Maranduba, 20 de Julho de 2012
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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br
Cachoeiras da Andorinha e Tabiqui
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Ano 3 - Edição 39
Detalhes intrigam visitantes quanto a origem das formações nas rochas locais
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Editorial:
Corrida Maluca
A maioria conhece o desenho animado produzido pela Hanna-Barbera e lançado pela CBS que foi produzido entre 14 de setembro de 1968 a 5 de setembro de 1970, rendendo 34 episódios. Os competidores buscavam o título mundial de “Corredor Mais Louco do Mundo”. Você se lembra dos nomes de alguns dos personagens? A maioria vai lembrar de Dick Vigarista e seu fiel cão Mutley, ou talvez da Penélope Charmosa, a única mulher da série. O curioso é que todos se lembrarão do Dick Vigarista, que em cada episódio tentava todas as artimanhas e truques para prejudicar os demais pilotos, visando sempre vencer a corrida. Está começando uma outra
corrida, tão maluca quanto a do desenho animado. Nesta corrida teremos vários “pilotos” e “equipes” tentando vencer a prova. O prêmio do vencedor será cuidar do futuro da sua cidade. Entre os concorrentes teremos similares a Peter Perfeito, Penélope Charmosa, Quadrilha de Morte, Tio Tomás, urso Chorão, Irmãos Rocha, Irmãos Pavor, Barão Vermelho, Sargento Bombarda, Soldado Meekley, Rufus Lenhador, Dentes-de-Serra, Dick Vigarista e Muttley. E é você que vai escolher quem será o vencedor. Será que você é um daqueles que torcia pelo Dick Vigarista? Espero que não. Emilio Campi Editor
Editado por:
Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.
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Emilio Campi Colaboradores:
Adelina Campi, Ezequiel dos Santos e Fernando A. Trocole Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo
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Cartas
Padre Sergio Lúcio lança CD
Pobre Maranduba Ontem recebi uma turma que vai fazer um evento de Surf na Maranduba. A prova será no Sape. Todos os comerciantes da Maranduba são unânimes em afirmar que a Maranduba esta degradada, pobre, suja, poluída e só tem atraído turistas de baíxissimo nível. Eu fui testemunha de turistas de chalés que levam fogões para a praia para cozinhar feijão, fritar ovo, bife... O largo do Sape parece um palco de guerra... Vcs tem alguma matéria com algum político em ano de eleição sobre a recuperação da Maranduba e do Sertão da Quina? Renato Esteves Maranduba
O padre e comunicador Sergio Lucio apresenta mais uma belíssima obra a Deus, neste material as palavras falam através dos ensinamentos de Deus, são palavras de conforto sabedoria e de verdade cristã. Vale a pena ouvir e aprender sobre as palavras do Poder. A venda na Vidraçaria Sertão da Quina.
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Valorizando a Cultura Caiçara
À venda na Vidraçaria Sertão da Quina
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Despedida de Dom Altieri da Diocese de Caraguatatuba será no dia 7 de setembro JOSIANE CARVALHO Após o anúncio da transferência do bispo diocesano Dom Antônio Carlos Altieri a comunidade católica do Litoral Norte começa a se mobilizar para a organização de uma celebração solene que marcará a despedida do religioso da região. Com a publicação da transferência, realizada na semana passada, Dom Altieri tem o prazo de 60 dias para organizar sua mudança para a cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. De acordo com o próprio bispo esta transferência só deverá ser feita após o feriado do dia 7 de setembro, data em que será celebrada a última missa presidida pelo sacerdote, às 17h, na Catedral Diocesana do Divino Espírito Santo, em Caraguatatuba. Neste dia, Dom Altieri deve ainda ordenar presbíteros os diáconos transitórios Carlos Alberto Rodrigues, Claudio Rodrigues da Silva, João Marcos da Silva, Marcio Jose Fraga e Carlos Alberto Silva. “Desperdir-se sempre é uma tarefa difícil ainda mais de uma comunidade tão especial como a de Caraguatatuba. Certamente faremos uma celebração muito bonita e marcada por sentimentos de alegria e emoção”, avaliou Dom Altieri. Segundo ele, a notícia de que seria transferido de Estado foi feita de maneira muito rápida. “Confesso que fui pego de surpresa coincidentemente na última reunião do colégio de padres recebi um telefonema de Brasília falando sobre a possibilidade e que o Papa Bento XVI aguardava um
retorno positivo de minha parte. Entre a tomada de decisão e a resposta efetiva ao santo padre tive somente o intervalo de dois dias e não imaginava que a publicação sairia tão rapidamente”, lembrou. Sobre os novos desafios de assumir uma arquidiocese, o que territorialmente concentra um número maior de paróquias e municípios, Dom Altieri também avalia positivamente. “Na verdade uma arquidiocese tem uma extensão maior e acaba coordenando outras dioceses. Para se ter uma ideia aqui em nossa região a arquidiocese fica em Aparecida. Lá no Rio Grande ficarei mais centralizado e tentando organizar 43 municípios e 57 paróquias. Entre os desafios certamente teremos de lidar com situações inusitadas, tendo em vista que naquela região ainda encontramos uma situação rural muito forte”, explicou. Inauguração Antes da despedida está programado para o dia 10 de agosto às 10h, a inauguração da Cúria Diocesana, sede administrativa da Diocese de Caraguatatuba, em uma cerimônia que contará com a presença do representante o Papa Bento XVI, no Brasil, Nuncio Apostólico Giovanni D´Aniello. Neste mesmo dia, na Catedral, às 19h30, acontece a missa onde receberão os Ministérios do Acolitado e Leitorado, os seminaristas Bruno César, Carlos Lemos, Celso dos Santos, Joule W C Santos e Vladimir Coelho. Fonte: Imprensa Livre
“Desperdir-se sempre é uma tarefa difícil ainda mais de uma comunidade tão especial como a de Caraguatatuba” Dom Altieri
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Vem aí 1ª Etapa do Circuito Boraposurf 2012 na Praia do Sapê ROBSON VIRGÍLIO Será realizará nos próximos dias 04 e 05 de Agosto de 201, a 1ª Etapa do Circuito Boraposurf 2012, dentro do Festival de Surf do Sapê, que acontecerá na praia de mesmo nome. O evento conta com patrocínios de empresários da Região Sul de Ubatuba em conjunto com a AMMA – Associação de Moradores e Amigos de Maranduba. O evento começará a partir das 8h, lá serão contemplados as seguintes categorias: Mirim, Junior e Open. A cada etapa, o primeiro colocado de cada categoria receberá uma prancha da SuperKort Surfboards, troféus, kits e 1000 pontos, a fim de formar o Ranking do circuito. Serão também premiados com troféus, kits e pontos os atletas classificados até o quarto lugar, em todas as etapas. Os demais participantes receberão pontuação para a formação do Ranking. Os atletas das categorias Open e Junior que somarem o maior número de pontos, durante as três etapas, serão considerados os campeões do circuito e receberão como prêmio uma passagem aérea para o Peru (Guarulhos/Lima/Guarulhos) e um
Bônus de U$ 200, cada. O campeão do circuito, na categoria Mirim, receberá uma prancha de surf. O evento é de caráter sócio-esportivo-ambiental e não tem fins lucrativos, portanto, todos os valores arrecadados com patrocinadores, participantes e colaboradores serão utilizados
na sua realização e revertidos em premiação. As inscrições podem ser feitas na AUS 12 3833 2649 – www.aus.org.br, na Maria Adrenalina Modas – Galeria do posto BR – Maranduba ou na Academia Cia do Corpo 12 3849 5611. O Circuito Boraposurf 2012 conta com o apoio do Jornal
Maranduba News, TVLitoral.net – NET Canal 18, The Flake, Associação Ubatuba de Surf, Federação Paulista de Surf e Rádio Costa Azul. Colaboram para a realização do evento a Prefeitura Municipal de Ubatuba, Promata - Sertão da Quina Ubatuba e o Comitê de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte.
As próximas etapas estão previstas para os dias 29 e 30 de Setembro e 10 e 11 de Novembro, respectivamente. As vagas são limitadas. Convidamos a todos para que prestigiem mais essa iniciativa da comunidade. Traga sua família e seus amigos! * * *
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DNPM atende solicitação de Frediani sobre “areieiros” em Ubatuba No último dia 11, o geólogo Rodrigo Barbosa Cardoso, especialista em recursos minerais do Departamento Nacional de Produção Mineral-DNPM esteve em Ubatuba para esclarecer questões sobre a competência e os procedimentos de licenciamento junto a autoridade da mineração no Brasil. A visita se deu em atendimento a solicitação oficial da Câmara Municipal de Ubatuba através do vereador Rogério Frediani-PSDB em atendimento as duvidas dos “areieiros”e a Lei Municipal 3.533/12, que trata da disposição sobre o critério diferenciado para o licenciamento á extração artesanal de areia de modo simplificado. O geólogo veio representar o Superintendente em São Paulo, Ricardo de Oliveira Moraes solicitado a capital federal por conta dos trabalhos do DNPM. Rodrigo recebeu informações sobre a atual situação em Ubatuba e pode entender a necessidade social, econômica e ambiental da atividade e com isto proferiu de forma clara e
objetiva uma pequena palestra de como tramita os procedimentos para a legalidade da atividade de micromineração. Segundo o especialista, o primeiro passo é relativamente simples onde se faz necessário um profissional habilitado para produzir alguns documentos a ser protocolados no DNPM, só assim solicitar o titulo minerário. Explicou dos tipos de licenciamentos: temporário, permanente e publico. A partir deste passo dá-se entrada na CETESB. Na oportunidade, vários profissionais da extração artesanal de areia realizaram perguntas sobre local, dinâmica de reposição, documentos, fiscalização do órgão, da atividade e até das expectativas do órgão em relação à legalização da atividade. Rodrigo falou de um projeto arquivado em 2010 que trata do mesmo tema, só que de forma atender Ubatuba e Caraguatatuba. Segundo o geólogo, será solicitado ao superintendente a retomada do projeto. O geólogo estendeu
aos participantes o convite a uma visita ao órgão em São Paulo, lá segundo ele, poderá ter contato e acesso à equipe técnica e a outros projetos que tratam da micromineraçao. Para os micromineradores todo o processo se mostrou mais simples e embora relativamente novo, é de fácil compreensão e execução. Rodrigo disse que é do interes-
se do DNPM de que o projeto de Ubatuba se resolva e que o que faz não é mais do que obrigação dos órgãos resolverem este processo. O Especialista disse que este foi um primeiro contato e que a primeira impressão foi muito positiva, já que são trabalhadores buscando a legalidade. Levou também vários documentos que tratam do assunto em Ubatuba.
Informalmente informou que seus colegas de departamento viram matéria sobre a visita em Ubatuba na internet e que imprimiram no site do IBRAN. Frediani agradeceu a presença do especialista e aproveitou para solicitar uma atenção especial no atendimento a solicitação destes trabalhadores, frisando ao especialistas que são homens de bem.
que todos se unam para esta bela realização. Moradores, turistas e visitantes estão impressionados com a beleza em
que ficou este ícone de nossa formação histórica e religiosa. Vale a pena participar e visitar esta obra.
Capela da Praia Dura chega ao final das obras A capela de São Pedro na Praia Dura está cada vez mais bela. As obras realizadas no último ano têm mostrado resultados além do esperado. Uma breve visita foi suficiente para perceber todo empenho daquela comunidade, mais do que isto o real carinho pelas coisas sagradas, históricas e comunitárias. A fachada está bela e atraente, em seu interior piso novo, pintura novas, telhado novo, tudo para acomodar cerca de 200 pessoas em seu interior. A capela atende as comunidades do Corcovado, Praia Dura e Folha Seca e segundo os organizadores falta pouco para
entregá-la a comunidade. Resta a pintura pelo lado de fora, o calçamento da entrada, o ajardinamento do entorno, a entrada para cadeirantes e alguns detalhes que não tiram o brilho do trabalho realizado. Preparam ainda uma campanha para arrecadar bancos novos, daqueles com encosto para os joelhos. Todo o esforço foi voluntario, as doações surpreenderam, tudo mostra o espirito comunitário e a fé de seus seguidores. Os vitrais vindos de Itatiba são um espetáculo a parte, durante o dia o bonito é vê-lo de dentro para fora, a noite de fora
para dentro. São Pedro foi escolhido por ser o padroeiro de Ubatuba e dos pescadores e por falar neles o altar da capela é mais do que original, é na realidade uma obra de arte, tem tudo a ver com os costumes, a história e as tradições caiçaras. O altar nada mais é do que uma canoa em madeira envernizada, toda entalhada em um só tronco. Ela foi realizada por um artista de Ubatuba e mostra muito as tradições locais, embora esquecidas por muita gente. O Pároco Carlos Alexandre está muito feliz com mais esta obra de Deus. Segundo ele é a providencia divina que faz com
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Artista precoce registra aves da região Renomados observadores de aves visitam o Grupo Promata atrás do diferencial da atividade
PROMATA Nos últimos meses o grupo de observação de aves recebeu renomados profissionais da área de observação na região. A visita se dá pela importância do projeto de Base Comunitária da Promata e pelo etnoconhecimento de seus formadores. O local também se mostrou promissor por conta dos locais de visitação e pela própria comunidade que começa a entender os traba-
lhos da organização em prol da comunidade. Existem alguns roteiros prontos e que muitos moradores estão quase prontos para começar a atuar nestes pontos, porém faltam alguns detalhes como os cursos de qualificação rural/comunitária e ambiental. A qualificação e a vontade do grupo em defender com sustentabilidade a cultura e o meio em que vivem foi que trouxe especia-
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listas como Felipe Castro, Pai Joao Castro e Aloisio Ferreira em visita a região. Os observadores buscaram também fotos de plantas, flores e invertebrados. O grupo também é bastante presente nos sites específicos e contribui com fotos e informações tanto para o município de Caraguatatuba quanto Ubatuba. Isaias e Júlio Ferreira “passarinhando” nos roteiros com integrante do Promata.
TODO MUNDO LÊ. ANUNCIE: (12) 9714.5678
O menino Renan Amaro de Oliveira, de apenas 11 anos, caiçara do Araribá já havia impressionado a comunidade com seu gosto pelas duas artes, aquela em que a mãe chama a atenção do menino em ser “arteiro” e a dos desenhos. Agora por incentivo do pai e aprovação da mãe começou a desenhar as aves da região, também colocando os nomes populares e científicos em suas obras. A que mais chama atenção em seu caderno de desenho é a de uma figura
que sentada com um garrafão de agua na boca, lembra muito as obras de Tarsila do Amaral, obra esta que impressiona tanto pela disposição, perspectiva e pela iniciativa do autor. Dizem por aí que, ainda bem que ele puxou a mãe. Brincadeiras a parte é mais um caiçara que desponta como artista engrossando este caldo de culturabilidade dentro deste caldeirão chamado Litoral Norte de São Paulo. Parabéns Renan e sucesso em sua empreitada.
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Bingo APASU
Já estamos com as cartelas (Kiosque da Salete, Maranduba), peço por favor que nos ajudem a divulgar, assim sendo com certeza será o mesmo sucesso do ocorrido no mês de abril que no balanço geral deu para ser realizado 348 castrações e 206 adoções entre cães e gatos. Sei que voce pode e vai nos ajudar como sempre, qualquer dúvida o endereço eletronico da associação é apasu_
ubatuba@hotmail.com (associação protetora dos animais da região sul de ubatuba) nosso foco é a castração e também a adoção responsável, assim sendo qualquer doação é bem vinda, ate algumas horas de folga que vc possa disponibilizar com a gente, lembre-se no entanto somos TODOS VOLUNTÁRIOS, POIS ACREDITAMOS NUM MUNDO MELHOR, NUM AMANHÃ MELHOR.
BINGO APASU ASSOCIAÇÃO PROTETORA DOS ANIMAIS DA REGIÃO SUL DIA
11/08/2012 – 19HS
LOCAL: ESCOLA NATIVA FERNANDES DE FARIA – SERTÃO DA QUINA (EM FRENTE A IGREJA CATÓLICA)
1º PREMIO: 1 TV LCD 2º PRÊMIO: R$ 500,00 3º PRÊMIO: 1 TANQUINHO 4º PRÊMIO: 1 MICROONDAS 5º PRÊMIO: 1 BICICLETA Cartela: R$ 10,00
ADQUIRA CARTELAS E AGENDE UMA CASTRAÇÃO (gato ou gata = 2 cartelas), Cachorro, fêmea ou macho ate 15 k porte pq = 03 cartelas Cachorro, fêmea ou macho ate 20 k porte médio = 4 cartelas Cachorro, fêmea ou macho acima de 20 k = a combinar PARTICIPE E COLABORE “SEM PARTICIPAÇÃO NÃO CABE RECLAMAÇÃO” Estamos aceitando prendas, alimentos não perecíveis....assim como brindes: edredrons, cama, mesa, banho eletrodomésticos, cesta básica, etc.
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Cachoeiras da Andorinha e Tabiqui: paraíso ao alcance de poucos PROMATA Encravadas na Serra do Mar, alcançada somente por trilha e com pessoal especializado as cachoeiras da Andorinha e do Tabiqui se mostram imponentes como a mãe natureza deixou. O local, que pelos povos da floresta é considerada mística foi, é e será ponto de referencia em sabedoria, conhecimento natural, audição apurada, visão privilegiada, sentidos aguçados e um pedacinho do céu, o mais próximo do divino possível. Trata-se de uma experiência para poucos e que a ancestralidade mostra-se a flor da pele nos sentidos em que os antepassados destes povos souberam e ensinaram seus filhos a contemplar, observar, entender, ver e ouvir os sons da floresta. O local é alcançado por duas trilhas, uma pelo município de Ubatuba e outra por Caraguatatuba. No total leva-se entre quatro e cinco horas de caminhada, em relação às outras trilhas antigas é até de curta duração, porém o terreno é de difícil acesso o que facilitou a fuga dos escravos, e antes disso, o tráfico dos negros quando o próprio governo incentivava a ilegalidade, a imoralidade e a barbárie. A parte plana é fácil de transpor, mas um bom observador, um bom filho da floresta, se faz encontrar com as belezas e os ensinamentos recebidos de seus antepassados, daqueles que a faculdade não ensina. No caminho, os cheiros da liberdade, da infância real se fazem presentes entre os milhares de aromas de que o local dispõe. As árvores nascidas após o término das fazendas de café e cana-de-açúcar
se mostram belas e utilizáveis, tanto para o homem, quanto para os animais conhecidos pelos homens da floresta. Para uma melhor visualização deste destaque dentre as outras belezas naturais, se faz necessário pernoitar e para isto algumas regras são importantes, tanto para a segurança dos envolvidos quanto para não interferência da biodiversidade local. Após atravessar o rio que carrega as águas das quedas nos paredões, um descanso é necessário, pois adiante começa o trecho mais difícil até as cachoeiras. No caminho visões espetaculares da avifauna e flora regionais. Gratificante foi encontrar uma caverna (foto abaixo) próxima a trilha antes do Poço Verde, local ideal de uma parada relaxante, porém perigosa, assim como a equipe parou para mostrar aos leitores o local, outros animais também param por lá, alguns com auto grau de periculosidade como algumas cobras. Seu salão possui aproximadamente 30 metros quadrados e no interior a um adulto pode ficar em pé tranquilamente.
Cachoeira da Andorinha, vista a 800m de distância Para o homem da floresta local ideal para descanso e abrigo e para os animais “toqueiro” (toca) para dormida,
alimentação e procriação. Mas com o está deve ficar e a posse é de quem mais a utiliza- os animais.
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Detalhes intrigam visitantes quanto a origem das formações Seguindo a trilha pode-se observar pedras furadas em seu focinho, difícil explicar uma abertura arredondada na face da pedra em ponto estratégico no meio do rio. Tá certo que a natureza pode surpreender, mas parece mesmo trabalho humano há muito tempo. Em outro trecho, ao lado do rio, num recanto natural, o local parece ter uma plataforma feita pelo homem, algo parecido como uma estrada antiga calçada de pedra, meio escondido pelas folhas e limos grudados, porém nada mais é do que o trabalho do movimento das enchentes. À frente enfim as imagens em 3D mais belas da localidade, a cachoeira da Andorinha, mais a frente ainda a do Tabiqui. Da Andorinha por conta destas aves que vivem em seus paredões, já a do Tabiqui ainda não foi descoberta o porquê deste batismo. A da Andorinha é dividida em duas partes, a altura é difícil de calcular por conta da vegetação da distancia de onde é observada. No primeiro trecho sai da mata e despenca em queda livre, depois, a segunda parte, continua até a parte baixa. A foto que ilustra esta matéria foi tirada há pelo menos 800 metros das cachoeiras. As águas brancas de suas quedas em nada se parecem com a cor verde oliva dos poços abaixo, na sombra água parece negra, talvez por esconder os muitos mistérios e lendas de que a região possui. Nesta expedição dos caminhos antigos da formação do povo brasileiro, além de belas bromélias e caraguatás, uma aparição rara deu o ar da graça, foi o encontro “mano a mano” com o Mono Carvoeiro,
Cachoeira do Tabiqui, pedra furada e travessia o Barbado (Bugio), macaco-aranha-de-testa-branca, que embora a visão seja por alguns segundos a visão valeu apena. Tudo possível graças às metodologias aplicadas através do etnoconhecimento pas-
sados de pai para filho entre os povos da floresta. Entre as aves uma “porçoeira” (monte, quantidade) de espécies como o macuco, saripócas, tangarás, gaviões entre outras. Com muito planejamento e
pesquisa entre os mais velhos pode-se alcançar vários locais de rara beleza como esta, o que não significa de que qualquer um esteja preparado, vai ser a floresta quem dirá. No pernoite a comida ficou
por conta do estilo tropeiro, que além de manter as tradições históricas nos sentidos do povo brasileiro, uma alimentação condizente, isto é, com a devida sustância de que o esforço merecia.
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Dicas Ciclisticas da Scialfa Oficina de Bikes
RENATO ESTEVES Clientes e ciclistas que passam pela nossa oficina na Rua Sargento Rubens Leite na Praia da Maranduba (Rua da Base 190) nos perguntam sobre selins e ajustes. Alguns reclamam de dores das costas decorrentes do uso da bicicleta. Vão aqui algumas dicas sobre como pedalar e como conservar a magrela. As bicicletas tradicionais são construídas em ferro, aço ou alumínio. As mais procuradas em razão da relação custo/ benefício são as bicicletas de ferro no formato Caiçara ou Beach e as bicicletas em ferro de quadro reto chamadas de Transporte ou Passeio. No Brasil, em razão da estatura média da população, o tamanho padrão dos quadros é de 18 polegadas medidos da
ponta do canote ao centro do pedivela. Esse tamanho (quadro 18) acomoda pessoas com altura até 1,78m. O selim ou banco deve ser mantido em posição plana no centro do carrinho do canote e alinhado com a mesa que suporta o guidão. Dessa forma, pedalamos sentados com os braços semi flexionados empurrando os pedais para a frente sem grande esforço. Quanto maior for a coroa e menor for a catraca, maior será a velocidade e o esforço de quem pedala. Quem gosta de pedalar aliviado ou sem cansar deve optar por uma relação intermediária onde a coroa (vai dentro do pedivela) e a catraca (roda livre instalada na roda traseira) são menores. A pressão dos pneus é importante. As câmaras dessas bici-
cletas suportam até 45 libras de pressão (aro 26) devendo ser mantidas cheias entre 30 e 40 libras. Um pneu muito duro ou rígido contribui para furar a câmara e danificar os raios enquanto um pneu vazio costuma apresentar estrias e rachaduras. Fatores de dores causadas pelo uso da bicicleta: falta de resistência abdominal, selim exageradamente baixo ou desalinhado com o avanço ou mesa do guidão, quadros fora de medida, pneus largos em demasia (a medida padrão é 1.90 ou 1.95 X 26) e a não conservação que deteriora freios, corrente, pedivela e catraca. Uma corrente de boa qualidade dura em torno de 3.000 km se for mantida limpa e lubrificada enquanto uma ca-
traca/roda livre dura 4 X mais do que a corrente se também for mantida limpa. É importante que toda a transmissão (pedivela, corrente, coroa e catraca/roda livre) receba lubrificação de óleo e graxa adequados para ciclismo. Utilizar óleos de cozinha, óleos automotivos ou graxa comum da tipo utilizada em portas de rolar não é uma boa prática para bicicletas. Bicicletas com marchas ou câmbios servem para subidas frequentes e aumento da velocidade em pistas planas. Esses componentes (passadores de marcha, cabos de aço, conduítes e câmbios dianteiro e traseiro) também apresentam um relação de custo/ benefício. Um grupo de qualidade (Shimano Alívio) para bicicletas de alumínio pode cus-
tar em torno de R$ 1.000,00 e um câmbio fabricado em latão e plástico (chineses) não custa mais do que R$20. Significado dos termos mais usados: roda aero (rodas em alumínio fabricadas com parede dupla), freios à disco (podem ser mecânicos e hidráulicos), suspensão (garfos dianteiros dotados de molas, elastomero, óleo, ar ou tudo isso junto), DT (bicicletas de uso urbano montadas em quadros de 13 a 14 polegadas para manobras e pulos), DH (bikes com molas no centro do quadro utilizadas somente em descidas), MTB (bikes de montanha ou all montain com amortecedores na frente (rígidas) ou na frente e no centro do quadro (full), Estrada (bicicletas com guidão tipo carneiro para uso exclusivo em rodovias, BMX (bicicletas tipo DT sem amortecedores utilizadas em circuitos para manobras e saltos). Nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, o Brasil conseguiu índice técnico para participar em 3 categorias: Estrada, Montain Bike ou MTB e Triathlon (prova de resistência e velocidade que inclui ciclismo de estrada, corrida a pé e nado no mar). Não enviaremos representantes para BMX e Pista Coberta. Juntas, essas 5 categorias representam mais de 150 medalhas (solo e equipes) de um total de 4.700 medalhas olímpicas. O Brasil não tem nenhuma medalha no ciclismo. 37 países possuem medalhas olímpicas no ciclismo; o país que mais tem medalhas é a França com 86. Será que mudaremos isso no Rio de Janeiro em 2016? Renato Esteves Scialfa Oficina de Bikes
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Automodelismo Rádio Controle: um hobby viciante EMILIO CAMPI Esses carros radio controlados ou auto modelos RC como são chamados, estão cada vez mais conhecidos no esporte e no lazer dos brasileiros. São réplicas idênticas aos automóveis, em escalas menores, controlados por ondas de rádio. Não há trilhos como nos autoramas, você dirige no espaço que tiver, fazendo manobras e acelerando. Para quem gosta de velocidade é pura adrenalina, chegam a atingir marcas impressionantes sem por em risco a integridade física do piloto. É uma atividade que à cada dia ocupa um maior espaço, tem sempre gente nova começando, existe uma troca de conhecimentos e experiências, aqui independente da idade, pai e filho se divertem juntos, intensificando a amizade que existe, até as mulheres já estão fazendo parte do quadro de pilotos e mecânicos. Independente da marca ou modelo que você escolher, você não estará adquirindo um brinquedo. O automodelismo é um hobby e você sempre terá coisas novas para fazer e novos conhecimentos para adquirir. Isto quer dizer que sempre será necessário fazer a manutenção no seu automodelo. Ela poderá ser bem simples e de acordo com as instruções e especificações do manual que acompanha seu modelo ou, então, poderá ser bem mais complexa com os conhecimentos que você poderá obter em nosso site, na internet ou com as novas amizades que certamente fará nas pistas e encontros de modelistas. Como funciona? O funcionamento é bastante simples, a transmissão é fei-
ta pelos comandos do rádio-transmissor que está com o piloto, no carro existe um receptor que capta esses sinais e os direcionam tanto para o acionamento de aceleração e freio, como para o acionamento do volante. Os automodelos na maioia das vezes são adquiridos prontos, já montados, mas se optar pelos modelos de competição os chamados top de linha, além da montagem será preciso adquirir motor e rádio separadamente de acordo com a sua necessidade. Carros on-road ou off-road? A primeira coisa que tem que ser resolvida é qual o tipo de carro mais é adequado para você. Os carros off-road andam em uma maior quantidade de terreno: podem ser usados na grama, areia ou terra, oferecendo uma grande facilidade de utilização. Os carros on-road são feitos para andar no asfalto: são mais baixo, mais aerodinâmicos, usam pneus slicks (lisos) e são capazes de atingir velocidades um pouco maiores que os off-roads. A suspensão dos off-roads é, geralmente, mais reforçada para suportar saltos e terrenos acidentados e, em compensação, possui menor quantidade de ajustes. Os carros on-road trazem, dependendo do modelo, maiores possibilidade de ajuste de suspensão e câmbio, oferecendo a oportunidade de testar o impacto de diversos ajustes na performance final do carro. Kits para montar ou RTR (pronto para correr)? Esta é era uma opção importante até alguns anos atrás. Hoje em dia ela deixou de ser significativa em razão da política de venda dos fabricantes
Modelos montados pelo autor. Conheça mais sobre este hobby em www.ecampi.com que tem privilegiado os modelos já montados e com a parte eletrônica (rádios e servos) já instalados. São os modelos chamados RTR (“ready to run” ou prontos para correr) que são imbatíveis, tanto nos preços mais acessíveis, como no quesito facilidade: normalmente basta retirá-lo das caixas, colocar pilha no sistema de rádio e combustível no carro para partir para a diversão. Recomendamos sempre começar no hobby com um RTR, pois os RTRs aliam uma ótima relação custo/benefício com modelos projetados para hobbystas sem muita experiência, o que facilita em muito a vida de quem está começando.
Os kits para montar exigem mais tempo e dedicação do piloto. Porém, isto não é necessariamente uma desvantagem: o processo de montagem do carro gera um conhecimento precioso para a manutenção do carro. Porém, hoje em dia, só são encontrados para montagem, modelos profissionais de competições que tem custo elevado e que demandam uma experiência prévia do usuário para a montagem ou utilização. Assim se você optar por um modelo para montar, ao menos, você terá que ter uma boa dose de paciência e perseverança e, obrigatoriamente, alguma experiência.
Qual é o melhor carro para eu comprar? A primeira dica: se você planeja andar junto com um grupo de amigos ou conhecidos, compre um carro igual ou da mesma categoria dos carros que estas pessoas utilizam. Vai ser mais divertido e imprevisível tirar “rachas” com carros iguais ou compatíveis entre si. Um carro muito lento ou muito mais rápido que os outros, irá sempre ficar para trás ou ganhar. Se você não tem experiência nenhuma, também é importante você adquirir um carro que seja conhecido pois, se o bicho apertar, você poderá conseguir uma ajuda de um piloto mais experiente.
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Dicionário de vocábulos e expressões caiçaras - Parte 9
CUCúIA - ( s.f.) - ir pras cucuias; morrer ; falhar ; ir pro beleléu. CúIA - (s.f.) - recipiente feito da metade de uma cabaça, usado para muitos fins, inclusive os de recolher farinha e tirar água do bojo da canoa. “ a vossa cuia ficô na minha canoa ” CUITéLINHO - ( s.m. ) - beija-flor. CUMARí - ( s.f. ) - espécie de pimenta. CUMBALIDO - ( s.m. ) - combalido ; abatido; abalado ; sem forças. CUMBUCA - ( s.f. ) - vasilha feita de duas metades de cabaça , unidas por uma tira de embira que faculta uma regulagem à abertura das duas concavidades. CUMIDADA - ( s.f. ) - grande porção de comida. “ Mas prá que essa cumidada tudo? “ CUMIêRA - ( s.f.) - cumeeira; a parte mais alta do telhado. CUMIZANHA - ( s.f.) - mesmo que comezaina; refeição abundante; comida em demasia. CUNZINHá - (v.t.) - cozinhar. “ cunzinha ele cum banana verdolenga “ CUPIá -( s.m.) - cômodo da casa de pau-a-pique, com cerca de 3 metros quadrados, 2
de comprimento, por 1,50 de altura, onde é construído o fogão de barro e o jirau das panelas. Não faz parte da estrutura principal da casa ( sala, camarinha e cozinha) ficando agregado à cozinha; “ cupiá é uma casinha anssim piquinininha, adonde fica o fogão, agarrada na cuzinha pá cuzinhá e não pretejá de piuma dentro de casa , o sinhor sabe né “ CURANCHIM - ( s.m. ) – mesmo que sobrecú e sambiquira; apêndice triangular que recobre as vértebras caudais das aves, onde se inserem as penas da cauda. CURUVINA - ( s.f.) - corvina; peixe de fundo da agua salgada. CUSCUZ - ( s.m. ) - prato feito de arroz, e cozido no vapor. CUSTIPADO - ( adj.) - constipado; resfriado. “ acho qué custipado, né ; tava cum frio ,tava co corpo quente “ CUSTOSO - ( adj.) - difícil; penoso; complicado; raro . “ é munto custoso subí nesse morro “ “ é munto custoso ele aparecê por aqui “ DÁ UM CHEIRINHO - ( loc. verb.) - costume entre pais e filho, mulheres e namorados de, numa demonstração de carinho, cheirar o rosto fazendo um ruído nasal de aspiração. DANDãO- ( s.m. ) - modalidade de fandango. DE A Pé - ( loc.adv.) - a pé ; andando. “ imos de a pé inté o Tapitangui “ DE CRóCAS - ( loc.adv. ) – de cocoras, mesmo que de croque; posição comum do caiçara , quando conversa em roda, no terreiro ou na praia. DE CRóQUE - ( loc.adv. ) - de cócoras; agachado; sentado
nos calcanhares. DE MANHá - ( loc. Adv.) - de manhã. DE A MEIA - ( loc.prep.) - a meias; meio a meio. “faiz de meia, é metade pra cada um “ DE PRIMêRO -( loc.adv.) - antigamente, outrora; dantes. “ de primero tinha munto pexe “ DE UM TUDO - ( loc.adv.) - grande variedade; fartura; abundância; “ Aqui nesse mato virge dá de um tudo; dá de tudo, o que prantá aí dá “ “ Ele me prometeu de um tudo “ “ Tinha de um tudo lá, não carecia de nada “ DE VELHO - ( loc.adv. ) - há tempo; de há muito tempo. “ Quando eles chegaro nós já tava lá de velho. “ DECASCá - ( v.t. ) - descascar; tirar a casca, o couro; “ decasca ele e bota pá cunzinhá “ DECEPá - ( loc.v.) - cortar pequenos pedaços do caule da mandioqueira para o plantio; cortar piques de rama, de tal maneira que o corte saia rente e oblíquo para ser quebrado do pau de rama com um leve esforço. O cuidaddo no decepar a rama condiciona a boa germinação do broto da rama, e esta operação é uma parte das atividades do cultivo da mandioca. DECéRTO - ( adv. ) - com certeza; por certo; certamente. DEDO - ( loc. prep. ) - indica, geralmente, unidade de determinado conjunto, como por exemplo ; um dedo de açucar; dois dedinhos de arroz . “ Meu sinhor do céu, não rendeu nadinha mesmo, essa rama. Deu um dedinho só de farinha . DEDO DE DAMA - ( s.f.) - es-
pécie de pimenta vermelha. DEFESO - ( s.m. ) - período em que se proíbe a pesca, para a procriação da espécie DEFRUÇO - ( s.m. ) - ( defluxo ) - catarro nasal ; resfriado. DEGALHá - (.v.t.d. ) – desgalhar, tirar as galhas do peixe. ” O que sim que troxe o pexe agorinha mesmo, percisa degalhá,escamá e consertá” DEGOTá - ( v.t. ) - mesmo que esgotar , escoar a água da canoa. DEISDE - ( prep.) - desde. “ to aqui deisde criança piquena , deisde que naci “ DEISDE QUE - ( conj.) - desde que. “ deisde que caí doente, vô dize pro sinhô , não tenho feito nada, nadinha, só gastando. “ DEIXá DE NADA - ( loc.v. ) - passar um raspe, uma descompostura. DEJAHOJE- ( adv.) - agora há pouco; há pouco tempo atrás. DERRADêRO - ( adj.) - o último entre todos; extremo; o último filho ou filha . “ esti um é o primêro e este zinho daqui é o derradêro “ DERREADO - ( adj.) - vergado; arriado; desancado ; prostrado ; desanimado. DERRIÇA - ( s.f.) - fazer derriça; destruir; tirar tudo,botar abaixo. DESAGêRO - (s.m. ) - mesmo que exagero. DESAPARTá - ( v.t.d.) - fazer cessar uma briga, separando os contendores; mesmo que apartar;separar; desunir. ” Tivemo que desapartá a briga, senão iam se matá” DESAPRECATADO - ( adj. ) desprevenido; sem precaução. DESARVORADO - ( adj. ) sem rumo; desnorteado. DESBELAR/DESBèLO - ( v. t.d. ) - regalar; deleitar; regozijar. “ Tá se desbelando tudo com aquele doce de banana . “ DESCAÍDO - ( adj. ) - inclinado; tombado;caído;abatido; prostado. DESCAIMENTO - (s.m.) - abatimento ; prostração; inclinação. DESCOIVARá - ( v.i. ) - limpar a terra de troncos, galhos e ramagens em coivara, resultante da queimada ante-
rior. Arrancam-se os tocos queimados e colocam-se sobre os grandes troncos e raízes irremovíveis. queimar os troncos não incinerados , restantes na roça, para limpar o terreno. DESCONJUNTá - ( v.t. ) - luxar; desarticular; tirar fora das juntas. DESCRéDITO - ( s.m. ) - pessoa sem credibilidade, sem honra. DESCURTIVADO - ( adj.) desmatado ; descoivarado. DESEMBARCá - ( v.i. ) - desempregar-se da embarcação. “ a mulher feiz ele desambarcá “ DESENCANTá - ( v.i.) - achar ; encontrar; aparecer c/ alguma coisa que estava perdida. DESENCARDí - (v.t.d.) - embranquecer a roupa encardida; limpar ; lavar. DESENCHê - ( v.t.d.) - esvaziar ; despejar. “ Temo de espera a maré desencher pra podê lanceá. “. DESENTRAFULHá - ( v.t.) - desencantar; achar; encontrar. DESENTRALHá - ( v.t.d.) - tirar o tralho; tirar a malha da rede de pesca. DESENTULHá - ( v.t.d.) - desobstruir. DESFEITIá - ( v.t.d. ) - fazer uma desfeita; insultar; ofender. DESGRACENTO - ( adj. ) maldito; amolante. “ o desgracento do lodo sujô minha ropa tudo “ DESGRACIDO - ( adj. ) - vivo; esperto;decidido; mesmo que desgramado . DESGRAMADO - ( adj.) - desgraçado; miserável; danado, valente. “ fiozinho desgramado de forte é esti um dai, esse tar de nailo “ Fonte: PEQUENO DICIONÁRIO DE VOCÁBULOS E EXPRESSÕES CAIÇARAS DE CANANÉIA. Obra registrada sob nº 377.947Liv.701. Fls. 107 na Fundação Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura para Edgar Jaci Teixeira – CANANÉIA –SP .
20 Julho 2012
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Coisas do Carnaval
JOSÉ RONALDO SANTOS Vovó Martinha, dentre outras qualidades, era maliciosa e observadora das mínimas coisas. Hoje vou tentar ser fiel ao que ela nos contou há muito tempo. Foi um fato ocorrido em época de carnaval, “tempo de muita orgia”, conforme a sua definição. “Eu estava na rodoviária esperando a condução para vir embora, pois tinha ido à Santa Casa para visitar a Anastácia da Tiana. Ela estava com dores fortes nas costelas, depois que caiu enquanto mariscava na costeira do cais. Foi quando chegaram por ali duas moças e um rapaz. Estavam cansados da folia. Uma das moças estava agarradinha no rapaz. Pensei na hora que eram namorados. A outra, sempre ao lado, dizia alguma coisa de vez em quando. Ria também, mas passava a maior parte do tempo assistindo os beijos e carícias do casal. De repente, os três se deslocaram para um ponto mais distante, fora da visão de quem estava na fila imensa
para comprar passagem. Do novo lugar, o rapaz pediu para a namorada ir para a fila da passagem. Ela obedeceu imediatamente. Aí o inesperado aconteceu: aquilo que era privilégio da outra (da namorada oficial) foi estendido àquela que ficou junto dele. Foi quando me perguntei: Será que o ‘bonitinho’ namorava as duas? Assim que a companheira oficial voltou com as passagens, recebeu outra incumbência: enfrentar a fila da lanchonete para comprar água. De novo os outros dois aproveitaram para um fogoso namoro. Era uma esfregação que só vendo! Nisso veio a minha condução. É quase certo que, se a espera daqueles três foi longa, outros artifícios foram encontrados pelo macho. Afinal, tratava-se de querer justificar a sua macheza. É certo que se pudessem eles ficavam assim dia e noite! Parece que o inesperado não era assim tão inesperado!”. Ah! Que saudade dessa caiçara maliciosa!
A Mão Uma bola de Basquete em minhas mãos custa cerca de R$ 50,00. Uma bola de Basket nas mãos do Michael Jordan custaria cerca de R$ 5.000,00. Só depende das mãos que a seguram.* Uma raquete de tênis não tem valor algum em minhas mãos. Uma raquete de ténis nas mãos do Rafael Nadal valeria muitos milhares de reais. Só depende das mãos que a seguram. Uma vara em minhas mãos serviria apenas para afugentar um cão viralata. Uma vara nas mãos de Moises abriu um caminho seguro no mar vermelho. Só depende das mãos que a seguram. Um estilingue em minhas mãos seria somente um brinquedo de criança. Um estilingue nas mãos de Davi se tornou uma poderosa arma, capaz de derrubar gigantes. Só depende das mãos que a seguram.
Dois peixes e cinco fatias de pão em minhas mãos serviriam para fazer um lanchinho. Dois peixes e cinco fatias de pão nas mãos do nosso Senhor Jesus Cristo, foram multiplicados e alimentaram milhares de pessoas. Só depende das mãos que os seguram. Pregos em minhas mãos serviriam para pendurar quadros na parede. Pregos nas mãos de Jesus Cristo serviram para trazer a salvação para o mundo inteiro. Só depende das mãos que os seguram.* Como podes ver agora, só depende das mãos que seguram. Por isso ponha suas ansiedades, suas preocupações, seus temores, seus alvos, seus sonhos, sua familia e seu relacionamento (casamento, namoro, amizade...) nas mãos de Deus, porque... Só depende das mãos que seguram e asseguram. * * *
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Jubileu do Esperanto Língua Internacional Neutra Caraguatatuba - SP
PALESTRA O QUE É O ESPERANTO Dr. Mauricio Monken Gomes Videoteca Lúcio Braun, no Polo Cultural , no centro. 25 / 07 / 2012, quarta-feira, 19:30h ESPERANTO NA PRAÇA Tenda na praça Cândido Motta, no centro. 28 / 07 / 2012, sábado, das 8 às 17h. Informações sobre o idioma e seu movimento no Brasil e exterior.
20 Julho 2012
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Grupo Apóstolos de Cristo visita o Lar Vicentino de Ubatuba No último dia 23 os jovens do Grupo Apóstolos de Cristo realizaram uma visita ao Lar Vicentino de Ubatuba. A visita faz parte do calendário do grupo e teve como objetivo levar alegria, descontração e amor aos idosos do lar. Sorrisos, Cantos, Oração e muito carinho também fizeram parte da visita.
“A presença de vocês aqui é muito boa por quebrar a rotina e trazer a alegria jovem a nós e aos nossos idosos!” - Testemunhou D. Elza que há 20 anos trabalha como voluntária do Lar Vicentino. Ao final da visita, cada jovem entregou como lembrança aos idosos um terço de Nossa Senhora das Graças.
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Coluna da
Turismo do Saber leva estudantes para conhecer o campo Adelina Campi
Papel alumínio: 10 jeitos de usar Dicas ótimas para serem aplicadas em sua casa...
O papel mais popular que existe na cozinha tem mais utilizade do que apenas ir ao forno. Nós, do Arteblog vamos ensinar outras 10 utilizações para esse material. Afiar tesoura e faca - O papel alumínio pode ajudar você a recuperar aquela tesoura ‘cega’ que há tempos está jogada de lado. Pegue um pedaço de papel, amasse e use a tesoura para cortar o papel. Repita o processo até 10 vezes, sua tesoura ou faca irá cortar tudo. Adeus goteira - Apareceu uma goteira e não tem como arrumar no momento? Cubra o furo com papel alumínio. Como ele é impermeável e moldável, irá segurar se a chuva chegar. Cheiro forte na geladeira - Ninguém gosta de abrir a geladeira e sentir aquele cheiro forte da cebola que não foi usada, não é? Então cubra a cebola com filme plástico e depois com uma folha de papel alumínio. Além do cheiro não sair, a cebola manterá sua
umidade como se tivesse sido cortada no ato que for usar. Economize ferro - Quer economizar ferro de passar, energia e suas mãos? Cubra a mesa de passar roupa com papel alumínio deixando a parte brilhante para cima. Por cima do papel coloque um lençol ou tecido de algodão. O alumínio irá refletir o calor e só de passar um lado da roupa o outro já ficará liso também. Sem veda-rosca - o parafuso ou a porca não estão bem encaixados? Enrole papel alumínio. Ele fará a pressão necessária para que fique tudo bem preso. Achamos a resposta - Se você, como muitas pessoas, sempre se pergunta qual o lado do papel alumínio que se deve deixar em contato com os alimentos que vão ao forno, não se preocupe mais! Nós achamos a resposta! O lado correto é o lado mais brilhante por ser também a parte mais lisa. Assim a carne não irá grudar e tudo ficará bem assado.
Na maior limpeza - Pouca gente usa mas o papel alumínio realmente serve como um ótimo protetor de sujeira no forno e no fogão. Forre o forno e fogão com ele sempre que for assar, fritar ou fazer algo que possa suja-lo. Fruta fora da geladeira durando muito - O papel alumínio conserva a umidade natural das frutas, então se não quer mantê-las dentro da geladeira você pode envolve-las em papel alumínio que sua duração será tanto quanto se elas estivessem na refrigeração. Limpa sujeira difícil - Grudou no fundo da panela ou na assadeira e não sai? Amasse um pedaço de papel alumínio e esfregue. A sujeira irá se soltar com facilidade. Cone multiuso - Precisa de um funil ou mesmo de um saco para confeitar? Faça com o papel alumínio. Ele é moldável e impermeável, assim ganha qualquer formato e não suja suas mãos.
Alunos do Turismo do Saber - Litoral no Campo se divertem durante viagem da edição 2011 / Foto: Fabrício Souza As férias escolares do mês de julho serão repletas de descobertas para 640 crianças da rede pública de ensino. Beneficiados pelo programa Turismo do Saber – Litoral no Campo, iniciativa da Secretaria Estadual de Turismo, os estudantes passarão a semana de 23 a 27 de julho interagindo com a natureza do interior paulista, adquirindo nova experiência de vida através do turismo. Na atual edição serão 14 delegações. Cada uma delas é formada por meninos e meninas, estudantes com idades entre 9 e 11 anos. Eles ficarão hospedados nas escolas de nove municípios do interior paulista, conhecendo, através do turismo, uma realidade completamente nova. Cada delegação será acompanhada permanentemente por quatro monitores e um policial militar, que serão responsáveis pelos grupos. Menino tem seu primeiro contato com o campoOs estudantes participantes do Turismo do Saber receberão toda a estrutura para participarem do programa. O Governo do Estado será responsável pelo fornecimento do transporte dos grupos, capacitação dos coordenadores e monitores, material pedagógico, uniforme personalizado. Já os municípios anfitriãos fornecerão a alimentação dos grupos, além da hospedagem. Para o secretário de Turismo do Estado de São Paulo, Cláudio Valverde, além de permitir uma vivência prática da atividade turística, a programa
tem um forte apelo de inclusão. “Estamos incluindo essas crianças socialmente por meio do turismo, muitas delas terão o primeiro contato com as atrações da realidade do interior do Estado”, diz. Ainda segundo o secretário, os alunos beneficiados atuarão como agentes na divulgação dos atrativos turísticos dos municípios visitados. “No retorno, cada aluno poderá compartilhar suas descobertas e novos conhecimentos com seus familiares e amigos, atuando de forma ativa na propaganda dos destinos”, explica Valverde. Edições anteriores Em sua primeira edição, realizada em julho de 2011, o programa levou 640 crianças de 16 cidades do litoral paulista para passarem cinco dias nas montanhas da Serra da Mantiqueira. Foi uma experiência única e inesquecível; a maior parte dos estudantes nunca tinha viajado antes. Na segunda edição, os números foram maiores. Ao todo 1280 crianças de 32 municípios conheceram 15 cidades do litoral paulista. Muitas das crianças participantes realizaram tiveram a oportunidade de realizar o grande sonho de conhecer o mar. Quem visita quem: