Revista MBA Julho 2014 001

Page 1


T

MBA

entar conciliar as mudanças que a chegada de um novo Julho 2014 – Edição 01 bebê trás à sua casa juntamente com todas as atividades de um grupo de mães brasileiras, mais o lançamento de uma revista eletrônica, tem sido uma tarefa no mínimo cansativa, mas definitivamente recompensadora. Quando iniciamos o GMBA, éramos apenas um grupo de mães, na cidade de Auckland, tentando conciliar interesses, compartilhar experiências, informações e manter vivo o espirito comunitário. Conforme as crianças foram crescendo e o trabalho se desenvolvendo, percebemos que éramos mais do que isso. Éramos um canal de agregação. Um grupo que não somente realizava festas e encontros, mas uma instituição cultural que facilitava a interação entre a comunidade de imigrantes brasileiros que aqui vivem e que promovem suas ideias e iniciativas. E assim nasce, com passos pequenos mas 02 Editorial grandes intenções, a primeira edição da 04 Mamãe do Mês: Carolina Duff revista eletrônica MBA. Nessa primeira 07 Receita do mês edição conversamos com a mamãe Carolina 08 Falando Português Duff, que trabalha como obstetriz aqui na Entrevista com a professora Aline Nunes Nova Zelândia e tem uma energia 10 Férias Escolares: O que fazer? encantadora e com a professora do curso de 12 Festas Juninas na NZ português para crianças Aline Nunes que fala 13 Copa do Mundo 2014 das dificuldades e conquistas deste lindo 14 Viajando com Crianças trabalho, além de planos para o futuro. Edição e Execução: Cristiane Diogo Estamos animadas em entrevistar outros Idealização Conceitual: Aline Nunes brasileiros, homens e mulheres batalhadores Capa: Rafael Bonatto e maravilhosos que vieram para a Terra da Colaboração: Catherine Nogueira Grande Nuvem Branca (New Zealand Karol Lewis e Monique Derbyshire Aotearoa) e estão deixando sua marca na nossa comunidade. Apoio: Embaixada do Brasil em Wellington Enjoy! Agradecimento: Carolina Duff Cristiane Diogo www.mamaebrasileiraaotearoa.co.nz

04 08 14

10

13

12

07


POR QUE FAZER UM CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS

S

aber como agir imediatamente após um acidente pode salvar vidas. Principalmente quando falamos de crianças. Das nossas crianças.

Fazer um curso de primeiro-socorros pode significar a diferença entre uma recuperação total ou não. Imagine uma pessoa muito querida sofrendo um acidente na rua e sendo salva por um anônimo, você não seria eternamente agradecido a esse desconhecido? Não iria agradecer a ele ter feito um curso de primeiros socorros e ter tido a competência de promover a sobrevivência do ente querido? Num curso de Primeiros Socorros você aprenderá a lidar com queimaduras, afogamentos, pancadas na cabeça, febres fortes, engasgamento, sangramento e outras emergências relacionadas com o universo infantil. O Grupo Mamãe Brasileira Aotearoa está organizando uma turma para 20 brasileiras (os) e pagando parte dos custos cobrando apenas $28, o que corresponde a um desconto de mais de 50% do valor original. O curso é recomendado aos pais, mães, avós e outras pessoas que cuidam de crianças e será ministrado pelos paramédicos do St. Johns e dará certificação do NZQA. Interessou? Mais informações abaixo:

Curso de Primeiros Socorros Local: Plunket Point Chev (18, Huia Road - Point Chevalier) Dia: 08 de agosto de 2014 Horário: 09h as 13h30 (almoço leve será servido) Investimento: $28 Vagas limitadas, confirme sua presença através do email mamaebrasileiranz@gmail.com

Foto: St. Johns

3


Carolina Duff veio de Londres para Nova Zelândia em 2005 junto com o marido kiwi e não olhou para trás. Seguindo os passos da avó, também obstetriz (midwife), decidiu encarar mais 4 anos de estudo e trabalho árduos, mudar de carreira e achar o que estava faltando na sua vida.

C

arolina é uma mulher muito fácil de se gostar, sorriso largo, olhos muito expressivos e uma voz que passa muita tranquilidade e segurança. Qualidades indispen- sáveis para quem decidiu ser obstetriz e ajudar outras mulheres a trazerem ao mundo seus bens mais preciosos: seus bebês. Mãe de duas crianças adoráveis, Thomas de 3 anos e Eloisa de 8 meses, essa paulista de São José dos Campos conta como foi a vinda para a Nova Zelândia e a mudança de carreira que a fez ver o mundo de uma forma diferente.

Foto: Arquivo pessoal Carolina Duff

4


MBA: Carolina, como você veio morar aqui? CD: Mudei para Londres para estudar inglês e acabei conhecendo meu marido Neozelandês. Depois de estarmos juntos por 6 anos decidimos nos mudar para cá. MBA: De onde veio a vontade de ser midwife? Onde você se preparou para se tornar uma midwife, quanto tempo durou e quais foram seus maiores desafios? CD: A vontade de ser midwife já tinha por muito tempo. Minha avó era midwife então eu cresci escutando várias histórias interessantes das suas aventuras como. Durante o período do colegial, no Brasil, decidi fazer um curso técnico de Patologia Clínica e aí quando formada fui Foto: Arquivo pessoal Carolina Duff trabalhar em um laboratório no hospital. Isso me inspirou ainda mais para trabalhar na área de maternidade. Apesar de tudo isso fui para a Universidade e me formei em Turismo. Depois de formada, me mudei para a Inglaterra para aprender inglês e acabei com uma carreira como Organizadora de Conferências e Eventos, um trabalho maravilhoso e agitado, mas ainda sentia que algo estava faltando. Mesmo com o passar do tempo ainda pensava em trabalhar na área de obstetrícia, então quando decidimos nos mudar para a NZ fiz muitas pesquisas sobre o que fazer quando chegasse aqui (estava a procura de uma mudança de carreira) e acabei descobrindo o curso de Midwifery. Me inscrevi na Universidade aqui em Auckland e fui chamada, e depois de quatro anos de bastante estudo e trabalho me formei e comecei a atuar como midwife no hospital de North Shore. Meus maiores desafios foram aprender que nesse tipo de trabalho você não tem só os momentos maravilhosos e lindos do nascimento de um bebê, mas também os desafios de complicações que podem aparecer pelo caminho. Aprendi que dar apoio e estar junto com a família nesses momentos é igualmente importante e maravilhoso. Tanto que hoje trabalho em clínica como Midwife de Alto Risco, pois adoro ajudar mulheres que precisam de um pouco mais de apoio e assistência durante a gravidez, parto e pós-parto seja por problemas físicos, mentais ou sociais. MBA: Há quanto tempo você é midwife? Quantos bebês você já trouxe ao mundo? CD: Trabalho como midwife há 7 anos. Para falar bem a verdade eu até já perdi a conta... MBA: Qual é a melhor coisa em ser midwife? CD: A melhor parte de trabalhar como midwife é fazer um trabalho em que você esteja ali para ajudar famílias no momento mais especial da vida deles. Você tem o privilégio de fazer parte da vida dessas pessoas por quase um ano e criar um relacionamento que, espero, irá durar para o resto da vida. A felicidade de receber um abraço de agradecimento no final dessa jornada é indescritível. Sem falar no tempo em que passo segurando os bebezinhos que acabaram de nascer!!!! MBA: Como isso mudou sua vida? (se mudou) CD: Midwifery mudou muito minha vida. Sinto que agora sou capaz de fazer um trabalho onde contribuo para a sociedade e que no final do dia sei que fiz meu melhor e que meu dia


realmente valeu a pena.

MBA: Qual conselho você daria a mulheres grávidas procurando uma midwife? CD: Alguns websites podem ser um bom começo como www.findyourmidwife.co.nz; www.midwife.org.nz e www.mamamaternity.co.nz. Elas também podem conversar com amigas que já tiveram filhos ou que estão grávidas no momento. É sempre um desafio para grávidas brasileiras aqui na NZ (principalmente as que acabam de chegar), pois o sistema de maternidade aqui é muito diferente do sistema brasileiro. Eu estou sempre disposta a dar apoio às grávidas brasileiras, estejam elas precisando de ajuda com o pré-natal ou somente um telefonema para esclarecer algumas dúvidas sobre o próximo passo quando descobrem a gravidez. MBA: Que conselho você daria para mulheres querendo ser midwives? CD: Primeiro de tudo é muito importante que pesquisem bastante sobre o que envolve a carreira de uma midwife. É importante saber que o trabalho de uma midwife também envolve longas horas e estar de plantão 24 horas por dia ,7 dias por semana. É necessário ter um bom grupo de amigos e família com quem você possa contar quando precisar sair de emergência. MBA: Ser mãe mudou alguma coisa na maneira como você vê suas pacientes? CD: Não tanto na gravidez ou no parto, mas no pós-parto algumas dicas práticas que usei com os meus filhos acabo agora passando para minhas pacientes. As pacientes também parecem se sentirem mais seguras agora que sabem que tenho filhos.

Foto Arquivo Pessoal Carolina Duff Carolina trabalha no North Shore Hospital e está disponível para tirar dúvidas e conversar com mulheres grávidas brasileiras através do número 4868920 ext 3157, ela também visita mamães de primeira viagem para cursos particulares em como se adaptar às primeiras semanas pós-parto. 6


RECEITA A receita desse mês veio do blog As Delícias do Dudu É um biscoitinho super fácil de fazer e muito gostoso. Se você tem cortador de biscoito em casa, dá para fazer diversos formatos e as crianças vão adorar ajudar. www.deliciasdodudu.com.br

Ingredientes: 100g de manteiga# 1 ovo (usei caipira)# 3 xícaras de farinha de trigo integral 1 xicara de açúcar mascavo 1 colher de sopa bem cheia de suco de laranja 1 colher de sopa cheia de fermento Opcional: 1 colher de sobremesa de cacau em pó 1 colher de sobremesa de farelo de aveia

Foto Delicias do Dudu

•  Misturar a manteiga e o açúcar num recipiente •  Bater bem até ficar homogêneo •  Acrescentar o ovo •  Acrescentar a colher do suco de laranja e bater •  Misturar o fermento e a farinha aos poucos, primeiro 1 xícara e bater depois as 2 xícaras restantes e mexer com a mão para dar ponto. Vai ficar assim. •  Abrir a massa com auxílio de um rolo e do papel manteiga pra não grudar. •  Fazer o formato que desejar •  Assar em forno pré aquecido em 200º por 10 minutos ou até que estejam firmes... Rende bastante... Depois de frios guarde em pote com tampa para não murchar. Eles ficam crocantes.

7


A

carioca Aline Nunes sempre foi apaixonada pela sala de aula, graduada e pós-graduada em Letras, ela tem quase 20 anos de experiência com crianças e está a frente do CPBC – Curso de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira para Crianças - em Auckland MBA - Como iniciou o curso e que tipo de trabalho vocês fazem? AN O curso iniciou há dois anos, quando as mães do grupo Mamãe Brasileira Aotearoa me

procuraram e fizeram a proposta de iniciar uma pequena turma de aulas de português. As aulas Foto: Arquivo pessoal Aline Nunes foram ficando populares até que se tornaram o Curso de Língua Portuguesa e Cultura brasileira para Crianças. MBA Quanto dinheiro os pais precisam investir para que seus filho participem do curso? AN Atualmente contamos com apoio da Embaixada do Brasil em Wellington, o que garante o baixo valor pago pelos pais bimestralmente (pais pagam $60 por bimestre), mas ainda precisamos de mais incentivos, pois há muito o que ser feito. Gostaríamos, por exemplo, de ter um local exclusivo para o curso que hoje usa as instalações do Plunket Parnell. Seria ótimo se tivéssemos um espaço que não precisássemos dividir, pois a quantidade de material utilizado e de livros arrecadados é grande. O número de crianças vem aumentando e temos a ideia de transformar o curso em uma escola comunitária de finais de semana. Um lugar onde as crianças possam estudar por mais horas e com disciplinas integradas. MBA Em maio desse ano foi realizada a primeira celebração do Dia da Língua Portuguesa como Língua de Herança (PLH). Sabemos que o CPBC representou a Nova Zelândia no evento de comemoração do dia da PLH em Nova York. Conte como foi essa experiência. AN Não tenho palavras para descrever a importância deste encontro em Nova York. O evento foi apoiado pelo Consulado Geral do Brasil e contou com a participação de diversas iniciativas relacionadas ao estudo e ensino do PLH. Ali pudemos discutir temas fundamentais como identidade cultural, multilinguismo, aquisição de linguagem, os desafios no ensino da língua, além de promoção e estabelecimento de políticas públicas que possam colaborar com o ensino do PLH ao redor do mundo. Foi um evento de grande importância para as comunidades brasileiras de todos os países. MBA Você recebeu algum subsídio para participar deste evento? AN Não. Eu mesma arquei com os custos da viagem. MBA O que motiva o seu trabalho, apesar das dificuldades? AN Acredito que nosso objetivo seja educar almejando contribuir com a desenvolvimento integral dos brasileirinhos* da Nova Zelândia, valorizando o fortalecimento dos vínculos 8


familiares e da convivência comunitária. Quando iniciamos o curso, muitos deles tinham um contato pouco frequente com a língua portuguesa. Hoje fico feliz em ouvir alguns depoimentos do tipo “ele já diz frases completas”, “ontem falamos com a vovó pelo Skype e ela ficou muito emocionada”. É muito gratificante ver a mudança nas crianças e a felicidade das famílias. Isso é o que me faz seguir em frente. *Brasileirinhos - Entenda-se como brasileirinhos crianças brasileiras ou binacionais em que pelo menos um dos pais seja brasileiro, e que estejam sendo criada fora do Brasil. Para mais informações sobre o CPBC acesse o site e curta a página do curso no Facebook: www.facebook.com/CPBCportuguesparacriancas

O terceiro bimestre de 2014 das aulas de português para crianças brasileiras (entre 3 e 8 anos) em Auckland começa dia 26 de Julho Info: www.portuguesparacriancas.webs.com Imagem da Natural Moments Photography Crianças do CPBC lendo em português


As férias escolares de inverno na Nova Zelândia começam dia 04 de Julho e vão até o dia 20. Se viajar para a montanha ou uma das ilhas tropicais aqui por perto não está nos planos (ou no orçamento), aqui vão algumas dicas de onde ir e o que fazer para entreter as crianças nesse período em Auckland:

Auckland é uma cidade recheada de atrações para as crianças. A facilidade em encontrar um parque ou praia pertinho de casa faz com que sempre tenhamos uma boa opção de entreteni- mento ao nosso dispor. É só sair de casa e dar uma volta para encontrar o que fazer, às vezes só precisamos entrar num ônibus ou trem para que as crianças ganhem o dia. Nessa época a gente também organiza os famosos play dates, convida um amiguinho (ou dois ou três) para umas horinhas de diversão em casa. Para quem quer um pouco mais de aventura, aívai uma pequena lista de coisas para fazer nessas férias: Teatro: Algumas peças infantis estão em cartaz nessas férias, compre seu ingresso com antecedência por que eles costumam esgotar: Margaret Mahy’s The Man Who The Mother Was A Pirate Bruce Mason Centre de 4 a 8 de Julho (Takapuna) Compre seu ingresso: 0800111999 The Whale Rider by Witi Ihimaera The PumpHouse Theatre de 23 de Junho a 19 de Julho Compre seu ingresso: 09 4898360 Auckland Zoo: Aberto todos os dias de 9h30 às 5pm e de graça para menores de 4 anos, o Zoológico de Auckland é uma atração que nunca deixa a desejar. Nessas férias, os maiores de 6 anos podem passar um dia trabalhando como “zoo keeper” (cuidando dos animais), já imaginou que experiência maravilhosa? Informações: www.aucklandzoo.co.nz Motat: De 5 a 20 de Julho, o Museu de Transporte e Aviação está organizando uma atividade Chamada “Defying Gravity” (Desafiando a gravidade). Cheio de atividades divertidas e educacionais que vão ajudar a responder as questões da criançada sobre gravidade e onde as crianças podem construir suas próprias máquinas voadoras! Além de todos os trens e carros e do famoso labirinto de espelhos que são favoritos entre os pequenos. Informações: www.motat.org.nz Kelly Tarltons Aquarium: Se o dia estiver muito frio ou chuvoso, uma ideia é levar os pequenos para verem a maior colônia de pinguins árticos ou aprender um pouco mais sobre as arraias ou tubarões. Informações: www.kellytarltons.co.nz

10


Auckland Art Gallery: Localizada no coração do cidade e com entrada franca, a galeria de Arte de Auckland, é um prato cheio para estimular crianças e adultos. Todos os sábados eles oferecem sessões que exercitam a criatividade para crianças maiores de 4 anos de 1pm as 3pm. Durante a semana as famílias podem ir no Creative Learning Centre para explorarem, criarem e compartilharem suas descobertas Informações: www.aucklandartgallery.com. Auckland Museum: Além do maravilhoso espaço “Weird and Wonderful” para as crianças mais a fabulosa exposição de fotografias selvagens (até 03 de agosto) e a exposição de pegadas de dinossauros (até 27 de Julho), o Museu de Auckland tem muitas atividades para os pequenos e suas famílias, perfeito para um dia de chuva. Contação de historias, explorações guiadas e muito mais para entreter os mais curiosos: Informações: www.aucklandmuseum.com Auckland Libraries: As bibliotecas de Auckland oferecem

atividades regulares para as crianças com leitura ou música. Nas férias de julho, eles estão com o programa Wild! (Selvagem!), tudo sobre histórias selvagens, natureza, animais, sobrevivência e criatividade. Cheque a programação da livraria mais próxima da sua casa no www.aucklandlibraries.govt.nz (ou passe lá para pegar um livro emprestado) utterfly Creek: Para os apaixonados por dinossauros, o B Butterfly Creek está organizando duas semanas cheias de emoção! Vai ter atividades como pintura facial, escavação, quiz, jogos de colorir e muito mais! Além claro, das atrações de sempre: passeios de trem, encontro com animais (alimentar o bode, pegar numa borboleta, ver os crocodilos...) Mais informações: www.butterflycreek.co.nz

Stardome Planetarium: Leve suas Crianças para o planetário para conhecer mais sobre o período cretáceo onde os Dinossauros encontraram os meteoros! Artes, filmes e outras atividades para Crianças entre 5 e 12 anos. Informações: www.stardome.org.nz

Quer mais? Passeio de balsa até Devonport, visita ao Crystal Mountain, dia no Wynyard Quarter, tobogã e ski no Snow Planet, Kids Kingdom no Raibowns End... 2 semanas não serão suficientes! Cristiane Diogo é formada em Pedagogia com especialização em Recursos Humanos e mora na Nova Zelândia desde 2005. Depois de uma carreira em produção de eventos em Fortaleza e muita correria, Cristiane está disfrutando a maternidade em tempo integral (tem dois meninos) e o estilo de vida laid back (muito relaxado) do neozelandês.


A importância das festas juninas para as crianças

Os meses de junho e julho são tradicionalmente marcados pela celebração das festas caipira, também chamadas festas juninas ou de São João. E em todos lados as festas são organizadas ao sabor de músicas, guloseimas e brincadeiras que enchem nossos dias e corações de alegria. Em países como a Nova Zelândia, a comunidade de imigrantes brasileiros realiza celebrações joaninas infantis com o objetivo de preservar a tradição transmitindo para as crianças os costumes desta festa que hoje é considerada um ícone da cultura brasileira. Esse ano foram realizadas 02 festas para crianças em Auckland, uma pelo Grupo Espírita Allan Kardec NZ e outra pelo playgroup Brasileirinhos: Músicas e Brincadeiras. Em Wellington a festa foi organizada pelo Playgroup Girassol. MBA

Fotos Rafael Bonatto

12


Copa do Mundo 2014 Como aproveitar a Copa do Mundo para ensinar coisas positivas para as crianças?

Os especialistas recomendam a prática de exercícios físicos para o bom desenvolvimento corporal, mental e emocional das crianças. Em época de Copa do Mundo todos estão com as atenções voltadas para o esporte mais popular do planeta.

O futebol promove a integração, eleva a autoestima e desenvolve o senso de disciplina e tática para aqueles que o praticam.

Para o povo brasileiro o futebol não é apenas um esporte, mas um fenômeno social de grande relevância cultural que comove a nossa nação. Aproveitem o entusiasmo causado pelo campeonato mundial de futebol para criar oportunidades de experiências positivas como despertar o sentimento de patriotismo e o amor pelo Brasil, ensinando o hino Nacional às crianças, falando sobre os grandes jogadores da história do futebol brasileiro, conversando sobre a importância do trabalho em equipe e principalmente, torcendo pela nossa seleção. Vai Brasiiiilllll!!!! MBA

Foto Arquivo pessoal Allie Hooper

13


Longa viagem com os pequenos? E agora?

Uma coisa é fato: viajar com criança(s) é sempre perrengue! Antes de ter filho, eu fazia parte daqueles que olhavam atravessado quando viam aquela família chegando com duas crias dentro do avião. A primeira coisa que passava na minha cabeça era “por favor, não senta aqui!”. O tempo passou e agora eu entrei pro time das famílias que chegam com criança a tiracolo no aeroporto. Morando no exterior, a conversa de “como fazer viagem longa de avião com as crianças” se torna rotineira. Os pais sempre ficam cheios de dúvidas, compartilham suas histórias e também suas dicas.# Vejam bem, eu não sou nenhuma “expert” no assunto, mas resolvi compartilhar algumas ideias num único artigo. Acredite se quiser, mas o mais fácil ainda é viajar com bebês bem pequenos. Eu ouso dizer que até os 6 meses de idade. Vou pular a lista básica do que levar a bordo (fraldas, mamadeiras, leite em pó) e dar outros toques que às vezes fazem a diferença. Segue a primeira lista aí: •  Carregue com você a carteira de vacinação do seu filho. •  Leve sempre termômetro e remédio. •  Leve mudas de roupas. Dependendo de quão longo é o voo leve várias. •  Leve uma muda de roupa para VOCÊ. Já imaginou se seu filho regurgita em você ainda no aeroporto? •  O famoso canguru, ou sling, é a melhor maneira de carregar o bebê pelo aeroporto e não no carrinho. Por quê? No canguru você tem as mãos livres, o bebê fica mais calmo e às vezes acaba dormindo. Ponto negativo: muitas vezes você precisa tirar o canguru para passar no raio-X (depende do aeroporto, já passei pelas duas situações). •  Se for levar o bebê no carrinho é certo que precisará tirá-lo para o raio-X. E é mais uma coisa para você carregar até a porta do avião. •  Se o bebê ainda mama no peito, melhor ainda. Você não precisa se preocupar em carregar mamadeiras e leite em pó. Coloca no peito e seja feliz! •  Ofereça o peito ao decolar e aterrissar, assim você ajuda a equalizar a pressão nos ouvidos do seu filho. •  Se ele não mama no peito, ofereça a mamadeira para decolagem e aterrisagem, ou ofereça a chupeta, o efeito é o mesmo. 14


•  Berço no avião: quem vai viajar com bebês pode solicitar para a companhia aérea (com antecedência) o bercinho para acomodar o bebê durante o voo. Tenha em mente algumas coisas: toda vez que tiver turbulência durante o voo é preciso removê-lo. Às vezes, durante este processo de tira e põe, o bebê acaba acordando (aconteceu comigo, é um inferno). Outra, só é possível ter o berço se a companhia aérea conseguir colocar você no primeiro assento, onde tem espaço para encaixá-lo. Normalmente eles dão prioridade, mas se o voo estiver lotado e muitas famílias solicitarem. Ganha quem reservou primeiro. Existe um cinto para criança que é afivelado ao cinto de quem tiver segurando ela no colo. Solicite com antecedência, nem sempre as companhias oferecem. E quais as dicas para viajar com bebês acima de 6 meses? Algumas dicas vão ser as mesmas, certo? Fraldas, leite, remédios... Foto Arquivo pessoal Cristiane Diogo Fique atento que para a maioria das companhias aéreas você não é obrigado a pagar um assento para a criança que tem até 2 anos. Ela pode ir no seu colo, mas a maioria não cabe mais no bercinho depois dos 10 meses de idade. Há um limite de peso e tamanho, verifique com a companhia aérea antes de marcar o assento. Mesmo não sendo obrigado a pagar um assento para a criança, recomendo que, se o bolso permitir, pague um assento para o seu filho mesmo assim. Em voos longos (acima de 4 horas) ter espaço é crucial! Você pode até levar a cadeirinha do carro a bordo e colocar no assento. Cheque com a companhia aérea. Se seu filho já começou a comer, logo você irá precisar de papinhas, certo? Algumas coisas para a criança “beliscar” também são importantes. Algumas companhias aéreas permitem que você leve a bordo papinhas que você já fez em casa. Informe-se sempre ANTES de viajar quais são as restrições. A maioria das companhias oferecem papinhas prontas para bebês (você precisa solicitar antes também), mas a minha sugestão é que você leve a quantidade de papinhas permitidas para seu filho e as que você já saiba que ele gosta. Bolachinhas, biscoitinhos, frutas secas, o que for fácil para beliscar, leve e deixe a mão. Sempre ofereça bastante água para seu filho durante o voo. Atenção, para não ter problemas com a imigração em outros países, leve somente a comida necessária para o voo. Para entreter o seu filho durante o voo, recomendo levar o bichinho ou brinquedo favorito dele, e que você já sabe o que mantém ocupado por algum tempo. Leve também algum brinquedo novo escondido (este vai ser a sua carta na manga), pois, vai que num momento a criança não para, faz birra ou simplesmente fica entediada de estar no avião. 15


Eu diria que o mais importante é você ir tranquila. Afinal, mãe tranquila quer dizer bebê tranquilo Na minha última ida ao Brasil, minha filha estava com 10 meses. A melhor coisa que eu levei foi a escova de dentes dela. Os dentes estavam nascendo e ela passou o voo todo mordendo a tal escova e babando muito. Nessa idade tudo é novidade e você não precisa de muito para mantê-los entretidos. Já para crianças acima de 2 anos recomendo levar livros, lápis de cor, adesivos. Atividades como essas são ótimas para o voo. Nesta fase eles já se interessam por jogos eletrônicos, aplicativos do celular ou tablet dos pais também fazem sucesso. Nessas horas as tecnologias viram aliadas e mantém os pequenos ocupados. Não sou a maior fã de tecnologia para crianças tão cedo, mas dentro do avião melhor isso do que eles berrando de tédio ou correndo e incomodando todo mundo, certo? A boa notícia é que eles crescem. Foto Arquivo pessoal Cristiane Diogo Crianças maiores já assistem filmes, desenhos e tudo começa a Ficar mais fácil. Com certeza, você vai descobrir a sua melhor maneira de transformar a viagem mais prazerosa tanto para você, quanto para seu filho. Boa sorte e boa viagem!

Catherine Nogueira é formada em propaganda e marketing, mas abandonou a vida de agência em 2010 e mudou-se de mala e cuia para Cingapura,. Tudo para acompanhar o marido. Hoje vive em Auckland, Nova Zelândia, e dedica seu tempo a blogar e cuidar da pequena Alice.



Organização:

Apoio:


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.