Roseana Murray
i lustrado por
Elisabeth Teixeira
© do texto, 2015 by Roseana Murray © das ilustrações, 2015 by Elisabeth Teixeira © do projeto gráfico, 2015 by Silvia Negreiros Direitos de edição adquiridos por Manati Produções Editoriais Ltda. Rua da Quitanda, 30, sala 711, Centro CEP 20011-030, Rio de Janeiro, RJ Telefax: (21) 2512-4810, 2274-2942 manati.editora@gmail.com / www.manati.com.br É terminantemente proibida a reprodução do texto e/ou das ilustrações desta obra, em parte ou no todo, para qualquer fim, sem autorização expressa e por escrito da editora Preparação de originais: Bia Hetzel Revisão tipográfica: Tereza da Rocha e Gabriel Machado Editoração eletrônica: Jaqueline Gomes Obra editada conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
M962c Murray, Roseana, 1950 Colo de avó / Roseana Murray ; ilustrações Elisabeth Teixeira. – 1. ed. – Rio de Janeiro : Manati, 2015. 36 p. : il. ; 30 cm.
ISBN 978-85-8251-008-7
1. Poesia infantojuvenil brasileira. I. Teixeira, Elisabeth. II. Título.
14-14806
CDD: 028.5 CDU: 087.5
Para meus netos, Luis e Gabriela Para Vov贸 Petra Para Vov贸 Marta
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Fl or e s A avó leva entre os braços
flores, abraços,
o cheiro de estrelas que os netos têm
e sinos para chamar o amor.
Ao seu redor o espaço se dilata
para que ela passe
e seus passos são nuvem, são música.
•5 •
J rro a z u l Hoje é dia de mudança,
de trocar coisas de lugar
para a casa ficar animada, para a casa virar surpresa, pois os netos vão chegar.
Um jarro azul com sua flor solitária
(a flor pensa que é um poema) esquecido num canto
vai para cima da mesa. A avó aprova, bate palmas, dá piruetas.
•6 •
•7 •
Pi r t A sala vira barco:
duas almofadas bastam
e lençóis, algumas cordas.
A avó, amarrada no mastro, olha seu neto, o terrível
Pirata da Perna de Prata.
Ela foi capturada na cozinha enquanto fritava batatas e abobrinhas.
•8 •
O pirata ameaça:
— Ou me leva ao cinema, compra chocolate
e vai comigo ao parque
ou andará pela prancha até mergulhar
no mar de tubarões. A avó chora, implora, diz que sim
e o pirata sorri, vira neto outra vez.
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