Maranduba, 25 de Agosto de 2012
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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br
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Ano 3 - Edição 40
Festival de Surf do Sapê supera expectativas Evento realizado na Praia do Sapê reúne atletas e muita gente bonita
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Jornal MARANDUBA News
Editorial:
Período Eleitoral Mais uma eleição paira sobre o céu de Ubatuba. Já vimos esse filme em várias edições e versões. Por mais que me esforçasse para escrever este editorial, os temas que me vinham a cabeça não seriam possivel ser escritos sem que corressemos o risco de processos ou retaliaçãoes. Diante disso optamos por não manifestar a opinião deste editor até que finalize o processo eleitoral em Ubatuba. Seguirei o ditado popular que diz “Em boca fechada não entra mosquito”. Até a apuração. Emilio Campi Editor
Associação Mar Virado
Calendário de Reuniões 2012 Agosto Dias: 14 e 28 Setembro Dias: 11 e 25 Outubro Dias: 09 e 23 Novembro Dias: 06 e 20 Dezembro Dia: 04 Participe! Associação da Enseada do Mar Virado
Editado por:
Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.
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Emilio Campi Colaboradores:
Adelina Campi, Ezequiel dos Santos e Fernando A. Trocole Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo
Dia do Senhor Bom Jesus da Ilha dos Porcos O evento acontece no próximo dia 25. Esta é uma comemoração histórica celebrada desde 1850, quando a Ilha Anchieta [em Ubatuba, SP] era chamada de Ilha dos Porcos O Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEIA), em parceria com a Comissão Pró-resgate Histórico da Ilha Anchieta realizam, no próximo sábado, 25, a celebração do Dia do Senhor Bom Jesus da Ilha dos Porcos. O evento terá início às 7h30, com um encontro na Igreja Nossa Senhora das Dores, no bairro Itaguá, de onde um cortejo de veículos, levando a imagem de São Bom Jesus, seguirá rumo ao Saco da Ribeira, para dar início à Procissão Marítima, em direção à Ilha Anchieta, às 9h. O evento é aberto ao público e gratuito. Apenas uma taxa de R$ 10,00 será cobrada, pelo transporte de escuna até o PEIA. Menores de 12 anos não pagam. Aos interessados em participar, recomenda-se que levem lanche, água, protetor solar, repelente e uma blusa, já que na volta do barco ao continente, às 16h, a temperatura pode estar mais baixa. Após a chegada à Ilha Anchieta, por volta das 10h, será realizada uma Missa Campal, ao lado da Capela do Senhor Bom Jesus da Ilha Anchie-
ta, com cânticos de louvor e bênção. O evento prossegue até às 16h, com tempo livre para a visitação, banhos de mar, passeios e brincadeiras dentro do Parque Estadual da Ilha Anchieta. Para demais informações, entrar em contato por meio do telefone (12) 3832-1397 ou pelo correio eletrônico pe.ilhaanchieta@ fflorestal.sp.gov.br. Esta é uma comemoração histórica que era feita na metade do século XIX, em 1850, quando a Ilha Anchieta era chamada de Ilha dos Porcos. Naquela época, a ilha era um povoado da comarca de Ubatuba bastante habitada, que contava com casas, plantações, pequenos negócios, uma escola, uma capela e um cemitério. Já naquela época, no dia 6 de agosto, a Festa do Padroeiro Senhor Bom Jesus da Ilha dos Porcos era feita na mesma capelinha que existe hoje. Parque Estadual da Ilha Anchieta Com 828 hectares de extensão, oito praias, natureza exuberante e uma grande biodiversidade, a Ilha Anchieta é a segunda maior ilha do Estado e um dos principais atrativos turísticos de Ubatuba. Além da famosa rebelião do presídio, o local também foi cenário de acontecimentos que fazem parte da história do Brasil.
Atualmente, a ilha é protegida e administrada pela Fundação Florestal, por meio do Parque Estadual da Ilha Anchieta, que proporciona aos visitantes, um passeio cheio de encantos, mesclando o mar, a Mata Atlântica, a cultura e a história. Praias belíssimas, trilhas ecológicas em meio à Mata Atlântica, passeios pelas ruínas do antigo presídio e um dos melhores pontos para mergulho do Brasil são alguns dos atrativos oferecidos pelo Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEIA). O PEIA faz parte da rede de Unidades de Conservação administrada pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, por meio da Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo, mais conhecida como Fundação Florestal. Para saber mais, acesse www. fflorestal.sp.gov.br. Serviço O Píer Saco da Ribeira fica na Avenida Plínio França, 85, Praia do Saco da Ribeira, no km 63 da BR - 101. A escuna disponível para o transporte dos participantes é a Mikonos, às 9h para ir e às 16h para voltar. Aos interessados em ir de forma independente, há outras escunas e embarcações, com horários e preços diversos. Fonte: ubaweb.com
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Governo do Estado inicia obras de melhorias do Sistema de Abastecimento de água da Região EZEQUIEL DOS SANTOS Como parte do Programa Onda Limpa para o Litoral Norte paulista, o governo do estado, através da Secretaria de Saneamento e Energia e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), inicia os trabalhos para as melhorias e complementação do sistema de abastecimento de água e esgoto. Segundo nota da Sabesp para contribuir à saúde da população, proteção e preservação do meio ambiente, para a melhoria na balneabilidade das praias e a preservação da vocação turística da região. Nesta primeira etapa serão investidos na região mais de 16 milhões de reais para a melhoria, complementação e ampliação do sistema de abastecimento de água tratada. A obra está ao lado do Sitio
Boca Larga na Avenida Fujio Iwai no bairro do Sertão da Quina e já tem seu espaço limpo e organizado. A nova obra está de frente a outro programa estadual já executado, que é Programa “Melhor Caminho” que recuperou a mobilidade de acesso da estrada rural Sertão da Quina-Maranduba. Segundo o governo do estado, o valor envolvido nas ações de infraestrutura do sistema de esgoto anunciadas é de R$ 78,7 milhões, que contempla obras dos sistemas de esgotos de Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba e ampliação do sistema de abastecimento de água na região sul de Ubatuba. Diz ainda que os índices de coleta de esgotos terão a seguinte evolução em Ubatuba, de 28% para 68% de cobertura.
A vencedora da licitação é a empresa Augusto Velloso. Já a obra que não passará pelas
mãos da atual administração municipal está prevista para terminar em janeiro de 2015
com intenção de gerar emprego e renda direta e indiretamente na região.
Câmara aprova cotas para negros, quilombolas e indígenas em concurso público Após o recesso parlamentar, a Câmara de Ubatuba aprovou Projeto de Lei projeto de Lei nº. 63/12, reservando 20 por cento das vagas nos concursos públicos de Ubatuba para negros, índios e quilombolas para provimento de cargos efetivos e funcionários públicos dos Poderes Executivo e Legislativo e das entidades da administração indireta do Município de Ubatuba. A proposta é de autoria de Frediani, solicitado por lideranças dos movimentos de representação das minorias no município, estado e união. Ubatuba possui duas aldeias indígenas, cinco quilombos e vários núcleos de comunidade negra urbana, tem em sua formação histórica remanescen-
tes destas comunidades e da miscigenação desta população. Com uma longa justificativa, o vereador Frediani lembra que recentemente o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, que é constitucional a adoção de políticas de cotas raciais em instituições de ensino, declarando constitucional o sistema de cotas raciais na Universidade de Brasília-UNB. No que tange a concurso público, o Rio de Janeiro também, recentemente, sancionou Lei que reserva 20% de vagas nessas seleções municipais, medida que foi comemorada por toda a sociedade. Pela classificação geral o projeto deixa claro que “a no-
meação dos candidatos aprovados será de acordo com a ordem de classificação geral no concurso, mas, a cada fração de cinco candidatos, a quinta vaga fica destinada a candidato negro ou índio aprovado, de acordo com a sua ordem de classificação”. Pela proposta “a autodeclaração de raça é facultativa, ficando o candidato submetido às regras gerais estabelecidas no edital do concurso, caso não opte pela reserva de vagas”. Não havendo candidatos negros, quilombolas ou indígenas aprovados, as vagas incluídas na reserva prevista serão revertidas para o cômputo geral de vagas oferecidas no concur-
so, podendo ser preenchidas pelos demais candidatos aprovados, obedecida a ordem de classificação. A proposta de Frediani deve vigorar por dez anos, prevendo-se uma avaliação de resultados após esse período. O autor lembra-se da importância da manifestação positiva da Suprema Corte Brasileira sobre o tema a este reparo moral histórico. Na justificativa o autor declara que Ubatuba tem de se colocar na vanguarda dos processos que façam alcançar a dignidade da pessoa humana. Historicamente, Ubatuba é um dos poucos territórios nacionais que mantém seus povos tradicionais, aos quais são for-
madores do processo civilizatório nacional e que por conta disto carrega em seu DNA o estigma da descriminação, do racismo e da desigualdade social. Na solicitação a aprovação do projeto, Frediani diz que mais do que palavras e uma ação política, trata-se de um reconhecimento que reverte uma situação de desigualdade e reparo moral. “Trata-se de devolver os sentimentos perdidos de esperança e dignidade desta população, na realidade trata-se de um projeto que faz parte de uma agenda positiva e que vem somar a um conjunto de ações na luta para amenizar as desigualdades sociais no país, no estado e no município”, conclui Frediani.
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Comunidades aguardam com ansiedade o lançamento do livro “Saíras do Bonete” No próximo dia 22 de setembro às 15 horas na Comunidade da Praia Grande do Bonete acontecerá à tarde de autógrafos de lançamento do livro “Saíras do Bonete”. A comunidade produziu cerca de mil exemplares da história de vida e aptidões de um grupo de mulheres que se intitularam Saíras do Bonete, daí o nome do livro. O preço de cada livro ainda está em discussão, mas tudo indica que o valor será acessível a todos. Embora seja segredo o JMN descobriu que uma das possibilidades seja que a capa do livro tenha a foto de uma colcha de retalhos produzida pelas mãos habilidosas das mulheres do grupo, mas do que um trabalho artesanal de cunho histórico, tradicional e sustentável a colcha mostra a união das peças a um bem comum. É que a colcha de retalhos (primeira atividade do grupo) refaz os pedaços das histórias de cada integrante do Saíras, nela cada uma conta um pedaço de sua história e a guarda em cada pequeno quadrado de tecido. A colcha ficou conhecida como “colcha dos retalhos reais”. Com objetivos claros e transparentes conquistaram a aprovação do trabalho através ProaC-Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo.
A ave escolhida faz referencia a um grupo que em conjunto voam as mesmas nuvens, buscam os mesmos céus, trabalham as mesmas ações e traçam os mesmos objetivos. Foi a partir desse primeiro trabalho que as Saíras começaram a redescobrir e desenvolver suas habilidades que estavam adormecidas, o resgate de suas verdadeiras histórias fez com que todas construíssem belas peças. Com várias peças em mãos, surgiu a ideia de organizar uma feira para expor os trabalhos, que ocorreu no dia 30 e 31 de dezembro de 2011. Como a feira foi muito prestigiada, com encomendas de varias peças, foram organizadas outras exposições, que ocorreu nos dias 18 e 19 de fevereiro deste ano. O projeto começou com as mulheres da Vila do Bonete e as voluntárias Vera Ferretti e Ana Carmem Nogueira, coordenadoras do grupo e já receberam o reconhecimento da Câmara Municipal de Ubatuba através de Moção de Congratulações. O evento do próximo dia 22 acontecerá no centro da vila, no tablado comunitário em frente à Capela e é aguardado por toda a região e conhecidos dos vários locais que frequentam e conhecem este pedaço do paraíso.
As mulheres lembram que o primeiro encontro aconteceu em 26/03/2011, no tablado, de inicio as mulheres eram tímidas e ansiosas, pois não sabiam no ia dar, tudo era novidade, mas aos poucos as Saíras foram se soltando com as dinâmicas e rodas de conversas proporcionadas pelas coordenadoras. Muitas mulheres foram por
curiosidade, todas ficaram surpresas com a novidade, pois não acreditavam que poderiam levantar voo tão alto. O grupo começou com 14 mulheres. Hoje conta com dez integrantes já que algumas tiveram de deixar o grupo por motivos pessoais. As que ficaram lembram que elas um dia foram Saíra e merecem serem lembradas e respeitadas. São
elas: Adriana, Malvina, Margarida e Lucilene. O evento promete superar as expectativas, para isto a grupo Saíras organiza um chá para receber as pessoas. Jornais, revistas, rádios, internautas e até TVs regionais foram convidadas para o evento. Vale a pena participar deste grande e histórico evento.
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Vem aí a 94ª Edição da Festa de Nossa Senhora das Graças EZEQUIEL DOS SANTOS Após festa de Santa Filomena e São Maximiliano Kolbe, Setembro inicia com a 94a Edição da Festa de Nossa Senhora das Graças. A comunidade da Região Sul se prepara para mais uma edição da tradicional festa social de Nossa Senhora das Graças, que acontecerá no morro do Emaús no bairro do Sertão da Quina. Antes, porém participaram, no mês de agosto, das festividades de Santa Filomena no Araribá e São Maximiliano Kolbe na Lagoinha. Tais festividades antecederam a festa do Emaús e fazem parte do calendário regional de festividades sociais e religiosas. As capelas que passam por melhorias e reformas vêm atraindo um número maior de colaboradores e fiéis, que buscam na tradicionalidade da formação cristã desta porção geográfica do país a manutenção das atividades religiosas e
da fé primeira. A região sul de Ubatuba possui sentimentos autênticos dos resgates festivos através de suas festividades de origem religiosa, cultural e social. A 94ª a edição acontecerá nos próximos dias 06,07 e 08 de setembro e conta com vários prêmios, sendo o principal um veiculo 0 Km, também a visita da Imagem Milagrosa de Nossa Senhora do Mel (Santa do Mel), barracas típicas, comes e bebes. Moradores preparam artesanato regional para mostra e venda nesta edição. Fiéis confeccionam em fibra de bananeiras e taboas, material idêntico aos utilizados no período da Aparição em 1915, quando deu inicio ao atendimento da comunidade aos visitantes que por estas terras visitavam. São aguardadas mais de 10 mil pessoas/dia nesta edição, segundo os organizadores. No inicio das aparições, no pe-
ríodo de visitas, a comunidade deixava de trabalhar para atender aos fiéis, é que antes, porém já haviam trabalhado noite e dia para proverem os visitantes de pouso e comida. Embora as meninas que viram a Bela Imagem fossem taxadas de “loucas” por muitos, a comunidade manteve-se firme nas tradições e hoje este encontro social já é visto com outros olhos agradando, até mesmo pela indústria do turismo religioso, fiéis e colaboradores. Grande parte dos moradores são descendentes diretos de um dos mais belos acontecimentos deste país e sabem da importância passada às gerações e da fidelidade aos apelos de Nossa Senhora das Graças que apareceu por aqui a Iria Rosa de Oliveira, Benedita Januária, Joana Felix dos Santos e Maria Aparecida, que das quatro era a única que não teve a visão na primeira vez.
Escola começa a desenvolver projeto para a construção de mais um satélite O Projeto Ubatubasat 2012 começou a ser desenvolvido na Escola Municipal Tancredo de Almeida Neves, em Ubatuba. Na última semana, o professor e coordenador do projeto, Candido de Moura, explicou a todos os presentes no laboratório de ciências da escola o funcionamento do projeto. Durante a apresentação também foi exibido um vídeo institucional sobre as atividades no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), parceiro do programa. Nessa segunda etapa 134 alunos na faixa de 10 a 12 anos, da 6ª série do 1º grau, se inscreveram para participar e deverão receber treinamento por dois anos para a construção
do satélite Tancredo 2. O início do Ubatubasat O projeto desenvolvido pelo professor Cândido teve início em 2009, quando o professor leu uma reportagem numa revista científica anunciando que a Interorbital, uma empresa americana, vendia kits educativos de satélites, os TubeSats. A partir daí, logo no início do ano letivo de 2010, o professor Cândido anunciou a ideia aos alunos, que logo concordaram em construir o satélite. Com a doação de uma empresa de Ubatuba foi possível efetuar a compra do kit do satélite, que custou U$ 8 mil. Em abril deste ano nove alunos e quatro professores da escola Tancredo Neves
Ubatuba, que trabalhavam na construção de um satélite artificial, visitaram as instalações da empresa americana “Interorbital Systems”, em Mojave e o “Laboratório de Propulsão a Jato (JPL)” da NASA, em Pasadena, ambos nos Estados Unidos. O satélite O Tancredo 1, nome dado ao primeiro satélite, pesa 750 gramas, tem 8,9 cm de diâmetro e 12,7 de altura. É composto de quatro placas de circuito impresso, uma delas com antena de recepção e transmissão, outra com controle de energia elétrica, outra com computador de bordo e a outra com transmissor/receptor. Após a conclusão dos
trabalhos, o satélite será enviado para a Interorbital System, na Califórnia, que fará o lançamento a uma órbita de 300 quilômetros de altitude. O satélite deverá permanecer no espaço por no máximo 90 dias. De acordo com Cândido
de Moura, a Interorbital Systems adotou a ideia de ter um grupo jovem, sobretudo vindo de uma escola pública do Brasil, uma vez que a maioria dos interessados nos chamados TubeSats são alunos de pós-graduação em engenharia.
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A importância do horário eleitoral Dirceu Cardoso Gonçalves Começou nesta terça-feira (21/08), o horário eleitoral gratuito de rádio e televisão. Usada em campanha há 60 anos nos EUA e 50 no Brasil, a televisão é a grande vedete do período e consome o maior volume dos recursos. Em razão do tempo que cada partido dispõe, com base no seu número de deputados federais, formam-se as alianças mais esdrúxulas entre agremiações e lideranças sem qualquer afinidade política ou ideológica. Exemplo disso é o ruidoso pacto Lula-Paulo Maluf em São Paulo, até agora não assimilado entre os correligionários de ambos. A soma dos horários partidários no rádio e na TV tem constituído verdadeiras colchas de retalhos Brasil afora. Em algumas localidades, são conhecidas como “arcas”, tamanha a diversidade de bichos nelas embarcados. Neste ano, a internet começa a ser utilizada em escala maior, tanto em redes sociais quanto em fusão com os veículos de comunicação da mídia tradicional. Da mesma forma que passou a oferecer serviços até então inexistentes ou executados pelo jornal, rádio e TV, a rede se revela importante ambiente para a campanha e ainda carece de regulamentação. Com certeza, dentro de dois anos, nas eleições gerais, as regras serão mais claras para esse novo nicho de comunicação. Em 1962, quando foi utilizada pela primeira vez, na eleição de São Paulo, a TV brasileira ainda era limitada
em tecnologia, penetração e horário de programação. Mas, aos poucos, foi ampliando sua participação a ponto de, em 1976, depois de um grande sucesso eleitoral do oposicionista MDB nas eleições de 74, o governo militar editar a Lei Falcão, que limitava o horário gratuito à apresentação dos “santinhos”, com nome e número dos candidatos. Em 1989, na primeira eleição presidencial direta em quase 40 anos, o vencedor, Fernando Collor de Melo encontrou na TV uma grande aliada. Hoje temos o horário gratuito com regras impostas pela justiça eleitoral mas, mesmo assim, é o principal instrumento nas grandes e médias cidades brasileiras. As campanhas estão profissionalizadas e transformam os candidatos em produto de marketing. No começo dos anos 50, quando a TV americana começou a ser usada em campanha eleitoral, alertava-se de que “escolher um candidato não é a mesma coisa que comprar uma caixa de sabão”. Ressalvados épo-
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ca e contexto, o alerta ainda é válido para nós, brasileiros. A escolha daqueles a quem vamos destinar nossos votos não pode e nem deve ser submissa ao apelo publicitário; eles devem ter propostas que coincidam com nossos interesses e, além disso, serem éticos, honestos e trabalhadores. Se, depois de optar por um candidato, o eleitor tomar o cuidado de pesquisar seu nome na internet, terá como saber quem é ele e, principalmente, se cometeu algum crime ou irregularidade e até mesmo se foi absolvido por falta de provas, conseguindo escapar do crivo da “lei da ficha suja”. Com esse simples zelo, cada um de nós estará ajudando a construir um Brasil melhor. Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo). Fonte: ubaweb.com
TODO MUNDO LÊ. ANUNCIE: (12) 9714.5678
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Missa sertaneja entusiasma fiéis, moradores e turistas
No último dia 8, no morro do Emaús, uma celebração diferente chamou a atenção de fiéis, moradores, turistas e visitantes. Com um repertório de musicas sertanejas, letras litúrgicas e toque tradicional das coisas da roça e da formação original deste povo, o padre Darci, natural de Goiás, “tocou” a celebração empolgando a multidão que lá estava. As belas músicas ficaram por conta do grupo de musicas da Paróquia do Itaguá. O padre “cowboy” como foi chamado é da Diocese de Uruaçu em Goiás e atualmente trabalha com padre Xavier na Paróquia Nossa Senhora das Dores no Itaguá. Participaram desta celebração Padre Carlos, Xavier e Manoel, além de toda equipe costumeira estava lá também o seminarista Diego que estava de chapéu de palha para integra-se a esta boa novidade. Mais em estilo do centro oeste brasileiro, o padre Darci dirigiu-se aos fiéis em tom de rodeio, algo bem diferente do que a comunidade deste lado do país está acostumada a ver e ouvir. A missa foi aprovada por todos e agradou pela originalidade e novidade. Ao final Padre Carlos pergunta aos fieis se aprovaram o estilo do Padre Darci, com palmas todos respondem positivamente, o mesmo confessa que não tem dom pra este tipo de celebração, arrancando risos dos participantes e dos fiéis. Ao final foi realizado o sorteio costumeiro do carnê e após a benção final o grupo executa uma música caipira original. Muitos voltaram para casa aguardando uma nova data para mais uma missa sertaneja.
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Festival de Surf do Sapê supera expectativas PROMATA No último final de semana dos dias 04 e 05 de agosto, aconteceu o Festival de Surf do Sapê, 1ª etapa do Circuito Boraposurf 2012. Além dos melhores surfistas amadores de Ubatuba e de outras cidades do estado de São Paulo, cerca de 400 pessoas torciam e vibravam na praia a cada novo High Score – nota mais alta no evento. Com ondas de até meio metro, os atletas, das mais variadas idades, levaram ao delírio quem lá prestigiou o evento. Neste evento os primeiros colocados de cada categoria ganharam uma prancha de surfe, troféu, camisetas e somaram 1000 pontos para o ranking que define, após três etapas, os campeões do Circuito Boraposurf 2012. Também houve a premiação de passagens aéreas para o Peru, além de um bônus de U$200, nas categorias Junior e Open e uma prancha de surfe na categoria Mirim. No primeiro dia o show ficou por conta de Emerson Santos – 9,5 e Tales Araújo – 9,5 ambos na categoria Open, Carlos André – 8,7 na categoria Junior, Daniel Araujo – 8,7 na categoria Mirim. No segundo dia, sagraram-se campeões da etapa os atletas: Categoria Mirim - Luiz Gustavo Santos de Oliveira, 15 anos, do Perequê-Açu; Categoria Junior - Amisael Oliveira, 18 anos, da Estufa II; Categoria Open – Fabio Tavares, 33 anos, da Praia Grande. A mãe de um dos participantes comentou durante o evento – “Como é bom ver esses jovens num ambiente tão bom”. O evento que teve cunho social, esportivo e ambiental, su-
Fotos: Evandro Maia
Evento realizado na Praia do Sapê reúne atletas e muita gente bonita na região perou as expectativas e atingiu plenamente seus objetivos, pois, promoveu a permanência dos jovens e crianças envolvidos, direta ou indiretamente, num ambiente saudável e positivo, promoveu o esporte, promoveu o turismo, promoveu o comércio, promoveu a
conscientização ambiental, gerou trabalho e renda e, definitivamente, estabeleceu importante data no calendário de eventos da região sul do município. O comercio local entendeu a necessidade e a importância do evento, foram servidos aos
participantes saladas de frutas, água mineral e lanches, todos gentilmente cedidos pela Aloha Pizza Bar e pelo Bar e Adega D’Menor, que também promoveram o trabalho artístico do surfista Jefferson Guedes. A tenda para aquecimento e alongamento ficou por conta
da Academia Cia do Corpo, o almoço dos organizadores ficou por conta da Pizzaria e Restaurante Petit Poa, as pranchas de surfe pela SuperKort Boardshop. O evento foi realizado pela Boraposurf com apoio do Jornal Maranduba News, da TVLitoral, da AUS – Associação Ubatuba de Surf e da Federação Paulista de Surf, colaboração da Promata – Associação de Moradores para a Recuperação e Preservação da Mata Atlântica, da AMMA – Associação de Moradores de Maranduba e Amigos e patrocínio dos principais comerciantes da comunidade da região sul de Ubatuba. Outro evento muito aguardado é o tradicional Eu Amo Ubatuba Surf Challenge, que vai para sua quarta edição e tem pontuação validade para a segunda etapa do Circuito Boraposurf 2012. O Eu Amo Ubatuba acontecerá nos dias 29 e 30 de Setembro, na Praia de Maranduba. Somente inscrições antecipadas e as vagas são limitadas. Vale lembrar que desde 2.008, a Boraposurf vem realizando eventos, com patrocínio, apoio e colaboração de todos os setores da sociedade e, em 2.012, atinge o auge de suas realizações com o Circuito Boraposurf 2012 que é formado por três etapas, com as categorias Open, Junior e Mirim e distribuirá para seus vencedores duas passagens para o Peru, dois bônus de U$200, 10 pranchas de surfe, 48 troféus, camisetas, acessórios e brindes. Maiores informações você encontra na página facebook. com/circuitoboraposurf2012 ou através do e-mail boraposurfubatuba@gmail.com. Confira!
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Como começou o surfe na região - Parte I Foto: Evandro Maia
O primeiro contato com uma prancha de surfe acontece sem a menor intimidade com o esporte, na realidade, numa análise geral, a cena em si chega a ser cômica senão ridícula. A primeira remada é cheia de tombos, de um lado para o outro, sem nenhum estilo,
com o bicão da prancha empinado, levando espumada na cara, engolindo água salgada, levando vários caldos (tombos), mais embaixo do que encima da prancha, remando, remando e remando, num esforço sem fim, sem sair do lugar, sem ver a cara do outside
– faixa após a linha da arrebentação – provavelmente, não pegando nenhuma onda ou no máximo uma espuminha, deitado, e mesmo assim não desistindo nunca. Para ficar de pé leva tempo. Nossa primeira atuação aconteceu no último mês do ano de
1.983. Promovido pelo Guto, filho da D. Verônica que, na época, trabalhava e morava em um conhecido hotel a beira mar, cujo gerente era o chileno de nome Tito, proprietário de uma legítima prancha Jean Daniel 5’7, artisticamente pintada com listras roxas, amarelas, verdes, azuis e brancas, quatro canaletas, duas quilhas brancas, swallow tail – rabeta com formato em W, uma beleza. O gerente deixava nas mãos responsáveis de Guto, que emprestava aquela maravilha da obra humana aos amigos adolescentes. Era então do amigo do gerente do hotel as primeiras dicas de surfe, pode-se dizer que nascia neste momento uma promissora história d surfe local, marcante o suficiente para ser eterno. Meses depois, conseguem as próprias pranchas usadas. Para os moradores da região tratavam-se dos meninos que “corriam” onda. Para os adolescentes, a famosa e lendária Equipe Zulu. O primeiro evento aconteceu no outono de 1.986, feriado Páscoa e o prêmio foi uma simples, mas, disputadíssima Surfer Magazine, revista especializada em surfe, da Califórnia, Estados Unidos. O vencedor sabia que seu prêmio ficaria em seu poder somente por algumas semanas, pois teria de compartilhar o “tesouro” com os demais. Neste evento o ganhador da tão desejada “revista gringa” foi Dédínho, favorito ao título com a ausência de seu irmão Gerson do Prado Costa, o Kiko que, na ocasião, participava de um campeonato no Itamambuca. Vários foram os protagonistas da época, ainda muito meninos, Marcos Alexandre do Prado (Marquinhos do Prado), um dos poucos locais que iniciara na década de 70, os irmãos Geraldo e Josué
do Prado Santos, seus primos Gilberto e Jean do Prado, os paulistanos, mas, caiçaras de coração Sinuê, Evandro e David Maia, os irmãos Beto e Renato Felix – Gordo, Wagner – Dag, e a segunda leva de praticantes, os irmãos Gerson do Prado Costa – Kiko e Adriano de Oliveira Costa – Dédínho, os primos Carlos Cesar Geisger – Carlinhos e Alexandre Carmo – Xan, os irmãos Robson – Ró – e Emerson Enes Virgilio – Missão, Luís Gustavo – Guto, Carlos Eduardo Carelli – Duda, Eduardo Clarassoti, Bida, Edson, Abel, Heidi Junior, os irmãos Serginho Barbosa – Cynar e Reynaldo, os irmãos Paulo Sérgio e Toto e os turistas Leon e Espaguete, de Mogi das Cruzes, Sergio Ricardo Azambuja – Cacá e Flávio – Menudão, de Campinas, Tonicão e os irmãos Jorge – Xuxa e Filipe Streit – Filipou, os irmãos Roberto – Tuco e Sergio – Na Rolha, Gerson – Boyzão, de São Paulo. Foi desta inconscientemente e despretensiosa e pioneira iniciativa, estabeleceu-se o marco do surfe de competição na região sul de Ubatuba. No mesmo ano nas férias de Julho, realizaram o Festival de Inverno, com apoio de tradicionais comerciantes locais como a popular Mercearia Pimenta, de propriedade de Henrique Enes Virgilio e do saudoso Djalma Carmo, da Farmácia do Darci, pai de Wagner Martinez, da Banca da Dona Ruth, do Bar do Mané, do Mercadinho do Sapê, de propriedade do Tim, da Padaria do Chico Mota, do Açougue do Mário, do Quiosque Eskizitinho, do Quiosque do Luís Carlos, da Sorveteria Némesis e do Auto Posto Frediani, muitos dos quais, juntamente com novos empreendedores, até hoje, incentivam o esporte, a cultura e o turismo com a mesma disposição.
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Gente da Nossa História: Manoel Wagner José Nascido no Sertão da Maranduba entre as bananeiras, o canto das aves, as Folias de Reis e o Divino, nasceu em 15 de abril de 1939 mais filho de Dona Maria Gaspar e de Oliveira (In Memorian) e Fidencio Manoel dos Santos. Junto a seus irmãos aprontou muito quando criança, os filhos eram: Braz filho, Zacarias, Fidencio, Sebastião, José, Pedro, duas Marias e Manoel. De infância humilde, simples e pobre, Manoel se enveredou a experimentar algo diferente, algo que lhe desse dinheiro e sossego. “Ligeiro” com as ideias tratou de descobrir uma forma de atender os primeiros turistas que por aqui visitavam. Foi assim que ele se tornou o primeiro ambulante da Praia da Maranduba a trabalhar com barraca. Paulo pintor ou Paulo gordo foi um dos primeiros sócios de Perereco, a sociedade não durou muito tempo, mas Manoel continuou a lida. Boemio como era, sabia cativar os turistas, já que, segundo Manoel, eles traziam muito dinheiro a região, assim também gerava emprego e renda na localidade. Muitos não entendiam o porquê ele atendia primeiro os turistas: “é eles os turistas que trazem dinheiro para nós”. Por um longo período Manoel esteve bem de vida, dizia ele que o homem precisava de um bom paladar e uma boa mulher a ser apreciada, queria comer e beber do bom e do melhor sem se importar com o quanto iria pagar. Sua forma de atender o turista logo se espalhou e
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Fidêncio de Oliveira: o “perereco repeteco”
seu ponto de comercio virou parada obrigatória por quem lá passasse. Era ali que o turista recebia as primeiras informações sobre a região, era na realidade um ponto de atendimento ao turista. Chegou a exibir vários carros, alguns eram desconhecidos do publico local, tinha ele Toyota, Jipes, Gurgel, Parati, mas seu primeiro veículo foi um fuscão azul. Perereco nunca deixou de ser alegre, diziam que se che-
gasse uma pessoa nova no pedaço ou uma mulher bonita ele pagava uma bebida. Junto com a fama de bom e sucessivo empresário, não é que Perereco também ainda acabou ganhando na loteria, não se sabe o valor, mas há quem diga que ele procurou algumas pessoas para ajuda-lo a abrir conta no banco em Ubatuba (como costuma dizer os moradores de longe do centro), acumulando ainda mais sua riqueza.
Perereco Repetéco era conhecido em toda a região, onde quer que passasse, chegasse ou fosse lembrado o apelido era o primeiro que vinha a cabeça das pessoas. Uma passagem trinte foi a do o corrido com uma de suas amadas, que por ciúmes e amor, na época em que dormia anestesiado pela bebida, ela jogou álcool em seu corpo e ateou fogo, quase o matando em sua própria barraca. A queimadura foi o motivo da perca de um dos rins, a cicatriz que ficara em suas costas às vezes era exibida para confirmar oque ele estava falando. Manoel era dono de alguns bordões conhecidos: Ô DOR DE BARRIGA... ÁH PERERÉCO safado...ÓH MINHA SANTA...A perereca da vizinha esta presa na gaiola... Tinha também uma cachorra chamada Perereca Safada que, por onde passava, desfilava com ele com um lenço amarrado no pescoço, quando a cachorra aparecia já se ouvia alguém falando lá vem o Perereco. A bebida o acompanhava por todos os lados, assim acompanhada ele também algumas folhas da mata como erva baliera, goiabeira, jabuticabeira, limão, araçá, carqueja e outras especiarias que eram socadas num copo ou amassadas na mão para incrementar a bebida, criando um sabor que para ele era especial... Para ele. Perereco foi homem de posse em vários bairros da região, entre eles, Maranduba, Sertão da Quina e Araribá. Fazer um rolo era com ele mesmo, era só provocar, dizem que em um de seus rolos até uma Parati desali-
nhada era parte de sua frota. Perereco também teve moto. Há quem afirme que seu bar na Maranduba era motivo de inveja e orgulho para outros ares da época. O dinheiro, dizem, que era guardado embaixo do colchão. Devido a idade e também a falta de alimentação correta, Perereco fora morar no centro da cidade com uma de suas irmãs para poder se tratar, e depois seguiu para Santa Catarina morar com sua filha. Irreverente sem trava na língua dono de uma boa memória, não se esquecia de nada, lembranças boas e ruins. Infelizmente Perereco partiu desta vida, falecendo em 20 de dezembro de 2011. Dizem por aí que muitos passam pela vida sem serem notados e este não é o seu caso, esteja você onde estiver Mané Pereréco, lembro-te sempre em minhas orações e que Deus o abençoe, Amém...
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Terminada 1ª etapa de réplica fiel de patrimônio religioso EZEQUIEL DOS SANTOS O artista Gilmar Ribeiro Munhoz, 50 anos, na última semana de julho terminou a 1ª etapa da reprodução fiel da imagem de Nossa Senhora das Graças da Paróquia da região sul de Ubatuba. Munhoz conta que esta será uma única reprodução em fibra de vidro para maior resistência e salvaguarda da original. As etapas seguintes será a realização da forma (molde) para o enchimento da fibra de vidro, em seguida à texturização idêntica e pintura como acabamento. A réplica terá em media 10 quilos, metade do peso da original. Todo o trabalho levou 30 dias corridos, no inicio era
apenas um suporte de madeira de 1 metro de altura com o sustento, depois o preenchimento com 50 kg de argila Tabatinga maciça e por último a escultura e modelagem. Foram utilizadas quatro ferramentas para o acabamento e detalhe, que realmente impressiona pela semelhança. A original foi feita entalhada em Peroba Rosa por Marino Del Fruero em 1925, custou três mil contos de Réis e chegou de barco a praia da Maranduba numa caixa também de Peroba. A imagem recebeu uma repintura em 2004, segundo Gilmar, trata-se de um rosto clássico de arte sacra, uma composição dentro do barro-
co português, Os olhos são de origem italiana, onde o artista tira a face da imagem e escava por trás o local dos olhos, colocando-os, em seguida fazendo o acabamento. Os anjos também com características barroca formam um conjunto em estilo clássico barroco, muito apreciado e estudado por especialistas. A réplica levará a assinatura de Gilmar, assim como levou a replica de Cunhambebe no Forte de São João da Bertioga. Gilmar informa que será feito varias replicas em tamanho menor para atender a demanda, diz ainda que gostou da região e estuda a possibilidade de montar um ateliê nesta localidade.
Treinamento de técnicas verticais Aconteceu nos dias 10, 11 e 12 de agosto o “Treinamento Básico em Técnicas Verticais” organizado pelas Guias de Turismo Jéssica dos Santos, Caru Lemos e Marianna Pavan em parceria com Marcelo e Thiago da Nativus Aventura, empresa de São Bento Sapucaí que ministrou o curso. O curso teve como principal objetivo capacitar os guias locais de Ubatuba e aumentar o leque das atividades de ecoturismo e turismo de aventura na cidade, entre os participantes estavam, Jéssica, Caru, Marianna, Israel, César Giraud e Robertinho Peres. O treinamento teve o foco na descida de rapel em cachoeiras, que também é chamado de cascading ou cachoeirismo. Os participantes tiveram uma aula teórica, onde tiveram o contato com os equipamentos necessários e durante dois dias colocaram tudo em prática na Cachoeira do Véu da
Primeira Eucaristia na Comunidade São Maximiliano Kolbe
Adolescentes recebem a primeira eucaristia na Lagoinha
Noiva, localizada na Lagoinha, ótima para a prática de iniciantes no esporte. O Cascading é uma atividade extremamente segura, onde o participante tem a oportunidade de desfrutar as cachoeiras de um modo único, descendo e se
refrescando por suas quedas. Mais uma opção para turistas e moradores que gostam de se aventurar. A equipe está se preparando para operar na próxima temporada de verão! Para maiores informações acesse: www.nativusaventura.com.br
Dezesseis adolescentes receberam a 1° Eucaristia na Solenidade de São João Batista na Lagoinha. Dentre os dezesseis, seis também receberam o Sacramento do Batismo. Com muita alegria estes adolescentes, sendo preparados pela catequista
Teresinha, se aproximaram do Banquete do Cordeiro, apontado por São João Batista e se alimentaram do Pão Vivo descido do Céu. Esta celebração também foi dedicada à oração pelas famílias, que acontece todo último domingo do mês.
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Dicionário de vocábulos e expressões caiçaras - Parte 10
DESGRAMADO - ( adj.) - desgraçado; miserável; danado, valente. “ fiozinho desgramado de forte é esti um dai, esse tar de nailo “ DESINFETá - ( v. t. ) - retirar-se; ser posto para fora. DESINLEIá - ( v.t.) - desenlear. DESINTEIRá- ( v.t.) - tirar uma parte ou uma quantia de alguma coisa reservada para um determinado fim. DESISTí - (v.i.) - defecar ; evacuar ; obrar. DESMALHá - (v.t. ) - desmaiar; tirar o peixe das malhas da rede. “ ela bateu a cabeça, desmalhô e não recumperô mais “ DESMARISCá - (v.i.) - tirar o marisco da concha com a força das mãos, ou com o auxílio de algum objeto ou ainda colocando-o para cozinhar levemente. DESMELHORá - (v.t.d.) - piorar ; parar o melhoramento. DESMERECIDO - ( adj. ) - magro; fraco ;anemico. DESMOLí- ( v.t. ) - demolir. DESNATURADO - ( s.m. ) - indivíduo desumano; cruel. DESNORTEADO - ( adj. ) - desorientado; tonto. DESPACHADO- ( adj. ) - ativo; desembaraçado ; expedito. DESPEJá - ( v.t.d. ) - esvaziar; entornar o conteúdo de. DESPéJE - ( v.t. ) - entorne ;
esvazie. DESPENSA - ( s.f.) - móvel onde se guardam os alimentos. DESPESCá - ( v.i ) - recolher o peixe “inleiado” na rede ou presos no cerco. DESPIROCADO - ( adj. ) - pirado; enlouquecido; desvairado. DESPOIS - (adv. )- depois. DESPROPóSITO - (s.m. ) quantidade; descomedimento; dito ou ato sem propósito ; grandeza ou excesso de alguma coisa. DESTEMPERá- (v.t.d.)- destemperar, misturar ou diluir o liquido ou alimento para diminuir a temperatura ou o sabor. Alterar o sabor de, tornando-o menos pronunciado. Enfraquecer uma tinta, diluindo-a em água. Aguar, alterar uma bebida. Desafinar (instrumento).” Destempere esse café com água que tá muito quente.” DESTAPô - (v.t. ) - destampou ; tirou a tampa. “Ja que destapô, despeje um poco na minha caneca “ DESTRONCá - (v.t.) - desarticular; desconjuntar; deslocar; fazer sair ( um membro ) da junta ou articulação. DESVARá - ( v. t. ) - ato contrário ao varar a canoa; recolocar a canoa na água. DESVIO- ( s.m.) - estar no desvio; estar desempregado. DEVASSADO - (adj. ) - aberto ou franqueado à vista de todos. DICIPRINA - ( s.f. ) - disciplina, caráter; vergonha. “ Esse pessoar não tem diciprina mesmo. Bastô virá as costa um istantinho de nada, queles pega sua canoa pra nadá cum ela , vive bulindo nas coisa dos otros “ DICUMENTO - ( s.m. ) - documento pessoal.“ eu truce meus dicumento tudo “ DIDARZINHO - (s.m.) - de de-
dal; um pequena quantidade de alguma coisa. DIGA NEM - ( loc.v.) - expressão de aprovação; concordância. “ Tá gostoso ? Diga nem ! “ DIJERO - ( adj. ) - ligeiro, ágil ; esperto, rápido. DO QUE - ( s.m. ) - mesmo que porquê. “ do que não vão simbora , lote de jaguaraíva? “ DOENÇA RUIM - ( s.f. ) - tuberculose. DOMINGUEIRA - ( s.f.) - fandango ou baile de sitio, no domingo a tarde. DOR NO APá - ( s.f. ) - dor na espádua. DOR QUE RESPONDE- (s.f.) – uma dor que começa em lado do corpo e “responde” ou aparece em outra parte.Dor que anda pelo corpo. ” Hoje amanheci com uma dor que dói aqui na escadeira e responde aqui no peito.” DORDóLHO - ( s.m. ) - mesmo que dor-d’olhos ; doença dos olhos . DORêRA - ( s.f.) - dor pelo corpo todo. DOS- ( num.) - número dois. “ o sinhor me veja dos quilo dessa farinha “ DURê(I)RO - ( s.m. ) - prisão de ventre. EGISTIR -( v.i.) - existir. “ mas aqui quaji num egiste mas pexe“ ELEGIDO - (adj.) - eleito ; escolhido. EM RODA - ( loc.adv.) - em volta; ao redor; em torno de. “ Agora só farta limpá o mato em roda da casa “ EMBARCá(R ) - (v.i) – morrer,falecer. EMBARCADO - ( s.m. )- empregado de/em uma embarcação. EMBERCEDADO – (ajd.) – uma derivação de obcecado. Diz-se do embriagado, fora de si, que perdeu a razão, alienado, doido.
” Juão quando bebe uma zinha fica embercedado” EMBICADO - ( adj. ) - diz-se da embarcação cuja proa esta mais mergulhada que a popa. EMBICAR - ( v.t. ) - dirigir-se ; encaminhar-se ; aproar; rumar para; EMBIGO - ( s.m. ) - umbigo. EMBIRA - ( s.f.) - qualquer casca ou cipó usado para amarrar; é também a taturana. EMBIRRá - ( v.t. ) - teimar com ira ; insistir muito ; antipatizar. EMBOLE - ( v..t. ) - empacote; embrulhe . “ O sinhor qué que embole pá presente ? “ EMBUCHADO - ( adj. ) - com a boca cheia de comida; com o estômago cheio. EMPACHADO - ( adj. ) - com o estômago muito cheio; que comeu demais. EMPACOTá - (v.i.) - engalfinhar; brigar;“ s’impacotaro os dois lá “ EMPALAMADO - ( adj. ) - pálido; opilado; com amarelão. EMPANTURRADO - ( adj. )farto; empanzinado; cheio de comida. EMPANZINADO - ( adj. ) - empanturrado; que comeu em excesso. EMPAPUÇANDO - ( v. t. ) desbelando; regalando. “ Tá se empapuçando naquele pé de goiabêra . “ EMPAVESADO - ( adj. ) - vaidoso ; soberbo; pessoa muito enfeitada. EMPERRADA - ( adj. ) - a galinha que não quer chocar os ovos. EMPOLADO - ( adj. ) - soberbo; metido. EMPROADO - ( adj. ) - vaidoso; orgulhoso ; pretensioso. ENCABEÇO- ( s.m. ) - começo da rede ; cabeça da rede. ENCACHAPADO - ( adj. ) acachapado; doentio; que se adoece facilmente.
ENCAFIFADO - ( adj. ) - vexado ; encabulado; desconfiado. ENCALACRADO - ( adj.) - endividado. ENCAPOTá -( v.i.) - capotar ; virar de ponta cabeça. ENCAPOTADO - ( adj. ) - vestido com capote; com muita roupa de frio. ENCARANGADO - ( adj. ) - entrevado; raquítico; encolhido de frio. ENCARDIDO - ( s.m. ) - de cor amarelada; mal lavado. ENCARNADO - ( adj.) - vermelho-sangue; vermelho cor de carne. “ O tié-sangue é encarnado anssim “ ENCARQUILHADO - ( adj.) enrugado; ressequido. ENCASCá A REDE - ( loc.v. ) - banhar a rede de pesca na casca do jacatirão. ENCASTOá - ( v.t. ) - enrolar com cordas; engastar o anzol na linha de pesca. ENCHARCANDO - ( v.t. ) - bebendo/ tomando muito.“ tá se encharcando de café, depois não dorme “ ENCHUMBEIRá -( v.t. ) - colocar os chumbos na rede de pesca. ENCONTRá A CANOA - ( loc.v. ) - remar para trás, para parar ou mudar a direção da canoa para a direita. ENCORDOá - ( v.i./t. ) - zangar; amuar; aviar com as cordas alguma coisa. ENCORUJADO - ( adj.) - jururu; tristonho; acabrunhado. “ Deisde que acordô tá li incorujado naquele canto “ ENCOSCORADO -( adj. ) - encarquilhado; encrespado. ENFAMIAÇãO - ( s.m. ) - desespero causado pela fome. “ I sso daí já é infamiação, não é fome “ ENFAMIADO - ( adj. ) - arado; esfomeado; faminto. “ o infamiado cumeu tudo sozinho “ Fonte: PEQUENO DICIONÁRIO DE VOCÁBULOS E EXPRESSÕES CAIÇARAS DE CANANÉIA. Obra registrada sob nº 377.947Liv.701. Fls. 107 na Fundação Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura para Edgar Jaci Teixeira – CANANÉIA –SP .
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Cadê a Casa de Farinha? Cristina de Oliveira Meus sete anos foram marcados por muitas lembranças bonitas, daquelas que não se compram, se trocam ou se vendem. Foi meu ano escolar, o ano de aventuras. Sim! Muitas aventuras para uma menina curiosa. Morava com meus irmãos e pais em um sítio, uma casinha de pau-a-pique, ladeadas de laranjas, ameixas, goiabas, enfim um pomar extenso e bem cuidado. Em meio às roças, havia um alto onde tínhamos uma visão privilegiada da “préia” lá ao longe, era o nosso pedacinho do céu, era só nosso. Todos os dias era só ficar sentadinha na varanda da sala e esperar... Era um lindo concerto de pássaros e demais sons da natureza. Pássaros de todos os tamanhos e cores por entre as “prantação”. Ouvíamos as mais belas melodias, eram tantas que parecia que toda a floresta parava para ouvi-los. De manhãzinha outro espetáculo era a visão do nascer do sol, nos dando bom dia. E as cores do céu – a mais bela obra de Deus. Era de uma paz incrível, uma alegria genuína, uma simplicidade indescritível e uma riqueza sem palavras. Valorizávamos a cada dia o sol, a chuva, a terra e tudo que eles juntos ou separados provinham. Tudo era necessário, esta interação parecia que nunca ia acabar. A missa e a visita dos parentes aos domingos, a caneca de “argate” para servir café aos visitantes, a galinha caipira para mistura do almoço, o peixe seco para assar na brasa para o café da tarde, moer cana para adoçar a vida e colher os frutos de nosso próprio suor. Tudo era com
muito carinho, era tudo muito laborioso, mas era fruto do esforço de uma família unida: avós, pais, irmãos. Era um momento especial de risos, “causos”, oração, de aprendiz com professor, de união fraterna. Eu era só uma criança, livre, alegre, saudável. Eu corria, nadava, pulava e fugia das varas de “timbopévas ou timopévas” muitas vezes, mas era feliz. Podia sentir os rios limpinhos, o cheiro da roça e da mata, o perfume das flores, os sons da natureza, saborear as verdadeiras frutas. Sim era um grande espetáculo! Chuva com relâmpago, ventos que uivavam, folhas voando em círculos, galhos quebrando em meio a floresta. O som do ribeirão transbordando com
força, um barulho incrível e a gente, crianças, doidinhos para cair dentro, pescar os lambaris graúdos, era a melhor hora para isto. A noite podia ouvir a onça pintada “cilando” no quintal, dava medo, mas de fato eu sentia alguma coisa, era normal dormir com elas por perto. A onça e tudo mais fazia parte de meu mundo, agora “malemá” vejo-os na televisão ou ouço no rádio, no computador. Hoje preciso de um aparelho entre eu e o verdadeiro sentido da vida para me sentir alguém. O verde da floresta tem tantos outros tons que não são mais da floresta, as aves em festa são tão diferentes, apenas para avisar que estamos aqui óh! Bem por aqui, nos prote-
jam! Os rios, nem os sons se ouvem mais. Hoje se ouço um barulho no quintal tenho medo... mas de gente. Se chove, tenho medo da enchente, mas não do que Deus manda, mas sim do que o homem fez. Do relâmpago tenho medo, de pegar alguém, algo ou até mesmo qualquer coisa. Hoje só tenho medo, cadê meus outros sentidos? Não fui eu que cresci, é que mudaram meu presente, antes andávamos os caminhos rezando para encontrar alguém e não uma assombração e hoje posso dizer que é ao contrario. Não foi à casa de farinha que mudou o lugar, foi o lugar e as pessoas que mudaram a casa de farinha...para sempre!
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A Igreja Matriz de Ubatuba... Julinho Mendes Como é bonita a nossa Igreja Matriz! Suas portas, janelas, suas torres, seu sino, seus ornamentos, suas cores... De forma geral as igrejas católicas, sejam de arquitetura gótica, colonial, pós colonial e as modernas são de belezas, que eu digo, próprias de moradias de anjos e santos. Até as capelas das comunidades católicas dos bairros são também de beleza e singeleza que iluminam o nosso olhar. Eu digo, com orgulho, que fui aluno da madre Maria da Glória, no bom tempo que existia a escola de arte no prédio da ALA, onde aprendíamos a pintar em tela, fazer escultura na areia, entalhes em madeiras,
teatro de bonecos de fantoches, música. Hoje, em plena campanha eleitoral, mais uma vez, não se vê nos panfletos dos candidatos um projeto de construção ou de transformação de um espaço em escola de arte, de tudo quanto é arte; a criançada está aí à mercê de coisas inúteis da Internet e celulares, não aprendem a pegar num pincel, num formão, numa agulha de tricô, crochê etc. Me orgulho também em dizer que fui discípulo do mestre primitivista João Teixeira Leite, com ele, além de aprender a confeccionar, usando madeira, saco de trigo e látex, as minhas próprias telas, aprendi também a noção, a idéia,
a forma, a técnica da arte da pintura primitiva, pintura essa, que hoje com nome mais requintado, chama-se pintura naïf. A pintura primitiva de João Teixeira Leite preserva a memória de nossas construções antigas (coloniais), nosso folclore e festividades culturais que tínhamos em Ubatuba. Também não temos em Ubatuba o incentivo, principalmente às crianças das redes de educação, ao ensino dessa arte. Torno a repetir: a criançada vive em “ateliês” de lan houses, deixando de brincar, de aprender e de viver na melhor fase de suas vidas. Quero ver se o próximo prefeito tem coragem, envolvendo as secretarias de Educação, de Turis-
mo e de Cultura, de criar um projeto que transforme essa criançada em artistas, focando a cultura de nossa região. Mas devemos lembrar que, dos politiqueiros que estão aí, tentando reeleição e manutenção do bem-bom; já vimos que não sai nada de efetivo para por a criançada no rumo da arte e da cultura local. Então, é bom pensarmos em quem votar. Eu entendo que cidade histórica, que tem personagens históricos, que tem folclore, que tem natureza exuberante... tem que ser representada por tudo quanto é arte e tornar motivo de desenvolvimento artístico cultural e, consequentemente, turístico econômico. Fonte: ubaweb.com
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Coluna da
Cantinho da Poesia
Lagoinha, o meu paraíso! Adelina Campi
A Vida e o Amor Às vezes as pessoas que amamos nos magoam, e nada podemos fazer senão continuar nossa jornada com nosso coração machucado. Às vezes nos falta esperança, mas alguém aparece para nos confortar. Às vezes o amor nos machuca profundamente, e vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida tão dolorosa. Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar, tanto quanto precisamos respirar, é nossa razão de existir. Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida, e se torna o nosso destino. Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa. Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver, até que algo toque nosso coração, algo simples como a beleza de um por do sol, a magnitude de uma noite estrelada, a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto, é a força da natureza nos chamando para a vida. Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança, te traíram sem qualquer piedade. Percebe que não há como distinguir os bons e os maus, pois poucos nascem assim, a vida é que os torna melhores ou piores, pelas tristezas e fe-
licidades que passaram e experiências vivenciadas. É como se a vida fosse formada por corações e cruzes, onde os corações representam nossos momentos felizes, o carinho e amor que recebemos, e as cruzes são nossas dores, decepções, sofrimentos, momentos ruins pelos quais passamos. Então você poderá entender que alguns de nós vivenciaram
Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança, te traíram sem qualquer piedade. pouquíssimas cruzes e muitos corações o que fará com que essas pessoas tenham muito mais amor a transmitir, outras passaram pelo contrário e são predominantemente frias, insensíveis, buscam coisas materiais, acreditam que os fins justificam os meios, com essas é preciso ter cuidado, alguns podem mudar e melhorar, outros podem mudar você e trazê-lo para a realidade deles. Assim ao conhecer alguém preste atenção no caminho que essa pessoa percorreu. Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor
aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo, pois se essa pessoa te deixar, então nada irá lhe restar. Aproveite ao máximo seus momentos de felicidade, quando menos esperamos iniciam-se períodos difíceis em nossas vidas. Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar um relacionamento, manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento não for recíproco, pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar e seu sofrimento será ainda mais intenso, do que teria sido no passado. Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário, existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo. Não procure querer conhecer seu futuro antes da hora, nem exagere em seu sofrimento, esperar é dar uma chance à vida para que ela coloque a pessoa certa em seu caminho. A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna. A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem, como acontece com muitas pessoas que cruzam nosso caminho.
Meu paraíso na terra tem um nome: Lagoinha Não por acaso, pois foi na vida planejado De muitos sonhos foi a feliz escolha minha Para aqui terminar da vida o imperdoável traçado Aqui vi meus filhos com amigos crescerem Aqui passei os melhores momentos da vida Desta vida e do jardim aqui vi flores nascerem Sem a hipocrisia pela grande cidade exigida Aprendi a ver da montanha a mata verdejante Quando na cidade o asfalto dominava meu olhar A ouvir dos pássaros o suave canto a cada instante E sentir do mar as ondas, em seu eterno marulhar Aprendi a ver de garças e quero-queros a paisagem E nos céus o lindo voo de gaivotas e fragatas Como que transmitindo para este mortal a mensagem De que não somaram na vida valorizações insensatas Aprendi que a vida vale pelos bons momentos vividos E aqui encontrei minha eterna busca: A felicidade Quero reparti-la com os amigos e entes queridos Pois no ocaso da vida fica-me uma palavra: Saudade! Manoel Del Valle Neto