Jornal Maranduba News #109

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Maranduba, Junho 2018

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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br

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Ano 9 - Edição 109

Foto: Eduardo Anizelli/ Folhapress

Naturistas fazem vigília e rodízio para tirar a roupa em praia de Ubatuba

Naturistas na praia Mansa tiram a roupa e fazem vigília em revezamento para avisar quando um banhista se aproxima do acesso à trilha e os demais poderem se vestir


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“Néco” do Costão é encontrado pelos Bombeiros O caiçara Manoel da Conceição, 71, morador do Costão da Tabatinga, mais conhecido como “Néco”, foi encontrado no último dia 31 por volta das 11 horas da manhã por uma equipe do Corpo de Bombeiros, voluntários e o canil da polícia militar. Familiares também ajudaram nas buscas e após o reencontro não escondem a satisfação de te-lo novamente em casa são e salvo. Manoel havia sumido desde o último dia 29 quando foi à floresta buscar “imbé” (cipó) para confeccionar seus trabalhos artesanais e não

havia voltado até então. Rapidamente os familiares dispuseram uma foto e breve descrição nas redes sociais informando o fato.

A solicitação viralizou já que ele é bem conhecido e querido em toda região. Ao saberem do encontro de Neco foram milhares de manifestações parabenizando o retorno do morador aos familiares e também a equipe que encontrou o morador. Por telefone a sobrinha-neta Kallen informa que ele está bem e que ainda não sabem o que de fato ocorreu para ele se perdesse na floresta. Após o resgate Neco foi conduzido a Unidade mista da Maranduba com a saúde debilitada, porém sem sinais de lesões.

Mutirão de limpeza e manutenção de parte do acesso ao Saco das Bananas na Caçandoca No último dia 10, sete moradores do quilombo Caçandoca realizaram a limpeza, roçada e manutenção de trecho de acesso da trilha do saco das Bananas. O mutirão começou por volta das sete da manhã e terminou às três da tarde com uma pausa rápida para um almoço. Apenas uma parte do trecho foi trabalhada pelos moradores já que se trata de uma trilha extensa. O acesso já foi de responsabilidade da prefeitura quando mantinha um trabalhador

braçal para realizar a limpeza, manutenção e reparos periódi-

cos que ao se aposentar não foi substituído.

COLÉGIO ÁUREA MOREIRA RACHOU INFORMA:

Dia 09/06(sábado) Ato Ecumênico as 10 horas com lideres religiosos da região Dia 23/06 (sábado) Festa Junina a partir das 10 da manhã até as18 horas, aberta a comunidade. Participem!!!

Editado por: Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda. Fones: (12) 3849.5784 (12) 99714.5678 e-mail: jornal@maranduba.com.br Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal Editor: Emilio Campi Jornalista Responsável: Ezequiel dos Santos - MTB 76477/SP Editora de Variedades: Adelina Fernandes Rodrigues Consultor Ambiental - Fernando Novais - Engº Florestal CREA/SP 5062880961 Consultor de Marketing - Luiz Henrique dos Santos - Publicitario Consultor Jurídico - Dr. Michel Amauri OAB/SP 324961 Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo


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Naturistas fazem vigília e rodízio para tirar a roupa em praia de Ubatuba Grupo protesta para tentar tornar praia Mansa na primeira desse tipo no estado

Reginaldo Puppo FOLHA DE SÃO PAULO O casal Lídia Wilhelm e Henry Rodrigues curtiam, no último fim de semana prolongado, a praia Mansa, em Ubatuba, litoral norte de SP, quando levaram um susto. Um grupo de 20 a 30 pessoas começou a tirar as roupas até ficarem totalmente nus. Alguns dos pelados ficaram debaixo de árvores para se proteger do sol. Outros foram até a água cristalina para um mergulho, sob olhares curiosos dos frequentadores do local. Havia homens e mulheres de todas as idades no grupo. O que Lídia e Henry não sabiam é que estavam na praia escolhida por naturistas de várias partes do país para um protesto contínuo para oficializar o local como a primeira praia paulista de naturismo. Em nenhuma praia do estado é permitido ficar nu. As associações do gênero estimam em cerca de 20 mil os naturistas paulistas, que precisam viajar ao Rio de Janeiro e às regiões Nordeste e Sul do país para a prática desse estilo de vida.

Naturistas na praia Mansa tiram a roupa e fazem vigília em revezamento para avisar quando um banhista se aproxima do acesso à trilha e os demais poderem se vestir - Eduardo Anizelli/ Folhapress

Há oito praias para naturismo no país: a de Tambaba, na Paraíba; as catarinenses Pedras Altas (Palhoça), Galheta (Florianópolis) e praia do Pinho (Balneário Camboriú); as fluminenses Olho de Boi (Búzios) e

O Estado de SP congrega o maior número de naturistas no Brasil e não tem nenhuma praia para este fim

Abricó (Rio); Barra Seca, em Linhares (ES); e Massarandupió, em Entre Rios (BA). Este foi o quinto fim de semana seguido que o grupo fincou o pé na praia Mansa. Para isso, um esquema de vigília e rodízio entre eles foi montado no acesso ao local. Assim que um banhista se aproximava, o grupo era avisado para vestir suas roupas de banho. Mas no sábado, antes do feriado do Dia do Trabalho, quando a reportagem esteve na praia, o grupo decidiu ficar pelado mesmo sob protestos. Alguns banhistas chegaram a ser alertados de que o grupo iria se despir. Como teve quem desaprovasse o ato, os pelados então se concentraram no canto esquerdo da praia. Um grupo de turistas que estava em uma lancha chegou a discutir com os manifestantes e

ameaçou chamar a polícia. Havia ao menos 12 embarcações na praia no período da manhã. A maioria dos ocupantes registrou a cena em fotos. “Não vejo problema no fato de eles ficarem pelados na praia. O Brasil tem tantos problemas e algumas pessoas querem se preocupar com isso?”, disse a aposentada Lídia, que caminhava com o marido. O mecânico marítimo Marcos Roberto Gudo foi um dos que reprovaram o protesto. “Caso a praia seja oficializada [naturista], não poderei mais frequentá-la?”, questiona ele, que afirma frequentar há 30 anos o local, que, na temporada, recebe mais de 50 barcos por fim de semana. A psicóloga Lenina Disney, 26, de Taubaté (a 140 km de São Paulo), foi avisada por banhistas de que havia “um

bando de gente pelada” no canto da praia e que tomasse cuidado caso estivesse com crianças. Ela riu —era uma das naturistas que ia ao encontro dos demais praticantes. “O naturismo fomenta o turismo, movimenta hotéis e restaurantes. Pode ser uma atração a mais para Ubatuba, que sofre com a sazonalidade pós-temporada”, afirma o comerciante Éder da Silva Ferreira, que encabeça o movimento na cidade e é membro de associações de naturismo. Em 2013, a Federação Brasileira de Naturismo iniciou um lobby para transformar a praia Brava, em Boiçucanga (São Sebastião), em destino para naturistas. A ideia teve retaliação de moradores e turistas. Nos anos 1990, um projeto que previa a mudança da praia da Caveira, em Ilhabela, também não foi adiante. Em Ubatuba, um projeto foi elaborado no início deste ano, mas foi retirado de tramitação por pressão popular.


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Escolas recebem manutenção

Jornal MARANDUBA News Comunicação Ver. Osmar Através da parceria entre Prefeitura Municipal de Ubatuba, Secretaria da Educação, diretora da escola e vereador Osmar de Souza foram realizados os serviços de manutenção da Escola Thereza dos Santos no bairro do Sertão da Quina; serviços de reforma de sala de aula, repa-

ros no telhado, instalação de caixa de gordura, reparo piso da cozinha. Foram realizados também, através da mesma parceria, multiroes nas escolas Thereza dos Santos e Áurea Moreira Rachou. Parabens ao prefeito Sato, Secretaria da Educação e demais envolvidos.

TODO MUNDO LÊ. ANUNCIE: (12) 99714.5678


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Caiçara representa o Brasil no terço de maio em Fátima-Portugal

No último dia 07, a caiçara Marlene Isaías de Amorim Santos, 62, do Sertão da Quina, representou o Brasil na reza do terço internacional na Capelinha das Aparições no Santuário Mariano de Fátima em Portugal. Nesta peregrinação Marlene esteve acompanhada de sua comadre Rosalia Luiza e seu afilhado Camilo de Lellis. O terço é transmitido ao vivo a vários países. Marlene conta que estavam assistindo a celebração das cinco horas da tarde, após haveria a novena e a procissão das velas. Lá foi levada a uma sala de preparação, onde o padre local já indicara os portugueses que fariam parte da reza do terço na capelinha. Após a escolha dos patrícios

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são escolhidos outros fiéis de nacionalidades variadas para o terço. De costume, cada representante de país reza uma Ave-maria, desta vez Marlene foi designada pelo padre a rezar um mistério e as dez Ave-marias seguintes. Conta ainda que o padre local manifestou contentamento em saber que uma representante do país de Nossa Senhora Aparecida estava lá para rezar o terço. Mal sabia o padre que esta brasileira pertence à paróquia Nossa Senhora das Graças – Sertão da Quina, que possui mais que uma íntima ligação histórica e religiosa com Fátima/Portugal ocorrido há mais um século neste espaço geográfico.

Moradores do Sertão da Quina percorrem roteiro religioso na Europa

A peregrinação religiosa durou doze dias (28/04 a 09/05) e os moradores Rosalia Luiza, Camilo de Lellis e Marlene Amorim aproveitaram a viagem para conhecer também outras culturas, histórias e gastronomia. Mas não perderam o foco em realizar o sonho de visitarem um dos roteiros religiosos mais cobiçados do mundo. O roteiro escolhido foi Casablanca no Marrocos, Roma e Assis na Itália e Lisboa, Fátima e Porto em Portugal. “Deus sempre nos surpreende. Era um sonho que aconteceu do dia pra noite, a ficha ainda não caiu”, são as primeiras palavras de Marlene Amorim ao falar da experiência que passou na Europa neste itinerário turístico religioso. Rosalia comenta da boa sensação de visitar uma mesquita, “coisa que a gente só vê pela TV, é bem interessante observar o jeito que se vestem, falam, se comportam e rezam”, descreve. Casablanca/Marrocos é a cidade do continente Africano onde a arquitetura é a mais próxima da Europa, onde também recebem muitos turistas e que segundo os viajantes é um pessoal disponível, atencioso. Já em Roma na Itália contam que foi possível sentir o poder do antigo império romano, os monumentos, as estatuas, os pilares romanos, “tudo é em grandes proporções desde antes de cristo”, comenta Marlene. A capela sistina também foi lembrada como uma impressionante obra de arte, mas também impressionou por ser o local onde acontece o Conclave, evento que antecede o surgimento de um novo Papa. Visitaram também o túmulo de

São Pedro, apóstolo de Cristo e primeiro Papa da Igreja Católica. Foram muitos os detalhes sobre Roma que não cabem no jornal. Mais de uma vez estiveram a poucos passos do Papa Francisco, onde destacam a sua disponibilidade e atenção com o povo. As moradoras contam da visita a Assis, que lá se emocionaram ao chegar a casa dos pais de São Francisco e também ao mosteiro de San-

Veja mais fotos desse roteiro em nosso Facebook: https://www.facebook.com/ jornalmarandubanews/

ta Clara. Já em Portugal impressionaram-se com o ouro dentro de algumas igrejas levados do Brasil pela coroa de Portugal, os lugares por onde partiram as caravelas para as Américas, também que a comida é muito boa. Mas nada se compara a visita ao Santuário de Fátima. Rosalia conta que no lugar não havia mato a beira das estradas e nem em qualquer lugar, só haviam flores. “Não nascia mato, tudo que saia do chão eram flores, como se fosse capim por aqui”, comenta Rosalia impressionada. Lá aproveitaram para conhecer o lar das videntes de Fátima – Jacinta, Francisco e Lucia. ”Foi muito bom reviver o lugar onde eles nasceram, o lugar onde cuidavam das ovelhas, andar por onde apareceu a santa em 1917, é algo que não é possível descrever, assim como a luz de Fátima - o sol - que nunca foi o mesmo”, descreve Marlene. A julgar pela experiência e beleza vividas pelos moradores muitos seriam as horas para contar cada detalhe que a TV geralmente não mostra.


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RJ sai na frente e institui por Lei a política pública de Turismo de Base Comunitária em todo território carioca

Foi publicada no Diário Oficial do Estado do RJ, no último dia 5 de março deste ano, a Lei 7884/2017 que institui a política estadual de turismo de base comunitária – TBC – em todo território carioca. De autoria da deputada estadual Rosângela Zeidan – PT, a lei, com apenas 11 artigos, prioriza áreas onde existam comunidades tradicionais, reservas indígenas, território quilombolas, comunidades de pescadores, unidades de conservação e favelas com histórico de visitação turística. O modelo de atividade econômica a ser utilizado prioritariamente é o de economia solidária- sistema que caminha na contramão do sistema capitalista financeirizado - e será regularizado pela autoridade de turismo competente daquele território. Habilitados Os guias terão de ser credenciados pelo Cadastur e aceitos pela comunidade a ser visitada, as agencias de turismo externas deverão contratar monitores e empreendedores locais. O comércio inserido no roteiro será incentivado às praticas de atividades solidárias, terá prioridade a esta política associações ou cooperativas de moradores destas comunidades ou microeemprendedores locais. Fica proibida a exposição exploratória de moradores a tratamento cruel, desumano e degradante. No caso da exploração realizada por externos a comunidade, estes ficam condicionados a realizar ações sociais ou repasse direto de verbas para as comunidades visitadas. Rígido, na lei, será a fiscalização desta atividade, que prevê sansões as infrações no texto disposto. Dentre elas a advertência por escrito até o

descredenciamento da atividade no estado. O governo disponibilizará profissionais para atuarem no acompanhamento dos processos que caracterizam o turismo comunitário e de base comunitária para a gestão pública e na condução dos processos referentes às mesmas. Tais funcionários incluirão dados para serem inseridos no Plano Plurianual das secretarias integrantes desta política publica. Estrutura e preceitos Ao poder executivo caberá a promover a devida urbanização e regularização fundiária e manejo ambiental necessárias para que as regiões que possuem atrativos turísticos de base comunitária possam se desenvolver social e economicamente. Os preceitos se basearão nos tópicos da sustentabilidade; promoção da cultura e tradições locais; promoção de economia solidária e promoção da agroecologia. Para que possa acontece o TBC de forma transparente será instituído um Comitê Fiscalizador, sem ônus para a secretaria de Turismo, integrado por representantes das áreas de turismo, cultura, ambiente,

segurança, assistência social e economia solidária, renovado a cada quatro anos, tendo como fórum a secretaria estadual de turismo, para acompanhar a implantação desta política bem como sua execução. Justificativa O TBC tem alcance internacional porque trata não de relações econômicas apenas, mas sim da formação cidadã da comunidade e dos visitantes. Como trabalha a vivencia física, cultural, espiritual e social de forma sustentável e não só de visual, esta atividade tem crescido consideravelmente no planeta pelo simples fato de tratar seus visitantes como cidadão e não como consumidor apenas. O produto em sua grande maioria já esta pronto, faltando apenas os ajustes para ser oficializado. O TBC trata a natureza como parte integrante da vida das pessoas envolvidas e não um espaço a ser “pilhado” a ser trocado pelo dinheiro. O TBC colabora na proteção ambiental, na ocupação e uso do solo, agrega outras atividades do turismo como o turismo rural, gastronômico, religioso, turismo histórico e cultural, ecoturismo, geotu-

rismo, observação de aves e fauna, turismo cientifico e pedagógico, dentre outros. Esta é a maior causa do TBC a ser procurado pela maioria dos pesquisadores e cientistas nacionais e internacionais. Sua pratica ensina as pessoas a terem outros valores não só os financeirizados. Justificativa Na lei a autora explica que a atividade contribuiu para o desenvolvimento local e a oportunidade de geração de renda, que se trata de um tipo de política pública que beneficia tanto turistas quanto os comunitários que os recebem, isso vale para qualquer forma de comunidades. Na mão deste desenvolvimento o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) diz em nota que para as comunidades tra-

dicionais que residem em Unidades de Conservação disponibilizou recursos financeiros para projetos que reforcem as ações de turismo comunitário. Também disponibilizou recursos para as Unidades de Conservação, Centros Regionais e Centros de Pesquisa apresentar projetos que fomentem o turismo de base comunitária. Segundo o órgão ambiental federal seu edital disponibiliza R$ 40 mil por projeto, que deve estar alinhado com a publicação de Princípios e Diretrizes para o TBC. A região sul do RJ possui grandes chances de apresentar bons projetos de TBC e alinha-se as atividades já existentes em Ubatuba/ SP onde ainda não possui tal incentivo, mas que apresenta atividades isoladas desta pratica sustentável.


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Retomada de projeto sustentável Quilombolas da Caçandoca retomam projetos de produção de Açaí de Jussara, reestruturação da marisqueira e retomada da utilização da padaria comunitária. Em curso a implantação do sistema de cooperativismo com residentes deste território tradicional Açai de Jussara

Maricultura

Projeto Terra de Guaiamum da Caçandoca percebe aumento de espécimes por conta da conscientização de anos anteriores Nas luas novas e cheias do último mês de abril e maio, o projeto “Terra de Guaiamum – respeitar, proteger e educar” do quilombo Caçandoca realizou workshops, vigílias, observação e atividades de conscientização da proteção da desova e andada de guaiamuns fêmeas no território. O projeto que já esta na sua quinta edição contabilizou um aumento considerável do número de espécimes que realizou a desova e a andada neste período sensível de procriação, resultado dos esforços dos trabalhos anteriores. Organizadores afirmam que a comunidade quilombola participou ativamente do projeto que também contou com apoio da Associação local, da APRU e da PROMATA. Nestes dois meses de trabalho, nos intervalos da vigília - doze dias em abril, sendo seis em lua nova e seis em lua cheia e os mesmos números de dias no mês de maio sempre a partir das 16 horas - foi realizado um intenso trabalho com as crianças locais, várias oficinas, fotos, exposição de divulgação do trabalho sobre a importância de deixar este caranguejo em paz neste período. Ao menos 300 unidades fêmeas com ovas foram avistadas nestes dias causando satisfação a equipe e moradores. A andada consiste na saída do caranguejo do mangue até o mar, lavar suas ovas na água salgada e voltar para o mangue para desovar. O que ocorre neste período é que, por conta da descarectirazação das áreas de praia e mangues, transformadas em loteamentos e sua captura ilegal, alguns espécimes não conseguem retornar a seu

Foram varias as oficinas em dois meses de trabalho

As que se perdem pelo caminho ou ou encontram-se presas no trajeto são reorientadas ao caminho original

Atividade realizada pelas crianças locais após a vigília e a observação do guaiamum

Todo processo foi fotografado

Uma femea de guaiamum cumprindo seu papel natural em paz

destino final e cumprir seu papel natural de procriação. O próximo passo do projeto é também focar também nos trabalhos de maior proteção do mangue local, já q u e a comunidade usa e trabalha no entorno deste ecossistema sensível.

Mesmo com o trabalho, infelizmente foi avistada uma ou outra carcaça de guaiamum capturada para alimentação neste período o que é proibido por lei federal. Mas no geral a comunidade esta de parabéns pela iniciativa e continuidade deste tão importante projeto.


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Paroquianos celebram Corpus Christi na Matriz Cristo Rei

No último feriado do dia 31 – feriado de Corpus Christi, fiéis da paróquia Nossa Senhora das Graças mantiveram a tradição da celebração onde se festeja o corpo de Cristo representado na Eucaristia. Segundo o celebrante, Pe. Daniel, trata-se do único dia em que o Santíssimo Sacramento, com a autorização da Igreja, sai na rua. O feriado geralmente é lembrado como uma data onde se produz tapetes artesanais ao qual servem de passagem ao bispo ou aos sacerdotes que conduzem o ostentório com a hóstia consagrada. Porém segundo a história e a tradição, vinda de Portugal, o feriado remete a celebração da eucaristia, ou seja, o sacramento do sangue e corpo de Jesus Cristo. Pela manhã foram vários os paroquianos que, reunidos, preparam o lugar para um dos acontecimentos mais importantes do calendário religioso católico. A celebração é composta de uma missa, de procissões e adoração do Santíssimo Sacramento. Tal comemoração faz referência à Quinta-Feira Santa, quando aconteceu a última ceia de Jesus com seus apóstolos. Nesta passagem, Cristo entrega simbolicamente sua vida a Deus e à humanidade. Jesus manda celebrar sua existência comendo o pão e bebendo o vinho (a eucaristia), que se transformariam sem seu Corpo e Sangue. Durante a celebração o padre, em referencia a manifestação nacional corrente, lembrou-se da luta das pessoas feridas na tentativa de alcançar seus objetivos na vida e na fé de forma justa. Fez referencia sobre a passagem bíblica onde o povo, que caminhou quarenta anos no

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deserto, sofreu para alcançar a liberdade, a paz e a justiça. Embora a celebração do dia não fosse objetivamente

sobre os tapetes artesanais, foram muitos os flashes em cima do belo trabalho realizado pelos fiéis e paroquianos.

Flores são depositadas em túmulos de imigrantes Búlgaros e Gagauzos mortos na Ilha Anchieta em 1926

No último dia 28 de abril, como parte da comemoração do dia dos “Imigrantes Búlgaros e Gagauzos Bessarabianos” (Lei municipal lei 3916/2016), representantes das diretorias da Associação Cultural do Povo Búlgaro no Brasil, da Associação Pró-Resgate da Ilha Anchieta e dos Filhos da Ilha (APRHIAFI) e da Associação dos Monitores com apoio da Polícia Ambiental Marítima e do Instituto Florestal do Estado realizaram atos simbólicos e comoventes em respeito e memória aos 151 Búlgaros e Gagauzos falecidos na Ilha Anchieta em 1926. De forma comovente, flores foram depositadas junto à Santa Cruz do Cemitério pelos menores Raphael Moralles Rocha Ferreira e Maria Luiza Moralles Rocha Ferreira, filhos do casal Silvio Luiz Rocha Ferreira e Aline Lima Pereira Moralles em justa reverência aos falecidos e em especial às crianças que engrossavam as fileiras de túmulos á época na ilha. As bandeiras do Brasil e da Bulgária foram desfraldadas e palavras emocionadas e de profundo significado foram proferidas por José Walther Cardoso e pelos demais presentes. À noite na Igreja de Nossa Senhora das Dores, foi oficiada missa pelo pároco Marcelo R. Thurmann,

oportunidade em que o sacerdote relembrou a tragédia de 1926 e rezou pelos falecidos, com a constrita e elevada participação de todos os presentes. Histórico Vindos para o Brasil, os imigrantes sonhavam com uma nova vida. Ao se depararem com o trato escravocrata reinante nas fazendas de café do país, protestaram quando ainda estava alojados na Hospedaria dos Imigrantes-SP. Suas reivindicações foram repelidas e diante de uma incipiente manifestação de revolta, 2000 deles foram detidos e embarcados em um trem que os levou até Santos e de lá, amontoados em barcaças, foram despejados na ilha dos Porcos em Ubatuba. Nenhuma assistência lhes foi prestada e ali, praticamente, abandonados e policiados, viram, em 100 dias, seus parentes, na maioria crianças, falecerem e serem enterrados, diariamente, três a quatro, naquele solo. Essa tragédia é parte integrante do lado negro da história de Ubatuba e poucos são os que a conhecem, razão pela qual o escritor Jorge Cocicov, um dos seus descendentes, escreveu três volumes sobre essa pouco conhecida imigração e um livro especialmente voltado a esse triste evento, sob o título “Castigo e Morte”.


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Pesquisadora do LN paulista apresenta o “falar caiçara” em congresso internacional de variação das línguas românicas na Europa

Nos últimos dias 2,3 e 4 de maio, a caiçara e pedagoga, mestre em linguística, doutoranda em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC/SP Marta Aparecida de Faria Tanuri Oliveira, 32, Sertão da Quina - Ubatuba/SP, participou do Congresso Internacional em Variação Linguística nas Línguas Românicas que aconteceu na Universidade de Aveiro em Portugal, considerado um evento de extrema importância em variação das línguas românicas. Marta é bolsista pela prefeitura de Caraguatatuba onde leciona e é orientada pela professora titular da PUC/SP Sandra Madureira, uma das convidadas do congresso. A pesquisadora caiçara foi responsável pela apresentação do trabalho sobre a “Percepção de atitudes em relação ao sotaque caiçara do litoral norte de São Paulo, Brasil”, isto é responsável em colocar, em primeira mão, o falar caiçara no mapa mundial das variações linguísticas das línguas românicas. A pesquisadora informa que esta variação será inserida no projeto AMPER, - Atlas Multimédia Prosodique de l’Espace Roman – surgido no início dos anos 90 como uma proposta de padronização dos estudos prosódicos, até então realizados com abordagens teóricas e metodologias. Trocando em miúdos o falar caiçara estará registrado, ao que parece pela primeira vez, num atlas multi mídia internacional da linguagem românica. CONGRESSO O evento incluiu conferências, comunicações orais, pôsteres, uma mesa redonda e uma oficina. As linhas temáticas, sempre relacionadas com línguas

românicas foram as seguintes: Geoprosódia, Dialectometria e cartografia linguística, Contacto e mudança linguística, Linguística contrastiva, Variação e aquisição da linguagem, Línguas ameaçadas e minoritárias e Variação linguística diatópica, diafásica e diastrática, nos diversos níveis de análise. Também foi produzido um livro de resumos dos trabalhos realizados no evento. Participaram especialistas em lingüística de Portugal, Itália, Brasil, Espanha, França e Israel. Basicamente o objetivo do evento foi a partilha e divulgação de investigação no âmbito da variação linguística nas línguas românicas. Marta explica que foi acompanhada de colegas da PUC, o doutorando Dilton Serra, a mestra Juliana Andreassa e a mestranda Alice Crochiquia. PESQUISA Com o doutoramento iniciado em 2015 e com previsão de término em 2019, Marta explica que sua pesquisa se encaixava muito bem neste congresso, que por conta de sua professora orientadora ser uma das pesquisadoras convidada do evento foi estimulada a se inscrever no congresso. Isto trouxe resultados positivos tanto a ciência da fala quanto as comunidades tradicionais que ainda resistem na manutenção de sua cultura fonética nos dias atuais. Especificamente o estudo tratou sobre uma variação linguística que foi o sotaque caiçara do português brasileiro. Foram realizados gravações em áudio com caiçaras de Ubatuba e utilizados outros de documentários do Youtube como o “Pés na Areia” de Antonio Penedo e “Terra Caiçara” de Emilio Campi para realizar um

teste de percepção. Foi produzido também um questionário de diferencial semântico que será julgado e realizado por pessoas de diferentes regiões do litoral, capital e interior de São Paulo. No estado do Pará, Espírito Santo e Minas Gerais o questionário também será aplicado. No cronograma de apresentações Marta foi a última a se apresentar sendo umas das pesquisadoras a representar o português brasileiro e a única a apresentar o “falar caiçara” do litoral norte de São Paulo no evento. EXPERIENCIA E AGRADECIMENTOS Aluna de escola pública, caiçara nata, entusiasta do falar caiçara e uma das pesquisadoras do LIAAC – Laboratório Integrado de Análise Acústica e Cognição da PUC/SP que, embora com a pesquisa ainda em andamento, não esconde a satisfação pelo projeto e conta que “foi uma experiência única participar desse Congresso internacional em Portugal, pois me lançou em novos desafios antes nunca passado, e me deu a oportunidade de divulgar internacionalmente o sotaque caiçara do litoral norte de São Paulo. Havia pesquisadores renomados da área Linguística e estudos das línguas românicas. Tive uma devolutiva bastante agradável, com votos de sucesso na pesquisa e perguntas com muito interesse no sotaque caiçara. Acharam que é uma variação muito interessante e que ainda demanda muita pesquisa sobre o tema”. Marta faz questão de agradecer aos compatriotas que permitiram ser gravados, que emprestaram sua gravação e as que colaboraram com o andar do projeto até o momento,

Marta explica quem são e onde se localiza esta população do Litoral Norte de SP

são eles os caiçaras Benedito dos Santos, Margarida Prado de Oliveira, Maria Cabral, Manoel Dos Santos, Manoel Cabral, Laureana Lúcia, Pedro Vitor Dos Santos, Dito Antunes, Sandro Oliveira e Mario Gato. Também aos caiçaras, de todo litoral norte paulista, que permitiram usar os áudios retirados do Youtube. VISITAÇÃO Marta aproveitou a oportunidade para passear um pouco pela Europa. No último dia 29, antes do congresso, ela, acompanhada pela caiçara e também pedagoga Maria Raquel

estiveram em algumas cidades de Portugal, depois passaram um dia e meio em Paris onde, como grata surpresa, encontrou com o publicitário Marcio Fernando, outro caiçara do sertão da Quina que estudou junto com as “visitantes” em escola publicas de Ubatuba. Entre os caiçaras que utilizam as redes sociais a curiosidade é grande em conhecer esta pesquisadora, além também de estender um convite comunitário para que a autora possa apresentar seu brilhante trabalho aos caiçaras do litoral norte paulista e sul fluminense.

Marta com o amigo caiçara Marcio Fernando em Paris antes do Congesso


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Caminhos e Decisões

Por Éric F. Scarabelin Certa vez perguntaram a um sábio como poderia ter uma vida farta, feliz e harmoniosa, o sábio prontamente respondeu que uma vida farta por muitas vezes significa ter mais do que precisamos para viver. A felicidade não se encontra no “Ter” e sim no “Estar” e a harmonia provém do equilíbrio do “Estar” e do “Saber”. Portanto não ache que trabalhando como um louco pensando em acumular posses te fará Feliz e propiciará uma vida Harmoniosa, trará inveja, cobiça e falsos amigos, pode ter a certeza de que a felicidade passará bem longe. Direcione o seu “Foco” para o futuro como uma busca constante em superar as dificuldades e desafios e não em acumular dinheiro, o dinheiro é uma consequência do trabalho bem feito. Tendo estas metas e seguindo-as à risca você não perderá a sua dignidade e verdadeiro valor, aprenda que a Felicidade não está nas coisas, terrível engano em bus-

cá-la ali, ela está no estado de espírito e na satisfação em superar desafios e proporcionar o “Bem” ao teu próximo. Ao negar algo a pessoa que você muito quer bem tenha a certeza de que muitas das vezes o faz como maneira de “sacudir” a pessoa e retirá-la do comodismo. Nosso grande erro é o de acostumarmos com determinada situação, dessa maneira nos fechamos a novas oportunidades, devemos ter em mente que por pior que sejam as consequências de cada decisão, tudo é um aprendizado sublime que marcará nossa mente e agregará conhecimento. Conhecimento este que ao nos depararmos com igual situação no futuro nos levará a buscar uma alternativa e mais outra e outra até que tenhamos um desfecho satisfatório. Desta maneira aprendamos com os nossos erros e não deixemo-nos confundir o “Ser” com o “Ter”. Que Deus nos abençoe e proteja.


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Aves da nossa Mata Atlântica – Gavião-pega-macaco Cientificamente, indo aos finalmentes, o significado de Gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus) quer dizer “Falcão águia tirano“ isto é sem piedade. Possui vários nomes populares e em inglês é chamado de Black Hawk-Eagle (Falcão-Aguia Negra). Popularmente conhecido como caturi, Papa-macaco, apacanim, Papa-mico, utiú-preto, gavião-de-penacho, papa-macaco, apacanim-preto, também recebe nomes indígenas de Uirucotim (algumas regiões do Centro-oeste, sudeste e norte) e urubitiga, especialmente no norte do país. Mas com todos estes nomes uma coisa é unânime em quem o observa – sua majestosa personalidade. No Brasil está presente na Mata Atlântica e na Amazônia, porém, infelizmente, está fortemente ameaçado de extinção nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais. Habita clareiras e bordas de florestas primárias e secundárias, sendo tolerante a pequenas perturbações e desflorestamentos provocados no ambiente. Vive solitariamente ou em pares, sendo comum observar indivíduos realizando vôos altos e circulares durante o período da manhã e início da tarde. Esta espécie rapineira florestal necessita de áreas extensas para cumprir seu ciclo de vida, sendo que suas populações sofrem significamente o declínio em decorrência da fragmentação excessiva de seu habitat. Pelo fato do tal “homem” destruir seus espaços podem atacar pequenas criações domésticas, como pintinhos e galinhas, com isso são perseguidos. Isso se deve a perda cada vez maior do seu habitat, em português claro a “destruição da floresta ou o que sobrou dela” – culpa de nós “homo sapiens sapiens” (homem que sabe o que sabe) será que sabe mesmo? Com vocês o espécime!!! As aves de rapina fascinam a humanidade desde tempos remotos, esta nossa personagem não fica atrás. Grande e forte, ela possui o corpo coberto por penas pretas e um topete tipo moicano, habita em altitudes que variam desde o nível do mar até 2.000 metros de altura. Mede de 58 cm a 71 cm, conseguindo chegar até a um metro e meio de envergadura. Pesa entre 900 gramas até 1,200

Foto: Antonio de Oliveira “Tio”/PROMATA

quilos, com as fêmeas sendo maiores. Os adultos possuem penas negras na parte ventral, com o dorso marrom-pardo bem escuro, quase chegando a ser negro. Ele também possui um penacho em forma de coroa mostrando sua majestade. Esse penacho tem penas brancas em sua base com o restante negro. A sua cauda é bem longa e possui de 3 a 4 barras cinza escuras. Tem como característica possuir os tarsos completamente emplumados e a íris num tom amarelo-alaranjada. Sua silhueta é única e inconfundível. As asas curtas e arredondadas, juntamente com a cauda longa e larga permite uma aerodinâmica perfeita para caçar em regiões de mata fechada. Isto lhe permite uma notável agilidade para se voar entre as árvores e pegar presas ágeis entre os galhos. Assim, aproveita um nicho ecológico difícil, onde as presas sempre são animais muito ágeis e que possuem inúmeros esconderijos. Com isso, precisa atacar de surpresa no alto da copa das árvores, onde a velocidade máxima desenvolvida pela presa não é para esta ave uma competição. Para quem admira e a observa percebe que as batidas de asa e seu jeito de voar são muito típicos e transmitem beleza no balé aéreo, graça e segurança a ave em suas investidas. Só pra lembrar que suas garras são potentes armas de caça e defesa. Cardápio Sua alimentação inclui diversas aves como tucanos, araçaris e jacus. Também caça mamíferos de pequeno e médio porte, serpentes e lagartos. Ele pode

caçar sozinho ou formar duplas. Tem o costume de vocalizar muito enquanto sobrevoa a mata. Acredita-se que isso seja utilizado para causar uma certa confusão entre os animais, especialmente os macacos, conseguindo localizá-los com mais facilidade. Quando localiza saguis ou sauás, ou outra presa em potencial, fica pousado em grande silêncio no topo das arvores, aguardando o momento perfeito para que possa fazer o ataque, que geralmente é certeiro. Para reprodução o ninho desta espécie é uma grande plataforma construída com gravetos, feito sempre nas árvores mais altas da mata. A fêmea fará a postura de 1 a 3 ovos, que serão incubados por cerca de 50 a 60 dias. O casal irá cuidar dos filhotes por alguns meses até que eles estejam prontos para viverem sozinhos. Serviço ambiental Desempenham grande papel na teia da vida. Atuam no setor de seleção natural, eliminando os animais fracos, defeituosos e doentes, que podem prejudicar os demais, seja transmitindo genes prejudiciais ou moléstias contagiosas, contribuindo assim para a evolução das espécies. Militam também no setor de controle populacional e vigilância sanitária, mantendo o frágil equilíbrio das forças que atuam na manutenção do meio ambiente sadio. Pena mesmo que, possuidora de uma visão extraordinária, esta espécie venha “enxergando” cada vez mais as barbaridades que os humanos vem cometendo com a “mãe natureza”. “Homo sapiens sapiens” ? ? ? ?

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O que está acontecendo na Santa Casa de Ubatuba?

Vicente Malta Pagliuso Após o temerário encerramento da intervenção na Santa Casa, que se iniciou em 2005 na gestão de Eduardo Cesar (sendo o Sato partícipe - Chefe de Gabinete), com o aval do presidente do COMUS na época Mauricio Moromizato, a partir de 2011, aconteceram várias provedorias laranja, perpetuando o espírito da intervenção na entidade. Por conta de dissidências nos grupos políticos do palácio municipal resultou em um conflito entre o comando da prefeitura e gestão Santa Casa. Ocorre que na última eleição surgiu uma nova força na disputa, buscando uma Santa Casa mais próxima da velha Santa Casa, ou seja, tentando o resgate histórico da entidade existente antes da intervenção. Inicialmente, em manobras politiqueiras, excluíram administrativamente, esta nova chapa da disputa. Entretanto, por força de determinação judicial a mesma chegou a disputar a eleição, perdendo por um voto. Acontece que se tratou de uma disputa e posterior administração, completamente viciada, resultando na exclusão da provedoria eleita da administração da entidade por determinação judicial. Nesta ação, o Juiz determinou breve intervenção judicial (90 dias), sob a responsabilidade do secretário de saúde do município, objetivando a promoção de nova eleição, sob a supervisão do Ministério Público. Esta eleição deveria ocorrer na Sala do Júri no Fórum desta comarca. O secretário ao assumir tal responsabilidade, nomeou imediatamente uma administradora, premiando-a com um salário de R$25.000,00. Como os administradores anteriores ganhavam em torno de R$10.000,00, ocorreu o repúdio generalizado da comunidade. Ocorre, que próximo da realização da eleição o prefeito resolveu realizar nova intervenção, alegando suspeita calamidade pública?!@#$%. Dizem que, na verdade, esta intervenção foi motivada por interesses politiqueiros evitando a eleição. Neste espaço de tempo em que a entidade permaneceu sob o comando do Secretário de Saúde (90 dias) ocorreram várias obras “ilegais”, sendo uma delas inaugurada pelo próprio prefeito – “o novo centro cirúrgico”! O prefeito inaugurando uma obra totalmente

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Jornal MARANDUBA News ilegal realizada pelo município em uma entidade particular, ferindo os propósitos daquela intervenção judicial. Algumas pessoas alegam que por conta deste novo centro cirúrgico, foi necessário destruir a UT ali existente. Os paciente que se utilizavam deste espaço foram transferidos para um local inadequado, resultando no óbito de um deles, José Roberto, que se encontrava há anos na “UT”. Alguns dizem que se tratou de verdadeira eutanásia! Outros dizem que morreu porque tinha que morrer. Pelo sim ou pelo não, existe uma representação junto ao Ministério Público solicitando a apuração do estranho falecimento do referido paciente. Outra questão que gerou polêmica é a reforma da cozinha e restaurante da entidade. Por conta de descuido administrativo recente ocorreu uma inundação na cozinha tendo a mesma sido transferida para a antiga pediatria, mas sem os cuidados e aprovações necessárias. Naquele local inadequado passou-se a produzir a alimentação para os pacientes e funcionários, correndo-se o risco, segundo alguns, de ocorrer uma “toxinfecção alimentar”, atingindo funcionários e pacientes. Já não bastava antiga reforma da intervenção anterior, onde dividiram a cozinha, prejudicando-a totalmente, para estabelecer a Central de Materiais Estéreis, colado à cozinha, não se sabendo se esta espécie de CME encontra-se de conformidade com a Anvisa, agora a cozinha foi parar na pediatria, expondo pacientes e funcionários em possíveis riscos. Estas e outras questionáveis reformas e o elevado salário da administradora, foram possíveis em razão de uma antecipação de valor nos repasses realizados pelo município para a entidade, por conta de convênio existente, justificando-se: que a finança não seria abalada em razão de economias ocorridas, resultante do estanca-

mento de alguns desvios de verbas que aconteciam na entidade (IC664/15). Como se trata de dinheiro público, não se sabe se uma vez detectados tais desvios ilegais, foram tomadas as medidas pertinentes, no sentido de obrigar os vilões que vinham lesando a entidade e nossos moribundos a devolverem os valores recebidos ilegalmente (IC – MP - 664/15). Nesta direção dizem, comentam a existência de um mafioso esquema das enfermeiras, onde um grupo seleto de enfermeiras ganhava o valor de R$1.000,00, valor este não contabilizado, para acompanhar pacientes em transferência. Dizem ainda que quando não ocorria a transferência, por algum motivo qualquer, a enfermeira designada a acompanhar recebia mesmo assim esta ilegal valor (verdade ou não, o caso deve ser investigado, punindo-se a enfermeira responsável e obrigando-a a devolver os valores desviados). Por outro lado, não se sabe agora como vai resultar a ação indenizatória que a Santa Casa promovia em face do município, exigindo o valor de R$80.000.000,00, por conta dos danos causados à entidade pelo município, no período da intervenção (2005 – 2011 e posteriores provedorias laranja). Afinal, agora, “são os vampiros tomando conta da banca de sangue”. Estes acham que a eleição traria retrocesso às reformas ilegais e medidas por eles realizadas; outros dizem que foi um golpe oportunista envolvendo o MP e Judiciário!!! Enfim é muita intervenção para pouca entidade! O prejuízo fica para a entidade requisitada que, praticamente, já não existe e o povo humilde atendido, no qual me incluo!Dizem que atualmente a administradora está de passeio à sua terra natal – Portugal!!! Espero que tudo isto que dizem não passam de intrigas das forças ocultas; pois é muito triste se for verdade. O que você acha nobre leitor?

Aumento injustificável do combustível é permitido?

Michel Amauri Agora com a greve dos caminhoneiros que teve início no final do mês de maio proporcionou o major caos e corre corre aos postos de combustível. Rapidamente de uma hora para outra o Brasil parou e as filas ficaram quilométricas e o combustível acabou, porém alguns comerciantes espertalhões e estelionatários quiseram lucrar um pouco mais com o sofrimento alheio e quase duplicaram injustamente o valor do combustível. Tal prática é considerada

abusiva e fere o código de defesa do consumidor além de ser também crime contra a economia popular. Caso o consumidor seja alvo desta prática abusiva deve exigir a nota fiscal com o intuito de fazer prova do aumento abusivo e depois procurar o Procon. Os postos de combustível que cometeram o aumento injustificável estarão sujeitos às sanções administrativas sem prejuízo das penalidades cível e criminal. Consulte sempre um advogado(a)

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Resistência e protagonismo quilombola marcaram o “Maio Negro” Foto: Júnior Machado

No dia 12 de maio de 2018 aconteceu em Ubatuba, no quilombo da Caçandoca o evento “Maio Negro – Luta de Resistência Quilombola”. Articulado Associação da Comunidade dos Remanescentes do Quilombo da Caçandoca e pelo Coletivo Afrobrasilidades, a iniciativa marcou a história do movimento negro no município, pontuando na data da “falsa abolição”, que ainda há muitos grilhões para se quebrar nesse país em que a cor da pele chega sempre primeiro. Diversos núcleos familiares estiveram presentes, e das demais comunidades quilombola de Ubatuba e de Paraty-RJ. O dia de atividades começou com uma roda de conversa sobre a garantia dos direitos do povo quilombola que teve a participação de parceiros da área de justiça socioambiental. Maio Negro contou com o

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apoio e parceria de diversas pessoas e entidades, e, aqui citamos agradecendo: Sabrina Diniz da Rede Nacional Advogados e Advogadas Populares, Jorge Gerônimo, vereador de Caçapava, o arqueólogo Clayton Galdino, Santiago Bernades, Fabio Martins, Gilberto Sousa da Associação dos Geógrafos do Brasil, Julia Marin Ass. do Deputado Carlos Neder, Neimar Lourenço da Conaq; O evento contou com o apoio da APPRU, do Djalma Oliveira Rancho, de Josué Menor da Regional Sul, do Projeto Guaiamum, do Fórum de Comunidades Tradicionais. Durante a parte da tarde, atividades culturais preencheram o dia de luta que ficou marcado na história de Ubatuba. Capoeira, maracatu, atividades com as crianças e muita prosa e trocas aconteceram. Organizado às pres-

sas, o evento conseguiu obter sucesso de público e, mais do que isso, de articular diversas comunidades quilombolas e o povo negro de Ubatuba. A importância de marcar a luta quilombola nesse dia histórico em Ubatuba se dá também pelo histórico escravista que o município possui e pouco é falado sobre isso. Também não há políticas públicas e culturais direcionadas ao povo negro e articulações como essa mostram a força da sociedade em mobilizar grande número de pessoas e concretizar o evento. A organização agradece cada parceiro que esteve presente e que contribuiu para que a luta do povo negro não seja invisibilizada. Fonte:https://brasildetodomundo.wordpress.com/2018/05/28/resistencia-e-protagonismo-quilombola-marcaram-o-maio-negro/

Vai Construir? Consulte um Engenheiro Civil Hoje, a economia nacional aos poucos volta a ganhar fôlego, diretamente proporcional à ela, as pessoas voltam a investir em imóveis, na compra de terrenos e casas, em reformas, na ampliação e em melhorias nas edificações, na implantação de novas tecnologias no mercado, etc... Com isso, não se deve deixar levar pela empolgação e ir construindo sem a segurança de um responsável técnico sobre a obra ou reforma, nesse caso, você pode recorrer a um Engenheiro Civil. Qual a função exata do Engenheiro Civil? A função é desenvolver a obra como um todo, tendo o estudo necessário e a capacidade de discorrer sobre diversos assuntos a respeito da construção/obra, sendo responsável pelo planejamento, execução e gerenciamento de Projetos, Dimensionamento de Fundações, Estruturas, Hidráulica, Elétrica, Projetos de Incêndio e Infraestrutura; essas sendo algumas das funções de atuação do Engenheiro Civil em construções residências ou comerciais, garantidas por normas e especificações. O fato de muitas vezes o empreendedor não escolher um Engenheiro para desenvolver sua obra, é sua preocupação com quanto será o investimento na contratação de seus serviços. A forma correta de se pensar, é que o investimento na contratação desse serviço, é a certeza que você está fazendo um investimento seguro, contratando um profissional que tem conhecimento para desenvolver a obra, sem que tenha alguma “surpresa” com o mau dimensionamento de uma estrutura, ou talvez hidráulico,

ou então elétrico, e então esse mau dimensionamento lhe trazer um gasto ainda maior com o reparo do mesmo, quando comparado ao gasto do investimento inicial com um responsável técnico. Lembre-se de que há diversos fatores onde deve-se tomar atenção antes de construir, logo após a compra de um terreno, começando pela verificação do tipo de solo e sua resistência, região onde a obra será construída, leis e normas municipais que devem ser cumpridas, estudo sócio econômico, dimensionamento de estruturas, sendo elas: lajes, vigas, pilares, fundação, que suportarão todos os esforços da edificação, dimensionamento hidráulico, dimensionamento elétrico, estudo hidrológico e implantação de novas tecnologias para reaproveitamento da água da chuva, para fins de irrigação ou uso de água cinza, gerenciamento e execução de todos esses fatores. Fatores que lhe permitem ter a certeza que você estará fazendo um bom uso de seu investimento, garantia na qual não lhe trará futuros problemas, ao construir com um conhecimento técnico previamente habilitado. João Gabriel Antunes Engenheiro Civil


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Indígenas contestam versão da polícia e da mídia sobre apreensão de palmito juçara Renata Takahashi INFORMAR UBATUBA No último dia 13, quando saiu pela manhã da aldeia Rio Bonito na Terra Indígena Boa Vista, em Ubatuba, para pegar um ônibus sentido Caraguatatuba, a artesã guarani Patricia Ara Jera Borges da Silva, 25 anos, não imaginou que passaria parte do dia das mães na delegacia. O destino de Patricia, mãe de quatro crianças, era a “Feira do Rolo” de Caraguá, onde venderia a mercadoria que transportava de Ubatuba: artesanatos indígenas e palmito juçara in natura. Porém, segundo ocorrência registrada na delegacia de Caraguatatuba, uma denúncia anônima sobre suposto transporte ilegal de palmito fez com que o ônibus fosse parado na base da polícia rodoviária na Tabatinga, divisa entre os dois municípios. De acordo com a versão do policial militar que a conduziu à delegacia, Ara Jera “não apresentou nenhuma autorização para transporte florestal ou outro documento que a justificasse”. Ainda segundo o registro da ocorrência, Ara Jera argumentou que o palmito havia sido colhido em sua aldeia e pertencia à comunidade indígena, que o dinheiro da venda dos palmitos seria dividido entre a comunidade e que esse é um hábito indígena para a subsistência da aldeia. Na delegacia, ela também afirmou desconhecer a ilegalidade do ato ou “qualquer outro caso em que um índio foi preso por comercializar o fruto da terra para sua subsistência”. A versão de Ara Jera, no entanto, não foi suficiente para que ela pudesse seguir normalmente com a mercadoria

para a “Feira do Rolo”. A polícia registrou a apreensão de 37 unidades de palmito juçara in natura (a artesã afirma que eram 35), e impôs multa no valor de R$ 11.100,00 por considerar que ela infringiu a Lei Federal 9605 de 1998, conhecida como “Lei de Crimes Ambientais”. Liberada após cerca de quatro horas, a indígena está intimada a comparecer em Caraguatatuba no “Atendimento Ambiental” no dia 10 de julho de 2019 “para consolidação das infrações e das penalidades cabíveis e propostas para a regularização da atividade objeto da autuação”. A palmeira juçara (Euterpe edulis) é classificada como “Vulnerável” na mais recente Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. Assim, a derrubada da palmeira é proibida se não houver autorização pelo órgão ambiental competente. No entanto, no caso dos indígenas, o Estatuto do Índio (Lei 6.001/1973) assegura o direito ao usufruto das riquezas naturais que estiverem dentro dos limites de suas terras. Em entrevista ao jornal InforMar Ubatuba na quinta-feira (17), Ara Jera relatou ter se sentido humilhada. “Pra mim foi muita humilhação o que eu passei, porque eu não estava trabalhando escondido, porque isso já é o costume da gente, eu não tava roubando, então isso pra mim foi humilhação”, desabafa. Funai O Coordenador Técnico da Fundação Nacional do Índio (Funai), Cristino Cabreira Machado, disse que o órgão foi informado por técnicos da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) sobre o ocor-

rido e imediatamente assumiu as conversações com a Polícia Ambiental, o delegado e com a própria Indígena envolvida na apreensão. Ele considera que ela foi “vítima de um sistema de fiscalização conservacionista radical”. Segundo Machado, a extração de palmito nas terras indígenas perpassa principalmente pelo aspecto cultural e de subsistência. “Veja, nesse caso, a indígena foi flagrada com um lote de palmito de outros 5 grupos familiares que não tinham sequer o dinheiro pro ônibus para ir vender o produto. E, pasmem, não tinham nada pra comer no dia das mães”, afirmou. O Coordenador Técnico garantiu que “a Funai acompanhará e articulará assessoria jurídica orientando no sentido da

inconsistência de aplicar tal multa a individuo oriundo de povos tradicionais, verdadeiros guardiões e conservadores da flora e da fauna brasileira”. Imprensa Diversos sites divulgaram a versão da polícia encaminhada às mídias, que não mencionava o fato de Patricia Ara Jera ser indígena, apesar dela ter assim se identificado e de constar no registro da ocorrência a descrição “pele vermelha”. A artesã contou que ficou surpresa ao ler os textos que falavam que ela havia sido “presa”, pois não foi procurada por nenhum veículo para dar sua versão. Ela disse ter notado também erro na divulgação de sua idade. “Falaram até que eu tinha 37 anos”, queixou-se a jovem. O coordenador da Comissão

Guarani Yvyrupa e liderança da aldeia Rio Bonito, Marcos Tupã, disse que ficou indignado com o ocorrido e com a abordagem da mídia, que nem citou que Patrícia é indígena. “O jornal deve retratar e falar que foi uma indígena”, defendeu. Manejo Tupã assegura que a extração de palmito por parte dos guarani é feita em pequena escala e serve para garantir o sustento de famílias. De acordo com o Coordenador Técnico da Funai, “essa mesma indígena e seu núcleo familiar plantaram só no ano passado mil mudas de palmito juçara e a comunidade a qual ela pertence plantou cinco mil mudas de juçara em projetos da Funai e da CATI”. Fonte: InforMar Ubatuba


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Promata e escola Nativa realizam Workshop na “Trilha da Leitura”

Coluna da Adelina Fernandes

Dia dos Namorados

Namorar é um estado de espírito. É olhar com olhos de “cachorrinho sem dono” pedindo colo. É sair por aí pulando de alegria. É fazer vozinha de neném para ser carinhoso. É ser ridiculamente meloso e conscientemente sedutor. Namorar é bom, e porque envolve carinho e cumplicidade sem a pesada responsabilidade de casais casados e com a certeza de que amanhã o telefone vai tocar, coisa que os “ficantes” nunca sabem... O Dia dos Namorados é certamente mais uma data comercial, mas se pensarmos bem tem uma certa utilidade prática entre os adolescentes. Nos dias dos namorados muitas pessoas descobrem que estão namorando e isto se torna o acontecimento do ano. Ou, os menos afortunados, descobrem que não.

No dia dos namorados, namoradas se produzem. Logo identificamos alguém cuidadosamente maquiada num tubinho preto, meias 5/8 (existe alguma coisa mais sexy que meias 5/8). E namorados enlouquecem... Só no Dia dos Namorados se curte de verdade poesia, chocolate e bichinho de pelúcia. Nos outros dias nenhuma música romântica é tão bem-vinda. Se a gente olhar direitinho, nem os passarinhos cantam com tanta alegria. E ela com tão pouca idade me mostra seus presente. É que a pequena já tem dois namorados, ainda não se decidiu. E o pequeninho briga com a mãe que não comprou o presente da namorada dele... Por que criança gosta tanto de namorar? Namorar tem gosto de brincadeira, é divertido. É como

tomar sundae todos os dias e nunca ficar resfriado. É beijo com sabor de hortelã. É pescoço perfumado. É passear de mãos dadas. É falar horas e horas ao telefone. É escrever juras eternas, cartas infinitas... Pensando no sentimento gostoso que nos invade em dias assim tenho vontade de declarar um dia dos namorados a cada mês, talvez toda semana. A mais importante comemoração é deixar o coração aberto para voltar a ser criança e agir livremente. E por que não dizer “eu te amo”? Uma demonstração de amor vale mais do que uma declaração, mas é importante declarar. É importante expressar o que se sente, desde que o sentimento venha mesmo do coração. Todos os dias foram feitos mesmo para namorar.

No último dia 29, a parceria entre a Promata e a escola Municipal Nativa Fernandes de Faria, Sertão da Quina, realizaram um Workshop do projeto Trilha da Leitura cujo tema central foi observação de aves. Participaram os dois turnos da escola dentro das seguintes abordagens: primeiros socorros, trilhas, aspectos geográficos, observação de aves e Sertão da Quina. Foi organizado um rodízio para que cada classe pudesse participar de cada tema e assim entender o contexto geral do workshop. A alegria, assim como a satisfação e a descontração sem perda do foco, estava estampada nos rostos dos parceiros e também das crianças. Viram

imagens, ouviram sons, entenderam os usos dos equipamentos, quais ferramentas, atentaram as instruções e informações sobre o processo de observação de aves no local onde estudam e moram. A equipe da Promata se felicitou pelos abraços, aplausos e agradecimentos espontâneos recebidos das crianças. Muitas foram as perguntas e intervenções pertinentes aos assuntos realizadas pelas crianças o que alegrou a equipe, entendendo que estavam atentas e interessadas. No planejamento há a continuidade do processo até sua finalização próximo ao final do ano. Todos os participantes estão ansiosos à continuidade.



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