Projeto de intervenção

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Proposta de projeto de intervenção

REFORÇAR COMPETÊNCIAS VALORIZAR AS PESSOAS Manuel Dinis P. Cabeça

abril, 2013.


Manuel Dinis P. Cabeça

Projecto de intervenção

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Índice

1. Introdução .............................................................................................. 3 2. Enquadramento ..................................................................................... 4 3. Problemas e Oportunidades ................................................................. 5 4. Proposta de ação................................................................................... 8 4.1. Dimensões de ação ......................................................................... 9 4.2. Objetivos estratégicos .................................................................. 10 4.3. Estratégias ..................................................................................... 12 5. Conclusões .......................................................................................... 14

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Proposta de Projeto de intervenção

Manuel Dinis P. Cabeça Professor do Quadro de Agrupamento, grupo 400 (História); Currículo em anexo;

1. Introdução A presente proposta de intervenção encontra-se organizado em 3 partes. Uma primeira, que subdivido entre introdução e enquadramento, apresento as linhas de orientação e sustentação da presente proposta. Constituem os pressupostos pelos quais é definida e escrita a proposta. Uma segunda parte, composta pelos pontos 3 e 4, decorre da identificação dos principais problemas bem como de oportunidades que tanto a escola como a educação enfrentam e como se repercutem na especificidade deste agrupamento. A esta liga-se e articulam-se as propostas, os objetivos e as ações propostas para a intervenção no AE de Arraiolos. Uma última parte coincidente com o ponto 5, em género de conclusão final deixo uma proposta de calendário e uma síntese, em termos de mais valia, do presente projeto de intervenção. Enquanto introdução uma nota que considero importante face ao papel que compete ao diretor, à liderança de uma organização educativa. A presente proposta é redigida no expresso entendimento que compete à liderança funcionar como fator de mobilização dos elementos envolvidos, facilitador de processos e procedimentos, desburocratizador de rotinas, impulsionador de ideias. Tal pressuposto concretiza-se na capacidade de se assumir a autonomia, não a decretada nem a contratualizada, mas aquela que decorre da ação pedagógica dos docentes, dos interesses de pais e encarregados de educação, das opções do contexto onde o agrupamento se insere. Uma autonomia que passa, como tem sido minha prática, pela delegação de competências, pela participação alargada, pela recolha de múltiplos contributos, pelo

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respeito pelas diferenças. Autonomia que se expressará por intermédio de três condições: a) Critérios claros e objetivos que permitam a todos saber e conhecer a orientação e as opções assumidas; b) Assunção das responsabilidades, mediante a prestação de contas e a participação e envolvimento dos parceiros educativos; c) Transparência de processos e procedimentos, nomeadamente por intermédio do envolvimento das estruturas educativas (departamentos, direção de turma, entre outros); Ao diretor competem múltiplos e diversificados papeis, funções e atribuições perante os quais é fundamental que seja clara a definição de qual o caminho, de quais os objetivos perseguidos, o fim e o sentido do trabalho que se desenvolve. É o que pretendo com a presente proposta, deixar claro qual o percurso a fazer, qual o sentido que se define ao trabalho pedagógico, qual o papel e o contributo de cada parceiro para e na ação educativa.

2. Enquadramento O presente projeto é desenhado na expressa consideração de uma relação que assumo, há muito, entre Educação, Escola, Professor e Aluno. Educação

enquanto

fator

de

participação,

de

desenvolvimento

e

sustentabilidade (individual e coletivo, económico e social). Participação por intermédio dos muitos parceiros que assumem a Educação como elemento estratégico

ou

preocupação

dominante.

Do

papel

da

Educação

no

desenvolvimento económico e social, de sustentabilidade entre o que temos, definido pela tradição e cultura que marca uma História do presente, e o futuro que ambicionamos aos nossos. Assumo a Escola enquanto fator de integração e de inclusão, de combate às desigualdades, pela promoção de uma equidade que respeite diferenças e saiba promover as igualdades que todos desejamos. A Escola terá de ser organizada de modos diferenciados respeitando e integrando distintas necessidades e objetivos, diferentes pontos de partida ou de chegada ou os interesses que movem cada pessoa.

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Professor reflexivo, que pensa o seu trabalho, que equaciona diferentes estratégias, que adota metodologias que resultam do pensamento crítico sobre a sua ação, os seus resultados, o seu trabalho. Aluno entendido enquanto sujeito da ação, isto é, elemento que participa e colabora num processo e não como indivíduo passivo, mero recetor de conteúdos e menos ainda mero objeto pedagógico. Estes 4 elementos são decisivos na construção de uma ideia de Escola, na criação de sentidos ao trabalho coletivo que se desenvolve na escola. São elementos que orientam uma estratégia de trabalho, perante o qual se define um sentido de missão, os objetivos estratégicos e a linha de ação. Será com base nesses elementos - educação, escola, professor, aluno - que defino as principais linhas de orientação de um projeto de intervenção. Ressalvo que apesar da referenciação de elementos quantitativos que apontarei mais à frente, o que se valoriza neste projeto é a dimensão inerente aos processos. Processos organizacionais, no sentido de se estruturar uma resposta educativa. Processos sociais pois é uma dimensão relacional que se considera como determinante à mobilização das pessoas, para a obtenção de resultados, para os impactos pretendidos no contexto.

3. Problemas e Oportunidades De entre os muitos problemas que podem ser identificados há dois tipos que se colocam como mais prementes e perante os quais há que identificar propostas de trabalho. São propostas, sempre flexíveis considerando contextos e oportunidades, pois assumo que soluções não existem, menos ainda milagrosas. Um primeiro tipo de problemas é interno ao agrupamento, diz respeito à variabilidade de resultados, à pouca consistência dos processos pedagógicos, a uma certa rigidez da chamada “gramática escolar”, isto é, dos modos de organizar a escola e estruturar a educação e o processo de ensino – aprendizagem. São elementos que exercem influência direta nos resultados, sempre muito variáveis de acordo com a população alvo. Neste campo, pode-se referenciar o desinteresse de muitos dos alunos, a sua pouca motivação para o trabalho escolar em particular nos anos correspondentes ao ensino básico, nomeadamente 2º e 3º ciclos. Poder-se-ão também identificar neste campo,

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alguns constrangimentos em torno da reduzida participação dos pais, pela dificuldade destes em apoiar os filhos na construção de um projeto de futuro. Realce ainda para o aumento do número de turmas por docente que torna difícil, quando não mesmo impossível, uma atenção mais individual e particularizada a cada caso, a cada aluno, a cada circunstância. Um segundo campo de problemas ou de constrangimentos diz respeito à alteração do referencial (quadro valorativo) das políticas educativas que carateriza este início de século. Alteraram-se políticas educativas remetendo para a escola um vasto campo de trabalho que pouco tem de pedagógico e menos ainda de escolar mas à qual a escola (entenda-se, os professores) é chamada a colaborar, a envolver-se e a serem estruturadas respostas que são mais sociais que educativas. São disso exemplo, os projectos de educação ambiental, as literacias, a ocupação plena dos tempos escolares, a orientação vocacional, as ofertas complementares (educação e formação, profissionais, entre outras), a dinamização cultural. No contexto dos problemas identificados a articulação entre os diferentes ciclos de ensino surge como elemento estruturante para a acção de um agrupamento como o de Arraiolos que abrange desde o pré-escolar ao 12º ano. Por muita vontade que exista e de alguma prática desenvolvida, a articulação esbarra em impedimentos e constrangimentos profissionais e burocráticos que não permitem uma mais coerente sustentação do trabalho pedagógico, do acompanhamento dos alunos entre os diferentes ciclos de aprendizagem. Os ciclos de ensino, surgem algo desgarrados, sem um aparente nexo de sequencialidade a não ser aquele que é definido pelo seu número, o 7º sucede ao 6º, antecipa o 8º e assim sucessivamente. Neste contexto, o aluno tem manifestas dificuldades em perceber o sentido, a utilidade e a pertinência do trabalho escolar, a criar e a definir um projeto pessoal e social que passe pelo reforço das suas competências e pela escola enquanto fator de desenvolvimento pessoal. Os problemas identificados (falta de sentido do trabalho escolar e alteração das políticas educativas), reflecte-se no trabalho pedagógico de sala de aula, nas dinâmicas escolares, no envolvimento e no comprometimento de todos quantos se relacionam, interessam ou trabalham na escola. A dinâmica de sala de aula está muito marcada pelo desinteresse de muitos dos alunos, que não vêem ali interesse ou objetivo, pela incapacidade dos docentes responderem a alunos cada vez mais heterogéneos, pelo desespero de muitos dos pais/encarregados de educação, incapazes de apoiar os seus filho/as nos estudos ou pelo aumentar das tensões quando não mesmo da conflitualidade em sala de aula, com impacto nos resultados que ninguém perspectiva. 6


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Aos problemas identificados não há uma resposta, mas respostas. Não há imediatismo mas coerência e sustentabilidade de trabalho no médio e longo prazo. Não há uma ação mas a conjugação de várias ações, oriundas de diferentes campos onde a gestão terá que garantir e assegurar a sua coerência, sustentabilidade e harmonização. Contudo, há que realçar algumas das muitas oportunidades de trabalho presentes no agrupamento de escolas de Arraiolos. Um quadro docente estável com habilitações e qualificações acima da média, empenhado e profissional que se tem refletido nas dinâmicas implementadas. Práticas pedagógicas diferenciadoras e mobilizadoras do trabalho do aluno e que carecem de enquadramento e promoção para que se possam tornar mais abrangentes. A existência de projectos pedagógicos que podem ser transversais ao agrupamento, servir de mobilização aos docentes, motivadores dos alunos e de reconhecimento no concelho e na região do agrupamento. Equipamentos novos que se articulam entre si e estruturam outras dinâmicas escolares e pedagógicas, sociais e profissionais. Entre o Centro Educativo e a escola Cunha Rivara há todo o empenho do futuro e os desafios das oportunidades. Um concelho que, apesar de extenso, tem uma identidade comum, homogénea e coerente entre as suas diferentes freguesias. Uma população que se reconhece na sua escola e na ação desta como determinante para o futuro. A disponibilidade de pais e encarregados de educação para participarem e colaborarem em iniciativas. O empenho do município retratado na iniciativa de um projeto educativo municipal, na necessária articulação entre o AE e a oficina da criança, o aproveitamento das vontades e dos equipamentos disponíveis. Um movimento associativo que, sem ser pujante, é determinante na ação social local e regional. Entre problemas e oportunidades há que criar as pontes e definir mecanismos de articulação e de criação de sentidos ao trabalho escolar entre alunos e professores, comunidade e pais/encarregados de educação. Para esse efeito há que afirmar uma ideia perante tudo e todos.

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4. Proposta de ação Objetivo Geral – sentido de MISSÃO Entre aqueles que são os alicerces de uma ideia de escola (envolvendo educação, escola, professor e aluno), problemas e oportunidades que se destacam no AE de Arraiolos, configuro um objetivo geral que é, ao mesmo tempo, a Missão que se desenha e que consiste em: REFORÇAR COMPETÊNCIAS – VALORIZAR AS PESSOAS A partir desta ideia, define-se uma linha condutora da ação que permite articular a gestão e as práticas profissionais, os parceiros e os diferentes interessados na coisa educativa. Pretensamente fica claro o alvo e o foco de toda a acção proposta, as pessoas. Sejam docentes, no sentido de valorizar as suas competências, o seu papel ou a sua ação/intervenção. Os alunos no sentido de os apoiar na criação das suas identidades, na definição de um projecto de vida pessoal e profissional. Os assistentes, sejam eles operacionais ou administrativos, no reconhecimento e valorização do seu papel e da sua acção no contexto educativo e social. Os pais/encarregados de educação, os primeiros e principais interessados na vida dos alunos seus filhos e educandos. Os demais parceiros inseridos no contexto social. A comunidade onde se insere o agrupamento considerando que a escola deve estar ao serviço da sua valorização. Competências que decorrem de um conhecimento que resulta do processo formal de aprendizagens instituído pela Escola e pela Educação. Valorização que passa pela ação, tanto individual como coletiva, que se configura na definição dos futuros pessoais e coletivos, individuais e sociais; Entre competências e a valorização das pessoas, entre o conhecimento e a acção, procuro aliar o presente e o futuro, uma ação orientada pelo conhecimento; perante a qual a Escola se deve estabelecer como ponte atribuindo-lhe sentidos, definindo uma coerência interna e harmonizando valores e ideias que se encontram presentes no ensino e na estruturação das identidades – sejam profissionais ou sociais, pessoais ou coletivas.

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O sentido de Missão agora definido, permite articular os diferentes ciclos de ensino, as diferentes dinâmicas próprias de um agrupamento vertical, as relações entre a escola e o seu contexto. Articulação mediante as dimensões que se definem como estratégicas da ação.

4.1. Dimensões de ação De acordo com a Missão definida, apresento três dimensões estratégicas de atuação, que se articulam entre si ao qual corresponderão as formas organizacionais da gestão, isto é, as formas de organizar a gestão do AE. Uma dimensão pedagógica, onde se destaca o processo de ensinoaprendizagem, as relações estabelecidas em sala de aula, o trabalho de docentes e alunos; Uma dimensão organizacional, tendo em vista processos de organização pedagógica que permitam uma gestão adequada (eficaz e eficiente) de recursos existentes e objetivos que se definam; Uma dimensão administrativa que permita o funcionamento das diferentes estruturas, onde predominam preocupações pedagógicas e organizacionais, com vista à concretização e operacionalização do diferente corpo de objetivos. As diferentes dimensões apresentadas privilegiarão ao nível do: Pré-escolar: socialização e integração, regras e procedimentos; participação de pais/encarregados de educação; 1ºCEB: comportamentos, atitudes, regras, resultados escolares, apoio e formação; 2º e 3º CEB: resultados escolares, formação (escolar e social), apoios, estruturas pedagógicas, disciplina e comportamentos; Ensino Secundário e ofertas complementares: projetos pessoais, identidades, resultados, futuros, valores, empregabilidade, adaptabilidade; Por sua vez operacionalizar-se-ão no conjunto de objetivos que a seguir se apresentam.

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4.2. Objetivos A articulação das diferentes dimensões expressa-se por intermédio de 4 objetivos estratégicos de ação que, por sua vez, se desdobram em objetivos operacionais ou específicos: 1. Contribuir para a melhoria e consolidação dos resultados escolares; Colocar o AE de Arraiolos, nas provas de aferição de 1º ciclo e nos exames nacionais de 6º e 9º ano, nos primeiros dez lugares do ranking regional; Aproximar as classificações de Língua Portuguesa e Matemática em intervalo entre eles não superior a 5%; Procurar que a média do AE seja igual ou superior à média nacional ao nível do ensino básico, Aproximar, tendencialmente, a média dos exames nacionais do secundário do AE à média nacional em intervalo não inferior a 5%; Garantir que no prazo de exercício de funções se cumpram ou superem as metas de aprendizagem 2020; Assegurar que, pelo menos, 80% a 90% dos alunos cumpram a escolaridade básica sem retenções; Valorizar a dimensão formativa da avaliação e a diversificação de instrumentos de avaliação; Constituir pares ou inter-pares de apoio pedagógico ou social; Valorizar, mediante a implementação de estratégias e ações verticais, a literacia e numeracias; Constituir grupos de trabalho por projeto, mediante a definição de objetivos de curto/médio prazo;

2. Assegurar uma adequada gestão dos recursos de acordo com objetivos e necessidades; Implementar estratégias organizacionais no apoio e na dinâmica de sala de aula – seleção de projetos (internacionais, nacionais ou regionais) que fomentem a dinâmica de sala de aula; Apoiar a implementação de estratégias organizacionais que vão ao encontro de necessidades de apoio, do trabalho docente e dos resultados escolares – participação em projetos ou programas de reforço dos resultados escolares; Organizar uma equipa de apoios educativos transversal ao AE identificando, o mais precocemente possível, situações e propostas de ação;

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Apoiar o trabalho docente em sala de aula mediante a constituição de equipas de trabalho colaborativo e de articulação vertical; Potenciar o trabalho da Biblioteca Escolar e centro de recursos educativos como elemento aglutinador de ações transversais – em particular no âmbito das literacias; Desenvolver ações de formação contextualizadas e enquadradas nas necessidades que permitam valorizar o trabalho em sala de aula; Reduzir a pegada ecológica do AE; Apoiar o trabalho do pessoal não docente, valorizando a sua ação mediante processo de avaliação adequado; Promover, pelo menos uma ação de formação por ano para pessoal docente e não docente;

3. Promover a imagem do AE junto da comunidade educativa; Promover a articulação com o município, apoiando a constituição de um projeto educativo de âmbito municipal, que integre as diferentes escolas e valências educativas existentes no concelho; Colaborar com o município e outras entidades locais com interesses na educação na dinamização de ações e no reforço das qualificações da população; Reforçar a articulação com entidades locais na oferta educativa (regular ou de complementar); Adequar, dentro do quadro local definido, a oferta educativa do AE ao contexto social e económico do concelho e do distrito; neste contexto pretende-se que o AE de Arraiolos seja uma referência intermunicipal de oferta educativa; Prestar periodicamente contas de resultados e posicionamento do AE no contexto local, regional e nacional, quer em sede de conselho Geral, Conselho Municipal de Educação ou publicamente por via da página Internet do AE; Aumentar

a

participação

de

pais/encarregados

de

educação

no

acompanhamento escolar e nas dinâmicas educativas; Promover ações com o envolvimento da população; Criar parcerias, nacionais e internacionais, de cooperação e partilha de experiências; Promover a escola aberta;

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Valorizar as relações pedagógicas com o meio (local e regional) por intermédio de iniciativas conjuntas; Implementar estratégias de comunicação e informação com recurso à Internet e redes sociais; Apoiar a desburocratização e desmaterialização de procedimentos com recurso à gestão de informação;

4. Valorizar competências Promover ações de formação internamente; Valorizar e incentivar a participação de elementos do AE em ações de formação ou na produção de artigos, posters ou outros; Promover seminários ou outras iniciativas de divulgação de experiências e práticas; Definir momentos e espaços de debate, aferição e articulação de experiências;

4.3. Estratégias Considerando objetivo geral e objetivos a estratégia de trabalho passa por: Equipa de gestão – sem apontar nomes, defino o perfil da equipa que, de acordo com a legislação em vigor, será apresentada; o perfil assenta em: Disponibilidade; formação pós graduada; conhecimento específico de setores ou áreas de trabalho; envolvimento na dinâmica do agrupamento; tempo de serviço ou graduação profissional; Para

além

deste

perfil e

respeitando

o definido

na

legislação

de

enquadramento, serão indicados nomes para integrar a equipa de direção oriundos de cada um dos ciclos; a estrutura funcional será definida em função de

áreas

de

trabalho

(pedagógica,

organizacional

e

administrativa)

privilegiando o trabalho em rede em detrimento da hierarquia, delegando competências, objetivos e funções nas estruturas intermédias (departamentos, grupos ou secções pedagógicas);

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Re-elaboração

dos

instrumentos

de

gestão,

nomeadamente

Projeto

Educativo do AE com base no presente projeto de intervenção; regulamento interno e plano de atividades; Criação de plano plurianual de atividades, obedecendo a lógicas de ciclo em detrimento do ano – redução das iniciativas que dispersam da sala de aula e desviam das práticas pedagógicas; valorização das iniciativas de complemento curricular e de integração vertical, de práticas letivas em contexto exterior ao AE; Valorização do Conselho Geral como local de prestação pública de contas e de apoio à orientação estratégica do AE; Formulação ou reformulação de protocolos de parcerias, adequando aos objetivos estratégicos do AE e na articulação de objetivos entre parceiros, promovendo

uma

maior

relação

com

o

contexto

e

valorizando

o

empreendedorismo; Definição de projeto de ação por departamento; Constituição de equipa de apoio transversal ao agrupamento que promova e realize ações entre ciclos – lógica de valorização da articulação vertical; Constituição, sempre que oportuno, de equipas de projeto com atribuição ou delegação de responsabilidades na dinamização de ações de caráter pontual – flexibilidade de respostas e de trabalho; Valorização do conselho de ano e de ciclo, para articulação de estratégias, reforço das aprendizagens e implementação de metodologias de trabalho diferenciadas; Definição do perfil de diretor de turma ou, preferencialmente, de diretor de ciclo que permita o acompanhamento continuado do aluno ao longo de um ciclo de ensino e a articulação e integração de estratégias de trabalho; Monitorização de processos e resultados mediante a criação de observatório do AE; Reforço da componente de auto-avaliação do AE constituindo pontos de situação intermédios (semestrais) e envolvendo parceiros no processo – elaboração de relatórios críticos, avaliação periódica de ações, avaliação de processos e resultados;

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Articulação, mediante formação de parceria, com entidades locais/regionais na identificação de medidas de apoio social em resposta a necessidades pedagógicas; Privilegiar três áreas/dimensões no âmbito do complemento curricular (seja pelas

atividades

de

enriquecimento

curricular

ou

em

clubes/projetos

pedagógicos): Pedagógica – enquanto prolongamento da sala de aula; Expressões – física, desportiva, musical, artística – sensibilização (educação) pela arte; Cidadania

comportamentos,

afetos,

ambiente,

preservação,

prevenção, formação… Criação de mecanismos (instrumentos e metodologias) de avaliação que permitam articular o curricular com o complemento – formas de incentivo à participação, valorização e reconhecimento pela participação; Criação de concurso inter turmas que valorize comportamentos, assiduidade e resultados escolares; Integração de dimensão local no currículo nacional, mediante a valorização do património, cultura e tradição;

5. Conclusões Deixo, em termos de conclusão, duas notas finais. Uma primeira referente a outras considerações que podem ser mais valias na opção. Para além da proposta que para trás ficou, das ideias que contém, dos desafios que se consideram, deixo à consideração um outro argumento para a seleção da minha pessoa. Assenta na articulação entre razão e emoção. Isto é, a formação que tenho, conjugada com a experiência pessoal e profissional serão os motivos mais fortes para a seleção da proposta que agora apresento. Constitui-se como uma mais valia diferenciadora de outras. Entre formação (académica e profissional) e experiência (pessoal e pedagógica) destaco todo um campo de ação que permite perceber o funcionamento da organização escolar, a necessária gestão de muitos e múltiplos interesses, os afetos e as emoções que muita das vezes acompanham os argumentos doseados

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com a necessária razoabilidade, quando não mesmo bom senso, para a sua gestão e para a identificação de um caminho comum a partilhar e a fazer. O fato de residir no concelho, de participar na vida e na dinâmica que o carateriza confere-me o necessário conhecimento da realidade local (social, económico, cultural, entre outras dimensões), aliada à experiência profissional já com alguns anos permiteme que, entre razões e emoções, possa definir uma articulação entre a dinâmica do AE e o seu contexto. Segunda nota mas também como estrutura de apoio, uma proposta de cronograma sabendo sempre que a dinâmica de uma escola coloca muitos imprevistos e que há que assumir, acima de tudo, uma reforçada flexibilidade organizacional:

Aferição de dinâmicas – pedagógicas e curriculares; Articulação interna entre dimensões definidas; 1º ano

Monitorização das estruturas de funcionamento; Redefinição de instrumentos de gestão; Configuração das equipas de trabalho; Implementação de medidas organizacionais; Articulação intersectorial – entre ciclos, entre estruturas, entre parceiros; Implementação do observatório – criação de indicadores e referenciais; Definição de esboço de projeto externo – articulação com parceiros educativos ou

2º ano

sociais; Estruturação da rede formativa – ofertas regulares e complementares, estruturas e objetivos; Seleção de projetos de trabalho – configuração de objetivos e áreas de trabalho; Avaliação de funcionamento – adequação de estruturas, objetivos e acções;

3º ano

Monitorização e aferição de resultados escolares (à luz do agora definido); Readequação de estruturas – alocação de recursos;

4º ano

Equacionar contrato de autonomia – avaliação e definição de projeto e/ou objetivos;

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