Mais Que Pet - Ed. 2

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sabrina

sato

a superestrela que ama os pets!

Entrevista: Deputado Ricardo Tripoli | O inteligentíssimo Border Collie | Pets na terceira idade | Ensine os comandos básicos| Ansiedade de separação | O inverno pede cuidados extras


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Editorial Olá! Nossa capa superespecial desta edição, Sabrina Sato, é linda, simpática e ama os pets como nós! Além disso, sempre se engajou nas campanhas de proteção animal e está vivendo um momento único na carreira. Em uma conversa deliciosa e descontraída, nossa estrela abre o coração, fala de seus 3 cães e por que decidiu ajudar nossos melhores amigos. Esta edição segue cheia de novidades e traz uma entrevista exclusiva com o Deputado Federal Ricardo Tripoli, que está fazendo a diferença na causa animal e ajudando a mudar a legislação brasileira. Tripoli fala de seus projetos, de sua luta e afirma “Depois do Instituto Royal, não há mais espaço para atitudes violentas contra os animais”. Ainda temos o inteligentíssimo Border Collie, como cuidar dos animais idosos, a atenção especial com os pets no inverno, os incríveis sentidos dos felinos, como escolher o melhor petisco e como se livrar das pulgas. Você também vai saber como ensinar os comandos básicos ao cão, conhecer melhor a ansiedade de separação e descobrir se seu pet precisa de um plano de saúde. Esta edição traz ainda muitas novidades em tecnologia e produtos, dicas de bem-estar e informações úteis! Um beijo e nos vemos em junho! Renata Marcondes P.S. A Mais Que Pet também é sua! Mande sugestões, comentários e críticas para o e-mail contato@maisquepet.com.br


o que você vai

encontrar nesta edição

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A garota prodígio não descuida dos projetos sociais e encontra tempo para se dedicar à causa animal 6 Você precisa saber 10 Adestramento 12 Raças 16 Comportamento 20 Colunista de comportamento 22 Pet estrela 24 Dia a dia 28 Casa 34 Tecnologia 36 Produtos e lançamentos 40 Saúde 52 Galeria 66 Colunista veterinário 68 Atualidade 70 Felinos 74 Alimentação 76 Proteção animal 82 Estação 86 Foi notícia


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Galeria

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Border Coller

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Inspire-se

Esse sinal indica que a matéria contém vídeo


você precisa saber Vacina contra a doença do carrapato é descoberta em Israel

Uma descoberta acidental pode salvar a vida de muitos cães em todo o mundo! Durante testes para o estudo de bactérias em animais, pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém conseguiram desenvolver uma vacina contra a erliquiose monocíclica canina, a doença do carrapato. No estudo, os cachorros vacinados não mostraram nenhum sinal da doença, depois de serem inoculados, e nem sofreram com efeitos colaterais. Ainda serão feitos mais testes até a comercialização da vacina, mas a notícia é animadora, uma vez que, atualmente, a única forma de impedir que cachorros contraiam a doença é evitando seu contato com carrapatos.

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Como escolher a melhor areia higiênica para o gato? Com tantas opções disponíveis, nem sempre

é fácil escolher a areia higiênica dos gatos. A dica, portanto, é conhecer os tipos de produtos e optar pelo que melhor se ajuste a cada caso. A areia em formato de pequenas pedrinhas possui boa absorção de urina, durabilidade e custo acessível, porém não é a mais indicada para quem quer uma boa neutralização de odores e seu uso é mais indicado para áreas externas. A areia granulada também tem pouca absorção de odores e pode formar uma espécie de lama, em contato com uma grande quantidade de urina. Vantagem? É a mais barata do mercado. A areia feita de grãos de pinus, conhecida como “madeirinha”, neutraliza bem o cheiro de urina, tem bom custo e é biodegradável. Seu único inconveniente é a saturação rápida, que faz com que ela tenha que ser peneirada com bastante frequência. Já a areia de sílica, que pode ser encontrada em formato de bolinhas ou cristais, tem boa absorção, excelente neutralização de odores – por isso é ideal para apartamentos – e ótima durabilidade. A desvantagem? É a mais cara do mercado.


você precisa saber A Copa está chegando! É hora de dessensibilizar os pets A maioria dos cães e gatos tem

medo de fogos de artifício e rojões, e a proximidade da Copa do Mundo é um bom momento para dessensibilizá-los! O uso de áudios que reproduzem esses sons é excelente para isso, pois o pet vai se acostumando lentamente com o barulho, até perder o medo. Para fazer isso, use arquivos que estão disponíveis na internet e vá aumentando o volume no decorrer dos dias. Enquanto seu pet ouve os barulhos, ofereça carinho, brinque, dê petiscos. Ele deve associar o som a coisas positivas, até não demonstrar mais ansiedade. Dica: até que ele perca totalmente o medo, sempre que houver rojões, mantenha portas e janelas fechadas, para evitar fugas, e disponibilize um cantinho seguro para que ele possa se esconder, se desejar. Evite, nesses momentos, agradar o animal. Ao receber carinho, ele entende que está correto sentir medo e esse comportamento é reforçado.

Anticoncepcionais: alto risco para cachorras e gatas O uso de

anticoncepcionais injetáveis ou orais em cachorras e gatas é extremamente prejudicial. Feitos a partir do hormônio progesterona, esses produtos têm efeitos colaterais sérios, predispondo as fêmeas a infecções uterinas, como a piometra, e a tumores de mama. Além disso, não é incomum que os anticoncepcionais sejam aplicados no momento errado do ciclo reprodutivo – aumentando as chances de problemas – ou quando a cachorra ou gata já está prenhe, sem que os donos saibam, causando a morte dos fetos. Para evitar a reprodução, a castração continua sendo a medida mais eficaz e segura.

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você precisa saber SEU GATO É NOTÍVAGO? Com forte instinto de caça, não é incomum que os gatos troquem o dia pela noite, afinal, os roedores, sua presa mais cobiçada, saem das tocas quando escurece. Além disso, já se sabe que o hormônio cortisol, que em humanos é liberado em maior quantidade durante o dia, em gatos alcança sua maior concentração à noite. E, entre outras funções, o cortisol “prepara” o organismo para as atividades do dia a dia! Para muitos donos essa disposição noturna se torna um problema, porque eles podem passar a madrugada brincando e correndo (e fazendo barulho). Para adequar o sono dos felinos à rotina da casa, é importante oferecer estímulos durante o dia. Brinquedos, jogos e bolinhas são garantia de muitas horas de distração. Outra opção é ter mais de um gato. Juntos, eles brincam e gastam energia. Além disso, vale a pena estimulá-los durante o dia, se estiverem tirando sonecas muito longas, e evitar brincadeiras excitantes à noite.

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Como encontrar pets desaparecidos? O momento é de grande tensão e ansiedade, mas

algumas medidas podem ajudar muito a encontrar um pet desaparecido! Espalhar cartazes com fotos recentes do animal o mais rapidamente possível, de preferência nos pontos comerciais com grande circulação; divulgar o desaparecimento nas redes sociais e sites que são especializados em promover “reencontros”; fazer anúncios em jornais e rádios; procurar os CCZs (Centros de Controle de Zoonoses), as ONGs de proteção da cidade e pets shops da redondeza, que recebem muitos avisos de animais encontrados, são as principais atitudes. Oferecer recompensa também ajuda, assim como andar pelo bairro chamando pelo animal e levando roupas da família e brinquedos – com faro e audição aguçados, cães e gatos podem ser atraídos pelos odores e sons conhecidos. A microchipagem do animal, já obrigatória em algumas cidades, é outra medida eficaz de identificação. Por fim, vale lembrar a dica mais importante: animais de companhia devem ter sempre medalhinhas de identificação presas à coleira, com nome e telefone da família.


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adestramento

Muito úteis, eles promovem o equilíbrio, a disciplina e até a segurança dos cães

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Ensinando os

comandos básicos Treinar os comandos básicos é simples e muito importante. Eles não servem para que o cão aprenda a fazer coisas “bonitinhas”, mas para que entenda quem tem autoridade: o dono. Os cães são animais de matilha, precisam de liderança para viver em equilíbrio e, ao aprenderem os comandos – e obedecendo-os –, exercitam essa necessidade. Além disso, um cão obediente é um cão que está sob controle, o que significa mais disciplina e menos risco de comportamentos indesejados, como agressividade. Durante os treinamentos, o vínculo do pet com o dono também é fortalecido e, por fim, alguns comandos, como o “vem” ou o “fica”, são essenciais para evitar fugas e acidentes, como quando o pet escapa da coleira ou se indispõe com outro animal.

Reforço positivo A maneira correta de ensinar qualquer coisa a um cão é através do reforço positivo. Ou seja, ele é recompensado com algo que gosta – como petiscos e agrados – sempre que obedecer a lição, aprendendo por associação. A persistência e a calma também são essenciais, uma vez que cada animal tem um ritmo de aprendizagem. E, embora os cães possam aprender em qualquer idade, ensinar um filhote é mais rápido e fácil. Portanto, a partir dos 2 meses de idade eles já podem receber as lições. “Senta” Para ensinar o “senta”, deve-se segurar um petisco com a mão, posicionar-se na frente do pet e fazer um movimento levando o braço na direção das costas do cão ao mesmo tempo em que se diz “senta”, com firmeza e segurança. Ao


“seguir” o petisco, ele naturalmente vai sentar. Se isso não acontecer, a dica é empurrar gentilmente o bumbum do pet. Quando ele sentar, é hora de dar o petisco e agradar com palavras de incentivo. É preciso repetir o exercício várias vezes, e quando o dono perceber que ele já aprendeu, afastar-se e continuar o treinamento. O cão precisa obedecer ao comando “senta!” mesmo que a pessoa esteja a metros de distância. Se ele levantar antes de receber a recompensa, é necessário voltar e repetir o exercício. “Deita” Depois que o cão aprender o “senta”, é hora de ensinar o “deita”. Com o cão sentado, mostre o petisco bem perto do focinho e vá abaixando a mão até que ela fique perto do chão. O cão naturalmente irá se abaixar, e quando seu peito encostar o chão, ele deve receber a recompensa. O próximo passo é novamente colocar a mão no chão, com o petisco, e fazer com que ele se abaixe ainda mais, até deitar. Todos esses movimentos precisam ser acompanhados da palavra “deita!”. Quando o cão entender o que precisa fazer para ganhar a recompensa, é hora de parar de levar o petisco ao chão e apenas dizer “deita” quando o dono faz o gesto, abaixando a mão. “Fica” Para treinar esse comando – que deve ser ensinado quando o cão já aprendeu o “senta” e o “deita” –, o cão precisa estar sentado ou deitado enquanto o dono se afasta lentamente,

Veja o que esse cachorrinho faz! Ele foi treinado por Omar von Muller! www.youtube.com/watch?v=tVB0hLsZEj4#t=15 Conheça mais sobre o trabalho desse famoso adestrador no site: http://www.trainingwithomar.com

de frente, dizendo “fica”, com a mão espalmada para frente, como sinalização para o pet. Quando ele permanecer no mesmo lugar por alguns segundos, o dono deve voltar e dar a recompensa. Se o pet levantar antes, o exercício precisa ser repetido desde o começo. O objetivo desse treinamento é fazer com que o cão fique cada vez mais tempo sentado e parado e que “resista” a movimentações variadas, como o dono andando em outras direções, por exemplo, até que receba outro comando que permita que ele se levante, que pode ser o “vem”. Vale lembrar que o “fica” pode ser umas das lições mais difíceis, porque estar parado e não acompanhar o dono não é natural para os cães. “Vem” Considerado um comando de segurança, o “vem” é o mais útil e importante no dia a dia e pode ser usado em situações bem variadas. Ele também é fácil de ser assimilado, porque o cão sempre deseja estar perto do dono. Para o treinamento, dê o comando “senta” ou “deita”, que ele já aprendeu, pegue um petisco ou brinquedo, mantenha distância do cão, bata a mão na perna e diga “vem!”. Quando ele chegar, recompense-o. Com o tempo, faça o “desmame” do petisco ou brinquedo de forma que o cão obedeça ao comando apenas com o barulho da mão na perna ou de uma palma. Para reforçar a importância da obediência, ele pode ser treinado para chegar ao lado do dono e prontamente sentar ou deitar. Basta dizer, quando ele chegar, “senta” ou “deita” e recompensar. Dicas: o “vem” que, sem querer, é muito usado em outros momentos do cotidiano, não deve ser banalizado. Ele precisa ser obedecido prontamente para o bem do cão. Portanto, na hora de servir a ração, por exemplo, é melhor chamá-lo pelo nome. Além disso, o “vem” precisa ser ensinado em lugares fechados. Até que o animal o aprenda, treinar na rua aumenta o risco de fugas.

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raças

O inteligentĂ­ssimo

Border Collie!

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Ativo e independente, esse cĂŁo de pastoreio adora obedecer a comandos


Considerado o cachorro mais inteligente do mundo pelo ranking que o psicólogo canadense Stanley Coren publicou no livro “A Inteligência dos Cães” – e que gerou algumas controvérsias –, o Border Collie tem características muito especiais. Cheio de energia e disposição, ele é um animal de pastoreio que adora receber ordens e comandos. Obediente, afetuoso com os donos e extremamente alerta, ele tem fãs no mundo todo. Origem Acredita-se que o Border Collie se desenvolveu na fronteira entre a Escócia e a Inglaterra (por isso o nome “border”) por volta de 1800 – desenhos feitos em madeira e datados deste período mostram cachorros muito semelhantes à raça. Na época, dentre os vários cães que ajudavam a cuidar dos rebanhos de ovelhas, um se destacava por não discipliná-las com latidos e mordidas, mas somente com o olhar e uma firme presença. Seu nome era Old Hemp, ele gerou inúmeros descendentes e é considerado o “pai” da raça. É possível, inclusive, que quase todos os Border Collies atuais tenham traços genéticos desse cão especial. Curiosidades: nos primeiros concursos, o padrão da raça era definido não por características físicas – como costuma ser –, mas pela habilidade para o trabalho de pastoreio. Os Border Collies, que eram adorados pela Rainha Vitória, possivelmente são originários da região nórdica da Europa – onde pastoreavam renas – e foram levados para a Escócia durante as invasões vikings. Temperamento e comportamento Além da inteligência aguçada e da perspicácia (não é à toa que eles são estrelas na publicidade, TV, filmes e novelas, além de imbatíveis nas provas de agility), os Border Collies são dóceis, atentos, disciplinados, arrojados e muito, muito ativos. Eles precisam de constantes estímulos mentais

e de muita atividade física. Portanto, se moram em pequenos espaços – o que não é aconselhável –, necessitam de passeios vigorosos e exercícios várias vezes ao dia, além de jogos e brincadeiras. Rápidos para aprender, obedecem prontamente a comandos e, com forte espírito prestativo, gostam de receber ordens e de “trabalhar”. No cotidiano doméstico, eles podem tentar “pastorear” as crianças, outros pets e até aspiradores de pó e vassouras! Também adoram água, são apegados à família, costumam conviver bem com outros animais e, embora não sejam agressivos, tendem a ser reservados com estranhos. Vale lembrar que, com tanta necessidade de exercícios, o Border Collie, em geral, não é indicado para pessoas que desejem um animal de companhia tranquilo e sereno. Sem praticar atividades físicas vigorosas, ele pode desenvolver um comportamento obsessivo ou destrutivo. Cuidados As características do Border Collie fazem dele um cão que precisa de companhia, interação e, de preferência, espaço físico. Os cuidados cotidianos, entretanto, são simples. Rústico, ele necessita somente de escovação frequente – que ajuda a relaxar e a reduzir a superenergia da raça – e dos procedimentos básicos de vacinação e vermifugação. Bastante tolerante ao frio, e menos ao calor, o Border Collie não costuma se alimentar em demasia, e isso, aliado à sua grande agitação, pode causar perda de peso. Neste caso, com orientação do veterinário, o uso de suplementos alimentares pode ser indicado. Ele também tem grande tolerância à dor e os donos devem estar sempre atentos a possíveis machucados, já que ele não costuma demonstrar que está desconfortável ou que há algo errado. Saúde De forma geral, o Border Collie é muito saudável e resistente e as principais doenças

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Confira, nesse vídeo, toda a graça, habilidade e inteligência da Border Collie Zoe, que foi adestrada por sua dona Patrycja Kowalczyk. Para conhecer melhor a Zoe: https://www.facebook.com/zoeebc

https://www.youtube.com/watch?v=WK6MkxA0isw

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que o atingem são genéticas. A displasia coxofemoral, que é caracterizada pela má formação das articulações coxofemorais, merece destaque, assim como 3 doenças oculares: a CEA (Collie Eye Anomaly), a Atrofia Progressiva da Retina (em inglês Progressive Retinal Atrophy, PRA) e a Atrofia Central da Retina (CPRA). Todas elas podem levar o animal a perder a visão e precisam de constante acompanhamento do veterinário. A raça também pode ser atingida pela TNS (Trapped Neutrophil Syndrome), que afeta o sistema imunológico e faz, normalmente, com que filhotes morram antes dos 3 meses de vida. Lindo! De porte médio e com expectativa de vida próxima a 15 anos, o Border Collie tem vários padrões de cor. Ele pode ser preto e branco,

marrom e branco, azul, vermelho, tricolor, com pintas e sardas. Seu pelo pode ser curto ou longo, suas orelhas são eretas ou semieretas e não é incomum que seus olhos tenham cores diferentes, como azul e castanho. Em geral, as fêmeas pesam entre 12kg e 19kg e os machos, entre 14kg e 20kg.

Enquanto Border significa “fronteira”, o termo Collie pode ter 3 origens. É possível que descenda da palavra celta “coalley”, que quer dizer preto, da palavra gaulesa “coelius”, que significa leal, ou do nome de uma raça de ovelhas escocesas, “coelley”


comportamento

Cada vez mais comum, ela causa desequilíbrio nos cães e afeta toda a família

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Ansiedade de separação Móveis e objetos destruídos, xixi fora do lugar, uivos, latidos, tristeza e apatia. Esses são alguns dos sintomas da ansiedade de separação, também conhecida como Síndrome de Ansiedade de Separação (SAS), que tem atingido cada vez mais os cães que ficam sozinhos por alguns períodos. Conheça as causas e soluções para esse problema que afeta a família toda. Vida moderna Cães são animais sociais que precisam e gostam de companhia. Nos últimos anos, porém, eles ganharam status de “filhos” e, embora esse cenário tenha levado a vários benefícios – como aumento da qualidade de vida e da

longevidade –, trouxe alguns prejuízos. A humanização dos pets é um deles e está intimamente ligada à ansiedade de separação: tratados como crianças, tornam-se emocionalmente dependentes de seus donos e sofrem de forma exagerada com suas ausências cotidianas. Some-se a isso o fato de que a maioria das pessoas trabalha fora, deixando-os algumas horas sozinhos. Resultado? Pets que, sem equilíbrio emocional, desenvolvem comportamentos inadequados. Outras situações também podem estar associadas à ansiedade de separação, embora menos frequentes. Filhotes que foram separados da mãe precocemente, por exemplo, podem ter a primeira socialização,


que é feita com os irmãos e com a própria mãe, prejudicada. Esses animais tendem a desenvolver uma personalidade mais insegura e sensível e ficam mais suscetíveis à ansiedade de separação. Mudanças bruscas no cotidiano, como a chegada de um novo animal ou de um bebê humano (sem que seja feita a adaptação), ou mesmo separações, também podem causar desequilíbrios. Por fim, situações que gerem medo e aconteçam quando o cão está sozinho, como trovões e rojões, podem desencadear a ansiedade. Lidando com o problema A primeira coisa que deve ser compreendida pelos donos é que o cão que tem ansiedade de separação está em desequilíbrio, afinal, sua natureza é ser alegre, ativo e sociável. “Comportamentos autodestrutivos são resultado da interferência humana. Eles não são encontrados na natureza”, diz o adestrador Leandro Bertasso. Portanto, para mudar o cenário é importante a conscientização e o envolvimento de toda a família. “Os donos devem entender que a mudança de atitude não serve somente para que o animal se comporte melhor. Ela deve acontecer para que ele seja mais feliz”, completa Bertasso. Vale lembrar que, quando o pet fica mais seguro e tranquilo, todos ganham! Muitos donos se sentem culpados com a situação e deixam de aproveitar seus momentos de lazer e até de viajar.

sejam eles de afagos, sejam de petiscos, mostre o que ele não pode fazer e repreenda imediatamente comportamentos agressivos com pessoas ou outros animais. Quanto mais “mimado” for o pet, mais frágil ele será. A hora de sair e de chegar De forma geral, a hora em que os donos saem aciona o gatilho da ansiedade de separação e a primeira dica é não valorizá-la com “despedidas” e carinhos. A situação deve ser a mais natural possível e vivida sem culpa. Se movimentos como pegar a bolsa ou a chave do carro levam a sinais de estresse, o dono pode dessensibilizar o pet fingindo que vai sair. Basta repetir os movimentos e permanecer em casa, sem dar atenção excessiva ao cachorro. Esse pequeno truque de contracondicionamento, se feito durante alguns dias, dá excelentes resultados! Associar a saída com coisas positivas também é importante. É hora, portanto, de dar um brinquedo novo e petiscos. A volta para casa também deve ser natural e não motivo de euforia. Nada de carinhos ou brincadeiras até que o cachorro se acalme.

Enriquecimento ambiental No tratamento da ansiedade de separação é extremamente importante que o cão perceba que ficar sem os donos também é “legal”. E para que isso aconteça, ele deve ter atividades e distrações. Brinquedos inteligentes, petiscos escondidos pela Liderança Para que o pet volte a ter uma vida casa, ossos maiores – que garantam bastante saudável – ou sequer desenvolva a ansiedade tempo de entretenimento –, são ótimas ideias. de separação – os donos devem promover sua Outra dica é pedir que alguém passeie com o independência. Isso significa ajudá-lo a tornar-se pet na ausência dos donos, para que ele associe mais seguro e confiante através da mudança de esses momentos a coisas positivas e gostosas. Se hábitos e de comportamento e, principalmente, exercendo sempre a liderança. “Cães precisam de ele gosta de tomar banho, por exemplo, essa é a hora certa para o pet shop buscá-lo. Vale lembrar orientação e autoridade tanto quanto de afeto”, diz Bertasso. Para isso, treine os comandos básicos, também que se o animal fica confinado a um ambiente pequeno quando está sozinho, a saída tenha controle durante o passeio, determine os dos donos será sempre uma coisa negativa. Ele horários de alimentação, ensine-o a fazer xixi e cocô no lugar certo, não ceda a todos os “pedidos”, deve ter espaço para circulação.

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Outras dicas • No início do tratamento, roupas com o cheiro dos donos deixadas no ambiente ajudam a acalmar o pet • Em casos mais severos, pode-se fazer a dessensibilização aos poucos, deixando o cachorro sozinho por curtos períodos, que vão aumentando gradativamente • Som de TV ou música ajudam a relaxar e dão a sensação de presença humana • Se a família deseja e pode, ter outro animal é uma boa ideia! Juntos, eles brincam e fazem companhia um ao outro • Um vigoroso passeio antes de sair faz com que o animal gaste energia. Resultado: cansado e relaxado, ele sentirá menos a falta da família • É importante acostumar o filhote a ficar sozinho por alguns períodos. Os cães mais ansiosos são aqueles que têm companhia humana o tempo todo Sintomas mais comuns da • As pessoas não devem ficar ao lado do pet ansiedade de separação quando ele está comendo. Assim, ele aprende que deve se alimentar quando estiver sozinho • Xixi e cocô no lugar errado, muitas vezes na • Sociabilizar o animal, promovendo bastante contato com outros pets e pessoas diferentes, afasta cama ou roupas dos donos o comportamento de “filho único” • Destruição de móveis ou objetos, especial• Repreender o pet por objetos destruídos e outros mente quando está sozinho estragos não resolve o problema e só piora a • Latidos, uivos e choro situação. Os cachorros só compreendem uma • Baba excessiva bronca se ela ocorre imediatamente após o fato • Automutilação, como “comer” as patas • O dono não deve permitir que o animal o siga o • Não se alimentar ou beber água na ausêntempo todo e deve incentivar que ele brinque e se cia dos donos distraia em outros ambientes da casa • Apatia, tristeza e até depressão • Vale a pena valorizar alguns brinquedos, espe• Hiperatividade cialmente os mais desafiadores, dando-os ao sair e retirando-os do pet quando chegar em casa. Se ele tiver acesso ao brinquedo o tempo todo, vai perder o interesse A ansiedade de separação leva ao aumento da produção de cortisol, o hormônio do estresse. • Casos severos de ansiedade de separação podem precisar de acompanhamento profissional. AlguEm excesso e por longos períodos, o cortisol enmas vezes é preciso medicar o cão ou contar com a fraquece o sistema imunológico, predispondo o ajuda de um especialista em comportamento cão a várias doenças.

Você sabia?


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colunista de comportamento

Soraia Mergulhão

Latir muito, perseguir objetos sem parar e lamber partes do corpo indicam o desequilíbrio

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Nos últimos anos tenho notado uma grande quantidade de cães que apresentam certos comportamentos desagradáveis, que podemos chamar de repetitivos e obsessivos, como: latir muito, perseguir bolinhas ou outros objetos sem parar e lamber partes do corpo, principalmente patas e rabo. Pela minha observação, notei dois tipos de situações que causam o problema: - o cão hiperativo e que não tem como extravasar sua energia; - o cão frustrado e/ou entediado. O cão hiperativo é, em geral, mais inteligente que a média, e assim como as pessoas, precisa de desafios mentais e muita atividade física, além de disciplina. Esse cão sabe que fez algo errado, que destruiu coisas que não podia ou cavou lugares inadequados, mas o prazer que teve ao executar essas traquinagens é maior do que

Comportamentos

compulsivos


a eventual punição que receberá do dono. Ele também pode desenvolver o hábito de brincar incansavelmente com uma bolinha/brinquedo e, se alguém o esconder, provavelmente ficará latindo para que seja devolvido. Se não possuir uma bolinha/brinquedo predileto, pode “atacar” a cama, a casinha, o cobertor, etc., mastigandoos sem parar até causar a destruição total. Por ser muito inteligente, ele é capaz de driblar os castigos convencionais e por isso merece uma atenção maior da família. O mais recomendável é o treinamento de obediência, com comandos simples, tipo senta, deita, fica, além de disciplina com uma rotina constante, como, por exemplo, passeios, que devem ser feitos nos mesmos dias da semana e se possível nos mesmos horários. Ser firme e não permitir que o cão desobedeça as regras da casa, tais como “não entrar em casa”, “não subir no sofá”, etc. também é importante. Se ele percebe que há brechas para agir, ele assim o fará e perderá o respeito pelo dono. Costumo pensar em cães muito inteligentes como “advogados”, pois estão sempre interpretando as leis e tentando uma saída que os beneficie! Para finalizar, animais muito inteligentes, sejam eles quais forem, precisam ser “conquistados”. Eles irão obedecer ao dono porque ele é um cara legal e o admira, não porque é o chefe da casa ou é mais forte do que ele. Portanto, castigos físicos não adiantam, firmeza, sim. Há também casos de cães que latem incansavelmente quando são deixados sozinhos ou presos. Eles sofrem por estarem separados de sua família, mesmo que seja por alguns instantes, e sentem-se frustrados. Isso acontece na grande maioria dos casos por orientação inadequada da família. Desde filhote, sempre que chora ao ser deixado sozinho, algum humano aparece para “falar” com ele, mesmo que seja para dar bronca. Dessa forma, ele aprende que, para não ficar sozinho, basta chorar/latir. Com o passar dos anos o problema só aumenta, e ele pode descarregar suas frustrações quando não

é atendido, destruindo sua caminha, arranhando portas e comendo outros objetos. Para eliminar esse mau hábito, desde o primeiro dia, o filhote precisa entender que haverá separações entre ele e sua família humana – e isso não significa “abandono”. E isso começa (novamente) ao dar limites e disciplina. Na hora de dormir, por exemplo, ele ficará sozinho na sua caminha/casinha até a manhã seguinte, e, se começar a chorar, deve ser ignorado. É mais fácil resolver o problema quando ele ainda é filhote. Os cães são animais de sociedade; eles, em estado selvagem, vivem em grupos, matilhas, e estão sempre juntos. Por isso é quase antinatural a ideia de que sua família saiu e ele ficou para trás. Na cabeça dele isso significa que foi entregue à própria sorte e provavelmente será vítima de predadores. Mesmo que more no 12º andar de um edifício no meio da cidade, algum urso ou leão irá encontrá-lo, sem dúvida! Sem a orientação correta, essa situação de ansiedade pode levar a automutilação, como lamber a pata ou comer o rabo. Por isso, é responsabilidade da 21 família mostrar que nada de mal está acontecendo. Como? Sendo firme ao sair de casa e deixá-lo só. O dono não deve tentar “confortá-lo”, apenas agir de forma natural, pois faz parte da rotina da casa que os humanos saiam sozinhos na maior parte das vezes e, em outras, o cão os acompanhe. Às vezes, certos comportamentos são de origem fisiológica. Ele pode estar se lambendo por algum tipo de alergia ou outro problema. É preciso verificar se não há pulgas ou outros parasitas incomodando o amigo peludo. Ou, ainda, pode estar sentindo dor, como uma artrose, e a única reação que ele tem é lamber o local. Vale uma visita ao veterinário! Por último, as recomendações de sempre: um cão deve se exercitar com frequência, conhecer as regras da casa e saber qual é o lugar dele na família. Soraia Mergulhão trabalha com animais há mais de 15 anos e é discípula de Daniel S. Mills, Ph.D. em Comportamento Animal pela Lincoln University, no Reino Unido.


pet estrela O gatinho japonês Maru é mais uma superestrela da internet - que nós adoramos! Muito divertido, gorducho, simpático e cheio de charme, ele tem fãs no mundo todo – seus vídeos no YouTube já foram exibidos mais de 150 milhões de vezes! – e já foi tema de várias matérias de TV e até do jornal The New York Times. Apaixonado por caixas, Maru, que é da raça Scottish Fold, é muito estimulado no cotidiano e faz coisas engraçadíssimas. Depois de 6 anos vivendo apenas com os humanos, ele

o gato apaixonado por caixas!

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Reprodução

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maru -

Quer conhecer mais o Maru? Visite seu blog: http://sisinmaru.blog17.fc2.com


ganhou uma irmã, Hana, uma gatinha SRD que foi adotada em um abrigo. A interação entre os dois é deliciosa e tornou os vídeos e fotos ainda mais imperdíveis. Um livro com suas melhores fotos e uma compilação de suas travessuras em DVD fizeram enorme sucesso no Japão e ele foi até contratado por uma empresa de tecnologia local como garoto-propaganda. Usando apenas o pseudônimo “Mugumogu”, seu dono (ou dona) é misterioso. Ele não divulga a sua identidade e nem em que cidade mora com Maru e Hana. Ele, inclusive, se recusa a dizer que é dono, afirma apenas que “moram juntos”. Curiosidade: Maru, em japonês, significa circular, redondo.

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Aniversário de 1 ano de Hana


dia a dia

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Como dar remédios para o pet? Medicar os animais nem sempre é fácil. Conheça algumas técnicas que irão ajudar nessa tarefa Infelizmente os pets não são como as crianças que podem entender a necessidade de tomar um remédio. Com eles é preciso ter habilidade e, muitas vezes, usar pequenos truques. Comprimidos Em geral, é mais fácil dar um

comprimido para um cão do que para um gato. A maioria dos cachorros nem percebe que foi medicado se o remédio for colocado dentro de uma bolinha de ração úmida ou de um pedaço de carne (sempre cozida!). Outra opção é utilizar os “pill pockets”, um tipo de petisco com espaço para ser recheado com o comprimido, à venda em pet


shops. Os gatos, porém, costumam mastigar a “almôndega”, ou o pill pocket, e cuspir o medicamento. Nesse caso, e no caso de cães que não se deixam enganar, a melhor técnica é posicionar o animal de costas entre as pernas do dono, levantar sua cabeça, segurar com cuidado a mandíbula, com o dedo indicador e o polegar, e abrir a boquinha do animal. Então, com a outra mão – ou com a ajuda de outra pessoa – deve-se colocar o comprimido no fundo da língua, o mais perto da garganta possível. O próximo passo é manter a boca do pet fechada (com cuidado para não tampar as narinas) até que ele engula. Massagear a parte externa da garganta estimula a deglutição. Essa tarefa também pode ser feita com os aplicadores de comprimidos, que se parecem

com uma seringa e ajudam na tarefa de colocar o remédio na garganta do pet. Por fim, é preciso checar se o remédio foi mesmo engolido. Acredite, há cães que “escondem” o comprimido na boca para depois cuspi-lo. Dica: Para ganhar a confiança do pet, primeiro deve-se oferecer uma almôndega sem medicação. Em seguida, aquela que contém o comprimido e, depois, uma última, também sem remédio. Se o animal precisa ser medicado por muitos dias, é importante mudar o sabor da carne. Se a ração úmida é sempre de frango, por exemplo, ele pode, por associação, passar a rejeitar o alimento. Líquidos Para administrar medicamento oral só existe um “truque”: se não houver restrição alimentar, ele pode ser misturado à ração úmida ou ao seu caldo. Porém, a maioria dos pets não aceita o alimento, por sentir o cheiro do remédio. Nesse caso, é preciso colocá-lo em uma seringa sem agulha, levantar um pouco a cabeça do 25 animal e injetar na lateral interna da boca, de forma lenta para que ele não engasgue. Dica: Antes da aplicação, aja normalmente. Os animais percebem todas as movimentações diferentes e isso pode aumentar a ansiedade. Gel, pasta e pomadas Algumas medicações, especialmente para gatos, estão disponíveis no formato de pastas saborosas. Nesse caso, basta passar nas patinhas para que ele lamba o remédio. Os medicamentos em forma de gel são especialmente usados nos ouvidos, uma vez que o líquido, quando aplicado nessa região, causa vertigem na maioria dos animais. Já os de uso tópico, como pomadas, devem ser aplicados na nuca do pet, onde ele não tem acesso. Dica: Se a pomada precisa agir em uma parte específica do corpo, use o colar elisabetano para que o animal não lamba a medicação.


fotos: reprodução

Novos formatos Com o avanço da indústria farmacêutica, já existem medicamentos orais com sabores e cheiros agradáveis para o pet, como carne, e em forma (e sabor!) de petisco. O veterinário pode informar se a medicação de que ele necessita está disponível nesses novos formatos.

pill pockets

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Medicar o pet sem orientação do veterinário ou com remédios humanos pode causar uma intoxicação medicamentosa e até levar à morte do animal. Isso ocorre porque alguns remédios não são metabolizados por determinadas espécies, causando severas reações. É o caso de analgésicos e antitérmicos com paracetamol ou ácido acetilsalicílico (aspirina) na fórmula, quando usados em felinos. Incapazes de metabolizar essas drogas, os gatos têm o fígado comprometido, podendo até morrer. Outros casos semelhantes de intoxicação medicamentosa são muito comuns e, para evitar que eles aconteçam, o veterinário deve ser sempre consultado.

aplicador de comprimido

Reduzindo o estresse Alguns pets precisam de contenção ou de focinheira para receber a medicação. Isso causa grande estresse, que piora a cada nova dose. Nessas situações, vale a pena conversar com o veterinário e avaliar a possibilidade de usar medicação injetável, que, em geral, necessita de menos doses. A hora de tomar remédio também deve ser cercada de calma – por parte dos donos – e sempre associada a algo que o pet gosta. Ele pode receber petiscos ou brinquedos como recompensa ou um passeio logo depois do remédio.

Gatos costumam salivar e babar depois de receber remédio porque são muito sensíveis a sabores diferentes, especialmente os amargos.

Evite “esmagar” remédio, transformando-o em pó. As pílulas e comprimidos são revestidos por substâncias que têm efeitos diferentes, de acordo com sua liberação no organismo. Ao destruir o revestimento, o equilíbrio é rompido, prejudicando o processo de absorção do medicamento e o tratamento do pet.


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casa

Esse gracioso trailer vintage – feito em fibra de vidro, aço inoxidável e alumínio – é resultado do talento do designer canadense Judson Beaumont. Apenas 25 peças foram produzidas (e ersonalizadas) para seus donos caninos!

Inspire-se! No inverno, as casinhas e caminhas são imprescindíveis para manter o pet aquecido e confortável. Selecionamos modelos arrojados, lindos, práticos e divertidos para você se inspirar!

Reprodução

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Arrojada e supercharmosa, a Kokon Modern Pet House abriga o pet e ainda permite que os donos tenham uma horta, mesmo morando em apartamento!


O “The dog house sofa” foi a primeira de uma série de peças que o designer coreano Seungji Mun desenvolveu para aproximar ainda mais os pets de seus donos. Revestidas com tecido impermeável e resistente a bactérias, as capas das almofadas podem ser trocadas e estão disponíveis em diversas cores. A linha do designer se chama “M. Pup” e tem várias casinhas e camas para os animais de companhia.

Essa casinha supermoderna foi criada pelo artista americano Michael Young, é feita em polietileno lavável, tem hastes em aço inoxidável e está disponível nas cores branco e laranja. O charme fica por conta da plaquinha em latim que diz amicus fidelis protectio fortis, que significa “amigo fiel, forte protetor”.

fotos: reprodução

Os americanos Miles e Aimee Harrison, da Atomic Attic, criam incríveis peças transformando objetos do cotidiano! Uma mala sem uso e com jeitinho retrô vira uma cama cheia de charme e conforto para o pet.

Ideal para áreas externas, a Outback Savannah Dog House tem varanda e até chaminé! Construída com materiais que proporcionam conforto térmico, ela é agradável no inverno e fresca no verão.

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fotos: reprodução

Esse verdadeiro lounge, da Pet Fusion, dá um toque de sofisticação ao ambiente e garante uma soneca cheia de estilo e conforto.

Gatos adoram caixas e lugares escurinhos! Essas “cavernas” desenhadas pelos designers Lene Nendel e Michael Ryding proporcionam aconchego e muita diversão. 30

A Smucci, da Cat Play, pode ser customizada! O cliente escolhe a cor dos pés, da cama, da almofada, o tamanho e até o desenho gráfico! Resultado? Uma peça única e superarrojada para o felino!

A Cama Millie Iglu Provence protege o pet das correntes de ar, é desmontável – e por isso ótima para levar em viagens –, macia e pode ser lavada na máquina!


fotos: reprodução

Essa casinha de papelão, outra paixão dos gatos, é romena e os próprios donos a armam em casa.

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Tem um móvel sem uso em casa? Com um pouco de habilidade é possível transformá-lo em uma caminha linda para seu melhor amigo.

Esses hexágonos de papelão, da Ibiyaya, vêm desmontados e prometem fazer a alegria dos gatos!


A cama da Dog’s Care é produzida com fibra siliconada importada, é antiácaro, antialérgica e antifungos. Ela também tem forro removível para lavagem e resiliência de recuperação das fibras, que evita deformações no formato.

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Atenção ao comprar casinhas de madeira As casinhas de madeira para cães são supercharmosas e, mais robustas, especialmente indicadas para quem mora em casa com quintal. Na hora de escolher o produto, porém, é preciso ter alguns cuidados. As madeiras do tipo compensado ou aglomerado recebem cola, que pode conter substâncias tóxicas que causam sérios problemas respiratórios e dermatológicos. O uso de tinta na parte interna, assim como verniz, oferece os mesmos riscos. Portanto, vale a pena investir em um produto fabricado com madeira pura e que tenha impermeabilização somente na parte externa. Pregos e pontas também devem ser observados e a casinha deve ficar abrigada de chuva, para que não desenvolva umidade e fungos.

fotos: reprodução

A Little Arena, da Ibiyaya, é desmontável, feita com EVA Foam lavável e vem com uma almofada de pele sintética. Ela é recomendada para pets de pequeno porte.

Pura sofisticação, a caminha Eames, do design Glenn Ross, tem pés em madeira maciça e está disponível em vários tons.

Gatos adoram espaços aéreos, e a Bamboo Cat Radiator Bed é ideal para ser colocada em portas ou móveis. Feita em bambu e fibras ecológicas, está disponível em várias cores.


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tecnologia

O Wandant Dog Pedometer é um dispositivo que avalia a saúde dos animais de companhia. Acoplado à coleira, ele monitora mudanças na temperatura corporal, número de passos dados pelo pet e tremores. Essas informações são enviadas automaticamente para a internet e podem ser acessadas via smartphone ou computador. A partir de gráficos gerados pelo Wandant Dog Pedometer é possível saber se o pet está doente (mudança de temperatura ou muito tempo sem se movimentar) ou se está estressado (tremores).

gadgets incríveis 34

Conheça uma seleção dos mais incríveis gadgets para donos de pets que também são apaixonados por tecnologia. Alguns ainda não chegaram ao Brasil, mas prometem fazer sucesso por aqui!

O Bow Lingual é um “tradutor” de latidos que promete interpretar o que o cão está “dizendo”. Basta usá-lo quando o pet está latindo! Ele funciona com 5 pilhas AA e, segundo o fabricante, “entende” latidos de até 50 raças diferentes.


fotos: divulgação

O Spray Barrier System é um educador. Acoplado à coleira, ele tem um transmissor que monitora sinais de áreas restritas para o animal. Se ele ultrapassar os limites, o dispositivo libera uma substância atóxica, inibindo o movimento.

O Petfit Tag age de forma semelhante ao Wandant Dog Pedometer, porém é mais completo. Ele tem um receptor 3G, um adaptador bluetooth e um chip de localização GPS, para que o dono saiba onde o animal está. O Petfit Tag também controla as atividades físicas do pet e disponibiliza os dados na internet. Se ele está se exercitando menos do que deveria, o sistema dá dicas de nutrição e conselhos veterinários. 35

O PetChatz é um sistema que garante que os donos se comuniquem com seus pets de qualquer lugar do mundo. Usando vídeo e áudio, ele permite até que petiscos sejam oferecidos ao animal! Conheça o PetChatz nesse vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=udlzRaB-pKg


produtos e lançamentos Enriquecimento ambiental para os hamsters A gaiola para hamster Olímpia oferece um amplo espaço para o pet brincar livremente. Sua estrutura é composta por uma gaiola de arame e uma seção vertical especialmente coberta com plástico transparente. Ainda há caminhos com uma roda, uma casa pequena, prateleiras e escadas, tudo para proporcionar lazer e exercício físico. Na parte inferior da gaiola, há acessórios úteis, incluindo uma garrafa de água e um comedouro. Os tubos transparentes permitem que o hamster possa passar do primeiro andar para o chão. Eles podem ser usados para fazer inúmeras combinações, criando áreas de jogo adicionais.

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Comedouro-brinquedo instiga e reduz o estresse O Pet Ball, da Pet Games, é indicado para distrair, estimular e instigar cães e gatos. O comedouro-brinquedo em forma de bola comporta até 300g de ração, tem 4 aberturas ajustáveis e 12cm de diâmetro. Desenvolvido em polipropileno, é super-resistente, atóxico, lavável e pode ser usado para reduzir a ansiedade de separação, uma vez que os pets passam bastante tempo entretidos, tentando alcançar os grãos de ração.

Fontes garantem água purificada para os pets Desenvolvida por veterinários, a linha de fontes americanas Aqua fornece água fresca e corrente ao cão ou gato, evitando o risco de contaminações e proliferações de bactérias. O produto possui filtro de carvão, que é responsável pela purificação de impurezas, além de eliminar o gosto ruim e possíveis odores. A fonte é especialmente indicada para gatos, que adoram água corrente e precisam de boa hidratação para minimizar problemas renais, e está disponível em dois modelos: Aqua Cube, para cães pequenos e gatos, e Aqua Falls, para cães e gatos médios e grandes.


produtos e lançamentos Marca é especializada em roupas para cães de grande porte Donos de cachorros de grande porte muitas vezes têm dificuldade em encontrar roupas e acessórios para seus pets. A Lot – criada por uma jornalista que é apaixonada pelos animais – fabrica itens especialmente desenvolvidos para cachorros grandes e conta com uma linha fashion e descolada de roupas, coletes, capas de chuvas e camas. A marca, que utiliza padronagens e tecidos diferenciados e inovadores, também tem peças para animais pequenos.

fotos: divulgação

Peek and Play Toy Box garante a diversão dos gatos! Curiosíssimos e brincalhões, os gatos vão adorar a Peek and Play Toy Box, uma caixa com aberturas estratégicas onde podem ser colocados brinquedo e petiscos. O jogo ativa a capacidade motora e o instinto de caça dos felinos e garante bastante tempo de diversão! A Peek and Play Toy Box vem com 2 bolinhas.

Lenços umedecidos são ideais para o inverno Os lenços umedecidos da Genial Pet são uma excelente opção para manter a higiene dos animais de estimação em dias chuvosos ou no inverno, quando os banhos devem ser menos frequentes. Suaves e especialmente formulados para os animais, eles limpam a pele, pelos, orelhas, genitais e patas. Disponíveis em versões para cães e gatos, também podem ser usados em filhotes que ainda não foram vacinados – e que por isso não devem frequentar pet shops –, nos cuidados pós-operatórios, em animais idosos e nas viagens.

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produtos e lançamentos linha Ageing é específica para cães idosos Recebendo mais cuidados, os cães estão vivendo cada vez mais tempo. Na maturidade, porém, a atenção com a alimentação deve ser redobrada, pois eles precisam receber nutrientes especiais que garantam a saúde e a qualidade de vida. A linha Ageing, da Royal Canin, tem balanço nutricional específico para cada fase de envelhecimento dos cães e mantém o apetite, peso corporal e massa muscular, além de apoiar as defesas naturais, evitar sobrecarga nos rins, promover saúde intestinal e manter a saúde oral. Com produtos próprios para o porte das raças, os alimentos são enriquecidos com polifenóis, licopeno, luteína, taurina, vitaminas A, B, C e E, ômega 6, zinco, ferro, iodo e tem níveis reduzidos de fósforo.

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Kit de adestramento sanitário utiliza o potente faro canino Os adestradores sanitários que utilizam o potente faro dos cães para educá-los são uma boa opção para ensiná-los a fazer xixi no lugar certo. Eficientes até para animais adultos, eles agem desmarcando e marcando os locais quimicamente. O Kit GPS, da Petmais, contém 3 produtos que devem ser utilizados em conjunto. O “desmarca” deve ser aplicado onde o dono não quer que o pet faça xixi e que já tenha o odor da urina. Ele age degradando totalmente a amônia, desmarcando o local. Depois de 30 minutos, aplica-se nesse mesmo ponto o produto “bloqueia”, que fará com que ele não volte a urinar no local. Por fim, o “marca” deve ser usado no lugar onde se deseja que o cão faça xixi, como uma área de serviço, bandeja sanitária ou quintal.

Porta-ração é prático e protege o alimento Os porta-rações, da Buddeez, são ideais para o acondicionamento do alimento dos cães e gatos, mantendo a ração sempre fresca e crocante e longe de insetos e roedores. Além disso, eles derramam os grãos na quantidade certa através de uma tampa flip e estão disponíveis em vários tamanhos.


Escovação lúdica Para alguns pets, a produtos escovação dos dentes – essencial para evitar o mau hálito e as doenças periodontais – é bastante estressante. A Pet Games criou, para esses momentos, a Pet Escova e a Pet Pasta, que, com formato lúdico, previnem o tártaro e controlam a formação de placa bacteriana. Além disso, atuam como um recurso anti-estresse, pois permitem que o cão satisfaça seu desejo de roer com um produto seguro. Os brinquedos são fabricados em nylon atóxico e com ranhuras funcionais que proporcionam maior estabilidade na hora de brincar. Além disso, a superfície áspera que se forma com as mordidas propicia a remoção mecânica da placa bacteriana, sem prejudicar a gengiva. Disponíveis nos tamanhos P, M e G.

e lançamentos

fotos: divulgação

Costura reflexiva ajuda a evitar acidentes A guia retrátil Star Flex, da Amicus, tem design moderno que oferece segurança e praticidade nos passeios! Com alta qualidade, ela possui alça ergonômica com tecnologia gel que garante o conforto, aliado a um sistema de trava eficaz. Também conta com uma fita de segurança altamente resistente e com costura refletiva que sinaliza a posição durante passeios noturnos, evitando acidentes.

Petisco ajuda a evitar a formação de bolas de pelos Inovadores, os petiscos WHISKAS® Anti Bola de Pelo são crocantes por fora, macios por dentro e recheados com um sabor irresistível! Além disso, eles são funcionais e favorecem o trânsito intestinal, evitando a formação das bolas de pelos no trato gástrico, que se formam quando os gatos se lambem.

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saúde Nossos melhores amigos também envelhecem e precisam de cuidados específicos

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Pets na terceira idade Os pelos ficam grisalhos, eles têm menos energia para brincar, dormem mais, comem menos e muitos hábitos, como subir as escadas correndo, tornam-se mais difíceis. É inevitável: a velhice também chega para os pets e, com ela, muitas mudanças e novos cuidados. Eles estão vivendo mais Morando dentro de casa, recebendo alimentação balanceada

e cuidados veterinários – que estão cada vez mais avançados –, os animais de companhia estão vivendo mais. Hoje, não é raro encontrar um cão com 15 anos. Já os gatos podem ultrapassar os 20 anos de vida. Na terceira idade, porém, muitas coisas mudam e surgem alguns problemas de saúde. A boa notícia é que, quanto antes os cuidados começarem, melhor e mais saudável será o envelhecimento dos animais de companhia.


Os problemas mais comuns Assim como acontece com os humanos, os pets mudam com o passar dos anos. Essas mudanças não indicam problemas de saúde, necessariamente, apenas o curso natural da vida. “O envelhecimento dos cães não é uma doença, mas uma evolução física que torna o animal vulnerável. É um processo progressivo, silencioso e acontece externa e internamente”, explica a veterinária Cíntia Fuscaldi, membro da equipe de comunicação científica da Royal Canin. Os cães apresentam duas fases distintas de envelhecimento. A 1ª etapa do envelhecimento começa quando eles atingem 50% de sua expectativa de vida, e a 2ª etapa é iniciada quando entram no último terço da expectativa de vida. E, embora os cuidados devam ser constantes já no primeiro momento do envelhecimento, é na última fase que eles ficam mais suscetíveis a doenças como diabetes, câncer, problemas renais, ortopédicos, odontológico, cardíacos e oftalmológicos. A dica é aumentar a periodicidade das visitas ao veterinário, que devem acontecer a cada 6 meses.

Checkup geriátrico Através de exames periódicos, é possível detectar os problemas de saúde nos pets idosos ainda no início e tratá-los com sucesso. “De forma geral, indico avaliações mais regulares para cães a partir dos 6 anos e gatos, a partir dos 8”, diz o veterinário Luiz Douglas Rodrigues Junior. Além do reforço de vacinas, o checkup geriátrico inclui exame odontológico, oftálmico e auricular; inspeção da pele; pesagem; auscultação cardíaca e pulmonar e ultrassom abdominal. Por fim, além do hemograma completo, é preciso avaliar as funções renal e hepática. Comportamento Pets idosos tendem a ter menos energia e, no dia a dia, isso pode ser

observado em mais horas de sono, menos brincadeiras e falta de interesse em atividades que antes eram irresistíveis. Esse novo comportamento deve ser respeitado, mas os estímulos continuam sendo importantes para que ele se mantenha ativo dentro das suas limitações. Brincadeiras mais leves e bastante interação com os donos são muito bem-vindas! Ossos e articulações: passeios continuam necessários Os ossos e as articulações dos cães são bastante afetados com o tempo, em especial em animais de raças grandes e gigantes. A manutenção do peso e passeios diários – que precisam ser mais leves na terceira idade – ajudam muito a evitar problemas, pois impedem a sobrecarga nas articulações, causada pela obesidade, e fortalecem a musculatura, que ajuda a sustentar a ossatura. Se o animal já apresenta problemas ortopédicos, a orientação de um fisioterapeuta veterinário é importante. Ele vai indicar os exercícios adequados e até tratamentos, como a hidroterapia, que aliviam os sintomas e melhoram o quadro.

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A pele e os pelos apresentam os sinais mais visĂ­veis de que o tempo passou


Pelos branquinhos A pele e os pelos apresentam os sinais mais visíveis de que o tempo passou. Pelos brancos, perda do brilho e maciez, manchas na pele e maior sensibilidade são exemplos bastante comuns. Hidratação reforçada, passeios somente quando o sol está ameno e bastante carinho ao manipular o pet no banho e na escovação garantem o conforto e o bem-estar. A dentição Os cuidados com a dentição devem começar quando o pet ainda é bem jovem e ficar ainda mais constantes na velhice, quando os dentes tendem a acumular mais tártaro, que causa mau hálito e problemas periodontais. Além da escovação, brinquedos que massageiam a gengiva cumprem bem a tarefa de limpar os dentes. A remoção de tártaro, feita pelo veterinário, também precisa ficar mais frequente. Visão e audição Quando os animais de companhia ficam velhinhos, é comum que percam gradualmente a audição e a visão. Além de algumas pequenas adaptações na casa, é importante observá-los atentamente nos passeios, pois, ouvindo menos, eles ficam naturalmente mais “desatentos”. Casa adaptada Algumas mudanças simples no ambiente podem ser necessárias para garantir que o pet idoso tenha conforto. Se ele já não enxerga bem, os potes de comida e água devem permanecer sempre no mesmo lugar. Móveis e objetos que possam machucá-lo também precisam ser reposicionados. No inverno eles tendem a sentir mais frio, e caminhas macias e cobertores são essenciais. Se há dificuldade em subir escadas, todos os objetos do animal idosinho podem ficar no térreo e, se ele tem o hábito de dormir na cama dos donos, uma escadinha com 1 ou 2 degraus ajuda a evitar saltos, que podem ser difíceis e até dolorosos.

A importância da alimentação correta A alimentação correta e equilibrada é a principal forma de garantir o bem-estar dos animais de companhia na velhice e aumentar sua longevidade. É ela que vai proporcionar os nutrientes que são necessários nessa fase da vida – e diferentes daqueles que eram importantes na infância e juventude! –, permitindo que eles fiquem mais resistentes às doenças. Por isso, é muito importante optar por uma ração de boa qualidade e própria para pets idosos. “A função da alimentação específica é ajudar a retardar o início dos sinais de envelhecimento na primeira etapa e, na segunda etapa, limitar o desenvolvimento desses sinais,” explica Cíntia. As rações premium para pets idosos possuem antioxidantes, vitaminas, minerais e teor reduzido de proteínas e fósforo. Para os gatos, as rações que previnem doenças renais – causa de mortalidade de até 90% dos felinos geriátricos – são imprescindíveis.

No inverno eles tendem a sentir mais frio, e caminhas macias e cobertores são essenciais.

Disfunção Cognitiva Canina Cães idosos também podem sofrer com doenças neurodegenerativas, assim como os humanos. A DCC, Disfunção Cognitiva Canina, é uma das mais comuns e tem sintomas que incluem pouca interação com os donos, agitação noturna, latidos sem motivo, desorientação, olhar fixo e esquecimento de comandos e hábitos. O diagnóstico da DCC, que é conhecida como o “Alzheimer dos cães”, é clínico e, embora a doença não tenha cura, pode ser controlada e amenizada se constatada no início.

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Qual a expectativa de vida de meu cão? Envelhecimento Porte do cão

Algumas raças

Muito pequeno (até 4 Kg*) Chihuahua, Spitz miniatura, Dachshund, Maltês

Expectativa de vida

1ª etapa

2ª etapa

16 anos

8 anos

12 anos

Pequeno (de 5 a 10 Kg*)

Poodle, Lhasa Apso, Pug

16 anos

8 anos

12 anos

Médio (de 11 a 25 Kg*)

Beagle, Cocker Spaniel, Bulldog Francês

14 anos

7 anos

10 anos

Grande (de 26 a 44 Kg*)

Pastor Alemão, Golden Retriever, Setter

10 anos

5 anos

8 anos

5 anos

8 anos

Gigante (acima de 44 Rotweiller, São Bernardo, 10 anos Kg*) Dogue Alemão * Peso quando adulto

Descubra se seu cão está envelhecendo 44

• Ele parece menos ativo? • Ele está dormindo mais ou tem dificuldades para dormir? • Ele é menos brincalhão ou menos disposto para brincadeiras e passeios? • Ele parece desorientado, de vez em quando? • Ele late sem motivos? • Ele tem cabelos brancos em seu focinho e em volta dos olhos? • A pelagem dele parece menos brilhante? • Ele demonstra dificuldade de mastigação? • Ele tem mau hálito? Se você respondeu “sim” a pelo menos cinco perguntas, seu cão provavelmente já apresenta sinais de envelhecimento. É hora de procurar um veterinário para um checkup geriátrico e oferecer alimentação adequada. Fonte: Royal Canin do Brasil

Fonte: Royal Canin do Brasil


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abraรงa a causa animal

sabrina sato

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Foto: Jacques Dequeker

capa


A garota prodígio não descuida dos projetos sociais e encontra tempo para se dedicar à causa animal Com seu jeito inconfundível, que mistura simplicidade e muito bom humor, Sabrina Sato é uma unanimidade! Linda, versátil, espontânea e competente, ela está consolidando sua carreira na TV, que acaba de ganhar força com um programa novo. Em meio a tantos compromissos, porém, ela não descuida dos projetos sociais e encontra tempo para se dedicar aos animais! Além de participar das campanhas da ONG Ampara Animal, ela já fez reportagens sobre abandono, maus-tratos e adoção, se posicionou publicamente contra os testes realizados pelo Instituto Royal e, há pouco tempo, se engajou, por meio de um vídeo, na luta da SUIPA, Sociedade União Internacional Protetora dos Animais, do Rio de Janeiro, que tem uma dívida milionária com o governo federal. Dona de três cães – Bernardo, Caju e Zé Dunha –, Sabrina conversou com a Mais Que Pet, esbanjou carisma e declarou: “Estamos lutando para acabar com a violência e os maus-tratos contra os animais”. Confira essa deliciosa conversa com a mais linda defensora da causa!

o xodó da minha mãe. E o Zé Dunha é um Bulldog Inglês. Ele é grande e gordo, muito fofo e atrapalhado (risos).

MQP: Quantos animais de companhia você tem? Sabrina: Tenho três. O Bernardo, que mora comigo em São Paulo, a Caju e o Zé Dunha, que moram com meus pais em Penápolis.

MQP: Você acredita que quais ações ajudariam a mudar o cenário de abandono e maus-tratos aos animais no Brasil? Sabrina: As ONGs já fazem um lindo trabalho, responsável e muito sério. Elas tiram da rua, fazem campanhas de adoção, castrações, vacinação, etc. Estamos lutando para cada vez mais acabar com a violência e os maus-tratos contra os animais! Aprendi também o quanto a castração é importante. Por isso não devemos julgar as pessoas, porque às vezes elas não

MQP: Conte-nos sobre sua história com eles. Sabrina: O Bernardo está comigo há mais de um ano. Ele foi adotado por um amigo que me deu de presente. Ele é muito inteligente, serelepe e adora brincar comigo. A cadelinha Caju está com a gente há mais tempo. Ela é

MQP: Quando começou o seu envolvimento com a causa animal? Sabrina: Há muito tempo. Sempre tive cachorros, sou apaixonada por eles. Então, fiz matérias abordando o assunto e descobri o quanto a causa tem que ser levada a sério. MQP: Como foi participar da campanha “Somos todos vira-latas”, que você estreou para a ONG Ampara Animal? Sabrina: Fiquei muito feliz com o convite porque é uma instituição séria e eles fazem um trabalho lindo. Foi muito emocionante poder participar dessa campanha! Esse trabalho foi feito de coração. As meninas da Ampara Animal são especiais. O amor que elas têm por eles é contagiante. O que nos une é amor pelos animais. As histórias que elas contam... Elas se doam de verdade. E acredito que ajudar a causa é o mínimo que posso fazer como cidadã.

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Foto: Edu Moraes

“Aprendi o quanto a castração é importante. Devemos divulgar essa informação para evitar o aumento do número de animais abandonados”

Foto: assessoria Sabrina Sato

Foto: César Novai

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sabem disso. É importante divulgarmos essa informação porque devemos evitar o aumento do número de animais abandonados. Quando me falaram que existem quase dez milhões de animais só nas ruas de São Paulo e do ABC, achei um absurdo. MQP: Qual foi a coisa mais importante que seus pets lhe ensinaram? Sabrina: Eles ensinam o valor do companheirismo, o quanto um carinho faz a diferença e que são fiéis com nosso amor. Eles me trazem muitas alegrias! O viralata tem características que nenhum outro animal tem. Ele é muito dócil, grato por você estar levando ele para casa. Se você tiver condições financeiras, ou de amar um ser e também ser amado, adote um animal. Com certeza é o melhor amigo, porque ele te ama do jeito que você é. Você pode estar triste,

Foto: César Novai

“Acredito que ajudar a causa é o mínimo que posso fazer como cidadã”

feliz, mal-humorado, sem dinheiro... Ele vai te amar do mesmo jeito! Ele é um companheiro para todas as horas. MQP: O que você sentiu quando ficou sabendo dos maus-tratos que os animais sofriam no Instituto Royal? Sabrina: Fiquei completamente chocada quando vi as fotos. Uma coisa é ouvirmos falar, outra é quando vemos as imagens, porque tudo muda. Os animais não podem se defender sozinhos. Aprendi com a minha avó que nós temos que nos colocar no lugar do próximo e tentar sentir na pele o que ele está sentindo. Fico tentando imaginar o que se passa na cabeça dessas pessoas, de quem faz esse tipo de teste. Os animais não podem se defender, mas eles têm o direito a ter uma vida decente. Eles têm direito de latir, brincar, correr. Não podem nascer predestinados. 49


Foto: Bob Wolfenson, para a ONG Ampara Animal

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“Sempre fui atrás dos meus sonhos” Sabrina Sato sempre quis trabalhar na TV. E até chegar ao seu novíssimo programa, na TV Record, trilhou um longo caminho, que incluiu ser dançarina do Faustão, participante da terceira edição do Big Brother Brasil, repórter do Pânico na TV e estrela de várias campanhas publicitárias. “Sempre fui atrás dos meus sonhos, por mais clichês e bobos que pareçam”, diz ela. A saída do Pânico teve momentos de turbulência, mas Sabrina se manteve firme na busca do que deseja “Eu poderia ficar no Pânico a minha vida inteira e ser muito feliz. Mas precisava sair da minha zona de conforto. Os jornalistas viviam me perguntando se não era a hora de eu ter o meu próprio programa. Essa é a hora! Vou agarrar essa oportunidade da melhor forma possível. Sempre fui de seguir o meu coração e vou continuar fazendo dessa forma”. Esbanjando simpatia e determinação, ela diz o que deseja para essa nova fase e para o programa que está sendo feito “com muito carinho”: “Gosto de gente, de auditório, de plateia, de contar histórias. Quero ter um programa em que as pessoas se sintam bem. Quero deixá-las com vontade de estar ali, como se estivessem na minha casa mesmo. A minha casa vive cheia. Essas são características da minha personalidade”. A vida pessoal também vai bem! Sabrina namora o empresário João Vicente de Castro e acaba de estrear no papel de tia-coruja e madrinha de Felipe, de 3 meses: “Ele é muito lindo! Já sei colocar na posição certa no colo, troco fraldas. Participei do parto e acompanhei tudo”.


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Fotos: assessoria Sabrina Sato

Foto: Edu Moraes

“O vira-lata tem características que nenhum outro animal tem. Ele é muito dócil, grato por você estar levando ele para casa”


galeria

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Esse seu olhar, quando encontra o meu...

A fotógrafa alemã Elke Vogelsang é mais do que talentosa. Ela tem um dom muito especial e consegue captar os momentos mais fantásticos de seus cães! Expressões faciais, poses divertidas, movimentos e olhares cheios de sentimentos são registrados para sempre em fotos incríveis. Elke também tem um compromisso com os animais abandonados. Além de ter adotado seus três cães – Noodles, Scout e Ioli –, fotografa animais que estão disponíveis para adoção em abrigos. Conheça seu trabalho e encante-se também!

“Cães e fotografia sempre desempenharam um papel enorme em minha vida. Quando o nosso primeiro cão se juntou à nossa família, senti a necessidade de melhorar a minha fotografia e capturar a sua beleza e caráter. Isso foi há sete anos. Agora temos três cães, e todos são bem treinados "cães de companhia fotográfica", como eu os chamo. Eles gostam de posar para a câmera, porque eles sabem que sempre terão uma recompensa. Você vai encontrar fotos deles em capas de revistas e livros em todo o mundo, o que me deixa muito orgulhosa. Eu ainda não consigo acreditar que este antigo hobby acabou por ser um trabalho tão gratificante e emocionante! Eu tenho a chance de combinar duas das minhas paixões – cães e fotografia.”

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Conheça Elke Vogelsang, que captura as mais incríveis expressões caninas “Meus cães são a minha inspiração. São modelos muito ansiosos, e todos os três têm personalidades completamente diferentes, o que torna muito fácil chegar a ideias diferentes e experimentar novas abordagens.”


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“Esta é a Noodles. Ela tem 7 anos e age como um filhote! É uma Galga Espanhola mix, resgatada de um abrigo. Ansiosa, palhaça e salva-vidas (sim, literalmente, ela salvou seu dono, meu marido, uma vez).”


Bom humor e irreverência Sophie Gamand nasceu em um vilarejo perto de Lyon, na França, mas escolheu Nova York como lar. Com um apurado senso de humor, estilo próprio e um grande talento para registar os melhores momentos e poses, ela fotografa pets em sessões individuais e também para livros e revistas. “Acredito que a Fotografia Pet está subrepresentada no mundo da fotografia e, muitas vezes, é considerada como uma forma de arte inferior. Eu me esforço para mostrar ao mundo como ela pode ser uma verdadeira forma de arte em si, enquanto explora a sociedade humana por meio das coisas que fazemos com nossos animais de estimação”, diz Sophie. A fotógrafa também doa seu tempo e habilidade para o Projeto Sato, que resgata animais abandonados em Porto Rico. Para conhecer mais fotos e o trabalho de Sophie, veja o site: www.strikingpaws.com

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As dicas de Elke para fotografar um pet • Seja paciente "Dê aos cães algum tempo para se • Tenha um assistente “Alguns cães simplesmente acostumarem com você e relaxarem."

• Deixe os cães explorarem o estúdio ou

ambiente" O ambiente deve ser sempre o mais tranquilo possível.” • Use petiscos ou brinquedos “Às vezes, você tem que tentar persuadi-los com algo de que realmente gostem, seja comida, seja um brinquedo.”

não seguem as ordens. Por isso é sempre bom ter uma pessoa para ajudá-lo.” • Chame atenção usando sons “Se comida e brinquedos não funcionarem, teste alguns sons para ver o que acontece. Tente assobiar ou cantarolar. Você pode baixar aplicativos com sons de animais em seu celular. Comece com um volume muito baixo, para não assustar o animal.”

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“Ioli é uma mistura de tudo. Não, ele não está piscando em todas as fotos, ele tem, na verdade, um olho só, mas não está em desvantagem em nada. Doce como o mel, possessivo, engraçado, charmoso, às vezes atrevido, sempre meu. Ele juntou-se à nossa família quando tinha 6 meses. Seu olho tinha desenvolvido um tumor, por isso teve de ser removido. E parece não fazer falta. Ele é um cão ágil e esportivo, está sempre pulando, correndo.”


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“Minha raça favorita? Os resgatados! Para mim, o cão favorito sempre será de um abrigo de animais ou de uma organização de resgate. Enquanto existirem cães indesejados no mundo, eu sempre vou adotar um desses.”


“Scout tem cinco anos e é uma Galga Espanhola mix. Ela e seus irmãos foram encontrados ao lado de sua mãe morta em algum lugar perto de Madrid. Trazida para a Alemanha, juntou-se à nossa família quando tinha seis meses. Ela é uma princesa, uma destruidora de corações, minha menina metropolitana, Madrileña Mía, caçadora, sensível, cautelosa, elegante, educada, carinhosa, fofinha, meu tesouro.”

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“Se você está procurando um novo membro para a família, considere adotar um animal de um abrigo. Provavelmente, você vai encontrar um tesouro. Eu encontrei os meus assim.”


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Para conhecer melhor o trabalho de Elke, acesse: https://www.facebook.com/pages/Wieselblitz/113760441993521


Tulinha e sua adotante – Focinhos de Luz / Rio de Janeiro

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10 dicas para uma posse responsável de cães

Flor e sua nova família – ABPA / Salvador


Pretinha também ganhou a chance de ser feliz! – Focinhos de Luz / Rio de Janeiro 1. Jamais adote um animal por impulso. 2. Cães vivem em média 12 anos ou mais e não são descartáveis. 3.Converse com todos os membros da família ou das pessoas que vivem com você. Um animal muda a vida de todos. 4. Informe-se sobre peculiaridades do animal escolhido - tamanho comportamento, espaço físico necessário ou necessidades especiais. 5. Cuide da saúde física do cão alimentação, higiene, vacinas, abrigo e visitas periódicas ao veterinário. 6. Dê atenção e carinho a ele. 7.Cachorro não é gente - ele precisa de alimentação e cuidados específicos para cães.

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8. Não deixe seu cão solto pelas ruas. Durante os passeios, que são momentos especiais para eles, use sempre guias e coleiras. Algumas raças grandes exigem fucinheiras. 9. Eduque seu cão com carinho e recompensas. Ele não precisa destruir seus móveis ou incomodar o vizinho para ser amado. 10. Adote um cão com o qual você simpatizou. Não é pelo falo de ele não ter uma raça definida ou ter vindo de um abrigo que deve ser menos amado por você. Fonte: Programa Pedigree Adotar é tudo de bom.


colunista veterinário

Luiz Douglas Rodrigues Júnior

As pulgas atingem os pets com relativa frequência e, além de incomodarem o animal, causando estresse, podem levar a problemas de saúde que incluem anemia, dermatites alérgicas e até verminoses, como a Dipilidose. Ciclo O ciclo das pulgas começa quando o inseto

adulto busca um hospedeiro. E o pelo do animal é ideal para que ele se esconda, se alimente e se reproduza. Ele então se aloja no cão ou gato durante um passeio, por exemplo, e deposita seus ovos, que caem no ambiente por não conseguirem aderir ao pelo ou pele do pet. Em casa – preferencialmente em carpetes, tapetes ou frestas de madeira – os

Saiba como se livrar das Além da incômoda coceira, elas causam problemas de saúde nos cães e gatos

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pulgas


ovos se transformarão em larvas, depois em pupas e, finalmente, em pulgas jovens que sairão em busca de um novo hospedeiro. Isso ocorre entre 7 e 15 dias, e uma pulga adulta é capaz de colocar até 2 mil ovos durante a vida. Por isso, no tratamento dos animais, a desinfecção do ambiente é primordial! O pet pode até estar protegido, mas as pulgas, quando se tornam adultas, também picam as pessoas, causando grande desconforto. Meu animal tem pulga? Além da coceira, a presença de pulgas pode ser detectada através de um simples exame visual dos pelos e da pele. Entretanto, em animais de pelo escuro, ou nos muito peludos, essa visualização pode ser mais difícil. Nesses casos, um lenço umedecido pode ajudar. Passe o produto na pele do animal, preferencialmente na região da nuca, e observe a presença de pontinhos escuros, que são as fezes do inseto ou mesmo sangue do pet. As doenças Como dissemos, além da coceira, que deixa o animal bastante estressado e muitas vezes inapetente, as pulgas transmitem doenças. A Dipilidose canina é causada pelo parasita cestoide Dipylidium caninum, quando o animal é contaminado ao ingerir as pulgas que lambeu do pelo. A doença causa inflamação intestinal e tem sintomas como diarreia com sangue ou muco e emagrecimento. Além disso, a Dipilidose é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida ao homem. Nos gatos, a pulga pode transmitir, além da Dipilidose, doenças hematológicas como a Hemobartolenose, que provoca quadros anêmicos. Já a DAPP é uma dermatite que atinge animais que desenvolvem alergia aos componentes da saliva da pulga. Ela causa coceira intensa, falta de pelo e feridas, já que o pet chega a morder as partes afetadas numa tentativa de se livrar do incômodo. Todos esses problemas podem ser tratados com acompanhamento do veterinário.

Cuidando do pet O tratamento antipulgas deve ser iniciado rapidamente, assim que o dono perceber a presença do inseto. A melhor forma de proteger o animal é através de produtos de uso tópico, os chamados pour on, e de coleiras. Esses itens – que têm opções de acordo com o peso do pet – agem no sistema nervoso central do inseto, matando-o. Além deles, existem xampus, sprays e comprimidos que podem ser utilizados com orientação do veterinário. As coleiras e os produtos tópicos devem ser usados continuamente para evitar novas contaminações e até infestação de carrapatos. Limpando o ambiente O ambiente deve ser limpo assim que as pulgas forem detectadas e o animal, protegido. Tapetes, carpetes, pisos de madeira e armários precisam ser aspirados, e a cama do pet e suas roupas, lavadas, de preferência com água quente. Se o animal usa casinha de madeira, ela também deve ser aspirada e lavada. Essas medidas costumam 67 resolver, mas, muitas vezes, é necessária uma dedetização profissional para acabar com o problema.

Luiz Douglas Rodrigues Júnior é especialista em clínica médica terapêutica e cirúrgica de pequenos animais.


atualidade Os planos de saúde fazem parte dos serviços que originalmente estavam disponíveis apenas para os seres humanos e hoje existem também para os pets. Com várias opções de cobertura, eles podem trazer segurança e, em alguns casos, representar uma importante economia no orçamento da família. É importante, porém, avaliar se a adesão a esse tipo de serviço vale a pena, levando em conta vários fatores. Plano ou pacote? De forma geral, os donos de pets que desejam aderir a esse tipo de serviço encontram planos de saúde que contam com uma rede credenciada de veterinários, laboratórios

e outros profissionais da área – assim como ocorre com os planos de saúde para pessoas –, e pacotes que são oferecidos por hospitais e clínicas veterinárias. É o caso do Hospital Sena Madureira, em São Paulo, que possui um serviço sem mensalidade e que funciona com o acúmulo de pontos. “Durante o ano, o dono do animal pode comprar ração e outros produtos de subsistência, além de serviços médicos no hospital, e ir acumulando pontos. Quando precisar utilizar o hospital por alguma questão de saúde, é só utilizar os pontos acumulados em consultas, exames de ultrassonografia, cirurgias, vacinações, dentre outros procedimentos”, explica Mario Marcondes,

Seu pet precisa de um

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plano de saúde? Antes de aderir a esse tipo de serviço, vários aspectos devem ser analisados


diretor do hospital. Já a Petplan, que afirma ter mais de 1 milhão de animais segurados em todo o mundo, possui uma rede credenciada espalhada pelo Brasil. Os pets podem ser atendidos nos estabelecimentos referenciados, ou seja, que fazem parte da rede, sem nenhum custo, ou em outros escolhidos pelo cliente. Nesse caso, a empresa reembolsa parte das despesas com valores fixos que variam de acordo com a cobertura contratada. De olho na cobertura Mais uma vez os planos de saúde veterinários se assemelham aos planos para seres humanos: é preciso observar a cobertura com cuidado, pois muitas vezes os procedimentos veterinários que o pet necessita não estão incluídos nos serviços. Os planos básicos, por exemplo, podem não cobrir despesas cirúrgicas, internação, consultas com especialistas ou exames mais elaborados, precisamente o que pesa no bolso na hora em que o problema de saúde ocorre. Já optar por coberturas mais amplas pode representar um custo alto no orçamento da família. “Os planos de saúde animal não possuem aderência no mercado devido ao alto custo das mensalidades”, afirma Marcondes. Por outro lado, considerando que nas grandes cidades uma cirurgia simples pode alcançar valores como 2 ou 3 mil reais, os planos representam a possibilidade de ter essa despesa “diluída”. Em situações de emergência, que sempre representam uma inesperada despesa extra – e em geral alta – na renda familiar, eles também são de grande valia. Seu pet precisa? Alguns fatores podem fazer do pet um bom candidato a ter um plano de saúde. Animais idosos e raças mais sensíveis ou predispostas a problemas de saúde específicos são bons exemplos. No caso dos pets mais velhos, vale a pena aderir ao serviço antes que o animal se torne um paciente geriátrico, para que procedimentos de prevenção garantam um envelhecimento saudável e uma vida mais longa.

Saiba mais • Coberturas mais amplas podem oferecer atendimento em domicílio, partos, acupuntura, tratamento odontológico e até serviço funerário, como cremação • O controle dos serviços usados pelos pets é feito através da microchipagem • A maioria dos planos possui carências no início e isso deve ser observado pelos clientes na hora da contratação • Doenças preexistentes não são assistidas pelos planos 69 • Algumas empresas oferecem descontos em pet shops e outros serviços. Dependendo do cotidiano e dos hábitos do animal de companhia, esses benefícios podem fazer o plano valer a pena. Mas é preciso analisar na ponta do lápis • Muitas vezes a família e o próprio pet têm uma relação afetiva e de confiança com o veterinário. Nesse caso, é importante verificar se ele é credenciado pelo plano Orçamento Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), em 2013 as despesas mensais com animais de companhia representavam, em média, R$ 133,04, para animais de pequeno porte; R$ 227,51 para pets de porte médio e R$ 307,91, para aqueles de grande porte. Nesses valores estavam inclusos a alimentação com ração do tipo standard, vacinas, vermífugos, controle de pulgas, banho e tosa e veterinário.


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felinos

sentidos para a caça!

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Gatos são exímios caçadores e, por isso, têm sentidos superaguçados e desenvolvidos


Sua visão é uma das mais eficientes do reino animal, seus bigodes são capazes de identificar mínimas variações nas correntes de ar do ambiente e sua audição, na escala de alta frequência, é superior a dos cães. Visão Os felinos nascem com os olhinhos fechados e passam a enxergar a partir do 10º dia de vida, em média. Então, progressivamente, desenvolvem uma visão prodigiosa! Enquanto os seres humanos têm um campo visual de 180 graus, o dos gatos é de 200 graus. Sua visão periférica também é melhor que a nossa, gerando uma ótima percepção do ambiente, habilidade desenvolvida ao longo de milênios para favorecer

a caça. É à noite, porém, que eles mostram uma capacidade surpreendente! Apesar de não conseguirem enxergar no escuro total, são capazes de ver em ambientes com pouquíssima luz. Isso ocorre porque, no escuro, suas pupilas se dilatam e o tapetum lucidum, estrutura presente na retina, reflete a luz, “aproveitando” toda a quantidade de luminosidade disponível, mesmo que mínima. Resultado? Gatos têm uma visão noturna 10 vezes melhor do que a dos humanos! Quanto às cores, estudos recentes mostram que eles não O fotógrafo e pesquisador Nickolay Lamm desenvolveu fotos que simulam a visão dos felinos. Saiba mais no site: http://nickolaylamm.com

Humanos

felinos

Humanos

Fotos: Nickolay Lamm

felinos

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Olfato O olfato felino é utilizado para convívio social, alimentação e acasalamento. Ao contrário dos cães, que têm esse sentido apuradíssimo, os gatos têm “apenas” 15 milhões de bulbos olfativos a mais que os humanos, o que faz do seu olfato um sentido apenas “regular”. No cotidiano, eles cheiram outros animais como forma Audição A audição dos felinos, que supera a dos de reconhecimento e delimitação de território e detectam feromônios e outros hormônios sexuais. cães, é especialmente sensível a altas frequências e, por isso, eles são capazes de perceber ultrassons Por fim, o olfato dos felinos tem uma característica peculiar, conhecida como Reflexo Flehmen. até 50.000 Hz, enquanto os humanos ouvem até 20.000 Hz. O formato das orelhas também contribui Essa reação, que também está presente em para um sentido aguçado: afuniladas, irregulares outras espécies, consiste em manter a boca e assimétricas, elas canalizam e amplificam os parcialmente aberta para a inalação de odores. sons como um megafone. Já o crânio tem uma Desta forma, ele abre os ductos nasopalatinos, desenvolvida estrutura que cria verdadeiras que ficam no céu da boca, e liberam os odores câmaras de eco. Além disso, com cerca de 30 para o orgão vomeronasal (ou órgão de músculos, as orelhas permitem que os gatos se Jacobson), uma estrutura receptora localizada voltem para a origem do som de forma muito próxima ao septo nasal. precisa, localizando, com exatidão, de onde ele vem. Com a capacidade de se movimentar de Tato Nos felinos, ele é representado por sensores táteis espalhados pelo corpo, que mandam 72 forma independente, elas também discriminam, facilmente, os sons de forma separada. Essa detalhadas informações para o cérebro a respeito audição incrível é uma das responsáveis pela da temperatura, velocidade e direção de correntes eficiência dos bichanos nas caçadas. de ar, pressão do toque, percepção de dor, etc. Esses sensores explicam a grande sensibilidade Paladar Os felinos têm língua áspera, alongada dos felinos, que em geral não gostam de ser e muito flexível. Ao longo dela, há papilas que são apertados ou contidos. Nos gatos selvagens, a usadas para limpar o pelo (nos grandes felinos capacidade tátil tem uma importante função: ao elas servem para aproveitar bem a carne das “analisarem” o ambiente, os sensores táteis ajudam carcaças), e na ponta, laterais e base existem as a proteger o animal contra predadores. papilas gustativas, responsáveis por identificar sabores. Essas papilas são bastante diferentes Vibrissas As vibrissas – ou bigodes – fazem das humanas e das dos cães. Por isso, o gato parte do sistema tátil dos felinos. Presentes nas não reconhece – e não aprecia – os sabores bochechas, queixo, região da boca e acima dos doces e tem aversão aos amargos. Com especial olhos, elas funcionam como verdadeiros radares predileção pelas proteínas – são caçadores, ambientais e não devem ser cortadas! Com grande afinal! – os felinos têm extrema sensibilidade quantidade de receptores neurais, elas identificam gustativa e, por isso, são muito exigentes na hora pequenas mudanças no ambiente, imperceptíveis de comer. Eles avaliam a textura e o odor da para os humanos. Mais uma vez, esse recurso refeição, com ajuda do olfato, e não comem se ajuda na caça: quando a presa faz o mais leve lhes desagrada. movimento, mesmo no escuro, o felino detecta. são daltônicos como se imaginava e distinguem amarelo, violeta, azul e verde. Já o marrom, vermelho e laranja não parecem ter diferença para os felinos. Curiosidade: a visão dos gatos só não é perfeita porque eles têm mais dificuldade do que nós para enxergar objetos distantes.


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Ok, ok, admito, eu estava no facebook!

facebook.com/MQPet Na nossa fanpage você encontra pessoas que também amam os animais de estimação, além de muita troca de informação!


alimentação

Eles são adorados pelos cães e gatos, existem nas mais diferentes texturas e sabores e podem ter até propriedades funcionais 74

Os irresistíveis

petiscos!

Os petiscos fazem parte do dia a dia de muitos animais de companhia. Eles são úteis para ensinar comandos, reduzir a ansiedade de separação, compensar um bom comportamento ou simplesmente para agradar e distrair o pet. Nessa matéria, vamos mostrar que há diferenças entre as guloseimas, o melhor momento de oferecê-las, os riscos do consumo exagerado e muito mais! Os tipos Com tantas variedades disponíveis – ossinhos, palitos, biscoitos, bifinhos, snacks –,nem sempre é fácil escolher o petisco do pet. A primeira dica é levar em conta o tamanho do animal de companhia. Cães grandes podem receber petiscos maiores e os pequenos, além dos gatos, guloseimas menores. A textura

também faz diferença: animais idosos podem ter dificuldade com biscoitos duros, já que a dentição é mais frágil. Nesse caso, os bifinhos macios são mais indicados. Já os filhotes na fase de troca de dentinhos podem receber palitinhos que, mais rígidos, aliviam a coceira e o incômodo. O objetivo do agrado também precisa ser lavado em conta. Quando o animal está sendo treinado deve receber como recompensa pedaços pequenos de petisco tenro, para que o consumo seja rápido e ele não se distraia. Se a finalidade é entreter o pet, como no tratamento da ansiedade de separação, os produtos mais robustos, como ossos, são ideais porque garantem bastante tempo de distração. Por fim, há o gosto do animal: muitos preferem snacks, outros gostam de palitos, etc.


Composição De forma geral, os petiscos são feitos com couro bovino – como no caso dos ossinhos –, carnes, vísceras, amidos e enriquecidos com proteínas, vitaminas e minerais. O sódio (sal) está presente em quase todos os produtos e, em grandes quantidades, pode levar a problemas renais. A presença de corantes também é prejudicial e pode causar alergias e problemas gastrointestinais. Por isso, os petiscos mais saudáveis não são coloridos. Produtos funcionais Além de distrair, ajudar no adestramento e reduzir o estresse, os petiscos podem ter funções específicas. Há produtos que ajudam a cuidar da higiene bucal e a reduzir o tártaro porque têm textura e formato especial para massagear as gengivas e limpar os dentes. Existem também petiscos fabricados com ingredientes naturais e orgânicos e os funcionais, que contêm bactérias benéficas e leveduras, que garantem o equilíbrio da flora intestinal e ajudam o bom funcionamento do organismo. Há ainda produtos especiais, desenvolvidos com nutrientes específicos para filhotes que acabaram de desmamar, para fêmeas na gestação e lactação, com baixas calorias e para animais idosos. A hora certa Para manter o pet equilibrado é importante que o petisco seja oferecido sempre com um objetivo. Mesmo que a guloseima seja dada somente para agradar, o dono deve pedir que ele execute algum comando, por exemplo. Desta maneira, treina-se sempre a obediência – que é importante para os cães –, o vínculo é fortalecido e o pet se mantém motivado por desafios mentais. Os petiscos também devem ser oferecidos entre as refeições ou depois da ração, para que ele não deixe de se alimentar corretamente. Petisco não é ração Para evitar a obesidade e outros problemas como diabetes, insuficiência

renal, alergias e problemas gastrointestinais, é importante lembrar que o petisco deve ser oferecido com moderação. De forma geral, eles são calóricos, contêm sódio, conservantes, aromatizantes e não têm todos os nutrientes de que o animal precisa. Por isso, a alimentação do pet deve ser composta por ração de boa qualidade. A guloseima é somente um complemento.

De olho na qualidade Em outubro de 2013, a FDA, Food and Drug Administration, agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, divulgou que quase 600 animais de companhia morreram por doenças causadas por petiscos importados da China. E, embora a causa ainda seja desconhecida, os produtos feitos de carne processada foram responsáveis pela morte de 3.600 cães, além de 10 gatos, desde 2007. Ao comprar os petiscos é importante observar a origem e sempre escolher marcas idôneas, além de verificar a data de validade. Eles também devem estar embalados e ter o carimbo do SIF (Serviço de Inspeção Federal).

Atenção aos pedaços soltos Os ossos de couro são distração garantida para os cães. Porém, depois de um tempo de brincadeira, eles soltam pedaços que podem causar engasgos ou até obstrução gastrointestinal. Para evitar esses problemas, quando o osso estiver pequeno ou com partes soltas, retire do cão e troque por um novo.

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Fotos: assessoria Deputado Tripoli

proteção animal

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Ricardo

Tripoli

Ele foi considerado, pela 3ª vez consecutiva, um dos melhores parlamentares brasileiros. E está fazendo a diferença na causa animal!


Ricardo Tripoli, 62 anos, deputado federal pelo PSDB/SP, é um dos mais respeitados políticos brasileiros. Advogado e ambientalista, começou a carreira política em 1982, como vereador. De lá para cá, defendeu o meio ambiente e a causa animal em inúmeros momentos: implantou o Programa de Educação Ambiental e de Preservação da Mata Atlântica, assumiu a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, coordenou o Grupo de Trabalho da Fauna, foi relator da Legislação Ambiental Brasileira. Nos últimos anos, Tripoli tem se destacado na proteção animal. É dele o PL 215/2007, que institui o Código Federal de Bem-Estar Animal, que, por sua vez, estabelece normas para as atividades de controle populacional e de zoonoses, experimentação científica e criação. Em 2011, o deputado apresentou o PL 2833/2011, que está pronto para ser analisado pelo Plenário e torna crime a prática de atos contra a vida, a saúde ou a integridade física e mental de cães e gatos. Em 2013, Tripoli também teve atuação de destaque no caso do Instituto Royal – e na proibição de testes com animais para fabricação de cosméticos no Estado de São Paulo –, tornou-se fiel depositário de alguns Beagles e adotou duas cachorrinhas que estavam entre os 250 animais que sofriam maus-tratos. Nos últimos meses, lançou o Manual Jurídico de Proteção de Animal, disponibilizado em seu site, que contém modelos de ofícios e estatutos para instruir as atividades das ONGs e dos defensores dos animais. Nós conversamos com o Deputado Tripoli sobre sua atuação, o cenário da proteção animal no país e o que está por vir na legislação brasileira. MQP: O Projeto de Lei 2833/2011, de sua autoria, que aumenta as penas dos crimes cometidos contra cães e gatos, foi aprovado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Quais serão os

próximos passos para que ele se torne lei? Ricardo Tripoli: O Projeto de Lei 2833/2011 está tramitando de modo bastante célere aqui na Câmara Federal. Ele já teve parecer aprovado por duas comissões permanentes (Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania). A tramitação, agora, segue em caráter de urgência urgentíssima, já que conseguimos a aprovação de requerimento assinado por líderes de diversos partidos. A proposta está pronta para apreciação, o que representa a última etapa de tramitação na Câmara dos Deputados. MQP: Qual o grande avanço do PL em relação à atual Lei Federal 9.605/98, de Crimes Ambientais? Ricardo Tripoli: Nossa proposta abrange e pune não só os casos de morte e tortura, mas também os casos de abandono, de falta de assistência e também abrange os Centros de Controle de Zoonoses, prevendo um agravamento da pena nos casos de mortes de animais sadios para fins de controle populacional. Como as penas impostas são elevadas, possibilita a aplicação de pena privativa de liberdade, sem conversão e transação, ou seja, há a real possibilidade do cumprimento de pena prisional para quem infringir as normas. MQP: Por que crimes contra outros animais – como cavalos, que sofrem muitos abusos quando usados como animais de tração – não estão previstos no PL 2833/2011? Ricardo Tripoli: É preciso ressaltar que este projeto de lei é específico para crimes cometidos contra cães e gatos. É uma estratégia de atuação parlamentar. Chamar a atenção da sociedade e trabalhar o conceito de que a punição deve ser proporcional ao delito cometido, ao atentado contra uma vida. É o primeiro de uma série. Decidi tratar de forma diferenciada

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cada espécie: domésticos (cães e gatos), para ulteriormente tratar de domesticados (cavalos, bois, aves, etc.), e, finalmente, silvestres. Em 2007, apresentei o projeto que institui o Código Federal de Bem-Estar Animal (PL 215/2007). A proposta, bastante ampla, abrange todas as espécies, inclusive os cavalos. O projeto traz ao conhecimento da população o conceito de bem-estar animal, enquanto ciência, e o insere como direito e necessidade. MQP: O senhor é coordenador do Grupo de Trabalho de Fauna da Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso Nacional e está à frente do Código Federal de Bem-Estar Animal, o PL 215/2007. Quais as principais diretrizes do código e qual a previsão para sua aprovação? Ricardo Tripoli: Como coordenador do GT de Fauna, analisamos todos os projetos de lei em tramitação na Câmara Federal que tratam sobre a fauna brasileira. É um esforço conjunto, 78 suprapartidário. Já o Projeto de Lei 215/2007 tem como objetivo estabelecer diretrizes e normas para a garantia dos princípios de bem-estar animal nas atividades de controle populacional e de zoonoses, experimentação científica e produção animal. O código aguarda a instalação da comissão especial que irá proferir parecer ao seu conteúdo. Sobre a previsão para aprovação do Código Federal de BemEstar Animal, penso que é fundamental que a instalação da comissão especial aconteça. Após a designação dos membros por parte das lideranças partidárias, poderemos avaliar a maneira como a matéria prosseguirá. MQP: Conte-nos sobre o Manual Jurídico de Proteção de Animal, de sua autoria. Ricardo Tripoli: A principal contribuição deste instrumento, que está disponível no site www. ricardotrpoli.com.br, é a facilidade em formalizar A charmosa Gerusa vai dar muita sorte peças jurídicas. Em atendimento às solicitações aos seus futuros adotantes!

que cotidianamente recebo, decidi elaborar o Manual Jurídico de Proteção Animal e disponibilizar modelos de ofícios, notícia-crime, representação, ação civil pública, estatuto e outros tão necessários para instruir as atividades dos defensores dos animais. Essas peças podem ser utilizadas para defesa dos animais em inúmeros casos, e não somente para os quais se sugeriu nos modelos a título ilustrativo. MQP: Passados alguns meses, como o senhor interpreta o que aconteceu no Instituto Royal? Ricardo Tripoli: O que ocorreu no Instituto Royal foi emblemático. Num ato de desobediência civil, os defensores dos animais organizaram uma das mais fortes mobilizações nacionais, que culminou no resgate de aproximadamente 250 cães da raça Beagle, mantidos pelo Instituto Royal, cujas atividades incluíam testes toxicológicos em animais criados em suas dependências e/ou adquiridos de criadores da raça. A retirada dos animais na madrugada do dia 18 de outubro de 2013 – feito inédito no país – provocou a discussão nacional sobre experimentos realizados em animais. O episódio trouxe ao conhecimento da sociedade as crueldades impostas aos animais. O fato também trouxe o questionamento sobre a validação e aplicação de métodos substitutivos ao uso do animal nas mais diversas práticas de pesquisa, testes e no ensino. Acompanhei as investigações e participei das manifestações contra o Instituto Royal. Atuei não somente como deputado federal, abraçando a luta pelo fim do uso de animais em experimentos para o Congresso Nacional, mas também como ser humano, cidadão, militante e advogado dos ativistas. E tive a honra de ficar com duas cadelinhas da raça Beagle resgatadas, que hoje vivem comigo. Em termos legislativos, também surtiu efeito. No Congresso Nacional, fui designado relator da Comissão Externa


“O que ocorreu no Instituto Royal foi emblemático. Agora, há um enorme clamor social para que a legislação seja alterada. Não há mais espaço para atitudes violentas contra os animais”

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instituída para este fim e estou finalizando meu relatório. Há tempos ocorrem casos de crueldade no Brasil, e os responsáveis não são sequer punidos. Antes do Caso Royal, projetos sobre o tema eram arquivados ou engavetados aqui no Congresso Nacional. Agora, há um enorme clamor social para que a legislação seja alterada. Não há mais espaço para atitudes violentas contra os animais. MQP: O senhor acredita que outros estados brasileiros seguirão o exemplo de São Paulo, onde os testes com animais para desenvolvimento de cosméticos tornaram-se proibidos desde janeiro? Ricardo Tripoli: Acredito que sim. O exemplo de pioneirismo dado pelo governo do estado de

São Paulo deve ser estendido aos demais estados brasileiros. É um importante avanço. MQP: Muitas pessoas acreditam que o uso de animais em testes para medicamentos e cosméticos é um “mal necessário”. O que o senhor diria para essas pessoas? Que alternativas já existem para evitar as crueldades que vieram à tona através do caso Royal? Ricardo Tripoli: Penso que não é um mal necessário. Há inúmeros institutos de pesquisa e laboratórios que testam animais no Brasil, e é nosso desejo que todos atendam aos novos ditames da ética, calcados em embasamento técnico, que dá sustentação à substituição do uso de animais e à abstenção de práticas que os submetam à crueldade.

“Nossa proposta abrange e pune não só os casos de morte e tortura, mas também os casos de abandono, de falta de assistência aos animais” 80


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estação

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Conheça as medidas simples que garantem a saúde dos animais na estação mais charmosa do ano!

Inverno pede

cuidados extras


Com a chegada do frio, os pets precisam de cuidados especiais com o bem-estar e a saúde, e os filhotes e idosos são os que mais merecem atenção. Saiba nessa matéria como cuidar do seu melhor amigo na estação mais charmosa do ano. Vias respiratórias Assim como para nós, um dos maiores riscos do inverno para os pets são as doenças respiratórias. Os cães, por exemplo, podem desenvolver a traqueobronquite infecciosa, também conhecida como tosse dos canis ou gripe canina. No seco inverno brasileiro, a proteção natural das mucosas fica reduzida, facilitando o contágio, especialmente em cachorros que têm muito contato com outros cachorros ou frequentam pet shops, hotéis e creches. Os filhotes, que ainda não têm o sistema imunológico totalmente desenvolvido, são ainda mais suscetíveis ao problema, que tem sintomas como secreção nasal, tosse que parece um engasgo e perda de apetite. “A vacinação é a forma mais eficaz para reduzir o risco de contaminação, além de manter o pet com boa resistência, o que inclui uma alimentação balanceada e abrigo do vento e da chuva”, diz o veterinário Luiz Douglas Rodrigues Júnior. Nos pets idosos, as dores articulares também podem piorar no inverno. Para lidar com o problema, especialmente se ele é crônico, como nos casos de artrose, é importante manter o pet sempre aquecido e consultar o veterinário, que pode alterar a medicação e intensificar a fisioterapia. Já os gatos devem ser ainda mais estimulados a beber água no frio, para evitar os problemas urinários e renais. Água corrente, de torneiras ou fontes, costuma ser irresistível para eles! “Aconselho a aumentar a quantidade de ração úmida no inverno, para elevar a hidratação”, completa Luiz Douglas.

acreditam que elas não são necessárias, uma vez que os animais já têm os pelos como proteção natural contra as baixas temperaturas. O que deve prevalecer, entretanto, é o bom senso. Cães com pelo curto, como muitos SRDs, Pinschers, Dachshunds, Weimaraners, Whippets, Beagles, Chiuauas e até Boxers podem sentir frio e, nesse caso, a roupinha é bem-vinda. A camada de gordura corporal também faz diferença, e quanto mais magro é o cão, mais frio ele pode sentir. “É importante observar o comportamento do animal. Se ele se mantém muito encolhido, treme ou busca por ‘cantinhos’, está desconfortável com o frio. Observe também as extremidades, como as orelhas e patas. Quando elas estão frias, o uso de roupas e outras proteções, como cobertores, é indicado”, explica Luiz Douglas. Os animais idosos, que têm menos gordura corporal e pelos menos espessos, também podem precisar da roupa, que deve permitir todos os movimentos e, de preferência, ser confeccionada com tecidos não sintéticos, para evitar alergias e irritações. Por fim, um alerta importante: não use cachecóis em cães e gatos! Eles podem se enroscar em objetos, asfixiando o pet.

Banho, tosa e escovação Quando as temperaturas começam a cair, no início do outono, há a troca de pelagem. Durante esse processo natural, o pet vai perder os fios curtos e pouco densos do verão para ganhar outros, mais compridos, espessos e grossos, que o protegerão do frio do inverno. É hora de caprichar na escovação e observar se a queda de pelos é uniforme e sem falhas. Partes do corpo totalmente sem pelos indicam micoses ou alergias, que devem ser investigadas pelo veterinário. Nesta época do ano, a frequência de banhos pode ser reduzida – devem ser dados no momento mais quente do dia, com água morna. A secagem merece Roupinhas: usar ou não? O uso de roupas em atenção redobrada, para que os pelos não cães e gatos gera controvérsia. Alguns veterinários fiquem úmidos, e as orelhas devem ser protegidas

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da água com algodão embebido em um pouco de óleo natural. Já a tosa tradicional pode ser dispensada, aparando os pelos somente na região dos olhos – especialmente nas raças em que eles atrapalham a visão – e nos genitais. Eles comem mais! A maioria dos animais de companhia come mais no inverno. Isso acontece porque o organismo precisa de mais energia para se manter aquecido, e a energia vem da alimentação. “Para evitar o ganho de peso, é preciso ter controle. Eles comem mais, mas não precisam comer o dobro. Cerca de 30% a mais de ração é suficiente e os passeios e exercícios não devem ser esquecidos”, alerta Luiz Douglas. Roedores e cia. Os cuidados com roedores como os hamsters incluem cobrir as gaiolas e casinhas à noite, usar papel picado no chão da gaiola, que age como um isolante térmico, e oferecer 84

banhos de sol. Para quem tem peixes, é importante conhecer as espécies, já que algumas não gostam de frio e precisam de aquecimento da água, que é feito com acessórios próprios.

Inverno com saúde! • Ofereça uma alimentação equilibrada • Mantenha a vacinação em dia • Proporcione abrigo do vento e da chuva • Ventile a casa e garanta o acesso do pet ao sol • Mantenha a caminha ou edredom longe do piso, usando tapetes ou estrados • Estimule o consumo de água


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Cães são capazes de perceber emoções humanas Você já teve a sensação de que seu cão compreende o que você diz e sente? Pois uma recente pesquisa húngara, publicada na revista Current Biology, mostrou que, assim como os humanos, os cães também são capazes de “perceber” as emoções. O estudo, o primeiro a comparar as funções cerebrais de humanos às de animais não primatas, foi feito através de exames de ressonância magnética em homens e cães (que foram treinados para ficar imóveis dentro do equipamento). A partir disso, ambos ouviam cerca de 200 sons de cães e humanos, como 86 gemidos, choros, risos e latidos. A monitoração cerebral feita pela ressonância mostrou que, apesar de reconhecerem melhor os sons de sua própria espécie, os cachorros ativaram as mesmas áreas cerebrais dos homens, demonstrando que identificam quando há expressão de emoções e sentimentos. “Os cães e os seres humanos compartilham um ambiente social semelhante”, explica uma das autoras do estudo, Attila Andics, da Academia Húngara de Ciências. “Nossos resultados sugerem que eles também ativam mecanismos cerebrais parecidos para processar informações sociais. Talvez isso explique o êxito da comunicação vocal entre as duas espécies”, completa. De acordo com os cientistas, o estudo é apenas o primeiro passo para entender a sensibilidade e a compreensão dos cães em relação às emoções humanas. “Este método oferece uma maneira totalmente nova de investigar o processamento neural dos cães”, acrescenta Andics.

“Síndrome do Cachorro Pequeno” O comportamento mais irritadiço de muitos cães menores é tão famoso que tem até nome: “Síndrome do Cachorro Pequeno”. Agora, em um estudo realizado pela Universidade de Sydney, na Austrália, os cientistas começam a desvendar os motivos desse tipo de personalidade e tudo parece apontar para a estrutura corporal. Depois de analisar 8000 cães, de 80 raças diferentes, os pesquisadores constataram que 33 de 36 comportamentos considerados “indesejáveis” em cães podem ser associados a altura, peso e formato do crânio. E quanto menor é a média corporal, maior é o nível de excitação e hiperatividade. Vale lembrar que outras pesquisas são necessárias para comprovar se esse perfil é fruto apenas do tamanho ou também da educação recebida pelos donos, uma vez que cães pequenos tendem a ter seu comportamento mais tolerado e menos repreendido.


Para alguns gatos, receber carinho pode ser estressante Mais um motivo para respeitar a natureza única de cada animal: um estudo feito por pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, em São Paulo, em parceria com a Universidade Lincoln, no Reino Unido, e Universidade de Viena, na Áustria, mostrou que, para gatos que não gostam de carinho, o toque humano pode ser estressante. A pesquisa, que foi publicada no periódico Physiology & Behavior, apontou que os felinos que não apreciam contato físico tendem a liberar hormônios relacionados à ansiedade quando recebem carinho. Para chegar a esses resultados, os pesquisadores analisaram o convívio de gatos

em 60 lares, levando em conta se os bichanos viviam sozinhos, em pares ou em grupos de 3 ou 4 gatos. Além disso, seus donos responderam a questionários sobre hábitos e personalidades, que classificaram os felinos de acordo com o tipo de humor e reação ao toque físico. As fezes dos animais também foram coletadas para analisar traços de hormônios ligados ao estresse. Outra importante descoberta do estudo: a convivência com outros felinos se revelou tranquila para os animais, desde que cada gato tenha seu espaço na casa. “Os resultados reforçam a importância de que o dono garanta a todos os bichos total controle sobre sua área no ambiente”, disse, na divulgação do estudo, o pesquisador Daniel Mills. “Portanto, quem tem vários gatos deve procurar dar a eles a opção de dividir ou não o espaço, com áreas próprias para beber água, comer e fazer as necessidades.”

Homens que têm cães fazem mais sucesso na hora da paquera O que nós já sabíamos começa a ser comprovado por pesquisas! Em um estudo pouco ortodoxo, o psicólogo Nicolas Guégen, da Universidade da Bretanha do Sul, na França, usou um voluntário para pedir os telefones de mulheres que encontrava na rua. Sozinho, conseguiu apenas 11 números, das 120 mulheres abordadas. Ao lado de um cãozinho, teve sucesso com 34 mulheres, na mesma quantidade de tentativas. Esse é o terceiro experimento realizado por Guégen: no primeiro, o rapaz pedia dinheiro para uma passagem de ônibus, e no segundo deixava moedas caírem no chão para ver quantas pessoas ajudavam a pegá-las. Em ambos os casos, a presença do cachorro levou a melhores resultados e mais interação com as mulheres – e uma das explicações é que homens que têm pets parecem mais dóceis, dedicados e confiáveis. Fica a dica!

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esta edição poupou árvores

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A Mais Que Pet tem um grande compromisso com o meio ambiente e seu formato digital é um exemplo disso. Para produzir uma tonelada de papel, cerca de doze árvores são derrubadas. A fabricação de papel também está entre os processos industriais que mais utilizam água: são necessários 540 litros para produzir apenas um quilo! Em um ano, a Mais Que Pet irá economizar 2.590 litros de água e muitas árvores, colaborando para o fim do desmatamento e do uso indiscriminado da água.

expediente GESTORA DE CONTEÚDO: Renata Marcondes / DIREÇÃO DE ARTE: Ana Paula Guidugli REDAÇÃO: Renata Marcondes, Ester Jacopetti / REVISÃO: João Carlos Rios / PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Ana Paula Guidugli / COLABORADORES DESSA EDIÇÃO: Luiz Douglas Rodrigues Júnior, Soraia Mergulhão / JORNALISTA RESPONSÁVEL: João Carlos Rios - MTB 30208/SP A Mais Que Pet não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, bem como pelas informações ou conteúdo dos anúncios publicados. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização. Contato: (17) 3012-6184 / comercial@maisquepet.com.br


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veja na próxima edição

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As mais importantes lições de Cesar Millan Cães grandes em apartamento: isso dá certo? Como funciona a microchipagem? As doenças que atingem cada raça Os incríveis cães-guias! Como escolher o veterinário? E mais: dicas, novidades, curiosidades, lançamentos de produtos e muita informação para cuidar bem do seu melhor amigo!


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