MONTE CAVALINHO
ESTUDO PARA UMA INTEGRAÇÃO ‘VERDE’ NO SISTEMA URBANO URGEZES / LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
O dossier do estudo para o Monte Cavalinho, constitui o documento de acompanhamento das peças desenhadas integrantes do projeto. A sua elaboração procura explicitar através de elementos escritos, gráficos e fotográficos o carácter e a dimensão territorial patente no projeto. O registo fotográfico apresentado, em concertação com os esquemas gráficos, são apresentados numa lógica sequencial, partindo do enquadramento e posicionamento territorial do Monte Cavalinho, sendo de seguida apresentada a sequência fotográfica do eixos de ligação gerados a partir da centralidade do Monte Cavalinho. A edição aqui apresentada inclui algumas das peças cartográficas elaboradas, uma alteração efetuada em relação à edição original. Mais informações em: W W W. M A PA 2 0 1 2 . T U M B L R . C O M
© MAPa2012 / Câmara Municipal de Guimarães, 2012 Rua Egas Moniz 115 4810-082 Guimarães Portugal T: 253 511 213 M: mapa2012@cm-guimaraes.pt S: www.mapa2012.tumblr.com Texto: João Pessoa Imagens: MAPa2012 Recolha: João Pessoa Paginação: João Pessoa Marta Soutinho
ENQUADRAMENTO TERRITORIAL
Os elementos constituintes da morfologia do território (fisiografia, hidrografia, solos, etc.) sempre foram condicionantes nos assentamentos humanos. A cidade de Guimarães (centro) implanta-se numa linha de festo que define a separação da ribeira de Costa/Couros da ribeira de Santa Luzia. O encontro destas duas ribeiras faz-se num vale aluvial de qualidades produtivas e paisagísticas excepcionais, a veiga de Creixomil. A bacia hidrográfica onde figuram este conjunto de unidades ribeirinhas é delimitada por montes, sendo que a serra da Penha se destaca não só pela sua morfologia, mas igualmente pelas valências existentes no cume. É esta realidade territorial a área de estudo para a integração de um espaço florestal no espaço urbano desta zona do concelho. A expansão urbana na envolvente imediata à cidade de Guimarães está de alguma forma associada à morfologia do território. Núcleos urbanos como Azurém, Creixomil e Mesão Frio foram-se desenvolvendo, contribuindo para a consolidação da malha urbana. O arco definido por estas freguesias corresponde à área topograficamente mais favorável à implantação urbana, uma vez que no extremo oposto existe a condicionante provocada pela influência da serra da Penha, onde encostas com maiores inclinações dificultaram a expansão da cidade neste sentido. Ao longo do processo de expansão urbana foram salvaguardados os espaços com maior potencial agrícola (veiga de Creixomil, vale de Mascotelos) e as áreas de ocupação florestal (Penha), tão importantes para o equilíbrio dos ciclos biológicos e ecológicos e marcantes de uma paisagem diversa. Se a continuidade urbana entre as freguesias da cidade e as que confrontam a poente e norte (Creixomil, Azurém e Mesão Frio) facilita a conectividade e a mobilidade entre as diferentes valências existentes, as freguesias do arco sul da cidade (Mascotelos, Urgezes e Costa), por razões que se prendem com a topografia e com o espaço urbano não apresentam as mesmas características. É neste sentido que a oportunidade de desenvolver uma proposta para o Monte Cavalinho preconiza um estudo mais alargado que permite pensar os ciclos ecológicos e a conectividade para esta zona. 1/78
01 - PARQUE DA CIDADE - VISTA DO MONTE CAVALINHO
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02 - SANTUÁRIO DA PENHA - VISTA DO EIXO URGEZES / GUIMARÃES
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03 - SANTUÁRIO DA PENHA - VISTA DO MONTE CAVALINHO
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04 - AZURÉM - VISTA DO MONTE CAVALINHO
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ENQUADRAMENTO TERRITORIAL RELAÇÕES TERRITORIAIS
05 - ESQUEMA DAS RELAÇÕES TERRITORIAIS NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DAS RIBEIRAS DE COSTA / COUROS E DE STª LUZIA
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ENQUADRAMENTO TERRITORIAL ENQUADRAMENTO DO MONTE CAVALINHO
O estudo aborda a área do Monte Cavalinho em três dimensões essenciais do sistema urbano: a ecológica, a integração paisagística e as soluções de conectividade. Surgindo na sequência das operações urbanísticas previstas para a frente sul da cidade de Guimarães e das áreas de cedência ao domínio público, definidas nos planos de desenvolvimento urbano, procurou-se delinear uma estratégia que considerasse este espaço fundamental da paisagem e o integrasse no sistema urbano.
O Monte Cavalinho desempenha funções importantes nos sistemas ecológicos do concelho e da cidade, uma vez que se localiza numa zona limítrofe de uma cabeceira de linhas de água. Esta caraterística conjugada com a ocupação florestal determina uma importante função nos circuitos hidrológicos e consequentemente no controle da erosão. Para além do património de elevado interesse e dos equipamentos sociais e culturais existentes na sua envolvente, O Monte Cavalinho tem uma posição sobranceira sobre a cidade de Guimarães e uma relação visual forte com a encosta da Penha que beneficiam o seu enquadramento. A análise da paisagem permite evidenciar que o Monte Cavalinho surge no cruzamento de dois eixos fundamentais: o eixo definido pela universidade, o centro histórico e Urgezes, e pelo eixo definido entre o santuário da Penha e a veiga de Creixomil. Esta localização torna-o relevante na estética da paisagem envolvente da cidade de Guimarães e nas relações visuais no contexto da bacia hidrográfica das ribeiras já mencionadas. A relação física da cidade de Guimarães com o centro urbano da freguesia de Urgezes é aquela que apresenta maiores debilidades no contexto da área de estudo.
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06 - MONTE CAVALINHO - VISTA DA CIDADE DE GUIMARテウS
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07 - MONTE CAVALINHO - VISTA DO MONTE DA PENHA
Urgezes implanta-se na linha de festo que define o limite da bacia hidrográfica em estudo. A diferença de cota entre os dois núcleos urbanos (Guimarães e Urgezes), o atravessamento da linha ferroviária de Guimarães e a existência de áreas agroflorestais entre os dois, se por um lado criam barreiras, por outro possibilitam estratégias de aproximação e de melhoria da conectividade através da delineação de percursos em contextos diversificados (urbano, agrícola, florestal) de carácter funcional e de lazer. A área do Monte Cavalinho revela-se essencial na definição de uma ligação entre Guimarães e Urgezes por constituir uma plataforma de transição entre as cotas a que se implantam. É a partir destes pressupostos que se entende que a proteção desta fracção do território é pertinente, possuindo as qualidades necessárias à integração nos circuitos de deslocação quotidiana bem como nos circuitos culturais e de lazer da cidade de Guimarães e sua envolvente.
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ENQUADRAMENTO TERRITORIAL PERFIS INTERPRETATIVOS
08 - PERFIL INTERPRETATIVO - VISTA PANORÂMICA DE CREIXOMIL
Urgezes
Veiga de Creixomil
Mte. Cavalinho
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Penha
Guimarães (sul)
Guimarães (c.h.)
mte. Latito
CIRCUITOS PROPOSTOS Registada esta organização espacial são propostos percursos alargados ao território em estudo em duas perspectivas: funcional e lúdica, tendo sempre em vista a relação física entre espaços e equipamentos de valências diferentes, através de paisagens diversificadas. Os percursos funcionais correspondem sobretudo à marcação de traçados que relacionem o centro de Guimarães e os núcleos urbanos envolventes com o centro da freguesia de Urgezes. Contudo, os traçados definidos nesta tipologia cruzam-se obviamente com a natureza lúdica dos mesmos. Contudo, a sua função primordial é a de aproximar populações, serviços, equipamentos e comércio. Os traçados funcionais distinguem-se em principais e secundários. O eixo principal consiste na ligação entre a estação de Covas, o centro urbano de Urgezes, o centro da cidade de Guimarães atravessando a zona de Couros, a zona intra-muros e o monte Latito (Castelo de Guimarães), terminando no campus universitário de Azurém. A área do monte Cavalinho funciona como rótula de ligação entre o tramo
de Urgezes e o tramo do centro da cidade de Guimarães, sendo essencial para garantir uma transição confortável entre as cotas referência de cada um. Os eixos secundários procuram estabelecer ligações a núcleos urbanos e a equipamentos importantes na envolvente imediata da cidade de Guimarães. A sul do monte Cavalinho são delineados dois eixos: um que estabelece uma importante ligação à zona de Couros, passando pela Fonte Santa, outro que liga ao parque da cidade e à freguesia de Mesão Frio atravessando a freguesia da Costa pela base da encosta do monte da Penha. A noroeste do monte Cavalinho define-se um eixo de ligação à zona da Cruz de Pedra que potencia as ligações às frentes poente (veiga de Creixomil e cidade desportiva) e nascente (centro comercial e hospital) da freguesia de Creixomil. No centro histórico de Guimarães definem-se mais dois eixos, para nascente a ligação ao parque da cidade e para poente a ligação à zona da Nª Sr.ª da Conceição. Finalmente, no extremo norte do eixo principal derivam mais dois eixos secundários: a ligação ao centro urbano de Azurém e a ligação ao centro urbano de Mesão Frio.
09 - PERFIL INTERPRETATIVO - VISTA PANORÂMICA DE AZURÉM
veiga de Creixomil
Urgezes
Os circuitos pedonais organizam-se, considerando as tipologias, da seguinte forma: o percurso urbano é definido entre a estação de Covas, passando pelo centro urbano de Urgezes e o monte Cavalinho. Neste ponto, propõe-se uma ligação à estação de comboios de Guimarães (via monte Cavalinho), uma ligação à Cruz de Pedra, a poente e uma ligação à zona de Couros (via Fonte Santa) a nascente. O percurso segue pelo centro histórico de Guimarães até à sua parte mais alta (monte Latito). A partir
Guimarães (sul)
Mte. Cavalinho
qta. de Vila Verde
Guimarães (c. h.)
encosta da Penha
Os percursos lúdicos procuram abarcar todo o território em estudo em dois modelos: a circulação pedonal e a circulação viária. Procuram ainda ligar uma série de elementos constituintes do território de natureza patrimonial, equipamentos públicos de natureza lúdica (espaços verdes, equipamentos desportivos, equipamentos culturais), atravessando enquadramentos diversificados desde a escala da rua à escala da paisagem. É nesta linha que se definiram três tipologias de percursos considerando a sua envolvente próxima: urbanos, agrícolas e florestais.
deste ponto definem-se dois tramos: a ligação à Nª Sr.ª da Conceição (via campus universitário de Azurém) e a ligação a Mesão Frio percorrendo o cerro da Arcela até à Cruz da Argola. Ao longo deste percurso estabelecem-se pontos de interface com os percursos de enquadramento agrícola e florestal. Os percursos em espaço agrícola com interfaces na Nª Sr.ª da Conceição (Azurém), Cruz de Pedra (Creixomil) e fábrica Asa (Polvoreira), percorrem o território a poente atravessando áreas de elevado potencial agrícola como os vales de Mascotelos e a Veiga de Creixomil e ainda no extremo noroeste as margens do rio Selho, onde para além do interesse paisagístico se localiza o núcleo de moinhos de Creixomil, conjunto de elevado interesse cultural, produtivo e social do concelho de Guimarães.
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10 - PERFIL INTERPRETATIVO - VISTA PANORÂMICA DE MESÃO FRIO
Guimarães (sul)
mte. Cavalinho
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qta. de Vila Verde
Costa
pq. da cidade
Penha
Os percursos em espaço florestal com interfaces na Cruz da Argola (Mesão Frio), Teleférico (Costa) e Barroca (mte. Cavalinho - Urgezes), percorrem o território a nascente atravessando a área florestal por excelência de Guimarães (monte da Penha). Considerando a importância religiosa do santuário existente no seu alto e das várias valências associadas a este (hotel, restauração , comércio, miradouros), a integração do monte da Penha, apesar da topografia, manifesta-se essencial na lógica do estudo desenvolvido. A posição do alto do monte da Penha no território em estudo determinou que as ligações ao mesmo se fizessem por três frentes. Duas pedonais, a ligação a Mesão Frio pela encosta norte, a ligação a Urgezes pela encosta poente e a ligação às hortas (centro de Guimarães) aproveitando o teleférico instalado nessa encosta. Os percursos pedestres delineados procuram fazer uso dos caminhos já existentes do monte da Penha. A correlação entre as diversas tipologias permite que os percursos garantam variabilidade cénica, diversidade de contextos sociais, diversidade de património a observar e que
possam ser percorridos de forma circular, sendo possível não repetir o mesmo traçado duas vezes. O circuito viário é proposto no sentido de permitir uma forma diferente de percorrer o mesmo território em menor tempo. Define-se um traçado viário de certa forma coincidente com os festos que delimitam a bacia hidrográfica em estudo, numa forma circular. Este circuito foge à rede viária principal procurando estradas mais secundárias, que se aproximem da realidade local e que garantam enquadramentos aprazíveis. Ao longo do percurso estabelecem-se pontos de paragem (coincidentes com áreas de estacionamento) onde se associam percursos pedonais de menor comprimento e de acordo com as tipologias atrás referidas (urbana, agrícola e florestal). São propostos: dois percursos urbanos associados ao centro histórico de Guimarães, à freguesia de Urgezes e outras freguesias envolventes, dois percursos associados a enquadramentos agrícolas (veiga de Creixomil e moinhos de Creixomil) e um percursos de enquadramento florestal no alto do monte da Penha.
11 - ESQUEMAS DE PERCURSOS TERRITORIAIS
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PROPOSTAS PARA O EIXO GUIMARÃES - URGEZES
O caráter florestal do monte Cavalinho torna-o elegível à constituição de um espaço verde de recreio de influência alargada no contexto urbano de Guimarães. Procurou-se um entendimento claro da fisiografia do terreno e da sua importância e posição nos sistemas hidrológicos, tornando-se evidente a importância deste espaço e a sua salvaguarda. O coberto vegetal apresenta manchas arbóreas bem constituídas dominadas por exemplares de Carvalhos Roble (Quercus robur) Sobreiros (Quercus suber) e matos característicos da região fitogeográfica local. Contudo apresenta manchas de vegetação invasora, dominadas por Eucaliptos (Eucalyptus globulus) e Acácias (Acacia mimosa, Acacia melanoxilon), propondo-se o reordenamento florestal com o objetivo de aproximação de um habitat potencial. As propostas procuram igualmente delinear percursos no interior do perímetro do Monte Cavalinho, acompanhando a sua topografia, que ligam os pontos essenciais com os quais ele confronta. A fase do estudo correspondente às propostas para o eixo Urgezes - Guimarães evidencia soluções de conetividade que permitem aproximar aquele que é um grande atrativo do concelho - o centro histórico - ao território e património envolvente. Sendo que o Monte Cavalinho é o espaço nuclear nesta frente, delinearam-se os seguintes traçados: a ligação ao centro de Urgezes (sul); a ligação à veiga de Creixomil (poente); e a ligação à Costa via Fonte Santa (nascente). A estratégia para o Monte Cavalinho procura atribuir novas funções urbanas a este espaço mantendo o importante desempenho que tem nos sistemas ecológicos fundamentais. Contudo, a proposta definiu-se com um grau de adaptabilidade no sentido de se coadunar ao processo de transformação desta frente urbana.
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12 - MONTE CAVALINHO - ESQUEMA DE INTERVENÇÃO
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13 - MONTE CAVALINHO - PROPOSTA
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COVAS - MONTE CAVALINHO
Monte Cavalinho
O eixo Covas - Monte Cavalinho atravessa a zona alta da freguesia de Urgezes. O tramo atravessa na sua totalidade espaço urbano sendo que o percurso entre a estação de Covas e o Largo da Avenida da Igreja implanta-se em arruamentos integrantes da rede de distribuição secundária. Entre o Largo da Avenida da Igreja e o alto do monte Cavalinho os arruamentos integram a rede de acesso local.
Urgezes
Covas
Sendo o percurso em espaço urbano procura-se garantir condições de conforto e segurança sobretudo à circulação pedonal. Considerando que alguns arruamentos possuem passeios, a proposta vai no sentido de colmatar alguns tramos onde esta facilidade não existe conjugando com passadeiras pedonais essenciais. Estas propostas ocorrem sobretudo onde a frequência do trânsito automóvel as justifique. Destacam-se igualmente algumas áreas denominadas unidades de projeto onde se considera que arranjos urbanísticos com graus de intervenção baixos poderiam beneficiar largamente o contexto urbano. São definidas três intervenções. A arborização do parque de estacionamento da estação de Covas. O arranjo urbanístico do Largo das igrejas de Urgezes, onde para além deste constituir um espaço central na freguesia enquadra diversos equipamentos e beneficia de vistas privilegiadas sobre a veiga de Pinheiro e sobre a encosta poente do Monte da Penha. Finalmente a constituição de uma área de estacionamento na Rua Francisco dos Santos Guimarães junto ao alto do monte Cavalinho.
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CAMINHO MUNICIPAL 1627 - 1
Salgueiral
Monte Cavalinho
O caminho municipal 1627 - 1 liga o alto do monte Cavalinho ao eixo viário que entre a frente sul da cidade de Guimarães ao centro urbano de Urgezes. Sendo confrontante com a frente poente da área de intervenção do monte Cavalinho a sua reabilitação justifica-se por duas razões: em primeiro lugar por constituir o eixo de encontro dos caminhos traçados no interior do monte Cavalinho; em segundo lugar por constituir a ligação mais franca entre a freguesia de Urgezes e a de Creixomil.
O caminho caracteriza-se por ser morfologicamente semelhante a um caminho rural. Apresenta um pavimento em material solto e é ladeado por muros de granito irregular aparelhado, ambos com necessidade de reabilitação. O tramo inicial a sul é em cubo e em calçada de granito e está em bom estado de conservação. No extremo sul do caminho, coincidente com a inflexão do mesmo existe uma abertura na vegetação arbórea que propicia vistas privilegiadas sobre a malha urbana da cidade de Guimarães e sobre a encosta nascente do monte da Penha. Contudo, destaca-se que o caminho ao ser coincidente com uma linha de festo apresenta pendentes elevadas sendo de aferir a possibilidade de regularização das mesmas por forma ao caminho se tornar mais confortável ao trânsito pedonal.
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MONTE CAVALINHO - CRUZ DE PEDRA
Cruz de Pedra
Monte Cavalinho
O eixo monte Cavalinho - Cruz de Pedra, tal como o eixo Covas - Monte Cavalinho, é integralmente implantado em espaço urbano. Coincide, quase na sua totalidade com a rua Manuel Tomás e estabelece a ligação entre o extremo norte do caminho municipal 1627 - 1 e o lugar da Cruz de Pedra. Constitui igualmente o eixo preferencial na ligação à veiga de Creixomil e à freguesia com o mesmo nome. A proposta vai no sentido de melhorar as condições de conforto e segurança à circulação pedonal neste eixo.
O propósito de inclusão deste tramo na proposta específica de conectividade entre Guimarães (cidade) e Urgezes não resulta diretamente da relação entre estes dois centros urbanos mas sim de criar um potencial eixo de ligação à freguesia de Creixomil e às diversas valências que integram o seu território. A freguesia de Creixomil é a mais populosa do concelho e encerra na sua área urbana importantes equipamentos como o hospital de Guimarães e o centro comercial mais importante da cidade. Destaca-se ainda a veiga de Creixomil, onde se localizam o hospital privado de Guimarães, as hortas pedagógicas, a cidade desportiva e os percursos da veiga que conjuntamente com os projetos previstos no âmbito do programa MOb2012 (Divisão MAPa2012) preveem a ligação às freguesias mais a poente do concelho de Guimarães. A proposta prevê a delineação de novos passeios e passadeiras pedonais.
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MONTE CAVALINHO - RUA DE VILA VERDE
Zona de Couros
Monte Cavalinho
Fonte Santa
Qta. de Vila Verde
O eixo monte Cavalinho - Rua de Vila Verde para além de constituir uma ligação alternativa à zona de Couros e por conseguinte ao centro da cidade de Guimarães encontra justificação para a sua integração na proposta por duas outras razões. Em primeiro lugar constitui o arranque para os percursos do monte da Penha descritos anteriormente no estudo de âmbito territorial. Em segundo lugar é um eixo que sintetiza os objetivos pretendidos para os percursos propostos. A diversidade de enquadramentos (áreas habitacionais, áreas florestais, áreas agrícolas,etc.), a amplitude de vistas sobre o território e a existência de elementos de elevado valor patrimonial (fonte Santa) nos percursos propostos, são razões que justificam a sua integração numa estratégia concelhia de mobilidade pedonal.
Ao longo do eixo verifica-se uma diferenciação morfológica ao nível dos arruamentos que o constituem que permite a sua divisão em quatro tramos distintos. O primeiro tramo, coincidente com a rua Francisco dos Santos Guimarães, estabelece a ligação entre o monte Cavalinho e a rua da Portela. Este tramo permite igualmente a ligação aos percursos com destino ao monte da Penha, unidade da paisagem sempre presente no enquadramento visual. Possui passeios com calibre adequado que apoiam na totalidade o trânsito pedonal. É na primeira metade deste tramo que encontramos a área designada como U.P. 04 no alto da quinta de Vila Verde. O segundo tramo, coincidente com a rua da Portela, é um arruamento de acesso local, caracterizada por servir um bairro residencial de carácter social de meados do séc. XX. Encontra-se ladeado por habitações em cantaria de granito de um piso, muito características da habitação desta natureza e época no concelho de Guimarães.
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MONTE CAVALINHO - RUA DE VILA VERDE ALTO DA QUINTA DE VILA VERDE
Monte Cavalinho
Qta. de Vila Verde
O alto da quinta de Vila Verde é um terreiro afecto aos depósitos de armazenamento de água integrantes da rede pública de abastecimento de água do concelho de Guimarães. O terreiro possui uma área disponível de cerca de 2514.10 m2 sendo que existe um acesso à quinta de Vila Verde que tem de ser salvaguardado. O facto de este espaço estar afecto ao domínio público e de possuir vistas privilegiadas sobre a cidade de Guimarães potencia a criação de um espaço âncora associado ao percurso. No seu enquadramento visual proporcionam-se vistas privilegiadas sobre a encosta nascente do monte Cavalinho e sobre a encosta da quinta de Vila Verde, esta última caracterizada por vinhedos em patamares largos de qualidade paisagística inigualável na envolvente da cidade de Guimarães.
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MONTE CAVALINHO - RUA DE VILA VERDE FONTE SANTA E ACESSO
Monte Cavalinho
Fonte Santa
A Fonte Santa localiza-se na rua do mesmo nome. Esta rua corresponde ao terceiro tramo do eixo monte Cavalinho - Rua de Vila Verde. Caracteriza-se por ser um arruamento enquadrado em espaço rural quer pelas suas características construtivas (pavimento em cubo de granito e muros de granito) quer pela sua envolvente próxima (áreas maioritariamente agrícolas). A Fonte Santa é um elemento importante no panorama do património cultural do concelho de Guimarães. Construída no século XIII e restaurada várias vezes, encontra-se em bom estado de conservação. Contudo, a sua acessibilidade quer a nível de estacionamento quer ao nível do acesso pedonal não é a melhor. Considera-se assim pertinente um arranjo na envolvente à Fonte Santa para garantir melhores condições de acesso a nível de conforto e segurança.
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O último tramo deste eixo corresponde ao final da rua de Alvim. Este arruamento integrante da rede de distribuição secundária, faz parte de uma das ligações secundárias ao monte da Penha. Apesar da elevada pendente possui passeios que garantem boas condições de mobilidade ao trânsito pedonal. É beneficiado por amplas vistas sobre a cidade de Guimarães e sobre o monte da Penha. No início do tramo localiza-se uma plataforma marginal ao passeio com potencial de constituir uma área de paragem informal adequada aos percursos aqui descritos. Apesar da envolvente ser caracterizada por alguns campos agrícolas é evidente a aproximação ao espaço urbano da cidade de Guimarães. O facto do encontro com a cidade ser efetuado pela zona de Couros claramente é um benefício enriquecedor do percurso.
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A estratégia para o Monte Cavalinho atribui-lhe novas funções urbanas, reconhecendo o importante desempenho que tem nos sistemas ecológicos fundamentais, adaptando simultaneamente esta realidade, ao processo de transformação da frente urbana entre a cidade de Guimarães e a freguesia de Urgezes.
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Divisão MAPa2012 © 2012