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Graziela Bozano Hetzel
A
cristaleira
Ilustrações
Prêmio Jabuti Melhor Livro Infantil (CBL, 1995)
Prêmio O Melhor para a Criança (FNLIJ, 1995)
Prêmio Melhor Ilustração (FNLIJ, 1995)
Menção Altamente Recomendável (FNLIJ, 1995)
Roger Mello
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© do texto, 2003 by Graziela Bozano Hetzel © das ilustrações, 2003 by Roger Mello Coordenação gráfica: Silvia Negreiros Direitos de edição adquiridos por Manati Produções Editoriais Ltda. Telefax: (21) 2512-4810, 2274-2942 e-mail: manati@uninet.com.br www.manati.com.br É terminantemente proibida a reprodução do texto e/ou das ilustrações desta obra, em parte ou no todo, para qualquer fim, sem autorização expressa e por escrito da editora Revisão tipográfica: Sheila Til 1ª edição Manati 2003 reimpressões 2004, 2008, 2009 Obra atualizada conforme Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ H519c Hetzel, Graziela Bozano, 1945A cristaleira Graziela Bozano Hetzel ; ilustrações de Roger Mello. – Rio de Janeiro : Manati, 2004 28p. ; il. ; 20 × 26cm ISBN 978-85-86218-29-3 1. Pais e filhos – Literatura infanto-juvenil. 2. Separação (Psicologia) – Literatura infanto-juvenil. 3. Literatura infanto-juvenil. I. Mello, Roger, 1965–. II. Título. 03-2752.
CDD 028.5 CDU 087.5
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Para Paula Boechat que sabe cerzir coraçþes...
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a ponta dos pés, a menina namora a cristaleira. Seu dedo magrinho e comprido vai passeando pelo
vidro que protege os cálices coloridos.
Os cálices são gordos. A menina fica pensando como será
que eles fazem para se equilibrar naqueles pés tão finos. Azuis como tinta de caneta, cor de vinho, verdes; o cristal colorido tem desenhos fundos de estrelas. Será que elas vieram escondidas espiar a cristaleira e ficaram presas nos cálices? Cálices, não copos, ensinou a avó. E a menina rolava a palavra na boca, como se fosse uma bala. Três e meia da tarde, hora preguiçosa, a avó descansando ou lendo, a empregada sumida no quarto de costura. A melhor hora para olhar os tesouros da casa. A cristaleira é amor antigo, renovado a cada encontro. O dedo passeia de leve no vidro, acariciando os copos. Vai deixando pequenas marcas que a avó, mais tarde, fingirá não ver.
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