Jornal Maranduba News #07

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Maranduba, 15 de Maio de 2010

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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br

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Ano I - Edição 07

Destaque:

Sabesp amplia sistema de abastecimento na Costa Sul

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Notícias:

Encontro de Motoclubes é marcado por ação social Cesta básica gera confusão na Caçandoca pg 04 Esporte:

Meninas de Ubatuba conquistam prata nos Jogos Estaduais da Juventude pg 05 Dica de Turismo:

Praia Grande do Bonete: tranquilidade o ano todo pg 08 Cultura, história e hospitalidade fazem parte da paisagem Gente da Nossa História:

Nagib Abdo Hanna, um homem de visão Cultura:

Grupo Escolar da Maranduba de 1932 Crônica:

O dia em que Cunhambebe fugiu Saúde:

O que provoca o Estresse

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Jornal MARANDUBA News

Cartas à Redação

Editorial O inverno chegou, e com ele aquele friozinho gostoso. Pena que a maioria pensa que frio é só para curtir na serra. Poucos sabem as vantagens de aproveitar o inverno a beira-mar. A paisagem fica mais bonita, o mar mais azul, o céu mais limpo proporcionando espetaculares cenas ao amanhecer e ao entardecer. Quem duvida é só sair cedinho para fazer uma caminhada na beira da praia. Mesmo com o frio da manhã, o exercício de caminhar aquece o corpo além de fazer bem à saúde. No entardecer, mesmo com aquele ventinho frio, pode se apreciar a imponência do mar que nesta época permanece quase sempre agitado. A falta de divulgação dessas vantagens aliada a falta de eventos para a época são as responsáveis pelo baixo movimento de turistas na região. Seguindo a tradição antiga, várias festividades eram realizadas no inverno, acompanhando o calendário do tempo e o religioso. Tivemos até grandes festivais de música, inclusive no inverno. Vejam o exemplo de cidades como São Luiz do Paraitinga, Cunha e Parati, que aproveitaram o que já tinham. Precisamos mostrar que praia não é só verão. Temos muitas coisas a oferecer não só no inverno, mas o ano todo. Emilio Campi

Sinalização I É indiscutível a importância da sinalização dos nossos serviços turísticos na SP-55. Esta sinalização é destinada (por óbvio) aos usuários da tal rodovia que cabe ressaltar, foi construída e planejada com características técnicas para ser um equipamento turístico e não uma via expressa. Da nossa omissão e inércia foram surgindo às interferências e as tutelas do estado. Foram-nos impostas regras e leis tão restritivas de uso de território e de exercício de atividades produtivas que nos engessaram economicamente. Depois de tantos séculos de existência e de sermos cobaias de tantas “experiências”, devemos assumir nossa maioridade cidadã. Com ela cobrar e exigir o respeito que merecemos como cidadãos e contribuintes, Não devemos mais aceitar incontinentes, tantas imposições arquitetadas, muitas delas em escritórios com ar refrigerado, nos porões da ignorância e da estupidez. Na sequência segue contundente e louvável opinião do amigo Ezio Pastore. Louvável principalmente no que tange sobre a virtude existente na busca de encontrar-se o “meio termo” na “explícita” virtuose das ações dos dirigentes do DER no tema Placas da SP-55. Ronaldo Dias Ubatuba, SP

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Emilio Campi Colaboradores:

Adelina Campi, Ezequiel dos Santos, Uesles Rodrigues, Camilo de Lellis Santos, Denis Ronaldo e Fernando Pedreira Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

Sinalização II Pode-se fazer de maneira profissional ou amadora, com responsabilidade ou leviandade, com inteligência ou sem ela. O bom senso deve sempre presente e não esquecer que a virtude será encontrada sempre no meio termo. Os poderes públicos tem que obrigatoriamente ser os grandes articuladores de todos os agentes da sociedade, estimulando investimentos e fornecendo suporte à iniciativa privada garantindo ambiente propício às atividades sociais culturais e econômicas. Basta de priorizar a continuidade o protecionismo e o empreguismo, o se faz necessário são ações para o município sua população e sua vocação. A Secretaria de Esporte Lazer e Turismo do Estado de São Paulo afirma que os projetos de sinalização turísticas são de responsabilidade do DADE, mas que a Secretaria entrou em contato com a Secretaria de Transportes pedindo um novo projeto de sinalização para a região e só esta dependendo de algumas informações, circuitos e roteiros. Pode-se entender que a Secretaria atropelou o DADE e que é ignorante no que diz respeito ao litoral norte do estado de São Paulo já que não conhece seus circuitos e roteiros. Mas o absurdo não se resume ao exposto, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo tramita projeto de lei 1303/2009 com a alcunha de “ estrada limpa “ que estabelecera critérios de ordenação de elementos paisagísticos nas rodovias estaduais tendo como relator o dep. Afonso Lobato. No final da pugna quem prevalecerá? A Secretaria, o DADE, o DER ou o 1303/2009? Mas os citados desconhecem a resolução 160/04 do Conselho Nacional de Transito que

define e padroniza a sinalização nas vias em todo território nacional; placas de regulamentação, placas de sinalização de advertência, placas especiais de advertência, placas de identificação de rodovias e estradas, placas de orientação de destino, placas de serviços auxiliares, placas de atrativos turísticos, placas para atividades de interesse turístico, áreas de recreação, áreas pratica esporte, atrativos históricos culturais. Assim sendo não é necessário nenhum tipo de projeto porque a coisa já esta feita e definida no que diz respeito as placas indicativas (serviço auxiliaratrativo turístico atividade de interesse turística). É intrigante e motivo de preocupação a permanência de outras na rodovia que estão completamente fora do padrão da 160/04 CONTRAN servindo outros interesses. A SP 55 precisa mais do que critérios de ordenação de elementos paisagísticas ela é deficiente em sinalização ho-

rizontal, sinalização vertical, refletores noturnos, marcos de km, belvederes, limpeza de acostamento e policiamento. Que o DER faça sua parte para isso é que existe. Para isso é que são pagos. Os estabelecimentos cujas placas indicativas foram arrancadas são de empresários que estão inseridos na parcela produtiva da população não havendo por isso necessidade do DER agir na calada da noite com escolta policial, arrancando e conseqüentemente danificando as placas. Perdem todos: o turista que não tem nenhum tipo de orientação; o município que continua patinando na tentativa de ser destino turístico padrão; o DER pela forma truculenta e espalhafatosa de agir; a Secretaria de Turismo que não é coerente ágil e operante; as entidades representativas de classes com o seu silencio e toda a população de Ubatuba. Ezio Pastore Ubatuba, SP

Painel do Leitor

O leitor Waldeci Cavalcanti, morador da Rua Cabo Norberto Henrique Weber, na Maranduba, contestou a matéria da edição anterior onde diz que a prefeitura realizou manutenção na sua rua. Waldeci falou que já fez vários pedidos junto a AR Sul para reparo e nivelamento da rua que, devido as chuvas, possui trechos com lama e água parada, o que se torna um risco para proliferação do mosquito da dengue. A AR Sul foi comunicada e afirma que tomará as devidas providências para solucionar o problema.


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Sabesp amplia sistema de abastecimento na Costa Sul de Ubatuba

Fotos: Emilio Campi

LUCIANE TEIXEIRA SALLES A Sabesp está ampliando o sistema público de abastecimento para a região de Maranduba, Sapé, Lagoinha e Sertões, no município de Ubatuba, com o objetivo de regularizar o abastecimento e melhorar o processo de tratamento da água. Estudos técnicos feitos pela empresa com projeção para até 2030 vão antecipar a ampliação do sistema público levando-se em consideração o crescimento vegetativo da região para atender cerca de 57 mil habitantes (população fixa e flutuante). A Sabesp enviou à Câmara Municipal de Ubatuba documento contendo informações técnicas do projeto, que prevê implantação de 2,6 km de adutoras de água bruta, uma Estação de Tratamento de Água, estação elevatória para transportar a água tratada, um centro de reservação, além de 73 quilômetros de rede de rede de distribuição a ser implantada de forma escalonada. “A escolha da Sabesp pelo manancial a ser utilizado considerou, além das vazões mínimas, os fatores técnicos e ambientais envolvidos, assim como a segurança sanitária da bacia”, afirma o superintendente José Bosco Fernandes de Castro. Segundo ele, a captação da Sabesp assim como a barragem serão instaladas sem prejuízo ao livre acesso do público à Cachoeira da Renata e outras áreas de recreação. Cachoeira da Bacia No dia 31 de março, a Sabesp convidou representantes da Cetesb e as comunidades dos bairros de Ubatuba, Praia Dura, Folha Seca, Rio Escuro e Corcovado para esclarecer sobre a implantação do sistema

Segundo a Sabesp, a barragem será instalada sem prejuízo ao livre acesso do público à Cachoeira da Renata de água e esgoto na região. O projeto que vai atender 8.300 pessoas com água tratada, inclui uma captação e barramento no Rio Escuro, uma estação de tratamento compacta, reservatório, adutora de água bruta, 14,7 mil metros de rede de distribuição e ligações de água. A Sabesp possui projetos de água e esgoto para esta área, porém, com o início no processo de entrada nos licenciamentos, houve uma demanda por parte das comunidades envolvidas no projeto, que se manifestou contrária a instalação da captação e do bar-

ramento na área da Cachoeira da Bacia, que é um ponto turístico. O Ministério Público entendeu que esta era uma obra de importância social e a Sabesp alterou o projeto para atender a comunidade equacionando este problema. Segundo a superintendência é importante lembrar que, a partir do início das obras, a Sabesp fará uma captação controlada outorgada pelo (DAEE) Departamento de Águas e Energia Elétrica, fornecendo água tratada atendendo a Portaria 518 do Ministério da Saúde.

Cachoeira da Bacia: 8.300 pessoas beneficiadas com as obras


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Encontro de Motoclubes é marcada por ação social Projeto ambiental dá “nova cara” EZEQUIEL DOS SANTOS Sob o título de “Não importa o tamanho da sua doação - P M ou G”, o Motoclube Dose Letal realizou no Sertão da Quina, o II Encontro Motoclube na Campanha do Agasalho, que além de realizar o encontro entre as irmandades do asfalto focou na arrecadação de roupas e sapatos. O evento aconteceu no bairro no espaço D’Menor nos dia um e dois de abril e contou com cerca de quinhentos participantes. A ação de dois dias arrecadou por volta de 150 quilos de roupas e calçados que serão entregues as famílias em risco social. Nos últimos dois meses foram entregues pelo motoclube cinco cestas de alimentos, ação muito bem vista pela comunidade e pelas famílias atendidas. O evento recebeu os seguintes motoclubes: Puro Veneno, Falcões, Cruz de Ferro, Cardume do Asfalto, Barbados do Asfalto, Traya, Tamoios, Phanton, Ratos da Praia e Lost. A

à escola no Sertão da Quina

Representantes de vários motoclubes prestigiaram o evento noite de sábado foi regada pela alegria dos grupos musicais: Poder Paralelo e Stick Little. Os organizadores do evento agradecem ao Vereador Rogério Frediani que forneceu o palco e os equipamentos, aos motoclubes e a comunidade que também colaborou na ar-

recadação. Nos últimos anos os motoclubes têm colaborado muito com autoridades em campanhas de conscientização como as de segurança e orientação de transito. O Dose Letal planeja outras ações ainda para este ano. Vale a pena conferir.

Cesta básica gera confusão na Caçandoca Moradores da Comunidade do Quilombo da Caçandoca e Caçandoquinha apontam irregularidades na distribuição das cestas básicas. Oficialmente seriam 53 cestas básicas a serem encaminhados aos moradores da localidade, só que as mesmas 53 foram redivididas em 110 cestas. A Denúncia Segundo Neide Antunes de Sá, “Para a comunidade, 53 cestas seriam o suficiente e até sobraria. As listas de famílias a serem atendidas possuem nomes de moradores de Tietê e até do Guarujá, no litoral sul de São Paulo”. Segundo Neide, especulações apontam

ainda que o caminhão que entrega a cesta básica deixa algumas cestas em outros locais antes de chegar no quilombo. A cesta tem um prazo hábil para ser retirada. Caso isto não aconteça ela será redistribuída. A moradora informa ainda que existe um processo por conta do uso irregular na distribuição das cestas, “É que usam este direito para fins políticos”, declara. Outro lado Segundo Antonio dos Santos, presidente da Associação dos Remanescentes da Comunidade do Quilombo Caçandoca, a distribuição das cestas básicas obedece aos critérios instituídos pela as-

sociação. “Somente os associados cadastrados no INCRA podem receber o benefício. Existem associados que mesmo não morando no quilombo, podem receber as cestas, pois estão devidamente legalizados e cadastrados para isso”, afirma Santos. O presidente da associação também falou que essas pessoas que reclamam por não receberem as cestas básicas, não são e nem querem se associar. “Somos quase todos parentes, e convidamos essas pessoas a se associarem conosco para, além de fortalecer a associação, receberem os benefícios que ela proporciona”, finaliza Santos.

O Projeto Cuidágua na Escola, desenvolvido pela ONG ASSU-Ubatuba, promoveu o ‘Mutirão de Experimentação’ com a comunidade escolar da Escola Municipal Nativa Fernandes, localizada no Sertão da Quina, região Sul de Ubatuba. Cerca de 90 participantes, entre pais, alunos, professores, funcionários e direção realizaram intervenções no sistema hídrico da escola, tais como: drenagem para resolver problemas de alagamento do pátio, ginásio, salas de aula e refeitório (instalação de tubulação coletora, redirecionamento da água das calhas, plantio do círculo de bananeiras); pintura coletiva na acima do bebedouro sobre o ciclo da água; decoração nas paredes dos banheiros com instalação de assentos dos vasos sanitários e produção de artefatos com uso de sucata (especialmente de PET), além de brincadeiras e jogos com as crianças. ‘Um lindo coral infantil abriu o evento e inundou nossos corações de alegria e entusiasmo para trabalhar juntos pelo cuidado das águas’, disse a educadora ambiental Bruna Nazzari, integrante da equipe do Projeto. O Mutirão proporcionou mais de 5 horas praze-

rosas de muito trabalho, onde via-se crianças e adultos envolvidos no cuidado e melhoria da escola e do meio ambiente. O próximo mutirão do Projeto Cuidágua na Escola será realizado na E.M. Iberê Ananias (Picinguaba) entre os meses de maio e junho. Maria Luiza Camargo, coordenadora do Projeto, ressalta que estas ações pretendem auxiliar as escolas em seu caminho à sustentabilidade, estimulando o uso das intervenções como prática pedagógica. “Estamos desenvolvendo o Guia Cuidágua na Escola, que trará esta proposta e que será entregue a todas as escolas de ensino fundamental da rede municipal de Ubatuba, ainda no primeiro semestre de 2010”, promete a educadora. O Projeto Cuidágua na Escola é uma iniciativa da Associação Socio-ambientalista Somos Ubatuba (ASSU), financiado pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), em parceria com a Secretarias Municipais de Educação, de Meio ambiente e de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Instituto Argonauta, Aquário de Ubatuba e apoio da Fundação Pró-Tamar e SOS Mata Atlântica. (Fonte: Imprensa Livre)

AMMA divulga pauta de atividades para o biênio 2010-2012 A Associação de Moradores de Maranduba e Amigos – AMMA totalmente voltada para as questões sociais e empenhada na luta pelo suprimento das necessidades do bairro, apresenta sua pauta de atividades para o biênio 2010-2012: 1 - Ação Social Ciclo de Palestras nos seguimentos do Saúde, Direito, Meio Ambiente, Engenharia e Arquitetura, Educação e Cultura, Segurança e Turismo. Projetos para a melhoria do P.A.S. (Posto de Atendimento de Saúde) e P.S.F. (Programa de Saúde da Família). Projetos para a preservação, fomento e divulgação da arte e cultura caiçara. 2 - Obras e Infra-estrutura –

Praias (lixeiras, cinzeiros, placas informativas, fiscalização), Rios (entornos, lançamento de esgotos, fiscalização), Utilização de Áreas Públicas, Comtur e Administração Regional Sul. 3 - Entretenimento e Capacitação – Cinema Itinerante, Curso de Liderança Comunitária (Fundação Alavanca), Eventos Esportivos e Culturais, Parceria e colaboração com o Jornal Maranduba News. A Associação convida a todos os moradores e amigos de Maranduba a participarem de suas reuniões que se realizam em todas as primeiras Quintas-feiras de cada mês, as 20hs, na Escola Insight Digital. Informações: 3849 5522.


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Meninas de Ubatuba conquistam prata nos Jogos Estaduais da Juventude

Após disputar cinco jugos, as atletas de Ubatuba conquistaram o vice-campeonato regional EZEQUIEL DOS SANTOS No último dia 02 na cidade de São José dos Campos, com um placar de 5x1 a favor do São José Futebol Clube, a seleção feminina de futebol de Ubatuba conquistou o vice-campeonato da fase regional dos Jogos da Juventude do Campeonato Estadual. Os jogos foram por etapas regionais: disputas no litoral, no Vale do Paraíba, no Estado e no brasileiro. Seleção Feminina A seleção de Ubatuba tem onze meninas da escola de futebol do Sertão da Quina. São elas: Núbia, Maysa, Carol, Gabi, Suelen, Grazi, Neidiani, Une, Jamile, Catieli e Aline. A Secretaria Municipal de Esporte de Ubatuba foi responsável por todas as despesas e atividades no evento. O

futebol feminino do Sertão da Quina em outras épocas também apresentou excelentes resultados. Mulheres no campo Como era novidade ver mulheres de chuteiras jogando, os locais das disputas viviam lotados. A qualidade do futebol feminino da nossa região foi e é destaque pela qualidade e determinação das atletas. A escolinha que despontou as atletas completa 12 anos, sendo 10 destinada ao futebol feminino. A escolinha possui 194 crianças, sendo 70 mulheres. Pérsio Jordano, 31, professor de Educação Física e responsável pela escolinha, está otimista com os resultados. Para ele é gratificante acompanhar o desenvolvimento das crianças. Muitos pais já fre-

qüentaram a escolinha e hoje levam seus filhos sabendo da importância do desenvolvimento físico e mental e do convívio social que as atividades proporcionam. Reconhecimento Pérsio já foi homenageado pela Câmara Municipal de Ubatuba pelo trabalho apresentado na Comunidade. “É muito importante que os pais participem das atividades dos filhos, que incentivem as crianças a praticarem alguma atividade esportiva”, comenta Pérsio. Agradecimento Pais, atletas e colaboradores agradecem a diretoria da ACESQ pelo empréstimo do campo sem o que não existiam troféus e medalhas a serem apresentados a comunidade.

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Prefeitura busca atender reivindicações da região sul

Moradores da Maranduba e outros bairros da região sul de Ubatuba estiveram reunidos com representantes da prefeitura na noite da última terçafeira, 11. O secretário municipal de Turismo, René Nakaya; o secretário de Obras e Serviços Públicos, José Roberto Júnior; o Ouvidor Geral, Luiz Felipe Azevedo e o assessor de Assuntos Comunitários, Luiz Roberto Sant’anna de Paula estiveram na sede da Administração Regional Sul tirando dúvidas e colocando a prefeitura

à disposição para quaisquer esclarecimentos, na tentativa de melhorar os serviços prestados à população daquela região. Durante a reunião, os cerca de trinta presentes puderam definir, em conjunto com os secretários municipais, quais são as prioridades para a região. Entre elas, foram citados serviços de pavimentação, iluminação, limpeza e saneamento. Outro assunto bastante discutido foi a realização de eventos na região sul a fim de atrair mais turistas durante o ano todo. (PMU)

Projeto Cuidágua Ln envolve a participação popular O Projeto Cuidágua Ln, financiado pelo FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) do Governo de São Paulo, pretende colaborar com os Planos Municipais de Saneamento Básico envolvendo a participação popular. Ele teve início em fevereiro de 2010, e nesta fase seus multiplicadores vão a campo levantar informações com a comunidade sobre a situação atual do saneamento básico de seus bairros. Através da metodologia adotada, o projeto pretende promover conexões entre: qualidade de vida e qualida-

de ambiental, comunidades e Comitê de Bacias, gestão de bacias e gestão municipal, sociedade civil organizada e poder público, os quatro municípios e o litoral norte, propostas populares e análises técnicas, enfim, interligar elos fundamentais num processo que gere resultados concretos e sustentáveis. Para saber mais detalhes sobre a iniciativa, entre em contato com Karina Sarilho - coordenadora geral e responsável técnica do projeto Cuidágua Ln pelo tel.: (12) 3842-3189 ou pelo email: ksarilho@ yahoo.com.br


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Vamos falar sobre turismo VI FERNANDO PEDREIRA E de repente já estamos no sexto comentário sobre Turismo, nossa participação no Plano de Desenvolvimento do Turismo Receptivo “PDTR”, no Conselho Municipal de Turismo e no Conselho Regional de Turismo. Publicamos comentários sobre cinco dos sete projetos que elaboramos junto com o Sebrae que foram: a) Sensibilização das Comunidades para a Importância do Turismo b) Sensibilização das Escolas para a Importância do Turismo c) Capacitação dos Empresários e Operacionais da Cadeia Produtiva do Turismo d) Formatação de Produtos Turísticos. Todos disponibilizados no site deste jornal. Faltam ainda: e) Gestão e Qualidade f) Comercialização. O projeto de Gestão e Qualidade mereceu desdobramento que foi o Projeto de Estrutura de Recepção. Devo revelar que a esta altura dos acontecimentos estes projetos foram formatados à “fórceps”, ou seja, quase sem nenhuma participação e com a resistência minada pela interferência, de agentes encomendados para que aquilo acabasse como acabou. Quando conto esta passagem lembro logo do trecho da Crônica “Manhas e Artimanhas do Cacique Cunhambebe” do Arquiteto Renato Nunes contada também neste jornal na última edição que peço licença para mencionar: “Deu como Exemplo o Seguinte: qualquer um que começasse a se destacar em um trabalho comunitário seria logo chamado de candidato a prefeito para que despertasse naqueles que pretendiam candidatar-se a preocupação com o futuro concorrente. AÍ ENTÃO TRABALHAVAM” CONTRA ELE”. E foi o que aconteceu. Portanto, estes últimos, foram

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projetos mais genéricos do que específicos para nossa Cidade. Tenho falado também sobre o Circuito Litoral Norte que é o PDTR de forma regional e recomendado aos Empresários que procurassem a Associação Comercial, pois, os inscritos no projeto teriam Consultorias e Diagnósticos sobre a sua empresa e estariam desde que devidamente adaptados expostos no Site e em outros meios de comunicação que deverão acontecer no desenvolvimento do turismo da região. Porém, em março, deveriam ter convocado ou visitado os empresários para iniciar este trabalho e como já estamos no meio de maio e até agora nada, estou começando a acreditar em mais uma Artimanha do Cacique Cunhambebe. No que tange aos outros projetos como Sensibilização e Capacitação nada vemos. E quanto a Formatação de Produtos Turísticos apenas as visitas às Ruínas da Lagoinha e a Fazenda de Gengibre, muito pouco pelo nosso potencial. Outro ponto que gostaria de abordar ainda sobre a última edição, deste jornal, foram duas Cartas à Redação falando sobre Emancipação Política da nossa Região. Uma do respeitadíssimo exPrefeito Dr. José Nélio de Carvalho com o qual trabalhamos na formatação do Plano Diretor que cita como letra morta, pois novamente como tudo nada andou, mesmo sendo Lei. Fala também que o movimento acabou gerando as administrações regionais que no nosso caso é apenas um belo prédio. Vimos ainda nesta edição a publicidade de obras em andamento da prefeitura de Ubatuba, que a Região Sul tem previsto para 2010 a “Ponte da Vergonha” a reforma da outra vergonha que é aquele fantasma do Portal da Cidade e a Reforma da Unidade de Saúde.

Que reforma seria essa? Viria com um Centro de Recepção ao Turista? Seria ali o local ideal? Haveria espaços comunitários para artesanato, Guias de Turismo, Centro de Tradições Caiçara e Quilombola? Teríamos outras obras e ações que pudessem ajudar a atrair o turismo fora de temporada e aumentar a permanência dos que aqui vem? Como Iluminação Pública, nada tão diferente do que se vê nos bairros de Getuba, Massaguaçú e Cocanha, na Cidade vizinha. Pavimentação das Marginais, nada tão diferente de Massaguaçu e Cocanha. Ou ficará apenas na conversa, pois, desde o primeiro ano de mandato que se fala na reforma deste Portal, e desde que o mundo é mundo da tal ponte. Quanto a Unidade de Saúde, não pude participar da reunião que o Dr. Clingel fez com as comunidades, mas tenho certeza que na tal reforma não será devolvido à Saúde o espaço do Velório, sim porque faz parte da Saúde e o Velório imprescindível teria que ser construído em outro local. Agora o Centro de Convenções, Píer Flutuante para Navios de Cruzeiro estes podem ter certeza que serão realizados, acho que nós aqui da Região Sul ficamos a ver navios. Aliás, dizem que foram vários Navios nesta temporada, alguém aqui viu alguma coisa? Pois bem, voltamos então à Estrutura de Recepção, esta que acabo de citar quando comentamos a reforma do Portal. Este projeto tinha como objetivo geral a implementação de ações que visassem a qualidade de estrutura de recepção turística de Ubatuba através de: a) Sinalização Turística b) Postos de Atendimento c) Centros de Recepção. Estamos dispondo este também no site, mas adianto que é algo genérico.

Regional em ação

Fotos: James Ricardo

Limpeza de valas na Vila Bom Descanso

Manutenção da Rua 15 com material doado pelo camping S. Francisco

Edital de Convocação A Sociedade Unidos do Sertão da Quina, com sede na Rua Santa Elisa, número 298, Bairro do Sertão da Quina - Ubatuba, inscrita no CNPJ sob número 08.543.652/0001-84, convoca para a Reunião Ordinária a ser realizada no dia 24 de maio de 2.010, em sua sede social Rua Manoel Gaspar dos Santos, s/nº, neste bairro, tendo como pauta a eleição dos membros da diretoria, conselho fiscal efetivo e suplentes, para o biênio de 2010 a 2.012, e alteração do estatuto conforme preceitua o estatuto social, As chapas poderão ser apresentadas até trinta minutos antes de começar a eleição, e terá inicio as 19 ( dezenove) horas e término as 20 (vinte) horas e 30 (trinta minutos) respectivamente quando será dada a posse a nova diretoria. José Luciano Pinto Presidente da Sociedade Unidos do Sertão da Quina


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Bacana Confeitaria oferece delícias inéditas na região EMILIO CAMPI Quem gosta de saborear iguarias antes inexistentes em Ubatuba deve conhecer a Confeitaria Bacana. Localizada ao lado do Shopping Porto Itaguá, o ambiente difere de tudo que já foi visto na região. Uma decoração aconchegante oferece mesas com vista para a praia do Itaguá, onde podem ser saboreados os mais deliciosos pratos rápidos, lanches, pizzas e confeitos. A arte da panificação chega ao supremo com bagetes especiais, pães doce, italiano, integral, tudo sob o olhar atento do proprietário, Ronaldo Dias, que faz questão de oferecer sempre o melhor produto com ótima qualidade. A vitrine de doces é simplesmente um convite à tentação: bolos, tortas, roscas, confeitados, quindins, bombas, sonhos, um mais delicioso que o outro. Difícil também é escolher antepastos e patês diversos como sardela, alichela, e outras maravilhas gastronômicas, tudo com os mais selecionados produtos. Outra atração irresistivel que o Bacana oferece são os pratos executivos servidos durante o horário de almoço. São pratos rápidos, bem preparados, sempre duas opções entre peixe, carne ou massa. Ponto de parada obrigatório para os moradores de Ubatuba, o local já foi consagrado pelo ótimo atendimento e pelo excepcional ambiente que oferece. É sempre um bom programa curtir o fim de tarde saboreando um bem tirado chope, ou um café expresso, capuchino ou uma das várias opções de drinks disponíveis. O Bacana fica na Avenida Leovigildo Dias Vieira 446, no Itaguá, ao lado do Shopping.

Entre as delícias oferecidas pode se encontrar pães de várias espécies, bolos, roscas e uma infinidade de produtos artesanais, todos com uma qualidade insuperável.

O ambiente, de extremo bom gosto, torna o cenário ideal para degustar delíciosos doces


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Praia Grande do Bonete: tranquilidade o ano todo EZEQUIEL DOS SANTOS Partindo da Praia da Lagoinha ou da Praia da Fortaleza através de uma trilha em meio à mata chega-se a Praia Grande do Bonete, a média de caminhada é entre 40 minutos e uma hora e meia. A trilha é do tempo dos primeiros moradores da região, os índios Tupinambás. Assim como a água era a rodovia dos antigos moradores, as trilhas eram as pequenas estradas. Este trecho não foi diferente. É um pedaço da trilha que cortava o litoral de Santos ao Rio de Janeiro, usada por índios negros e, posteriormente, por europeus colonizadores. Ao caminhar por estas trilhas tem-se a exata idéia do paraíso na terra, são imagens e encontros belíssimos, como avistar peixes e animais em movimento. Festividades Tendo como padroeiros São Sebastião e Nossa Senhora de Santana, o local já foi palco de grandes festividades e roças. Como toda pequena vila de caiçaras, o tempo, as atividades cotidianas era movido pelo calendário dos períodos de colheita e pesca e também o religioso. O local guarda muitos resquícios de seu passado glorioso, a festa de janeiro, a corrida de canoa, a receptividade, o jeito de falar, de caminhar,

a interação com a natureza, manutenção do lugar, a defesa de seus patrimônios e por vezes a volta de seus filhos. Como não tem rua, a disposição dos acessos é bem interessante, grande parte tem nomes de peixes da região e é conduzida por plantas muito bem cuidadas nas laterais. Ao centro da localidade uma Capela, que guarda uma belíssima imagem de Cristo feita em bronze confeccionada pelo artista Alberto Frioli, em sua antiga fundição de bronze na Praia do Perez. Em frente à escola existe uma área para as festividades. No local se produzia principalmente mandioca, cana, banana, café, frutas e plantas de uso medicamentoso, como o chá preto, local ideal para o cultivo. As pescas eram intercaladas com a agricultura, seguindo uma tradição de respeitabilidade com os ciclos naturais de procriação de animais do mar e de terra. Era comum o morador possuir a casa em frente à praia e trabalhar no “sertãozinho”, que era a várzea e os morros. As casas eram baixas por conta dos ventos, janelas pequenas de tramelas e piso de tablado, principalmente na sala (maior espaço da residência), onde acontecia os “batepé, a função, a catira”.

Palco da tradicional corrida de canoas

Fotos: Emilio Campi

Devido a seu isolamento, a praia Grande do Bonete preservou a cultura do local. A Praia Grande do Bonete foi um dos melhores lugares para as atividades de bate-pé. Benedito Antunes de Sá, 75, da Caçandoca lembra bem das danças: “Quando víamos a fumaça subir no canto da Praia Grande era o sinal para a função, as pessoas se reuniam na Caçandoca e se dividiam em grupos, os homens iam a pé, as mulheres de canoa, só no outro dia que as pessoas voltavam, era uma noite inteira de festanças”, termina. Moradores da Maranduba, sertão da Quina, Araribá, Rio da Prata, Tabatinga, Fortaleza e Praia Dura participavam das festividades. O povo da Praia Grande através de sua cultura e história manteve os laços do processo civilizatório nacional, o que acontece até hoje, seja nas festividades, no jeito de falar ou até no jeito de andar. Mar do Caribe

O visitante quando está em cima da trilha, de qualquer uma delas, vê a maravilha que é o lugar. Por vezes as águas lembram muito mais as águas do Caribe, suas águas verdeclaras, o que é um atrativo a parte, é possível avistar tartarugas próximos às pedras, de tão límpida, tem-se a sensação de que é um quadro com vidro por cima e que a paisagem por baixo se move lentamente, no ritmo da contemplação, do relax, nos convidando a tirar a pressa e as besteiras que trazemos do dia-a-dia. A Praia Grande do Bonete é uma praia de tombo, de areias grossas e espetáculos naturais com ondas razoáveis, principalmente em períodos de ressaca. Seu canto esquerdo é maravilhoso para um mergulho de snorkel e para a pesca com vara, para um banho relaxante, para as crianças en-

tão o paraíso. Suas areias de tão limpas produzem os “ics, ics” quando arrastamos os pés com pouco mais de força. No seu canto direito, na costeira existe uma caverna, onde pescadores a utilizam como abrigo e curiosos imaginam quem poderia ter morado ali. Muitos visitantes sentem a responsabilidade de respeitar a natureza e a população, que além de um modo natural de vida, preservou parte dos seus costumes, que pode ser muito diferente de quem os visita. Basta olhar em seu entorno, onde as maiores mudanças foram por conta dos costumes urbanos e das casas de veraneio e não dos moradores. Existem ainda alguns ranchos de canoas e uma pequena barra de rio, espaço que serve de palco de partidas de futebol de areia e dos encontros costumeiros.


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Cultura, história e hospitalidade fazem parte da paisagem Em frente à praia Grande do Bonete existe a Ilha do Mar Virado, seu entorno é de águas fundas e não tem praia, mas mesmo assim já abrigou inúmeros moradores, é possível ver as marcas de casas no chão da ilha e ainda pedaços de casas de pau-a-pique na localidade. Existe abrigo nas pedras possível de ancorar uma embarcação. Pesquisadores da Universidade de São Paulo encontraram Sambaquis milenares na ilha, onde descobriram ossadas de moradores com idade superior a dois mil anos, nos estudos relatam que estes povos viviam por volta de 25 anos, tinham estaturas baixas e viviam exclusivamente da coletas de mariscos, raramente caçavam, as pesquisas apontam ainda que a ilha tinha uma estreita ligação com o continente. Do outro lado da ilha existem dois cortes no morro que parecem que foram realizados por uma ferramenta gigante. No dia 21 de novembro de 1955, o Juiz de Direito da Comarca de Ubatuba, Dr. Alpheu Guedes recebe a petição de protesto (88/55) por parte de Mabel Hime Masset, contestando a posse centenária de metade da Ilha. Os moradores questionados na época eram: Sebastião Marcos, Quirino, Manoel e Eugenio Marcos, Antonio Leandro, Alcides Inocêncio, Luiz Lopes, Constantino Gerônimo, Sebastião e Benedito Custódio, Francisco Mariano (vulgo Chiquinho) e Gerônimo Palmiro de Oliveira e suas respectivas mulheres. OVNI O local guarda muito mistério e belezas naturais, um desses mistérios fora relatado através da tradição oral Foi a retirada de um objeto seme-

Foto: Emilio Campi

No passado, a Ilha do Mar Virado abrigou várias famílias tradicionais. Hoje é considerada sítio arqueológico. lhante ao um cachimbo gigante das águas, na época os moradores foram proibidos de saírem de suas casas, e a tal peça foi içada por um navio da marinha americana. Na ocasião um fotógrafo americano que estava nas Toninhas tirou algumas fotos e também foi levado, nunca mais o viram, especulações informam de que se tratava de um OVNI, isto parece que aconteceu na década da de 1930. Tempestade Muitos moradores tinham suas roças, agora todos sem exceção exerciam alguma atividade ligada a pesca. Em outubro de 1963, como nos descreve Maria de Lurdes Oliveira, 50, natural da Praia Grande do Bonete nos conta sobre a tempestade que ocorreu nesta época. Neste episódio morreram pescadores de

várias localidades de Ubatuba. Foi um vento rápido de meia hora, mas o suficiente para causar danos irreparáveis, o mar subiu até o jundú, a areia da praia chegou a ir ao sertão, nas roças, casas ficaram destelhadas, algumas destruídas parcialmente. Nesta tempestade, morreram o Domingos Soares, Ismael e “Bito” Davi. Só o Ismael não foi encontrado. Na missa de sétimo dia, na matriz, chegou a notícia, trazida por João Zacarias, de que haviam encontrado o corpo de Domingos Soares, foi uma comoção, já que a missa na cidade era em memória de todos os mortos naquela tempestade. As viúvas passaram por maus bocados. Elas assumiram as duas funções, a de pai e mãe, a roça e a pesca. Na época, os filhos já haviam acostumados a comer peixe todo dia.

Algumas crianças tinham de ser “engabelados” com pedaços de madeiras bem secas no fogão a lenha dizendo que era peixe seco assado, só assim, as crianças matavam a vontade. Maria lembra de alguns dos moradores mais antigos do local, são eles: Virgilio Lopes, Maria Carolina Lopes, Adelino, Tio Tim, Tiago e José Rosendo, João Pipoca, Lourenço Tia Rita, Benedita Maria Soares, Domingos Gervásio, Anastácio e João da Várzea. Estrada Com as necessidades de melhorias, a comunidade havia solicitado a SUDELPA - Superintendência do Desenvolvimento do Litoral Paulista a abertura de uma estrada costal da Lagoinha até a Praia Grande do Bonete. O processo é o SPFU/3780/77, que em parceria com a Prefeitura Mu-

nicipal deu andamento no pedido. De inicio havia um abaixo assinado de 158 pessoas solicitando a obra e que custaria aos cofres públicos CR$ 2.000.000,00 (dois milhões de Cruzeiros), orçada em 1986, conforme relatório 624 de 1986. O alto valor da obra fez com que o processo demorasse, tempo o suficiente para a comunidade desistir da idéia. O processo durou de 1977 até 1986. A comunidade briga até hoje é pela implantação de energia elétrica no Perez. Mesmo sem a estrada, moradores trazem o lixo de barco voluntariamente, por isso devemos trazer o nosso lixo, já que lugar com ares de paraíso não combina com lixo e com qualquer tipo de depredação, agora é aproveitar a hospitalidade e as belezas que a mãe natureza deixou a esta população.


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Gente da nossa história: Nascido em 22 de outubro de 1907, na Síria, Nagib Abdo Hanna veio para o Brasil com sete anos de idade. Formou-se em contabilidade e em 1927 construiu um dos primeiros cinemas de São Paulo, o Cine Jabaquara. Em 1930 iniciou no ramo da confecção através de uma máquina que reformou com as próprias mãos. Após algum tempo comprou a Malharia Estrela. Em 1949 inicia a construção do Cine Estrela, um dos maiores cinemas de São Paulo na época, marco cultural na época. Com um grupo de abnegados, fundou em 1935 o Hospital Clemente Ferreira. Nagib era o único não médico entre os fundadores. Foi também tesoureiro da Liga Paulista Anti-Tuberculose. O Hospital funcionou até 1985, sempre mantido com doações de seus fundadores. Em 1954 inicia suas atividades no ramo imobiliário fundando a Construtora e Imobiliária Jequitibá através do loteamento Jardim Londres, em Campinas, SP. Em 1957 inicia sua paixão pela Maranduba. Mesmo enfrentando as dificuldades de acesso da época, Nagib inicia o Loteamento Maranduba com mais de quatrocentos lotes. Chegava a realizar duas viagens por semana de São Paulo a Maranduba para realizar esse projeto. Após desmembrar parte da antiga Brejahimirinduba que fazia parte da sesmaria de Dom Pedro de Alcântara, Nagib faz a divisão em lotes rurais que são exemplarmente cultivados por japoneses que aqui continuam esse trabalho até hoje. Reconstruí o antigo engenho e passa a produzir uma excelente aguardente que foi conhecida como Maranduba.

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Nagib Abdo Hanna, um homem de visão

Nos anos oitenta iniciou as obras para a regularização da barra do Rio Maranduba, tornando-o navegável e capaz de abrigar barcos de até quarenta pés, o que tornou possíveis obras náuticas de grande importância para o desenvolvimento turístico e, para a criação de novos empregos na região. A Associação dos Produtores Rurais de Ubatuba, através da Diretoria Sócio-Cultural instituiu em 1997 o Prêmio “Nagib Abdo Hanna” a ser outorgado, anualmente, ao jovem que presta significativa contribuição ao desenvolvimento da agricultura e da comunidade rural nas áreas de pesquisa e inventos; práticas ou experiências agrícolas, educação, meio ambiente e extensão de serviços à comunidade. O Prêmio é patrocinado pela Construtora e Imobiliária Jequitibá Ltda., e consta do valor de um e meio - salário mínimo acompanhado de uma placa de prata, consegui da pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Município de Ubatuba. A Associação dos Produtores Rurais prestou homenagem póstuma a Nagib Abdo Hanna em reconhecimento à sua grande colaboração no desenvolvimento da agricultura no município. Nagib Abdo Hanna possibilitou a instalação de numerosos sítios de produção agrícola na Região Sul. Após seu falecimento, seu filho Fábio Hanna, dando continuidade a esse trabalho, vem prestando constante e crescente apoio aos produtores rurais, favorecendo a atividade agrícola e incentivando os jovens iniciar ou manter tal atividade. Em discurso proferido pelo saudoso Argemiro Parizzoto de Souza em 21 de dezembro de

1997, alguns trechos revelam um pouco sobre Nagib Abdo Hanna: “Quem não se lembra do homem simples de terno escuro e seu inconfundível chapéu, sempre cortês e que duas vezes por semana percorria a Maranduba em seu impecável Chevrolet preto, de forma lhana para cumprimentar e ouvir a gente simples a lhe pedir alguma coisa: ‘Sr. Nagib, me ceda aquela pequena casa de sua fazenda para eu abrigar a minha família’, ao que sempre, de forma afável atendia em seus pedidos, emprestando seu imóvel sem nada pedir em troca a não ser a conservação dos mesmos. Queria também o Sr. Nagib que parte de sua fazenda fosse utilizada para a agricultura e foi o que fez. Arrendando algumas áreas para a colônia japonesa e brasileira que aqui se instituíram o primeiro cultivo de gengibre, que passou a ser exportado para o mundo pela sua excepcional qualidade e que permanece até os dias de hoje. Com seu espírito empreendedor promoveu a retificação do Rio Maranduba, permitindo a navegação de barcos de grande porte onde antes até canoas encalhavam. Construiu por sua conta o enrrocamento com pedra bruta da entrada do rio para o mar, onde hoje existem marinas por onde pescadores aportam seu barcos trazendo excelente pescado do mar, antes impossível, permanecendo até hoje aquelas muralhas de pedra bruta como marco de seu incansável trabalho o qual veio a propiciar emprego e incentivo a todos. Com isso propiciou o turismo na região.” Nagib Abdo Hanna faleceu me 21 de abril de 1988.

“Com seu espírito empreendedor, Nagib promoveu a retificação do Rio Maranduba, permitindo a navegação de barcos de grande porte onde antes até canoas encalhavam”

Argemiro Parizzoto


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Descontração marca o 3º Miss Mamãe “CEI Nativa” MARTA DE FARIA TANURI A parceria entre escola e família vem sendo uma tarefa contínua para a equipe do CEI Nativa Fernandes de Faria, creche do bairro Sertão da Quina, esta que vem promovendo ações voltadas às famílias e crianças, fortalecendo os vínculos familiares e escolares. A equipe tem como orientação o Instituto Aryran de Desenvolvimento Humano, Cultura e Meio Ambiente conveniado com a Prefeitura Municipal de Ubatuba. Muitos eventos são realizados como oficinas, palestras e festas com o objetivo de interagir e inserir a família na proposta pedagógica da escola, fazer pais mais participativos e conscientes do processo de desenvolvimento do filho. Contando com o todo o histórico de Educação Infantil, e a visão de creche assistencialista, que ainda é contida no meio social, vem sendo elaboradas estratégias para mostrar às famílias e comunidade, que toda essa idéia já é ultrapassada, e que agora creche também é escola. Para tal resultado é importante ter as mães parceiras do CEI, e com esse intuito que a Unidade CEI Nativa realiza pela terceira vez consecutiva, um dia das mães diferente. Foi promovido, no último dia 7, o Concurso “Miss Mamãe CEI Nativa”, de valorização a beleza das mamães, que muitas vezes está escondida, e conquistando-as a participar da escola do filho. Nota-se a alegria e empolga-

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ção das mães em participar do Concurso, que poderia ser visto como uma competição, mas neste não, as mães se tornam mais amigas e mostram-se conscientes quanto ao objetivo do evento.

Estiveram no evento 150 pessoas, entre mães, alunos e convidados. “Nesta edição houve um número maior de mães participantes, tanto no desfile, quanto no evento, o interessante foi a ansiedade e a expectativas das pessoas para o desfile e esperamos que ano que vem aumente ainda mais o número de participantes”, comenta a professora Priscila Aparecida, 28. O Concurso teve como colaboradores os vereadores Frediani e Osmar, também a empresária Maria Raquel da loja Sapeca Modas, e recebeu como jurados: Supervisor da Secretaria de Educação Aládio, Assistente de Coordenação Técnica do Instituto Aryran Carolina Fonseca Duarte e o professor Beto Hauschild, pessoa importante na comunidade.

O concurso reuniu 19 mães, com diferentes características e propostas iguais, em estar mais inseridas no âmbito escolar, participando dos eventos e vencendo a timidez. As mães vencedoras do Concurso foram Claúdia Lopes (3º), Talitah Jann (2º) e Márcia Silva (1º), que foram presenteadas pela Mamãe vencedora do ano de 2009 (Débora Montemor). Além do concurso, as crianças do CEI fizeram apresentações, estas que emocionaram os presentes, tivemos entrada dos bebês, apresentação de canto e confraternização com bolo de chocolate, feito pelo funcionário (Vigia) Vanderlei João da Silva, e refrigerante. Foi uma tarde de união, cumplicidade e alegria, em que compartilhamos variadas emoções, deixando no fim uma mensagem: “Que basta uma atitude para transformar os resultados”.

Dia das Mães no Áurea

Neste último dia 08 de maio aconteceu uma grande homenagem as mães na E.E.Prof Áurea Moreira Rachou no Programa Escola da Família. Estiveram presentes mais de 250 pessoas entre mães, alunos, professores, voluntários e educadores. As mães foram agraciadas com sacolas recicladas, participaram de sorteios e bingos , degustaram hot dog e refrigerante, assistiram diversos vídeos musicais e homenagens, além de apreciarem a apresentação cultural de Kung Fu ( Mestre Valdir “Dragão” ) e Hip Hop que divertiu e tirou muitos aplausos dos presentes. Também puderam observar a exposição de artesanatos produzidos nas oficinas e cursos oferecidos gratuitamente pelo Programa Escola da Família aos finais de semana na escola.

Segundo a Educadora Profissional Gláucia C. Dias e a Gestora do P.E.F Adriana Leal o evento foi muito divertido, prazeroso e familiar, ações como esta elevam a auto-estima da comunidade e renova os laços de amor e amizade Agradecemos a presença de todos, da disposição dos voluntários em especial do Sr. Ubirajara que confeccionou com grande amor as sacolas recicladas oferecidas as mães e dos Educadores Universitários: André Carollo, César Quintino e Gustavo Teixeira que trouxeram diversos brindes para o Bingo, agradecemos também a parceria do supermercado Supimpa, do comércio do D´ Menor e do Camping Club Lagoinha que sempre colaboram com os eventos realizados na escola.


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Orientação na Escovação

A Tecnologia em Nossas Vidas

THIAGO MASSAMI SOKABE A pedido dos meus queridos pacientes estaremos nesta edição falando um pouco sobre: escovação, escova dental, creme dental, anti-sépticos bucais e técnicas de escovação. Vivemos bombardeados de propagandas a respeito destes, assim ficamos com muitas dúvidas no sentido de qual seria o melhor. Então nós do Consultório Odontológico Massami percebemos que muitas pessoas estão mal orientadas com relação aos modelos de escovas, pois a maioria pensa que quanto mais dura as cerdas, melhor será a escovação e higienização. As pessoas precisam compreender que estamos limpando uma parte do nosso organismo e não de um objeto, com isso, acabam traumatizando as gengivas e desgastando o esmalte dos dentes, tendo como conseqüência, o surgimento de grandes sensibilidades. O uso inadequado dos antissépticos bucais por adultos e crianças é também um dos grandes problemas, esses enxaguatórios bucais dão à sensação de frescor e hálito puro, assim as pessoas deixam de escovar e usar o fio dental e para completar o mal hábito há pessoas que usam bicarbonato de sódio na escovação, prejudicando ainda mais a saúde bucal. Portanto, por meio deste jornal, viemos esclarecer algumas dúvidas quanto à escovação adequada. Escovação Local adequado, iluminado e se possível em frente de um espelho para observar e realizar corretamente a técnica de escovação. Escova Dental Cabeça pequena e arredondada para ter acesso aos últimos dentes; Cerdas de nylon macias; Cabo plano. Obs.: Troca-lá aproximadamente a cada 3 meses, pois com as cerdas ‘amassadas’ a escova perde toda a eficiência para remoção da placa bacteriana. Lavar a escova em água corrente e não seca-lá com tolha ou similares. Tire-o excesso de água batendo so-

ALESSANDRA REIS Você se recorda como era difícil localizar uma pessoa a 10 anos atrás, facilidades que hoje conseguimos com alguns clicks em nosso celular, ou ainda aquele recado urgente que não poderia deixar para amanhã, são possíveis com um simples enviou de email. Essas tecnologias que sem percebermos entrou em nossas vidas e não conseguimos nos imaginar sem, modificaram a nossa maneira de conhecer o mundo, porém a quem diga com um certo saudosismo que “ vivíamos muito bem”. Hoje, seria muito difícil não se conectar a internet, não consultar um GPS numa viagem longa e muito menos, não visitar um site da web para pesquisar o preço para somente depois comprar o produto desejado. Então, podemos nos questionar sobre o que realmente as novas tecnologias têm feito para tornar nosso dia-a-dia mais prático e viável, aliás, quais as experiências criativas e facilitadoras elas nos proporcionam? Especialistas da área de tecnologia são muito sábios ao afirmar que “se o que está sendo feito à mão já é bom, a tecnologia só pode substituí-lo se for melhorá-lo, caso contrário, será inútil”. Com certeza, sem as novas tecnologias que temos acesso hoje, seria muito difícil viver a correria do cotidiano do homem moderno, porém, quando pensamos em Tecnologia, devemos compreender que esta maravilhosa ferramenta de evolução vem sendo construída ao longo dos tempos, e se remonta a tempos primórdios como, por exemplo, a própria descoberta da roda, que revolucionou a vida humana, a própria escrita que facilitou a comunica-

mente o cabo na borda da pia e armazene-a com capinhas próprias de escova dentro do armário do banheiro. Dentifrícios (Creme dental) A escolha é feito individualmente a cada pessoa, observe sempre se contém flúor em sua composição e utilize pequena quantidade (tamanho de uma ervilha). Obs.: Não ingerir o creme dental durante ou após a escovação, pois o flúor pode ser tóxico se ingerido em grande quantidade. Antisséptico Bucal Usar de forma adequada e se possível sem álcool. Horário Escovar após as principais refeições, ou seja, café da manhã, almoço e jantar, atenção na escovação antes de dormir, pois o acúmulo de placa bacteriana é maior devido à redução da quantidade de saliva. Técnica de escovação Temos vários tipos de técnicas, portanto estaremos orientando aquela que seja mais eficiente e adequada, pois para uma boa escovação dependerá muito de cada um. Primeiro passo: fazer movimentos oscilatórios (bolinhas) com a boca fechada do lado direito, na frente do lado esquerdo; Segundo passo: com a boca aberta fazer movimentos de vai e vem começando pelos dentes posteriores (do fundo) por cima dos dentes na frente e atrás, tanto no arco superior (maxila) quanto na inferior (mandíbula) e não esqueça da língua, pois é a parte da boca que acumula maior quantidade de placa bacteriana. Fio Dental O uso do fio dental é essencial para uma escovação adequada, assim vale a dica: Corte aproximadamente 20 cm do fio, enrole nos dedos indicadores e passe entre os dentes abraçando-os de um lado ao outro em todos os dentes, assim, completa-se o ciclo da escovação. Cuidando de seus dentes e gengivas vocês estarão preservando sua saúde e bem estar. Um forte Abraço. Dr. Thiago Massami Sokabe

ção, dentre outras formas de tecnologia como as digitais, mais comuns nos dias de hoje. O desafio da sociedade hoje, não é mais produzir desenfreadamente novas tecnologias, mas sim, conseguir gerenciar e saber como elas vão simplificar as nossas vidas. Para que não possamos mais ficar presos a uma infinita quantidade de senhas, códigos de acesso, adaptação de novos tipos de sistemas informacionais; celulares que fazem de tudo, mas quase não encontram sinal... Enfim, uma série de problemas que vieram com as novas tecnologias muito mais para nos irritar do que nos auxiliar. A Web trás consigo a aberturas de novos conhecimentos e um universo cheio de possibilidades em um único click, cabe a cada usuário fazer o uso correto dessas informações, transformado-as em conhecimento e oportunizando o desenvolvimento do capital intelectual, do desenvolvimento humano, formando assim uma sociedade com criatividade e fluência digital. Lembre-se que o mais importante é o que essa “nova tecnologia”, pode nos oferecer para facilitar nossas vidas e não caia no consumismo desenfreado de obter a mais nova ferramenta tecnológica sem se quer saber fazer uso da mesma. O homem transforma o seu entorno e sua realidade, utilizando sabiamente as ferramentas tecnológicas construídas ao longo da humanidade de maneira que alcance os objetivos do bem comunitário. Faça sua parte, divida sua opinião enviando um email para alessandra@portalconhecer.com.br para que essa tecnologia seja mais um agente transformador. Alessandra Reis Insight Digital

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Grupo Escolar da Maranduba de 1932 EZEQUIEL DOS SANTOS “O galo cantava às quatro da manhã, as cinco nossas mães nos acordavam, os pais iam pra roça ou pro mar, o café de cana já estava no bule em cima do fogão a lenha, a cumbuca de Piché/baticuí (pó de milho extraído através da torragem de grãos em panela de barro ou ferro, socados em pilão, por vezes misturados com açúcar mascavo ou cristal, por vezes com sal, utilizados ainda para bolos e outros pratos) acompanhava o peixe seco ao lado da caneca de argate. Colocávamos a calça meio amarela, meio cáqui, camisa branca, descalço e lá íamos pela trilha, em duas horas de caminhada chegávamos à escola”, fala Sebastião Pedro de Oliveira, 85, aluno do primeiro grupo escolar da região. Sebastião se refere à primeira sala de aulas da Maranduba que era exclusivo para alunos masculinos, diferente do grupo da Rita Carlota, que era mista. O grupo foi constituído em meados de 1920, na sala da casa de Bazilio Zacarias, acima da casa do pescador Chico Romão. Por lá passaram três professores: Gasparino e Valter de Pirassununga e Ary Bocuhy de Santa Izabel-SP. Este último vinha de sua cidade até São Paulo, descia até Santos, chegava a Bertioga, pegava um barco que o trazia até a Maranduba. Para ir embora fazia o trajeto contrário. O término da escola foi em meados da década de 1950. O grupo, como chamavam a sala, atendia alunos da Caçandoca, Rio da Prata, Tabatinga, Sertão da Quina e Maranduba. Para chegar à escola, Tião saía do Sertão pela trilha até a Maranduba, depois caminhavam pela praia, atravessavam a barra do Rio Maranduba através de um bal-

Bem vestido o primeiro professor do Grupo Escolar da Maranduba, Ary Bocuhy, posa em frente a escola em abril de 1941 seiro e subiam o morro até a escola. O caminho era cheio de armadilhas feitas pelos alunos, como todos eram “arteiros” (bagunceiros), muitos ficavam de castigo na escola e em casa. Do lado da escola havia um pequeno riacho que era usado por outros moradores e pela escola, havia ainda uma pedra grande no local. Colegas de Classe Sebastião, com oito anos, entrou na escola em 1932 e se lembra dos companheiros de aulas, que eram: Manoel Pedro, João Donato, Roldão da Mata, João Firmino, José Correia, Miguel Correia, Manoel do Prado, Antonio Félix, Jorge da Izolina, Argemiro da Maranduba, Argemiro da Caçandoca (melhor desenhis-

ta), Dito Pampeca, Lindolfo Daniel, Dito Manoel, Argemiro Félix, Benedito Jorge, Belmiro e Anastácio Quirino. As carteiras eram de madeira rústica com gavetas, dentro o tinteiro, caneta de pena e folhas de papel amareladas sem pauta, sentavam duas pessoas e o recreio era de meia hora. Expectativa mesmo é quando o professor trazia algum livro com gravuras, todos queriam pegar no livro. Banho Pelado Lá ensinavam a tomar banho, a boa educação com os mais velhos e até a pular corretamente de mergulho no rio. Nas aulas no rio da Maranduba, eram poucos os alunos que tinham calção, a maioria tomava banho pelado. Para chegar a

escola pela praia, existia uma balsa de nome Vai e Vem e o responsável era um senhor conhecido como Tabatinga, que substituía o professor quando faltava. Antes dele o balseiro era o João Zacarias. As aulas eram de segunda a sexta e começavam as oito da manhã e terminavam ao meio dia, quem não fizesse as obrigações de casa, ficava sem o recreio, quem fizesse bagunça também. Na saída, pra matar a fome, os alunos quebravam cana no caminho, pegavam laranja e bananas. Chegavam em casa, almoçavam e iam para a roça. Sebastião lembra ainda que no lugar vivia o Bazilio Zacarias, o Quirino Zacarias, a Rita Romão e a Sinflorosa. O local hoje, confirmado por

dona Leopoldina Araújo, 94, encontra-se apenas o alicerce da antiga escola, mostrada por Benedita Araújo, 60, filha de Leopoldina. Existiam ainda outros dois caminhos para chegar a escola, a trilha da caçandoca, outra pela trilha na lateral do morro da Maranduba, até ao Rio da Prata e a Tabatinga. Este último de fácil visualização, após passar pela Unidade Mista e a Regional Sul em sentido a rodovia CaraguáUbatuba, é só olha para cima no morro, você vai ver um risco, um trecho da servidão de passagem que levava a escola, neste caminho existem marcas das primeiras casas da região, do seu período de formação cultural, dos caminhos antigos e do povoamento do Brasil.


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O dia em que Cunhambebe fugiu 5 de maio de 2008 às 14,30 horas, nesse dia e nessa hora Cunhambebe fugiu. Foi embora de Ubatuba. Largou tudo e deu no pé! Nunca poderia imaginar que isso fosse acontecer. Eu ia andando pelo centro em direção ao calçadão quando vi o velho índio. Parecia que mais ninguém o estava vendo. Vinha todo torto, tropeçando nas pessoas, chutando as bicicletas jogadas na calçada, não sabia por onde andar.De repente deu de cara com um carrinho de lanche que ocupava toda a calçada e pulou para a rua. Foi o que bastou. Duas bicicletas vindo em sentidos opostos junto ao meio fio, uma com uma mulher e duas crianças e outra com um sujeito forte e mal encarado trombaram com ele sem dó. Pegaram o índio em cheio. As crianças quase caíram e a mulher teve um ataque histérico. Gritava muito. O homem mal encarado apenas xingou, mas disse em voz bem alta todos os palavrões que aprendera no inferno. Ninguém ligava, nem para o índio, nem para a cena. Conseguindo se safar, o cacique penetrou no calçadão, logo ali no começo em frente ao antigo Banespa. Deu uns dez passos e parou. Ficou estático e aterrorizado. Aqueles dois que haviam trombado com ele na rua parece que tinham se multiplicado. Era uma imensa multidão mal vestida, mal encarada e milhares de bicicletas por todo lado. Largadas pelo chão, amontoadas junto aos trambolhos que chamam jardineiras, amarradas nos postes, nas portas das lojas. E no meio disso tudo vendedores de bugigangas, de doces, ervas esparramadas sobre uma lona no meio de um dos poucos caminhos que sobraram. Refeito do choque o índio se enfiou por aquela bagunça em direção ao mar que avistou ao longe através da praça da Igreja. Travou novamente quando chegou ao fim do calçadão. As coisas ficaram piores. Foi puxado para o meio de uma roda de gente por um sujeito que engolia vidros. O cara queria que ele o ajudasse a mostrar ao distinto público como engolir cacos de vidro era fácil até para um índio. Deu um safanão no desabusado,

saiu do meio da roda e deu de cara com duas viaturas da polícia estacionadas bem no meio do calçadão, do lado do grupo que olhava o engolidor de vidros. Alguém gritou: “péraí índio, fugindo do que?” Um policial sem saber do se tratava, mais que depressa segurou o fujão. Do meio da multidão se ouviu: “é isso aí seu guarda, prende esse índio, eles só aparecem por aqui pra vender palmito e tomar cachaça.” E um outro gritou: “e ficam vendendo mandioca também, num sabe que é proibido? Pra cortá palmito e plantá mandioca tem que cortá o mato e esses índio finge qui num sabe qui é proibido cortá o mato, prende ele seu guarda.” Sem entender nada do que estava acontecendo o cacique falou que não queria vender nada, que só queria ir até o mar e pegar sua canoa. Aí sim é que a coisa pegou. Apareceu um sujeito com cara verde e disse que ele podia esquecer a canoa, canoa serve pra pescar e isso assusta os peixes e eles não voltam mais. E não é só canoa, disse ele, não pode também sair com barcão ou lancha, nada pode. E arrematou: “aqui em Ubatuba não pode cortar o mato, fazer casa nova, plantar mandioca, pescar.

E passear de barco também não porque por aqui não pode ter lugar para desembarcar. Aqui só pode fazer cocô. Quanto mais, melhor. Quanto mais perto dos rios, dos riachos e das praias melhor, pode fazer o quanto quiser. Você, sua família, seus amigos, o pessoal que vem do Vale, todo mundo pode.” Ouvindo isso o cacique Cunhambebe se enfureceu. Endureceu a fisionomia, empinou o corpo assumindo uma posição arrogante e extremamente agressiva e bradou: “vocês são loucos, estou há mais de quatrocentos anos cuidando da minha maldição pra me vingar de vocês e agora vejo que não preciso mais me lixar com isso. Vocês mesmos sabem se arrebentar sozinhos. De tanto fazer asneiras e inventar regra errada no lugar errado vocês não sabem mais viver com a natureza e isso vai acabar com ela. Sem ela não vivo nem morto, vocês que se lixem, tô fora. Fui!” Sumiu, nem se despediu de mim que o encontrei no meio da História e com quem conversei tantas vezes. Daqui em diante arrumar esta cidade está por nossa conta, será que vamos conseguir? Crônica de Renato Nunes 08/05/08

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Classificados TABATINGA - Casa térrea/ edícula (4 anos) ( c/escritura e registro) c/ 3 dorms. suítes, sala, cozinha, varanda com toldo de 15m, churrasqueira, estacionamento amplo para muitos carros, fechada com mureta de 60cm + tela galvanizada, portão de 4m, terreno plano de 600m, há 900m da praia Tabatinga. Principal rua de acesso ao bairro com água, esgoto, fiação subterrânea, voltagem 110 e 220, com grades (portas e janelas) em ferro grosso para segurança + projeto completo já aprovado para construção de Pousada (pavimentos térreo e superior c/ 8 suítes + cozinha + sala p/ café manhã + recepção + escritório. Localização: passando o Posto Policial e ao lado do Condomínio Costa Verde Tabatinga, antes do Portal de Ubatuba / divisa. Contatos e maiores informações através do e-mail : taniabaptistabap@ terra.com.br ou 19- 93456210. ------------------------------------MARANDUBA - Vendo 2 terrenos com 4130m2 e 5500m2 c/ 2 chalés alpinos, todo murado, ótima localização. Tratar c/ Manolo (19) 3842.4535 ou (19) 9612.1351 ------------------------------------CENTRO - Vendo casa 1 dorm, sala,coz, na Thomas Galhardo, terreno de 187m2, esquina, a duas quadras da praia (ideal p/ predio comercial) R$220 mil. 9766.1980 ------------------------------------CARAGUA/INDAIÁ - Vendo casa com 3 dorm (1 suíte), sala 2 ambientes, cozinha planejada, garagem coberta para 3 carros, edícula. Terreno de esquina. Ótima localização. (12) 3843.1262 ----------------------------------SERTÃO DA QUINA - Casa térrea, 2 dormitórios, sala, cozinha, banheiro social, área com churrasqueira e banheiro. Área do terreno 400 m². Área construída 125 m². Valor R$ 70.000.00 Tratar (12) 3849.8393 ------------------------------------SERTÃO DA QUINA - Casa térrea c/ 3 dormitórios, sendo uma suíte, sala, cozinha e lavanderia. Escritura definitiva. 150 metros da praia. Valor R$ 115.000,00 Tratar (12) 3849.8393

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15 Maio 2010

O que provoca o Estresse ADELINA CAMPI Certos eventos em nossas vidas são tão estressantes, que caracterizam a situação de trauma psíquico. Recentemente as ciências mentais reconheceram uma nova síndrome, batizada de Distúrbio de estresse pós-traumático, uma verdadeira doença, pertencente ao estudo da angústia. Esta doença ocorre com quadros agudos de angústia, grave e até invalidante, quando a exvítima é exposta a situações similares, tornando a desencadear todos os sintomas ansiosos severos, que conheceram durante a violência a que estiveram submetidos. O Assassino Silencioso Uma ativação repetida e crônica do sistema nervoso autônomo, numa pessoa que já tenha problemas de lesão da camada interna das arterias coronárias provocadas por fumo, gordura excessiva na alimentação, obesidade ou colesterol elevado, etc., vai levar a muitos problemas, tais como: • Diminuição do fluxo sangüineo adequado para manter a oxigenação dos tecidos musculares cardíacos. Isso leva à chamada isquemia do miocárdio, que é acompanhada de dores no coração, principalmente quando se faz algum esforço, e até ao infarto do coração , provocado pela morte das células musculares do coração, por falta de oxigênio. O resultado para essas pessoas pode ser até a morte, que muitas vezes acompanha um estresse agudo. • Outros problemas comuns são a ruptura da parede dos vasos enfraquecidos pela placa aterosclerótica, ou a trombose. Um pequeno coágulo pode desencadear uma cascata de coagulação, que também pode levar à morte. O nível elevado

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Jornal MARANDUBA News

de adrenalina também pode provocar alterações irregulares do ritmo cardíaco, denominadas de arritmias (“batedeira”), que também diminuem o fluxo de sangue pelo sistema cardiovascular. Outros sintomas No campo clínico os distúrbios ainda ditos ‘neuro-vegetativos’ são comuns: quadro sensação de fraqueza e fadiga, tensão muscular elevada com cãibras e formação de fibralgias musculares, tremores, suor intenso, dores de cabeça provocas pela tensão psíquica, enxaqueca, dores nas costas e nos ombros e braços, hipertensão arterial, palpitações e batedeiras, distúrbios da absorção e da contração do intestino grosso e até dores urinárias sem sinais de infecção. Assim, reconhece-se que o estresse tem três fases, que se sucedem quando os agentes estressores continuam de forma não interrompida em sua ação: • A fase aguda Nosso cérebro e hormônios reagem rapidamente, e nós podemos perceber os seus efeitos, mas somos geralmente incapazes de notar o trabalho silencioso do estresse crônico nesta fase. • A fase de resistência Perda de concentração mental, instabilidade emocional, depressão, palpitações cardíacas, suores frios, dores musculares ou dores de cabeça freqüentes são os sinais evidentes, mas muitas pessoas ainda não conseguem relacioná-los ao estresse, e a síndrome pode prosseguir até a sua fase final e mais perigosa: • A fase de exaustão Esta é a fase em que o organismo capitula aos efeitos do estresse, levando à instalação de doenças físicas ou psíquicas, ou até a morte.

Túnel do Tempo

1953 Alunos da Escola da Maranduba

Registro de fatos do século passado em nossa região

2005

1993

No meio do caminho tinha um tatu

1987 Nas tardes ensolaradas os jovens apreciavam...

1983 Classe do Professor Joaquim no Sertão da Quina

Quadrilha do Revestréis no Sertão...

1987 ...a formação da pirâmide humana na cachoeira

1998 Escolinha de Futebol do Sertão conquista medalhas

CEFOM - Central de Fofocas da Maranduba

Devido ao vendaval, Pedro “Fofoca” teve que fazer reparos em 138 casas, só na sua rua.

Waldir “Soiza” avisa aos garotões da regíão que já chegou a nova G-Magazine. Corram!



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