o casamento, o casal teve quatro filhos: Herbert, que morreu poucas semanas depois de nascer; Henry, que morreu aos 16 anos de idade; e Edson e William, que chegaram a ser ministros adventistas.

1847

1846

Tiago e Ellen entregaram-se ao estudo cuidadoso de um folhetinho de 46 páginas, publicado pelo pastor José Bates, em New Bedford, Massachusetts, intitulado “The Seventh-day Sabbath” (O Sábado do Sétimo Dia), e que apresentava evidências da Bíblia quanto à santidade do sétimo dia.

Na década de 70 daquele século, Ellen foi encontrada escrevendo incessantemente, assistindo às sessões da Associação Geral, cumprindo compromissos nas praças da cidade e na prisão do Estado.

1881

1870 Em 7 de abril de 1847, Ellen White teve outra visão, por meio da qual foi-lhe mostrada a Lei de Deus no Santuário Celestial, com um raio de luz ao redor do quarto mandamento. Essa visão trouxe mais clara compreensão da importância da verdade do sábado e confirmou a confiança dos adventistas nela (Primeiros Escritos, p. 32-35).

Em 13 de fevereiro de 1915, Ellen White tropeçou e caiu ao entrar em seu gabinete de estudos. Foi um acidente sério. O exame de raio-X revelou uma fratura no quadril, deixando-a cinco meses confinada à cama e cadeira de rodas.

1915 Nesse período, Tiago White estava com pouca saúde. Longos anos de excessivo trabalho mental e físico diminuíram suas forças, falecendo em 6 de agosto de 1881. No funeral do esposo, Ellen White prometeu a si mesma avançar na obra que lhe fora confiada.

Durante os 70 anos de seu ministério profético, Deus concedeu a Ellen White cerca de dois mil sonhos e visões, que resultaram em mais de cem mil páginas de manuscritos, totalizando 25 milhões de palavras. Além disso, ela escreveu mais de cinco mil artigos e 49 livros.

Os trabalhos da vida de Ellen White terminaram em 16 de julho de 1915, aos 87 anos de idade, e foi posta a descansar ao lado do esposo no cemitério de Oak Hill, em Batlle Creek, Michigan. Viveu parte da sua vida durante o século 19 (1827-1915). Contudo, através de seus escritos, continua exercendo um extraordinário impacto sobre milhões de indivíduos ao redor do mundo.

Hoje, incluindo compilações de seus manuscritos, mais de 150 livros estão disponíveis em inglês e cerca de 90 em português. Ellen White é a escritora mais traduzida em toda a história da literatura. Seus escritos incluem religião, educação, saúde, relações sociais, evangelismo, profecias, trabalho de publicações, nutrição e administração. Este box contém seis livros escritos por Ellen White. A série especial “Mensagens de Esperança” foi publicada pela CPB em memória ao centenário de sua morte

“Os escritos de Ellen White não constituem um substituto para a Bíblia. Não podem ser colocados no mesmo nível. As Escrituras Sagradas ocupam posição única, pois são o único padrão pelo qual os seus escritos – ou quaisquer outros – devem ser julgados e ao qual devem estar subordinados” (Nisto Cremos, p. 305).

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Educação

Para que serve

a lição de casa? Descubra porque vale a pena motivar seu filho a fazer as tarefas escolares Por Hidaiana Rosa

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pós um dia longo no trabalho, os pais ainda se veem diante de mais um compromisso: apoiar os filhos na realização da lição de casa. E o cansaço que surge nesse momento faz muitos se perguntarem por que, afinal, a escola manda exercícios e trabalhos para serem feitos em casa e se realmente vale a pena tanto esforço - deles e dos filhos. Para os especialistas em educação, são várias as respostas para esse questionamento, e todas elas reforçam a importância do estudo no lar. Um dos pontos de defesa para a lição de casa é o fato de que ela proporciona um momento importante entre aluno e pais. “O incentivo e a participação dos pais torna a lição bem mais prazerosa. Elogiar, dar dicas, ter paciência para esclarecer dúvidas, demonstrar curiosidade e transmitir a ideia de que cumprir as tarefas é positivo torna esse momento agradável e permite a oportunidade de trocar informações e afeto”, esclarece a pedagoga Vislene Bússulo. Além disso, a lição de casa serve como auxílio para que a criança assimile o conteúdo estudado em sala de aula e amplie o conhecimento pedagógico. Através do estudo no lar, também é possível que os pais descubram as dificuldades de aprendizado que o estudante pode ter. 20

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A empresária Juliana Cristina Queiroz é mãe de Paulo Gabriel, de 9 anos, que cursa o quarto ano do Ensino Fundamental. Todos os dias a professora do garoto envia tarefa para ser feita em casa. Juliana acompanha de perto essa rotina. “Sento com ele e preparo os materiais que serão necessários na tarefa, para podermos focar na execução da lição em si e não nos materiais. Solicito que ele mesmo leia o exercício, pergunto o que entendeu e faço o possível para que consiga, sozinho, fazer a interpretação do que é pedido na lição”, relata. Segundo a pedagoga, a atitude de Juliana é correta, pois incentiva a criança a desenvolver conhecimento. “Os pais possuem o papel de auxiliar, orientar e instigar sempre que for preciso, pois eles têm a obrigação de ajudar a criança a encontrar a resposta da pergunta e não dar a conclusão do exercício ou pintar a tarefa para ela. O incentivo e a participação dos pais tornam a lição uma atividade rica de descobertas e aprendizado. É importante haver uma rotina diária com horário e local para a realização das tarefas”, recomenda Vislene. Assim como Juliana, outros pais também precisam dedicar tempo para ajudar os filhos nas atividades escolares. Para auxiliá-los nessa importante missão, veja a seguir seis dicas para fazer a lição de casa ficar mais fácil: IMAGENS: ISTOCKPHOTO/ ARTE SEVEN/ FRATICON



Educação

Hora de estudar Especialistas em educação e comportamento mostram como pequenas atitudes aplicadas na hora de fazer o dever de casa podem ajudar a melhorar a atenção e o aprendizado do aluno. Confira:

Organize o espaço de estudo Eleja um cantinho para os estudos. Um lugar claro, arejado e com pouco barulho. Tire de perto objetos e brinquedos que possam desviar a atenção da criança e mantenha a televisão e o computador desligados enquanto ela estuda.

Preze pelo conforto Permita que a criança fique confortável o suficiente para não precisar interromper a tarefa: use uma cadeira com encosto para que o estudante apoie os pés no chão.

Mantenha o material limpo e organizado É importante que o aluno não rabisque livros e cadernos. Dá mais vontade de estudar quando os materiais parecem novos. Também é importante ter um local adequado para guardar os objetos de estudo. Isso faz com que ele fique mais organizado, e a criança não vai desperdiçar tempo à procura dele. Improvise uma estante ou uma caixa exclusiva para guardar tudo.

Concentre-se em um exercício de cada vez Não apresse a criança. Mesmo que ela tenha muita tarefa para fazer, é importante concentrar-se em um exercício de cada vez. Manter-se calmo ajuda a acertar o exercício e aprender.

Leia o enunciado da atividade com muita atenção O ideal é que o aluno faça uma primeira leitura da lição de casa ainda na escola. Assim, pode conversar com a professora caso tenha dúvidas. É importante deixar um dicionário com o material da criança. Muitas vezes, é por não compreender o significado de uma palavra que surge a dificuldade de terminar um exercício.

Persista Caso o estudante esteja com dificuldade, vai sentir-se tentado a fugir e deixar a tarefa para a última hora, mas isso tornará o estudo ainda mais complicado. É importante que os pais persistam e mostrem o caminho correto.

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IMAGENS: ISTOCKPHOTO/ FRATICON



Comportamento

Não existe

receita

Apesar de apresentar jeitos diferentes de lidar com as situações da vida, o amor de uma verdadeira mãe é praticamente o mesmo Por Esthéfanie Vila Maior e Nathália Lima

O

segundo domingo de maio é um dia de amor, que enche gerações de beijinhos de boa noite, carinho e bolinhos de chuva. No Brasil, é o dia de paparicar quem tem o maior coração do mundo: a mamãe. Não importa se é de sangue ou não, se tem sua cor ou não, se faz comida boa ou não. É o dia delas, que são diferentes, peculiares, calmas, nervosas. A data especial é comemorada mundialmente, porém, em dias diferentes. O psicólogo gaúcho Thomas Gobain afirma que a materni-

conheça três tipos de maternidade:

Solteira sim, sozinha nunca!

A mãe Loreni (à direita) é amiga da filha Amanda (à esquerda) desde que esta nasceu

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dade pode ter vários significados, de acordo com a situação psicológica da mãe. Ele comenta que “depende de muitos fatores, mas de modo geral, podemos dizer que a maternidade é uma mudança de ciclo”. O pastor Daniel Parra Maneta, do distrito de Jardim Aeroporto, de Campinas, São Paulo, afirma que a maternidade é a participação da mulher na criação divina. “Os relacionamentos que Deus coloca em nossa vida esclarece o amor nas suas diversas formas. E uma dessas oportunidades é na maternidade.”

Loreni da Silva, 41, nasceu em Parobé, no Rio Grande do Sul. Sem esperar, engravidou aos 19 anos. Amanda Katriny da Silva, 20, nasceu no dia 26 de outubro de 1994. A filha cresceu sem um pai presente. Loreni, com o apoio da família, criou-a sozinha. “Ser mãe e pai ao mesmo tempo foi um aprendizado que me tornou na pessoa que sou hoje”, comenta. Os principais desafios que enfrentou dizem respeito à educação. Dar bons exemplos e “mostrar princípios e valores que não são passados fora de casa” é o maior deles. “Mostrar que Deus e a família são a base da felicidade é desafiador. Com a ajuda deles em minha vida consegui e tenho orgulho da minha filhota”, relembra. As dificuldades de uma menina que cresceu sem um pai não influenciaram em seu desenvolvimento humano. Amanda, estudante de Arquitetura do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), Campus Engenheiro Coelho, afirma que o amor e a educação provenientes de sua mãe foram mais que suficientes para moldar seu caráter.

IMAGENS: ISTOCKPHOTO/ ARQUIVO PESSOAL



Comportamento

Isadora e Edite gostam de fazer tudo o que envolve adrenalina

Ser liberal não é ser libertina Edite Gertrude Stentzler, 51, é técnica de enfermagem e mãe de uma menina há 22 anos. A dona Edite, como é chamada pela filha, é uma mãe um pouco mais liberal, aventureira e radical. Ela e Isadora Stentzler, estudante de jornalismo, gostam de viajar, acampar, praticar rapel, andar em tirolesa, fazer trilhas e tudo o que envolve adrenalina. Ela conta que não tem explicação o dia em que Isadora nasceu. “Não tem preço olhar para sua filha, estar na maternidade sentindo as dores do parto para ela nascer”. Por ter tido uma infância privada de muitas coisas, dona Edite sempre fez questão de perguntar para a filha: “‘Isso vai te fazer feliz?’ Essa é minha maior preocupação: sua felicidade”. Isadora conta que, apesar de fazer algumas coisas que a mãe não gosta, isso não se torna um empecilho para que a relação delas seja íntima. A estudante de jornalismo relembra como foi surpreendida pela confiança da mãe. “Quando começaram as manifestações pela redução da passagem de ônibus na capital paulista, em 2013, lembro que o clima já estava bem pesado nas ruas com a

Maria de Lourdes, à direita, mãe de Bruna, à esquerda, e Nathália, à direita/centro, é protetora porque ama as filhas que tem

Preocupação e proteção Maria de Lourdes Lima, 49, acredita que o principal desafio da maternidade é acertar a educação e formar o caráter do filho, mesmo sendo humano e falho. Aos 27 anos, a empresária teve sua primogênita Nathália e dois anos depois, a caçula Bruna.

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repressão da polícia, mas alguns amigos e eu queríamos cobrir o acontecimento. Antes de viajar achei melhor ligar para ela. Quando contei sobre o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha, inclusive nos jornalistas, a única pergunta dela foi se eu precisava de dinheiro. Depois conversamos mais sobre o assunto, e como muitos amigos não recebiam aprovação da família para estar nos atos, achei melhor contar para a minha mãe antes e fui surpreendida com a confiança dela em mim”, compartilha a jovem. A mãe explica que quando Isadora faz algo que ela não gosta ou que lhe preocupa, fica triste, mas o amor por ela é maior, não diminui. Apesar disso, elas afirmam que sempre procuram ter uma boa convivência e serem amigas. A filha conta que entende que há coisas que a preocupam, principalmente as que podem trazer risco à vida. “O fato de ela ser mais ‘liberal’ não significa que ela é ‘libertina’ ou sem responsabilidade. Pelo contrário, é por isso que gosto de ouvir a opinião dela e compartilhar meus sonhos, porque sei que mesmo não sendo os dela, ela tenta ver pelo ângulo da minha felicidade”, afirma.

Ela conta que se tornar mãe despertou nela um amor que não conhecia. “Passei a entender melhor o amor de Deus por nós. Por minhas filhas dou minha vida. Aprendi que preciso dar o exemplo de dependência total de Cristo, pois nas adversidades foi o que nos manteve seguros em suas mãos”. Lourdes relembra de quando as filhas eram crianças e estavam em um acampamento do Clube de Desbravadores, um ministério da Igreja Adventista para juvenis, adolescentes e jovens. “A primogênita tinha 10 anos e a caçula 8. No local não pegava sinal de celular, mas perto das 23 horas consegui ligar para a Nathália. Eu perguntei: ‘meu amor, você já está deitadinha?’, e ela respondeu que estava em uma trilha e não podia falar comigo. Quando perguntei sobre a Bruna, ela me disse que estava em outra trilha e, então, o sinal caiu. Eu fiquei desesperada tentando ligar mais vezes. Meu marido disse para confiarmos que Deus estava no controle de tudo. Naquele dia, eu senti na pele o que tentava ensinar para elas sobre dependência de Deus”. A filha mais nova confirma a história e afirma que a mãe ainda é assim. “Até hoje ela se preocupa, mesmo com a gente mais crescidinha. Neste ano, fui a um retiro espiritual e não tinha sinal para ligar, aí ela ficou superpreocupada. Mas esse é o jeito dela, é como ela demonstra amor e cuidado”, afirma Bruna.

IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL



Evangelismo

Cristão Vampiro Não se decidir ao lado de Cristo é o mesmo que viver um cristianismo interesseiro

esus morreu pelos nossos pecados. Essa é a afirmação central e de maior importância em toda a Bíblia. Em Hebreus 9:22 está escrito que “sem derramamento de sangue, não há remissão”. O ser humano pecador estava com seu destino traçado, a morte, como consequência dos seus pecados. Mas Deus, em seu infinito amor, assumiu a culpa dos nossos erros e nos deu a possibilidade da vida eterna. Por meio da igreja, pessoas confirmam a boa notícia de que há uma solução para o problema do pecado. Na cruz do Calvário, as falhas de todos estavam

O vampirismo é ficar em cima do muro da entrega total e praticar um cristianismo interesseiro Rafael Rossi é pastor e diretor de Comunicação da DSA

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depositadas. A vida incorruptível de Cristo terminou com uma morte não necessária, mas escolhida por Jesus. Os cristãos não são perfeitos, são apenas pessoas que sentem-se perdoadas e que querem ajudar outros a sentirem-se da mesma forma. Conscientes do perdão, os cristãos recebem uma missão especial de Deus: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mateus 28:19). A ordem de Jesus para fazer discípulos implica também no fato de que, antes de fazer, é necessário ser um. Não existe nenhuma indicação na Bíblia para apenas desfrutar o perdão de Jesus e não ter que se relacionar com Ele. Esse sentimento não é novo nos círculos cristãos, mas nos últimos anos vem ganhando espaço com um pensamento utilitarista da religião. Não existe fundamento bíblico para a ideia de que os seres humanos podem optar por aceitar a Cristo porque precisam dEle como Salvador e, então, têm o direito de obedecer ou não o que Jesus deixou como instrução e norma em Sua Palavra. Essa falsa compreensão de que existe salvação sem obediência cria a ideia do cristão vampiro, como apresentado por Dallas Willard no livro “A Grande Omissão”. IMAGEM: ISTOCKPHOTO/ IMAGENS: ISTOCKPHOTO ARTE SEVEN


“A verdade é que se Cristo não for o primeiro, Ele também não será o segundo e nem o terceiro. Com o Criador é tudo ou nada” Os vampiros são seres mitológicos e parte de um folclore muito antigo. São personagens comuns nos temas de terror e que se alimentam de sangue. É aqui que entra a comparação com certo tipo de cristianismo. Talvez você pense que a alegoria foi muito pesada, mas acredito que isso vai te ajudar a entender melhor o perigo desse estilo de relacionamento com Jesus. Cristão vampiro é aquele que entendeu o sacrifício de Jesus e diz a Ele: “Eu quero um pouco de seu sangue para ser perdoado, por favor. Mas eu não quero ser seu discípulo e nem me preocupar em te imitar”. Isso é o que Jesus espera? Você realmente não pode confiar em Cristo para o perdão dos pecados, enquanto não acreditar nEle para todas as outras coisas da sua vida. Estamos num processo constante de aprendizagem e crescimento. É o que chamamos de santificação. Lutamos contra nós mesmos (Romanos 7:15) por causa da tendência que temos ao pecado. Lamentavelmente, as pessoas, em geral, escolhem o erro e criam muitas explicações sobre porque é aceitável pecar. Mas, mesmo assim, ninguém escolhe ser um pecador. As pessoas podem até admitir uma mentira, por exemplo, mas definitivamente sempre negarão que são mentirosas. É como aceitar que peco, mas que não sou pecador. Nós somos os ramos

Jesus nos liberta das nossas intenções fracassadas, e isso requer continuidade. Em João 15, por exemplo, Jesus repete 11 vezes a expressão “permanecer”. A permanência na videira não ocorre automaticamente. Separado dela, o ramo não sobrevive. Da mesma forma, um cristão não pode viver separado dEle. É pela contínua comunhão com Deus que é possível crescer. Nenhum ramo

produzirá fruto se estiver apenas ocasionalmente conectado à videira. A ligação precisa ser consistente. O ramo precisa permanecer na videira. É necessário ter comunhão a cada dia, hora e em qualquer situação. Essa é a união que aparece retratada em João 6, sob a figura de comer o Seu corpo e beber o Seu sangue. O verso 63 oferece um indicador: “As palavras que Eu vos tenho dito são espírito e vida”. Assim, é por intermédio da Bíblia e da oração que podemos permanecer nEle. Quem não permanecer será incapaz de produzir fruto, logo será cortado. Comunhão contínua consiste em diálogo contínuo. Orar sem cessar significa manter ininterrupta comunhão com Deus. Os frutos do Espírito são desenvolvidos como consequências da comunhão permanente. São eles o amor, a alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22). Essa comunhão coloca o ser humano em seu verdadeiro papel dentro do plano da salvação e é um antídoto contra o vampirismo cristão. Jesus precisa ser o todo. O primeiro mandamento da Lei de Deus adverte a não se ter outros deuses diante do Criador. Deuses não se referem apenas a entidades criadas, mas um “deus” sempre será aquilo que ocupa o primeiro lugar em seu coração. Deus está nos advertindo a não ter nada em primeiro lugar no coração, senão Ele. A verdade é que se Cristo não for o primeiro, Ele também não será o segundo e nem o terceiro. Com o Criador é tudo ou nada. Ou você está ou não está. O vampirismo é ficar em cima do muro da entrega total e praticar um cristianismo interesseiro. Lute contra isso e permaneça ligado Àquele que nunca desistiu e deu Seu sangue para que você pudesse ter uma nova vida, não só a eterna, mas uma nova vida desde agora. REVISTA MAIS DESTAQUE

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Perfil

O

amor pela

comunicação

Como pastor e jornalista, Assad Bechara continua desenvolvendo trabalhos que contribuem para o crescimento da Igreja Entrevista: Siloé Almeida | Texto: Mayra Silva

Para realizar grandes ações e escolher uma profissão adequada para o perfil pessoal é preciso respeitar a vocação Siloé Almeida é consultor e jornalista www.consulsiloe.com

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doutor Assad Bechara nasceu em Pirajuí, São Paulo, e é casado com Najla Demetrio Bechara, com quem tem dois filhos, Paulo Roberto e Carlos Alberto, que são pastores. Os filhos do casal o presentearam com cinco netos. João Bechara, pai de Assad, estudou no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo, e assistiu a primeira e última formatura do Teológico do então Colégio Adventista Brasileiro (CAB). Dez anos depois de estudar na instituição que hoje comemora 100 anos de atividades, João converteu-se ao adventismo. O pastor Bechara, além de ser formado em teologia, é graduado em três áreas da Comunicação Social: publicidade, jornalismo e relações públicas, todas pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA), do Rio de Janeiro. “Alguns profissionais da Rede Globo estudavam lá. Foi isso que me impressionou, e a logística favoreceu”, justifica Bechara sobre sua escolha pela FACHA. Ele também é mestre em Comunicação Religiosa e doutor em Ministérios, com ênfase na área de Comunicação, ambos pela Andrews University, universidade adventista nos Estados Unidos. Além dessas formações, Bechara realizou um curso de Árabe no British Council, no Cairo, Egito. Juventude

Desde jovem, o pai do comunicador o incentivou a cursar jornalismo. “Essa escolha ajudou muito no meu ministério”, assegura o jornalista, que iniciou a graduação em 1970 e concluiu em 1977, incluindo relações rúblicas e publicidade e propaganda. “A essência da missão adventista é proclamar a mensagem, e o jornalismo tornou-se uma ferramenta de divulgação somada a outros meios”, frisa Bechara. Desde adolescente, o pastor e jornalista sempre foi apaixonado pela Igreja e por comunicação. Enquanto foi líder sul-americano de jovens, promoveu muitas campanhas publicitárias e de mobilizações, como a organização de um congresso em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1972, para o qual utilizou a mídia impressa e eletrônica em todos os possíveis aspectos. Desenvolveu também spots para TV, outdoor nas ruas e panfletos de recepção para o aeroporto e rodoviária locais. “Os táxis tinham nosso cartão de boas-vindas para cada passageiro que chegava a Belo Horizonte naquela semana”, recorda o comunicador. IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL



Perfil Bechara ainda realizou uma entrevista oficial com o governador da época, promoveu uma marcha pró-saúde, com discursos em praça pública, e uma campanha de doação de sangue para enfermos dos principais hospitais da cidade, além de distribuir rosas para os pacientes, entre várias outras ações. “Escrevemos a Bíblia toda em uma semana e inauguramos um monumento à Lei de Deus, em praça pública”, acrescenta. Enquanto trabalhou na área de comunicação da antiga União Este Brasileira (UEB) – atual União Sudeste Brasileira (USeB) – e na sede sul-americana da Igreja Adventista, o pastor Assad Bechara fez campanhas nacionais com distribuição de bilboards e outdoors nas principais cidades brasileiras, notícias em jornais, cartazes, camisetas, bonés e banners sobre eventos da Igreja Adventista, além de anúncios de 30 segundos exibidos na Rede Globo, em horários nobres de programação. Tanto a exposição de outdoors quanto a veiculação de anúncios nas TVs tinham custo zero para a Igreja. Esse trabalho foi continuado pelo jornalista Siloé Almeida, durante muitos anos. Na sua época, Bechara conta que as equipes de jovens apoiavam cada campanha com ações – marchas e manifestações, em praças e avenidas, por todo o Brasil. Alguns destaques foram as campanhas realizadas no Dia das Mães, Dia dos Pais e na Semana Santa. Conselhos e publicações pessoais

Segundo Bechara, para realizar grandes ações e escolher uma profissão adequada para o perfil pessoal é preciso respeitar a vocação, “tendo em vista servir aos principais objetivos da fé que exerce”, complementa o jornalista, referindo-se à denominação em que está inserido, que é a Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD). Sobre os cursos superiores, especialmente os que conheceu, Bechara diz que eles geralmente se completam. “Mas deve ser evitado o hábito crônico de somar diplomas e adiar constantemente o exercício da sua profissão. Deve-se prosseguir nas pós-graduações e pós-doutorados”, aconselha. Com base nessa ideia, o pastor obteve sucesso em sua carreira. Ele já tem 17 livros e outros materiais publicados. Mas o trabalho continua. Atualmente, está escrevendo uma série de dez livros sobre mulheres da Bíblia. Além do sucesso com as obras, Assad Bechara também se envolveu com os primeiros passos do curso de Comunicação Social do Unasp, campus Engenheiro Coelho. “Fui incumbido pela direção de receber a primeira visita de doutores do Ministério da Educação (MEC) para homologação da Faculdade de Comunicação, ocasião em que afirmaram: ‘Levaremos em consideração as qualidades físicas e morais da instituição, bem como a idoneidade de todo corpo 32

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Assad Bechara é casado com Najla Demetrio Bechara. Fruto do amor desse casal nasceram dois filhos, que hoje são pastores, e cinco netos

docente em seu comprometimento, no sentido de acelerar a adequação completa dos requisitos exigidos’. Com isso, fomos aprovados em questão de semanas”, alegra-se. Com sua experiência, Bechara acredita que “nenhum trabalho será completo se não inspirar e envolver assessores e continuadores de qualquer obra ou projeto”. Enquanto foi líder sul-americano de comunicação, em Brasília, por exemplo, o jornalista procurou fazer isso com jovens assessores. Formar discípulos sempre foi sua meta. Nos últimos anos de seu trabalho na capital brasileira, Bechara já tinha outro sonho em mente: ficar um ano envolvido na cultura árabe, no Egito, pensando em criar algo. Foi desse pensamento que surgiu a Comunidade Árabe Adventista em São Paulo, uma extensão da Igreja Adventista. Essa ação foi um desafio. “Acredito que podemos esperar um incremento crescente de valores preparados para aceitar os desafios da hora, e cada um fazendo a sua parte”, complementa. Assad Bechara também conta com o apoio de uma pessoa especial, sua esposa, que o ajuda nos trabalhos que desenvolve. “A estrela que ilumina as noites escuras. A lua macia e seráfica da lua que refulge com suavidade. A tâmara que adoça os momentos amargos. A palmeira que oferece sombra e descanso. A flor que envia perfume na madrugada”, declama Bechara.

IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL



Capa

Do sonho ao Unasp comemora 100 anos de história. Conheça a trajetória da instituição que se baseia na Bíblia para educar e transmitir conhecimentos Por Vanessa Moraes

O

ano de 2015 apresenta um cenário instável para a economia brasileira. Além disso, o país enfrenta manifestações populares contra e a favor do governo petista, continuadas discussões sobre a crise hídrica, investigações na Petrobras, escândalos de corrupção, reajustes nas tarifas, apoio e críticas a projetos de lei, demissões em massa, enfim. Ainda que a realidade não soe muito esperançosa, a sociedade acredita que dias melhores virão. E esses dias já chegaram para o Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo, que neste ano comemora seu centésimo aniversário.

IMAGENS: Istockphoto/ acervo unasp e elder hosokawa

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O Unasp é uma instituição que possui quatro campi: São Paulo (Capão Redondo), Engenheiro Coelho, Hortolândia e Campus Virtual, todos no estado paulista. São quase 20 mil estudantes distribuídos nessas regiões, onde trabalham dois mil servidores. Além da educação básica, os campi oferecem ao todo 30 cursos de graduação e 50 de pós-graduação, contando os extracurriculares em áreas como idiomas, música e esportes (exceto o campus Virtual que, por enquanto, oferece alguns cursos de pós e MBA a distância e está em fase de preparação em relação a seis graduações que também serão ofertadas a distância).


o centenário O início Elder Hosokawa é historiador e professor universitário do Unasp, campus Engenheiro Coelho. Entre 1988 e 2009, lecionou no campus São Paulo. Durante esse tempo, fez pesquisas sobre a história da instituição e concluiu que no dia 28 de abril de 1915 foi comprada uma fazenda de 58 alqueires na região do Capão Redondo. O local era afastado da cidade grande e exibia paisagens exuberantes da natureza. A escola, denominada Seminário Adventista, foi dedicada para formar missionários e instruir pessoas interessadas em disseminar as verdades bíblicas. Oito dias depois, John e Augusta Boehem tomaram posse do terreno, acompanhados por seis estudantes. A primeira aula foi ministrada para 12 alunos no dia 3 de julho numa casa que já existia na propriedade. Foram três meses de aulas com um total de 18 estudantes. A Pedra Fundamental do primeiro edifício a ser construído foi lançada em 2 de agosto.

No dia 10 de novembro a dívida foi quitada e saiu a escritura definitiva da propriedade. No mês seguinte, próximo ao Natal, a instituição preparou sete alunos em seu primeiro curso de colportagem (projeto que incentiva a venda de livros de saúde e de cunho religioso nas casas). John Lipke foi o primeiro diretor da instituição. Em 1923 tornou-se Colégio Adventista e, uma década depois, virou Colégio Adventista Brasileiro (CAB). Mais tarde, a escola ganhou o nome Instituto Adventista de Ensino (IAE). Os primeiros cursos oferecidos, teologia, pedagogia e enfermagem, são hoje tradicionais e bem conceituados. A instituição cresceu. A necessidade de um novo campus era urgente. Seguindo a ideia de formar bons profissionais em um lugar afastado dos grandes centros, os pioneiros da educação adventista visitaram 70 fazendas na década de 1980, mas nenhuma delas era interessante para se tornar escola. No dia 3 de setembro de 1983, uma ligação indicou uma proprie-

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Capa dade em Engenheiro Coelho. Uma única visita foi suficiente para que todos concordassem que aquela área era ideal para o segundo campus. As construções do Novo IAE, como ficou conhecido na época, foram iniciadas. No final dos anos 90, a escola alcançou o nível de “Centro Universitário Adventista”, graças aos cursos que iam sendo implantados. Os marcos mais importantes não pararam por aí. Recentemente, o Unasp ganhou mais força quando se uniu ao Instituto Adventista de São Paulo (IASP), atual campus Hortolândia. Essa instituição nasceu em 1947, quando o pastor Germano Ritter conheceu a região e acreditou que ali poderia ser construído um novo internato adventista. Hoje

No intervalo de 100 anos, o Unasp passou pelos primórdios, oficialização, nacionalização, consolidação e expansão universitária, sendo este último o momento atual.

Hoje, sob o slogan “Unasp 100 anos – Muito Além do Ensino”, o campus São Paulo conta com mais de oito mil alunos, entre residentes (479 moram na instituição) e não residentes, da educação infantil ao mestrado, além dos que estão matriculados em cursos livres e na Academia Adventista de Artes (Acarte). Segundo o diretor-geral do campus, pastor Helio Carnassale, a maior de todas as conquistas não se trata de algo material e sim do clima espiritual entre os alunos. Esse quesito recebeu mais de 80% de aprovação entre os discentes, sendo o melhor item avaliado nos últimos seis anos. Além disso, o crescimento no número de matrículas também dá motivos para comemorar, já que é a primeira instituição de ensino adventista na América do Sul a superar a marca de seis mil alunos, de acordo com o diretor. Entre tantas outras conquistas, Carnassale lembra o grande envolvimento dos estudantes nos eventos missionários da Igreja Adventista, como a colportagem, projeto Calebe, distribuição de livros missionários e trabalho voluntário.

linha do tempo Confira as principais conquistas do Unasp campus São Paulo nas seguintes décadas:

Aquisição da propriedade de 58 alqueires para o estabelecimento do atual Unasp campus São Paulo. Primeira aula reuniu 12 alunos.

1915

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1920

Organização do Departamento Normal com a criação da Escola Modelar – Curso Primário. Construção do residencial feminino.

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Ampliação do primeiro edifício escolar com dois andares e complementação da rede elétrica de energia. Matrícula de 292 alunos.

1930

1940

Primeira turma de socorristas, com 22 estudantes. Colportores que conquistaram 41 bolsas integrais de estudo. Dezesseis formandos em teologia e 95 ingressantes.

Fábrica da Superbom começou a produzir flocos de milho. Getúlio Vargas, recém eleito presidente, recebe no Rio Grande Sul uma comissão de ex-alunos e professores reivindicando a oficialização do curso de socorrista padioleiro.

1950

1960

Implantação da faculdade de enfermagem. Mudança do nome Colégio Adventista Brasileiro (CAB) para Instituto Adventista de Ensino (IAE).

IMAGENS: Istokphoto Acervo unasp e elder hosokawa


A festa O dia 6 de maio é a data oficial do aniversário do Unasp, mas para alunos, professores, funcionários e moradores do Capão Redondo, onde fica o campus, a festa do centenário começou faz tempo. Desde o dia 12 de novembro do ano passado, as comemorações emolduraram um quadro de cem ações concernentes ao aniversário da escola. Cada evento simboliza um ano de história. A celebração acontece até dezembro, com possíveis chances de abrilhantar o início de 2016 com as duas últimas atrações. “A ideia de comemorar com cem maneiras diferentes surgiu há cerca de dois anos. Estamos colocando todas as ações em prática”, salienta a coordenadora de eventos do campus, Cleide Borba. Ela também afirma que foram aproveitados para incluir nas comemorações os eventos que a instituição já faz todos os anos, como semanas de oração, feira de saúde, entre outros. “A diferença é o novo olhar que essas programações ganharam, pois estão todas voltadas ao aniversário”, completa.

Oficialização do curso de Datilografia e abertura da estrada do contorno circundando o campus. Matrícula de 1,4 mil alunos.

1970

1980

IAE ganha a logo “IAE, Um Modelo de Vida”. Formaram-se 192 estudantes nos cursos de teologia, enfermagem e pedagogia. Matrícula de dois mil alunos.

IAE alcança nível de Centro Universitário e passa a ser chamado de Unasp. É construída a pista de atletismo na mata do campo de piquenique. Instituição conta com 3237 matrículas.

1990

Cinco pilares De acordo com a coordenadora de eventos do campus, as cem ações comemorativas foram planejadas com foco nas cinco áreas de atuação da instituição:

1 2 3

Espiritual Social

4

AcadêmicA

5

Patrimonial

Cultural

2000

Início dos cursos de matemática, computação e educação física. Lançamento do CD “Nossa gente, nossa música”. Cerca de três mil estudantes matriculados.

Campus comemora 95 anos com 4.577 alunos matriculados. Implantação do restaurante Bom Prato no Grajaú, administrado pelo Unasp. Construção do Portal de Entrada para maior segurança dos estudantes.

2010

2015

Festa do centenário. Implantação do Mestrado Profissional em Promoção da Saúde. Instituição ultrapassa a marca de seis mil alunos.

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Capa 100 Destaques

estrutura

Veja as 15 principais ações planejadas para comemorar o centenário do Unasp campus São Paulo:

Saiba mais sobre a extensa área acadêmica que o Unasp campus São Paulo oferece:

data*

Evento

novembro/ 2014 12

Lançamento da Logomarca e Slogan do Centenário, Aplicativo e Hot-site

18

Lançamento do Filme “The Creation: The Earth is a Witness”

Dezembro/2014 9

Ensino Básico Ensino infantil, fundamental e médio. Esse tripé forma a educação básica da instituição. Coordenados pelo professor Jefferson Andrade, 2518 alunos participam ativamente dos eventos do centenário. O envolvimento começa com as crianças do maternal e vai até os adolescentes do terceiro ano do Ensino Médio. “Eles mostramse surpresos e interessados pelas atividades. São momentos de participação e descobertas, pois ficam entusiasmados por cada parte da história centenária que ainda não conheciam”, ressalta Andrade.

Lançamento Sul-Americano do livro missionário 2015, “Viva com Esperança”

Janeiro/2015 15 a 18

III Congresso Brasileiro Adventista de Educação Física

março/2015 6, 7 e 8

Encontro de Criacionismo do UNASP SP

Abril/2015 8

II Encontro de Pastores Evangélicos

Ensino Superior Para o diretor de graduação do campus, professor Ilson Tércio, só nessa categoria são quase três mil estudantes distribuídos em 15 cursos. “Além disso, temos mais dois cursos autorizados pelo Ministério da Educação (MEC), Engenharia da Computação e Engenharia Ambiental e Sanitária, que brevemente ofereceremos para matrículas”, revela o docente.

Maio/2015 16 e 17 23

Gravação do DVD “Muito Além” no UNASP SP Inauguração da Praça doutor Milton Soldani Afonso, Monumento e Circuito dos Oito Remédios Naturais

Junho/2015 30 a 14/07

Coral Carlos Gomes - Turnê nos Estados Unidos e participação na Sessão da Conferência Geral (CG)

Estágios Os estágios fazem parte da vida acadêmica do aluno. A região do Capão, segundo Tércio, apresenta muitas oportunidades para estudantes de todos os cursos. “Dispomos de convênios com parceiros nas áreas de indústrias, comércios, escolas, hospitais e clínicas que garantem a colocação de todos os estagiários, além de dispormos dentro de nosso próprio campus um espaço para estágios nas seguintes áreas: fisioterapia, psicologia e nutrição”, explica o diretor.

agosto/2015 23

Lançamento do Portal da Música Adventista

setembro/2015 19 26 e 27

Lançamento do Mutirão de Natal 2015 Simpósio universitário

Outubro/2015 25

Lançamento do DVD “Muito Além”, Livro e Documentário do Centenário, no Citybank Hall

Acarte A Academia Adventista de Arte (Acarte) foi fundada em 1956. Coordenada pelo professor e maestro Davinson Berger, oferece cursos de iniciação musical a partir dos 6 meses de idade. Dos 18 cursos, em que estão matriculados 510 alunos, os principais são musicalização, piano e violino. “Também desempenhamos um trabalho com grupos vocais e instrumentais. São 1692 estudantes, professores e membros da comunidade que têm a oportunidade de participar”, observa Berger.

Dezembro/2015 6

Lançamento do CD “Nossa Gente Nossa Música II”

* A definir a data para o Espaço Centenário - Lançamento da Pedra Fundamental do Museu da Educação Adventista

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Confira a agenda completa no site:

unasp.organit.com.br/agenda/



Capa Pós-graduação e extensão universitária Na área de pós-graduação, coordenada pelo professor Marcos Natal, 500 alunos fazem parte do quadro discente. O campus oferece 26 cursos. Já a extensão universitária é coordenada pela professora Eunice Bertoso. Essa área acadêmica é definida pelo Unasp como o “processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável, desenvolvendo e promovendo ações direcionadas ao atendimento das demandas da comunidade interna e externa, bem como viabilizando a relação transformadora entre a instituição e a sociedade.” Segundo Eunice, o campus trabalha em 31 projetos que envolvem dez cursos de graduação, um de pós e dois de mestrado. “Existe uma tomada de consciência muito grande no envolvimento dos projetos”, destaca a coordenadora.

Mestrado Outra área importante de estudos oferecida pelo Unasp campus São Paulo é o Mestrado Profissional em Promoção da Saúde, coordenado pelo professor Fábio Alfieri. O curso é recomendado pela Capes, órgão regulamentador do MEC para cursos de Pós-graduação no Brasil. “É um mestrado profissional com um caráter interdisciplinar na área de promoção da saúde. Ele dirige suas ações para a visão dessa questão nas diversas dimensões da complexidade humana. Integra os diversos campos de conhecimentos e práticas que abordam as questões relacionadas à qualidade e estilo de vida relacionadas à saúde, ou seja, busca estudar o estilo de vida saudável”, aponta Alfieri. Atualmente, 47 pessoas estão matriculadas no curso, além dos alunos especiais, isto é, aqueles que cursam disciplinas e elaboram o projeto a fim de ingressar no próximo processo seletivo. “Temos alunos de todo o Brasil que buscam aqui a titulação acadêmica e que também têm a oportunidade de conhecer o estilo de vida adventista”, complementa o professor.

Cenape Coordenado por Fernando Mudesto, o Centro de Atividades Físicas e Práticas (Cenape) é caracterizado por uma academia de musculação, hidroginástica e natação. “Além das aulas de ginástica, é no Cenape que acontecem todas as atividades esportivas do campus, desde as aulas de educação física do ensino básico às aulas práticas do curso superior de educação física. Os eventos da instituição também se concentram aqui”, esclarece Mudesto.

Os eventos da instituição acontecem no Centro de

Atividades Físicas e Práticas, o Cenape

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IMAGENS: DIVULGAÇÃO



Capa “Muito além” O diretor-geral do campus São Paulo, pastor Helio Carnassale, fala sobre as expectativas e sonhos para o futuro da instituição. Para ele, o crescimento do Unasp visa o aspecto acadêmico com ampliação dos cursos já oferecidos e implementação de novos, além de aperfeiçoar ainda mais a qualidade do ensino. “Não queremos apenas crescer em número de alunos, mas nossa principal meta é ampliar a influência cristã exercida entre nossos estudantes e, através deles, na sociedade, quando e onde estiverem atuando como profissionais”, acentua. “Chegar aos 100 anos de existência

desperta em nós o profundo senso de gratidão e um enorme reconhecimento das bênçãos e direção de Deus. O Unasp foi e tem sido um instrumento para transformar vidas, criar oportunidades e realizar muitos sonhos”, alega Carnassale. O Unasp pretende ser “Muito Além do Ensino”, como diz o slogan centenário. A base para isso está na missão da educação adventista, que assume ir além da simples transmissão de conhecimento, isto é, explora e incentiva o envolvimento do ser humano com a eternidade anunciada na Bíblia. “Louvamos a Deus por essa instituição e expressamos como maior ideal a esperança de um dia reunir toda a família Unasp ao lado dos salvos de todos os tempos, no lar eterno”, conclui o pastor.

Pastor Helio Carnas sale é diretor-geral do Unasp campus São Paulo

Como estudar no Unasp?

Para fazer parte do quadro de alunos do Unasp campus São Paulo, basta fazer o Processo Seletivo de Verão ou Inverno e matricular-se em um dos 17 cursos superiores. Pelo Brasil, há vários polos em que o candidato pode fazer o vestibular, não só no campus São Paulo, mas em qualquer um dos campi do Unasp. A instituição é credenciada para o PROUNI e FIES e exerce seu caráter filantrópico por meio de bolsas de estudo. Pessoas do Brasil e do mundo podem residir com segurança dentro da instituição. Acesse www.unasp.edu.br e inscreva-se.

O Unasp me deu não apenas a formação acadêmica, mas reforçou valores que eu já tinha e que servirão para a profissão que escolhi seguir. Preparou-me para o mercado de trabalho e proporcionou momentos maravilhosos com Deus. Aqui conheci meus melhores amigos. Kênia Albuquerque estudou enfermagem no Unasp entre 2010 e 2014

Estudar no Unasp é a oportunidade perfeita para unir intelectual e espiritual. Aqui me desenvolvo na faculdade e participo ativamente dos projetos acadêmicos. O Unasp traz um crescimento completo, pois se preocupa com todas as áreas da vida do estudante. Susiane Machuca estuda psicologia no Unasp desde 2011

Tenho muitos amigos que foram alunos do Unasp e sempre falaram muito bem de lá. Quero fazer parte dessa instituição e aproveitar para conhecer São Paulo, já que moro no Rio Grande do Sul. Oro a Deus para que Ele me dê uma oportunidade de realizar esse sonho. Luana Carvalho quer estudar Nutrição no Unasp campus São Paulo

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IMAGENS: DIVULGAÇÃO/ arquivo pessoal


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Empresarial

Oportunidades Em momentos de crise, busque alternativas que alavanquem o seu negócio

E

m períodos turbulentos e conturbados como este que estamos enfrentando no país, com o aumento da inflação, disparada do dólar, Produto Interno Bruto (PIB) praticamente nulo e escândalos diários de corrupção nas instituições governamentais, algumas perguntas ficam no ar. O que vai acontecer com o Brasil? Será que vou perder meu emprego? Terei condições de manter meu negócio? Como me livrar das dívidas? Nesse cenário, uns tendem a se conformar, enquanto outros reclamam do governo, da inflação e de outras situações. Uma alternativa é buscar oportunidades em meio à crise, enxergar soluções que podem trazer vantagem competitiva e crescimento, mesmo em períodos escuros. No mercado da construção civil no Brasil existe um empresário de sucesso com larga experiência no ramo. Ele passou por várias crises econômicas e tem se mantido no topo por conservar valores e estratégias que são aplicados em sua empresa e sugeridos aos empreendedores brasileiros. O nome dele é Walter Torre Júnior, presidente da Torre.

Não podemos controlar os fatores externos, e são eles que têm o maior impacto sobre as empresas Douglas Perez Barros é contador da Perez Barros Contabilidade douglas@perezbarros.com.br

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Empreenda! Confira as quatro dicas que Torre deixa para quem deseja empreender no Brasil, mesmo em momentos de crise. Comece a se planejar para colocá-las em prática:

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Inquietação “Se eu ouvir o que dizem, não vou mais a lugar algum.” A dica é filtrar as informações e avaliar aquelas que de fato impactarão no seu negócio. Mantenha a calma e estude as possibilidades. Atenção “O empreendedor de verdade sabe ouvir histórias e nelas identificar novas oportunidades.” Existem situações e oportunidades vividas por outros que você pode utilizar para aplicar no seu negócio. Muitas experiências que deram certo – ou não – poderão ajudá-lo na estratégia a ser adotada.

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Ambiente

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Organização

“O entulho é espetacular. O lixo deixou de ser problema, ainda mais com escassez de energia.” Muitas vezes o ouro está escondido dentro da sua empresa. Reavalie os processos internos, enxergue no próprio “lixo” um meio de obtenção de riqueza. O que Torre quer nos apresentar é a necessidade de reinvenção, busca de soluções muitas vezes simples e que podem até estar dentro da empresa, mas que não são consideradas.

“Os empresários invejam a indústria automobilística porque ela é organizada.” Aqui Torre exalta o sistema organizacional das indústrias automobilísticas. Não importa o tamanho da sua empresa, ela precisa ser bem-organizada e coordenada e cada colaborador deve estar ciente das estratégias e planos da empresa para que todos possam alcançar seus objetivos.

Não podemos controlar os fatores externos, e são eles que têm o maior impacto sobre as empresas. Entretanto, é preciso estar precavido quanto aos seus efeitos. Busque alternativas que possam trazer resultados satisfatórios. Existe uma frase do personagem bíblico Paulo

que podemos usar perfeitamente nesse contexto: “Não vos conformeis...”, o empreendedor não se acomoda na zona de conforto nem fica reclamando da situação em que se encontra o país, mas busca meios e soluções para atingir o resultado desejado. IMAGENS: Istokphoto


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Seu direito

plano de saúde após

demissão Empregados demitidos sem justa causa podem permanecer no plano de saúde por até 24 meses

Empregado pode ter o direito de manter seu plano de saúde mesmo depois de ser desligado da empresa Fabio Nascimento é advogado em São Paulo fabio.nascimento@adv.oabsp.org.br

É

cada vez mais difícil encontrarmos planos de saúde individuais ou familiares para atender usuários não ligados às empresas. A modalidade individual é encarada pelas operadoras como menos rentável e de maior risco, uma vez que sua mensalidade é maior em relação aos planos de saúde coletivos por adesão e os coletivos empresariais. O brasileiro acompanha o sucateamento do serviço de saúde pública. Ter acesso ao plano oferecido pela empresa em que trabalha lhe permite ter paz de espírito ao saber que ele e sua família estarão protegidos num eventual problema de saúde. Encontrando-se amparado, o funcionário terá condições de continuar ou retornar ao trabalho aferindo ganhos para o empregador. Entretanto, a relação do trabalho não é para sempre, podendo ocorrer

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demissões ou aposentadorias. Nestes casos, o empregado pode ter o direito de manter seu plano de saúde mesmo depois de ser desligado da empresa. A legislação brasileira, por meio da lei nº 9656/98, artigo 30, permite que seja mantida a condição de beneficiário do plano de saúde ao empregado demitido ou aposentado, com os mesmos direitos de cobertura, rede assistencial, padrão de acomodação em internação e área geográfica de abrangência. Empregados demitidos sem justa causa podem ficar no plano entre seis e 24 meses, o que possibilita um prazo de “tranquilidade” para encontrar nova recolocação no mercado de trabalho. O empregado aposentado que contribuiu pelo prazo igual ou superior a dez anos tem direito a permanecer com o plano por tempo indeterminado. E à razão de um ano para cada ano de contribuição aqueles funcionários que possuem plano de saúde inferior a dez anos nos termos da Resolução Normativa - RN nº 279, de 24 de novembro de 2011 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ou seja, se o funcionário contribuiu durante cinco anos em que esteve trabalhando, tem o direito de permanecer nele por outros cinco. Aposentados e demitidos têm direito desde que os planos tenham sido contratados a partir de 1999. A manutenção se estende a todo o grupo familiar do trabalhador inscrito quando da vigência do contrato de trabalho. Por outro lado, é inegável a onerosidade suportada pelas empresas por conta dos benefícios já citados. Mesmo

o direito Para ter direito à manutenção do plano de saúde, o empregado demitido sem justa causa ou aposentado deve observar as seguintes condições:

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Comunicar no prazo máximo de 30 dias, contados a partir da comunicação da empresa acerca do interesse em permanecer com o plano de saúde oferecido durante o contrato de trabalho.

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Ter contribuído total ou parcialmente com o plano de saúde empresarial.

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Não ser admitido em novo emprego que possibilite o acesso a plano privado de assistência à saúde.

diante da desobrigação da empresa em custear o plano de saúde depois da demissão do empregado, a situação deste em continuar fazendo uso trará aumento na margem de utilização do plano de saúde que as operadoras usam para fixar o preço do serviço, ocorrendo reajuste considerável no valor do contrato. Quando não tomadas as devidas providências, muitos ex-funcionários ingressam com ações no Judiciário com a intenção de permanecer com o plano de saúde sob as mesmas condições por eles mantidos durante a vigência do contrato de trabalho. IMAGENS: ISTOCKPHOTO





Saúde Fique por dentro/ Superbom

mais do que saudável Superbom marca presença no maior evento supermercadista do país Por David Oliveira

A

o completar 90 anos de existência, atividade e plena expansão, a Superbom marca presença pelo terceiro ano consecutivo no maior evento supermercadista do Brasil, a feira Associação Paulista Supermercadista (APAS). O evento, que aconteceu no Expo Center Norte, na zona norte da cidade de São Paulo entre os dias 4 e 7 de maio, reuniu aproximadamente 70 mil pessoas e dispôs de quase 700 expositores de todas as categorias de um supermercado, desde higiene até alimentação. Um evento extremamente agregador, dirigido especificamente para compradores varejistas de todo o Brasil. É nesse cenário que a Superbom busca impulsionar suas vendas, com uma equipe comercial engajada e com grandes lançamentos, como a salsicha vegetal defumada, a salsicha defumada aperitivo, o hambúrguer vegetal com chia e o Vegan Meat free glúten (carne desfiada com molho de tomate, popularmente conhecido como carne louca), produtos naturais e com alta concentração nutricional, sem dispensar o sabor inovador, que para muitos se confunde com o sabor da carne animal, como mencionado pela consumidora Ingrid Nardeli, ao provar o produto Vegan Meat: “Fiquei impressionada! Não preciso fazer nada, é só abrir a lata e preparar o lanche. O sabor é incrível, idêntico ao da carne animal.”

Inovação total No evento, a Superbom, provando seu pioneirismo e vanguardismo no desenvolvimento de produtos saudáveis, apresentou a primeira linha de queijos veganos em peça, produzidos em escala no país. Agora a população intolerante à lactose, que já supera 50% de todos os brasileiros, recebe uma opção saudável, que não provém do leite, e que fatia e derrete assim como os conhecidos queijos de origem animal. Com mais de um ano de trabalho, a equipe de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Superbom chegou a um resultado inédito para o mercado brasileiro: um queijo 100% de origem vegetal que, diferente do Tofu, tem sabor, pode ser fatiado como mussarela e derrete como qualquer queijo. E para celebrar os 90 anos da Superbom, a empresa não apresenta apenas uma versão do alimento, mas três: mussarela, prato e provolone. Por se tratar de um produto que necessita de refrigeração, a Superbom está firmando parcerias para a distribuição da nova linha em todo o país. “Iniciaremos a operação com venda FOB (o cliente retira na indústria) e CIF (indústria entrega para o cliente) apenas em São Paulo, mas já estamos articulando parcerias para cobrir todo o país”, comenta Ivan Souza, gerente de vendas da empresa.

Stand da Superbom, que no evento apresentou sua primeira produção de queijos veganos em peça

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IMAGENS: IMAGENS:Divulgação iStockphoto



Fique por dentro/ APS

Mulheres foram as primeiras a largar. Em seguida foi a vez dos homens

“Mexa-se pela vida” Corrida promove integração entre moradores no município de Registro Por Danúbia França

P

raticar exercícios físicos é a recomendação dos especialistas em saúde quando as pessoas se questionam sobre o que pode ser feito para ter uma vida mais saudável. E aí vem a pergunta: que tipo de atividade você tem feito para cuidar da sua saúde? Se a resposta for “nenhuma”, está na hora de pensar em se mexer. Existem inúmeras modalidades que podem ajudar no bemestar físico e mental e serem ajustadas à sua realidade. A corrida, por exemplo, é uma das atividades mais indicadas pelos profissionais de saúde. Além de ser completa e envolver praticamente todos os músculos do corpo, é aliada na queima de gordura e no aumento da massa muscular. Um dos diferenciais que chama a atenção de quem opta por esse exercício é o fator financeiro, já que está acessível a todos e pode ser feito tanto em casa e academia – na esteira eletrônica – como na rua ou em parques. Preocupados em conscientizar e incentivar a comunidade a inserir hábitos saudáveis no cotidiano, um grupo de voluntários coordenou o projeto “Mexa-se pela Vida”, uma corrida 52

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em favor da saúde, aberta à população na cidade de Registro, a cerca de 200 quilômetros da capital paulista. Vida saudável

A iniciativa, realizada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) da região, reuniu centenas de participantes. “Queremos estimular as pessoas a cuidarem da saúde. Essa foi a primeira edição, mas a nossa proposta é dar continuidade ao projeto”, explica Ivan Oliveira, pastor e organizador do programa. A prova foi dividida em quatro categorias: Infantil (de 6 a 10 anos); Infantojuvenil (de 11 a 14 anos); Adultos (homens e mulheres de 15 a 49 anos) e Máster (acima de 50 anos), e reuniu amadores e profissionais, como Dejairson de Lara, que corre há 25 anos. Após percorrer mais de seis quilômetros, quem venceu a prova foi o contador Wesley Santos de Aguiar. “Para conseguir algo na vida, você vai depender de muita dedicação. Eu trabalho todo dia, e à noitinha tenho que ter fôlego para treinar”, explica. IMAGENS: Danillo Souza



Fique por dentro/ APS

Evanil da Silva acreditou e cruzou a linha de chegada em primeiro lugar

Na categoria feminina, a auxiliar de serviços gerais Evanil da Silva chegou em primeiro lugar. “O percurso foi bem difícil, tinha algumas subidas que exigiram bastante dos participantes, mas graças a Deus consegui. Dedico essa vitória em primeiro lugar a Deus, depois à minha família e a todos que torceram por mim”, agradece. Além do lugar reservado no pódio, os ganhadores receberam prêmios. Porém, entre os vencedores, quem se destacou foi a estudante Daniele Vitória da Silva Costa, filha de Evanil. A adolescente não terminou todo o trajeto, mas conquistou a admiração de todos pela sua persistência e determinação. Além disso, serviu como exemplo de superação.

História de Daniele Devido à malformação congênita, Daniele precisou usar próteses ainda bebê – com 1 ano e 7 meses. “A minha filha sempre foi muito independente e persistente, mesmo com suas limitações”, explica Evanil. O gosto pelo esporte começou quando os pais se interessaram pela corrida. “Não fazia exercícios, até que surgiu um evento parecido como essa corrida, e então participamos. Foi a minha primeira competição e garanti o primeiro lugar. A partir daí, fiquei animada e comecei a treinar e correr”, lembra. Incentivada não só pela mãe, mas pela família toda, a adolescente tem o

sonho de ser corredora profissional. “Isso é o que eu gosto e quero. Esse é o meu sonho, então vou batalhar com a minha família e fazer de tudo para que ele se torne real”, assegura Daniele. Contente com a iniciativa “Mexa-se pela vida”, Evanil diz que essa é uma oportunidade para mobilizar desde jovens até idosos a decidirem-se por hábitos mais saudáveis. “Esse projeto foi muito importante para nós, moradores de Registro. É difícil ter um evento assim por aqui. Isso faz com que pessoas de todas as idades participem, além de ser uma oportunidade para um começo de vida mais saudável”, confirma. Benefícios da atividade

A prática do exercício, que deve ser realizado inicialmente de forma leve, também oferece dezenas de benefícios: melhora o sono e o humor, acelera o metabolismo, fortalece os ossos, auxilia no bom funcionamento do sistema cardiovascular, entre outros. Uma hora de corrida intercalada com caminhada é capaz de queimar entre 500 e 900 calorias.

Prêmios foram entregues aos vencedores da corrida

Daniele é incentivada pela mãe Evanil da Silva e sonha em ser corredora profissional

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IMAGENS: Danillo Souza



Fique por dentro/ APL Cerca de 300 pessoas participaram do evento

Libertos pelo evangelho Mais de 23 mil adventistas se mobilizam na Semana Santa em São Paulo Por Michelle Martins

H

á nove anos, Audemir de Oliveira toma como desafio pessoal levar o evangelho a locais onde a maior parte da população não tem coragem de entrar: os presídios. Ali habitam os condenados pela justiça por cometerem atos que infringiram a lei. São pessoas excluídas do convívio social, casos que para a maior parte da população não têm esperança. Mas o marceneiro de 34 anos não enxerga dessa forma. Nos últimos anos, Oliveira tem dedicado os finais de semana ao voluntariado no maior presídio da América Latina, a Penitenciária Feminina de Santana, na capital de São Paulo. Ele é um entre os 23 mil adventistas envolvidos em atividades missionárias na Semana Santa, no norte e leste da capital paulista. Sozinho no presídio

“Em Pernambuco, eu estava na igreja quando convidaram os membros para 56

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fazer evangelismo no presídio. Por três sábados consecutivos, só eu levantei a mão”, ressalta Oliveira ao contar como começou o trabalho. A iniciativa gerou certo espanto, afinal, mesmo sozinho, permanecia a vontade de estar onde ninguém queria. “O coordenador do presídio perguntou se eu era louco por querer entrar lá sozinho. Até brinquei que se ficasse preso, pregaria o evangelho”, lembra. Tempos depois, o voluntário formou uma dupla de estudos, que iniciou a atividade na detenção masculina. Coragem

Os cultos são realizados no pátio da penitenciária. “Lá há várias denominações. Elas saem dos pavilhões e vêm até nós. Não precisamos chamar. Quando chegamos, a carcereira avisa e logo tem grande silêncio, até maior que nas igrejas. Há muito respeito”, relata. No evangelismo da Semana Santa,

50 detentas fizeram o estudo da Bíblia, além de iniciarem a leitura do livro “Viva com Esperança”. De acordo com o voluntário, que é o coordenador de evangelismo da Igreja Adventista na penitenciária, serão distribuídos futuramente quatro mil exemplares. Batismos

Ao longo dos anos, ele viu mais de 60 batismos. “Sinto-me grato por saber que uma pessoa excluída da sociedade aparece e diz que quer ser batizada e se entregar a Jesus”, entusiasma-se. Em diversos cantos do Brasil, ao longo de uma semana de evangelismo, os envolvidos na mensagem da paixão de Cristo puderam partilhar de um sentimento semelhante, pois mais de 300 pessoas foram batizadas, no norte e leste da Grande São Paulo. Para Oliveira, o batismo significa mudança. “Um dia o coordenador do presídio de Pernambuco foi à igreja, em um IMAGENS: MARCOS JUNIOR/ RODRIGO SILVEIRA


sábado pela manhã, agradecer pelo trabalho. Por meio dele, um dos mais influentes detentos se converteu e as rebeliões cessaram”, argumenta. Transformação

distribuição de alguns folhetos e falando de Jesus. Ainda esperamos que eles façam em casa o que estamos ensinando”, comenta o desbravador Eucandison Cruz.

A mudança de comportamento é um dos fatores que liga o evangelho a peculiaridades do dia a dia. A economia de água e a sustentabilidade se tornaram ponto alto na divulgação da Semana Santa no Jardim Santo André. Vinte e cinco voluntários formaram um mutirão para a lavagem de carros a seco. “Sabemos que a nossa cidade está passando por um problema com a água e resolvemos fazer isso”, relata o organizador da ação, pastor Adão Freitas. Em aproximadamente duas horas de atividade, mais de 25 motoristas foram beneficiados. Para substituir a água, um produto foi utilizado junto às flanelas. A ação foi gratuita para a comunidade e para a organização religiosa custou pouco mais de 13 reais por carro. “Estamos levando o evangelho às pessoas por meio da

No Colégio Adventista de São Miguel Paulista, este é o terceiro ano consecutivo que a administração envolve pais e alunos. Durante uma semana, mais de 700 estudantes apresentaram encenações e musicais sobre o Calvário no período da noite, na capela da instituição. Já na classe, os discentes do 4º ano receberam uma aula educativa e prática sobre a cerimônia da Santa Ceia. Para o organizador geral da Semana Santa, Wagne Mesquita, o senso de missão é mais aguçado durante esse período. “Desse modo, a Igreja tem procurado aproveitar ao máximo a maior acessibilidade aos sentimentos das pessoas, a fim de alcançá-las com a mensagem da cruz”, destaca. Ao total, mais de 19 mil pessoas se mostraram interessadas em conhecer mais a mensagem adventista.

Aprendizado entre pais e filhos

Festa inaugural Sede administrativa da Igreja recebe ampliação no leste de São Paulo Por Michelle Martins

A

sede da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) para o norte e leste da capital de São Paulo completa mais de três décadas de existência. Para acompanhar o crescimento religioso e tecnológico da população, foram inaugurados no mês de março três novos espaços para a comunidade e servidores: um auditório, sala de reuniões e salas de departamentos. “A Igreja ganha uma nova estrutura tecnológica, um estúdio de televisão e a possibilidade de fazer treinamentos presenciais, gravados ou on-line. Isso para que nós possamos expandir cada vez mais as ideias, filosofia de trabalho e os ideais da missão da Igreja para o leste de São Paulo”, relata o secretário administrativo e também diretor de Comunicação da Associação Paulista Leste (APL), pastor Flávio Ferraz. Segundo o atual presidente da sede, pastor Aguinaldo Guimarães, houve constante crescimento da comunidade urbana, dos membros e dos templos. “A estrutura que tínhamos já não era suficiente para atender devidamente aos nossos amigos, membros da Igreja e pastores”, acrescenta. “‘Vamos partir para construir uma sede’. Eu disse para o pastor Arno Köhler que estava na hora de fincar as estacas da APL”, lembra o pastor Alcy de Oliveira, diretor financeiro do Campo em 1982.

As lembranças do pastor levam à rua Edgar de Azevedo Soares, 178, local da antiga sede administrativa da IASD na zona leste de São Paulo. “Cheguei e encontrei a Associação em um galpão. Quando chovia, caía mais água dentro do que fora”, brinca o pastor. Oliveira recorda que as obras para a construção da nova sede tiveram a duração aproximada de um quadriênio. Após 11 anos, a APL mudou para a rua Coronel Bento José de Carvalho, 340, onde permanece até hoje. Cerimônia

No dia 12 de março foi realizada a inauguração na capela do novo prédio. Durante o cerimonial, os agradecimentos foram manifestados aos que fizeram parte da história da APL. Entre os homenageados, esteve o pastor Arno Köhler, ex-presidente da APL e pai do presidente da Divisão Sul-Americana, pastor Erton Köhler. REVISTA MAIS DESTAQUE

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Fique por dentro/ ULB

Reunião de colportores

Abertura do evento destacou cultura baiana e sergipana

Concílio celebra legado missionário do Ministério de Publicações Por Heron Santana

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história da expansão da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) no Nordeste foi escrita com o suor, a obstinação e a fé dos colportores – disseminadores históricos da literatura adventista. No início do século passado, vivendo numa época de poucos recursos, com precárias condições de transporte e comunicação, os missionários da página impressa se embrenharam em matas e zonas canavieiras, percorreram estradas sertanejas castigadas pela seca, romperam a hostilidade da caatinga e desafiaram distâncias incalculáveis, montados em jumentos e cavalos. Tudo para levar aos nordestinos a esperança proporcionada pela Bíblia Sagrada. Todo esse esforço foi lembrado durante o Concílio de Publicações que ocorreu entre os dias 22 a 25 de março, em Porto Seguro, Bahia. A programação reuniu cerca de 200 participantes baianos e sergipanos e teve como tema “O Legado e a Salvação”. Organizado pela União Leste Brasileira (ULB), sede adventista para Bahia e Sergipe, o evento enumerou, logo na abertura, aspectos culturais comuns a essas regiões alcançadas pelos missionários de publicações. Lá estavam as frutas do Vale do São Francisco, os cajus e frutas específicas da capital sergipana Aracaju, a miscigenação REVISTA MAIS DESTAQUE

das regiões baianas, o cacau do sul do estado e os vaqueiros do sertão e da região central. Todo o cuidado com a valorização dessa história lembrou um pensamento do filósofo chinês Confúcio: “Se queres prever o futuro, estuda o passado”. O passado estava presente da cerimônia de abertura até a abordagem dos temas e serviu de inspiração para o objetivo do encontro, que foi capacitar e motivar espiritualmente os colportores diante dos desafios modernos de quem trabalha com a missão de disseminar a literatura adventista pela venda direta. “Estamos felizes porque tivemos a presença de administradores e líderes da colportagem, como o pastor Tércio Marques, da Divisão Sul-Americana (DSA), sede da IASD para a América do Sul, e o pastor João Vicente, gerente comercial da Casa Publicadora Brasileira (CPB). Tudo para mostrar aos participantes que nós acreditamos na colportagem”, disse o pastor Reginaldo Paulino, líder do Ministério de Publicações da ULB e coordenador do concílio. A fé nesse ministério, constantemente desafiado nesta era das mídias digitais, foi demonstrada de várias maneiras. Logo no começo, o pastor Geovani Queiroz, presidente da ULB, apresentou argumentos mostrando milagres desse tipo de evangelização. Concluiu sua participação com o batismo de IMAGENS: Alcides Júnior


A preocupação com a saúde e o estilo de vida e o envolvimento dos colportores com a campanha de plantio de igrejas foram outros momentos marcantes do evento Ísis Oliveira, de 18 anos, alcançada pelo empenho missionário de um colportor. O pastor André Oliveira, redator e tradutor da CPB, também expressou a crença trazendo exemplos do passado e de sua própria experiência na área para animar os participantes. Saúde e missão

A preocupação com a saúde e o estilo de vida e o envolvimento dos colportores com a campanha de plantio de igrejas através do projeto “Santuários de Esperança” foram outros momentos marcantes do evento. A escritora Eliza Biazzi deu palestras sobre saúde. “A sociedade está precisando de pessoas que apresentem a salvação em forma de livros evangélicos

e de saúde. Deus deixou esses materiais como recursos para apresentar a mensagem a essas pessoas”, disse Eliza. Essa interação entre medicina e colportagem inspirou outro projeto, chamado “Consultor de Saúde da Família”, iniciado na região sudoeste da Bahia, onde médicos indicam a pacientes a visita de um colportor devidamente preparado para orientar as famílias para uma mudança no estilo de vida. Para os participantes, o evento foi satisfatório. “O encontro trouxe muitos ensinamentos para melhorar as técnicas, então eu aprendi muito, tanto na parte profissional como na espiritual”, disse o colportor João Machado. A colportora Maria Aparecida concorda com o colega. “A gente vai para casa mais motivado. As experiências e palestras sobre a colportagem foram realmente motivadoras”, afirmou.

“O Legado e a Salvação” foi o tema da programação que reuniu mais de 200 pessoas

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Fique por dentro

Novidade à vista

Equipe da revista Mais Destaque participa da temporada atual do programa reformulado “Feliz Sábado”, exibido pela TV Novo Tempo Por Vanessa Moraes

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s sextas-feiras, para celebrar a chegada do sábado, as famílias se reúnem em suas casas para fazer o Culto de Pôr do Sol. Assim é chamado o momento em que pais e filhos param tudo o que estão fazendo para cantar louvores, ler conteúdos espirituais e orar. E para transmitir esse gostinho alegre da chegada do sábado em todos os lares, sejam cristãos ou não, há cinco anos, a TV Novo Tempo lançou o programa “Feliz Sábado”. Em 2015, ele ganhou um novo formato e parte da equipe da Mais Destaque foi conferir de perto essas mudanças. O diretor executivo da revista, Marcelo Inácio, o diretor comercial Rafael Sampaio e a jornalista Vanessa Moraes compareceram aos estúdios da Novo Tempo para participar da gravação de quatro programas. “Nossa grade não tinha um programa que marcasse a chegada do sábado, então, o ‘Feliz Sábado’ surgiu para ser o culto de pôr do sol da emissora. O primeiro programa foi exibido em maio de 2010 e era apresentado pelo pastor Elmar Borges”, lembra Danilo Rosa, diretor e produtor da atração. Assim como nos cultos familiares, o “Feliz Sábado” foi criado para receber o sétimo dia de forma prática. Destinado a todos os públicos, a inovação se deu a fim de promover maior aproximação à realidade dos telespectadores. De acordo com o diretor, o novo formato não tem apresentador fixo, pois cada programa é comandado por um cantor ou apresentador de outro programa da Novo Tempo. Para que tudo dê certo, as gravações são feitas com bastante antecedência. Ao todo, são necessárias 40 profissionais para que elas aconteçam. “Os programas são gravados por ‘temporadas’ e precisam de tempo entre produção e exibição por uma questão de logística de estúdio da Novo Tempo. Na temporada que está no ar, gravamos programas que serão exibidos durante quatro meses, todos inéditos e sem necessidade de reprise”, comenta. 60

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Qualquer telespectador pode participar das gravações. A seleção dos participantes é definida com base no cadastro feito no blog novotempo.com/felizsabado. Basta clicar na imagem “Você no Feliz Sábado”. “É importante que durante a inscrição sejam informados os contatos do pastor da igreja que o candidato frequenta”, recomenda o diretor. Sempre são gravados quatro programas por dia, dois pela manhã e dois à tarde. Os participantes passam pelo figurino, maquiagem e se encontram com Rosa, que explica o que irá acontecer durante as gravações. Os cantores e apresentadores da vez também são orientados sobre como conduzirão o culto. Para Rafael Sampaio, a participação da Mais Destaque rendeu “uma experiência singular”. “Sentimo-nos em casa quando estamos na Novo Tempo. A emissora sempre está de portas abertas para receber a equipe da Mais Destaque, afinal, temos uma parceria que já dura mais de cinco anos. O nosso desejo é que, de alguma forma, tenhamos somado a esse programa tão querido.”

Na telinha O “Feliz Sábado” é exibido sempre às sextas-feiras, às 19 horas. Os programas em que a equipe da Mais Destaque participa serão exibidos de forma inédita nas seguintes datas: · 15 de maio · 10 de julho

· 12 de junho · 07 de agosto

IMAGENS: LIGIA PACHECO



Conta corrente

Demitido! Se o funcionário deixar de evoluir dentro de uma empresa, estará no caminho da demissão

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or mais que as coisas estejam parecendo difíceis, e você com medo de perder o emprego, talvez seja necessário fazer algumas mudanças no seu perfil de empregado para não entrar nas estatísticas dos desempregados. Se você percebeu que seu emprego corre perigo, a coisa mais importante no primeiro momento é não

perder a calma – as empresas detestam funcionários descontrolados. Depois, lembre-se de que, por mais difícil que seja a situação, algumas atitudes podem livrá-lo do corte. Os especialistas são unânimes em dizer que o primeiro passo para escapar do facão é fazer uma autoanálise honesta. Depois, adotar uma postura pró-ativa e colaborativa.

dicas para fugir da demissão

Veja seis pontos principais que podem ajudar a manter o seu emprego: Avalie-se: Pergunte-se se você está alinhado aos objetivos da empresa, se concorda com a missão dela e compreende realmente sua cultura e o que seus líderes esperam de você. Se a empresa contar com um sistema formal de avaliação de desempenho, procure ter uma conversa franca com seus superiores. Se não, uma avaliação informal já será de grande ajuda. Mostre disposição para mudar Deixe claro que você está disposto a assumir novos desafios e adquirir competências que ainda não possui, mesmo que elas pertençam a áreas paralelas à sua atividade principal. Em um mundo que muda cada vez mais rápido, deixar de evoluir é um caminho certo para o escanteio.

Se você percebeu que seu emprego corre perigo, a coisa mais importante no primeiro momento é não perder a calma

Não basta se comprometer com a mudança, é preciso também sinalizar que você está trabalhando por isso Antonio Tostes é diretor geral da Rede Novo Tempo de Comunicação

IMAGENS: ISTOCKPHOTO/ FRATICON

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Cada vez mais, as companhias buscam quem possui visão empresarial e se compromete com o negócio como se fosse seu próprio dono Apresente resultados de curto prazo Não basta se comprometer com a mudança, é preciso também sinalizar que você está trabalhando por isso. Escolha metas rápidas e simples de serem cumpridas – pode ser até mesmo aquele diploma de fluência em inglês que você vem adiando há anos. Respostas rápidas lhe darão tempo para um realinhamento mais profundo com os novos tempos da empresa. Reconquiste a confiança de seus liderados Um líder desprestigiado é um líder morto. Resgatar a empolgação da equipe é fundamental para a sobrevivência de qualquer gestor. Dê abertura para que se manifestem, converse com clareza, acate as propostas pertinentes, festeje e reparta os resultados, mostre que vencer os desafios será positivo para todos – e não apenas para o seu bônus de fim de ano. Traga novas ideias Isso é fundamental para as empresas de hoje. Foi-se o tempo em que as pessoas precisavam se preocupar apenas com suas tarefas. Cada vez mais, as companhias buscam quem possui visão empresarial e se compromete com o negócio como se fosse seu próprio dono.

Seja pró-ativo Quem compreende o que a empresa necessita não fica de braços cruzados. Tome a iniciativa. Faça antes que alguém lhe peça. Em tempos de crise, os líderes fogem de quem lhes traz problemas e valorizam aqueles que aparecem com soluções.

Seu desempenho é o segredo Não há nada de mágico no receituário dos gestores de recursos humanos para escapar de cortes e ser percebido como parte da equipe que vai resolver o problema – e não aquele que está contribuindo para agravá-lo, seja por inoperância, falta de qualificações ou resistência à mudança.

Quando a crise atinge as empresas, um novo ritmo é imposto àqueles que desejam, realmente, jogar a favor de suas empresas e, por tabela, de suas próprias carreiras. Mesmo quem não se sente ameaçado neste instante, pode ver a cadeira balançar em breve. O importante, segundo os especialistas, é evitar a sensação de que o jogo já está ganho, ainda mais em tempos de crise financeira mundial.

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Aconteceu comigo

“Deus transformou

a morte em vida”

Ao mesmo tempo em que se despedia do marido no funeral, Débora entregou a vida a Deus por meio do batismo Por Vanessa Moraes | Colaboração: Pastor José Moreira

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história de George Vilas Boas, 33, seria trágica, não fosse a decisão que tomou em sua vida. Talvez a última e mais importante. Há cerca de quatro anos ele tornou-se usuário de drogas. Foi viciado em cocaína e crack. Ainda jovem, trabalhou no sul da Bahia, onde ganhou muito dinheiro. Em vez de usar essa chance para estruturar a vida, fez o contrário. Destruiu cada oportunidade por causa das drogas e de más companhias. Sem esperança para o futuro, George pensou em mudar sua história. Alguns membros de sua família eram adventistas do sétimo dia e isso o tornou mais sensível ao desejo de 64

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transformação. Ao buscar ajuda profissional, um psiquiatra recomendou que formasse novas amizades e frequentasse uma igreja. Como a Igreja Adventista é uma das denominações mais fortes em Capim Grosso, Bahia, ele procurou um templo e o frequentou por quase três anos. No fim desse período, quis ser batizado. Os líderes da igreja verificaram que George ainda era escravizado pelas drogas e por isso seu batismo não foi permitido. Tal decisão trouxe decepção e frustração ao rapaz. Ele parou de ir à igreja e passou a usar entorpecentes com mais intensidade. Em 2014, o pastor José Moreira Matos, que atua na região centro-norte da Bahia, viajou para São Paulo para desenvolver atividades pastorais e conheceu o “Roupão da Fé”, projeto idealizado pelo empresário Marcos Camilo, criado para levar ex-adventistas ao rebatismo. Ele estava sendo lançado num templo adventista da capital, exatamente onde Moreira estava. Naquele dia o pastor entendeu que Deus o enviou àquele lugar para compreender o projeto e aplicá-lo em Capim Grosso, cidade com muitos ex-adventistas. Com tudo preparado, o “Roupão da Fé” foi lançado no sábado, 20 de setembro do ano passado, e executado nos IMAGENS: arquivo pessoal


dias seguintes. A fim de auxiliar o trabalho dos obreiros, isto é, pessoas que visitam ex-adventistas para propor o rebatismo, uma jovem os acompanhou para mostrar as residências. Na quarta-feira daquela semana, a garota avistou George dentro de um bar e o indicou aos obreiros. Embora não fosse batizado, ele era considerado adventista e, como abandonou a fé, foi visto como um ex-membro. Sem conhecer a história dele, um dos obreiros o contatou e fez apelos fortes. A maneira que usou para falar fez com que George derramasse muitas lágrimas. Com um copo de cerveja numa mão e um cigarro na outra, o rapaz prometeu ir à igreja no dia seguinte. Animado com a volta à congregação, George, que conseguiu se livrar das drogas, até comprou roupas novas para a ocasião especial. Na noite de quintafeira, ao ouvir a pregação, sentiu o toque do Espírito Santo e atendeu ao convite para retomar os estudos bíblicos. George voltou à igreja nos próximos dois dias. Sábado, 27 de setembro. “Entrei no tanque batismal por volta das 11h40. Saí da igreja às 14h40, apenas para comer um lanche, e às 17h voltei para fazer o restante dos batismos”, relembra o pastor Moreira. Às 14h, George, que estava assistindo ao culto, levantou para ir embora. Quando chegou à porta, ouviu o chamado de Deus para retornar, mas sentiu-se impotente, já que ainda era viciado em álcool e cigarros. Dois primos, ao perceberem a situação, pediram para ele tomar uma decisão. “Você já se libertou da cocaína e do crack. Perto disso, cerveja e cigarro são coisas pequenas. Você vai conseguir”, incentivou um dos primos. Naquela tarde, George voltou, aceitou o roupão de batismo que lhe ofereceram e entregou o coração a Jesus ao descer às águas batismais. Além dele, 58 pessoas foram batizadas naquela semana. Vida nova

No dia 18 de outubro, a caravana da TV Novo Tempo passou por Capim Grosso para promover um evento. George estava envolvido no preparo e na montagem do palco da programação. Seu lema era sempre trabalhar para manter a mente ocupada, a fim de não

mais pensar nos vícios. Durante o evento, o pastor e evangelista Luís Gonçalves pregou e deu um cartão para os espectadores para que escrevessem nomes de pessoas que eles gostariam que fossem batizadas. George anotou o nome da esposa, Débora Vilas Boas, 30, que até então, havia acompanhado as reviravoltas na vida dele de forma discreta. Ao ver o novo homem que George se tornou, ela também quis experimentar a comunhão com Deus. Débora desejava fazer uma surpresa para o marido. Seria batizada, mas queria que sua mãe, residente em Brasília, estivesse presente. Essa espera fez o tempo passar. Na segunda-feira, 3 de novembro, o pastor Moreira estava em casa quando recebeu a ligação de um membro da igreja. A informação trazia a triste notícia de que George tinha acabado de ser assassinado com cinco tiros no rosto no momento em que estava fechando o comércio no qual trabalhava. Ele possuía uma franquia de celulares, em que vendia planos, consertava aparelhos e prestava serviços autorizados. A pequena cidade de Capim Grosso foi impactada pela sua morte, que apesar de ter causa desconhecida, é suspeita de “queima de arquivo”. Pura emoção

Naquela noite, a polícia técnica levou o corpo de George para análise. Na manhã de terça-feira, Débora aguardava a chegada do corpo para fazer o funeral, mas ele não chegou. Angustiada, ela foi para a igreja buscar conforto. Era quase uma hora da tarde. Como não havia culto naquele momento, a igreja estava fechada. O pastor Moreira foi até o local e abriu as portas para recebê-la. Enquanto conversavam, o líder espiritual soube da surpresa que Débora queria fazer ao marido. “Você não gostaria de ser batizada no dia em que se despedir dele? Faremos o velório aqui na igreja no dia 5 de novembro e você pode ser batizada, o que acha?”, foi a pergunta de Moreira. Débora disse “sim”. Um tanto estranho e ao mesmo tempo emocionante, a igreja presenciaria algo inesquecível. Os preparativos co-

Antes de morrer, George venceu o vício das drogas, álcool e cigarro e entregou-se a Deus

meçaram. “A ideia era que o roupão de batismo que George usou no dia em que foi batizado ficasse sobre seu caixão. Eu contaria um pouco sobre a história dele durante o sermão, e no momento de batizar Débora, ela pegaria o roupão do caixão e o vestiria. E assim aconteceu. Ela usou o mesmo roupão que o marido. Enquanto a igreja assistia ao vídeo do batismo de George, projetado no telão, Débora vestiu o roupão”, relata Moreira. Dentro do tanque batismal, ela cantou emocionada, junto com a congregação, a música “Um pouco mais”, interpretada pelo quarteto Arautos do Rei. Infelizmente, George não estava vivo para ver Débora descer às águas. “Como adventistas sabemos que quando Jesus voltar, o poder de Deus poderá mostrar essa cena a George no dia da ressurreição, e ele ficará muito feliz em ver que no momento em que a esposa lhe disse adeus, fez a aliança de que também se tornaria adventista e não esperaria mais tempo para permanecer na fé. Ansiamos ver a alegria do reencontro desse casal”, comenta o pastor. Desde o batismo de Débora, a história de George teve grande repercussão. “O evangelho tem ganhado força. Deus transformou a morte em vida. Muitas decisões têm sido tomadas e a Igreja está muito convicta de que só temos que louvar a Deus”, encerra Moreira. Assista ao batismo de Débora no link:

youtube.com/watch?v=RWLbDlMlTnQ

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Reflexão

O ato de Ezequias agradou a Deus, pois não houve rei como ele nem antes nem depois

Isaac Malheiros é pastor no Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS), no Rio Grande do Sul

Serpentes de bronze É necessário remover do caminho aquilo que se tornou obstáculo na adoração a Deus e que tira o foco do único ser do Universo que deve ser adorado

E

stou lendo o livro “Igreja Simples – retornando ao processo de Deus para fazer discípulos” (Editora Palavra, Brasília, 2011). A obra é fruto de uma pesquisa que concluiu que igrejas saudáveis são aquelas que possuem um programa simples de discipulado. Já as igrejas “doentes” são congestionadas, complicadas e sobrecarregadas com inúmeros programas e eventos. Os autores usam o exemplo de Ezequias para desafiar a igreja de hoje a fazer uma reforma de volta à simplicidade. O rei Ezequias trouxe o povo de Deus de volta ao Senhor por meio de uma grande reforma. Ele removeu os “lugares altos”, os postes-ídolos, e jogou fora entulhos de deuses que competiam pela atenção do povo (2 Reis 18:4). Até aí tudo bem. No entanto, Ezequias fez algo radical, que muitos líderes de igreja teriam dificuldade de fazer hoje. Ele destruiu a serpente de bronze de Moisés, que era moldada pelo grande líder histórico, feita por ordem do próprio Deus. A princípio a serpente tinha utilidade, pois representava a salvação para as pessoas mordidas pelas cobras venenosas (Neemias 21: 6-8). Mas a praga das serpentes passou e aquela estátua perdeu a utilidade, foi guardada e passou a ser idolatrada. Como surgem as serpentes de bronze na vida cristã? O processo funciona assim: alguém bem intencionado introduz um elemento na vida religiosa. A princípio, aquilo é útil, faz sentido e abençoa vidas. Mas as circunstâncias mudam, e o que era útil torna-se sem sentido ou um estorvo. Com o tempo, aquela “relíquia sagrada” passa a ter virtude em si mesma e torna-se objeto de veneração.

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Ezequias se livrou da serpente porque ela se tornou um entulho. As pessoas passaram a adorá-la, desviando a atenção do Salvador real. O que era bom virou algo terrível. Em muitas vidas e igrejas, coisas originalmente criadas para dar vida podem tornar-se entulhos. Programas, rotinas e métodos se tornam um fim em si mesmo. Mantê-los passa a ser objetivo maior, ainda que não haja mais utilidade ou sentido. Para Ezequias, eliminar a serpente de bronze talvez não tenha sido uma decisão popular, especialmente em meio a religiosos fincados no tradicionalismo. Assim também, reformas profundas em meio ao povo de Deus são difíceis. Você consegue imaginar quantas reuniões de comissão seriam necessárias para acabar com a serpente de bronze hoje? Consegue ouvir os argumentos dos bem-intencionados defensores de serpentes? “Isso sempre esteve aí! Por que mudar agora?”, “Quem você pensa que é para retirar algo que Moisés colocou?”, “Isso faz parte de nossa história, de nossa ‘identidade’.” “Você é jovem e não sabe o significado dessa serpente sagrada!” Essas pessoas são movidas por nobres sentimentos e motivos aparentemente razoáveis. Mas quando confrontamos as “serpentes” com o objetivo principal da Igreja, vemos claramente que elas se tornaram obstáculos. O ato de Ezequias agradou a Deus, pois não houve rei como ele nem antes nem depois (2 Reis 18:5). Perdemos muito tempo com as serpentes de bronze. Elas tomam nossoa energia e nossos recursos. Precisamos de Ezequias modernos que não temam eliminar o que desvia o foco, o que se tornou uma barreira para o cumprimento da missão e adoração a Deus.

Ezequias se livrou da serpente porque ela se tornou um entulho. As pessoas passaram a adorá-la, desviando a atenção do Salvador real

IMAGENS: ISTOCKPHOTO




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