Maranduba, 18 de Maio de 2011
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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br
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Ano 2 - Edição 25 Foto: Ezequiel dos Santos
Saco do Morcego Um local que ainda guarda grandes mistérios do passado
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Jornal MARANDUBA News
Editorial A profissão de fotógrafo me presenteia com momentos inesquecíveis. Na semana passada fiz um vôo para registrar Ubatuba de ponta a ponta. Ao decolar, seguimos rumo ao norte perpendicular a vertente da serra. Somente lá em cima, a dois ou três mil pés é possível perceber a grandeza deste município. A mata fechada com suas dobras, picos e penhascos formam uma paisagem ímpar, revelando uma verdadeira muralha que nos separa do Vale do Paraíba. Olhando para o litoral podemos perceber a beleza do recortado relevo das baías, penínsulas, praias e ilhas que formam nossa costa. No Sertão do Puruba, por exemplo, existe uma planície recortada pelo rio que serpenteia em meio a uma vegetação mista de mata rasteira, capim baixo e arbustos que parece cenas da savana africana que só vemos em documentários da Discovery. Uma enorme lagoa se destaca nessa paisagem onde, segundo dizem, foi causada pela queda de um meteorito há centenas ou milhares de anos. Retornando pelo litoral podemos apreciar o costão que fica na divisa entre os estados de SP e RJ onde o mar bravio castiga constantemente as rochas, proporcionando um espetáculo de espuma e beleza. Sobrevoando as ilhas das Cou-
ves, Almada e outras se percebe o quanto Ubatuba é bonita. Porém quando se aproximamos novamente da região central percebemos um contraste significativo devido à ocupação imobiliária. O que mais destoa são as ocupações nas encostas dos morros, principalmente na região leste, Sertão do Perequê Mirim, Lagoinha e Araribá. Nota-se pequenos focos de habitação em meio à mata que parecem estar crescendo. Faço esse tipo de fotos há quase dez anos e pude comprovar isso em meus arquivos. Mas não é só nas encostas da serra que isso acontece. Verdadeiras mansões em penínsulas e costões também se destacam. Concluo que as pessoas com baixo poder aquisitivo se embrenham serra acima enquanto as com alto poder aquisitivo se instalam em locais “licenciados” com as mais privilegiadas vistas para o mar, com direito a desmatamento, aterro, heliporto, píer e estrada de acesso particular. Isso prova que Ubatuba é a mais democrática das cidades, abrigando tanto os desafortunados como os financeiramente privilegiados. Por enquanto a distância entre esses extremos ainda é grande. Meu medo é que eles se encontrem. Aí não vai ter mais nada de bonito para se ver. Emilio Campi
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Ibama embarga atividades do Píer Estadual do Saco da Ribeira Saulo Gil/Imprensa Livre A falta de licenciamento sobre atividades potencialmente poluidoras poderá suspender alguns serviços realizados no Píer Estadual do Saco da Ribeira. O espaço público, que é gerido pelo Governo Paulista, já tinha sofrido autuações do Ibama, em conjunto com o Ministério Público Federal, no ano passado. Nessa semana, a administração do píer recebeu novo documento oficial assinado pelos órgãos citados, determinando a suspensão de atividades potencialmente poluidoras na Marina pública, a partir da próxima segunda-feira. Entre os serviços que foram embargados, estão a manutenção e pintura de embarcações, além do desembarque de pescado. A falta de adequações e investimentos na estrutura local vem se intensificando há anos. A necessidade de melhoria ficou ainda mais evidente após a implantação do Projeto Marinas, da Cetesb, que promoveu adequações ambientais em boa parte das instalações náuticas privadas do Litoral Norte. Entretanto, o Píer Estadual do Saco da Ribeira prosseguiu com praticamente as mesmas estruturas, porém, o movimento e atividades no local seguiram em ritmo crescente.
Com a recente determinação de embargo das atividades potencialmente poluidoras, o espaço poderá deixar de atender uma grande demanda de desembarque do pescado ubatubense. A estimativa atual é de que mais da metade da carga pesqueira da cidade seja escoada por meio do píer. A administração local ressalta que os investimentos necessários para as adequações são de médio prazo. Além disso, os técnicos da Fundação Florestal, órgão que administra o espaço, admitem que as melhorias só devam ocorrer por meio de parcerias. “O fato é que precisamos de apoio para que essa situação seja realmente modificada. É preciso a participação de todos, tanto daqueles que utilizam o
píer, como da prefeitura e até do Governo Federal”, ressalta o técnico ambiental da Fundação Florestal, Carlos Roberto Paiva. Até o fechamento dessa edição a gestão do Píer Estadual do Saco da Ribeira tentava marcar para próxima segunda-feira uma reunião com o Ibama para definir a situação dos embargos previstos. Segundo Carlos Paiva a proibição do desembarque do pescado se dá apenas para os barcos profissionais e não amadores. No entanto, a administração do píer diz não saber qual parâmetro utilizar para diferenciar as categorias. A única certeza é de que a manutenção e pintura de embarcações na parte terrestre da marina estarão embargadas na próxima segunda.
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PSDB de Ubatuba oficializa Tucanafro EZEQUIEL DOS SANTOS Na noite do último dia 13, indígenas, quilombolas, afro-descendentes, pescadores, agricultores e colaboradores da causa se reuniram na Câmara Municipal de Ubatuba para oficializar o movimento Tucanfro do PSDB municipal. O evento foi dirigido pelo vice-presidente do partido Marcilio Lopes, já que seu presidente estava em audiência no fórum local. Participou do evento o Presidente Estadual da Comissão Executiva do Tucanafro o professor Carlos Augusto Santos, que proferiu palestra sobre o papel do Secretariado frente às ações afirmativas, estatuto da Igualdade Racial e as Conferencias para Igualdade Racial. Ele ainda deu posse à comissão provisória da Tucanafro - PSDB diretório Ubatuba com todo o apoio e reconhecimento da executiva do partido. Professor Carlos confessou
Prof. Carlos Augusto Santos, Presidente Estadual da Comissão Executiva do Tucanafro
que se emocionou quando viu a diversidade étnica e cultural que é a Tucanafro de Ubatuba. “Nunca vi nada igual, é a primeira vez que vejo tanta diversidade juntas” comenta o presidente estadual da Tucanafro. O professor se espantou com o numero de participantes, cer-
ca de 120 no total, de todas as regiões do município. Segundo Carlos Augusto esta informação será levada pessoalmente ao governador do estado, já que a Tucanafro recebe um carinho especial do próprio governador Geraldo Alckmin. Ele não se conteve e tirou fotos com os
cumpre a palavra dada ao vereador, que estava afastado, ainda no período da última campanha eleitoral de trazer benefícios à população. Para o projeto, os assessores e o vereador ficaram até mais tarde para elaborar sua justificativa. No documento o deputado coloca Ubatuba como cidade pólo da regiao do litoral norte, já que Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela possuem outros investimentos de grande porte. A universidade “peixe com banana verde” atenderá todo o Litoral Norte e tem como objetivo ministrar o ensino superior, sob suas diferentes formas e modalidades, nos diversos campos do saber, desenvolver
a pesquisa nas diferentes áreas do conhecimento e promover a extensão universitária. A universidade tem ainda outro importante papel no Litoral Norte que é a de afirmar a integração regional, já que está fora das ditas regiões metropolitanas do Estado de São Paulo. Frediani está satisfeito com o empenho do deputado Luiz Fernando frente ao projeto, já era uma solicitação muito antiga da população de Ubatuba e de todo o litoral. “O deputado Luiz Fernando tem sido um grande parceiro de nossa população, já o considero amigo de Ubatuba, ele sempre tem nos atendido”, comenta o vereador Rogério Frediani sobre o amigo deputado.
representantes das aldeias no município. No ato do encerramento, em ritmo de festa, houve saudações afro e apresentação de capoeira no plenário da Câmara Municipal. A comissão foi composta até mesmo por membros dos ditos “quilombos urbanos”
que tem em seu sangue a afrodescendencia mãe. “A oficialização do movimento Tucanafro em Ubatuba faz história neste momento tão importante às comunidades que trazem em suas raízes históricas e culturais a formação do estado Bandeirante e do Brasil”, comentou o presidente do partido Rogério Frediani.
Frediani solicita a deputado Projeto de Universidade Federal No último dia 5 de maio, por solicitação do vereador Rogério Frediani-PSDB o deputado federal Luiz Fernando Machado, também do PSDB, entrou com um Projeto de Lei na Câmara Federal autorizando o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do Litoral Norte de São Paulo – a UFLN. O Projeto de Lei de nº 884/2011 aguarda despachos das comissões de educação e cultura, administração e serviço público, finanças e tributação, constituição e justiça. O Congresso Nacional já decretou o projeto aguardando apenas a conclusão das comissões relacionadas ao tema para votação. O deputado Luiz Fernando
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Ubatuba comemora conservação do solo e faz reflexão sobre o dia do índio Ubatuba promoveu curso e dia de campo em comemoração ao dia mundial da conservação do solo. O curso foi realizado no último dia 26 de abril em ambiente oficina, com troca de experiências entre os participantes e visita de campo a uma unidade de referência agroecológica. A palestrante foi a pesquisadora Dra. Elaine Bahia Wutke, especialista em adubos verdes do Instituto Agronômico de Campinas. O curso também contou com a participação de agricultores familiares que já puderam experimentar o uso de adubos verdes, que relataram suas experiências. O curso falou sobre o cultivo de adubos verdes em geral, coleta de sementes, aplicação e vantagens, retorno econômico e viabilidade de uso para os principais cultivos do Litoral Norte: hortaliças diversas, banana e mandioca. Para o Engenheiro Agrônomo Antônio Marchiori – Extensionista da CATI em Ubatuba – “O uso de adubos verdes é uma tecnologia simples e barata, adequada para utilização pela agricultura familiar. Seu uso permite a recuperação da terra de forma relativamente rápida, com o aumento da matéria orgânica do solo. Mas para fazer uso desta tecnologia, a escolha das espécies mais adaptadas e o plantio na época adequada são fundamentais. Daí a importância do conhecimento e da experimentação nas propriedades rurais – em unidades que vão servir como referência. O clima do bioma Mata Atlântica no litoral paulista é muito propício para a produção de biomassa vegetal, porém é preciso saber manejar o mato” – explicou o Extensionista.
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Lenda: A Caveirinha
Dra. Elaine Wutke do IAC fala sobre adubos verdes para agricultores familiares, indígenas e quilombolas em Ubatuba
Estudo realizado pela Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Ubatuba da APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), com apoio de campo da CATI, verificou que, todos os herbicidas testados, em diversos tipos de solos da região, colocavam em risco de contaminação os recursos hídricos. Por meio do Projeto Redes de Unidades de Referência Agroecológica e do Programa de Microbacias II foram implantados em Ubatuba alguns campos de observação de plantio de adubos verdes (sete espécies). Depois da palestra da Dra. Elaine Wutke na Casa da Agricultura de Ubatuba, os produtores visitaram um destes campos de observação, onde foram discutidas vantagens e dificuldades para o uso de adubos verdes. Quem recebeu a visita foi o produtor Caetano dos Santos, que além dos adubos verdes já utiliza outras práticas agroecológicas. A CATI de Ubatuba participa de dois projetos financiados pelo CNPq - além do Projeto Redes de Unidades de Referência – coordenado pela pesquisadora Silvia Rocha Moreira da APTA, também participa do
Projeto Flores Tropicais, coordenado pelo pesquisador Carlos Castro – do IAC, onde vem se destacando o cultivo de helicônias. Estes dois projetos foram idealizados em reunião realizada com a presença do coordenador da CATI – o engenheiro agrônomo José Luiz Fortes quando em visita a Unidade de Pesquisa de Ubatuba. Os resultados obtidos até o momento são promissores, com a crescente adoção das tecnologias agroecológicas de baixo custo preconizadas – como biofertilizantes, caldas protetoras , uso de composto e construção de estruturas de bambu para cultivo protegido de baixo custo (“estufa Ubatuba”). Além do conteúdo do curso, os participantes também elogiaram o desempenho da equipe de apoio – Regina Moscardo (foto) e Valéria Cristina Barbosa, que ficaram na retaguarda da realização do evento. O curso foi realizado em ambiente de confraternização dos participantes, que puderam degustar o sabor da deliciosa mandioca amarelinha, ente outros quitutes.
Marta Ap de Faria Tanuri Quando se fala em mata, já vem logo uma sensação de arrepio... Devem ser reflexos psicológicos dos “causos” que nossos avôs e avós contavam ao entardecer. A lenda e os contos sempre foram prática da comunidade mais antiga e repassada para os seus descendentes. Ainda mais que a comunidade atual, os “caiçaras de antigamente”, viviam também da caça. E assim como os demais, meu avô, Pedro Faria, pessoa vinda da cidade de Natividade da Serra, tinha esse costume. Juntava-se aos seus amigos, companheiros de roça, que tinham uma realidade parecida, pouca renda e muitos filhos, e iam caçar para ajudar no sustento da casa. E lá se metiam mata a dentro, sem medo ou receio, prontos para montar um barraco em meio a floresta e ficar por lá dias. E numa destas idas à mata, meu avô contava um “causo” curioso que acontecera com ele certa vez. Estava ele caçando, subin-
do a mata da “Cotia”, quando olhou para o chão e encontrou um objeto curioso, pegou e analisou cuidadosamente, era uma caveira no tamanho de um polegar. Achou um tanto estranho, uma caveira daquele tamanho, e pensou que tipo de animal poderia ser com aparência de crânio humano? Guardou em seu bolso, e continuou... Até que se viu perdido e todas as direções que tomava, não o levava a lugar nenhum. Sentia-se tonto e sem saída, o céu escurecia, e o caminho de volta ao barraco parecia cada vez mais difícil de encontrar. Aí lembrou-se da danada caveirinha em seu bolso, e assim percebeu: “_ É essa cabecinha aqui que tá me atrapalhando!” Assim lançou sem dúvida aquele objeto estranho mato afora, só assim pôde voltar ao barraco antes que a noite caísse de vez. Ao voltar pra casa, meu avô contou esse episódio aos filhos, esposa e amigos, demonstrando medo e suspense, reações que até então não existiam na face corajosa de Pedro Faria.
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Motoclube inicia campanha do Agasalho O Motoclube Dose Letal inicia sua campanha de arrecadação de roupas e cobertores. É o inicio de mais uma ação social promovida por seus associados. Sob o titulo “Não importa o tamanho da sua doação – P, M ou G” muitos moradores já fizeram a sua parte. Para isto basta você entregar a doação na Adega D’Menor no bairro do Sertão da Quina com Josué.
Sessão da Câmara Municipal de Ubatuba na Região Sul Na área social da Adega D’Menor no bairro do Sertão da Quina serão exibidas as reprises das Sessões de Câmaras do município. A exibição será todas as terças–feiras às 19 horas e lá você poderá acompanhar os trabalhos dos vereadores de Ubatuba. Confira.
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Região Sul é tema de programa da TV Novo Tempo EMILIO CAMPI Nos últimos dias 2 e 3 de maio, a TV Novo Tempo realizou entrevistas e filmagens para o programa “De Passagem” que trata de curiosidades, história, esportes, paisagens, novidades entre outros de cada região do país e do mundo. Desta vez esteve mostrando a história da região através das Ruínas da Lagoinha, a antiga fazenda do barão João Alves da Silva Porto. Vários assuntos foram abordados pelo apresentador Tiago como datas, modo de vida, a construção, a crueldade com os escravos, seu funcionamento, a fábrica de vidros e muito mais. A entrevista foi realizada com Ezequiel dos Santos, que contou detalhes deste período. Depois foi a vez do esporte, onde foi mostrada uma novidade que vem crescendo no mundo – o Stand up. Trata-se de uma modalidade de esporte que utiliza um pranchão e um remo, na grande maioria é remado em pé. Pode-se dizer que é o bisneto da canoa. O shaper Luciano (Lú) é quem produz esta prancha por aqui. Ele já mostrou sua habilidade
e o pranchão em outras entrevistas recebendo telefonemas e e-mails de todo o Brasil perguntando sobre a novidade. A equipe de TV chegou até a região por um contato realizado no final de 2010 por Luciano, que junto ao Jornal Maranduba organizou e recebeu o programa. O programa é visto no canal 141 da Sky e no Vale do Paraíba, dependendo da região, nos canais 15, 17 e 30. Ele é exibido as quartas-feiras as 14:30 hs., com reprises aos domingos as 11 da manhã e segunda duas da tarde. Com imagens do câmera Ricardo, mais conhecido como Avatar, o programa possui, além de uma abordagem interessante, imagens espetaculares que cativa qualquer um, principalmente o público jovem.
Quem quiser saber mais sobre o programa é só acessar www. novotempo.com.br/depassagem e se deliciar com as experiências vividas pela equipe no Brasil e mundo afora. A equipe da Novo Tempo recebeu camisetas “Eu amo
Ubatuba”, se deliciou com os quitutes preparados pelo restaurante Petit Poá, da comerciante Giovana Costa, recebendo elogios pela qualidade. Segundo eles a idéia é voltar mais vezes para Ubatuba já que tem muita coisa para mostrar.
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Alunos da escola Tiana Luiza entrevistam educador Dia das Mães Premiado EZEQUIEL DOS SANTOS No ultimo dia 02 de março, alunos da escola municipal Tiana Luiza do Araribá tiveram uma grata surpresa com a visita do mestre em educação professor José Pacheco. Ele é educador na Escola da Ponte em Portugal, tem casa em Belo Horizonte - MG e nos últimos nos realizou visitas a escola do Araribá. Desta vez foi convidado a participar de entrevista coletiva com os alunos sobre seu trabalho em Educação. Nesta visita Pacheco teve uma conversa com os professores onde levantou algumas reflexões educacionais, em outro momento foi à sala de aula conversar com os alunos e depois a tão sonhada entrevista com os alunos. As atividades têm apoio da Secretaria Municipal de Educação, dos pais, da comunidade e dos amigos daquela escola. O convite da direção da escola ao educador ocorreu no 1º Congresso Internacional de Educação e teve todo apoio de Pacheco. A entrevista foi realizada pelos alunos Priscila, Bruna, Yasmim, Débora, Andressa, Querem, Lucas, Rafael, Victor, Rafael Machado e Marcos, todos entre oito e nove anos. As perguntas foram exclusivas dos alunos: 1- Quantos anos você tem? – 59 anos. 2- Você tem filhos? – Tenho dois filhos, sendo um adotado quando pequeno. 3 – Você deu aula na Escola da Ponte? – Sim, dei muita aula na Escola da Ponte. 4 – Quando você era pequeno também fazia projeto? – não, minha escola não fazia projeto. 5 – Qual é o projeto mais difícil que você já fez? – o projeto mais difícil fui eu.
6 – Você também fazia projeto na escola da Ponte? – Sim, eu fazia muitos projetos. 7 – Qual é o mais bacana que você já fez? – meu projeto mais bacana foi meu filho. 8 – Como aumentar o espaço da sala para ficar igual as Ponte? – É só abrir as portas e se comunicar. 9 – Você esta gostando da nossa escola? – Sim. 10 – Você vai continuar ajudando nossa escola? - Vocês querem? Então eu venho. Por e-mail o mestre lamenta não ter tempo para ler e responder as mensagens que vai recebendo. No final agradece “aos nossos meninos”. O educador português pode se orgulhar por ter transformado seu sonho em realidade. Há 28 anos ele coordena a Escola da Ponte, que não se utiliza dos métodos tradicionais de ensino. A Ponte não segue um sistema baseado em seriação ou ciclos e seus professores não são responsáveis por uma disciplina ou por uma turma específicas. As crianças e os adolescentes que lá estudam definem quais são suas áreas de interesse e
desenvolvem projetos de pesquisa, tanto em grupo como individuais. O sistema tem se mostrado viável por pelo menos dois motivos: primeiro, porque os educadores estão abertos a mudanças; segundo, porque as famílias dos alunos apóiam e defendem a escola idealizada por Pacheco. Em entrevista a revista Nova Escola da Editora Abril, Pacheco explica que lá não há séries, ciclos, turmas, anos, manuais, testes e aulas. Os estudantes podem recorrer a qualquer professor para solicitar suas respostas. Se eles não conseguem responder, os encaminham a um especialista. Não há salas de aula, e sim lugares onde cada aluno procura pessoas, ferramentas e soluções, testa seus conhecimentos e convive com os outros. São os espaços educativos. Hoje, eles estão designados por área. Na humanística, por exemplo, estuda-se História e Geografia; no pavilhão das ciências fica o material sobre Matemática; e o central abriga a Educação Artística e a Tecnológica e diz que quem quer inovar deve ter mais interrogações que certezas, finaliza Pacheco.
Assessoria Vereador Osmar
No último domingo, 08 de maio, no bairro do Sertão da Quina, realizado pelo vereador Osmar aconteceu o evento “Dia das Mães Premiado”. O evento contou com vários comerciantes e colaboradores. Cerca de 500 mães dos bairros da região sul da cidade concorreram a mais de 50 prêmios, houve ainda mulheres homenageadas nesta data tão especial. Qualquer mãe poderia participar, desde que estivesse presente e com o cupom preenchido corretamente. Os prêmios foram doados pelos empresários e voluntários, teve desde uma simples camiseta ou caixa de bombons até mesmo fogões, tanquinhos microondas , bicicletas ,mesa com cadeiras e muitos outros. Durante os intervalos dos sorteios, a animação ficou por conta dos voluntários Dj’s Nenë e Chiquinha. Para a criançada presente havia pipoca e algodão-doce à vontade. A Polícia-Militar marcou presença e garantiu a segurança
do local, onde tudo ocorreu de maneira harmoniosa. O espaço para a realização do evento foi gentilmente cedido pelo Sr Moisés Isaías que fica muito bem localizado no Sertão da Quina, o que facilitou o acesso das mães. Além dos sorteios, foram contempladas também a mãe mais jovem , a mãe mais idosa e as mães que se propuseram a fazer lindas declarações em público.O vereador Osmar, bastante emocionado, também manifestou sua declaração publicamente e recebeu aplausos das mães e crianças presentes que o agradeceram por tal iniciativa e realização. Muitos outros trabalhos como as do “Dia das Mães Premiado” serão realizados ainda este ano pelo vereador Osmar e sua assessoria e espera-se poder contar com o apoio dos comerciantes, empresários e voluntários para que cada vez mais possam acontecer ações comunitárias em nossa cidade, ainda tão carente de eventos voltados para a população.
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Cantinho da Poesia
Um papel em branco
Associações da Regiao Sul se reúnem com Comandante da PM de Ubatuba
Um papel em branco É uma memória que não foi escrita Um sonho de amor não realizado Uma palavra que jamais foi dita Um papel em branco É a soma de desejos proibidos Apagados pela borracha da vida Que fere todos os nossos sentidos Um papel em branco É só uma folha sem futuro passado ou presente Confissão pensada, mas nunca emitida É o medo de por no papel o que nos vem à mente Um papel em branco É a confissão de que a vida é nada Momentos perdidos no tempo e no espaço Simples passagem que não foi marcada Um papel em branco É o silêncio de quem nada sente Que passou pela vida como por encanto E por aqui não deixou sequer uma semente Manoel Del Valle Neto
Minha Rainha Minha Rainha Tu não imaginas quanto carinho Que sinto por ti Minha deusa aprendi Que no teu lado Sempre soube, fui amado. Mamãe, enquanto Deus me honrar Me honrar a vida Irei sempre te amar. Minha querida Meu amor por ti é tanto Que as vezes me pego em pranto Recordando momentos incríveis Que passamos juntos Puro encanto. Minha princesa Nunca esquecerei Da tua doçura, da tua beleza, dos teus anseios Dos teus beijos De teus abraços meigos De seu amor por mim Mamãe EU TE AMO tanto, tanto, tanto.... Wellington Gomes de Oliveira
Wagner José No último dia 5 de maio, na Regional Sul, cerca de 70 pessoas se reuniram para discutir com o comandante da PM de Ubatuba, Capitão PM Alexandre e o da Base Comunitária de Segurança da Maranduba Sargento PM Prado ações positivas bilaterais de apoio à segurança e melhorias a infra-estrutura do policiamento da região. Representantes de 10 associações dos bairros da Tabatinga, Caçandoca, Rio da Prata, Maranduba, Sertão da Quina, Araribá, Ingá e Lagoinha participaram da reunião. Com apenas 34 dias a frente do policiamento de Ubatuba e de forma atenciosa o comandante ouviu as criticas, sugestões e apoios da população nesta luta comum informando que vai reforçar o policiamento na região. O resultado prático desta reunião é o retorno do funcionamento da base comunitária 24 horas, outra medida a ser estudada é a troca de turno que passará a ser na própria base ao invés
do deslocamento dos policiais ao centro da cidade. Algumas destas associações encaminharam ofício para que o deputado estadual Hélio Nishimoto-PSDB interceda junto ao governador Geraldo Alckmin na busca de melhorias, também destacam a especial atenção de que merece a base da Maranduba, para que possa atender todo território de sua competência. Na oportunidade solicitaram também mais uma viatura de apoio ao sargento rondante ou Força-tática, uma viatura de ronda 24 horas e atendimento ao público 24 horas de segunda a domingo. No documento as associações reconhecem que, diante das dificuldades e que mesmo distante do centro 35 quilômetros, a Base de Segurança da Maranduba é referencia de segurança pública na região. Em resposta ao ofício das associações, o deputado informa que encaminhou direto a Antonio Ferreira Pinto, Secretario Estadual de Segurança
Pública do Estado de São Paulo solicitando a concretização do pedido da comunidade da região sul de Ubatuba. Como parte da responsabilidade da população em colaborar com a segurança pública, como na foram comunitária de prover segurança, qualquer cidadão pode, de qualquer lugar ligar para o 181. Cada telefonema gerará um documento que conforme o número de ligações é encaminhado à autoridade competente. O 181 é sigiloso e fornece um protocolo para que o cidadão possa acompanhar todo o processo. Esse serviço é igual ao do Rio de Janeiro e lá a população é responsável por 60% do sucesso das ações policiais. Lá os números são categóricos em informar de que aumentou a segurança da população e diminuiu o tráfico de drogas vertiginosamente por conta dos telefonemas. As comunidades da região agradecem ao Comando da PM pela atenção do dia da reunião.
Ajude a Polícia a proteger você. Ligue 181 (Disk Denúncia)
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Fazenda Morcego: beleza natural construída por mãos escravas EZEQUIEL DOS SANTOS Após quase uma hora de caminhada por uma trilha ou cinqüenta minutos de barco, existe um lugar que, além da história de luta, sofrimento e sobrevivência, esconde uma beleza espetacular. É o Saco do Morcego, parte da antiga Fazenda Morcego. Com provas físicas que sobreviveram a uma fase triste de nossa história, o local abriga particularidades que só existe por estas bandas. Ao adentrar no local é possível avistar o que sobrou da produção de duas épocas - a escrava e o antigo bairro. Um pouco a frente o Rio Inhame, somada ao Rio da Bomba e mais dois outros riachos formam um só que deságua graciosamente em forma de véu de noiva, deslizando suave e continuadamente sobre a pedra da costeira caindo no mar. Às vezes parece que é a água do mar que sobe suavemente com suas espumas sobre a pedra. Beleza em forma de parceria que enche os olhos até mesmo de moradores acostumados com o local. Muita gente pode não acreditar, mais se trata da mais pura beleza divina, com um toque humano. O riacho que hoje é raso já foi local de banho porque quando fundo, havia uma “pinguela” de madeira para sua travessia. Do outro lado ruínas, que são a prova real que formam os vestígios do porque o local é chão quilombola. A Mata Atlântica vem cobrindo e encobrindo vestígios da história da formação de nosso povo. O local realmente é uma pintura divina, daquelas que existe apenas uma cópia e que seus guardiões a protegem muito bem. Em meio à semeadura natural
é possível avistar mexeriqueiras, jaqueiras, laranjeiras, bananeiras, araçazeiros, ameixeiras, cambucaeiros, mamoeiros, goiabeiras entre outros “eiros” e “eiras” da época do cultivo familiar. É tanta fruta que o cheiro do local é doce, saboroso, principalmente quando se mistura com outros aromas da natureza. À frente, a enseada do lugar é boa para pesca artesanal, mas também para contemplação, foto, pintura, um verdadeiro relax para alma e para o corpo. Os sons produzidos pela natureza do local esvaziam a nossa mente das porcarias cotidianas e nos dão uma nova recarga. O ar maresiado pelo sal das águas desintoxica nossos pulmões energizando nossa capacidade aeróbica. Na realidade o local é um excelente terapeuta, psicólogo, analista, companheiro, amigo. No dia das fotos a equipe do Jornal Maranduba News foi agraciada com a visão de um bando de botos. Tartarugas também vieram a nosso encontro. Todas perto da praia de
Fotos: Ezequiel dos Santos
Local servia para desembarque de produtos e mantimentos. Também utilizado no tráfico de escravos.
pedras da qual formam o funil desta enseada. Lá a profundidade é de aproximadamente seis metros, as plantas quase
chegam ao mar. Triste mesmo é a quantidade de lixo que acomoda na praia de pedras trazidas de outros lugares. É o lixo
urbano invadindo o paraíso e não é de agora, há muitas décadas isso acontece. Como diz os antigos: “Uma judieira!”
Cachoeira desagua no mar através da costeira, oferecendo um visual inédito. Ao fundo a vista de Ilhabela completa o visual.
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Local ainda guarda grandes mistérios do passado EZEQUIEL DOS SANTOS O local mantém as estruturas da antiga fazenda a beira mar. É possível subir os degraus de pedra que outrora fora dos barões, ao fundo os antigos pilares de sustentação, ao lado uma caixa de pedra no chão que mais lembra uma piscina, caixa de água ou algo semelhante. Esta caixa é rodeada de muitas especulações sombrias sobre o trato aos negros na localidade. Ao fundo, para segurar o barranco um muro de pedra que vai “fora a fora” de um lado para o outro. Uma pedra redonda com furos no meio era utilizada como parte de uma moenda. De todo o lado marcas no chão da casa grande. Isto é só o que podemos ver. Em seu solo muita coisa foi enterrada e ainda trata-se de um grande mistério. No local ainda existe uma casa antiga bem menor do que foi a casa de um barão. Falo da casa de Benedicto Antunes de Sá, 69, mais conhecido como “Ditinho Antunes”, nascido na localidade. Em 1964, por conta da ocasião de seu casamento construiu a casa no terreiro do barão e em 1966 fez de lá sua morada. Na época o local era de seu pai Luiz Antunes de Sá que possuía grandes roças, principalmente bananais. Ele nos conta que o lugar tinha muito mais pilares. Quando abriu roça para o sustento da família descobriu muita coisa enterrada, vigas de pedra, pedaços de ferro, correntes. O mais estranho foi quando resolveu mexer num circulo de pedra enterrado no chão. Conta-nos que foi tirando as pedras até que chegou numa peça única que parecia uma tampa de aço, com um pedaço de madeira bateu naquilo que fazia realmente o som de alguma coisa feito também de aço. Deixou lá para
Cutia. Hoje se vê de outra forma, mas em sua época a lida do dia-a-dia era muito dura. Seu Ditinho nos conta que a dureza era tanta que as pessoas que lá moravam eram o mesmo que desbravadores, que tinham de enfrentar as incertezas da vida, muitos morriam no caminho, no mar, em casa, nas caçadas. “Naquela época tudo o povo sabia fazer, o meio ambiente não tratava trabalhador como vagabundo, como bandido, como marginal”. Dos entrevistados, foi comentário unânime de quem conheceu nossas regiões e respeitou a cultura litorânea profundamente.
Construções em pedra mostram a grandeza que já foi o local de antiga fazenda de cana de açucar.
mexer outro dia e nunca mais foi ver do que realmente se tratava. “Tem muita coisa lá enterrada e nunca descobriremos o que é!”, comenta Ditinho. Existe um espaço entre o degrau e a pedra pro mar que o pai dele planta-
va feijão. Eles chegaram a tirar algas marinhas para mandar ao Japão. Nos bananais do seu pai trabalhavam os camaradas João da Mata, Geraldo Benedito e Dorvalino que davam um duro danado para seu ganha pão.
Ao lado pela costeira existe um local chamado “Cavalo Grande”. São pelos menos setecentos metros de costeira em forma de uma única pedra que tem a forma de uma ferradura de cavalo até o mar, que vai até o canto da
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Região Sul chora a morte de morador tradicional Faleceu na manhã do último dia 9, de complicações cardíacas, o morador Benedito Manoel dos Santos de 81 anos. Benedito é carinhosamente conhecido como Seu Kito e neto de um dos fundadores do Sertão da Quina. Ele deixa esposa, nove filhos, irmãos, dezenas de netos e centenas de amigos. Homem inteligente, de fácil entendimento, era humilde, calmo, conversador, sempre reconhecido por seu sorriso farto e brincadeiras sadias com adultos e crianças. Ele foi um dos últimos desbravadores da região. Trabalhou na Fazenda dos Ingleses, na construção da rodovia Rio-Santos, na sondagem de nossas matas para a construção da represa de Paraibuna, na construção da Casa de Emaús e em muitos mutirões para abrir estradas. Seu Kito foi um dos maiores colabores do Jornal Maranduba e dos levantamentos históricos, antropológicos e culturais de nossa região. Foi peça fundamental para a produção do DVD sobre o acontecimento de 1915-1917 que trata do aparecimento da Imaculada neste solo. Homem que começou a vida trabalhando na roça e caçando para buscar o sustento da família. Desde cedo aprendeu a lutar pela sobrevivência e foi com este fundamento que construiu uma bela família, que agora, com os demais, chora a perda de seu patriarca. Foi sempre colaborador dos “compadres” e “comadres” para tudo. Pessoa que deixa saudades e um vasto etnoconhecimento sobre nossa terra, ar, mata e mar. Não havia um pedaço de chão que ele não conhecesse,
eram fartas as suas histórias sobre qualquer coisa, desde os bananais em Santos aos pescadores do Cambury, passando pela previsão do tempo chegando ao nome de cada lugar que lhe era mostrado. Esta perda foi reconhecida pela Câmara Municipal de Ubatuba através de Moção de Pesar aprovado pelos verea-
dores presentes e entregue aos familiares de Seu Kito. A família neste momento de dor agradece toda a manifestação de carinho, apoio e solidariedade que recebeu. A comunidade se despede de mais um ícone do patrimônio das tradições do litoral brasileiro, que merece as mais sinceras homenagens.
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Mamãe e as receitas antigas para viver em paz Cristina Ap. Oliveira Sempre gostei das receitas antigas de minha mãe. Ela tinha receita para quase tudo e algumas na verdade eram de sua autoria. A que eu mais utilizo é o da paciência. Ela dizia que para paciência o melhor remédio é ocupar as mãos, só assim você controla a mente, ativa o cérebro. Tente se concentra nas contas do terço, tenho certeza que esquecerá de pensar besteiras... Minha mãe dizia que o melhor alimento é aquele que se come em paz. Então não era permitido chorar pelo leite derramado, nem se desesperar por meia cuia de farinha. Receita tem sempre um segredinho, mesmo que ele não exista de fato. Minha mãe sempre dizia que segredo a gente não revela nem sobre tortura, só quando é troca de informação. Não quer as contas do terço, então tente colher um muda de planta e transportá-la para o solo, regue e acompanhe o seu crescimento, já é uma boa terapia. Será que não é a planta que vai acompanhar seu desenvolvimento, seu crescimento? Vocês devem pensar que sou louca, mas o que minha mãe queria dizer com tudo isto? Simples, a melhor receita, seja de quem for sempre funciona-
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rá, tente misturar um pouco de otimismo e nunca, nunca mesmo procurar pelos segredinhos. Procurar eles fará você um escravo dos pensamentos dos outros, você se corroerá por nada as vezes. Valerá a pena? Lembro-me que a receita mais antiga de minha mãe era a confiança em Deus e acredite esta receita era sempre na medida certa, em quantidade de rendimento para a toda a família. É isso aí! Meu recado é que nunca procure por receitas mágicas para viver, senão você vive para as receitas que o levam ao fundo da panela. Na simplicidade da vida de nossos pais havia muita sabedoria, muitas receitas na medida certa. E seu cardápio de receitas como anda? Sem medidas, sem sabor, sem crescimento, sem graça? Não tente por a culpa em alguém. Diz o ditado que quanto mais se bate mais cresce o bolo. Embora pareça uma receita sem medidas, ela é a ideal para você. Cresça e viva em paz.
Maranduba tem “Trenzinho Caiçara” De iniciativa do empresário Hugo Churros em parceria com a jovem turismóloga Caru Lemos e do motorista Téo (alemão) foi apresentado à comunidade ligada ao turismo o Trenzinho Caiçara. Esta modalidade agradou a todos, já que se trata de um dispositivo muito interessante e diferenciado na hora de mostrar os pontos turísticos da região. A prova de batismo foi no último feriado de Semana Santa na Maranduba e o resultado foi positivo, segundo os organizadores. Como algo que se move e chama a atenção ele também está a disposição para locação de propagandas, eventos, igrejas, festas e escolas. No último feriado o trenzinho realizou três roteiros básicos: Cachoeiras do Sertão da Quina, na qual mostrou as belezas naturais, passeios notur-
nos mostrando a orla e Ruínas da Lagoinha, enriquecendo os grupos de estudos com pontos de interesse histórico-cultural e antropológico. A comunidade aprovou a idéia já que serviu de ponto de referencia na mostra das atrações turísticas, históricas e culturais
de que a região sul dispõe. Quem andou no trenzinho aprovou a idéia e pretende voltar para outros passeios. Contatos podem ser realizados pelo e-mail trenzinhocaicara@ hotmail.com ou pelos telefones 9766-6762 com Hugo ou 9168-7933 com Caru.
Moradores antigos ao longo da trilha Caçandoca/Figueira Em entrevista a Benedicto Antunes de Sá, 69 - Ditinho Antunes, aproveitamos para perguntar se ele lembrava dos moradores que se encontravam no decorrer da trilha da Caçandoca até a Praia da Figueira. Sua lembrança nos dá uma lista de nomes, pelo menos os mais antigos ou o equivalente a lembrança de sua juventude. Eram eles: Bito (Benedito) Estevão, Abel, Jonas, Pedro Germano, Benjamim, Sudário, Claudiano, Bito Domingos, Celestino, João Antunes, Leocádio, Antonio Eduardo, Durvalino, Leopoldo Felipe, Nelson, João Giraud, Olávio, Orino, João da Mata (pai e filho), Pureza, Bazilio, Valter Zacarias, Miquelina, Benedito da Mata, Olívio, Erundino Gabriel, João Gabriel, Mané João, Benedito Marcolino, Ezidia, Bito Gabriel, João Gabriel, Rozário, Maria Rozário, Anastácia Rozaria, Julio, Caetano, José Alexandre, Dito Juvenal (pai e filho), Luiz Antunes de Sá, João Lopes Guimarães, Benedito Antunes
de Sá, Januário Antunes de Sá, Gregório, Anastácio, Teófilo, Benedito Araújo, Adelino Araújo, Paulo Custódio, Virgino Custódio, Manoel Lourenço, Benedito Antonio, Luiz Januário (pai e filho), Emídia, Antonio Barra Seca, Benedito João, Paulino, Manoel Eduardo, Horácio, Sebastião, Ambrósio, Aristeu, Girinaldo, Jacinta, Ernesto, Aristides, Jacinta, Ernesto, Aristides, Roque e Francisco. Fora os vários nomes que são lembrados por outros moradores da sua
faixa de idade. São moradores que tanto estavam à beira do mar, do caminho ou no cerro do morro. Por várias décadas este foi o lugar que mais tinham moradores na região. Era tanta gente que proporcionalmente tinha mais pessoas que quase todos os bairros da região sul de Ubatuba. Muitos que nós encontramos hoje descendem dos nomes acima relacionados e tem ligação direta com o quilombo lá existente.
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Gente da nossa história: Marlene Isaias Amorim Á quem diga que não devemos recordar coisas passadas porque corremos o risco de perder o momento presente. Toda experiência positiva ou negativa que fizemos na vida só serviram para nosso amadurecimento; agora quando uma experiência do passado só nos trouxe alegrias porque não revivê-las. Quero aqui reviver junto com outros que fizeram esta mesma experiência – a de uma fase muito boa que a igreja do litoral norte viveu. Foi em 1976, através de uma pessoa muito especial, frei Vitório Infantino. De família cristã, Vitório nasceu na Itália em Tricárico, região sofrida com a conseqüência da guerra. Ele ainda jovem se apaixonou pelo ideal de vida de Francisco de Assis entrando na Ordem Franciscana dos Frades Menores Conventuais. Homem de Deus experimentado na oração e na fé, profundo conhecedor da pessoa humana chegou ao Brasil em l966 em Santo André. Daí foi para Caçapava em 1967 até 1972 deixando sua marca. Lá construiu a Casa Kolb, em homenagem ao irmão franciscano que deu sua vida no campo de concentração dos nazistas. Ajudou a concretizar o sonho do Conviver: uma casa que acolhe crianças especiais, a ter sede própria no terreno doado pela Prefeitura de Caçapava no Recanto Esperança. Obedecendo a seu superior veio para Ubatuba assumir a Paróquia Exaltação de Santa Cruz e Paróquia Santo Antonio em Caraguatatuba. Seu trabalho pastoral era anunciar a Boa Nova do reino de maneira apaixonante com
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Frei Vitório Infantino - O homem das obras sociais e religiosas
Frei Vitório realiza celebração após inauguração da Casa de Emaús no final da década de 70
o desafio da pratica em nosso dia a dia. Quando o ouvi pela primeira vez parecia conhecer meus dezessete anos vividos. Foi ele o pioneiro idealizador da construção da casa de Emaús no Sertão da Quina, onde se tornou na época, centro de espiritualidade do litoral norte e algumas cidades do vale do Paraíba como Caçapava, Taubaté e São José dos Campos. O nome Emaús era providencial, pois o nosso coração ardia quando ele nos falava: construção simples, ampla e acolhedora uma capela de pedra inspirada na espiritualidade de Francisco. Belíssima! Vivemos ali intensas experiências de oração, silêncio, encontros conosco e com Deus através do retiros de jovens, cursilhos de cristandade, retiros de férias, ultréias, etc... Formou-se ao redor do anúncio uma vivencia da comunidade cristã onde o amor, a verdade, o respeito a partilha eram valores vivenciados e ali,
homens, mulheres ,crianças , delegado, Juiz de Direito, professores formavam uma Família de Profunda Comunhão. A meus pais e a ele devo mi-
nha formação cristã e a minha minguada fé.Vivemos momentos belíssimos de nossa juventude na descoberta de um sentido para a vida . Hoje, aguardamos ansiosos a reconstrução da casa de Emaús e o retorno de suas atividades no local previsto na
profecia de Maria. Tudo através de fatos vividos pela comunidade, trazendo um livro de historias acompanhamos com grande alegria outra faze esperando tudo que ainda irá acontecer. Ele também fez outras obras como o Lar Vicentino em Ubatuba, o Conviver em Caçapava, muito importantes à comunidade. Em 1986 cria o CEPC , uma entidade filantrópica sem fins lucrativos que atende mães com filhos com as mais variadas necessidades especiais. Sem querer, no topo da Serra do Quebra Cangalha, quase na divisa entre Jambeiro e Caçapava, o frei descobriu um micro-clima seco idêntico ao da regiao da Itália onde nasceu. Á começou a produzir uvas e posteriormente um vinho de excelente qualidade. Mas sua maior obra foi e é a de edificar em cada pessoa humana o sentido novo de viver. Como mãe, esposa e pessoa cristã sinto que hoje falta aos jovens, crianças, homens
e mulheres uma experiência mais profunda do absoluto de Deus, onde tudo deixamos para alcançar aquele que é nosso maior tesouro (a pessoa de Jesus) tudo o mais será conseqüência. Ao nosso querido frei hoje com73 anos vem lutando com sua doença, porém fortalecido da vontade de viver e viver por amor. O nosso amor, respeito, agradecimento pela sua vida consumida pela igreja por onde passou. Em 20/08/2009 recebeu das mãos da vereadora Reinalma Montalvão o titulo de cidadão Caçapavense. O evento contou com várias autoridades locais e regionais, contou também com a presença do Abade Mathias Tolentino Braga do Mosteiro de São Bento. Vitório é o fundador do Hospital São Francisco em Jacareí que hoje continua sendo uma extensão de ajuda aos pacientes do litoral norte, pois ainda somos carentes de tudo principalmente no setor saúde. Quem quiser visitá-lo pode chegar até a comunidade que se reúne no sitio em Jambeiro para rezar e conviver com este homem tão querido e que se deixa conduzir por Deus. Jornal Maranduba News
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Tecnologia nipo-caiçara no Saco das Bananas EZEQUIEL DOS SANTOS No saco das Bananas, em 1977, o quilombola Domingos Crispim dos Santos, vinha, em quase uma hora de caminhada, trazendo nas costas a sua casa uma novidade, era uma TV Philco-Ford preto e branco de 14 polegadas toda em madeira. Era tudo para ver o lendário Rui Rei, da Ponte Preta, jogar. Era ligada a uma bateria que era carregada em Caraguatatuba num posto de combustível. O carregamento levava quatro dias. Quando ia com a bateria voltava com compras para casa pela mesma trilha. Depois teve um motor a gasolina, depois uma a diesel e nestas últimas duas décadas tentou fazer um gerador a água. Neste tempo gastava dois botijões de gás por mês só com a geladeira. Sofrimento até que os pesquisadores Mário Kawano (PUC-FEI-SP), Douglas Cassiano (UNIFESP), Henrique Senna (IPEN) e Roque Senna (IPEN) vieram realizar um estudo para outra pessoa, como não o encontraram, foram a casa de Domingos que estava com Elias do Gregório. O projeto denominado de Micro Central Hidrelétrica é considerado um achado pelo quilombola, que hoje sorrindo, nos revela que tem a esperança de que a família passe mais tempo por lá. O morador é um homem inteligente, simples, trabalhador, educado, sorridente e acolhedor. Tanta qua-
Domingos e sua LCD Full HD: tecnologia de ponta no quilombo
lidade é de fácil entendimento quando vemos a placa ao lado de sua porta de entrada: “Aqui tem gente feliz”. Ainda regado a música caipira de raiz, o local denominado Sitio São Lourenço não mudou muito desde o nascimento e a criação do morador. Ao lado ainda é possível ver o que restou da casa de seus pais, Januário Antunes de Sá e Laura Crispim dos Santos.
Gerador movido a água abastece eletrodomésticos da família
O sitio possui dois mil pés de bananas, além de centenas de outras frutas. Atrás da casa “descansa em paz” agora o motor a diesel. A central elétrica ocupa um espaço de 1,5 metros quadrados e por enquanto “toca energia” para uma TV de LCD, 1 receptor, 1 geladeira, 2 Dvds, 2 rádios, 1 radio VHF, 1 sanduicheira, 1 maquina de lavar, 1 parabólica, tomadas e
lâmpadas a vontade. Quase sem ruídos o mecanismo utiliza uma Micro Turbina Pelton, 180 metros de mangueira de duas polegadas reduzindo para dois milímetros, produzindo um jato de água que pode facilmente cortar a mão de uma pessoa. A água utilizada retorna ao riacho. Para os pesquisadores a idéia foi estimular a utilização de hidroeletricidade, nestas circunstâncias, parece a melhor alternativa para combinar preservação ambiental e um mínimo de conforto para as populações residentes. Domingos nos conta que grande parte dos materiais ela já possuía e que uma usina destas, completa, sai na média por R$ 10 mil reais. Barato se considerar o custo/beneficio, já que não precisa pagar a concessionário todo mês, a distancia da residência e a facilidade de manutenção. O morador por possuir grande parte do material pagou um décimo do valor. Parabéns ao quilombola Domingos, 61 anos, membro da Associação do Quilombo Caçandoquinha cerne do lugar que hoje colhe os frutos da persistência, paciência e esperança. Bom mesmo é acompanhá-lo na contemplação do amanhecer e do entardecer do dia naquele pedaço de paraíso, sentado a soleira da porta escorada por um osso de baleia, ouvindo os sons da natureza e agora, ao invés do “Zé Bétio”, o noticiário das oito em Full HD.
Toda energia é armazenada em baterias que suprem a casa
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Piedosa União Filhas de Maria: as filhas da verdadeira virtude EZEQUIEL DOS SANTOS Na época em que não havia fé através do 0800, do e-mail, boleto bancário, show business ou megaeventos, um grupos de jovens mulheres faziam toda a diferença. Eram as Filhas de Maria - Piedosa (Pia) União das Filhas de Maria da região. Esta União teve sua origem da Ordem dos Cônegos regulares, no século XII, que o beato Pedro de Honestis instituiu na igreja de Santa Maria do Porto, em Ravena. A Pia que, além da santa medalha pendente do pescoço, traziam à cintura uma faixa azul. Eram meninas que depois da catequese ingressavam nesta congregação, outras conquistavam o título por conta do seu fervor e devoção. Por aqui depois que casavam passavam para o Apostolado Coração de Jesus. Religiosos e especialistas apontam as Filhas de Maria como a mais saudável e santa das instituições religiosas, haja vista a difusão de suas doces mensagens aos humildes de coração e a atitude mariana aplicada no cotidiano sem exageros. No Brasil sua primeira associação foi organizada em Minas Gerais ano de 1853, durante o governo episcopal de Dom Antônio Ferreira Viçoso. Por aqui, foi logo depois das cinco aparições da Imaculada na região. Este “ajuntamento de jovens mulheres” ficou logo conhecido pelos cognomes de “A Piedosa” ou a “A Pia” devido à sua extrema devoção. Diferente de fanatismo elas demonstravam de forma equilibrada suas intenções tanto na prática quanto na teoria. As filhas tinham regras de convivência religiosa, comunitaria e familiar a serem seguidas por vontade própria. Elas constituiram por várias décadas os pilares da verdadeira fé a serem seguidas até serem substituidas por uma fé “enlatada” e paga. Elas não levavam uma vida de freira, mas sim de uma donzela, que saiba viver sem exageros. Podiam se vestir
Diploma de Admissão de uma Piedosa conforme suas condições, ir ao cinema, aos teatros, bate-pé desde que se comportassem com descencia dentro de um exemplo mariano. Uma Filha de Maria vivia com o intuito de garantir um cotidiano honrado a si e a sua familia. Eram devotas também de suas obrigações como filha, esposa-mulher, mãe, avó, amiga e companheira para todas as horas. Entre os anos de 1875 e 1948 esta organização alcançou 117 associações e 11.623 filiadas. Pesquisadoras apontam as Filhas de Maria constituídas como ambientes de preparação espiritual de jovens para serem guardiãs da moral e da religião sem perder o pé na terra em que vivem. Num regulamento de 14 itens, muitos ainda estão bem atuais como o combate a ociosidade, a pratica da caridade, levantar-se cedo, meditação
ao menos um quarto de hora de cada dia, amar o trabalho, não se esquecer do Mês de Maria em honra da Rainha do Céu entre outros. Em muitos lugares as congregações femininas viraram escolas organizadas. Na década de 1950, correspondiam a 50% das escolas privadas do país e o número de educandários ligados às ordens religiosas era maior que as escolas públicas. Em nossa região podemos citar alguns nomes como Orzília, Luzia Epifania, Gertrudes, Maria das Graças, Catarina,
Maria e Benedita (filhas do Jorge da Mata), Tiana Pedro, Tia Óta, dentre muitas outras que passaram sem saber por um processo pedagógico-catequético-espiritual da escola de Maria. Domingo a tarde elas se juntavam para rezar o Ofício a Nossa Senhora das Graças, participavam de todas as procissões, das missas, dos casamentos. Tudo sem esquecer o esposo, os filhos, seus afazeres, a sua família. Nada que tirassem sua liberdade, era dedicação espiritual e prática a ponto de se fundirem e dar bons e saudáveis exemplos. As meninas que estavam na catequese possuíam a “cruzada infantil”, que tinha uma fita amarela, quando terminavam a catequese recebiam a fita azul em dia especifico em ritual religioso com o cântico “Dos teus cruzados aqui reunidos...”, só então passavam para a Piedosa. Era um dia de festa, de lágrimas de felicidade. O Diploma de Admissão era conferido a nova congregada. Por trás deste documento simples havia toda uma história de luta, fé, humildade, coragem e dedicação. Documento este que não poderia ser comprado, forjado ou adulterado. Diferente de hoje, naquele período era na pratica que se sabia quem era quem, tanto na fé como na vida real sem fanatismo e muito menos sem exagero, como pregou a Virtuosa que aqui esteve entre 1915 e 1917 dizendo que era tudo para Jesus e nada sem Maria, quando não, peça a Mãe que o Filho atenderá, mas não na TV, na sua comunidade, na vida real através dos calos feitos pelos rosários e pelo carinho que as Piedosas sabiam oferecer.
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Coluna da
Túnel do Tempo
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Adelina Campi
A escolha é sempre nossa 1978 Encontro de Mulheres na Casa de Emaús, no Sertão da Quina
1988 Já foi um grande seresteiro
1994 Modelito verde-amarelo caía bem
1975 Abraço sertanejo para a foto
2010 Bairro protegido por Lei Federal...
Há vários séculos, em tempos de guerras e conquistas, havia um rei que causava espanto pela forma que tratava os prisioneiros de guerra. Ele não os matava ou torturava, mas levava-os a uma grande sala onde num canto havia um grupo de arqueiros, e em outro canto uma imensa porta de ferro, na qual haviam figuras de caveiras cobertas por sangue. Nesta sala ele os fazia ficar encostados na parede, e lhes dizia: - Senhores, vocês podem escolher: serem meus escravos, tentar fugir e morrer pelas flechas de meus arqueiros, ou passar por aquela porta. A maioria dos prisioneiros escolhia a escravidão, outros tentavam fugir e eram mortos pelos arqueiros, porém, nunca, qualquer um deles escolheu passar pela porta de ferro. Ao término de uma das guerras, um soldado que por muito tempo servira o rei, lhe disse: - Senhor, posso lhe fazer
uma pergunta? - Diga, soldado. - O que há de tão assustador atrás daquela porta? - Abra e veja – respondeu o rei. O soldado então abre a grande porta vagarosamente, e percebe que à medida que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente, e que quando aberta, levaria os prisioneiros à liberdade. O soldado admirado, apenas olha para o rei que diz: - Não se espante soldado; assim como Deus faz conosco, eu dava a eles o livre arbítrio para escolherem o que queriam para suas vidas, e muitos preferiam ser escravos ou até mesmo morrer, a arriscar abrir a porta. O texto fala por si mesmo; apenas reflita sobre isso: O Ser humano não morre quando para de respirar, mas quando deixa de sonhar. Melhor é lamentar o que se fez, do que se arrepender por nunca ter tentado. Tenha um excelente dia com Cristo.
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Vale a Pena Ver de Novo: Sinha Moça e Irmãos Coragem no S. Quina
2005 Artesã consegue prender atenção de crianças interessadas em cestaria
2002 Seu Kito com “cabaça” misturando farinha no “cocho”
2008 O Barão do açúcar e da garapa
1995 “Bitirão” de reboco na capela do Araribá