Maranduba, 20 de Setembro de 2011
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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br
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Ano 2 - Edição 29 Foto: Silas Fileto
Mirante
Curiosidades e interações com as belezas naturais
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Jornal MARANDUBA News
Editorial:
Vitória Antunes de Sá
As migalhas do pão Enquanto poucos buscam investimentos para a saúde física e até mesmo psicológica do município, muitos ainda estão preocupados em saber que matou Salomão Hayala. Os que buscam, acreditam que mesmo ao menor esforço, farão diferença na condução ou na sobrevivência da cidade e de seu povo. Já os do Salomão, aqueles em que religiosamente o dinheiro na cai na conta, vivem do “quanto pior, melhor para os “negócios”. O pão está na mesa e com o passar dos tempos perdemos a noção do que é compartilhar. Vivemos e nos satisfazemos com as migalhas, pois aceitamos isto. Não há organização na oposição ao que está ruim. Muitas coisas são levadas pelo lado familiar e pessoal. Quem perde? Eu, você e todos. As migalhas estão acabando, mas ainda existe o pão. Faltam a nós sabedoria, persistência e prudência neste momento. O foco está nas composições das futuras eleições. Se o município estivesse de bem como a vida, o foco seria outro, pois não haveria concorrência e nem nomes a esta disputa. O pão é parte das comunidades, pois são elas que fornecem o mais importante ingrediente para crescer - o
fermento - traduzindo o suor e o sangue. Mas ficar em casa se lamentando, também é se resignar com as migalhas. Falar é fácil, viver num local que serve de cortina para encobrir péssimas recordações e a transmutação do que seria a glória para a mendicância, é sobreviver. Destruir a história, a cultura parece ser a única verdade, pois ela dá desordem, constrangimentos, miséria, desigualdades, por isso quanto mais o pior, melhor é para certos “acertos e negócios”. Quem quer enganar quem? Quem quer se deixar enganar? Quem quer as migalhas? Qual a sua função neste contexto, além de só resmungar? Não existe receita mágica ou fór-
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Emilio Campi Colaboradores:
Adelina Campi, Ezequiel dos Santos e Fernando A. Trocole Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo
mula perfeita, senão usar os sentidos. Todo dia que você pisa na calçada, o que você vê? No posto de saúde o que você vê? Nas ruas esburacadas o que você vê? Mas também para melhorar, o que você faz? Historicamente migalhas de pão são oferecidas aos pássaros, e agora, a nós. Enquanto ainda olharmos o umbigo, nós continuaremos pequenos e de cabeça baixa para alcançarmos as migalhas que são atiradas ao chão. Se um dia olharmos para cima, levantaremos de fato a cabeça e alcançaremos a parte maior - o pão. Emilio Campi Editor
No último dia 13 perdemos a companheira Vitória: mineira que adotou completamente a nossa cidade e a nossa cultura, chegando ao ponto de até mesmo concorrer, há uma década, a uma vaga no Legislativo. Creio que, se fosse eleita, teria contribuído ainda mais com a nossa cidade, principalmente com os mais carentes. Mesmo de saúde frágil (carregava a doença de Chagas desde a sua terra natal), Vitória nunca esmoreceu diante dos desafios da comunidade católica (onde sempre foi um esteio na liturgia) e dos bairros em geral, sobretudo Sapê, Maranduba, Lagoinha e Caçandoca. Ao vir trabalhar como doméstica em nossa cidade, conheceu o Toninho Antunes, filho de Ezídio Antunes de Sá, cepa da Caçandoca, nascido da união entre um português e uma africana. Desse encontro nasceram seus dois filhos: Leandro e Diego. Raríssimas vezes encontrei essa mulher totalmente despreocupada, sem estar prevendo ou articulando alguma ação para resolver alguma situação. Prova disso foi a acolhida filial à Glória, Jade e Jamile. Por ser descendente dos Antunes de Sá e graças ao seu apoio, o seu marido é o que é hoje: um expoente na luta pelas terras da Fazenda Caçandoca. Agora, penso sobre o próximo Advento: Quem cantará animando as andanças do Reisado? José Ronaldo Santos Cantinho da Poesia
Felicidade Pingos de chuva caem no telhado e espatifam em seguida no chão de barro, rolando pelas frestas, pelas folhas secas, pelas flores de laranjeiras e de Dálias coloridas Da casinha de barro, o cheiro gostoso de lenha, queimando o delicioso café torrado... O constante barulho da chuva, o som do velho rádio, O crepitar da lenha no velho fogão, Era pra mim o prelúdio de felicidade. Cristina de Oliveira
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Frediani concede Titulo de Cidadão Ubatubense a Dom Altieri Aprovado por unanimidade, no último dia 6, na Câmara Municipal de Ubatuba, o Projeto de Decreto Legislativo nº 05/11, do vereador Rogério Frediani-PSDB que concede o Titulo de Cidadão Ubatubense ao Bispo Diocesano Dom Antonio Carlos Altieri. O projeto faz parte da 27ª Sessão Ordinária, onde na pauta foram concedidos também títulos ao cantor e compositor Renato Teixeira e a Ubatubana Ilustre a Sra. Elisa do Nascimento Cancellier. O projeto foi muito bem elaborado cujo conteúdo continha todo o currículo do Bispo e suas atividades dentro e fora da igreja. Também fala da importância do trabalho e da dedicação com que vem atuando nesta Diocese. Para o autor do projeto Rogério Frediani, Dom Altieri é responsável por 16 paróquias em todo o litoral norte paulista e o que nós ouvimos é da compe-
Frediani, Dom Altieri e padre Carlos na casa do bispo tência e da prudência com conduz os trabalhos administrativos e religiosos. Outro elogio é da
forma com que trata as comunidades e o litoral¸ respeitando a formação histórica, cultural e
principalmente a religiosa. Um exemplo prático foi o incentivo aos padres no resgate e difusão de Nossa Senhora das Graças no bairro do Sertão da Quina. Naquele solo Dom Altieri empreende esforços para sua transformação em um Santuário Mariano, como acontece em Fátima-Portugal, referencia internacional de fé e história, possibilitando assim a real manifestação da identidade do lugar aliada ao desenvolvimento que integrará igreja, população e desenvolvimento ordeiro e sadio. A obra futura também colaborará para a geração de emprego e renda no que se refere a mais um atrativo como turismo religioso, que cresce no mundo inteiro. O vereador Rogério Frediani esteve em visita ao Bispo a convite do Padre Carlos, que colaborou na montagem e nos dados para a montagem do Projeto Decreto Legislativo. A visita
foi muito proveitosa. De forma alegre e descontraída conversaram de tudo. “Muitos dizem que a família é uma instituição falida, o que não acredito, o papel da igreja é reforçar os laços familiares, a base de nossa sociedade”, comenta Rogério Frediani. O autor disse da justa homenagem ao Bispo e do papel da igreja em reintegrar as pessoas a sociedade de Ubatuba, para ele as igrejas muitas vezes fazem o papel das instituições publicas e seus lideres tem de ser homenageados e reconhecidos. Dom Altieri foi muito elogiado quando na missa do Envio aconselhou os jovens que foram a Jornada Mundial da Juventude em Madri-Espanha. “Realmente fico muito feliz em conceder e a Câmara aprovar esta honraria a Dom Altieri”, Frediani reiterando a satisfação pela aprovação do projeto.
Frediani e Luiz Fernando na busca de melhorias para agricultura e pesca No último dia 19, o vereador Rogério Frediani e o deputado federal Luiz Fernando Machado estiveram em audiência com a Secretaria Estadual de Agricultura Mônika Bergamaschi e seu adjunto Alberto José Macedo. A reunião aconteceu na capital na sede da secretaria e foi agendada pelo deputado após visita e conversa com moradores de Ubatuba. Em pauta reivindicações ao setor agrícola e pesqueiro. Foi entregue documentos a secretaria com os dados das reivindicações dentre a proposta e um diálogo mais próximo entre as secretarias de agricultura e meio ambiente com o objetivo de harmonizar os interesses entre a unidade de conservação e os produtores, as melhorias a sede da CATI em Ubatuba, a questão da su-
bordinação do litoral em relação ao Vale do Paraíba, que possui cadeias e arranjos produtivos diferenciados em função de sua trajetória histórica, zona costeira recortada, que reflete uma dinâmica pesqueira e territórios peculiares com comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas, clima diferenciado e forte interação com a atividade turística. Também da implantação de um de plano de Extensão Rural e Pesqueiro como forma de proporcionar políticas públicas com diretrizes mais eficazes para os setores na regiao. Foi lembrado também que o litoral é vitrine e que as políticas públicas aqui implantadas refletem na difusão para outras regiões do estado por conta de sua posição estratégica, tendo em vista os investimentos com
o petróleo e gás. Melhores condições de transporte ao setor. A reforma do prédio da CATI Ubatuba e das melhorias estruturais do espaço dos tanques no Instituto de Pesca no Itaguá. O aumento de profissionais para atendimento a demanda e implantação das políticas propostas também foi solicitado. A secretaria ouviu atentamente e comentou da importância da região e que a pasta no momento passa por reformulações e mudanças que tendem a melhorar o atendimento, fala ainda do destaque que o governo dará as cooperativas, algumas delas poderão trabalhar direto com a secretaria, diz Bergamaschi. Na oportunidade solicitou ao deputado Luiz Fernando colaboração na luta para a rápida aprovação de um Projeto de Lei que tra-
ta das cooperativas e está em andamento no Congresso. Foi ainda mostrado um estudo das novas divisões administrativas de que o governo produziu para facilitar os trabalhos e os investimentos que terão um caráter mais regionalizado. O deputado Luiz Fernando novamente se colocou a disposição do vereador dizendo que
o parlamentar de Ubatuba pode usá-lo ainda mais a bem do município. Rogério Frediani sai satisfeito da reunião. “É uma reivindicação mais do que justa, as políticas publicas ao setor agrícola e pesqueiro não acompanharam as do meio ambiente, por isto existe um grande conflito e quem perde novamente é a cidade”, comenta o vereador.
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Na Tradicional Missa e Procissão Dom Altieri recebe presente de moradores EZEQUIEL DOS SANTOS No último dia 8 a missa que faz parte das festividades do encontro de Nossa Senhora das Graças no bairro do Sertão da Quina foi marcada pela presença de turistas e visitantes de vários estados e regiões do país. A missa foi conduzida por Dom Altieri, Padre Carlos, Monsenhor Cícero de Bananal e um Padre convidado de Mato Grosso. Na condução da cerimônia, Dom Altieri falou da importância do verdadeiro papel da igreja, do que ela representa e dos verdadeiros fiéis, que buscam a salvação e não um bem físico e econômico. Da importância de estar neste solo onde recebeu a ilustre visita da Virgem das Graças há quase um século e neste tempo ainda se faz presente em todos os corações. A capela lotada foi um evento a parte e no final da cerimônia
um casal de moradores presenteou o bispo com uma grande cruz, segundo o bispo, maior da que ele já carrega pendurado em seu pescoço. Foi marcada pela aparente mostra das melhorias que acontecem com o local. As
obras vêm sendo conduzidas pelo Padre Carlos e já é possível observar algumas mudanças. Também pelo retorno de vários fieis que haviam se ausentado da capela e hoje retornam as suas origens religiosas. Como de costume e
mantendo a tradição houve a procissão até o Monte Santo, antigamente conhecido por São Cruzeiro. O evento social que é a festa em homenagem aos povos que aqui vinham em peregrinação continua e a cada ano aumenta o número de visitantes. Muitos comerciantes e empresários colaboram com os prêmios da festividade, outros preferiram colaborar com a melhoria da Capela. O prefeito de Ubatuba participou da missa. No domingo dia 17, após as festividades religiosas, o padre Carlos celebrou uma missa de agradecimentos aos festeiros e colaboradores da festa de Nossa Senhora das Graças. “Embora haja a festa social, acontece ainda o espírito de comunidade, unidade e carinho pelas coisas sagradas, trata-se de um grande momento,” disse o padre Carlos durante a última celebração.
Falou do inicio da preparação da festa, todos com o mesmo pensamento e mesmo objetivo, na mesma partilha, por isso a festa aconteceu. Por várias vezes agradeceu os Congregados Mariano, o Grupo de Jovens, os Carismáticos, todos sem exceção e todo “povo de Deus” que lá estava e os que não puderam comparecer a celebração de agradecimentos. Também falou das melhorias que acontecem e acontecerá, “a igreja foi construída com muito carinho pelos antigos”, padre Carlos reconhecendo o esforço do passado. Após a celebração e como parte dos agradecimentos houve uma confraternização na cantina da capela com bingo, refrigerantes, bolos, salgados, mini pizzas além de muita alegria e descontração. Tudo graciosamente e realizado com muito carinho.
Jovens retornam da Jornada Mundial da Juventude emocionados Após seis dias de muita espiritualidade e fé, a viagem da 26ª edição da Jornada Mundial da Juventude em Madri, na Espanha chegou ao fim. O evento reuniu dois milhões e meio de jovens dos quatro cantos do mundo. A chegada aconteceu no último dia 25 de agosto, mas Letícia começou a contar da grande festa desde a partida. Do Brasil foram 15.000 (quinze mil) jovens. Os protagonistas contam que a ida foi curta por conta da alegria, das orações e dos cânticos realizados no interior do avião. Em Madri ficaram em um colégio com 400 jovens brasileiros. Junto com eles integrantes da rádio e TV Canção Nova. Nas ruas da charmosa cidade espanhola a barreira da linguagem oficial era quebrada
pela linguagem da espiritualidade e do amor fraterno. Na chegada do Sumo Pontífice, na Praça Cibeles onde discursou foi grande a manifestação de alegria e fé dos brasileiros e italianos, considerados as maiores delegações do evento. O sucessor de Pedro falou com alegria da importância dos jovens naquele encontro. O aeródromo de Cuatro Vientos se encheu de emoção quando uma tempestade baixou sobre todos. Dispersados, todos buscaram abrigo, mas o Pontificie permaneceu sentado em sua cadeira observando com um breve sorriso aos raios, trovões e a chuva que caía. Letícia conta que o Papa sabia o que ía acontecer. Em seguida o céu abriu, mostrando toda a be-
leza criada pór deus, a graça. Numa expressão ímpar de fé, depois da grande tempestade ele diz: “Também por isso, sois um exemplo. O Senhor, com a chuva, manda-nos muitas bênçãos”, ressaltou o Santo Padre. Houve manifestações de três mil pessoas contra a presença do Papa no entorno do evento. As notícias do protesto foram manipuladas. “A mídia distorceu a manifestação, não eram como mostraram, todos queriam aparecer”, explica Letícia sobre o que viu da manifestação pacífica. Destaque para Dom Altieri que na Missa do Envio fez o verdadeiro papel de pai, pastor, abençoando e aconselhando a todos sobre a viagem. Dom Altieri parou a missa e chamou um a um a um abraço de pai para filho, foram
momentos de muita emoção. Agradecimentos às comunidades que verdadeiramente contribui para que os jovens tivessem esta doce experiência. Na despedida Bento XVI fez um apelo para que os jovens católicos de todo o mundo testemunhem a sua fé publi-
camente, mesmo em “lugares onde prevaleça a rejeição ou a indiferença”. Nove jovens brasileiros receberam a Cruz da Peregrinação que caminhará nas comunidades do país, que ao que tudo indica será a sede de mais uma jornada real e verdadeira em Cristo.
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Foto Panorâmica 360 Graus enriquece a imagem de sua empresa Em uma fotografia convencional, seja a fachada de um imóvel ou um ambiente interno, o ponto de vista é limitado. O observador não possui escolha e muitas vezes é difícil sentir-se dentro da imagem. Com as fotografias panorâmicas 360 graus esta sensação é praticamente obrigatória. Todo o ambiente é retratado, todos os movimentos em volta do ponto central onde o visitante está será visualizado e ele se sentirá imerso no ambiente. Fotografia panorâmica 360° consiste em uma técnica de fotografia através da qual, por meio de equipamentos e programas especializados, são registradas imagens em um giro completo de 360 graus ao redor de um eixo vertical central. A imagem captada exibirá uma faixa horizontal de todo o ambiente ao redor. Uma fotografia panorâmica 360° pode ir além e também registrar o ambiente acima e abaixo do observador. Neste caso a fotografia resultante não se limita a registrar apenas o campo paralelo ao horizonte, e sim todo o ambiente, projetando a imagem no interior de um globo. Neste caso temos uma fotografia interativa de modo imersivo ou esférico. O usuário poderá se sentir imerso dentro da esfera que é coberta pela imagem registrada. Devido a sua versatilidade de produção, uma vez que é possível retratar qualquer espaço alcançado pelo equipamento fotográfico, a foto panorâmica 360 graus tem provocado o interesse de diversos setores comerciais difundindo o uso da fotografia panorâmica como meio de divulgação de espaços internos e externos.
Foto “equirretangular” da praia do Tenório. Abaixo, imagens exibidas como “Little Planet”, recursos disponíveis em panorâmicas
Já o Tour Virtual é um aplicativo composto por pelo menos duas ou mais fotos em giro 360°, onde estas estão interligadas por pontos de ligação nos ambientes virtuais ou em plantas baixas, mapas, galerias de fotos ou outros recursos que permitam a navegação entre elas. A Panotour oferece os serviços de foto panorâmica 360 graus e tour virtual a todos que desejam disponibilizar esta ferramenta para seus clientes. Criada pelo fotógrafo Emilio Campi, a empresa disponibiliza em seu site - www. panotour.com.br - fotos panorâmicas de paisagens do Litoral Norte, Vale do Paraíba e Sul Fluminense, além de vários estabelecimentos como hotéis, pousadas e restaurantes. Segundo Campi, qualquer estabelecimento pode disponibilizar esse tipo de foto em seu site. “Além de mostrar a
Igreja Matriz Santo Antonio em Caraguatatuba.
realidade dos ambientes, proporciona maior confiança para quem vai contratar um serviço, como hospedagem, reserva ou locação de imóveis para temporada”, revela o fotógrafo.
Maiores informações podem ser obtidas através dos telefones (12) 9714.5678 – 7813.7563 - 3832.2067 ou no site www.panotour.com.br
Pousada Areia do Mar na praia da Enseada em Ubatuba
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E.C. Araribá conquista 1º turno Escola do Araribá visita cidades do interior
No domingo do último dia 4, o Esporte Clube Araribá conquistou o 1º turno do campeonato municipal de futebol de campo. O jogo foi no estádio municipal no Perequê-Açu e seu inicio foi às 15 horas. A partida foi contra o EC Sesmaria com placar de 3x1 para o Araribá. A conquista trouxe animo e incentivo aos jogadores que começaram a festa ainda nas quatro linhas. Com esta conquista o Araribá está credenciado para a final do campeonato municipal, só aguardando o campeão do segundo turno para disputar a tão cobiçada taça de campeão. Agora quem vai segurar esta equipe que está na primeira divisão e sagrou-se campeão do 1º turno. Só na final saberemos. O clube continua nos jogos e tem a chance de ser campeão direto sem disputar a final, tudo depende do desempenho e da garra dos atletas. Neste jogo os gols foram marcados por “Jhou” e Douglas, o arti-
lheiro do time titular por enquanto é o Julio. Neste dia o estádio estava lotado e mais da metade da torcida foi do clube Araribá. O clube havia perdido para o Sesmaria na fase classificatória, por isto esta conquista teve um sabor mais doce, mais especial. O técnico Régis se manifestou da satisfação na conquista e do empenho dos atletas, para ele todos foram responsáveis pela vitória e merecem comemorar. “Ainda tem muito trabalho até chegar a final, pretendemos estar lá!”, comenta o técnico satisfeito. Vila Santana está na semifinal da 3ª divisão No mesmo dia, o Clube da Vila Santana de futebol de campo ganhou de virada do EC Nações do bairro do Pereque Mirim. A Vila está classificada para a semifinal da 3ª Divisão da Liga Ubatubense. Parabéns para o Seu Pedro que conduziu o time nesta virada de 2x1 contra o clube Nações.
Colabore com as obras da Paróquia Nossa Senhora das Graças A capela anunciada pelas meninas em 1915 depois do contato com a Jovem Nossa Senhora das Graças passa por reformas e solicita sua colaboração. Vem crescendo o numero de visitantes e o local está cotado para ser o Centro Mariano do Litoral Norte Paulista. A capela já foi de pau-a-pique e com o passar dos anos foi sendo ampliada por conta do aumento do número de moradores, fiéis, peregrinos, turistas e visitantes. Foram boas almas que ajudaram a dar os primeiros passos, as mu-
danças já estão ocorrendo e você poderá acompanhá-las ao vivo e a cores. A paróquia disponibiliza dois telefones em horário comercial para os vários atendimentos: 12- 38498236/8532. Disponibiliza aos fiéis e colaboradores uma conta bancaria para doação: Banco do Brasil - Agência 6774-1- C/C 679-3. “Que cada um de a sua oferta conforme resolveu no seu coração, não com tristeza nem por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria”.2 Cor 9,7.
Entre os dias 22 a 26 de julho a escola municipal Sebastiana Luiza do bairro do Araribá participou do Programa Turismo Saber - Litoral no Interior. Desta vez estiveram nas cidades de Lavrinhas e Campos do Jordão. O secretario municipal de educação de Ubatuba e assessores também estiveram com os alunos. Nestas cidades puderam conhecer as diferenças de cultura, gastronomia, lazer, e ponto de interesses culturais e turísticos. Em lavrinhas foram recepcionados pelo prefeito municipal e a secretaria de turismo da cidade. As crianças receberam como recordação um quebra-cabeça com a foto da cidade. Visitaram estâncias de lazer e uma unidade de extração e produção de bauxita, também os prédios da prefeitura e câmara municipal, biblioteca, participaram de atividades recreativas na escola em que se “hospedaram”. Os visitantes
Os alunos visitaram uma unidade de extração de bauxita
estiveram o tempo todo acompanhado por monitores, um policial militar e enfermeiras para qualquer eventualidade. Depois foram a Campos do Jordão, onde aconteceu o encontro dos grupos que participam do Programa Turismo Saber da Secretaria Estadual de Educação. Nesta cidade estava acontecia o Festival de Inverno. Lá foram recebidos pela Secretaria de turismo da cidade.
Para as crianças foi uma experiência grandiosa e satisfatória. Todos queriam continuar com a programação. A equipe da escola Tiana Luiza agradece a secretaria municipal e estadual de Educação, a Policia Militar, a Sabesp, a prefeitura e câmara de Lavrinhas e Campos do Jordão. Na escola o comentário é de expectativa de que no ano que venham novamente a participar do programa.
1º Campeonato Municipal Yesk8 2011 ELTON HERRERIAS Estará acontecendo no próximo dia 25, na pista pública de skate o 1ºCampeonato de municipal Yesk8 2011. O Evento que será multicultural será organizado pela “Yes Produções” em parceria com a prefeitura municipal e o governo do estado. No dia será apresentado, bandas de rock (estrelando a volta da “Psycos Jam”), exposições culturais, apresentação de videos (Caravana Blablablá), grafite, Pocket Show com Mc´s de rap underground, B. Boys, Le Parkout, Best Trick e Game of Skate, Blitz Ambiental (APPRU), Encontro de fotógrafos da região, inau-
guração oficial do portal Yes Produções (na íntegra), terá a presença de atletas profissionais e diverso sorteios de brindes.
O evento tem como principal objetivo agregar valor ao esporte local, e valorizar a área da praça que é um cartão postal da cidade.
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Fotografo Lucas Longo prestigia Agricultores contam com Cadastro do Segurado Especial on-line alunos de observação de aves
EZEQUIEL DOS SANTOS No último domingo, dia 18, os alunos de observação de aves da região sul de Ubatuba participaram de uma incursão no interior do Sitio Lama Mole no Araribá com o fotógrafo Lucas Longo e sua esposa Mariana. Embora alguns alunos não pudessem participar do dia, ele começou bem com a presença de um casal de Dorminhoco no começo da caminhada até o Sitio. A visita didática contou com o acompanhamento do professor Carlos Rizzo, Edélson e Beto da Organização Dacnes. O fotografo Lucas Longo é um assíduo observador de aves e fotografo e possui uma leitura diferente dos outros profissionais da atividade e da fotografia de aves de que o grupo recebeu. Após o café comunitário todos já se encontravam prontos para a caminhada. Tomaram rumo ao mirante de onde podem avistar além de aves as praias da regiao sul de Ubatuba e norte de Caraguatatuba. Muitas informações sobre a fauna e flora foram trocados entre os participantes, que discutiram detalhes sobre cor, aroma, sabor, tamanhos, localização, textura, regionalidade e demais conhecimentos, principalmente sobre a flora local. Descontraídos, a impressão que se tinha é que todos já se conheciam há tempos, o que facilitou a troca de informações. Nem no momento
de descanso para o almoço deixaram de trocar experiências e conhecimentos. Os alunos se entusiasmaram e aguardam mais uma visita do casal. O aluno Roberto de Oliveira levou um kit com “pios” de aves a serem mostrados e analisados. Após o almoço a caminhada foi na parte de baixo do sitio, onde realmente encontra-se a lama mole, que dizem ser afrodisíaca. O território na parte baixa se difere da anterior o que pode atrair mais espécimes de aves a serem apreciadas. Sorrateiramente um animal de porte médio surpreendeu que por lá estava, porém não foi possível fotografá-lo. Na área de experiências com flores tropicais os alunos se encantaram com uma enorme Massaranduba (árvore) e com a Bicuíba (da semente extrai o óleo comestível e combustível). No retorno visitaram outra árvore, onde de sua casca e mais alguns segredos transforma conhaque em uísque. O professor Carlos Rizzo se mostrou entusiasmado com o material apresentado pelos alunos, algumas espécies raras e outras ainda não catalogadas. Duas fotos dos alunos entrarão para o wikiaves, site oficial de avefauna. No final uma foto registrou o dia e a equipe de profissionais e educandos em observação de aves para recordação e que recordação deste dia bonito e proveitoso.
O governo federal tem tomado medidas para evitar fraudes nas aposentadorias. U m a dessas medidas é a criação do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar, o qual mostrará quem é mesmo da agricultura. O cadastro será feito direto no sistema do governo e somente o sindicato pode cadastrar o agricultor. Mais uma vez fica claro que o caminho é a união de todos dentro do Sindicato. A revisão das aposentadorias, que acontece de tempos em tempos, somente é necessária por causa das fraudes. A Confederação que representa os trabalhadores rurais do litoral é a CONTAG, que recomenda que os aposentados continuem filiados ao Sindicato usando o Convênio que existe entre o INSS e a CONTAG para que tenham defesa jurídica em caso de revisão. Quanto mais os trabalhadores estejam informados sobre as leis que os prejudicam ou ajudam, melhores serão os benefícios ou a defesa do produtor. Todos os membros da família, que participam na
“O sentimento que fica na gente é de que praticamos uma atividade proibida, fora da lei. É um fato que 80% das condenações em penas alternativas em Ubatuba, foram aplicadas por crimes ambientais e muitos condenados são agricultores antigos.” Luciano Seiti Niyama Presidente do STTR
atividade rural, devem ser cadastrados no CNIS (Cadastro Nacional de Informações do Segurado especial). Esses membros da família não podem ter registro em carteira de outra atividade. Os filhos e filhas casados precisam fazer um contrato, de arrendamento ou parceria, com o pai, porque eles já formaram outro grupo familiar. O CNIS foi criado para que o governo saiba quem está em atividade agrícola, para assim atender mais rápido aos tra-
balhadores quando precisarem de um benefício. Hoje o cadastro só pode ser feito on-line, isto é, direto no computador e por pessoa autorizada na presença do agricultor. Em todo o país somente o Sindicato da categoria é autorizado a realizar este cadastro, pois é necessária a utilização de senha específica para evitar fraudes. O agricultor deve seus documentos e os da área e produção. Para o cadastro será necessária a nota fiscal de produtor. O Sindicato pode tirar o seu talão de nota fiscal O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Ubatuba está habilitado a tirar a nota fiscal do produtor. Basta fazer uma visita ao STTR de terça a sábado, levando os seguintes documentos: carteira de identidade, CPF, título de eleitor, ITR de dois anos anteriores, documento de posse da terra (escritura ou declaração de posse). Se você tiver dúvidas quanto aos documentos e aos cadastros o sindicato terá o maior prazer em orientá-lo.
Projeto beneficia atletas de Ubatuba O projeto de Lei de nº 48/10, do vereador Rogério Frediani-PSDB, que institui o Programa Bolsa Atleta foi aprovado nesta terça-feira dia 23 na Câmara Municipal de Ubatuba. O projeto havia sido vetado anteriormente pelo prefeito municipal e nesta sessão os vereadores derrubaram o veto por conta da importância do projeto aos atletas de Ubatuba. O prefeito alegou vicio de iniciativa, segundo a justificativa, o projeto de Lei não poderia ser elaborado pelo vereador. O plenário nesta última sessão estava cheio de atletas, técnicos e familiares que acompanharam as homenagens referentes às suas conquistas no esporte. Foram varias modalidades ali representadas que puderam ouvir a discussão sobre a importância do Programa Bolsa Atleta
para Ubatuba. O objetivo do projeto é incentivar, apoiar e acompanhar os atletas em seus treinamentos, para que possam continuar aprimorando seus resultados em busca de marcas e índices para a participação em eventos regionais, nacionais e internacionais como o próximo Pan-americano e Olimpíada. Serão estabelecidos critérios e índices técnicos para análise e escolha de candidatos, do acompanhamento e fiscalização do cumprimento das responsabilidades, além dos incentivos, que podem ser em forma de parcerias. Rogério Frediani autor do projeto comenta que Ubatuba é um celeiro de atletas, são noticiados vários prêmios e conquistas de atletas de ponta. “Se não investirmos em nossos atletas, eles irão para
outra cidade e quem levará os créditos será o município que o apoiar”. Frediani comenta ainda do fator que o esporte tem como ferramenta de transformação social, econômica, cultural e familiar. Frediani fala ainda que se trata de um projeto para o município, que sua aprovação é uma prova do reconhecimento importante e necessário aos atletas e demais profissionais que apostam, investem e incentivam nossa juventude nas práticas esportivas. Em conversa com alguns atletas o vereador desabafa, “fico muito feliz de que o projeto foi aprovado em favor de uma causa nobre, sei como tem sido a luta de muitos pais, familiares e amigos de atletas em nossa cidade, principalmente os anônimos e sem incentivos”, salienta Frediani.
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A outra face da curiosidade e interações com as belezas naturais EZEQUIEL DOS SANTOS Na serra do mar e suas belezas houve, desde o descobrimento do Brasil, a interação e a interferência do ser humano. Algumas são ruins de recordar, porém a grande maioria foi importante na formação do caráter de nosso povo. Em toda a região sul de Ubatuba existem muitos lugares a serem visitados e que colaboraram na formação de lendas, histórias e curiosidades típicas de uma região. São na realidade frutos de alguns acidentes de relevo, bastante água, bastante vegetação e muita criatividade de nosso povo. São ingredientes necessários para desenhar ou descrever uma história com fundamentos aliados a belas paisagens e muita imaginação. Quando mais difícil o acesso, mais espetacular é o “causo” e mais aguça a curiosidade de quem não conhece. Existem pontos como a Armazém, Cachoeira da Capelinha, Cabeça do Pai Pedro, Chafariz, Pedra da Janta, Padra da Anta, Pedra da Capivara, O Anjo Mal, Os Mirantes, O Buraco do Negro, Cemitério Antigo, Pau do Cesso, Jacutinga, Peixe Galo entre milhares de outros locais que apareciam a “Mae de Ouro”. Nesta matéria colocaremos as autorizadas pelo “Povo Antigo”, dos nossos “Tamoio”. As Pedras da Bunda e da Capivara. As Cachoeiras do Chafariz e da Capelinha e o Mirante tem sua origem na primeira impressão, que é a visual. São partes de formações e acidentes geográficos belíssimos e que servem de referencia quando se desbrava o lugar. Estas belezas naturais fazem com que a visita valha a pena.
Fotos: Silas Fileto
A da Bunda, bem..., melhor pular esta fase, podemos dizer que se trata de pura curiosidade humana em saber como devia ser este pedaço feminino, ou algo assim. Todo mundo que por lá passa quer passar a mão. Deixa pra lá! Um bom ouvinte e observador consegue separar a flora e fauna ao seu redor e admirar peça por peça pelo caminho. É a forma mais antiga de admiração, cada planta e bicho observado tinham uma função e uma época. A vida deste povo girava em torno da floresta, do mar e do conhecimento milenar sobre todas estas coisas. Havia tempo pra tudo e pra tudo havia tempo. A floresta e o mar não se baseava apenas na função morta na cultura de paisagem, tinha sentido e sabor, por isto conseguiram guardar muitos segredos e conhecimento. A esquerda vemos a pedra da Bunda. Abaixo a pedra da Capivara e o Mirante. Semelhanças que deram nome aos locais. Na página a direita, Cachoeira do Chafariz e seus poços
Afinal nada melhor que lavar a alma e encher os pulmões de ar puro e fresco, tudo com uma dose de aventura. Para se chagar até a pedra da Capivara e da Bunda há que realizar um esforço considerável. O local que está rodado de belas plantas, mistérios e aguas em abundancia e que guarda pequenos outros segredos como vestígios de uma lenda, um conto antigo de como uma capivara foi virar pedra, de como chegou até esta altura e o porquê naquele local.
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Local ficou conhecido pela beleza natural e pela sua mística
As cachoeiras do Chafariz e da Capelinha são parte de um caminho antigo, ainda da época dos indígenas que por aqui viviam. O local ficou conhecido pela beleza natural e pela sua mística. O Chafariz é um acidente geográfico maravilhoso, existe um rio na parte de baixo e sobre ele na lateral acima cai agua de outra localidade. Tem se a impressão que se colocar uma ponte entre os barrancos do rio de baixo o rio da parte de cima continuará seu percurso, atravessando a fenda e correndo pela floresta. Acima e abaixo deste ponto existem inúmeros poços e pequenas quedas d’agua que abrilhantam o olhar. Lá, em-
bora muito distante, também foi conhecido por presença de roças há pelo menos 30 anos e que 90% tem documento e testemunhas de sua ocupação ordeira e pacifica. A Capelinha tem um lago raso e muito tranquilo. Trata-se de um lugar para o verdadeiro relaxamento, bom para a alma e do corpo. O caminho quase não mudou é possível avistar belas flores, aves e muito vestígio do uso natural humano. Um relaxante e delicioso banho é o suficiente para que os pensamentos voem, mas em direção as reais utilidades e belezas de que formou este povo antigo - sábio e prudente. A mística do lugar gira em
torno de um amontoado de pedras que cuidadosamente foi colocado acima do poço. Depois da proibição do morador continuar a difusão do conhecimento e a abertura para novas descobertas o local parece que está triste e frio, são poucas as pessoas que frequentar o lugar e que nele sentem um algo a mais. O local é belo mais falta alguma coisa, tem se a sensação de que quando o visitante toma o rumo de casa esqueceu alguma coisa. Talvez estes lugares perceberam que todo este verde sem o homem não tem cor nenhuma, como disse Paulo Freire. O Mirante, que são vários tem sua nomenclatura tam-
bém no acidente geográfico, mas segundo os antigos são lugares para as pessoas refletirem, muitas delas precisam ir muito além e toa alto para descobrir algo na ponta do nariz. Estes lugares têm outras funções além da paisagem congelada, trata-se de uma forma de aprendizado, que no passado ainda recente, era utilizado para a transferência do etnoconhecimento e diretrizes para o enfrentamento a vida. Tudo que é belo é difícil, dizem, por isso o privilegio de poucos em conhecer, também por isso esteve protegido por séculos e não necessitou de leis pra isso, já que tinham com o condutor um ser Divino e as leis da natureza pura e
simples, mais eficaz. São dados e conhecimento importantes que fizeram jus na contribuição da verdadeira história, e sobretudo por sua grande importância econômica na produção do passado, na tristeza presente e nas duvidas do futuro, já muitos dos segredos serão engolidos pelos movimentos “ambientalóides” e da falta da organização e capacitação das comunidades. Por solicitação dos conhecedores da floresta e amantes da natureza não será divulgado com exatidão os lugares, quem quiser ver estas belezas com segurança é recomendável a contratação de um guia local e bom passeio.
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Kardumes do Asfalto realiza evento de aniversário na praia da Maranduba
Após a inauguração de sua sede no dia 26 de março, o motoclube Kardumes do Asfalto realizou nos dias 26, 27 e 28 de agosto o seu 5º aniversário. Os organizadores estimam que cerca de mil pessoas estiveram no evento, já que se tratava de um evento aberto a toda a comunidade. Na sexta aconteceu a recepção aos irmãos de asfalto e duas rodas. No sábado, dia do aniversário, foi para interação e descontração dos motociclistas e suas famílias, a noite um show abrilhantou o evento com a banda 7 Blues de Ubatuba e Plataforma 28, da capital. Já domingo, com um sol maravilhoso, foi dia de despedida. O evento terminou duas da tarde do dia 28. O grupo de motociclistas realiza suas festividades de aniversário sempre no último final de semana de agosto de cada ano. Nesta edição estiveram presentes 120 motoclubes de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e principalmente do Vale do Paraíba. Nos dias hou-
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ve comes e bebes, barracas de acessórios e um delicioso churrasco, que foi por conta dos anfitriões. Curioso mesmo foi a quantidade, diversidade, tamanhos e modelos das motos neste evento. De fácil localização e nos moldes do quarto aniversário, o evento foi em local estratégico: entre a praia e a rodovia. Como forma de agradecimento, o Kardumes do Asfalto confeccionou troféus aos motoclubes visitantes. Para Bil, vice-presidente do motoclube, todo o comércio ganhou com o evento, já que muitos vieram com famílias inteiras sobre duas ou três rodas e quando não estavam no evento buscavam os serviços da região. Para Naldo, presidente do motoclube, é justo agradecer aos motoclubes que prestigiaram e aos patrocinadores que acreditaram no sucesso do evento, principalmente em se tratando de um período de baixa temporada. O motoclube agradece ainda a
Policia Militar e Rodoviária que colaboraram para seu pleno sucesso. A comunidade e os motociclistas lamentam a falta de apoio da prefeitura, já que foram realizadas solicitações de apoio e estrutura de sua competência. O motoclube organizador é um daqueles que participam de eventos sociais como arrecadação de roupas e alimentos e que realiza eventos em períodos de baixa temporada para atrair dividendos ao comercio e ao turismo, já que muitos motociclistas retornam em outros períodos com as famílias inteiras a região. Na realidade os motoclubes tratam-se de uma grande família que é pouco reconhecida e utilizada aos eventos sociais de que tanto tem colaborado em benefícios de famílias carentes em todo território nacional. Para maiores informações, contato com Naldo 12- 97583682, ou a sua sede na Rua José Joaquim no bairro do Sertão da Quina.
OAB, Executivo e Legislativo buscam instalação da 3ª vara No último dia 31/08/11 a Diretoria da Subseção da OAB de Ubatuba compareceu na Assembleia Legislativa do Estado juntamente com representantes dos poderes Executivo e Legislativo, respectivamente, Dr. Sato, Chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal e o Sr. Rogério Frediani, Presidente da Câmara Municipal. A reunião foi com a Deputada e também Advogada Dra. Maria Luiza Amary que é a Presidente da Comissão de Justiça da Assembleia Legislativa de São Paulo e teve o objetivo de conseguir a agilização da votação e aprovação do Projeto de Lei Complementar nº 41/09 que cria novos cargos no Poder Judiciário, visando principalmente a efetiva instalação da 3ª Vara Judicial e respectivo Ofício em nossa cidade. Na mesma ocasião o Dr. Thiago Penha, Presidente da 119ª Subseção da OAB/SP, reiterou anterior explanação
sobre a importância e necessidade da instalação de mais uma Vara Judicial nesta Comarca assim como os benefícios que tal conquista trará aos nossos jurisdicionados e, de modo geral, a todas as pessoas que visitam e frequentam nosso município. Foram realizados contatos pessoais também com os Senhores Assessores dos Deputados Beto Trícolli, Gil Arantes, Fernando Capês, Jorge Luis Caruso e Campos Machado em busca de apoio para que esse projeto de lei seja rapidamente aprovado por aquela Casa de Leis. O Dr. Thiago Penha resoltou que “A OAB de Ubatuba tem empenhado todos os esforços necessários junto ao Tribunal de Justiça do nosso Estado e Assembleia Legislativa para que seja aprovado o Projeto de Lei Complementar e ser definitivamente instalada a 3ª. Vara Judicial em Ubatuba”.
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A “épa de oro da novela no radidipilha”* *A época de ouro da novela no radinho de pilha CRISTINA DE OLIVEIRA Ainda lá pelas décadas de 70 e 80 era comum ouvir, quando no início da entrada do crepúsculo, umas vozes diferentes no interior das casas. Era uma novidade e ao mesmo tempo a única forma de contato com o mundo daquelas “lonjuras” (distancias), até mesmo com o “estrangero” (com outro país). Muita gente era viciada em radionovelas e uma dessas pessoas era meu pai. Era o tempo das pilhas a quilo, daquelas que era quase maior do que o radio. Lembro-me que meu padrinho quando acabava a pilha, ia até o vendedor e pedia uma pilha com mais musicas de Zilo e Zalo ou então de Tonico e Tinoco, pensando ele que as musicas vinham da pilha. Pois é, meu pai já sabia que a pilha apenas fornecia energia ao radio. Conta-me da novela que era a coqueluche do momento, ninguém perdia a radionovela de nome “Juvêncio - O Justiceiro do Sertão”. Como ouvinte assíduo organizava tudo para que naquele momento ficasse atento aos acontecidos que vinham do outro lado da caixa de madeira. A trama, dizia ele, era cheia de violência, mentiras, dramas e ao mesmo tempo uma história cheia de amor. Acreditava que era também um “embute” (forma, jeito) para o “coisa ruim” agir no coração das pessoas. Certo dia, pela razão de uma “somana” atarefada, ele não teve tempo de ir a cidade
comprar pilhas, por conta disso o radio estava sem condições de ser ligado. Meu pai ficou triste mais resolveu que, como era sexta-feira, na segunda sem mais tardar ia mesmo precisar ir à cidade e de lá traria umas pilhas novas. Nisso meu avô apareceu em casa, meu pai então se distraiu com a prosa e esqueceu-se da novela. Ele levanta vai até a cozinha, pega uma caneca de café pra meu avô, na volta ele ouve meu avo perguntar: - Filho, bóis mecê ligaste o radio é? Como conseguiste lhéi só? Meu pai me contou que se arrepiou todo ao ver que o radio estava transmitindo a novela sem pilhas e sem ter tocado no radio para ligá-lo. - Créimdospadre!!!, Virgimaria!!!” . Diante daquilo meu pai fez
uma promessa para Virgem Maria que nunca mais iria ser viciado em radionovela, principalmente nas coisa que fosse “embute do diabo”. Daquele dia “endiente” (pra frente, adiante), novela no radio nunca mais!!! Depois disso prevaleceu as belas e boas musicas regionais, daquelas que falam de amor, do campo, do sertão, da vida, mal sabia meu pai que viria a TV e a novela que nos faz de bobos da corte onde nós aplaudimos. Nada como uma boa prosa, um contato humano e verdadeiro de nossa família e dos amigos, antes que seja tarde demais e não dê, no dia de amanhã, de você prosear com alguém aberta e francamente como era antigamente.
Página 12 Gente da Nossa História EZEQUIEL DOS SANTOS Nascida em 12 de março de 1948, na cidade Piumhi-MG, filha de José Geraldo Ferreira e Maria Martins Ferreira, teve uma infância simples e humilde iluminada pelos ensinamentos cristãos, pelo carinho dos pais, pelos lampiões a querosene, pelo trabalho duro e pela presença dos irmãos: Otília, “Bilía”, Terezinha, Eustáquio, José, Rosa e Genil. Neste ambiente familiar desenvolveu dons como o da paciência, da prudência, do canto, da espontaneidade e do amor, daquele de fazer tudo por amor e amar tudo que fazia. Vitória quando pequena nem sonhava saber o que era o mar, vivia auxiliando os irmãos nas empreitadas de café, onde o pai que era meieiro colocava as filhas, muitas vezes vestidas de homem, a trabalhar nas roças para complementar a renda da casa. Mas quis o bom Deus que para cá viesse. Veio abrilhantar as missas, alegrar as rodas de musicas, as conversas, veio ensinar o que é repartir, compartilhar. Vindo da cidade de Limeira-SP chegou a Ubatuba em 13 de março de 1977, logo conseguiu trabalho como cozinheira na MECCO terraplanagem por onde ficou dois anos. A irmã “Bilía” e seu esposo Tonhão chegaram dias antes em seis de dezembro de 1977. Seu cunhado havia chegado para trabalhar na construção do loteamento Lagoinha gleba “C”. Vitória ficou na casa da irmã onde ajudou a cuidar dos amados sobrinhos Luciano e Totonho. Naquela doce época não havia capela, por isso a missa era realizada na casa do Seu Agostinho. Vitória freqüentava um grupo de jovens junto com a amigas Ana, Vera e outros que costumeiramente se reuniam na Maranduba e foi lá que ela conheceu seu futuro esposo. No feliz dia de 23 de setembro de 1978 casa-se com Antonio Antunes de Sá, a cerimônia aconteceu na cidade natal de Vitória realizada na Igreja Matriz pelo Padre José Moacir Alves com todas as pompas e circunstancias de que tinham para o momento.
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Vitória Auxiliadora Ferreira de Sá De forma tímida e constante retornou para a região e foi conquistando cada vez mais espaço no coração da paróquia. Ela tinha um dom diferenciado, nascida numa família de vozes maravilhosas e de aptidões musicais dava alma e sentidos aos cânticos. Acostumados a emocionar com sua doce voz, Vitória se viu emocionada pela voz de duas crianças que nasciam em intervalos diferentes - o nascimento dos filhos amados Leandro e Diego. Fã da boa musica regional, ela acolhia desde Folia de Reis a cantadores amadores de final de semana, mas destaque mesmo era quando ela levantava a voz para o povo, a voz para cantar os salmos e músicas a Deus. Vitória nunca traiu sua fé nem sua igreja, ela sabia muito bem o significado de: “Sobre esta pedra erguerei a minha igreja”, por isso foi peça fundamental na colaboração da construção da Capela da Lagoinha. Ela quem assinava a “promissória” dos empréstimos das cadeiras dos chalés e restaurantes para serem utilizados nos bingos e festas em prol da construção da capela. Foi a voz dela que brilhou na primeira missa do Padre Alessandro e do Diácono João Marcos, quando estes aqui chegaram, cantou na ordenação do Padre Mauro. Para a Fundart colaborou na gravação de um CD de músicas regionais, onde com o grupo da Maranduba gravou uma faixa de Folia de Reis. Foi candidata à vereadora, alcançando a suplência. Nesta campanha andou todo o município e gastou R$ 20,00 e um par de chinelos. Na briga para a conquista do quilombo da Caçandoca deu guarida aos lideres que hoje lá se encontram e que infelizmente, segundo ela, desvirtuaram a real função de liderança naquele chão. Em cinco de maio de 2000, ela com as amigas Izaltina, Marcia-
na e Maria foram a campo retirar as cercas dos grileiros no quilombo. Não tinha medo, enfrentou jagunços, polícia e até mesmo desafetos por conta de sua luta. As missas quilombolas-missa afro - era uma felicidade para ela, pois participava com muita paixão e vontade. Nas últimas décadas Vitória acometeu-se de várias complicações de saúde e por duas vezes ficou na UTI, uma semana na capital e outra 18 dias em Caraguatatuba.
Com a saúde debilitada restringiu-se de muitas atividades que gostava, mas cantar ainda estava no sangue desta guerreira. Muitas vezes ía a missa cantava como um canário e voltava pra casa cansada, mas cumpria sua obrigação de cristã. Os terços ela nunca largou. Devota do Divino Pai Eterno, transformava as orações em canto divino. Sabia que estava doente, mas pedia a todos a saúde que não tinha, vida longa que também não tinha. Com diabete alta, por muitas vezes os filhos e o esposo a flagraram escondida atrás da porta comendo torresmo ou pedaços de bolo que dizia ter guardado as filhas. Seu Tutu de feijão era famoso nas redondezas, alias tudo que fazia era bom, era feito com carinho, com muito amor. Mas seu carinho chegou ao fim
A vóz dos anjos
para nós. Deus quis esta filha tão especial. Em seu último dia ela foi caminhando ao encontro das filhas Jade e Jamile no ponto de ônibus, vieram as filhas uma de cada lado sorrindo, brincando e amando a mãe que tanto lhe deu carinho. Foram seus últimos passos para nós e os primeiros para Deus. Em casa chega o esposo e ela reclama que não está bem. Quando na tomada de sua pressão percebe-se que vem baixando e a cada medida a alteração é constatada, até que chegou ao fatídico 6x3. Seu filho coloca-a no colo e sai correndo até o carro da tia que em disparada levam-na pela rodovia até a Unidade Mista da Maranduba, mas infelizmente em frente a praia da Maranduba, precisamente em frente ao quiosque Valerine, por volta de uma da manhã do dia 13, ela deu seu último suspiro no colo de Antunes. Foi em frente à praia que a acolheu e a respeitou. Agora era fato, perdemos Vitória - da mulher que vence, Auxiliadora - da mulher que ajuda, Ferreiraque não dobra, de Sá-do sal da terra. Seu silêncio nos últimos dias anunciava algo que não sabíamos, mas ela sim, sabia e muito bem. Preparados não estávamos, mas ela quem sabe? São os mistérios da verdadeira fé. Vitória gostava de dourado, de passear, da garupa da moto do filho, do Jornal Maranduba, da missa na TV, da canção da família do Padre Zezinho, de cantar. Agora trocou o som do violão pelo das arpas celestiais, trocou nossa companhia pela dos anjos e santos. Na sua missa de despedida, estiveram amigos, familiares, admiradores e pessoas que conheciam seu trabalho e sua voz. Os padres Alessandro, Carlos, Xavier, Mauro, os diáconos Manoel e João Marcos conduziram uma cerimônia emocionante. Seu cortejo passou dos dois quilômetros de extensão.
A Câmara Municipal de Ubatuba se manifestou com uma Moção de Pesar tamanha importância tem Vitória para o município. Ela recebeu uma coroa de flores da Secretaria Estadual de Justiça de São Paulo. No dia 19 aconteceu, com a presença de 157 pessoas das varias comunidades da regiao sul de Ubatuba, na Capela da Maranduba a missa de 7º dia conduzida pelo Padre Alessandro e diácono Manoel. Lá vi lágrimas sinceras de saudades, de amor, da falta que ela nos faz. Tristeza pela alegria de ela estar junto ao pai e longe de nós. Depoimentos contidos de emoções foram relatados, o agradecimento da família. Lindo foi ver a família conduzindo até o altar como oferta seus objetos: O violão, o terço, o Divino Pai Eterno, a Bíblia e a Mãe de Todos - Maria, que naquele momento simbolizou Vitória e que serviu de conforto aos corações apertados que lá estavam. As palavras do padre foram de alento, admiração e valorização de uma guerreira, que já tinha no nome a marca da conquista. Foi também tocado e cantado um trecho da Folia aos Santos reis de que ela tanto gostava. Muitas lágrimas... muita saudade... É triste escrever a despedida de uma pessoa que se conhece, que se gosta e que se admira. Feliz em saber que estará junto ao Pai. Privilégio o meu de tê-la conhecido, convivido em sua casa, experimentado seu tutu de feijão, saboreado sua doce voz. Agradeço a Deus pela oportunidade de me colocar neste tempo e nesta história e poder dizer a todos que Sim, eu a conheci! E agora só resta a lembrança, a saudade, a dor da perda sofrida por todos e que vai passar. Saber que esta pessoa que foi antes de tudo guerreira, sobrevivente e que agora tenho que me despedir da mulher de caligrafia e voz afinada. Obrigado Dona Vitória por me dar a oportunidade de fazer, mesmo que pouco, parte de sua história de vida. E que bela história! E que bela vida! Só sei que sentiremos saudades. “Vitória... tu reinarás!”
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Dicionário de vocábulos e expressões caiçaras - Parte 2
ANSIADO - (adj. ) - enjoado; com náuseas.“Cumi demais agora tô ansiado.” ASSANHADO – (adj.) – buliçoso, saído, metido. “ O tar do Roque, adespois que a mulher pereceu, ficou assanhado pra mulher que só vendo. “ ASSIM, ASSIM – (Bras.) - Mais ou menos; nem bem nem mal; sofrivelmente;“ Como ides ? Ansim, anssim male mar “ ASSIM DE UMA CONTA EM DIANTE – forma de resposta à pergunta: Como tem passado? Como vai? ; Como ides? Como está vosmece? Como estais vós? “Tudo bem, vovó? Como está a senhora ? Anssim milha filha, de uma conta em diante ANSPEÇADA - (s.m.) - primeiro posto militar , acima de soldado. ANTONTE - ( adv.) - anteontem; antes de ontem; há dois dias atrás. “ Antonte tive na cidade comprando fazenda prá Crotiuda minha mulhér fazê um vistido” ANú NO FIO - ( loc.v. ) - pessoa bêbada, que imita o balanço de corpo do anu sentado no fio da cerca.“ Antonho passô aí que é um anú no fio “ AO PIVO - ( loc.v. ) - sair ao pivo ; sair sem agasalho; sair com pouca roupa. “teimô e saiu ao pivo nessa friage “ AONDE - ( adv.) - onde. APá- (s.f. ) - espádua. “ essa dor de apá tá me matando “
APARTá(R) - (v.i.) - separar; morrer; falecer. “uma fisgadinha só da mardita da bracoraia e meu primo se apartô de veiz “ APARTADO - (adj.) - separado da mulher; divorciado; desquitado. APERCATA - ( s.f. ) - alpercata ;calçado com tiras de couro ou pano, para prender ao pé; enxuga-póça. APERREADO - ( adj.) - aborrecido; aborrido; arriado ;adoentado; “ da dôR de dente não sarô nada não, ando aperreado que só “ APINCHá(R) - (v.t.) - pinchar ; arremessar ; jogar com força ; APOQUENTá(R) - (v.t.) - aborrecer-se com pouca ou pequenas coisas; APOSSEAR-SE - ( v.p.) - apossar-se ; “ essa gente aposseôse de tudo” APRECATá(R) - ( v.t. ) -prevenir.se preparar-se para um tempo ruim; ventos, chuvas. “quando ele se aprecatá já é tarde “ ARADO - ( s.m. ) - faminto; esfomeado. “más que minino más arado, crendos padre todo poderoso” ARARUTA - ( s.f.) - erva cultivada, donde se extraí a goma de guaná, utilizada como alimento e remédio caseiro; ARATACA - ( s.f.) - componente do viamento, que consiste na prensa rústica usada para cochá a massa verde da mandioca no tipiti. Consta de uma virgem, de 1,50m., fincada no chão, estando encaixado nela o varão, de cerca de 2,50 a 4 metros. Na ponta desse varão, que faz as vezes de alavanca, é colocada a balança, constituída por fios de arame que descem dele, segurando a tauba da balança, sobre a qual são colocadas pedras grandes que
irão envergá-lo, prensando o queijo sobre o tipiti, contra a mesa, durante parte do dia e uma noite inteira, até escorrer todo o cardo da massa para a gamela. O tipiti, nessa operação, é preso, embaixo, pela mesa e, em cima, pela coroa ou queijo, sofrendo, assim, toda a pressão do varão, envergado pelas pedras. ARCADO - ( adj. ) - arqueado; curvado ; dobrado; “tá arcado, se cochando de dor nas tripa. “ ARCANÇá(R) - ( v.t.) – alcançar; entender , compreender, atinar ; “ esse minino não tem cabeça prá arcançá isso “ ARCO CANFORADO - (s.m.) álcool preparado com cânfora e usado como ungüento ARDENTíA - (s.f.) - fosforescência do planctum marítimo; luminosidade que deixa a água do mar esverdeada à noite, quando agitada; “ Agora, de noite, se vê lá aonde ele tá, se vê o bando de pexe . Ah.Quando o pexe vê aquela ardentia da canoa ele faiz tchok, tchok, tchok ... ( som bucal que imita o barulho do peixe saltando na água ). ARDUME – ( s.m. ) – ardor; queimação. AREADO - (adj.) - esfregado ou limpo com areia ou outra substância; “se quizé saí dexe as panela tudinho areado antes; dexe tudo bem areadinho“ ARFAVACA - ( s.f.) - alfavaca; planta odorífera, usada como condimento; ARGUêRO - ( s.m.)- argueiro, cisco, palhinha, pó ou partícula de alguma coisa. ” Assopre meu olho e ve se tira esse arquêro que tá me incomodando.” ARMA DE GATO - (s.f. ) - alma de gato; espécie de pássaro. ARMá(R) - ( v.t.) – armar; assentar na soleira os esteios e o
madeirame da casa de pau-a-pique e barro. “ Essa casa daí fui eu que invarei .Sei armá uma casa, sei cubrí, sei barreá tudo, né “ ARPACA - (s.f) - alpaca ; um tipo de liga de metal branco, usada para fazer utensílios de cozinha. ARPENDRE - (s.m. ) - alpendre; mesmo que varanda.; ARQUERE - ( s.m. ) – alqueire, medida de volume, equivalente a 40 litros. “ Manéco c’a mulhér forneia treis arquere de farinha num dia só.” ARRASTá(R) - ( v.i. ) – arrastar; passar o picaré na praia, à noite, para pescar camarão, siris e peixes. “ devera de sê o pessoar das Pedrinha que andô arrastando picaré aí o que deu a noite intirinha.” ARRASTá(R) - ( v.i. ) – arrastar; pescaria feita com arrastão ou rede de fundo, ao largo da costa. “ Deve de sê o Bertioga e o Bocaina que istão arrastando ali pertinho da costa ” ARRASTA-Pé - ( s.m.) - dança, baile, fandango. ARRASTãO - ( s.m. ) - rede de pesca de arrastar pelo fundo, que apanha todas as espécies de peixe que encontra; embarcação própria para a pesca com essa rede. “Ficam passando o arrastão aí perto da costa , caçando camarão, daí vem o pexe miúdo no arrastão, né, ali eles pega os camarão tudo, leva pro entreposto e os pexe miúdo eles dão prá quarqué um que quera “ ARRASTãO DE PORTA -( s.m.) - rede de pescar camarão, acondicionada aos barcos ou às canoas a motor , e fundeada através de duas portas, que, na operação de arrastar, esticam a panagem, em cujo centro há um ensacador , para onde vão os camarões e os peixes.
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Em defesa do reconhecimento dos pequenos produtores rurais Através do Requerimento 87/2011, o vereador tucano Rogério Frediani solicita ao deputado federal Luiz Fernando Machado-PSDB, que elabore discussões urgentes a fim de reconhecer o Manejo do Pousio como de Relevante Interesse Social Nacional às praticas agricultáveis de que trata a agricultura familiar e as comunidades tradicionais. Frediani diz que o governo e as leis devem avançar para uma balança mais justa e igualitária no tratamento as comunidades e suas praticas agrícolas de geração de emprego e renda. Segundo o vereador deve-se ainda estar atento as questões mais regionalizadas, respeitando as culturas e as condições sociais e ambientais de cada localidade. Os pequenos produtores tem sido alvo de milhares de multas, processos ambientais e de certa forma de abandono sem nada serem oferecidos em troca. Os problemas sociais decorrentes da falta de alternativas e ou reconhecimento destes povos e suas praticas tem gerado prejuízos profundos e irreparáveis as famílias no município, reitera o vereador.
O deputado Luiz Fernando já recebeu o documento em Brasília e articula-se entre especialistas e políticos no parlamento federal sobre a solicitação do vereador de Ubatuba. Foram fornecidos dados sobre o tema em relação ao município, que servirá de base as discussões defendidas pelo deputado federal. Pesquisadores e especialistas ouvidos pelo gabinete do vereador Rogério Frediani, tanto ambientais quanto agrícolas, defendem e revelam que é possível, do ponto de vista da disponibilidade de áreas no município a continuidade do sistema de pousio, principalmente quando este destina-se à subsistência e a manutenção deste Patrimônio Nacional. A prática agrícola também conhecida como roça-de-toco ou coivara, constitui uma tradição milenar da maioria das populações indígenas, sendo assimilada pelas populações remanescentes de processos de colonização. Esse modelo é descrito por diversos autores e ocorre de modo semelhante em diferentes partes do mundo, sendo particularmente comum na zona das florestas tropicais e subtropicais.
Em Ubatuba ela é parte da história do município. O sistema é baseado no uso de uma parte de toda a área, seguindo-se um período de cultivo e, após o declínio da fertilidade do solo, um período de pousio para restauração da fertilidade o que colaborou na revegetação natural de áreas do município.
Atualmente existem técnicas de melhoramento dos métodos do pousio, de forma a melhorar a produção e a preservação do ambiente. “Acredito que será um grande avanço a esta classe de trabalhadores, principalmente no que se refere ao tratamento, que será mais digno e respeitoso”, cometa o vereador.
Projeto Dacnis aposta na parceria com as comunidades O Projeto Dacnis trabalha em defesa da Mata Atlântica e de seus habitantes no município de Ubatuba - SP. Somos uma ONG nova com objetivos muito claros. Nossa equipe, ainda pequena mas crescendo rapidamente, é formada por profissionais e colaboradores dispostos a trabalhar duro, sem agenda pessoal, e com total ética, clareza e honestidade, para preservar nosso patrimônio natural. O
amor à floresta é nosso ponto de partida. Para tanto, estamos desenvolvendo uma série de projetos que focam não somente o estudo de espécies da mata, mas também envolvendo as comunidades locais dentro do conceito de etnozoologia. O conhecimento popular das comunidades tradicionais, ou mesmo das estabelecidas, na área de amortecimento ambiental é de extrema im-
portância. A partir dele podemos estabelecer métodos para compreender e salvaguardar os mecanismos das delicadas cadeias ambientais. O uso do saber popular estreitado com o saber científico possibilita um trabalho que pode inserir os jovens e adolescentes num mercado de trabalho ecologicamente correto. Esta é uma de nossas metas. Estamos sediados em uma propriedade de 169 mil m² no
bairro do Rio Escuro. A casa-sede e a oficina estão em reforma e serão oficialmente inauguradas em breve. Se você não se incomodar com uma obra, pode conhecer a área amanhã. É mais do que bem-vindo! Basta entrar em contato conosco e-mail: dacnis@dacnis.org.br Por telefone: (12) 9158 0521 Projeto Dacnis Estrada do Rio Escuro 4954 11680-000 Ubatuba - SP
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Coluna da
Hotel Venetia
Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe; o pote rachado chegava apenas pela metade. Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que ele havia sido designado a fazer. Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia à beira do poço. - “Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas.” - “Por quê?” Perguntou o homem. - “De que você está envergonhado?” - “Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salá-
Conta-se que um homem estava dirigindo há horas e, cansado da estrada, resolveu procurar um hotel ou uma pousada para descansar. Em poucos minutos, avistou um luminoso com o nome: Hotel Venetia. Quando chegou à recepção, o hall do hotel estava iluminado com luz suave. Atrás do balcão, uma moça de rosto alegre o saudou amavelmente: Bem-vindo ao Venetia! No quarto, uma discreta cama impecavelmente limpa, uma lareira, uma caixa de fósforo em posição perfeitamente alinhada sobre a lareira, para ser riscado. Era demais! Aquele homem que queria um quarto apenas para passar a noite começou a pensar que estava com sorte. Mudou de roupa para o jantar (a moça da recepção fizera o pedido no momento do registro). A refeição foi tão deliciosa, como tudo o que tinha visto, naquele local, até então. Assinou a conta e retornou para o quarto. Fazia frio... E ele estava ansioso pelo fogo da lareira. Qual não foi a sua surpresa! Alguém havia se antecipado a ele, pois havia um lindo fogo crepitante na lareira. A cama estava preparada, os travesseiros arrumados e uma bala de menta sobre eles. Que noite agradável aquela! Na manhã seguinte, o hóspede acordou com um estranho borbulhar. Saiu da cama para investigar. Simplesmente uma cafeteira ligada por um timer automático, estava preparando o seu café e, junto um cartão que dizia: Preparamos com todo carinho utilizando sua marca predileta de café. Como eles podiam saber desse detalhe? De repente, lembrou-se: no jantar perguntaram qual
Adelina Campi
O pote rachado
rio completo dos seus esforços,” disse o pote. O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou: - “Quando retornarmos para a casa de meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.” De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu certo ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote: - “Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado. Eu ao conhecer o seu defeito, tirei vantagem dele. E
lancei sementes de flores no seu lado do caminho, e cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava. Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa de meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter esta beleza para dar graça à sua casa.” Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos. Todos nós somos potes rachados. Porém, se permitirmos, o Senhor vai usar estes nossos defeitos para embelezar a mesa de Seu Pai. Na grandiosa economia de Deus, nada se perde. Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos. Se o reconhecermos, eles poderão causar beleza. Das nossas fraquezas, podemos tirar forças.
a sua marca preferida de café. Em seguida, ele ouve um leve toque na porta. Ao abrir, havia um jornal. Novo espanto; mas, como pode? É o jornal de minha preferência! Como eles adivinharam? Mais uma vez, lembrou- se de quando se registrou: a recepcionista havia perguntado qual jornal que lia diariamente. O cliente deixou o hotel encantando. Feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor. Mas, o que esse hotel fizera mesmo de especial? Apenas ofereceram um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal. Simples não? Porquê não fazer com mais frequência então? Não me digam que é por falta de fósforos, balas de menta, café e jornais. Estes ítens todo mundo tem. falta o que então: hospitalidade, serviços orientados aos clientes, pró-atividade? Possivelmente também não em muitos casos mas que não se preocupam com estes detalhes, e muitos outros. Talvez muitos estejam na “zona de conforto”. Portanto, saiam dela, façam diferente, se qualifiquem, capacitem seus colaboradores, cuide melhor de seu empreendimento, quem sabe o seu não será o próximo Hotel Venetia. Enviado por Fernando Pedreira