JANEIRO/FEVEREIRO 2016
Numa época onde uma menina adolescente afegã (Malala Yousafzai) ganha o Nobel da paz pela sua luta a favor da educação de outras jovens como ela, onde o movimento Lean In, da COO do facebook Sheryl Sandberg moEva mulheres a assumirem riscos e se lançarem em busca de seus objeEvos sem medo e onde, possivelmente, a maior potência econômica mundial pode eleger sua primeira presidenta (Hillary Clinton), é impossível não observar uma mudança nos caminhos pelos quais vemos as mulheres na nossa sociedade. VERÃO! Finalmente o calor chegou com força total e com ele um ano de Revista MBA percebi ue é inegável a os dias deNesse praia,quase churrasco depois do trabalho, pele qbronzeada, parEcipação e e nvolvimento d e a lgumas m ulheres incríveis na roupas mais coloridas e um astral mais alegre. comunidade brasileira da Nova Zelândia. Nesses úlEmos meses Eve As praias estão lotadas até tarde e nos levam à nossa mao privilégio de ter conhecido mulheres inteligentes, ambiciosas, téria de capa: o vôlei de praia e o futevôlei corajosas, cheias de personalidade e cna om Nova muita Zelândia. sede de contribuir em prol de uestão ma sociedade mais justa. Por isso esse mês a revista é Como os brasileiros contagiando as areias neozelandededicada a n ós, m ulheres. sas com os nossos movimentos e dribles. Os esportes de areia vem crescendo ano a ano e hoje e até possível ver o famoso A matéria mais importante dessa edição, é, sem dúvidas, o arEgo frescobol nas praias. Nós conversamos combLena Nascimento sobre Violência DomésEca. As quatro rasileiras que generosamente que faz parte da presidência do Auckland Central Volleyball comparElharam suas histórias com a gente esperam Club, que seus caminhos não se repitam que outras mulheres saibam o que fazer, com o André Melo, bi-campeão deefutevôlei e com o Flávio Camo quanto ntes, para saírem de relações busivas. pos, organizador doacampeonato de Footvolley NZaem Wellington e também campeão da competição esse ano. E para você, que sonha Nossa colunista Camila Nassif escreveu sobre a saúde Xsica e mental em jogar, as oportunidades não faltarão, junte-se a eles! da mulher e da necessidade de se colocar em primeiro lugar, e com As pequenas Annuska e pDominique Menoita foram celebradas um texto cheio de ersonalidade e empolgação, Isabelle Mesquita como o talento do vôlei de irmãs esfala ddo o pfuturo oder de ser você mpraia. esma eAs não cair brasileiras nos padrões impostos tão fazendo bonito e com promessas pela sociedade. Seja livre! de ir longe no esporte. E já que o assunto é verão, não deixe de ler a lista de fesNa nossa capa, quatro dos cabeleireiros brasileiros que mais badalam tivais de música rolando pelo país, o DJ, músico e produtor Bobby as madeixas das mulheres na Nova Zelândia, Amanda, Caroline, Brazuka fezDaniel uma lista comdividem os melhores suaaopinião. e Gisele com a na gente sua trajetória trabalhando aqui, s uas d ificuldades e o q ue é t rend para o resto incrível do ano. A nossa jornalista Mariana Wamser fez uma viagem para Bay of Islands, norte da Nova Zelândia, para conhecer o veleiAinda temos uma coluna nova, com Luiza Veras, Erando todas as ro Kat e a família Schurmann que estavam de passagem pela Nova suas dúvidas sobre impostos e contabilidade na NZ, e Rosana Melo Zelândia. O relato emocionante sobre as suas viagens e sua ligação escreve um arEgo completo, bem-‐feito, claro e simples de entender com o paíssobre é imperdível. os Diplomas neozelandeses (mais ou menos o nosso curso técnico bMary rasileiro) e como esse Fiji curso pode uma ser seu ontapé inicial no Já a intrépida Rocha foi para e mais vezprelata processo d e i migração à N ova Z elândia. as suas aventuras com muita animação e excitamento! Luiza Veras explica na sua coluna sobre contabilidade que você pode receber Duda Hawaii, um dos nossos fotógrafos colaboradores, escreveu um parte do seu imposto se você tem seu negócio em casa e Camila texto empolgante sobre a sua travessia do Tongariro, uma das Nassif fala sobre as nossas resoluções de ano novo e como se mancaminhadas mais bonitas do mundo (com fotos espetaculares) e ter focado Peterson em 2016.Fabricio, nosso agente de imigração de plantão, fala do visto de trabalho aberto dado aos que se formam por aqui. Tem informação para todos os gostos. Um grande ano para todos nós! Se divirtam!
Cristiane Diogo
JANEIRO/FEVEREIRO - EDIÇÃO 18 N° 12/2016
EDIÇÃO Cristiane Diogo
REDAÇÃO Gabriela Ferrão
PROJETO GRÁFICO/DIAGRAMAÇÃO Tereza Manzi
COLUNAS Camila Nassif Luiza Veras Raissa Correia
FOTOGRAFIA CAPA Rafael Bonatto
DESIGN CAPA
A Revista MBA é uma publicação independente com a finalidade de informar a comunidade brasileira da Nova Zelândia e divulgar produtos e serviços que sejam do interesse dessa comunidade. A versão online desta publicação é gratuita. É proibida qualquer reprodução impressa ou digital, cópia do conteúdo, matérias, anúncios ou elementos visuais, bem como do projeto gráfico apresentados na Revista MBA com base na LEI DE DIREITOS AUTORAIS Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998, com respaldo internacional.
Tereza Manzi
COLABORADORES JAN/FEV 2016
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Mary Rocha, Mariana Wamser, Bobby Brazuka, Genaro Oliveira
AGRADECIMENTO JAN/FEV 2016 Heloísa Schurmann, Pedro Nakano, Genaro Oliveira, Flávio Campos, Lena Nascimento, André Melo, Derek Quinn, Dave Lintott, Barbara Scholten, Dominique Menoita, Annuska Menoita.
PARA ANUNCIAR REVISTA.MBA.MARKETING@GMAIL.COM
ORGANIZAÇÃO
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APOIO
FESTIVAIS DE MÚSICA NO VERÃO NEOZELANDÊS
VOLEI DE PRAIA E FUTEVÔLEI NA NOVA ZELÂNDIA
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OS TALENTOS DO FUTURO: AS BRASILEIRINHAS FAZENDO BONITO NO VÔLEI DE PRAIA NA NZ
FOOTVOLLEY NATIONAL CHAMPIONSHIP 2016
RECEITA: CHEESECAKE DE COPO COM CALDA DE GOIABADA
FIJI
AULA DE PORTUGUÊS NA UNIVERSIDADE DE AUCKLAND
FAMÍLIA SCHURMANN NA NOVA ZELÂNDIA
43 46 48
KAT SCHURMANN
DICAS DE CONTABILIDADE: HOME OFFICE EXPENSES EXERCÍCIO, ESPORTE, DESEMPENHO E ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL: O NOVO ANO E A SUA SAÚDE
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Festivais de Música
no verão neozelandês POR BOBBY BRAZUKA
O verão é a época do ano mais esperado pelos Kiwis. O sol e calor levam todos para fora de casa, para as praias, parques e eventos “outdoor”. As pessoas ficam mais felizes com o tempo bom e a oportunidade de ver alguns dos seus ídolos ao vivo, ou o DJ preferido tocando. É no verão quando acontece a maioria dos festivais de música do país e aqui está uma lista de alguns dos festivais que eu acho mais legais aqui na Nova Zelândia.
Laneway Festival (Auckland)
Splore Festival (Tapapakanga Park)
- 1 de Fevereiro 2016 (feriado do aniversário de Auckland) Festival mais direcionado para Indie Music, muitas atrações internacionais de mais nome hoje em dia. Destaque para as bandas australianas Flume e Hermitude. www.lanewayfestival.com
- 19 a 21 de Fevereiro 2016 Festival perfeito para quem gosta de boa música, arte e praia. Splore também é super “Child Friendly” onde os pais se divertem de dia com as crianças e dançam à noite com os djs e bandas. Não percam a banda Hiatus Kayote de Melbourne e o meu set na Sexta-feira (está incrível!) www.splore.net
Music In Parks (Auckland) - De 10 de Janeiro a 20 de março Festivais com música de todos os gêneros organizados pela prefeitura de Auckland. Destaque para o dia 20 de Fevereiro com a banda Katchafire e Latinaotearoa no dia 21 de Fevereiro www.musicinparks.co.nz/2016
Rice & Beans Festival (Silo Park) - 27 de Fevereiro Festival de comida e música que organizo junto ao Silo Park há quatro anos. Barracas com comida que vão desde o México, passando pela Jamaica, pelo Brasil e indo até a Argentina.
Música também com djs e banda tocando influências da América latina e do Caribe. Não percam o Mc Black Alien (Antigo membro do Planet Hemp), o DJ Tamenpi (Rio de Janeiro) e o Latinaotearoa. www.silopark.co.nz
Womad New Zealand (New Plymouth) - 18 a 20 de Março 2016 O maior festival de word música do mundo com uma filial aqui na Nova Zelândia. Em uma concha acústica natural no meio de New Plymouth. Vale a pena ver a banda americana De La Soul e o produtor/DJ francês St. Germain. www.womad.co.nz
Auckland City Limits (Western Springs Park / Auckland) Inspirado no legendário Austin City Limits do Texas, EUA, o Auckland City Limits tem a sua primeira edição esse ano e traz alguns dos maiores nomes da música mundial como o Rapper americano Kendrick Lamar e a banda neozelandesa Fat Freddy’s Drop. www.aucklandcitylimits.com
janeiro/fevereiro 2016
Electric Avenue Festival (Christchurch) - 6 de Fevereiro Festival com atrações locais e internacionais em Christchurch. Não percam os americanos Thievery Corporation e o grupo de comédia musical inglesa Cuban Brothers. www.electricavenuefestival.co.nz
Raggamuffin (Auckland) - 20 de Fevereiro O maior festival de reggae da Nova Zelândia trazendo grandes nome do reggae e do hip hop como Wu Tang Clan e UB40. www.raggamuffin.co.nz
Bobby Brazuka mora há 17 anos na Nova Zelândia, Dj e host do programa Mucho Aroha Radio na George Fm, também músico da banda Latinaotearoa e organizador de eventos e festivais em Auckland.
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As information plays an increasingly pervasive role in our daily lives, how we relate to technology or, Bruce Ferguson of perhaps, how Wintec’s School of Information Technology technology relates to us is becoming progressively more important. When information systems are engineered to deliver data in a way that accurately reaches, impacts and communicates with its intended recipients, it doesn’t take an IT whizz to calculate the benefits. So what exactly is Informatics? It is the science of information and the practice of information processing. Bruce Ferguson, of Wintec’s School of Information Technology, was a key player in the development of their new Postgraduate Diploma in Applied Informatics in a joint venture with the Wintec School of Business. “Wintec is applying Informatics to the Business environment so that those who wish to progress their management careers in either Business or IT can develop the skills, both technological and interpersonal, that will enable them to operate successfully in their future, fast-changing world.” We live in an age where the volume and complexity of information available threatens to overwhelm us. Practitioners who can manage the necessary systems and people to make such information commercially useful will be in high demand.
Nem só de rúgbi e críquete vive a Nova Zelândia. O povo neozelandês é reconhecido pelo seu interesse em esportes, principalmente aqueles que tem contato com a natureza. A beleza de se morar em um país com tanta diversidade geográfica e estações do ano definidas (well, meio definidas, pode rolar uma frente fria no meio do verão...) faz com que possamos aproveitar esportes diferentes em épocas do ano diferentes. Temos o privilégio de olhar para a direita e irmos para a montanha esquiar e à esquerda termos a praia para surfar.
janeiro/fevereiro 2016
Agora, em pleno verão, os esportes aquáticos e atividades na areia tomam conta do nosso quintal. As praias são devidamente ocupadas por banhistas, crianças construindo seus castelos de areia, jovens se bronzeando e vôlei e futevôlei na praia! Esses esportes, com cara de Brasil, (o vôlei de praia foi inventado nos Estados Unidos mas definitivamente os brasileiros tomaram o esporte como seu, já o futevôlei nasceu nas nossas praias tupiniquins por volta dos anos 60 e invadiu o mundo) são vistos frequentemente nas praias neozelandesas das grandes cidades durante os meses mais quentes. O Brasil é referência e tem ganho campeonatos ao redor do mundo desde que esses esportes passaram a ser oficiais. Por aqui não seria diferente. Os brasileiros estão dominando as quadras de areia nesse lado do mundo e fazendo bonito. Aqui na Nova Zelândia temos campeonatos, clubes organizados, quadras indoor e times treinando durante o ano inteiro e, claro, tem o dedinho brasileiro por trás dessas atividades. A gente foi conversar com a Lena Nascimento que faz parte da presidência da comissão do Auckland Central Volleyball Club (Auckland), com o Flávio Campos, organizador do Campeonato de Footvolley e dono do Indoor Beach Sports (Wellington) que promove aulas de futebol, vôlei e tênis de areia e o André Melo, que juntamente com o Silvio Bezerra são bicampeões de futebol de areia no país.
Flávio Campos veio para Nova Zelândia em 2007 de férias para visitar um parente, como tantos outros ele se apaixonou pelo país e decidiu estender sua estadia e foi ficando. Foi Flávio quem organizou o primeiro campeonato de futevôlei em Wellington em 2012, o primeiro campeonato foi recreacional e os amigos se reuniram para jogar. Como Flávio ficou em último lugar, ele decidiu treinar mais e ajudar os amigos que nunca haviam jogado, ou que sabiam pouco, a melhorar com os treinos. No campeonato de 2016, acontecido em janeiro, Flávio ganhou o troféu de primeiro lugar juntamente com Silvio Bezerra. Os treinos valeram a pena.
Fotografia: Dave Lintott
janeiro/fevereiro 2016
MBA: De onde surgiu a ideia de montar uma quadra indoor de futevôlei? FLÁVIO: A ideia de montar a quadra surgiu por causa da dificuldade em lidar com o tempo instável de Wellington (muito vento) e também por causa do espaço limitado da pequena praia de Oriental Bay. O propósito do indoor é de oferecer à comunidade de Wellington a possibilidade da prática de esportes de areia durante o ano todo.
ooo Lena Nascimento é de Brasília e veio para a Nova Zelândia em 2009 com a família e hoje faz parte da presidência da comissão do Auckland Central Volleyball Club. O clube começou de forma espontânea e natural. Lena sempre jogou vôlei no Brasil e um dia, ao conversar com um amigo kiwi, também ex-jogador, decidiram alugar uma quadra para jogar com seus filhos. Os sábados à tarde, quando eles se reuniam para jogar e chamavam os amigos, começou a ficar concorrido e eles decidiram montar o clube ACVC que hoje conta com mais de 200 membros registrados, uma ativa página no Facebook e turmas para principiantes, medianos e avançados. O clube é uma associação sem fins lucrativos e todo dinheiro arrecadado volta para as atividades do mesmo. Hoje o clube conta com 6 pessoas na sua comissão para organizar campeonatos, treinos e outras atividades.
Fotografia: Rafael Bonatto
janeiro/fevereiro 2016
MBA: Que tipo de atividades existem hoje que promovam e estimulem o vôlei de praia aqui na Nova Zelândia? LENA: Se o tempo permitir, colocamos as nossas redes na praia de Kohimarama das 18h às 21h todos os finais de semana em Auckland. Temos uma rede para social (principiantes ou pessoas que só querem se divertir) e duas redes para os mais competitivos que gostam de jogar 2 a 2. Há dois anos somos anfitriões do Grand Slam (Competição famosa Australiana de vôlei de praia que acontece em diversos países). Fazemos competições todo o verão, abertas ao clube e público em geral, de times masculinos e femininos com prêmios arrecadados dos locais ou nosso patrocinador Dole (importadores de frutas). Competimos também no nacional de vôlei de praia da NZ e outras competições que aparecem ao longo do verão que é tão curto e nós tentamos aproveitar ao máximo os meses de sol.
ooo André Melo, campeão de futevôlei em 2014 e 2015 (Wellington) e medalha de bronze em 2016 é de Aracaju e mora na Nova Zelândia desde 2014, André trouxe a paixão pelo futevôlei do Brasil e ao conhecer Silvio Bezerra, seu parceiro de quadras na NZ, começaram a treinar juntos (André mora em Auckland mas frequentemente vai para Wellington para treinar).
Fotografia: Rafael Bonatto
Fotografia: Dave Lintott
Auckland Central Volleyball Club www.acvc.co.nz Campeonato de futevôlei em Wellington footvolleynz@gmail.com Quadra indoor Wellington www.indoorbeachsports.co.nz Em Queenstown, o brasileiro David Braga costuma praticar a famosa “altinha” em parques da cidade e tem interesse em montar um grupo para começar; em Christchurch, um antigo bowling club chamado “The Elmwood Club” foi transformado em quadras de areia; em Mount Maunganui sempre tem amigos com redes jogando, nada oficial; em Waikato tem um espaço excelente chamado Karapiro Sand Courts.
janeiro/fevereiro 2016
OS TALENTOS DO FUTURO
As brasileirinhas fazendo bonito no vôlei de praia na NZ
Annuska e Dominque Menoita são irmãs de 19 e 11 anos respectivamente, filhas de brasileiros e moram na Nova Zelândia desde 2008. Annuska começou a demonstrar interesse no esporte há 5 anos e desde então tem treinado 3 vezes por semana. Os treinos intensos valeram a pena e ela e seu time ganharam diversas competições escolares, nacionais e internacionais (ela viajou para Vanuatu representando a Nova Zelândia com seu time). Dominique é uma máquina que, incentivada pelo sucesso e trabalho árduo da irmã, vem competindo desde os 8 anos de idade e ficando cada vez mais profissional. Domi (como a família e amigos a chamam) é o número 70 da lista de jogadores que fazem parte da VNZ (Volleyball New Zealand que tem 240 membros). O sucesso das duas é impressionante e a lista de primeiros lugares e valorosas participações em campeonatos é imensa. A gente vê um futuro brilhante para as duas no esporte. Boa sorte, meninas!
FOOTVOLLEY NATIONAL CHAMPIONSHIP 2016 O sol brilhou no dia 23 de janeiro para receber o Campeonato Nacional de Futevôlei 2016 na Oriental Bay em Wellington, capital da Nova Zelândia. Muita música, alegria e batucada agitaram o dia e o evento foi um sucesso absoluto! Os campeões do campeonato de futevôlei 2016 foram Flávio Campos e Silvio Bezerra, medalha de prata para Raff de Gregório e Michael Clayton e bronze para André Melo e Julio dos Santos. FOTOS: DIVA GRADILONE (GRUPO) E DAVE LINTOTT (JOGADORES)
janeiro/fevereiro 2016
Cheesecake de copo com calda de goiabada Quem não gosta de goiabada com queijo ou um bom rocambole recheado com creme de goiaba? Gostamos mais ainda em sobremesas lindas e fáceis que vão impressionar amigos e família sem dar muito trabalho e são uma delícia. INGREDIENTES: GOIABADA CASCÃO 300ml de creme de leite fresco 300 g de cream cheese
Biscoito de maizena Açúcar a gosto (opcional) MODO DE PREPARO: Derreta a goiabada com o um copo d’água. Bata o creme de leite com o cream cheese e açúcar (se quiser). Amasse com a mão o biscoito. Faça uma camada de biscoito amassado de 2 dedos no copinho. Depois coloque o creme e cubra com a calda de goiabada. Maravilha de fácil e gostoso! Bom Apetite!
Fiji Por Mary Rocha
Lembra-se do filme a Lagoa Azul, linda história de amor que começa com um garotinho de cabelos encaracolados loiros e a garota perdidos numa ilha deserta, os quais se apaixonam quando viram adultos? Não? Ok, vamos falar de um filme mais atual. Que tal o Náufrago com o ator Tom Hanks que ficou preso numa ilha deserta e seu único acompanhante e amigo era o Wilson, uma bola de basquete? Bom, se você assistiu um destes filmes, vai se lembrar da cena cheia de coqueiros banhado pelo mar azul e transparente, um verdadeiro paraíso tropical. Este paraíso se chama Ilhas Fiji!
Fiji é composto por mais de 300 ilhas estabelecidas em águas cristalinas com palmeiras, praias de areia branca, lagoas e recifes de corais coloridos. Casas super simples de madeira sem janelas com paredes escuras e piso de terra compacta fazem parte da arquitetura local, especialmente nas aldeias Fijianas. A vida tradicional para um fijiano não passa disso. Mas em compensação, algumas acomodações turísticas são de cair a boca, tamanha é o requinte. Há opções de resorts 5 estrelas, considerados um dos mais incríveis do mundo. De qualquer forma, a ilha não só acomoda os abastados, mas todos os perfis de viajantes: casais em lua de mel, famílias, idosos, mochileiros e grupo de amigos. Independentemente do tipo de cama que você vai dormir, o azul da água, o clima quente, o sorriso do Fijiano e a atmosfera do país é algo que vai te embalar de uma forma que você nunca mais vai esquecer. Relaxar é o sobrenome de Fiji, mas há atividades fantásticas como caminhadas, mergulho, snorkeling com tubarões de recife e arraias, visitas a aldeias locais, atividades culturais, surfing, pesca, jet ski, caiaque e muito mais! Você escolhe! Eu tive a abençoada oportunidade de conhecer um pouquinho das 20 ilhas que fazem parte de Mamanuca Islands e depois subir para Yasawa Islands, um grupo de diversas ilhas vulcânicas. Nadi, que é a capital do país e portal de entrada está muito próxima da Nova
Notei que os fijianos não medem esforços para lhe receber como se você fosse um amigo distante ou parte da família. Zelândia e Austrália, cerca de 3 horas de voo. É uma excelente oportunidade para você que está vindo para Nova Zelândia fazer intercâmbio ou viajar e quer aproveitar o bonde e dar um esticada. E não pense que é impossível chegar lá. Se você reserva sua viagem com antecedência, consegue achar passagens aéreas por menos de NZD 600 (ida e volta, Nova Zelândia - Nadi). Adicione aí mais cerca de NZD1300.00 e você tem um pacote tudo incluso: acomodação em dormitórios, atividades, todas as refeições, transporte de barcos e a possibilidade de explorar 3 ilhas na região. Em 8 dias você terá uma excelente impressão, pode acreditar!
Quando cheguei de barco em Mana Islands Resort, e coloquei o meu pé na água transparente a caminho da acomodação, já fiquei impressionada com a recepção na praia por fijianos vestidos com seus sarongues, as mulheres com flores enfeitando os cabelos, violão na mão e um iluminado sorriso no rosto. Aiiii, devo salientar que meu coração se encheu de alegria e meus olhos de lágrimas! E por todo lugar que passei, fui cumprimentada com a palavra Bula, que significa seja bem vindo na língua local. Notei que os fijianos não medem esforços para lhe receber como se você fosse um amigo distante ou parte da família. Passei 10 dias e conheci 4 ilhas e um dos highlights foi scuba diving nos corais e snorkel com tubarões de recife. Além disso, no topo da Yasawa Islands, participei da cerimônia cultural tão importante para Fiji conhecido como Kava - bebida feita a partir da raiz de uma pimenta que se assimila a uma água barrenta. É uma espécie de narcótico muito leve e conhecido por fazer as pessoas se sentirem relaxadas e uma vez que você bebe, sentirá formigamento e dormência na língua e o corpo como se tivesse tomado um analgésico. Diz a lenda que os fijianos são conhecidos como algumas das pessoas mais felizes do mundo e muitos associam isso com o ritual do Kava que é tão comum e popular entre os locais.
janeiro/fevereiro 2016
Bom, de qualquer modo, seja a Kava ou não, certamente a experiência neste país situado no meio do Oceano pacífico vai massagear sua alma, abastecer o seu espírito e lhe deixar com um gostinho de quero mais. Para saber mais sobre pacotes econômicos para Fiji, não deixe de conferir o short vídeo que eu fiz na região http://ow.ly/XwpGX ou conferir o meu roteiro aqui http://nzega.com/ilhas-fiji Fotos: Arquivo pessoal Mary Rocha
Mary Rocha é paulistana e já viajou o mundo. Num intercâmbio na África do Sul, conheceu o alemão Marlon, e os dois vieram para Nova Zelândia em 2006 para fazer mochilão. Aqui casaram e se estabeleceram. Em 2007, ela criou a NZEGA Education and Travel, agência de intercâmbio e turismo pioneira no país.
janeiro/fevereiro 2016
Aulas de português na Universidade de Auckland
O Programa de Estudos Latino-Americanos (sediado na School of European Languages and Cultures da Faculty of Arts) está muito feliz em poder oferecer o primeiro curso de Introdução ao Português da Universidade de Auckland. O curso LATINAM 101 Introductory Portuguese Language é destinado a alunos que não têm nenhum conhecimento prévio da língua portuguesa, isto é, para verdadeiros iniciantes. Além de focar nas quatro competências linguísticas - fala, escuta, leitura e escrita – o curso também dedicará espaço ao conhecimento das histórias e culturas de Portugal, Brasil e outras ex-colônias portuguesas na África e Ásia. janeiro/fevereiro 2016
Existe um crescente interesse global no aprendizado da língua portuguesa. Além de ser uma das línguas mais faladas do planeta, assim como uma das línguas oficiais da União Europeia, o português é hoje também considerado uma ferramenta estratégica para aceder a mercados emergentes tanto na América Latina (Brasil) como na África (Angola e Moçambique). Conhecida tradicionalmente por seu tom doce e melódico, a língua portuguesa também tem ganhado muita evidência nos últimos anos devido à realização da Copa do Mundo de 2014 e dos jogos olímpicos de 2016 no Brasil. No caso específico da Nova Zelândia, é preciso destacar que os brasileiros recentemente se tornaram a maior comunidade
janeiro/fevereiro 2016
latino-americana que está decidindo migrar para este país. Esse fluxo, naturalmente, está relacionado com o crescimento de relações comerciais e culturais entre o Brasil e a NZ nos últimos anos. Como resultado desse contexto de estreitamento das relações entre os dois países, existe um crescente interesse de kiwis pelo aprendizado da língua e cultura do Brasil. Diante de tantos motivos, não é por acaso que o Programa de Estudos Latino-Americanos está orgulhoso e ansioso em começar as aulas de Português no primeiro semestre de 2016 (de 29 de fevereiro até 27 de junho). A matrícula do curso está aberta a todos os interessados. Tanto para estudantes da universidade quanto para o público em geral. Para mais informações, favor me contactar: g.oliveira@auckland.ac.nz.
wwSobre o coordenador do curso
Genaro Oliveira tem um doutorado em História da Arte pela University of Auckland e é Mestre em Educação e Licenciado em História pela UFBa. Antes de se mudar para Auckland, trabalhou em diversas instituições de ensino superior no Brasil, tanto como professor como pesquisador. Chegou na NZ em 2009 para começar seus estudos de PhD, como bolsista do programa University of Auckland Doctoral Scholarships. Depois de concluir seu doutorado em 2013, foi contratado como Lecturer de História e Cultura na Fiji National University (FNU - Ilhas Fiji). Em seguida, se mudou para a Suíça, onde fez um pós-doutorado em Estudos Latino-Americanos na Universidade da Basiléia. Durante os anos de 2014-2015, trabalhou como pesquisador no Institute of Social Sciences Research (ISSR) da Universidade de Queensland (Austrália). Atualmente, trabalha como Teaching Fellow da Universidade de Auckland onde, além das aulas de português, também é responsável por cursos sobre história e cultura latino-americana. Informações sobre o curso: g.oliveira@auckland.ac.nz
Família
Schurmann na Nova Zelândia Por | Mariana Wamser Imagens | Pedro Nakano
Mais de 150 mil milhas percorridas, 5 continentes explorados, 3 oceanos navegados. A família Schurmann está no mar há 31 anos fazendo história, sendo os primeiros brasileiros a completar a volta ao mundo - duas vezes. Em setembro de 2014 a família embarcou em uma expedição onde completará mais uma volta ao mundo velejando. A Expedição Oriente revive a rota dos chineses e explora os mares através de uma perspectiva oriental.
Foram 5 anos de pesquisas e preparação. Determinados, os Schurmann acreditam que para viver um sonho é preciso marcar datas para realizá-los.
janeiro/fevereiro 2016
Recentemente o veleiro Kat ancorou em Opua, região de Bay of Islands. O veleiro Kat foi o primeiro veleiro construído pela família Schurmann. Com 80 pés de altura, 6.65 metros de largura e 67 toneladas, o barco combina tecnologia e sustentabilidade. A embarcação possui internet de alta velocidade, telefonia, ROV para captação de imagens e dados em águas profundas. Sustentável, a energia do barco é gerada por quatro diferentes fontes limpas: eólica, painéis solares, dois hidro geradores e duas bicicletas ergométricas com turbina. O veleiro conta ainda com modernos sistemas de reciclagem de resíduos e dessalinização de água, reduzindo ainda mais o impacto sobre o meio ambiente. Tive a honra de visitar o veleiro Kat e conhecer pessoalmente o capitão Vilfredo, Heloisa e Wilhelm Schurmann. Na oportunidade, vivi uma verdadeira aula de simpatia e positividade. Acreditar e fazer acontecer são as palavras de ordem da família - por isso estão realizando a terceira volta ao mundo, vivendo um sonho com um sorriso no rosto. Conversar pessoalmente com a família Schurmann, ouvir suas historias, conhecer o veleiro através das explicações do capitão foi uma das experiências mais marcantes de minha vida.
Registro aqui a entrevista que realizei com Heloisa, uma marinheira que emana alegria e transmite uma energia incrível. COMO E QUANDO SURGIU A IDEIA DE VELEJAR?
Em 1974, nós fomos ao Caribe, na Ilha de Santomas fazer uma passeio mas não tinha nada combinado de barco, e lá saímos num barco de passeio, Day Charter, e nos apaixonamos de tal maneira que fizemos um projeto de vida: um dia nós vamos sair com nosso próprio barco. Não era nenhuma programação de dar a volta ao mundo, a ideia era simplesmente sair com o barco, voltar à Ilha de Santomas velejando. Dai foram 10 anos
de planejamento: juntamos dinheiro, os filhos cresceram um pouco e fomos aprender a navegar. Foram diversas e diferentes preparações - curso de primeiros socorros, me preparei para o ensino das crianças. O Vilfredo nesse tempo aprendeu tudo relacionado ao barco: manutenção, mecânica, cuidados com o barco. Fizemos os dois juntos o curso de navegação. Ele aprendeu a cozinhar. A preparação foi intensa, um aprendizado muito legal. A responsabilidade era muito grande, pois nossos filhos tinham 7, 10 e 15 anos.
DOS INÚMEROS LUGARES QUE VOCÊS JÁ VISITARAM, TEM ALGUM ESPECIAL?
Eu tenho um carinho muito grande pela Polinésia, é um povo muito lindo e nós temos muitos amigos na Polinésia. Para mim, o lugar mais especial de todos é a Nova Zelândia. A Kat nasceu aqui e é aqui que ela está e uma parte do nosso coração está aqui na Nova Zelândia. David, meu filho mais velho também se formou em Cinema aqui no país, então são muitas coisas reunidas que aconteceram aqui na Nova Zelândia que tiveram um impacto muito grande em nossas vidas. Foi aqui que o Whel aprendeu a surfar, fez a primeira regata e teve um incentivo muito grande de uma velejador de Russel que o motivou a participar de mais regatas etc. Por causa da Nova Zelândia muita coisa mudou não só na minha vida e na vida do Vilfredo, mas também na vida dos nossos filhos. Isso é coisa muita legal, tem toda uma energia que a Nova Zelândia nos proporciona. COMO É PARA VOCÊ VIVER NO MAR?
Quando eu estou navegando eu penso no meus netos, na minha família - e hoje eles me acompanham via skype, whatsapp, estamos sempre em contato. A primeira pergunta é: ‘vovó, você viu baleia, viu golfinho?’ Eu não estou lá para abraçá-los e vê-los crescer, mas ele acompanham nossas viagens e mesmo que de longe eu acompanho o crescimento deles. A tecnologia facilita muito a comunicação nos aproxima, é uma maneira da nossa família acompanhar nossa viagem e sentir a nossa alegria por estarmos fazendo aquilo que a gente gosta. Nós estamos vivendo nosso sonho e todo mundo na família fica também feliz, apesar da saudade. É preciso saber administrar a saudade e aproveitar os momentos que a vida lhe proporciona, não importa aonde. Eu sempre apreciei o belo, a vida e a natureza. As vezes no barco eu vejo um arco-íris, corro lá na frente e chamo todo mundo para ver. O entusiasmo de viver é muito importante pra mim e eu gostaria que todas as pessoas vivessem a vida assim. Eu vivi uma das maiores tristezas da minha vida: a minha filha partiu, mas não é por isso que eu deixo de ver a beleza da vida. A cada dia vivencio uma paisagem diferente e por isso eu agradeço a Deus sempre.
QUAL SUA OPINIÃO SOBRE O QUE ESTÁ ACONTECENDO NO BRASIL HOJE?
Eu penso que deveríamos ter no poder uma pessoa que se importa com a educação. Eu não sei o que faria para mudar. Sou brasileira, amo meu país, mas me dá uma tristeza muito grande ver o Brasil nessa situação. Precisamos de melhor educação, melhores condições de vida, acesso à saúde, fazer o correto, com honestidade. O Brasil é a nossa pátria, nosso país de coração, nosso porto. COMO VOCÊ VÊ A NOVA ZELÂNDIA?
A Nova Zelândia em um espírito jovem e aventureiro. Vemos pessoas de todas as idades fazendo trilha, acompanhando, viajando de campervan, caiaque. A segurança e a honestidade são características marcantes do país. Não vemos cadeados, correntes no barco. A cultura de comprar frutas na estrada, colocar o dinheiro na caixinha sem ninguém supervisionando. Eu gosto muito da Nova Zelândia. O povo é muito hospitaleiro, sempre vivi bons momentos no país. As condições de saúde, educação, qualidade de vida aqui na Nova Zelândia são incríveis. A ideia do parto humanizado, que é fantástica. DÁ PARA PERCEBER QUE VOCÊS GOSTAM DE ANCORAR EM UM PORTO E EXPLORAR O LOCAL EM TERRA. QUAIS OS PLANOS PARA A NOVA ZELÂNDIA?
Na segunda-feira estamos saindo em viagem de campervan para explorar Rotorua e tudo o que tiver de aventura no país nós queremos explorar. A gente vem de uma cultura de espírito jovem, muita gente me pergunta como eu estou velejando nessa idade e eu digo não, não tem idade para ser feliz. Eu pratico Stand up Paddle e faço tudo o que posso. A gente tem que ter o espírito jovem não importa o número que tem na sua carteira de identidade.
janeiro/fevereiro 2016
QUAL O MAIOR ENSINAMENTO DO MAR NA SUA VIDA?
Paciência. No mar você tem que ter muita paciência porque as condições nem sempre são favoráveis e você tem que aprender a esperar a maré certa para poder continuar. Outra coisa é olhar no horizonte e imaginar o que tem lá na frente, a descoberta. O mar me leva para conhecer os lugares, o barco é a minha casa e eu tenho o quintal maior do mundo. Fui a muitos lugares diferentes no mundo, vi e aprendi muitas coisas, mas o mar me ensinou a conhecer a mim mesma. Saber os meus limites, praticar o desapego, viver com pouco, amar a natureza.
É
possível acompanhar as aventuras da fa-
Schurmann através da página do facebook www.facebook.com/familia.schurmann. Embarque também na aventura da Expedição Oriente através do site www.expedicaooriente.com.br mília
Born to be UAI, Mariana Wamser é mineira apaixonada pela natureza, por viagens e por sua família. Profissional de TI, atua como Digital Marketer em Auckland. Na Nova Zelândia encontrou o paraíso para fazer o que mais ama: explorar o desconhecido.
Kat Schurmann
Por Mariana Wamser
A
família
Schurmann
xão muito especial com a
tem uma cone-
Nova Zelândia.
O país foi o porto seguro da família após uma das piores tempestades já enfrentadas por eles, no ano de 1991 quando os dois mastros do veleiro Aysso se quebraram em alto mar. Após o ocorrido, a família permaneceu no país por mais de um ano reconstruindo o barco.
Na época, a
família Schurmann conheceu o neozelandês
Robert e sua esposa, a brasileira Jeanne. A amizade mudou a trajetória de vida de Heloísa e Vilfredo e lhes proporcionou um grande presente.
Em janeiro de 1995, Heloísa publicou o livro “Dez anos no mar” e para sua surpresa, Robert apareceu com sua filha, a pequena Kat, à festa de lançamento. Ele trazia a triste notícia de que sua esposa Jeanne havia falecido. Pai e filha se aproximaram mais e mais de Heloísa e Vilfredo. Velejaram até Santa Catarina juntos e durante a viagem Robert fez um pedido inesperado à Heloísa e Vilfredo: “Vocês podem adotar Kat? Eu gostaria que minha filha tivesse uma família como a de vocês”. O que levou Robert a realizar tal pedido e renunciar à própria filha? Amor. Robert trabalhava em plataformas de petróleo, o que o impedia de se dedicar a Kat. Além disso, Robert sabia que seu futuro estava comprometido. Após um grave acidente e uma série de transfusões de sangue, Jeane contraiu o vírus HIV. Sem saber da sua condição, Jeane transmitiu o vírus ao marido e também para a filha Kat.
A doença tirou a vida de Jeanne e comprometeu o estado de saúde de Robert. Impossibilitado de se dedicar à filha como gostaria e tendo consciência de que a qualquer momento poderia partir, Robert confiou Kat à Heloisa e Vilfredo. Kat nasceu em Auckland no dia 8 de julho de 1992 e aos 3 anos embarcou na vida da família Schurmann. A vida do casal, que já havia criado três filhos, se transformou com a chegada de Kat. “No momento em que Robert nos pediu que cuidássemos de Kat, os olhinhos dela já haviam nos conquistado.”, diz Heloisa. Dedicaram-se com todo amor à determinada menina, alteraram suas rotinas e foram atrás dos melhores especialistas para tratarem do estado de saúde de Kat. Proporcionaram a Kat um mundo colorido, alegre e cheio de aventuras. Juntos, enfrentaram desafios
janeiro/fevereiro 2016
e tempestades, sempre felizes e confiantes de que a alegria de viver o momento é o melhor remédio. Kat se tornou uma corajosa marinheira, navegou ao redor do mundo, conheceu inúmeros países, teve contato com as mais diversas culturas, fez amigos ao redor do mundo e viveu intensamente durante os 11 anos em que esteve com a família Schurmann. Forte e decidida, a pequena Kat enfrentou desde cedo inúmeras dificuldades, incontáveis médicos e hospitais mas nunca reclamou de sua condição. A pequena marinheira saudava ao sol todas as manhãs, não se intimidava em meio a uma tempestade e tinha sempre um sorriso a oferecer. Se tornou uma estrela em maio de 2006, após uma parada cardíaca. Descansa hoje ao lado dos país, em North Shore. A incrível estória de amor incondicional está eternizada na obra escrita por Heloisa, “Pequeno Segredo”. Um livro mais do que emocionante, uma verdadeira lição de amor e compaixão. O irmão de Kat, o cineasta David Schurmann, dirigiu o filme que conta a história de vida de Kat, baseado na obra de Heloisa Schurmann. No elenco, Julia Lemmertz viverá Heloísa e Marcelo Antony atua como Vilfredo. O neozelandês Erroll Shand vive o papel de Robert. Com locações em Florianópolis, Pará e também na Nova Zelândia, o filme que estreia em abril deste ano promete fortes emoções. O atual veleiro da família Schurmann eterniza o amor de toda a tripulação por Kat e leva o nome da pequena grande marinheira. O veleiro possui uma energia incrível e é guiado pela estrela que mais brilha no céu: Kat Schurmann.
Born to be UAI, Mariana Wamser é mineira apaixonada pela natureza, por viagens e por sua família. Profissional de TI, atua como Digital Marketer em Auckland. Na Nova Zelândia encontrou o paraíso para fazer o que mais ama: explorar o desconhecido.
dicas de contabilidade com Luiza Veras
HOME OFFICE EXPENSES Usando sua casa para business. Muitas pessoas que tem pequenos negócios usam uma parte da suas casas para trabalharem com a papelada do dia a dia do negócio. Se você estiver fazendo isso, você poderá deduzir uma porcentagem das despesas da sua residência como despesas do seu negócio contanto que você mantenha toda a documentação das despesas que você pretende deduzir. Se você tiver uma área separada somente para trabalhar no seu negócio, como por exemplo um quarto/escritório, esse espaço é considerado parte do seu negócio. A porcentagem do tamanho proporcional do seu escritório ao tamanho da casa poderá ser deduzida das suas despesas de casa. Esse tipo de despesas é chamado de ‘’Home Office’’.
Home Office Expenses é uma parte (porcentagem %) das despesas que você paga da sua casa residencial que serão dedu-
zidas no final do ano financeiro no tax return da empresa ou do self employed (empregados não podem deduzir home office). As despesas são os rates, seguro da casa, eletricidade, aluguel ou juros do financiamento e qualquer reparo de manutenção da casa. Essas despesas também são incluídas no GST return para os que são registrados junto ao GST, com exceção do juros do financiamento da casa e do aluguel que são despesas que não podem ser incluídas do GST return. Para mais detalhes para saber quanto será a porcentagem mais apropriada para o seu home office, melhor conversar com seu contador/a , pois a porcentagem varia para cada tipo de negócio. Por exemplo, um self-employed que trabalha com pintura e tenha várias ferramentas guardadas na garagem, terá não somente o quarto usado como escritório, mas também a garagem fará parte do home office desse self employed, assim aumentando a porcentagem da dedução.
ExercĂcio, Esporte, Desempenho e Estilo de Vida SaudĂĄvel Por Camila Nassif
janeiro/fevereiro 2016
O novo ano e a sua saúde
“O início de um novo ano traz um sentimento de renovação e esperança. Pela simples virada de um número repensamos a vida, o ano que se foi e o novo ano onde somos dados mais uma chance de sermos o melhor que podemos ser. Não somente com as pessoas, com a sua comunidade e com o mundo mas também com a sua saúde." Quantos de nós iniciam o ano fazendo mil resoluções e promessas em relação à nossa saúde e quando o ano acaba, caímos na real de que as promessas que fizemos simplesmente desceram rio abaixo? Todo mundo já foi culpado desse crime. O sucesso do cumprimento de uma meta depende de vários fatores como a dificuldade da tarefa, a motivação interna e o ambiente em que essa meta está inserida dentre outros fatores. Algumas pessoas já devem ter ouvido que uma meta tem que ser “SMART”. Smart vem do inglês e cada letra corresponde a uma característica de suas metas para que você tenha sucesso em cumpri-la (Specific, Measurable Attainable, Realistic, Timely). A meta deve ser específica e possível de ser medida. Deve ser motivante, alcançável, relevante e com um prazo de tempo pra ser atingida. Assim suas chances aumentam, quando você se programa, se organiza para cumpri-la.
Quanto à saúde, alguns decidem se exercitar mais, outros querem ser mais saudáveis e a grande maioria das pessoas quer perder peso. Mas às vezes me pergunto porque nos apegamos tanto a um número se como nos sentimos com a gente mesmo deveria ser o que realmente importa? A intenção é boa mas totalmente influenciada pela força do momento. Para essa resolução se concretizar, esse momento tem que ser prolongado muito além do que a promessa em uma conversa com amigos na noite de Réveillon. Assim, fiz uma lista dos 10 fatores importantes de reflexão para que a meta que você definiu para a sua saúde seja realizada, para que você chegue ao final do próximo ano com a sensação de dever cumprido, já que suas promessas não serão mais promessas, mas sim a realidade que você vive. 1. Faça escolhas pra vida toda, não uma dieta da moda que você tenta se encaixar como um molde.
e tem um rótulo, há grandes chances de não ser bom pra sua saúde. 5. Você é a única pessoa que pode controlar suas escolhas. 6. Toda vez que você escolhe beber ou comer algo, você esta escolhendo entre alimentar doenças ou preveni-las. 7. Faca o certo, não necessariamente o que é fácil.
2. Escolha uma atividade física que te dá prazer, essa deve ser a prioridade número um ao escolher que tipo de atividade para manter seu corpo ativo. Vale de tudo, dança, esportes coletivos com os amigos, academia, uma modalidade esportiva nova pra aprender. Pense em experimentar coisas novas e diversificar suas atividades o máximo que puder. 3. Você é o resultado de todas as suas pequenas escolhas todos os dias. Seja responsável por suas escolhas. A maioria das pessoas tem bom senso do que deveriam estar fazendo para sua saúde. 4. Simplesmente coma comida de verdade. Se vem numa embalagem
janeiro/fevereiro 2016
Se você quer atingir resultados que nunca obteve, você terá que fazer coisas que nunca fez. Desafie a você mesmo, mentalmente e fisicamente. Te fará sentir vivo! Acredite em você! Se você cair, levante, pegue os pedaços, aprenda com sua queda e siga em frente! Coloque essa lista em prática e coloque seu objetivo e metas em um papel e como vai alcançá-las, para que no final de 2016 você termine o ano com sensação de dever cumprido e inicie 2017 com novas metas a serem alcançadas, sabendo que você é capaz de muito! Feliz 2016!
Camila Nassif é mineira e mora na NZ desde 2009. Doutoura em Ciência do Exercício pela Charles Sturt University, Austrália, presta consultoria científica na área de Alimentação, Exercício, Esporte e Estilo de vida saudável. Contato: scienceas.health@gmail.com