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Sérgio Frug 11 e

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Malu Alencar 63 e

Malu Alencar 63 e

Foto: czechia república checa budejovice checo noite - Pixabay do isso ou aquilo, desprezando isso ou aquilo e nos esquecendo então do que é que verdadeiramente estamos nos propondo. Ficamos totalmente envolvidos por nossas simpatias e antipatias, enquanto as instâncias superiores do nosso Ser não encontram caminhos para nos abrir os olhos e orientar a nossa consciência. Assim no final das contas acabamos escolhendo o que aparentemente pode oferecer melhor proveito e acabamos abandonando inúmeros projetos promissores e provavelmente as grandes tarefas coletivas por falta de persistência e confiança. Quando, porém, o propósito se torna algo profundo e verdadeiro, sempre conectado com suas bases espirituais e ideológicas, as circunstâncias passam a perder a importância negativa para se tornarem novos indicadores de pertinência e sincronicidade. Entendo, porém, que a base de tudo está no compromisso. Diz a Bíblia que não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo e isto me parece certo. Ou servimos ao Propósito, ou servimos às circunstâncias ou ainda, o que é mais comum, servimos apenas às conveniências. Porque como poderíamos nos juntar em grandes empreendimentos renovadores antes de desenvolver a firmeza de propósito? Como iríamos lidar com os desafios, tanto externos como externos, que surgiriam constantemente colocando em xeque a nossa intenção e a nossa capacidade de convivência? Paz de espírito e firmeza de propó-

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Propósito é como Amor. Se for mais fraco do que as circunstâncias, perece.

Memória afetiva e emoções

Thais Bento Lima gerontóloga e colunista do SUPERA Ginástica para o Cérebro

Você sabe, o que são funções cognitivas? Se não, vai aprender um pouco aqui e entenderá como elas são importantes para o funcionamento cerebral. As funções cognitivas são responsáveis pelo funcionamento do cérebro, determinando a capacidade do indivíduo em aprender, processar e compreender. Ela engloba a memória, atenção, funções executivas, habilidade visuoespacial e linguagem. Quem nunca ouviu falar sobre, “estou com problemas de memória, ando esquecendo as coisas, não consigo me recordar sobre o que fiz”... Essas são algumas das frases comuns do nosso cotidiano e aqui vamos buscar entender o motivo dessas reclamações. A memória faz parte da essência do indivíduo, onde ele traz consigo sua história de vida e o como foi marcante cada acontecimento vivido e experimentado, deste modo para isso acontecer temos que ter emoção em cada momento que ficará em nossa memória. Existem alguns tipos de memória como memória de curto prazo, que guarda a informação por curto período e dentro da memória de curto prazo existem alguns subtipos como memória imediata, que é quando o indivíduo tem que guardar algum conhecimento em pouco tempo, como o nome de um objeto e a memória de trabalho ou operacional,em que a pessoa deve armazenar a informação para processar algo, um exemplo dessa memória são os cálculos mentais. Além disso, temos a memória de longo prazo, como a memória declarativa ou explícita, onde o indivíduo consegue contar algo. A memória não-declarativa, um exemplo seria como a prática de algo, que pode ser lembrado e ensinado verbalmente, como aprender a pilotar um avião. Também temos a memória semântica, que se refere a linguagem, conhecimento

Foto: Taylor Wilcox - unsplash.com do mundo por meio das palavras. Por fim, a memória episódica e/ou autobiográfica, que são os acontecimentos marcantes da história de vida de cada pessoa, por isso temos muitas reclamações e/ou medos, quando se fala de memória, pois os indivíduos têm receio de esquecer ou de perder autonomia das suas vidas.

As emoções são uma condição em que o indivíduo apresenta fisiologicamente e mentalmente, que ocasiona diversas reações, contudo ela pode modificar o estado do indivíduo no momento, tendo como consequência modificações no comportamento e na aprendizagem. Você já percebeu, que quando uma pessoa tem emoção positiva no momento do aprendizado e/ou de um evento, ele tem mais chances de se recordar posteriormente daquele episódio ou do aprendizado? Esses são momentos únicos, que podemos guardar como lembranças, por isso a ideia de trazer um acontecimento na vida de alguém como algo positivo e marcante pode gerar recordações. A emoção é uma resposta, quem nunca se emocionou com uma festa de aniversário surpresa e/ou com um presente que não esperava? Certamente, já ocorreram esses momentos em sua vida e você se recorda com muito carinho e amor. Na escola, você se recorda mais da professora que ensinava com amor ou da que estava ali por obrigação? Não é difícil responder essa pergunta, mas pelo motivo de que a emoção e a memória são interligadas, nesse sentido a emoção provocada gera uma memória, principalmente se a emoção for positiva. As memórias desencadeiam emoções ou as emoções despertam as memórias? Quantas vezes você não sorriu, chorou, sentiu raiva ou alegria ao lembrar-se de um acontecimento ou de alguém? E quantas tantas vezes, ao sentir medo, por exemplo, não lembrou de uma situação do passado? Refletindo sobre essas questões percebemos que há uma relação entre memória e emoção, mas o que diz a ciência sobre o assunto? De acordo com pesquisadores, as emoções são a associação entre respostas comportamentais e fisiológicas, geradas a partir de uma experiência. Por exemplo, muitas pessoas sentem-se nervosas ao se apresentarem em público e nessas situações acabam transpirando em excesso, as mãos ficam trêmulas e a voz falha. Esses sinais são, portanto, as respostas fisiológicas e comportamentais que algumas pessoas manifestam ao vivenciarem a experiência da exposição. Ainda conforme apresentado em estudos científicos, regiões específicas do cérebro identificam quais informações decorrentes das emoções devem ou não ser armazenadas. Esse é conhecido como aprendizagem. Nesse sentido, podemos afirmar que emoção, aprendizagem e memória complementam-se. O resgate das memórias pode ser realizado de modo inconsciente ou consciente, através de estímulos direcionados, que por sua vez, podem se dar por meio de atividades simples ou intervenções específicas, veja alguns exemplos: - Olhar fotos, com pessoas queridas e/ou de momentos marcantes; - Construir uma árvore genealógica, contendo o nome desde os ascendentes da família ao descendente mais jovem;

magazine 60+ #31 - Janeiro/2022 - pág.14

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