Revista MBA Outubro 2014 004

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MBA

Outubro 2014 – Edição 04

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a edição da MBA deste mês, escolhemos falar sobre resultados do censo realizado pelo New Zealand Statistics e sobre os brasileiros que moram na Nova Zelândia. Para ter uma visão mais clara destes resultados conversamos com a Karina Shaw e Saulo Lustosa, ambos funcionários da Embaixada do Brasil em Wellington. Também não esquecemos que outubro é o mês mundial do combate ao câncer de mama e apoiamos a campanha Pink Star Walk. Gostaríamos de incentivar todos os brasileiros a vestir rosa ou usar algum acessório no dia 11 para contribuir moralmente com a causa. A terceira parte da série Nos Caminhos do Bilinguismo vem nos esclarecer como as crianças aprendem a língua de herança dos 0 aos 8 anos de idade. E é com muita satisfação que anunciamos que a CAP (Central de Apoio ao Português como Língua de Herança), uma iniciativa conjunta do CPBC (Curso de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira para Crianças) e CIAEB – Alemanha, já está aberta para consultas de todo o país. Não paramos por aí. O Dia das Crianças está chegando e gostaríamos de deixar o mundo saber como as crianças brasileiras vivem na Aotearoa New Zealand. Fizemos uma lista de atividades para a criançada comemorar a data e apontamos os programas que ensinam português e cultura brasileiras nas terras kiwi. Além de tudo isso, como se não bastasse, tem receita gostosa e promoção. Deliciem-se uma vez mais!

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17 02 Editorial 04 Censo: Brasileiros na NZ 09 Outubro Rosa 11 Receita do Mês 12 Dia das Crianças 13 Brasileirinhos Na Nova Zelândia 18 CAP 17 Nos Caminhos do Bilinguismo parte III 20 Onde falar português Edição: Cristiane Diogo Redação: Aline Nunes Fotografia: Rafael Bonatto Colaboração: Monique Derbyshire. Agradecimentos: Lena Nascimento, Karina Shaw, Saulo Lustosa, Rita Falcão e Denise Olguins. Apoio: Embaixada do Brasil em Wellington

Cristiane Diogo

www.mamaebrasileiraaotearoa.co.nz

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Brazilian Society

A comunidade brasileira da Nova Zelândia é realmente a7va. O mês de setembro ficou recheado de celebrações que foram desde festas do Dia da Independência em bares e restaurantes ao redor do país à marcha das crianças na praça do Plunket Parnell em Auckland. Os playgroups temá7cos realizados pelo Mamãe Brasileira Aotearoa também foram muito bons. Temas atuais como Educar Sem Violência e uma conversa com a midwife Carolina Duff sobre como solucionar problemas de sono do bebê e ajudá-­‐los a dormirem melhor, reuniram mamães curiosas em aprender mais. E para brindar o mês que passou, a Embaixada do Brasil em Wellington comemorou em es7lo o 192º aniversário da Independência do Brasil com uma recepção para amigos e outros parceiros numa festa de muita alegria e música brasileira. Mesmo longe do Brasil, O brasileiro não esquece de onde veio!

Foto: Arquivo MBA Estudantes do CPBC na marcha da Independência

Foto: Arquivo MBA Playgroup Mamães e Bebês

Foto: Éva Kaprinai

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Censo: BRASILEIROS NA NZ

Foto: Stock Photos

Recentemente o Governo neozelandês divulgou as informações recolhidas no Censo 2013 (o último censo foi em 2006) e os números despertaram o interesse da comunidade brasileira, que desde 2006 aumentou cerca de 94.7%. Hoje somos oficialmente 2868 brasileiros vivendo em terras kiwis (e entre 6000 e 7000 se contarmos visitantes prolongados, estudantes e cidadãos com dupla cidadania). Conheça alguns dados importantes retirados do Censo e leia a entrevista com Karina Shaw, responsável pelos assuntos culturais da Embaixada do Brasil em Wellington, e Saulo Lustosa, Vice-Consul.

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ü  O lugar onde os brasileiros mais vivem é na Ilha Norte (67.3%) e a maioria de nós (42.1%) vive em Auckland. Desses que vivem em Auckland, as áreas mais populares são: Waitemata (centro) com 22.6%, Albert-­‐Eden com 10.4% e Kaipa7ki (no North Shore) com 9%; ü  14.6% desses brasileiros (418) nasceram aqui (em 2006 somente 9% dos brasileiros que aqui residiam 7nham nascido na Nova Zelândia), isso quer dizer um número enorme de brasileirinhos menores de 10 anos de idade; ü  Existe um equilíbrio com relação ao gênero. Dos brasileiros, 50.5% são mulheres e 49.5% homens; ü  A média de idade é de 29.4 anos; ü  83% disseram que sua única etnia era brasileira; ü  1.7% dos brasileiros que vivem na Nova Zelândia estão aqui há mais de 20 anos; ü  A estaps7ca é um tanto quanto preocupante com relação ao número de brasileiros nascidos na Aotearoa NZ que falam português. Somente 34.1% dos brasileirinhos falam sua língua de herança. ü  Assim como no Brasil, a religião mais comum entre os brasileiros que vivem aqui é o catolicismo, com 39.2%. Ressaltando que 26.8% dos brasileiros disseram não ter religião; ü  91.5% tem algum 7po de qualificação formal; ü  A média salarial para o homem brasileiro foi de $35.500 por ano e $21.000 por ano para mulheres; ü  Existem 606 crianças dependentes (18 anos ou menos). Desses 606 brasileirinhos menores de 18 anos, 82.3% vivem numa família com pai e mãe e o restante (17.3%) com um dos pais somente; ü  15.5% são donos da suas casas (ou parcialmente) Entrevista com Karina Shaw, responsável pelos assuntos culturais da

Embaixada do Brasil em Wellington e Saulo Lustosa, Vice-­‐Consul.

MBA De acordo com os levantamentos realizados pelo governo neozelandês em 2013, 2868 vivem na Nova Zelândia. De que maneira a comunidade brasileira vem crescendo na NZ em termos sociais e culturais? Karina: Em primeiro lugar, gostaria de falar da minha experiência pessoal com a Nova Zelândia e o crescimento da comunidade. Me lembro que quando visitei o país pela primeira vez, em 1998, raramente escutava falar de brasileiros. Viajei por muitos lugares e, de forma geral, os poucos compatriotas que encontrei estavam aqui para estudar inglês ou já moravam no país há algum tempo por terem se casado com neozelandeses. Desde 2004,.

quando me mudei para cá, notei com um uma grande diferença,

oferece grande valor ao mercado de trabalho neozelandês. crescente volume de brasileiros A Embaixada tem notado que, de espalhados por lugares inusitados forma bastante posi7va, o crescimento da comunidade ajudou Em Queenstown, por exemplo, ao a dar uma maior visilibilidade à contrário de minha primeira visita cultura brasileira na Nova Zelândia. em 2000, em visitas posteriores, a par7r de 2006, fiquei surpresa com a Embora o brasileiro que mora neste país esteja bastante integrado à frequência que encontrava brasileiros e escutava o português na sociedade, notamos que, de forma rua, em lojas, restaurantes e hotéis. geral, também gosta de manter contato com a nossa cultura e tem Mais recentemente, o que mais me prazer em divulgá-­‐la. surpreendeu foi encontrar guias brasileiros nas geleiras da costa Hoje é possível encontrar diversos oeste, em Mount Cook e Milford grupos de capoeira, futebol, Sound, áreas bastante remotas do músicos, dançarinos e ar7stas país. Isso, de certo modo, me plás7cos presentes nas principais confirmou que a comunidade está cidades neozelandesas. O cinema realmente em ascensão e, com sua brasileiro está cada vez mais cria7vidade e talento, o brasileiro

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presente no mercado local por meio de fes7vais como o “NZ Interna7onal Film Fes7val”, o “La7n American Film Fes7val” e aqueles dedicados apenas ao cinema nacional como o “Reel Brazil Film Fes7val” e o programa “Cinema na Embaixada”. Embora ainda pouco conhecida entre os neozelandeses, a culinária brasileira pode ser degustada em restaurantes dedicados ao Brasil ou mistos nas cidades de Auckland, Blenheim, Queenstown, Tauranga e Wellington A fundação de grupos de mães e “brasileirinhos” como o Mamãe Brasileira Aotearoa e Brasileirinho: Músicas e Brincadeiras (Auckland) e o Girassol (Wellington), além de favorecerem aqueles que par7cipam dos encontros semanais, muito contribuiu para a divulgação de festas tradicionais brasileiras e também da língua portuguesa dentro da sociedade neozelandesa. Além dos projetos realizados diretamente pela Embaixada, o Setor Cultural tem recebido um volume cada vez maior de propostas da comunidade e tenta sempre apoiar as inicia7vas da melhor forma possível. MBA Podemos dizer que, generalizando, é real que o perfil do brasileiro residente permanente da NZ é, em sua maioria, de pessoas jovens, escolarizadas e de classe média, que escolheram esse país para morar devido a boa qualidade de vida, ou isso seria apenas um mito? Saulo: Comparando o público que procura a Embaixada com o de outros postos onde trabalhei, percebo que o brasileiro que procura a Embaixada na Nova Zelândia é quase sempre educado e cortez. Noto também que, em sua maioria, apresenta elevado grau de escolaridade. Karina: De forma geral, se quisermos criar um perfil da comunidade,

Foto: Rafael Bonatto diríamos que a grande maioria veio para a Nova Zelândia em busca de novas oportunidades de trabalho e de um es7lo de vida mais tranquilo que no Brasil. Existe uma mistura de profissionais das área de tecnologia da informação e engenharia, professores universitários, pequenos empreendedores envolvidos com comércio, serviços, turismo e educação, além de um grande número de trabalhadores na área agrícola (colheita de frutas) e na forte indústria de hospitalidade e turismo. Encontramos ainda um grande grupo de estudantes (ensino fundamental e universitários) que vê na Nova Zelândia um mercado alterna7vo para os tradicionais centros de estudo nos Estados Unidos e na Europa, além de boas oportunidades de estudo e pesquisa em áreas onde

a educação neozelandesa se sobressai. Muitos brasileiros são casados com neozelandeses ou cidadãos de outras nacionalidades e encontraram na Nova Zelândia o “porto seguro” para suas famílias. A maior parte da comunidade brasileira aqui presente é oriunda de estados como o Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, mas há também representantes do nosso belo Nordeste MBA Além de moTvos consulares (passaportes, registro de nascimento e afins), para que o brasileiro procura a Embaixada? Saulo: Além de prestar serviços consulares (passaportes, procurações, registros de nascimento e casamento etc.), a Embaixada procura prestar, dentro das possibilidades legais, assistência

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a brasileiros em dificuldade, menores órfãos e detentos na Nova Zelândia. Em caso de detenção, a Embaixada é procurada para garan7r que as autoridades locais ajam com equidade e jus7ça; indicar advogados par7culares e auxiliar no contato com a família do assis7do no Brasil, se este o desejar. Karina: Os brasileiros também têm procurado cada vez mais a Embaixada com vistas a obter apoio para desenvolver projetos culturais e quando necessitam obter material informa7vo -­‐ em sua maioria de turismo -­‐ para distribuir em eventos. MBA Sabemos que a Embaixada do Brasil em Wellington faz um cadastro de brasileiros que vivem na Aotearoa NZ. Recentemente vocês fizeram campanha solicitando que as pessoas acessassem o site para fazer o registro. Qual seria importância desses registros? O governo NZ faz algum uso desse material em seus levantamentos?

Saulo: A matrícula consular (registro consular) é um instrumento importante de iden7ficação do cidadão brasileiro junto à Embaixada e faz com que os serviços consulares lhes sejam prestados com mais eficiência (expedição de documentos, apoio em situações de emergência pública, facilitação do contato com as famílias no Brasil, quando necessário). Recomenda-­‐se que todo brasileiro residente na Nova Zelândia providencie a sua matrícula junto à Embaixada. As normas do serviço consular (MSCJ, capítulo 3, seção 4, item 3.4.5) es7pulam que, uma vez recebidas pela Embaixada, todas as informações fornecidas pelo cidadão brasileiro para fins de matrícula são SIGILOSAS e em hipótese alguma serão fornecidas a terceiros. O governo neozelandês não possui qualquer acesso a qualquer dado constante no registro consular da Embaixada. Karina: Por meio do registro, a Embaixada também poderá manter

atualizado o perfil da comunidade brasileira na Nova Zelândia e contactar brasileiros que possam ter interesse em projetos desenvolvidos pela Embaixada ou por terceiros. Sempre que possível, a Embaixada, com a devida autorização do brasileiro matriculado, poderá facilitar o seu contato com grupos ou indivíduos que visitam o país ou que desenvolvem pesquisas em áreas específicas. MBA Quais são suas conclusões gerais sobre o resultado deste úlTmo censo? Karina: O número de brasileiros na Nova Zelândia começou a crescer a par7r de 2004, quando entrou em vigor o acordo de isenção parcial de vistos entre o Brasil e a Nova Zelândia. O maior reflexo foi sen7do no Censo de 2006, quando houve um aumento de 153,1% no número de brasileiros que se declararam residentes na Nova Zelândia em comparação ao Censo de 2001. Embora de forma menos acelerada, o Censo de 2013 mostra que a comunidade brasileira con7nua crescendo, com uma elevação de 94,7% sobre o Censo de 2006.

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Deve-­‐se considerar que foram implementadas algumas modificações na maneira como os dados do Censo são coletados e as categorias. Até 2006, por se tratar de uma porcentagem pequena da população, o grupo MELAA (Oriente Médio, América La7na e África) – do qual os brasileiros fazem parte -­‐, era integrado à categoria “outras etnias”. O fato dos resultados das estaps7cas de 2013 apresentarem dados adicionais sobre a população brasileira na Nova Zelândia é indica7vo da maior visibilidade que esse grupo tem adquirido nos úl7mos anos, embora ainda pequena se comparada a grupos asiá7cos e europeus. Outro ponto importante é que ao responder ao Censo, o cidadão pode eleger várias etnias, dependendo de sua origem, portanto, pode haver uma certa instabilidade e flutuação nos números finais. Ainda precisamos estudar mais os números para chegar a conclusões, mas de forma generalizada, podemos dizer que os números do Censo sustentam a crescente demanda por serviços prestados pela Embaixada no mesmo período. Um dado interessante, por exemplo, é que o número de brasileiros na faixa etária abaixo de 15 anos teria aumentado de 13,8% da população brasileira em 2006 para 20,1% no Censo de 2013. Além disso, 14,6% teriam nascido na Nova Zelândia. Desde 2006, o Setor Consular também registrou um crescimento no número de registros de nascimento e passaportes emi7dos para crianças. Outro dado importante do Censo 2013 foi a distribuição da população brasileira pelo país. Embora a comunidade con7nue concentrada em regiões como Auckland (42,1%), Canterbury (14,4% ) -­‐ principalmente em Christchurch -­‐ e Otago (13,3%) – principalmente em Queenstown -­‐,

seguidas de Wellington, Bay of Plenty (Tauranga) e Waikato (Hamilton), nota-­‐se também a presença de brasileiros em localidades rela7vamente novas como Northland, Marlborough (Blenheim), Taranaki, Nelson e Southland e Hawkes Bay. Embora não seja possível confirmar os mo7vos, os números ilustram um pouco que houve migração de brasileiros para áreas de destaque na produção de frutas, vinhos e de hospitalidade e turismo. Ainda segundo o Censo, 49% da população brasileira teria declarado que há 5 anos (2008), estava vivendo no exterior. Essa informação pode sugerir que embora existam muitos brasileiros que escolheram a Nova Zelândia para viver de forma mais permanente, ainda há um grande número de brasileiros considerados mais “recém-­‐ chegados”. Será interessante ver os resultados do próximo Censo neste item. Embora não existam números conclusivos, juntando-­‐se os números da Embaixada (no momento 1.120 brasileiros encontram-­‐se registrados junto ao Setor Consular), da Imigração e do Censo, es7ma-­‐se que entre 6 e 7 mil brasileiros, entre residentes, detentores de visto de trabalho, estudantes, visitantes de longa duração e aqueles com dupla cidadania, estejam no país.

É por isso que ressaltamos a importância do brasileiro efetuar o registro junto à Embaixada para que possamos manter os dados atualizados e fazer uma avaliação mais conclusiva do perfil da comunidade brasileira na Nova Zelândia. Caso você ainda não seja registrado com a Embaixada, envie seus dados para os emails do Setor Consular consular@brazil.org.nz e Setor Cultural cultural@brazil.org.nz Ao longo do mês de outubro, o Office of Ethnic Affairs e a Sta;s;cs New Zealand estarão realizando uma série de seminários pela Nova Zelândia para discu;r a presença de grupos étnicos e como os dados são agrupados. Leia mais no site: hJp:// ethnicaffairs.govt.nz/story/2013-­‐ census-­‐free-­‐informa;on-­‐seminars

Foto: Rafael Bonatto

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Outubro Rosa

Você sabia que todos os dias 7 mulheres são diagnosticadas com câncer de mama na Nova Zelândia?

Que tal nos juntarmos sob as estrelas de uma noite de Auckland, Wellington ou Christchurch para uma corrida ou caminhada que nos faça lembrar a importância da prevenção e cuidados que garantam a saúde da mulher? Sim! A Pink Star Walk é um desafio de 10 km de corrida ou 5 km de caminhada aberto para toda a famíla. O evento está em seu sétimo ano e pela primeira vez acontecerá em Wellington. Para participar basta inscreva-se no site http:// www.pinkstarwalk.co.nz/ content/auckland e pagar uma taxa que será 100% doada a instituições beneficentes que trabalham com pesquisa e combate ao câncer de mama, além de ajudar mulheres que necessitem de apoio. O evento é muito animado e envolve uma série de atividades, entrega de brindes e performances de cantores e artistas neozelandeses.

Para alegrar ainda mais esta noite tão especial, vale vestir rosa (seja você homem ou mulher), fantasiar-se ou então colocar algum acessório ou adereço engraçado que tenham esta cor. Wellington Participe no primeiro Pink Star Walk na capital Sábado 4 de Outubro às 18h Local: Frank Kitts Park Wellington Waterfront Auckland Sábado 11 de outubro às 18h Local: The Auckland Domain

Christchurch Sábado 18 de outubro às 18h Local: North Hagley Park – The Triângulo Entretenimento, Armagh Street. Mulheres, não esqueçam de fazer o autoexame e animem-se em marcar uma consulta com o seu ginecologista. Se vocês não podem participar da Pink Star walk, no dia 11 de outubro vista rosa, ou pelo menos usem um acessório ou laço, para que todos se lembrem que a prevenção é sempre a melhor opção.

Foto: Pink Start Walk

Foto: Pink Start Walk

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Promoção Safari of Angels e MBA! Uma mamãe sortuda na Nova Zelândia vai ganhar um lindo kit bebê (naninha, prendedor de chupeta e babador especial) mais um prezzy card no valor de $50! Copie o link no seu browse e se increva: h•p://goo.gl/eYOPUQ


RECEITA Diz a lenda que os portugueses inventaram a goiabada no Brasil por não poderem fazer a marmelada, já que não encontraram o marmelo por lá. Bom, se a goiabada surgiu no Brasil ou não só os céus podem dizer. Na verdade a goiabada é um doce consumido em vários países do mundo acrescentando sabor em muitas receitas. Aqui vai uma deliciosa receita de Beliscão (biscoi7nho recheado com goiabada) Ingredientes: 1 lata de creme de leite 1 xícara (chá) de açúcar 3 xícaras e meia (chá) de farinha de trigo 100 g de manteiga 180 g de goiabada Meia xícara (chá) de açúcar

Como fazer: Massa Misturar a farinha de trigo, manteiga, o creme de leite e o açúcar. Cobrir com filme plás7co e deixar descansar por 30 minutos. Recheio Cortar a goiabada em retângulos bem pequenos e finos. Abrir a massa em uma super‚cie enfarinhada. Cortar a massa em círculos (pode usar um copo ou cortador. Colocar um pedacinho de goiabada no centro e dobrar a massa, unindo as duas pontas opostas. Levar ao forno preaquecido (200°C) em forma untada por aproximadamente meia hora ou até que fiquem levemente douradas. Re7rar do forno e polvilhar com açúcar

Foto: Stock Photos

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Dia das crianças

Foto: Rafael Bonatto

O Dia Mundial das Crianças é o dia 20 de novembro, por ser este o dia em se comemora a aprovação da Declaração dos Direitos da Criança criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), mas cada país celebra em dias diferentes. Na Nova Zelândia o Dia das Crianças é festejado no primeiro domingo de março. Já no Brasil, o dia 12 de outubro foi escolhido pelo deputado federal Galdino do Valle Filho em 1924. E para lembrar a importância deste dia, aqui estão alguns dos direitos básicos das nossas crianças segundo a ONU. -­‐ A criança tem direito a crescer e criar-­‐se com saúde, alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas, e à mãe devem ser proporcionados cuidados e proteção especiais, incluindo cuidados médicos antes e depois do parto. -­‐ A criança tem direito à educação, para desenvolver as suas ap7dões, sua capacidade para emi7r juízo, seus sen7mentos, e seu senso de responsabilidade moral e social. Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais. A criança terá ampla oportunidade para brincar e diver7r-­‐se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-­‐se-­‐ão em promover o gozo deste direito. -­‐ A criança deve ser criada num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência de que seu esforço e ap7dão devem ser postos a serviço de seus semelhantes. (fonte: Declaração dos Direitos da Criança) MBA

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A vida dos brasileirinhos na Nova Zelândia Se diz por aí que a terra dos “kiwis” é um lugar muito favorável para criar filhos, pois aqui encontramos muitas coisas que outros países não oferecem tão facilmente. O sistema educacional neozelandês é reconhecido internacionalmente e o sistema de saúde público é eficiente, barato e geralmente é super fácil de se marcar uma consulta. Os neozelandeses prezam muito o tempo com a família e a boa qualidade de vida, que fazem da Nova Zelândia um país estável e seguro (é o terceiros no ranking de paz mundial) onde a corrupção é amplamente combatida e não aceita (nem um pouquinho). Não é de se admirar que o povo brasileiro que aqui vive se sinta tão confortável para criar suas crianças. Conheça um pouco mais sobre como funciona a Educação, Saúde e Diversão para os nossos pequenos e para a família toda.

Foto: Rafael Bonatto

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Saúde Vamos começar com os nossos bebês. Seus direitos já estão garan7dos desde a barriga, pois os cuidados de maternidade são gratuitos no sistema público de saúde desde o diagnós7co até o pós-­‐ natal para a mamãe e o bebê. Na Nova Zelândia a maioria dos bebês nascem em hospitais apesar de serem igualmente aceitos partos domiciliares. Não existe custo para a estadia no hospital. . A grávida pode procurar seu GP (general pra;c;oner, uma espécie de clínico geral) que indicará uma obstetriz (midwife), ou poderá ligar para o hospital da sua região e pedir para falar com o serviço de maternidade que fará a indicação. Os serviços de pré-­‐natal, de parto e pós-­‐parto são gratuitos para residentes e portadores de visto de trabalho com mais de 1 ano. Para mais informações sobre como encontrar uma obstetriz ligue para (North Shore -­‐ 09 4868930, Middlemore -­‐ 09 2760000, Auckland -­‐ 09 3670000 ou Waitakere -­‐ 09 8390000) ou acesse www.findyourmidwife.co.nz .

Se a mulher grávida decidir usar os serviços de um médico obstetra esse serviço será pago. Cesarianas ele7vas sem causa médica também são possíveis e somente através de médicos privados. . Obstetrizes (midwives) não marcam cesarianas ele7vas sem recomendação médica. Em caso de necessidade de uma cesariana, a parteira trabalhará em conjunto com um médico, em caso de cesarianas de emergência, o médico que es7ver de plantão fará a cirurgia. Nesses casos a cirurgia cesariana e a estadia prolongada no hospital são gratuitas. ·∙ Vacinação contra doenças sérias, testes regulares de visão e audição e visitas ao médico. Cuidados básicos dentários também são gratuitos para crianças que frequentam a escola. ·∙ Mais suporte gratuito para as crianças está disponível através do Plunket (uma organização que oferece informação e suporte aos pais, assim como avaliação do desenvolvimento das crianças. 100% gratuito 24h por dia). O Plunket atende crianças de 6 semanas a 4 anos de idade.

. Mães de recém-­‐nascidos têm direto a até 14 semanas conpnuas de licença maternidade paga e até 38 semanas não-­‐pagas para mães que estavam trabalhando pelo menos 10 horas por semana nos úl7mos 6 meses antes da licença (a licença maternidade paga aumentará para 16 semanas em abril de 2015 e 18 semanas em abril de 2016). Escola ·∙ Quanto à educação escolar, as crianças estudam dos 5 ao 17 anos. Anos 1º ao 8º (com idades de 5 a 12) são gastos na escola primária, embora algumas crianças passem os anos 7 e 8 nas escolas intermediárias. A escola secundária (também conhecido como high school) é para os adolescentes com idade entre 13 e 17 /18 anos. ·∙ A Nova Zelândia oferece uma escolha de três 7pos de escola – as públicas, as públicas integradas baseadas na religião (especialmente Católica) e escolas par7culares. A escolaridade é gratuita nas públicas e públicas integradas embora espera-­‐ se que os pais paguem algumas pequenas despesas, incluindo livros, ar7gos de papelaria e uniformes. Nas escolas par7culares as taxas variam de US$ 4.000 a US$ 28.000 por ano. ·∙

Foto: Rafael Bonatto

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Foto: Rafael Bonatto

Em geral, as crianças vão para as escolas públicas das zonas geográficas de onde moram. Veja www.schoolzones.co.nz para obter mais detalhes e saber quais escolas estão disponíveis no seu bairro. ·∙ Bairros com escolas de melhor qualidade geralmente têm casas e aluguéis mais caros. ·∙ A aula geralmente começa às 9h da manhã e vai até as 15 horas. ·∙ Existem 4 bimestres escolares começando no final de janeiro até o meio de dezembro. As crianças têm 4 férias durante o ano, 3 de duas semanas entre os bimestres e uma de 6 semanas em Dezembro/Janeiro. Beneccios para as crianças estudarem ·∙ Todas as crianças de três e quatro anos de idade (e de cinco anos de idade em transição escolar) são elegíveis para receber 20 horas gratuitas semanais. Este bene‚cio está disponível para todas as crianças, independentemente de vistos. Mas lembrem-­‐se que é preciso checar a

disponibilidade de vaga e horários na escolinha escolhida (kindy – pública / Daycare – privada) ·∙ Crianças menores de 3 anos precisam ir para escolinhas par7culares. (alguns kindies recebem crianças menores quando têm disponibilidade extra de vagas) Diversão Não existem limite nas coisas que as crianças e suas famílias podem fazer ao redor da Nova Zelândia, não interessa a idade ou o interesse, tem para todos os gostos! Caminhadas: Existem centenas de trilhas muito bem preservadas e sinalizadas para quem gosta de andar, as trilhas vão de 20min até vários dias andando. Mountain Bike, nadar e surfar (muitas a7vidades outdoors!), bungy jumping (idade mínima de 10 anos), ski e snowboarding (tanto ilha norte como ilha sul tem pistas de skis excelentes com facilidades para famílias), piscinas naturais de água quente e muito mais.

Além dessas experiências bem “kiwis”, também podemos achar diversão no perto de casa facilmente. Tem parques, playgrounds e praias por todo lugar, além de museus, aquários galerias de arte e playlands. O dia das crianças está chegando. Se você vive por aqui, que tal aproveitar a oportunidade para fazer um desses passeios? Foto: Rafael Bonatto

Foto: Rafael Bonatto

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Playgroup especial de Férias!

08 de outubro de 2014 das 10h ao meio-dia

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Parte 3: Como as Criancas aprendem a Língua de Herança de acordo com a Idade A tarefa de educar não é fácil. Educação implica nos cuidados e na transmissão de valores que vão do exemplo à cobrança. Enfim, educar é persis7r na tenta7va de oferecer para os nossos filhos o que há de melhor em nós para que eles alcancem e desenvolvam o que há de melhor neles, e assim, tornarem-­‐se pessoas realizadas e felizes que contribuem com a realização e felicidade alheia. Educar é uma tarefa doce, mas árdua em alguns aspectos, já que muitas vezes esbarra no cansaço ‚sico, na repe7ção, nas renúncias e no reconhecimento de algumas das nossa fraquezas e impotencialidades. Mas não há barreira que não possa ser vencida quando nos apoiamos na busca do conhecimento de como executar esta tarefa tão nobre de uma maneira cada vez melhor. Neste capítulos da série Nos Caminhos do Bilinguismo, faremos um brevíssimo resumo sobre como as crianças aprendem a língua de herança dos 0 aos 8 anos de idade. O obje7vo é ajudar as famílias com informações que vão auxiliar nos caminhos desse processo de aprendizado.

Falar duas línguas só traz beneccios. O bilinguismo aumenta a inteligência, a capacidade de leitura, a fluência verbal, desenvolve a memória e melhora a atenção. 0 -­‐ 2 anos – É a par7r do sexto mês de vida que os bebês começam a dis7nguir que uma língua é diferente da outra, mas os pais já podem começar a falar com a criança em português desde a barriga. As crianças que são expostas a dois idiomas desde muito cedo, desenvolvem a linguagem e o pensamento na duas línguas como os na7vos. 3 anos – Fase onde a criança costuma misturar um pouco as regras grama7cais das duas línguas, o que é normal. 4 anos – A par7r desta idade a criança apresenta uma capacidade maior para assimilar informações. Já tem um vocabulário básico e consegue dominar o essencial da gramá7ca. Algumas crianças demonstram essa capacidade a par7r dos 3 anos.

5 e 6 anos – Muito cuidado com essa fase dos 5 e 6 anos de idade, quando a criança entra para escola regular. É comum que nessa idade elas percam um pouco da fluência, pois começam a falar mais a língua do país onde vivem, já que passam bastante tempo na escola. 7 anos – Até os 7 anos de idade o aparelho fonológico da criança ainda está sendo formado. É importante que a criança receba o máximo de espmulo até essa fase. 8 anos – Em um mundo globalizado falar mais de uma língua só indica vantagens. A par7r dos 8 anos de idade a criança bilingue geralmente apresenta uma consciência fonológica mais desenvolvida do que a da maioria das crianças monolingues, demonstrando maiores avanços na leitura e na escrita.

“Educar é semear com sabedoria e colher com paciência” Augusto Cury

Foto: Stock Photos

Aline Nunes tem formação em Letras e é professora de língua portuguesa para crianças e adultos, além de investigadora do bilinguismo na educação infantil e do ensino da língua de herança. 17 Contato: portuguese.language@bol.com.br


CAP

CENTRAL DE APOIO AO PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE HERANÇA

UMA PARCERIA NOVA ZELÂNDIA / ALEMANHA (CAP/CIAEB) O Censo 2013 sobre os brasileiros moradores na Nova Zelândia revelou uma preocupante realidade. Das crianças brasileiras nascidas neste país, apenas 34% falam a língua portuguesa. Para ajudar os pais brasileiros nesta tarefa de transmi7r o português para os filhos o CPBC criou a CAP, que é uma Central de Apoio ao português como língua de herança, e que presta serviço gratuitamente as famílias brasileiras por email. Através da CAP você poderá receber orientações com base em pesquisas e nas experiências do CPBC (Curso de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira para Crianças) e da CIAHEB de Monique – Alemanhã, com quem o curso tem parceria. Inicialmente a CAP atendia exclusivamente as famílias brasileiras em Auckland. A par7r deste mês de outubro, a CAP está aberta para atender todo o país. SE VOCÊ TEM DÚVIDAS QUANTO A EDUCAÇÃO BILÍNGUE DA SUA CRIANÇA OU ESTÁ TENDO DIFICULDADES EM TRANSMITIR O PORTUGUÊS EM CASA, ENTRE EM CONTATO CONOSCO. AS CONSULTAS SÃO GRATUITAS. As consultas serão feitas através do email: cap.cpbc@gmail.com Dúvidas frequentes •  Ele/Ela entende tudo o que eu digo em português, mas não fala. Isso é normal? Será que a culpa é minha? •  Falo com meu filho em português e ele responde em inglês. O que faço? •  Obrigo minha filha a responder em português, mas vejo que ela fica irritada e cada vez mais prefere falar em inglês. Devo con7nuar obrigando-­‐a a falar português? •  Quando voltamos das férias no Brasil minha criança falava tudo, mas depois de alguns meses parece que a coisa desandou. Tem como recuperar? •  Da úl7ma vez que tentamos conversar com a vovó pelo Skype, sen7 que ela ficou um pouco triste porque meu filho não fala português. Fiquei com vergonha e gostaria de poder voltar no tempo para solucionar isso... O que posso fazer? *Os emails serão enviados exclusivamente para o contactante, não sendo usados para outros fins, estando garan7do o sigilo das informações.

Tire suas dúvidas com a CAP

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O quarto bimestre de 2014 das aulas de português para crianças brasileiras (entre 3 e 8 anos) em Auckland começa dia 18 de outubro. Faça sua matrícula e não fique de fora! Info: www.portuguesparacriancas.webs.com


Quer falar e brincar em portuguEs? Foto: Arquivo MBA

Os playgroups geralmente são grupos de mães com filhos na mesma faixa etária, que se encontram em um local para a realização de atividades direcionadas com uso de músicas, histórias e brincadeiras. A cidade de Auckland atualmente conta com 2 playgroups, Wellington com 1 e Dunedin com 1. Informações sobre os playgroups e aulas de Português:

Auckland:

Foto: Arquivo MBA

Foto: Arquivo Girassol

Playgroup Mamães e Bebês •  Todas as primeiras quarta-feiras do mês tem playgroup no Plunket Parnell (192, Parnell Road) das 10h às 12h - Gratuito Coordenadora: Cristiane Diogo Grávidas e crianças de até 2 anos Informações: mamaebrasileiranz@gmail.com Brasileirinho: Músicas e Brincadeiras •  Todas as terças-feiras tem playgroup musical no Sandringhan Community Center (20, Kitchener Road) das 9h às 12h30 - $20 por bimestre ($3 sessão casual) •  Todos os primeiros sábados do mês tem sessão especial no Saint Heliers Community Center (100, St. Heliers Bay Rd) das 10h às 12h30 $5 por sessão Coordenadoras: Mônica Silveira e Sislânia Vasconcelos Crianças de 0 a 5 anos Informações: brasileirinhonz@gmail.com CPBC – Curso de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira para Crianças •  Todos os sábados no Plunket Parnell (192, Parnell Road), horários variados de acordo com idade. $60 por bimestre Coordenadora: Aline Nunes Crianças de 3 a 8 anos Informações: www.portuguesparacriancas.webs.com

Wellington Foto: Brasileirinho Música e Brincadeiras

•  Todas as quintas-feiras tem o playgroup e aula de Português do Girassol Coordenadora: Vera Padilha Crianças de 0 a 5 anos de 10h30 às 12h30 $35 por bimestre Criancas a partir de 5 anos de 3h45 às 5h Informações: www.girassolbrnz.gk.ac.nz

Dunedin

•  Encontros mensais do grupo "Brincando em Português" Coordenadoras: Daniela Aldabe e Roberta Carvalho Informações: daldabe@gmail.com ou robamil@xtra.co.nz Foto: Arquivo MBA

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Organização:

Apoio:


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