Maranduba, 15 de Março de 2010 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano I - Edição 03
Destaques:
Rio Lagoinha pede socorro
pg 03
Esporte:
Stand-up chega com força total pg 05 Turismo Rural:
Delícias a base de gengibre pg 06 Dica de Turismo:
Trilha do Bonete e os tesouros da natureza pg 08 Região oculta mistérios e fragmentos do passado pg 09 Gente da Nossa História:
Chico Romão, um homem do mar pg 10 Lenda:
Os Marinhos pg 11 Profissão:
Raios! Descarga direta ou indireta? pg 12
Cultura:
A presença da lingua tupi em Ubatuba pg 13
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Jornal MARANDUBA News
Editorial
Regional Sul atende moradores do Ingá
Um dos princípios do jornalismo é ouvir denúncias e reclamações, apurar os fatos, viabilizar soluções e divulgar os resultados. O Jornal Maranduba News veio para aplicar esse princípio. Um exemplo é o problema enfrentado pelos moradores atingidos pelas cheias do Rio Lagoinha devido a falta de limpeza e assoreamento, que já vem de longa data. Apuramos os fatos e consultamos os órgãos competentes para a solução do problema. O resultado pode ser conferido na reportagem da página 3 desta edição. Esperamos poder divulgar em breve os resultados positivos dessa reportagem para que tanto a população local, como a balneabilidade das praias da baía do Mar Virado não sejam prejudicados. O mesmo trabalho será feito com relação ao Rio Maranduba, onde já fomos informados sobre o lançamento de esgoto in natura nesse rio. Segundo informações, o fato pode ser comprovado durante a maré baixa onde canos de esgoto, que geralmente ficam abaixo da linha d´água, podem ser detectados. Nossa missão será registrar e encaminhar aos órgãos competentes para que tal prática seja coibida e seus autores punidos na forma da lei. Se não houver respeito aos seres humanos e a preocupação com a natureza, que futuro poderemos deixar para nossos filhos e netos? Esse trabalho só é possível quando existe uma imprensa independente, sem vínculos políticos ou econômicos com quem quer que seja. Por isso agradecemos aos empresários, comerciantes, prestadores de serviço e população que acreditam em nosso trabalho e empenho de estar sempre em defesa da região sul de Ubatuba. Essa independência e credibilidade são nossas principais armas para o progresso, o bem estar e a qualidade de vida de nossa região. Gostaríamos também de agradecer aos milhares de leitores que acessam nosso informativo na internet. São leitores locais, de outras cidades, estados e até do exterior. Com a facilidade da internet fica cada dia máis fácil atingir um grande número de leitores e passar informações com qualidade e agilidade. É impressionante o número de pessoas que, mesmo longe, desejam se manter informadas sobre os acontecimentos locais.
Atendendo a apelo dos moradores do Sertão do Ingá, a A. R. Sul realizou serviço de limpeza e aterro de parte do lixo depositado às margens da estrada que dá acesso ao bairro. Segundo o administrador da Regional Sul, Moralino Valim Coelho, a situação estava crítica, pois no local só é permitido o acúmulo de material de poda, como galhos, folhas e detritos vegetais. “O que ocorre é que as pessoas jogam lixo orgânico, material reciclável (como garrafas PET) e outros produtos que agridem a natureza e trazem mau-cheiro ao local”, afirma Moralino. As pessoas devem se conscientizar de que não se deve jogar esse tipo de material na beira das estradas, e sim acondicionar em sacos de lixo para que o serviço de coleta possa recolher esse material.
Regional Sul aterrou parte do lixo nas margens da estrada do Ingá
Outro problema que ocorre na orla da Maranduba é que as pessoas trazem lixo dos estabelecimentos localizados na Av. Marginal e travessas para deposita-los nos containeres destinados aos quiosques. “Esta semana tive que deslocar uma máquina para remover
Região Sul recebe melhorias
Moralino Valim Coelho, administador da Regional Sul, se destaca pelo emprenho na manutenção e limpeza da região. Ao lado, limpeza da praça da Quadra do Ingá
Emilio Campi Editor
Editado por:
Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.
Av. Paraná, 1085 - Indaiá - Caraguatatuba - SP Fones: (12) 3883.9494 / (12) 7813.7563 - Nextel ID: 55*96*28016 e-mail: jornal@maranduba.com.br Site: www.jornalmaranduba.com.br Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: quinzenal Responsabilidade Editorial:
Emilio Campi Colaboradores:
Adelina Campi, Ezequiel dos Santos, Uesles Rodrigues, Camilo de Lellis Santos e Fernando Pedreira Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo
lixo que foi jogado no canteiro do DER, entre a pista e a praia, onde o correto seria que os comerciantes providenciassem lixeiras adequadas para colocar esse lixo na própria Marginal, onde a coleta faria a remoção”, alerta o administrador da Regional Sul.
Recém designado como administrador da Regional Sul, Moralino Valim Coelho, ex-vice prefeito de Ubatuba vem se destacando pelas ações na região sul de Ubatuba. Entre os trabalhos realizados Coelho ressalta a limpeza da estrada do Sertão da Quina, limpeza das praças da Bandeira e da Quadra do Ingá, cabe-
ceira da ponte da aldeira, no Corcovado e está fazendo uma parceria com os moradores para implantação da tubulação para escoamento de água na rua Sena, na Pedra Preta. A opinião dos moradores é unânime quanto a dedicação que Coelho vem prestando a região sul, mesmo sem as condições ideais para o bom de-
sempenho da função, no caso de veículos de maquinários insuficientes. Mesmo diente destas dificuldades, o administrador regional se empenha ao máximo para atender todos os pedidos que chegam a seu conhecimentos, para melhorar a infraestrutura dos bairros da região sul do município de Ubatuba.
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ALERTA: Rio Lagoinha pede socorro! Moradores reclamam de esgoto e acúmulo de lixo nas margens do rio que provoca alagamento durante chuvas intensas EMILIO CAMPI A comunidade próxima ao Rio Lagoinha tem reclamado que durante chuvas intensas ocorre o transbordamento do rio, alagando ruas e casas nas áreas próximas. Tal alagamento se deve a falta de limpeza das margens do rio, que acumula galhos, vegetação e lixo, além do assoreamento que reduz a vazão do mesmo. Outro problema no local é a constatação de lançamento de esgoto in natura no bairro da Vila Mariana Teixeira, as margens desse mesmo rio. Existe uma passarela que liga essa vila ao bairro da Lagoinha onde se constata o cano de esgoto lançando o esgoto diretamente no rio. Em dias quentes o cheiro é insuportável. Esse rio desemboca no canto esquerdo da praia da Lagoinha, uma das mais belas praias da região sul de Ubatuba. Iniciamos um levantamento sobre qual procedimento a ser tomado para solucionar esse problema no intuito de informar e orientar a população atingida, a quem cobrar como agir, além de concientizar os moradores a não jogar lixo nas encostas e nas margens dos rios. REGIONAL SUL Contatamos a Administração da Regional Sul da prefeitura de Ubatuba e fomos informados que a Prefeitura não pode efetuar a limpeza por se tratar de área de preservação. Segundo o administrador regional, Moralino Valim Coelho, “se pudéssemos fazer a limpeza e desassorear o rio, com o material retirado poderíamos realizar a manutenção das ruas, o que melhoraria as condições dos bairros da região sul”.
CETESB Segundo a CETESB, não consta nenhuma solicitação de licenciamento relacionado ao desassoreamento do Rio Lagoinha. O órgão consultou representantes da Prefeitura de Ubatuba, que informou desconhecer a existência de problemas nesse corpo d’água. Quanto ao lançamento de esgotos no corpo d’ água, a CETESB relata que a Prefeitura Municipal de Ubatuba deve ser consultada para esclarecimentos sobre a regularidade da ocupação citada, assim como projetos para a implantação de coleta pública de esgotos nesse bairro, já que a Constituição Federal estabelece que “compete aos Municípios legislar e atuar em assuntos de interesse local, entre eles: saúde pública e regulamentos sanitários”. Numa ação em curto prazo, o órgão recomenda que seja acionada a Vigilância Sanitária do Município. SEMA Relatamos o problema junto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente que se prontificou a entrar junto a Secretaria de Obras para iniciar um procedimento administrativo com estudos para outorga junto ao DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) para o desassoreamento do rio e também junto a CETESB para o licenciamento ambiental necessário para a inclusão das máquinas nos locais necessários às obras. COBRANÇA E ATITUDE A preocupação é grande com relação ao futuro da região. A população deve estar ciente de que deve cobrar junto aos órgãos responsáveis uma providência para sanar estes pro-
Fotos: Emilio Campi
Mata fechada e galhos impedem a vazão do rio Lagoinha o que causa alagamento durante as chuvas
blemas, mas também deve se concientizar de fazer a sua parte no tocante a não jogar lixo nos rios e encostas. A preservação do meio ambiente é um ato que deve ser praticado por todos. O cidadão deve denunciar quando presenciar tais atos para que as medidas legais sejam cumpridas.
“A população deve cobrar junto aos órgãos responsáveis uma providência para sanar este problema, mas também deve fazer a sua parte: não jogar lixo nos rios e encostas” DENUNCIE: Adm Regional Sul: (12) 3849-8480 CETESB: (12) 3832-3816 SEMA: (12) 3833-4541 Vigilância Sanitária: (12) 3833-8580 Secretaria do Meio Ambiente (0800-113560)
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Restaurante Mar Virado, o sabor e o requinte da região sul EMILIO CAMPI Quem gosta de apreciar as delícias da cozinha a base de frutos do mar não pode deixar de conhecer o Restaurante Mar Virado, na praia da Lagoinha. Aliado ao bom gosto e requinte do ambiente, a especialidade deste restaurante agrada ao mais exigente gourmet. Além de frutos do mar, o Restaurante Mar Virado oferece o melhor da cozinha regional, além de pratos a base de carnes, aves, massas e também possui pizzaria com forno à lenha. A sugestão da casa é o Abadejo a Mar Virado, que consiste em filé de abadejo grelhado coberto com frutos do mar, acompanha arroz branco. Outro prato que se destaca é o Abadejo à Lagoinha, que é servido com amêndoas, brócolis e batata corada. Ambos os pratos custam R$ 80,00 cada e servem duas pessoas. Vale mencionar o Camarão na Moranga com Palmito, muito apreciado e majestosamente preparado ao custo de R$ 98,00, também servido para duas pessoas. PIZZARIA A pizzaria prepara deliciosas pizzas no forno à lenha, onde as mais pedidas são a Pizza Mar Virado com frutos do mar
Fotos: Emilio Campi
Abadejo a Mar Virado: filé de abadejo grelhado coberto com frutos do mar. Um prato que contém o melhor da cozinha localo e regional
(R$ 58,00) e a Pizza de Camarão (R$ 68,00), que são de dar água na boca. Em um ambiente minuciosamente decorado, com uma ilu-
Ambiente agradável com uma decoração de muito bom gosto
minação bem sugestiva, o Restaurante Mar Virado também possui um espaço destinado a sorveteria, um bar com os mais finos tipos de bebidas e uma
carta de vinho bem completa. LOCALIZAÇÃO O Restaurante Mar Virado está situado na Rua Colonial 342, na Lagoinha, às mar-
Localização privilegiada no melhor ponto da praia da Lagoinha
gens da Rodovia CaraguáUbatuba. Abre diariamente das 12 às 24 horas, exceto às terças-feiras. O telefone é (12) 3843-1088.
Pizza Mar Virado, com frutos do mar
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Stand-Up chega a Maranduba com força total LU SHAPER Criado pelos havaianos o Stand-up ou Sup e um dos mais tradicionais e antigos esporte com prancha do mundo. Nesse verão o Sup foi febre no Brasil. O Sup é uma maneira diferente de se relacionar com as ondas e o oceano. É um esporte fascinante e fácil e qualquer pessoa de qualquer idade pode praticar o Sup. O Sup é uma prancha com mais de três metros de altura e mais de 1 metro de largura. Por ser uma prancha larga, cheia e grande, ela permite que o surfista fique em pé com mais facilidade e utilizar um remo de 2 metros para se locomover e entrar na onda. Não é necessário estar rolando onda para utilizar a prancha pois quando o mar esta pra peixe (sem onda) é só sair remando e curtir essa bela paisagem da nossa Maranduba, onde vista da água fica bem mais bonita. Remo em torno de 2 a 4 km quando uso o Sup para remar.
Quando uso para surfar vejo as ondas melhor porque estou em pé e não sentado. Entro com mais facilidade por causa do remo. Alem de relaxar a mente e dar um ótimo condicionamento físico o Sup te
Lu Shaper e seu Sup de 3 metros
livra do estresse do dia a dia e te deixa em contato com a natureza. O Stand-up não e um esporte barato. Uma prancha completa custa em torno de R$ 2.500,00 a R$ 3.000,00, pois a prancha e feita em resina de epóxi e o remo em fibra de carbono. Hoje o Stand-up está sendo usado por atletas no Brasil e no mundo principalmente para aumentar resistência e performance nas ondas. Atletas como Kelly Slater - 9 vezes campeão mundial de surf - Laird Hamilton, surfista de ondas gigantes, e o brasileiro Carlos Burle, também surfista de ondas gigantes, Picuruta Salazar - 10 vezes campeão brasileiro de long board entre outros surfistas de nome renomados. É isso ai galera! Quem quiser conhecer mais sobre o esporte e a prancha e só fazer uma visita na loja Super Kort Board Shop e falar com Lu Shaper. É isso ai. Aloha e vamos preservar o oceano! Ele e o nosso lar!
Fotos: Super Kort Ubatuba
Por ser uma prancha larga, permite que o surfista fique em pé com mais facilidade e utilizar um remo de 2 metros para se locomover
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Delícias a base de gengibre são produzidas na Região Sul EMILIO CAMPI Foi na década de 40 que Yoshio Kamiyama, um imigrante japonês, deu inicio a colonização na região. Ele colaborou com a colonização japonesa nos bairros do Rio Escuro, Praia Dura, Maranduba, Araribá e até em Caraguatatuba. Na década de 50, fundou no Araribá o Sítio Recanto da Paz, que foi responsável por uma grande produção de hortifrutigranjeiros que abastecia o CEAGESP com berinjela, pepino, pimentão e banana. Já nos anos 60 e 70 se especializou na produção de gengibre tipo exportação, chegando a colher mais de 120 toneladas por safra. Foi um período áureo para a agricultura da região gerando renda, empregos e uma série de benefícios para seus produtores. Mas nos anos 80, um fungo conhecido como “fuzarium” encerrou uma das mais promissoras fontes de renda agrícola que a região já teve. Porém, em 2007, Anne Kamiyama, filha do colonizador Yoshio Kamiyama, reintroduziu o cultivo orgânico do gengibre sem uso de agrotóxicos. A partir de então deu início ao
Fotos: Emilio Campi
processamento do gengibre em vários produtos tais como gengibre em conserva, em pó, desidratado e outras iguarias como polpa, bala, biscoito, bolo, suspiro, dietético, com sal e limão, todos tendo o gengibre como matéria prima. O gengibre tem ação bactericida, é desintoxicante e acredita-se também que possua poder afrodisíaco. Suas propriedades afrodisíacas e estimulantes são conhecidas há séculos. Na medicina chinesa tradicional, por sua reconhecida ação na circulação sangüínea, ele é utilizado contra a disfunção erétil. Melhora a circulação, quadros de mal estar como dor de cabeça, enxaqueca, náuseas, tonturas, zumbido no ouvido, friagem e ressaca. Na antiguidade, era usado como remédio para todos os “males” (Panacéia). O gengibre possui sabor picante e pode ser usado tanto em pratos salgados quanto nos doces e em diversas formas: fresco, seco, em conserva ou cristalizado. O que não é recomendado é substituir um pelo outro nas receitas, pois seus
sabores são muito distintos: o gengibre seco é mais aromático e tem sabor mais suave. Atendendo a todas as exigências sanitárias para a produção em larga escala, Anne Kamiyama fundou a “Gengibre
de Ubatuba”, sendo a segunda empresa na região a produzir e exportar produtos cultivados no município. A primeira foi o “Tachão de Ubatuba” com seus consagrados produtos feitos a base de banana.
Agricultor prepara a terra para o plantio de gengibre no Sítio Recanto da Paz, no Araribá, região sul de Ubatuba
Amarildo Pazelli apresenta o récem colhido gengibre in natura
Depois de processado, o gengibre se trensforma em iguarias como balas, biscoitos, conservas, cristalizados e produtos dietéticos
O gengibre contém vitaminas B1, B2, C, Niacina, Água, Fibras, Cálcio, Potássio, Litio, Fósforo, Sódio, Magnésio e Óleo Essenciais. Previne, melhora e até mesmo cura problemas respiratórios tais como gripe, bronquite, asma, pneumonia, alergias, problemas digestivos, renais, ginecológicos e circulatórios.
Você pode adquirir diretamente os produtos da “Gengibre de Ubatuba” através dos telefones (12) 3849.5401 - 3849.8112 em Ubatuba ou (11) 5594.2746 – 9564.1626 em São Paulo, SP.
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Vamos falar sobre turismo II FERNANDO PEDREIRA Como dissemos no número anterior, desenvolvemos vários projetos com a orientação do Sebrae no Programa de Desenvolvimento do Turismo Receptivo - PDTR. Basicamente o Programa se resume em cinco projetos básicos que são: Sensibilização, Capacitação, Formatação de Produtos, Gestão e Qualidade e Comercialização. Fomos além e fizemos: Sensibilização das Comunidades Para a Importância do Turismo Sensibilização das Escolas Para a Importância do Turismo Capacitação dos Operacionais e Empresários da Caldeia Produtiva do Turismo Formatação de Produtos Turísticos Gestão e Qualidade Comercialização Sempre focando produtos perenes, ou seja, comercializáveis o ano todo. Vamos falar de um por um, mas antes mais algumas histórias ocorridas neste percurso. Todos estes projetos foram desenvolvidos com a participação de Lideranças Comunitárias da Região Sul, além de algumas da região oeste e por incrível que possa parecer sem nenhuma participação dos empresários, os principais interessados.
Foto: Emilio Campi
Convidamos também os componentes do Conselho Municipal de Turismo que além de empresários são os presidentes das Associações representativas de seus segmentos, mas ninguém se prontificou, a saber, do que se tratava. Até mesmo a Associação Comercial que assinara a parceria com o Sebrae, pouco participou e depois de um dado momento começou a participar, mas tivemos a nítida impressão que era mais para atrapalhar do que para ajudar. A própria Secretaria de Turismo que ao perceber nosso desenvolvimento veio somar, mas hoje analisando os ocorridos percebemos que compareciam na reunião, se prontificavam a realizar as tarefas necessárias
definidas em reunião e depois nada faziam, por este motivo na reunião seguinte não avançávamos o que provocou o esvaziamento e o desinteresse daqueles que participavam. Tiramos “água de pedra” e assim que percebemos que jamais avançaríamos paramos de participar o que provocou o desaparecimento completo do projeto, ou seja, confirmamos que o PDTR existia porque nós existíamos. Com a nossa saída, ninguém mais falou do assunto. Sobre o Primeiro Projeto: Sensibilização para a Importância do Turismo É necessário que se esclareça a maioria da população o que é o turismo e como tratar o Turista.
Fazer perceber que o Barbeiro Zezinho, que corta o cabelo do Antonio pedreiro, que faz a casa do Sr. Manoel da vendinha do bairro, onde ninguém vê turista algum, que o Sr. Manoel vende seus produtos às pessoas que trabalham nos Bares, Restaurantes, Hotéis, etc. etc. que atendem os turistas, ou seja, se estes não tiverem o turista não estão empregados e não comprariam do Sr. Manoel que por sua vez não construiria deixando Antonio sem dinheiro para cortar o cabelo. Fazer entender que os Turistas vem pra cá porque gostam das Praias, e poderiam gostar de muitas coisas que desconhecem aqui da nossa Cidade, gostam também de ser bem tratados e que, portanto preci-
samos conhecer a nossa Cidade, pontos turísticos, comércio, hotéis, etc. para podermos informar o turista e bem trata-lo, Assim também necessitamos de preservar todos os recursos e produtos que temos na Cidade, como Cachoeiras, Trilhas, Praias, etc. E que Recurso é aquilo que pode ser atrativo para o turista, como os citados Cachoeiras etc. e Produto é esta Cachoeira ter banheiro, hora de abrir, hora de fechar, plano de manejo (não pode ter mais pessoas que sua capacidade) pessoas preparadas para levar a trazer o turista etc.etc. Como então fazer isso chegar à população? Você pode obter o projeto na integra acessando o endereçomaranduba.com.br/doc/pdtr.doc
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Trilha do Bonete e os tesouros da natureza EZEQUIEL DOS SANTOS Considerado um roteiro curto, a trilha que sai do canto esquerdo da Praia da Lagoinha leva ao bairro da Fortaleza, passando pela Praia do Oeste, do Perez, Prainha, Bonete, Grande do Bonete, Deserto, Prainha do Deserto e Cedro. A trilha é do tempo dos primeiros moradores da região, os índios Tupinambás. Assim como a água era a rodovia dos antigos moradores, as trilhas eram as pequenas estradas. Este trecho não foi diferente. É um pedaço da trilha que cortava o litoral de Santos ao Rio de Janeiro, usada por índios negros e, posteriormente, por europeus colonizadores. Como os povoados foram erguidos à beira da praia, aquele pedaço assim como a Caçandoca já foi muito habitado. O local já foi palco de grandes roças e muitos ranchos de canoas no jundú das praias, muitas maresias, ventos fortes, muitos bate-pé, função, festas com consertadas e doces de mamão. Quem não tinha canoa, ia até os pequenos povoados a pé por estas trilhas. Esta passagem de servidão oferece um divertido e gostoso passeio, que não combina de jeito nenhum com lixo abandonado na trilha, com galhos cortados e pedras pixadas. O local é muito freqüentado e tem várias opções de atividades: por terra, caminhada inesquecível, bares diferenciados; por água, de tudo um pouco, diferente e agradável. O acesso é considerado fácil e foi feito para curtir cada cantinho, o tempo de caminhada depende da curiosidade de cada um. Já na saída da Lagoinha, a costeira é muito apreciada por mergulhadores de final de semana, com o devido cuidado,
Fotos: Emilio Campi
Há quem diga que o nome Bonete tem origem na dificuldade da pronuncia francesa da palavra “sabonete”
existe uma pedra que é possível pular na água. Por terra é possível, dependendo do horário, avistar pequenas aves e mamíferos, até mesmo bichos preguiças podem ser avistados em árvores a beira da trilha. Nada de preguiça, por água existem por vezes os serviços de táxi-boat, que levam até a Praia Grande do Bonete, mas também podem ser agendadas visitas a outros lugares. Os bares são famosos por suas especiarias. O percussor dos bares foi o do Hans MaiersMar Virado, vinham embarcações dos mais distantes lugares, muitas histórias o lugar já reservou. Continuando a trilha passamos por locais belíssimos, de qualquer ângulo se tem uma vista recompensadora. No caminho ainda vemos poucas casas de moradores tradicionais, como a da família Lopes. Próximo à amendoeira na Prainha, existe uma anti-
ga fábrica de esculturas em bronze, que por falta da rede de energia elétrica parou de produzir as obras de arte, as obras que de lá saíram foram parar em quase meio mundo. Eram obras que necessitavam de pelo menos 6 a 10 homens para erguê-lo. Do local saiu um cavalo de bronze que hoje enfeita um aeroporto no Canadá.
Mais adiante um pequeno riacho e a frente um bar com varanda para o mar. Cada canto guarda um segredo, no caminho é possível avistar uma fazenda de mexilhões, dizem que a iguaria é afrodisíaca. Na caminhada é possível encontrar com moradores da localidade. Os mais velhos ainda mantém seu jeito típico
Praia Deserta também é conhecida como “Praia dos Sonhos”
de falar e até mesmo na andar, alguns ainda tecem suas redes de pesca, outros olham para o mar esperando o melhor momento para pescar. Por vezes as águas lembram muito mais as águas do Caribe, suas águas verde-claras é um atrativo a parte, é possível avistar tartarugas próximos às pedras, de tão límpida, tem-se a sensação de que é um vidro e por baixo deste vidro não tem nada. A praia do Bonete é parada obrigatória de escunas e de visitantes á um relaxante banho de mar, seu canto esquerdo é maravilhoso para um mergulho de snorkel e para a pesca com vara, para as crianças então o paraíso na terra. Há quem diga que o nome Bonete tem origem na dificuldade de pronunciamento de franceses na palavra sabonete, e falavam de uma forma que os nativos entendessem só o bonete do sabonete. Pode ser só história. A trilha que leva a outra praia existe um pequeno ponto onde é possível avistar de cima a praia do Bonete, excelente para umas fotos e para matar de inveja quem não pode vir. Do outro lado está a maior praia do trecho, a Grande do Bonete, conhecida por alguns pela sigla PGB. De tão limpas e branquinhas que são as areias, ainda é possível ouvir os “ics, ics” quando arrastamos os pés com pouco mais de força. Considerada praia de tombo, possui ondas razoáveis já que é voltada para o mar aberto, no seu canto direito, na costeira existe uma caverna, onde pescadores a utilizam como abrigo e curiosos imaginam quem poderia ter morado ali. Existem ainda alguns ranchos de canoas e uma pequena barra de rio, palco de partidas de futebol de areia.
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Região oculta mistérios e fragmentos do passado Em frente a praia Grande do Bonete existe a Ilha do Mar Virado, que não tem praia, mas existe abrigo nas pedras possível de ancorar uma embarcação. Pesquisadores da Universidade de São Paulo encontraram Sambaquis milenares na ilha, do outro lado da ilha existem dois cortes no morro que parecem que foram realizados por uma ferramenta gigante. OVNI O local guarda muito mistério e belezas naturais, um desses mistérios fora a retirada de um objeto semelhante ao um cachimbo gigante das águas, na época os moradores foram proibidos de saírem de suas casas, e a tal peça foi içada por um navio da marinha americana. Na ocasião um fotógrafo americano que estava nas Toninhas tirou algumas fotos e também foi levado, nunca mais o viram, especulações informam de que se tratava de um OVNI, isto parece que aconteceu na década da de 1930. OSSADAS MILENARES Foram encontradas ossadas de ocupantes da região de cerca de dois mil anos e que possivelmente a ilha fazia parte do continente, segundo pesquisadores, estes primeiros moradores eram muito baixos, não viviam mais do que 25 anos e se alimentavam basicamente de frutos do mar. Pesquisa realizada por Diegues, renomado antropólogo brasileiro e especialista em comunidades tradicionais, aponta também de que a disposição social, espacial, geográfica e cultural dos moradores da Praia Grande do Bonete em interação com os turistas não é o modelo ideal de convivência, mais um exemplo a ser seguido de convivência entre seus atores.
Da importância de se manter o local limpo moradores se revezam para levar o lixo do bairro ao continente, um serviço voluntário. Ruim para os moradores é em época de férias, onde muitos campistas não respeitam nem moradores e nem a natureza. TRADIÇÃO O local guarda muitos resquícios de seu passado glorioso, a festa de janeiro, a corrida de canoa, a receptividade, o jeito de falar, de caminhar, a interação com a natureza, manutenção do lugar, a defesa de seus patrimônios e por vezes a volta de seus filhos. Como não tem rua, a disposição dos acessos é bem interessante, grande parte tem nomes de peixes da região e é conduzida por plantas muito bem cuidadas nas laterais. Ao centro da localidade uma Capela, a escola e uma área para as festividades. Do bairro saem duas trilhas, uma que leva ao bairro da Fortaleza, outra que leva ao Cedro, uma praia que tão bela parece que foi feito à mão, existe uma pequena casa próxima à mata, um rancho antigo, no meio da praia pedras que a separam em duas partes, como se dissessem: “Você lá e eu aqui”. As águas limpas e transparentes o convidam a curtir o local sem pressa. A frente o ilhote do Mar Virado, onde moradores acharam objetos e marcações da Marinha do Brasil. Um local que parece abandonado, mas que guardam ótimas lembranças do passado, um pedaço com muita história, gente boa e que ainda mantém o lugar com ares de paraíso e paraíso não combina com lixo e com depredação, lembre-se disso.
Fotos: Emilio Campi
Praia Grande do Bonete guarda resquícios da tradição, patrimônio e cultura caiçara
Praia do Cedro pode ser acessada através de trilhas que saem da Praia Grande do BHonete e Fortaleza
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Gente da nossa história: Chico Romão, um homem do mar Francisco Lopes de Araújo (Chico Romão) nasceu em 26 de julho de 1911, ano em que afundava o Titanic, maior navio do mundo. Nasceu à beira mar em uma casa humilde. Ao redor se via o jundú avançar o quintal, o vento balançar as folhas das bananeiras, onde a melodia que o fazia dormir era o som do mar, do vento, das aves, das trovoadas, da areia no jundú da praia. Assim crescia o exemplo de homem do mar, o nosso Jacque Costeau Tupiniquim. A relação com a natureza ditava as regras e dentro destas normas Chico crescia e aprendia. Cedo descobriu suas duas maiores paixões, seus amores. Casou-se com as duas. Uma era o mar, e outra era Dona Leopoldina Francisca de Araújo, de onde tiveram 12 filhos: Duas Marias (uma falecida), Sebastiana, Benedita, Lídia, Anísio, Izabel, e os que já foram: Terezinha, Terezina, Renato, Sebastião e Bernadete, dos quais muitos filhos, netos, bisnetos o alegraram. Chico Romão morou até 1975 no local onde existe hoje uma marina, entre a praia da Maranduba e a curva da SP55, próximo as pontes do rio Maranduba. Já naquela época a especulação imobiliária, a conivência de membros do judiciário e do executivo, utilizava-se de meios obscuros para legalizar os roubos de terras e de violência policial. Chico Romão então recebeu uma ordem de despejo, para que no mesmo dia desocupasse o que havia conquistado com tanto suor. Não querendo ver a partida de seu patrimônio, Chico então pegou sua canoa, lançou a rede ao mar e depois voltou, entrou pela barra do rio e foi à
casa da irmã. Os amigos e parentes lembram de que o despejo fora como uma máquina que arrancou uma frondosa árvore e jogou sem explicação ao mar. Lembram ainda de que a truculência policial se estendeu aos turistas que no local acampavam. Chutaram suas barracas, empurravam as pessoas, todos foram tratados pior de que animais sem dono. Mesmo com o coração em prantos, ergueu a cabeça e recomeçou. Sua casa, em quatro finais de semana, foi construída com a ajuda de amigos, parentes, filhos e genros em regime de mutirão. A filha Izabel pescava com o pai, já que tinham de economizar para reerguer a vida e a casa. Chico foi amigo, foi pai, foi conselheiro por muitas vezes, muitos se lembram de quando ele oferecia seu chapéu para dar sorte na pescaria. Para os pescadores era uma honra a consultoria gratuita de Chico, além da sua companhia que era mais do que agradável. Para Aristides Félix dos Santos (Canéco), ele sempre foi um caiçara mão aberta, alegre, divertido e sorridente. “Lembro-me de quando ele morava do outro lado da barra, do lado de cá tinha o armazém do Chico da Barra e a escola da Dona Brandina”, termina. Por vezes o peixe era vendido por cento (cem unidades) e quem comprava um cento de peixes do Chico Romão, levava outro cento de presente. Quem não tinha dinheiro levava de graça o peixe. Aos companheiros de pesca, ele repartia o quinhão certinho. Pedro Félix dos Santos, quando moleque a mando de seu pai, foi na barra do Rio Maranduba comprar peixes e
então recebeu uma proposta irrecusável: trabalhar com Chico Romão. Pedro Felix lembra com emoção: “Pesquei mais de vinte anos com ele. Desde moleque a gente aprendia cada dia uma coisa nova sobre o mar e o tempo. Ele era valente no mar, pescava de tudo e com todo tipo de rede, tresmalho, picaré, malhão, arrasto e espinhel, cada rede ou linhada para um tipo de peixe e sua época certa”, finaliza o aluno. Bastava o tempo ficar estranho para todos fossem até Chico consultá-lo sobre o tempo e tomar seus conselhos. Chico gostava da brisa que vinha do mar e também das poucas caminhadas até a praia. Todo dia 10 de outubro era aniversário de casamento de Chico e Leopoldina. O aniversário de bodas de ouro foi uma alegria só. O casamento foi na capela da Maranduba, com três dias de festa com a família inteira. Já as bodas de esmeralda foi em Aparecida do Norte. Lotaram um ônibus do litoral e outro que saiu da Capital. Na chegada uma grande faixa com os dizeres: “Viemos homenageá-los pelas bodas de esmeralda”. Chico trouxe a faixa para frente de sua casa onde pendurou para que todos pudessem ver. Já mais cansado, as bodas de diamante, foi um grande almoço em sua casa. Adivinhem o que foi servido? Isto mesmo, frutos do mar! Todo tipo de frutos do mar ao homem que sabia o que estava comendo. Muito debilitado, Chico chegou a comemorar em vida ainda 66 anos de casamento. Por ser uma biblioteca ambulante, uma japonesa que muito o visitava, publicou um livro com o titulo “Origem”, e den-
Texto e Foto: Ezequiel dos Santos
tro dele havia um texto e uma foto deste honrado pescador. Infelizmente Chico não conseguiu ver esta obra. Ele se foi de uma forma como sempre viveu, olhando pro mar. No seu último dia no hospital, ele perguntou aos familiares o que seria aquela fumaça lá fora. “Será que a Leopoldina ta queimando panela?” Responde a filha Benê: “Pai, é neblina do mar, que vem pela boca da barra, é uma serração”. Confortado, Chico se sentou na varanda de sua casa, abaixou suavemente sua cabeça para olhar a frente da aba de seu chapéu como se estivesse avistando o céu, o tempo e o mar.
Responde: “Pois é, o tempo ta virando!” Após essa conversa DEUS o levou para o paraíso. Isso foi em 02 de janeiro de 2003. O que será que realmente ele via por trás daqueles pequenos olhos? Que segredos ele levou? Ah! Ia me esquecendo, no último dia 03 de março, dona Leopoldina, exemplo de filha, mãe, mulher, companheira, amiga e conselheira fez noventa anos de vida, quase um século de existência. Desejamos a dona Leopoldina, muitas felicidades, muitos anos de vida e sinceramente meus PARABÉNS e muito obrigado por tudo.
15 Março 2010
Lenda: Os Marinhos Barbaridade! Há mais de três meses não chovia, numa estiada jamais verificada nestas redondezas. Aqui a chuva é uma constante no decorrer do ano e assim, uma seca como aquela exasperava a população, mormente a gente dos bairros que, se dependia da pesca, muito mais dependia da lavoura para garantir a própria sobrevivência. De chuva, nem sinal! O céu mantinha uma limpidez imaculada, um azul puríssimo, sem um mínimo resquício de nuvem que pudesse dar a esperança de um próximo aguaceiro! O ar, parado! Nem uma brisa, nem uma aragem para refrescar um pouco, fazendo balançar a ressequida galharia das árvores desnudas, murchas, desfolhadas... Toda a região sofria por igual os efeitos daninhos da seca, mas os moradores da Praia das Toninhas, inconformados, afirmavam que lá era pior, que lá a areia da praia era mais quente que a das outras, chegando a tostar-lhes as plantas dos pés se não a evitassem, precisando caminhar por cima, por sobre o emaranhado dos “jundus”. Lá, diziam, dava pena olhar as roças, onde a plantação amarelecia esturricada sob a ação escaldante dos raios solares! Até a cachoeirinha que, sempre farta descia murmurante a encosta pedregosa, estava agora reduzida a um minguado filete de água, torturando o mulherio que amanhecia aglomerado ao pé da bica, na angustiante espera de encher o vasilhame! Seca tirana aquela! E a pesca? Também falhara. Se todo santo dia, logo cedo, os pescadores saiam mar afora em busca do básico alimento para o seu sustento, retomavam alto
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dia, desanimados, com rebotalhos, trazendo aquilo que até há pouco desprezavam na praia à acirrada disputa dos famintos urubus.- “É - dizia Tonico Honorato, patriarca da Toninhas, por isso mesmo acatado e respeitado -, isso aí é castigo, e pelos pecadores pagam os inocentes... Já não há mais respeito, não há mais recato! Ninguém mais tem palavra! As igrejas vazias... Pra essa gente parece que Deus já não existe e seus mandamentos não valem mais nada. .. Isso é castigo!” Na Toninhas o que Tonico Honorato dizia era sagrado. Se ele disse que aquela provação era castigo, outra coisa não cabia senão rezar. Enquanto os crédulos rezavam, aguardando o milagre da chuva redentora, Júlio e Camilo, dois inseparáveis rapazes do bairro passaram a observar o procedimento estranho de Marino, também amigo e companheiro, mas agora arredio, evitando-os com desculpas descabidas e alegações inconcebíveis. A princípio não deram importância, mas num dado momento, como que acordando, ficaram intrigados com tal procedimento. Ainda mais porque, se a pesca fracassava para todos, por que para Marino era diferente? Ele não saía com os outros pela madrugada, mar afora, singrando as ondas. Ficava em casa entretendo-se em pequenos afazeres ou indo á roça em desnecessária vistoria às ressequidas plantas que teimavam vegetar nos aceiros. A tarde, porém, viam-no caminhar pela costeira com petrechos de pesca, saltando de pedra em pedra, indo ponta afora, para o costão do Itapecericuçu, onde se demorava até o fim do dia, quando regressava com o
Extraído do livro “Ubatuba - Lendas & Outras Estórias” de Washington de Oliveira (“seo” Filhinho)
balaio transbordando de peixes, bastante para o consumo da família e com sobras até para mimosear generosamente a vizinhança carente. Para Júlio e Camilo - pensaram - desvendava-se o mistério: o bom pesqueiro estava para o lado do Itapecericuçu, portanto, bastaria ir lá. Mas, não querendo melindrar o arredio amigo, para lá se dirigiram várias vezes, cautelosos, a fim de não serem percebidos: umas, pela manhã, bem cedo, outras, alta noite, bem tarde. Interessante, se lá permaneciam horas inteiras, o resultado era sempre o mesmo: apenas dois ou três peixinhos de pouco mais de um palmo, daqueles sem condições de serem postejados... Por quê? - indagavam-se - por que eles também bons pescadores, pescando no mesmo ponto, não conseguiam resultado igual ao de seu esquivo amigo? Convencidos de que um segredo maior havia e que era preciso desvendar, certa noite foram mais cedo e ocultaram-se entre moitas de samambaias, aguardando a chegada de Marino. Após longa espera, viramno chegar e encaminhar-se ao declive de extensa laje, quase plana, que descia em rampa suave aprofundando-se no mar. Viram-no, depois de acomodar seus petrechos de pesca, descer vagarosamente o declive e parar, absorto, olhando o mar, cujas ondas subiam mansamente, uma a uma, beijando-lhe os pés, para voltarem depois, borbulhantes e alvacentas, rendilhadas de espumas. Num dado momento um farfalhar mais forte agitou as águas próximas e dali emergiu uma encantadora mulher, inteiramente nua, que, com desembaraço galgou a penedia, mal
disfarçando a total nudez com basta cabeleira entremeada de algas e de espumas! Surpresos, viram Marino correr ao seu encontro, enlaçando-a nos braços, e ali permanecerem em doce e prolongado idílio! Que mulher era aquela - indagavam-se -, jovem, encantadoramente bela, que emergia das águas, gesticulando como se fosse muda e vinha entregar-se em arroubos de amor a uma criatura humana? Não era por certo uma sereia, misto de peixe e de mulher que, com o enlevo de seus cânticos, em noites enluaradas atraía traiçoeiramente incautos navegantes a pélagos profundos, para a satisfação de voluptuosos desígnios de amor! Não! Aquela era mulher perfeita, de corpo escultural e beleza fascinante que ali permaneceu por longo tempo em arroubos de amor até que, vencendo a relutância de Marino, que tentava retê-la junto a ele, desgarrou-se dele e, rápida, solerte, atirou-se ao mar, desaparecendo no verde esmeraldino das águas. Marino, então, pôs-se a pescar e em poucos momentos, como fazia todos os dias, regressou com farta provisão de peixes de grande porte - garoupas, sargos e badejos. Júlio e Camilo, atônitos com o que viram, voltaram outras vezes aquele pesqueiro, na esperança de desvendar o mistério de que eram testemunhas. Um dia a enamorada tardou a aparecer. O crepúsculo já se aproximava quando, emergindo airosa e bela, subiu apressadamente a inclinação da laje para entregar-se aos braços de Marino. Entretanto, ao contrário das outras vezes, demonstrava ansiedade em voltar ao
mar e fazendo entender o seu intento, encontrava oposição de seu amante, que a prendia nos braços sem querer desgarrar-se dela. Parecia resolvido a mantêla para sempre junto dele. Compreendendo a situação em que se achava, a jovem passou a debater-se desesperadamente, querendo gritar mas sem conseguir desprender a voz, nem emitir um gemido sequer! Na luta que se desenvolvia Marino percebeu-lhe, na boca exageradamente aberta, a garganta obstruída por enorme guelra vermelha, que nos peixes funciona como órgão respiratório. Instintivamente, sem vacilar um instante, introduziu-lhe dois dedos na boca e num gesto rápido, volteando-os, estirpou, esponjosa e sanguinolenta, a guelra que a impedia de falar, mas que lhe dava condições de viver mergulhada nas águas do oceano. Foi então que de seu esconderijo os dois rapazes ouviram a jovem falar e perceberam que, trocando juras de amor, perfeito entendimento se estabeleceu entre eles: ela seria Ondina, filha das ondas e, casada com Marino, formariam, os dois, o venturoso lar dos Marinhos. Logo mais, protegidos pela sombra da noite que descia alcoviteiramente, o jovem par encaminhou-se à Toninhas, à casinha nova coberta de sapé com beirais rendilhados de róseas trepadeiras - que Marino havia construído há pouco - e lá, como em todas as estórias, a família Marinho cresceu, multiplicou-se e viveu muitos e muitos anos, alegre e feliz. *** Não posso afirmar, mas dizem que ainda há muito Marinho por aí...
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Raios!!!??? Descarga direta ou indireta? Foto: Emilio Campi
DENIS RONALDO Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam que existem somente um tipo, existem basicamente dois tipos de descargas elétricas de origem atmosféricas; a direta e a indireta. Desta forma toda vez que fizermos alguma referência sobre os raios ou descargas elétricas de origem atmosférica, devemos identificar exatamente o tipo da mesma, pois os dois tipos tem a mesma origem, que é da atmosfera, entretanto a penetração nas dependências de uma empresa, escola, hospital ou qualquer outra instalação civil ou elétrica, é realizada através de caminhos diferentes. Caminho das Descargas Elétricas Diretas Quando as condições atmosféricas entre uma determinada região geográfica e climática sobre esta região promover uma diferença de potencial eletrostático muito intensa, isto é, o campo elétrico formado nesse meio for tão intenso que ioniza o ar (torna condutivo à passagem de corrente elétrica), neste momento poderá haver a passagem de corrente elétrica por este “meio”, ora antes isolante, mas agora condutivo, formando uma “ponte” entre as cargas das nuvens (negativa) repletas de elétrons e o solo/ estrutura (positivo) com falta de elétrons, até que ocorra um equilíbrio de cargas diminuindo a intensidade do campo elétrico gerado nesse meio, cessando assim a ligação elétrica formada entre nuvens e solo/estrutura (momento da extinção do arco voltaíco).
Saiba como se previnir das descargas elétricas de origem atmosféricas que atingem nossa região
Caminho das Descargas Elétricas Indiretas Vale a explicação anterior, entretanto, o termo “solo/estrutura” utilizado anteriormente, neste caso agora será solo/ estrutura aonde se encontra uma torre ou poste, ou ainda a rede elétrica ou telefônica, nas regiões públicas de uma cidade ou meio rural. Assim quando ocorrer uma descarga elétrica de origem atmosférica e ela atingir uma dessas estruturas ou linhas de transmissão, que estão indiretamente conectadas às instalações elétricas ou telefônicas, ocorrerá uma conexão elétrica de descarga realizada por cabos condutores entre as instalações públicas com as instalações privadas (residênciais, comerciais, industriais, etc.). Esta descarga elétrica na rede pode elevar
o nível de tensão elétrica nominal de uma tomada residencial. Por exemplo: de 127 volts, para valores da ordem de dezenas de milhares de volts (1000 volts, 2000 volts, ou mais). Com este aumento de tensão elétrica, inúmeros aparelhos elétricos e eletrônicos podem ser danificados caso não exista um sistema de pára-raios específico, chamado Pára-Raios de Secundária ou Pára-Raio de Rede, ou ainda Sistema de Pára-Raios Contra Descargas Elétricas de Origem Atmosférica Indireta. Podemos fazer uma comparação “grosseira” dessa proteção, com o conhecido “ladrão” ou saída de escape de um reservatório de água que evita a sobrecarga, neste caso, sobrecarga hidráulica, na ocorrência de falha da válvula de nível tipo bóia.
Conclusão Um Sistema de Pára-Raios Contra Descargas Elétricas de Origem Atmosférica Indireta devidamente instalado junto as fases de energia elétrica ou junto aos fios da linha telefônica de empresas ou residências, pode “drenar” as sobretensões elétricas para um sistema de aterramento, mantendo os níveis de tensão elétrica da rede normais, protegendo assim os equipamentos elétricos e eletrônicos contra danos. Muitos acidentes causados por raios da forma Indireta (pela rede elétrica ou telefônica), são confundidos com raios da forma Direta e necessitam de um sistema de proteção específico, conhecido pelos páraraios sobre as coberturas dos telhados ou prédios, ou sobre as torres de celular.
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A presença da língua tupi em Ubatuba Conheça o significado dos nomes de alguns lugares de Ubatuba segundo o idioma tupi-guarani CAMILO DE LELLIS SANTOS A língua portuguesa, apesar de sua origem indo-européia, sofreu no Brasil a influência de muitos outros idiomas, provenientes de nossos colonizadores, dos escravos africanos e principalmente dos nossos ancestrais indígenas. Dessa maneira, muitas palavras que compõem nosso dia-a-dia têm origem na língua tupi. Como em Ubatuba houve uma marcante presença indígena tupi (Tupinambá e Tupiniquim),a cidade herdou uma variedade de nomes oriundos desses povos. Em entrevista ao nosso jornal, o antropólogo e mestre em toponímia (nominação de lugar) pela Universidade de São Paulo (USP), Benedito Prezia, autor de livros sobre a questão indígena, além de ter um trabalho junto às comu-
nidades indígenas do Estado de São Paulo, nos fala sobre a forte presença da língua tupi na geografia ubatubense. Quais foram os primeiros moradores de Ubatuba? Foram os indígenas Tupinambás, conhecido também como Tamoios, que ocuparam o litoral desde São Sebastião até Cabo Frio, no Rio de Janeiro, com mais de 40 aldeias espalhadas ao longo do litoral. Há uma certa dúvida quanto à localização da atual Ubatuba, cuja referência encontramos no relato do alemão Hans Staden. Aliás, nesse território Tupinambá, havia três aldeias com esse nome: a aldeia onde está a atual Ubatuba, uma outra, em frente à Ilha Grande, perto da atual Angra dos Reis, e uma terceira, próximo à Niterói. Historiadores também indicam a aldeia de Iperuy (ou Iperoig), onde ficou Anchieta durante a Guerra dos Tamoios, como a ancestral da atual Ubatuba. Podemos dizer que Yperuy deveria ser a aldeia principal, localizada na colina, próximo ao centro de Ubatuba, e que a Ubatuba citada por Staden, deveria ser uma aldeia de menor importância. Com o extermínio dos Tupinambá, o nome Iperuy foi substi-
tuído pelo de Ubatuba, tornando-se uma vila mestiça, como indígenas Tupiniquins, alguns Tupinambá que se aliaram e alguns portugueses. Como você traduziria Iperoig e Ubatuba, já que há tantas etimologias? Iperuy (melhor que Iperoig) significa rio do tubarão (IPERU= tubarão + Y= rio). O sufixo /ig/ foi criado pelos jesuítas para representar o /i/ gutural indígena (Y). As outras duas aldeias Ubatuba, com o tempo desapareceram. Quanto ao significado de Ubatuba, na minha opinião é “lugar com muita cana do tipo flecha” (UBA= cana + TUBA= muito, sufixo de abundância). A tradução “lugar de muitas canoas” não tem sentido, pois indicaria uma espécie de estaleiro, o que não devia ocorrer entre os indígenas. O fato de existir três aldeias com esse nome, mostra que essa vegetação (ubá) que, aliás, é abundante na região, devia estar presente em outras partes do litoral. A toponímia tupi é muito descritiva, como ocorre com outros topônimos nessa linha, como Caraguatatuba (lugar com muito caraguatá, planta da família das bromélias), Araçatuba (lugar com muito araçá, que é da família da goiaba). Que significado tem os nomes tupis de tantos bairros e praias de Ubatuba? Os nomes indígenas são quase sempre descritivos. Alguns são de difíceis compreensão, pois a história do lugar se perdeu. Certos nomes podemos ainda chegar a uma tradução, pela formação eti-
mológica deles. Por exemplo: Maranduba que quer dizer ‘notícia ruim’ (MARÃ= ruim, guerra + DUBA= notícia). Estaria ligado a algum episódio guerreiro? Itamambuca, quer dizer ‘pedra furada’ (ITA= pedra + MANBUC= furada); Ipiranguinha, provavelmente derivado da palavra piranguim, que quer dizer ‘rio vermelho, o pequeno’ (PIRANGA= vermelho + Y= rio + MIRIM/IM = pequeno); Puruba, que deve significar ‘rosto do tubarão’ (IPERU=tubarão + OBA= rosto); Itaguá, quer dizer ‘buraco de pedra’ (ITA= pedra + GUA/ QUARA= buraco), devendo indicar baía onde se localiza este bairro; Prumirim, deve significar ‘rio do tubarão, o pequeno’ (IPERU= tubarão + Y= rio + MIRIM= pequeno). E caiçara? Por que recebemos este nome? Vem da palavra tupi kaaysa, que significa cerca de galho, usada para pegar peixe ou fortificação construída para defender a aldeia. Caiçara passou a ser o homem que vive desse tipo de pesca, capturando peixes nessa armadilha rudimentar, feita com galhos de árvore do manguezal. Para encerrar nossa conversa, nosso entrevistado, que é defensor da causa indígena, nos traz essa bela frase do escritor João Ribeiro, para nossa reflexão: Os conquistadores que tudo destruíram, não puderam apagar do arvoredo, dos rios e das montanhas essas vozes [nomes indígenas] claras e sonoras, esses nomes de lugares que ainda hoje palpitam sobre os destroços dos povos vencidos. Camilo de Lellis Santos é biólogo.
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No próximo dia 20 e 21, de março, durante todo o dia, na praia da Caçandoca haverá diversas apresentações culturais, Shows Musicais, Sarau Literário, Desfiles, Hip Hop, Danças Típicas, Bate Papo Histórico, Comidas Típicas e Palestras, com a participação das Comunidades Quilombolas convidadas do Cafundó, Brotas, São Bento do Sapucaí, Fazenda, Camburi, Caçandoca, União do Morro, Jaó e de Guará. Vale a pena conferir. Participe.
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Gordinha, mas elegante Túnel do Tempo
Registro de fatos do século passado em nossa região
1994 Época áurea do Esporte Clube Maranduba em final de campeonato
ADELINA CAMPI Quem é gordinha ou está com uns quilinhos a mais e se sente totalmente confortável com isso as vezes encontra o problema de não saber o que vestir para se sentir elegante, sexy ou até mesmo valorizar o corpo. Assim como em todo tipo físico, há dicas para que você possa se sentir bem e em dia com a moda. Afinal as mulheres gordinhas também tem o seu charme! Depois de fazer uma avaliação crítica e saber seus pontos fortes e fracos, preste atenção às dicas. Se você tem o busto grande, mas o quadril estreito pode usar cores claras na parte de cima e uma peça de cor média em baixo. O truque da sobreposição pode ser usado sem erros, por exemplo: camisa branca com um colete longo de cor escura e uma calça jeans escuro reta ou ainda pode montar um look com jaqueta jeans, camiseta colorida, cachecol ou um colar e saia godê, já que este tipo de saia disfarça os quadris. A calça jeans sempre coringa no guarda-roupa de toda mu-
lher deve ser escura por que alonga a silhueta. Os tons mais usados são o cinza, marrom, preto ou mesmo o famoso índigo. E cuidado com a cintura: Ela deve ser no local correto e nada de cintura baixa, pois marca muito o abdômen. Cuidado também com os bolsos e detalhes; eles podem tanto emagrecer quando aumentar o volume. Atenção total quando for comprar uma calça com detalhes. E como em toda e qualquer produção, use e abuse dos acessórios; eles criam diferentes looks com poucas peças, assim você sempre sai com uma cara nova de casa, mesmo repetindo algumas roupas. Já o salto alto alonga a silhueta e faz toda e qualquer mulher se sentir mais elegante. Dentre todas essas dicas, a última é a mais valiosa: sempre gaste um tempo experimentando, olhando criticamente e atentamente ao espelho, afinal de contas, se você se sente bem e gosta da roupa todos irão gostar. Caso ainda fique na dúvida, não compre isso é sinal de que a roupa não ficou bem.
1995 Época de fartura: Vadinho mostra tainhas pescadas na Maranduba
1993 Irmãos Sergio e Zé. Que dupla!
1995 O Boêmio Bar sempre foi muito bem frequentado. Na foto Salete, o advogado Silvio Salata e o fotografo e colunista Marcos Badilho
1994 1996 Construção do muro de contenção da orla da Maranduba
1995 Em casamento memorável: Sueli, Valéria (noiva) e Carol
Aqui teve início o Kort’s Banana. Quem conheceu essa turma nunca mais esquece...
1996 Maranduba já sediou até etapa do campeonato nacional de Jet Ski