Jornal Maranduba News #43

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Maranduba, 29 de Novembro de 2012

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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br

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Ano 3 - Edição 43

Foto: Ezequiel dos Santos/PROMATA

Via Sacra

Capela do Sertão da Quina recebe doação de arte sacra de Jerusalém


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O “Fim do Mundo” em Ubatuba

Câmara aprova projeto de nível superior a secretariados

Se o mundo não acabar em 21 de dezembro de 2012, tudo indica que teremos mais uma temporada de verão nas terras de Coaquira. Com tanto zum-zum-zum na internet sobre Nibiru, Hercolubus, Anunnakis, Profecias Maias, Registros Babilônicos (vide pg 14), até um segundo sol começou a aparecer em alguns locais no planeta. Aqui em Ubatuba nós ainda não registramos esse sol, mas se aparecer vai tornar esse verão o mais quente de todos os tempos. Se um sol já torra a pele, imagine dois! Alguns especialistas de toda essa conversa, conspiração ou seja lá o que for, garantem que o mundo não acaba dia 21/12/2012, e sim vai começar a acabar. Isso levará algum tempo. Então imagine se todas as coisas anunciadas acontecerem com as que já estão programadas? Vai ser uma beleza: campeonatos de surf em tsunamis, queima de fogos acompanhada de chuva de meteoros, shows do projeto verão balançando ao ritmo de terremotos, sem falar nos bronzeamentos a jato causados pela intensa radiação que atingirá nossas praias. A coleta de lixo poderá ser resolvida pelos furacões que levarão os detritos para bem longe. Poderemos até receber a visita de alienígenas na posse do prefeito e fa-

Na sessão do último dia 13 de novembro (34ª Sessão) foi aprovado o Projeto de Lei 106/2012 que dispõe sobre a vedação para ocupar cargos ou funções de Secretários ou Diretores Municipais, Ordenadores de Despesas, Administradores Regionais, Diretores de Empresas Municipais, Sociedades de Economia Mista, Fundações e Autarquias do Município. O projeto atende a um apontamento do Tribunal de Contas do Estado, orientação do Ministério Público e solicitações de profissionais liberais e alunos universitários que buscaram novas oportunidades.

turar um extra com a cobrança de estacionamento dos discos voadores em nossas praias. Pena que os marqueteiros de plantão não tiveram a idéia de aproveitar esse mote para lançar a campanha “Fim do Mundo em Ubatuba”. Alguma coisa do tipo “Venha celebrar o final dos tempos em Ubatuba em suítes estrategicamente preparadas para suportar os mais violentos terremotos” ou então “Oferecemos máscaras de proteção contra gases tóxicos e óculos para Ráio-X inclusos na diária”, ou até “botes infláveis e salva-vidas em todos os apartamentos”. Diante de tudo isso ainda poderiam oferecer a garantia de que, se o mundo não acabar, Ubatuba pode oferecer todas as emoções de um autêntico Apocalipse neste verão 2013. Engarrafamentos enormes, praias superlotadas, falta de mercadorias generalizadas, coleta de lixo ineficiente, falta de água e outras emoções que só Ubatuba pode oferecer. Pensando bem, eu não sei qual me preocupa mais: o Fim do Mundo ou a Temporada de Verão 2012. As duas possuem todos os requisitos para ser um evento memorável. Ficamos na expectativa e que independente do que for acontecer, desejamos um bom verão à todos. Emilio Campi - Editor

Editado por:

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Emilio Campi Colaboradores:

Adelina Campi, Ezequiel dos Santos e Fernando A. Trocole Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

O projeto de autoria de Rogério Frediani e prevê ainda, segundo o Tribunal, que todo contratado deve “possuir escolaridade de nível superior completo em área de conhecimento compatível com a natureza das atividades inerentes ao cargo ou função”, outro tema polemico e bastante discutido foi o de relação ao domicilio eleitoral, onde o projeto prevê domicílio eleitoral no município há pelo menos 24 meses na data da contratação. Alguns vereadores questionaram ser inconstitucional. O autor do projeto rebate salientando que cada cidadão que pretende ser eleito deve apresentar a justi-

Tarde Missionária no Rio da Prata

Cerca de 30 pessoas realizaram no último dia 20/10 a Tarde Missionária no bairro do Rio da Prata. O evento foi realizado por jovens do Grupo Apostólicos de Cristo e agentes da Pastoral da Criança. O evento teve como foco a realização de visitas às residências que levaram a palavra e o

amor de DeusPara esta tarefa voluntaria os missionários receberam a benção de envio do pároco padre Carlos na Capela Santa Cruz no Sapê. No encerramento foi servido um delicioso lanche que antecedeu a Santa Missa de encerramento na Matriz Cristo Rei na Maranduba.

ça eleitoral documento semelhante dos últimos doze meses antes do pleito. Segundo Frediani, o projeto não desmerece ninguém, apenas estimula as pessoas para que busquem sua formação, por outro lado busca melhoria na organização dos quadros municipais, atendimento específico aos serviços públicos de acordo com cada função, combate o desrespeito e a falta de estímulos aos profissionais dentro do município. Por outro lado mostra a transparência e o compromisso das pessoas com a sua cidade, seu povo e suas necessidades reais.


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Capela recebe Via Sacra da Terra Santa As obras de arte que compõe da Via Sacra da Capela de Nossa Senhora das Graças já foi instalado nas paredes da igreja. A inauguração aconteceu no dia 25 de outubro numa missa de cura e libertação. Paroquianos, fiéis, turistas e visitantes receberam de braços abertos as obras que ajudam a engrandecer o local. As peças são originarias de Belém e chagaram ao Brasil por obras de um desconhecido. A via Sacra ou Via Crúcis (do latim Via Crucis, “caminho da cruz”) é o trajeto seguido por Jesus carregando a cruz, que vai do Pretório até o Calvário. Este exercício de fé consiste em que os fiéis percorram mentalmente a caminhada de Jesus a carregar a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando simultaneamente à Paixão de Cristo. Costume muito usual no tempo da Qua-

resma, teve origem na época das Cruzadas (do século XI ao

século XIII). Os fiéis que então percorriam na Terra Santa

os lugares sagrados da Paixão de Cristo, quiseram reproduzir

Foto: Ezequiel dos Santos/PROMATA

no Ocidente a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém. O exercício da Via Sacra tem sido muito recomendado pelos Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus. Tal exercício é composto de todo o ritual cristão e os momentos são reproduzidos nas belas obras de artes confeccionados nos mais variados materiais e técnicas. As obras inauguradas nesta capela foi produzido por artistas da terra de onde tudo começou. Especula-se que o doador anônimo havia visitado esta região e por conta do que sentiu neste território fez a doação. O Pároco Padre Carlos enaltece a graça de Deus nesta doação, principalmente vinda de tão longe e importante local do inicio da história da fé original – A Terra Santa.

Fibra de bananeira como alternativa de emprego e renda No último final de semana dos dias 4 e 11 de novembro aconteceu no Sitio Boca Larga o curso de Artesanato em fibras de bananeiras, decorativo e utilitário. O curso é uma parceria Senar – Fetaesp-Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ubatuba e foi ministrado pelo professor Donizette Pinto Ribeiro de São José dos Campos. O curso teve uma programação de cinco dias e atendeu as expectativas dos interessados. Atendendo a um apelo de sustentabilidade o curso ensina os produtores a reaproveitar o que antes era jogado fora- os troncos da bananeira. O processo que parece não ser trabalhoso rende belas peças que valorizam a mão de obra local, ajudando a agregar

maior valor a produção, a propriedade e a qualidade de vida dos moradores locais. O instrutor é um dos profissionais requisitados pela famosa grife Tok Stok que trabalha com artes regionais e artesanais. Os alunos aproveitaram para tirar duvidas e apresentar novas peças a serem confeccionadas em fibras de bananeiras. A interação foi produtiva e até cogitaram a ideia de organizarem-se em grupo para produzir peças a venda. A região foi modelo de arte tradicional que pode neste século mudar a matéria prima para dar continuidade à aptidão artísticas dos remanescentes moradores que ganhavam a vida com uma das mais belas artes – o artesanato regional.


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Parque Estadual da Ilha Anchieta se prepara para receber turistas no verão Trilha da Restinga é a novidade para os visitantes que passarem pela unidade de conservação durante a próxima temporada FUNDAÇÃO FLORESTAL LN Quem passar pelo Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEIA), em Ubatuba, durante a próxima temporada, vai contar com mais segurança e conforto, tanto nos passeios pelas trilhas, quanto nos banhos de mar. O PEIA se preparou para receber os turistas durante as férias de verão e ficará aberto à visitação, durante a temporada, de segunda a domingo, das 8h às 18h. As trilhas necessitam de agendamento prévio, que pode ser feito pelo e-mail pe.ilhaanchieta@fflorestal.sp.gov.br ou pelo telefone(12) 3832-1397. Entre as opções de trilhas, o visitante pode escolher caminhos que levam às praias do Sul, Engenho e Palmas e da Trilha Saco Grande, entre outras. As áreas demarcadas para banho nas praias contam com boias visíveis na extensão das praias da Baía de Palmas: Presídio, Engenho, Sapateiro, Prainha de Fora e Palmas. O objetivo da demarcação, além de proporcionar maior segurança aos banhistas, é garantir a balneabilidade das praias. Novidade Uma novidade para esta temporada é a implantação experimental da Trilha da Restinga. O passeio revela vegetação que representa o

ambiente de transição entre a praia e a Mata Atlântica. Este novo roteiro foi identificado no ano passado, por voluntários do Programa “Amigos do Verde”, que perceberam o grande potencial turístico da trilha, que se diferencia por ser um ecossistema raro hoje em dia, já que esta faixa é alvo de grande pressão, devido à especulação imobiliária. Com 500 metros de extensão (acesso pela Praia de Palmas), a Trilha da Restinga tem nível de dificuldade fácil, leva cerca de 1h30m para ser percorrida. Durante o percurso, é possível observar espécies de jundu, como pinheirinho, grama e marmeleiro de praia, que são responsáveis pela contenção morfodinâmica, ou seja, retém o avanço do mar. Mais adiante, araçás, orelhas-de-onça, aperta-guela e clusia criuva. Entre as espécies da fauna, é possível encontrar tatus, cotias, capivaras, saracuras, sabiás, sanhaços e lagartos. Sobre o PEIA A Ilha Anchieta é a segunda maior ilha do litoral de São Paulo. Com 828 hectares, é um dos principais atrativos turísticos de Ubatuba. Protegida pela criação do Parque Estadual da Ilha Anchieta, apresenta aos visitantes um

Foto: Fundação Florestal

Vista panorâmica do antigo presídio no Parque Estadual da Ilha Anchieta grande espetáculo da natureza. O Parque ocupa a totalidade da Ilha Anchieta e, além de proteger as riquezas naturais, preserva rico patrimônio histórico- cultural. Praias belíssimas, trilhas ecológicas, passeios pelas ruínas do antigo presídio e um dos melhores pontos para mergulho do Brasil. As instalações do antigo presídio, em

ruínas, atraem o público para viver a atmosfera onde aconteceram importantes fatos da nossa história. Além dos turistas, mergulhadores, pesquisadores e outros estudiosos procuram a Ilha Anchieta durante todo o ano. Na sede do parque, estão disponíveis muitas informações e painéis fotográficos. O parque também conta com monitores

de turismo para trilhas ecológicas e culturais, entre outros atrativos. SERVIÇO Parque Estadual Ilha Anchieta Ingresso: R$ 12 Funcionamento: de segunda a domingo, das 8h às 17h Mais informações: (12) 38329059 / (12) 3832-1397 E-mail: pe.ilhaanchieta@fflorestal.sp.gov.br


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Moradora participa da 5ª plenária nacional das mulheres em Brasilia PROMATA A moradora Isaura Monteiro participou entre os dias 29 e 31 de outubro da 5ª Plenária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais realizado na capital federal. O evento foi realizado pela Confederação, Federações e Sindicatos de Trabalhadores Rurais de todo o país e tratou de temas importantes na construção das políticas para as mulheres trabalhadoras rurais de todo país. O tema já foi discutido e rediscutido, porém as mulheres que lá estiveram solicitavam a real consolidação e melhor acesso as políticas publicas do campo e da floresta como saúde, educação, dignidade, autonomia econômica , apoio a organização produtiva e su-

porte social entre tantas outras. Vários temas de diferentes culturas e regiões do país foram abordados e discutidos, mostrando um Brasil que muitos brasileiros ainda não conhecem. Isaura descreve que o tema foi muito complexo e que conheceu muitas mulheres fortes, guerreiras e decididas. “A experiência que vivi nestes dias dá para escrever um livro, principalmente as contadas pelas mulheres da seca, que lutam apenas pelo básico, criar seus filhos dignamente”, descreve Isaura. Segundo ela, enquanto muitas mulheres não querem sequer repetir as roupas que vestem no dia-a-dia, lá sequer elas têm o que dar para alimentar os

seus filhos. Lá fez contatos e amizades para buscar melhor entrosamento e colaborações futuras a causa. O encontro foi decisivo na construção de políticas de igualdade para as mulheres no meio rural e com isto foram criadas propostas para serem entregues no próximo congresso nacional de trabalhadoras rurais sem data definida. Isaura ressalta ainda que é uma experiência que toda mulher deveria passar para valorizar cada conquista das mulheres e mudar o modo de pensar sobre muitas coisas, fala ainda da importância de lutar pelos que mais precisam e de se organizar para conquistar os objetivos. Isaura, que é membro da Pro-

“Roteiro Sertão da Quina” no CEDS Litoral Norte ROBSON VIRGILIO No último dia 27, na 8ª Oficina do Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo Sustentável do Litoral Norte do Estado de São Paulo, o palestrante Carlos Rizzo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ubatuba e da Ubatubabirds falou do “Roteiro Sertão da Quina”, criado, elaborado e desenvolvido pelo Promata. O evento foi organizado pelo Centro de Experimentação de Desenvolvimento Sustentável do Litoral Norte – CEDS LN, em convênio com a Universidade Católica de Santos, com a RealNorte – Colegiado das Entidades Ambientalistas do Litoral Norte e com a Petrobrás. Realizado em Caraguatatuba o encontro promoveu os diálogos da sustentabilidade econômica, social, cultural e ambiental para a região. Fo-

Membros do PROMATA participam do projeto do CEDS em Caraguatatuba

ram demonstrados diversos exemplos de sucesso no setor como a Rota Gastronômica do Cambuci, da cidade de São Paulo, o Turismo de Base Comunitária, da comunidade tradicional do Bonete da Ilhabela, o Roteiro de Birdwatching – Observação de Aves, além de diversos roteiros e seus tarifários. O Promata Sertão da Quina

foi apresentado como proponente e organizador dos roteiros de base comunitária na região sul de Ubatuba que envolve pescadores, agricultores, artesão, contadores de história, cantadores, mateiros, gastronomia, religiosidade e os resgates da cultura caiçara aliada e da mata atlântica. Lá foi contatado organizadores de outras cidades como Salesópolis que pretende realizar um trabalho sobre o turismo religioso no Sertão da Quina. O trabalho de Rizzo foi lembrado e mencionado por todos os Gestores das Unidades de Conservação e Secretários Municipais das cidades participantes, já que, da sua iniciativa, foi idealizado o Roteiro 700 Aves que provocou um considerável crescimento do setor na região, inclusive, com positivas estatísticas econômicas para os municípios que implantaram o projeto.

mata, foi indicada pelo Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Ubatuba e aguar-

da outro convite para representar as mulheres mais uma vez na luta pelos seus direitos.

Grupo de jovens realiza 4º Luau Católico na Maranduba

No último dia 27 de outubro, o Grupo de jovens da paróquia Nossa Senhora das Graças realizou na Praia da Maranduba o 4º Luau Católico. Participaram cerca de 40 pessoas, sendo 30 jovens entre pais e organizadores/colaboradores. Alguns turistas chegaram a participar do evento. O encontro aconteceu depois da Santa Missa da Matriz Cristo Rei e

celebrava também o Dia Nacional da Juventude Paroquial. Orações, pregações, testemunhos, cânticos, momentos de louvor, bom bate-papo, discussão sobre os malefícios das drogas e não diferente, muita musicalidade rolou no evento. Ao final o Padre Carlos fez uma oração e abençoou as frutas e os alimentos oferecidos aos participantes.


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Agradecimento de alunos Um grupo de alunos do 5º ano C da escola municipal Nativa Fernandes de Faria, enviou, no último dia 5, cartas à redação do Jornal Maranduba News manifestando seu agradecimento, experiências e vontades sobre a apresentação do circo Aries Marioto e dos painéis do AVISTAR (vencedores dos concursos de fotos de aves do Brasil) que ficaram expostas uma semana na escola que estudam. O envio das cartas é parte de um projeto pedagógico intitulado “carta ao leitor” e as enviadas a redação remetem ao modo de agradecer por algo que pudesse despertar a atenção dos alunos. Os agradecimentos foram detalhados principalmente dos alunos

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que não puderam comparecer a um dos eventos, outros parabenizando as matérias lidas na última edição do JMN. Agradecimentos ainda ao jornal por simplesmente noticiar as matérias da região. Outro aluno lembrou-se de um passeio realizado no dia 5 de junho deste ano, onde foram tratadas questões de meio ambiente. As cartas foram enviadas pelos alunos Rayssa Avelino Ferreira dos Santos, Yasmin Araújo Alves da Costa, Eloísa Nascimento Cavalcanti, Giovana Prado dos Santos, Nicole Figueiredo Oliveira, Ana Clara Prado dos Santos, Isabel Cristina Goes, Rodrigo dos Santos Ferreira, Luan Pedroso da Silva e Andrei Luiz dos Santos.

1ª etapa de recuperação da estrada da Caçandoca No último dia 29 de outubro a Associação Amigos da Praia do Pulso, realizou a primeira etapa de melhorias da estrada municipal da Caçandoca. As ações realizadas já mostraram melhorias significativas aos usuários do trecho. Os trabalhos consistem basicamente na retirada e corte das pedras maiores, colocação de material em seu leito, reparos nas laterais, colocação de concreto, limpeza dos desvios das águas pluviais e reparos mais consistentes nos locais mais íngremes. O trecho trabalhado refere-se ao inicio da subida até a entrada da guarita da Associação, local de maior necessidade de

manutenção e reparo, já que trata de uma grande subida. Para esta etapa foi alugado uma martelete para quebrar as pedras maiores do caminho. A iniciativa foi combinada entre a associação do Pulso e os Arautos do Evangelho. Funcionários da associação informam que a entidade já adquiriu asfalto frio para ser

colocado no local, porém aguardam manifestação da prefeitura na disposição de suas maquinas para terminar esta etapa. Participaram dos trabalhos os funcionários Anderson, Diego, Wiliam, Benedito, Rodrigo, Jessé e o encarregado Marcos. A Associação União dos Morros da Caçandoquinha realizou abaixo-assinado solicitando a colaboração das duas entidades na melhoria restante até a Praia da Caçandoca ainda para esta temporada. Usuários, turistas e visitantes já se manifestaram a favor da melhoria no trecho e aguardam ansiosas a manifestação da prefeitura para colocação do asfalto.

COMUNICADO A APASU-Associação Protetora dos Animais da região Sul de Ubatuba, NÃO possui abrigo e dependemos de lares temporários, portanto somente podemos recolher quando há vagas. Se você se preocupa com algum “bicho” abandonado, abrigue-o e nós daremos assessoria e ajudaremos na adoção. Nossa prioridade é CASTRAÇÃO, pois somente através dela é que poderemos diminuir abandonos e maus-tratos. PRECISAMOS de voluntários que possam oferecer “lar temporário” ou “transporte desses animais”. “CASTREM SEUS ANIMAIS POIS CASTRAR É UM ATO DE AMOR” - Nesta época, eles também sentem frio, sendo assim, necessitamos de cobertores, toalhas, panos, roupinhas, jornais, etc. NOVA DIRETORIA Informamos ainda que no dia 27 de outubro de 2012 , tivemos a eleição da nova DIRE-

TORIA, BIÊNIO 12/14, onde a mesma ficou assim: Presidente: Gláucia Cavalcanti Dias, Vice-Presidente: Adriana Leal, 1° Secretário: Pedro Tincani, 1° Tesoureiro: Heide Negretti, 2° Evanir J Mello, Conselho Fiscal Efetivo: Eulália Salete Pisa, Maqrlene T Graf, Dulce C Barana, Conselho Fiscal Suplente: Cléa Lúcia G Hugenneyer, Luciana Machado Resende, Kazuel Murakami (Cecília,Marbela), Comissão Educacional: Rene T Hugenneyer, Lucrécia Silva Rigo, Staff’s: Mirian dos Santos, Maria Cecília Pedroso, Eliane Pereira Lima Santos, Rosa do Ivo e Tania Ramil.


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Observadora de Aves terá registro publicado em guia do RJ PROMATA A Observadora de Aves Cláudia Félix foi convidada a publicar a foto do Gavião Caracoleiro (Chondrohierax uncinatus) no projeto intitulado Guia de Aves da Serra dos Órgãos no Rio de Janeiro. O registro realizado nas redondezas da região sul do município ganhou notoriedade após publicação no Wikiaves. Cláudia foi contatada pelos irmãos Gabriel e Daniel Mello, mentores do projeto e também usuários/colaboradores do site especializado. A ela também foi perguntado o valor do registro a ser publicado, porém a observadora optou trocar o valor a ser pago pela foto e pelos direitos autorais pela realização do registro e da propagando do Promata no guia carioca. A beleza da foto realizada por Cláudia foi motivo de

Foto: Cláudia Félix/PROMATA

vários elogios, inclusive dos amigos de grupo. Este belo espécime também pode ser

chamado de gavião-bico-de-gancho, vive em florestas, chega a 42 cm de compri-

mento e basicamente se alimenta de insetos, aranhas e caracóis.

PROMATA é eleita usuário do mês em site especializado O Wikiaves, site especializado em registros fotográficos da avifauna brasileira elegeu no último mês o grupo Promata do Sertão da Quina como usuário do mês. Devido ao grande empenho de seus membros recebeu vários elogios de usuários de varias regiões do Brasil, tudo em menos de um ano da atividade de observador. O grupo de base comunitária melhorou a imagem e o ranking de algumas cidades na escala de seus registros fotográficos, inclusive Ubatuba. Outras cidades receberam a colaboração através de registros raros ou de espécimes difíceis de serem fotografados. Para Guilherme Fluckiger o grupo é merecedor não só pe-

los registros, ou pelo empenho nos estudos, ou pela dedicação com que levam a sério as observações, levando também outras pessoas a seus novos achados, mas principalmente pela mente aberta, pela receptividade da observação das aves em uma cidade onde a tradição da caça e da gaiola ainda é muito forte. Fluicker que é oceanógrafo e instrutor de mergulho autônomo concorda não só com a indicação do observador Fabio de Souza, mas também Roberto “Pituí” e Antonio de Oliveira – o “Tio”. Fala também da coragem, paciência e muita determinação para encarar uma mudança de paradigmas que envolve confrontos entre Parque x ‘caiçaras’, invasores

x florestal, especulação imobiliária/políticos x ambientalistas. Fluicker termina sua manifestação afirmando que “não conhece outros exemplos em outras cidades, logo essa idéia é brilhante para poder conhecer o trabalho de outras pessoas em outros locais. No caso de valer o voto em grupo, o meu vai para o pró-mata”. Márcia Carvalho de Itatiaia/ RJ diz que com a conquista do Promata outras cidades também sigam o exemplo de Ubatuba, formando grupos em defesa do meio ambiente. O moderador do site Luiz Ribenboim de Resende/RJ destaca que o “Grupo Promata de Ubatuba teve 7 votos, e o jovem Felipe Castro, 6. Isso

se eu contei certo, mas acho que é isso mesmo. Portanto, o Grupo Promata de Ubabuta é o primeiro USUÀRIO DO MES. Parabéns ao Promata e também ao Felipe”. Integrantes do grupo destacam que a iniciativa nada mais é que valorizar a comunidade, as pessoas, a cultura e natureza deles e com eles através de atividades que possam vir a ser solução e não problemas com acontece desde que criação as leis ambientais. Para o Promata o conhecimento nativo não tem preço e deve sim virar fonte de geração de emprego, renda e valorização das pessoas da comunidade, só assim cuidarão do meio ambiente e das pessoas que vivem e dependem dela.

O gavião caracoleiro, espécie pouco conhecida pode até ser confundido por algumas pessoas como não sendo um gavião devido a sua estranha aparência. Apresenta um bico grande, largo e pontudo, possuindo mais de um padrão de coloração de plumagem. Este gavião em voo possui uma silhueta e coloração similar a do gavião carijó diferenciando-se principalmente pela cauda mais longa e padrão de cores no peito, sendo visível seu grande bico, algo não visto no carijó. A espécie consta nas listas vermelhas estaduais como vulnerável no Paraná, dados desconhecidos no Rio Grande do Sul, quase ameaçado em São Paulo e dados desconhecidos no Rio de Janeiro, por isso a importância, segundo membros do Promata, do registro em nossa região.

Realizado mais um difícil registro de aves na região sul

Nas últimas semanas de novembro, o observador de aves Fabio de Souza realizou importante registro da avifauna litoral. Desta vez foi realizado o registro do Trepador Coleira (Anabazenópis fuscus), uma bela ave da Mata Atlântica, arisco e raramente se deixa fotografar, costuma possuir ninho perto de taquaruçu/taquara, procura alimentos por baixo das folhas secas e seu registro é um bom indicativo da preservação ambiental, cultural e histórica da região.


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Turismo rural apresenta resgate gastronômico no Sertão da Quina EZEQUIEL DOS SANTOS No último dia 25, no Sitio Boca Larga, na Avenida Fujio Iwai, aconteceu a apresentação do Resgate Gastronômico, parte do aprendizado do curso Técnico em Turismo Rural promovido pelo Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). O resgate é na verdadeira matéria do 9º módulo do curso, onde os alunos têm de aplicar tudo que aprenderam nos módulos anteriores. Este ano o cardápio ofereceu arroz lambe-lambe, carapau assado na brasa, peixe cozido, salada, suco de gengibre, açaí com banana, chips de banana verde, doce de banana, sorvete de gengibre, escabeche no pão, limonada caipira e a concertada, entre outros. O Sitio Recanto da Paz e o Gengibre de Ubatuba apresentaram os mais variados produtos fabricados a partir do gengibre, desde doces e salgados, bolos e vários quitutes que puderam ser comprados e apreciados pelos convidados. No local foram expostos um trator e um jipe simbolizando as melhorias no atendimento local. Neste evento cerca de 60 pessoas (convidados) puderam apreciar as maravilhas da gastronomia local e os novos inventos para atender a esta demanda crescente. Para quem acha que o resgate é apenas forno e fogão encontrou nos arranjos, planejamento, vestimenta, atendimento, apresentação, propaganda, organização, compras, quantificação e pós- atendimento um pouco do que estes alunos passaram durante o ano com a professora e mestra em hotelaria e turismo Candida Batista. O Turismo rural é uma modalidade que permite um contato mais direto e genuíno com

a natureza, a agricultura, com a cultura e as tradições locais, seja através da hospitalidade privada em ambiente rural e familiar, seja nos eventos que promovem, busca na realidade o melhor aproveitamento do espaço e das condições do uso do solo para um sistema mais sustentável e rentável. Turismo rural no Brasil, para o Ministério do Turismo, é um conceito que se fundamenta em aspectos que se referem ao turismo, ao território, à base econômica, aos recursos naturais e culturais e à sociedade, trocando em miúdos nada mais é que “o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade”. Em Ubatuba o curso apresentou a Observação de Aves como uma atividade a ser aplicada nas áreas rurais remanescentes, atividade que interessa principalmente aos mais novos e que valoriza o etnoconhecimento dos mais velhos.


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Segmento é o que mais cresce no mercado O evento de domingo contou com mostras de arte, fotografia e artesanato local que ficaram expostos no ponto de venda da Promata. A região oferece um leque de opções que foram levantadas durante o curso e que se diferenciam por serem em áreas litorâneas e formadoras do processo civilizatório nacional. Os alunos tiveram aulas sobre Oportunidades de Empreendimentos, Identidade e Cultura, Gestão de Empreendimentos, Ponto de Venda de Produtos , Meios de Hospedagem, Meios de Alimentação, Atividades Turísticas em Áreas Naturais, Atendendo e Encantando o Cliente, Resgate Gastronômico e por fim a tão esperada Consolidação do Programa. O evento aconteceu graças a uma parceria entre Senar-Fetaesp e o Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Ubatuba e tiveram apoio da Cati, Apta e Promata e parceria com o Sitio Boca Larga. Esta em negociação e prevista para o próximo ano o curso de graduação do Turismo Rural que é o de Guia de Turismo Rural e Turismo Pedagógico aos que já participaram destas atividades rurais. No Brasil, algumas universidades oferecem na graduação a disciplina de turismo rural como é o caso do curso de graduação em Zootecnia. Este tipo de turismo está entre as atividades econômicas mais rentáveis dos últimos tempos e o turismo rural, por valorizar o modo simples do viver integrado à natureza, ganha cada vez mais força, pois proporciona ao visitante a sensação plena de bem-estar. Para ser um empreendedor

no ramo turístico, é muito importante entender os conceitos, as tendências do turismo mundial e saber analisar as potencialidades regionais e locais, também procurar e participar dos trabalhos do sindicato representativo desta categoria. O programa além de agregar valor a propriedade aproxima cada vez o homem nativo a natureza, a produção e ao consumo consciente de alimentos, agua, sua religiosidade e a sua verdadeira história. Dentre os alunos cada um descobriu um campo repleto de oportunidades que se trabalhado em conjunto renderá ainda mais a todos: a comunidade, ao meio ambiente, as famílias e os visitantes.

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Gente da Nossa História: Gelson Nascia em Santa Maria, no estado do Rio Grande do Sul, no dia 21 de julho de 1994, um menino branquelo fruto da união de Carmelina Bortoluzzi e Santo Ricardo Bortoluzzi, que um dia mal sabia que viria para nossa bandas. Seu berço, o da sua família é a formadora daquela cidade, seus avós vieram do Vale Veneto (Vale dos Ventos) na Itália e chegaram no Brasil naquele território quando ainda existiam poucas vilas, lá ajudaram a fundar a cidade de Santa Maria, um tributo à mãe de Deus. Tamanha importância que o nome da família está registrada no Museu dos Imigrantes daquela cidade. Vinda de uma família de imigrantes ele compartilhava o teto simples com sete irmãos: Clóvis, Moema, Joice, João Carlos, João Solimar e Luiz Fernando. Com poucas opções os trabalhos eram basicamente os de roças e gado de leite e de corte, a vida dura era enfrentada todos os dias com chuva ou com sol. A fim de conhecer novos lugares e pessoas Gelson saiu a pé de casa e costeando o mapa do Brasil aos dezessete anos e pasmem! Viraria hippie mano! Depois de mais de trinta anos como meu vizinho é que descobri que aquele homem branco de fala grossa que de vez enquanto chamava “ô Tereza!” usou laço na cabeça do tipo Rambo, cabelo muito comprido e morava nas praias, nos camping, por aí onde houvesse movimento. Ele é do tempo, ou melhor, da tribo do Sérgio Pio mano! “Mai Bah Tchê! Morô?” Seu apelido, quando por aqui chegou era “Ops”, só que ninguém sabe o porquê desse apelido, um mistério. Bom deixa pra lá! Gelson chegou a Ubatuba numa festa de aniversario da cidade em 1970. Naquela festa ele viu o motivo de ficar por Ubatuba, ele havia conhecido a jovem caiçara Tereza. No inicio ela não queria nada com ele que ficava no “pé da menina”. Então Tereza propôs um acordo para iniciar a conver-

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de Oliveira Bertoluzzi: colaborador dos espectáculos regionais

sa, Gelson teria que cortar os longos cabelos e tirar a faixa do tipo Rambo da cabeça, pois não é que o cara fez a parada bicho! Tereza é de família tradicional, participava dos eventos da comunidade, da igreja, do futebol, das festas e de outras atividades junto à comunidade, muito diferente do estilo que Gelson havia adotado. Na época o estudo era longe, uma parte no Saco da Ribeira e o restante no centro da cidade, era comum ver moradores da região sul na cidade, todos embarcavam no saudoso Expresso Rodoviário Atlântico da Ciferal. Após o namoro ao final de 1971 os dois se casam. O bolo de casamento foi um pouco diferente, na foto ele era estreito e tinha “dois andares”, já que os bolos costumeiros eram compridos e ocupavam geralmente as mesas da sala ou da cozinha. Após as festividades o casal partiu para Porto Alegre, imaginem só do Sertão da Quina para um estado bem desenvolvido, chique! Passaram-se cinco anos para o retorno e assim quase como os Mamonas Assassinas eles vieram de “mala e cuia”, ele tinha uma variante e de lá trouxe coisas que só caberiam numa caminhonete. Dentro tinha o papagaio, cachorro, os móveis da casa e a peça mais importante- uma TV preto e Branco da marca RQ Colorado a válvula. Deste matrimonio nasceram as filhas Beatriz e Daniela. Fazia uma mistura cultural dos drinques, aos finais de semana servia numa roda de pagode chimarrão com caipirinha, batidas, era tudo misturado. Lembro-me bem do tio Mosquito, professor Geraldo, Simãozinho e o Mané do seu Osvaldo Rofino. Quando criança eu atravessava a rua e ia ao fundo de

sua casa ver o que tinha no barracão, gostava de ver principalmente os instrumentos de percussão e cordas que tinham por lá. Ficava admirado com o trailer que sua irmã trazia como casa para visitar a família, podíamos ver por dentro, ficávamos imaginando aquele treco enorme na estrada. Sempre educado, mas firme em suas opiniões discutiu varias vezes para mostrar seu ponto de vista. Foi por varias vezes convidado a sair candidato a vereador, recusou-se, pois o que ele pensava no passado acon-

teceu recentemente, dizia que não ia sair para dividir voto e acabar não elegendo ninguém na região. Trabalhou na Manobra, na companhia de pavimentação do Vale e do Litoral, na Sondotécnica, nisto correu muitos anos. Por um longo tempo trabalhou no comércio e como ambulante, tinha arrendado o Bar do Antônio Belo, depois montou uma barraquinha onde hoje tem um quiosque, depois montou um carrinho para venda de cachorro-quente, serviço pioneiro na praia. Gelson fez de tudo um pouco e seu último serviço foi como funcionário na Escola Estadual Aurea Moreira Rachou, lá se

aposentou. Após muitos anos de convivência com Teresa, os dois se separam, mas continuavam bons amigos. Atuou em varias associações e de fato se importava com as coisas. Mas sua paixão era a musica, a pesca com Joãozinho da Praia do Perez e o teatro. Também atuou como diretor do time feminino da ACESQ, ele conseguia levar todas as “meninas” para treinar no campo da Maranduba na sua Variante. Haja “barranco” no Sertão da Quina e em outros locais para ver os times de femininos jogarem. Gelson chegou a levar o time local a disputar com o Corinthians paulista. Sua paixão mesmo era o teatro, ajudou a criar o renomado grupo “Mudança”, famoso na década de oitenta por sua irreverencia, espontaneidade e desenvoltura. Na realidade tratava-se de simples moradores que se empenhavam em mostrar suas habilidades e aptidões. Chegaram a ganhar vários prêmios, brilharam em vários festivais, um deles foi o Festival de Teatro Fetalino (Festival de Teatro do Litoral Norte) realizado pela Fundac onde o então presidente era o doutor Pedro Norberto, lá apresentaram a brilhante peça “Nem oito e nem oitenta”. Tentaram apresentaram-se na cadeia de Caraguatatuba, porém, uma rebelião impossibilitou de iniciar a peça. Muitas das peças foram escritas com a saudosa Tia Cida Balio a qual dividia as responsabilidades e as conquistas teatrais. Outra importante peça foi a “Cigarra e a formiga”, neste episódio uma das integrantes havia sido picado por cobra e no dia da apresentação, mesmo dia da alta do hospital, teve de ser carregada até o palco por conta dos efeitos do acidente. Seu último trabalho

foi a montagem de um elenco para atuar na peça “Uma Cena de Natal” a qual tive a honra e o privilégio de atuar como São José, momento este que guardarei para sempre. Gelson nunca se opôs a qualquer trabalho que envolvesse cultura, musica e arte, muitas vezes os ensaios eram em sua casa, na sala, como foi a do grupo que iria dublar os Menudos numa festa local. A peça “Dona Chica Admirou-se” foi também um grande sucesso. Infelizmente Gelson foi acometido de câncer e agora vivendo no bairro do Araribá recebia as poucas visitas de amigos e familiares. Em seus últimos dias escreveu uma carta a cunhada Cristina intitulada “O que houve?” onde lembra dos verdadeiros heróis de nosso tempos, falam dos vários profissionais que arriscam sua vida para salvar outras, das pessoas sem condições dignas de trabalho. Gelson se foi no dia 05 de setembro de 2012 e infelizmente não conseguiu cumprir sua última promessa que era levar Tereza, Martinha e Lurdes para pescar. Segundo os antigos, como o “Tibitilói” (tio Benedito Antônio Elói) Gelson pediu que lhe enviassem um pau de Guatambu para ele fazer um bodoque porque o hospital estava cheio de gatos. Tibitilói havia pedido “Timopéva” para fazer um chapéu. Polemico ou não Gelson deixou história, uma das últimas foi com Nei Martins no programa “bairro contra bairro” em 1983 da qual levou vários artistas anônimos ao antigo cinema para uma bela disputa e reconhecimento daqueles que gostavam de expor suas artes, habilidades e aptidões. Foi uma boa época e quero só agradecer ao meu vizinho hippie pelas coisas que hoje sei e que diretamente e indiretamente me ajudou. Ainda tem muita coisa para escrever, mas não dá. Obrigado Gelson, que deve estar selecionando atores para uma grande peça no céu. Um dia nos encontraremos.


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Alunos se preparam para a grande final do “Projeto Xadrez” Cerca de 150 alunos do período da manhã da escola Nativa Fernandes de Faria participam do projeto “Xadrez na Escola”, que tem o acompanhamento e supervisão de todos os professores do período. A ideia foi da professora Alessandra Cristina do 3° ano A, do período da manhã. Os professores estão motivados e surpresos com o resultado até o momento, já que as muitas disciplinas foram aplicadas no antes e depois do campeonato. Os alunos foram quem confeccionaram os próprios tabuleiros e desde setembro vem estudando temas e atividades relacionadas ao assunto. No inicio a competição era por sala, sendo selecionados os

dois melhores competidores, estes irão disputar a grande final no próximo dia 12 de dezembro. Os finalistas receberão troféu e provavelmente muitos elogios do corpo docente e muitos beijos e abraços dos pais, já que estão todos convidados. O evento conta com total apoio da direção da escola e acontecerá durante uma feira pedagógica a partir das 14 horas do dia 12 de dezembro. Os idealizadores se baseiam na célebre frase do pensador e escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe que também fez incursões pelo campo da ciência que define xadrez como exercício para a ginástica da inteligência e que sua pratica inclui

esporte, arte e ciência, por isso é tão utilizada como métodos de aprendizado e concentração. No campo educacional o xadrez desperta o desenvolvimento do autocontrole psicofísico, a avaliação da estrutura do problema e a distribuição do tempo disponível, desenvolve a capacidade de pensar com abrangência e profundidade, desperta a tenacidade e o empenho no progresso continuo, a criatividade e imaginação, busca a verdade, estimula à tomada de decisão e pratica o exercício do pensamento lógico, autoconsciência e fluidez de raciocínio. A direção da escola aguarda a maciça participação dos pais e da comunidade. Todos estão convidados.

Festa religiosa de Cristo Rei 2012 4ª Etapa do Circuito Sesi-SP acontece na Mata Atlantica

Nos finais de semana dos dias 16 e 17, 23 e 24 de novembro a Matriz Cristo Rei, na Maranduba, realizou a festa religiosa e social que contou com sensacional bingo e vários prêmios especiais entre elas uma moto zero km. O mais importante, porém foram os momentos religiosos que mais chamaram a atenção à cultural original destes povos, onde aconteceu o Tríduo em honra a Cristo Rei, padroeiro da matriz na região. Este momento de fé aconteceu nos dias 22/11 que traba-

lhou o tema “Jesus Cristo Reina em Nossos Lares”, 23/11 o tema “Em Nossos Corações Cristo Tem Reinado”, 24/11 o tema “Com Cristo Rei Rumo ao Pai” e por último no dia 25 o tema “ Jesus Cristo Rei do Universo”. A festa social aconteceu após a celebração da santa missa e neste feriado recebeu um maior número de turistas e visitantes. Os organizadores agradecem os voluntários e colaboradores além de receberem as bênçãos do Pároco Padre Carlos e do Vigário da paróquia Manoel Leite.

No último dia 25, no bairro do Sertão da Quina, aconteceu a 4ª e última etapa do Circuito Sesi-SP de Lazer e Aventura. O evento aconteceu na Pousada das Cachoeiras - Sítio Santa Cruz e foi prestigiada por inúmeras autoridades, entre elas o presidente da entidade Paulo SKaff, funcionários e voluntários do Sesi-SP e de empresas de todo o Estado de São Paulo, o Dr. Dagmar Cupaiollo, da Fiesp, o Comandante da Polícia Militar do Estado de São Paulo, o vice-prefeito eleito de Ubatuba Sergio Caribé dentre outros. A etapa encerra o circuito com pleno sucesso e garante sua realização para o próximo ano, que tem previsão para seis etapas. O evento proporcionou diversas atividades como paredes de escalada vertical, minicircuito de arborismo, sessões de ginástica e a atração principal: trilha ecológica da Pedra Grande, na Mata Atlântica, com

percurso de nível médio, duração de duas horas oferecendo acesso a diversas cachoeiras. Com uma diversificada faixa etária, aproximadamente 800 pessoas entre crianças e idosos, puderam ver, ouvir e sentir de perto tudo o que os recursos naturais da região podem proporcionar, tornando agradáveis e inesquecíveis, os momentos vividos, tudo isto acompanhados por experien-

tes guias locais. Além das atividades, da simpatia e da hospitalidade, foram oferecidas camisetas, kits, frutas, protetor solar, repelente a todos e uma linda medalha para aqueles que fizeram a trilha ecológica. Segundo a maioria dos participantes, foi a melhor e mais agradável das etapas do circuito e já se comprometeram a voltar no próximo ano.


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Dicionário de vocábulos e expressões caiçaras - Parte 13

FARINHA SURUÍ - ( s.f.) - farinha de mandioca mal cozida, um pouco crua, de qualidade inferior. FARINHADA - ( s.f. ) - grande produção artesanal de farinha de mandioca; fabricaçãode farinha de mandioca em larga escala pelo processo próprio local. ”Agora, de primêro, tinha té farinhada. O povo fazia aquela farinhada prá rendê quatro, cinco arquêre, quinze arquêre de farinha prá vendê”. FARINHEIRA - ( s.f.) - vasilha onde é servida a farinha de mandioca. FARNé, Farnéu - ( s.m. ) - merenda para a jornada. FASTIO - ( s.m.)- falta de apetite; aversão; tédio; “ passei dias sem comê de fastio “ FATIOTA - ( s.f.) - roupa; traje. FATÍVEL - ( s.m. ) - factível ; que pode ser feito. FATO - ( s.m. ) – tripas;intestino. ” Deu um lanho na barriga que ficou com o fato tudo de fora.” FAZê PRECURAÇãO - (loc.v. ) - procurar. FAZê PAREDE - ( loc.v. ) - diz-se da aglomeração de homens na porta da sala onde ficam as mulheres, no fandango. “ Não faiz parede que dificurta a dança ” FAZê CAVALINHO - (loc.v. )

- brincadeira infantil que consiste em montar a criança nas costas de um adulto. FAZê COMBINAÇãO - ( loc.v. ) - combinar; fazer trato. FAZê CONTINENÇA - ( loc.v. ) - fazer gentileza; por cortesia; educadamente. “ Agora eu vô tomá um cafezinho c’o cara só pra fazê continença “ FAZê EXTRAVAGANCIA - ( loc.v.) - comer em demasia ; fazer alguma coisa desregradamente. FAZê O QUILO - ( loc.v. ) descansar após a refeição. FAZê BANCADA - (loc.v.) abastecer com raízes de mandioca uma gamela, que fica sobre o banco da roda de sevá, para o ato contínuo de sevá. FAZê CAPóTE- ( loc.v. ) - raspar a casca da raiz de mandioca, do meio para a parte mais grossa, apoiando-a no chão ou nas raspas já amontoadas. FAZê CAVA - ( loc.v.) - empurrar com uma nova raiz de mandioca o pequeno pedaço de raiz, que não pode ser introduzido diretamente no ralo, com a mão; fazê remate. FAZê REMATE - ( loc.v ) .- parte da operação de sevá que consiste em fazer uma cava na raiz inteira a ser sevada e colocar o remate, que será comprimido contra a roda de sevá, sem risco de ferir a mão; o mesmo que fazê cava. FAZENDA - ( s.f.) - nome genérico aos panos e tecidos em geral. FAZê BIGODE - ( loc.v. ) - bigode é o sulco que a velocidade da embarcação faz na água, com a proa. FAZIMENTO - ( s.m.) - feitura; fabricação; “ por aqui, se usa fazimento de farinha de mandioca que a gente pranta na roça “ FEDIDO – (adj.) – sujeito en-

farado. “ Do jeito que ele é enfarado, não vai comê esse peixe sêco nunca” FEDIMENTO - ( s.m. ) - enfaro. FEDIDA/FIDIDA- (adj.)- pessoa enfarada, metida. FEITO - (conj.) - como; igual; da mesma forma que; que nem. “ aqui dá fruita feito capim “ FERRADA - ( s.f. ) - fisgada; golpe com o anzól para fisgar o peixe, quando vem comer a isca. FERRãO - ( s.m. )- agulha do cão da espingardas cartucheiras que pica a espoleta, detonando-a; aguilhão de alguns peixes e das arraias. “ O veneno do ferrão do bagre dói coisa por demás “ FERRO - ( s.m. ) - âncora; poita; FICHO - ( adj.) - fixo; afixado; pregado; “ nóis aqui não temo anssim emprego ficho, né; só o pessoar más antigo “ FIEIRA - ( s.f.) - barbante usado para rodar o pião. FIéU - ( s.m. ) - fiél ; corda fina de algodão ou nylon, com a qual se puxa a rede do fundo do mar para a canoa. FÍGADO - ( s.m. ) - rachaduras na pele do calcanhar. “Ah! Isso daí , essa rachadura no seu pé, isso daí é fígado . “ FILé - (s.m.) - certo tralho de agulha, em forma de rede, na confecção de toalhas para guarnição. FILHA DA PUTA - ( s.f.) tainha assada na brasa, com as escamas e recheada com farofa. FILHA MULHER - (s.f. ) - filha . FILHO HOME - (s.m.) - filho . FIO DE LUZ - ( s.m. ) - mesmo que fio elétrico. FISSURA - ( s.f.) - vísceras de alguns animas , como fígado, coração etc... FITICEIRA - ( s.f. ) - rede de

espera para pescar cação, curuvinas e outros peixes de fundo. “ Foste visitá a fiticêra” “Fiticêra é prá matá pexe de fundo, que não é aboiado “ FIÚZA – (s .f. ) – confiança, segurança, fidúcia; “ Fica só na fiúza do pai, porque ele mesmo não tem condições “’ FLATO - ( s.m. ) - desmaio. FLOZô - (s.m.) - boa vida; ociosidade. “ Tá ali só de flozô, só na boa vida “ FOGUETE - ( s.m. ) - espinhaço ; nhamutacanga ; ossada do peixe. FOGUETICE- ( s.f.) - Esfogue teamento,estouvado,estaban ado,irriquieto. “ Essas minina de hoje em dia vivem nessa foguetice o que dá o dia.” FOJO - ( s.m. ) - armadilha com cova funda, lanças de madeira e abertura tapada ou disfarçada com folhas secas, para caçar animais. FOLHEIRO - ( s.m. ) - mesmo que funileiro; pessoa que faz peças de lata. FORA - ( adv. ) - mar adentro; alto mar; ao largo da praia. “Nesta quadra o cação grande só dá lá fora “ FOREZA ( adj.) – de foreza; mar adentro; distância entre a praia e o mar adentro. “ das veiz pescámo com mais de 8 quilometros de foreza da praia pra pega o cação.” FORFé - ( s.m. ) - confusão. FORNADA - ( s.f. ) - quantidade de farinha de mandioca torrada, que corresponde a um tacho cheio de massa seca de mandioca forneada. ” Uma fornada é uma fornada grande de farinha pá gente...é um forno cheio”. FORNEá - ( v.i. ) - mexer a massa sevada e enxuta da mandioca, no tacho de cobre, com dois rodos, para que seja torrada por igual. “As tres hora da madrugada, a mulhér e o

Manéco garra forneá”. Agora pá forneá, querendo forneá de dois, forneia, não querendo, forneia de um, agora o otro tá lá, quando um tá na penera, o otro tá forneando”. FORNEAMENTO - ( s.m. ) processo de torrefação da massa seca peneirada, que dura de seis a sete horas, e exige fogo constante no forno e meximento contínuo da massa seca da mandioca, no forno. FORNO ( s.m.) - tacho raso de cobre sem alças, que encima o forno de forneá farinha de mandioca. “Uma fornada é uma fornada grande de farinha pá gente..., é um forno cheio”. O tacho é dos que tem duas argola e o forno é simpres, num tem. Não, forno é um, tacho é otro. O forno é aquele, o forno grande que tem bacia de cobre de tacho que a pessoa forneia ali dentro”. FORNO - (s.m. ) - forno de barro, semelhante aos fogões de lenha de barro, encimado por um tacho de cobre de 1,50 ms. de diâmetro, tendo embaixo sua boca, onde se coloca a lenha para aquecê-lo. “Aí depois que misgalha, passa na penera, e depois que cua, que sai da penera, intão pega, joga no forno...”. “Isso aqui é a boca do forno”. FORQUILHA - ( s.f. ) - peça de madeira em forma de Y , onde se prende a borracha do estilingue. FORRADO - ( adj.) - sair forrado; sair alimentado. Fonte: PEQUENO DICIONÁRIO DE VOCÁBULOS E EXPRESSÕES CAIÇARAS DE CANANÉIA. Obra registrada sob nº 377.947-Liv.701. Fls. 107 na Fundação Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura para Edgar Jaci Teixeira – CANANÉIA –SP .


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“Ah home! Olhai só! Fiquei com cabelo branco na Pomba seu dotô!” ISAIAS MARIANO BALLIO Eu como um bom caiçara que sou sempre gostei de ouvir “causos” contados pelos mais velhos. Sempre ficava de orelha em pé (como diziam os mais antigos) para ouvir as histórias de nossa região. Na década de 1980 trabalhei em traineiras e foi numa pescaria dessas que fiquei sabendo de um “causo” ocorrido em um lugar chamado Ilha das Pombas. Esta ilha fica localizada em São Pedro D’Aldeia a apenas 10 metros da Praia do Boqueirão e acaba sendo uma extensão dessa praia, muito parecida com a Ilha do Pontal entre a Maranduba e Lagoinha. Todos que visitam aquela praia aproveitam para andar mais alguns metros e conhecer esta ilha de aproximadamente 1 km². Esta história se assemelha as muitas registradas em processos antigos em nosso território. Essa ilha também foi motivo da cobiça e da ganância dos especulares imobiliários e toda a rede de corrupção que a envolvia. A história que passo adiante descreve a luta de uma senhora de mais de 80 anos que vivia nesta Ilha. O local fora colonizado pelos antepassados dessa senhora, atual matriarca dos remanescentes fundadores daquele belo local. Como por aqui, lá também a comunidade se sustentava de peixes, das plantações de mandioca, da farmácia a soleira da porta da cozinha, do fabrico da farinha, do artesanato e por vezes vinham a terra para caçar. A “pendenga” se deu por conta da abertura da rodovia Rio-Santos, onde pessoas que vestiam paletó e usavam grandes anéis de ouro no dedo viram uma oportuni-

dade de ficarem ricos rapidamente. Essas pessoas eram temidas pelos antigos caiçaras que os chamavam de “dotô”. Eram aqueles que aportavam em nossas praias com seus belos iates e com uma conversa “mole” conseguiam enrolar os pobres caiçaras, que não sabiam ler e nem escrever, forjando documentos, criando uma rede de corruptos e foras da lei, como os relatados no livro Ubatuba – Terra e População da Mestre Maria Luiza Marcilio e dos vários documentos de que conhecemos. Foi desta forma que o conhecido “causo” da Ilha das Pombas começou. Pessoas que nunca viveram nessa ilha se diziam serem donos dela, mostrando aos nativos escrituras falsas e títulos de terras sem validade. O episódio tomou grande proporção e comoveu muitas pessoas que estimularam essa senhora a defender os interesses de sua família. O caso foi parar no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi então marcada a audiência para resolver a reintegração de posse daquela ilha, que segundo especialistas, juristas e historiadores por direito já pertencia aos nativos caiçaras que lá viviam. E assim chegou o grande dia do confronto entre as partes, ouvidas por um sábio juiz escolhido pelo colegiado daquele respeitável tribunal. Depois de ouvir as pessoas que reclamavam os direitos legais sobre a ilha, o juiz chamou para depor a velha senhora, o que causou espanto dos especuladores, já que achavam que pela idade avançada não iria a capital depor. Ela, na sua simplicidade e honestidade que Deus lhe deu, que era peculiar na vida dos caiçaras,

foi logo dizendo: - Pois é seo “dotô”, tô (estou) aqui pra falá (falar) pro sinhô que foi na Pomba que meus pais, meus avós, e meus tataravós nascêro (nasceram) e se criaro (criaram), então foi na Pomba que eu nasci e foi na Pomba que me tornei moça, foi na Pomba que conheci meu marido e foi na Pomba que me casei, foi na Pomba que pari meus 8 filhos e foi na Pomba que eu e meu finado marido trabalhamos muito para criar nossos filhos, tudo com muito sacrifício, mas com honestidade. -Agora olhais só seo “dotô” eu já tô de cabelo branco na Pomba, já sou uma pessoa muito velha e agora me aparece essa gente dizendo que são dono da minha Pomba? Como o sinhô acha que eu vou ficar sem minha Pomba? Pois foi na Pomba que eu nasci e é na Pomba que quero ser enterrada como todos os meus ante-

passados. Lá “dotô” derramei muito sangue na Pomba. O juiz, muito sábio, depois de ouvir as partes chegou a um veredito e muito sensibilizado com a simplicidade daquela caiçara, pode perceber que ela dizia a mais pura verdade e não hesitou em dar reintegração total de posse da Ilha da Pomba aos seus verdadeiros donos , ou seja, à velha senhora e seus familiares, já que também conhecia os procedimentos adotados pelos homens de paletó. Embora cômica, trata-se de uma bela história, de luta, da resistência e do sofrimento de nosso povo que só querem o que é deles para manifestarem sua cultura e seus saberes muito acima dos cifrões dos homens endinheirados. Isaias Mariano Ballio é gestor público, caiçara e nas horas de folga “contadô de causos”.

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Afinal, o que vai acontecer com a Terra em 2012? Muito antes que a data de 21/12/2012 começasse a tocar corações e mentes, o israelense Zecharia Sitchin começou a divulgar suas idéias sobre a origem da Terra, inspiradas, segundo ele, na decifração de antigos textos babilônicos. De acordo com Sitchin, há em nosso sistema solar um objeto que a ciência moderna desconhece e que os antigos chamavam de Nibiru. Esse objeto, que pode ser um planeta ou uma pequena estrela, passaria próximo ao Sol a cada 3.600 anos. Sitchin afirma que, em uma dessas passagens, uma colisão entre um de seus satélites e um planetóide que existia entre Marte e Júpiter teria dado origem à Terra. Outros autores passaram a usar as idéias de Sitchin nos anos 1990. Eles dizem que Nibiru vai passar por perto de nosso planeta em 2012,

e a atração gravitacional entre os dois resultará em dilúvios e terremotos. Para Carlos Henrique Veiga, astrônomo do Observatório Nacional, é possível que existam planetas ainda desconhecidos no Sistema Solar. Poderiam ter, inclusive, algumas das características atribuídas a Nibiru, como um período muito longo e órbita extremamente elíptica. “Mas as órbitas de planetas não se sobrepõem umas às outras. Esse cruzamento só ocorre com cometas e asteróides.” Quanto à segunda possibilidade, a de que Nibiru seria uma estrela se escondendo nas vizinhanças, Veiga diz que sua presença causaria uma alteração na dinâmica do Sistema Solar. “Tanto ela quanto o Sol teriam que girar ao redor de um centro de massa. Os planetas girariam em torno das duas ou

desse novo ponto central. Não é isso que estamos vendo”, afirma. Outro cenário sugere que, em 21/12/2012, o Sol, ao nascer, estaria alinhado com o plano da Via-Láctea. Nessa posição, receberia algum tipo de irradiação misteriosa vinda do centro da galáxia. Essa informação, porém, é contestada até por autores de populares livros sobre 2012, como o astrônomo John Major Jenkins. O que é verdade é que o Sol está cruzando o plano da nossa galáxia, mas isso não é motivo para preocupação. “O centro da Via-Láctea está a quase 30 mil anos-luz de distância. Por isso, esse posicionamento não deverá trazer maiores conseqüências. No máximo, pode favorecer a atração de cometas e asteróides em direção ao Sol”, diz Veiga. Fonte: Revista Galileu

Confirmado a chegada de Nibiru ou Hercólubus A NASA até hoje nega a existência do Planeta X ou Nibiru, mas todos nós sabemos pelos fatos que andam acontecendo. A aproximação do Planeta Nibiru já está causando alguns fenômenos naturais mais acentuados como ALTO calor, em seguida queda da temperatura, ciclones de fogo na Austrália e baixa de gelo na Antártica. Por que ainda não vemos NIBIRU a olho nú? Pois ele está na posição atrás do sol dando a volta em direção a Terra. No dia 21 de Dezembro é o dia em que Nibiru estará mais perto da Terra e todos nós sabemos que um planeta com 4 vezes a massa da Terra passando bem próximo causará alguns efeitos perigosos como Tsunamis etc...

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devido ao magnetismo emitido pelo Nibiru. Atualmente o magnetismo de Nibiru está sendo quase que todo anulado pelo SOL então apenas estamos presenciando poucas modificações climáticas etc... A tendência até o dia 21 de

Dezembro é presenciarmos mudanças notórias em nosso Planeta. Cabe a cada um se proteger da melhor forma possível e montar as peças do seu próprio quebra cabeça. Fonte: http://noticia-final.blogspot.com.br

1º Pet Shop da região está sob nova direção

Antes da onda Pet Shop virar moda, o bairro do Sertão da Quina lançava sua primeira versão em terras Tupinanbá. Era o Gimapa que por conta da sua instalação mudou a rotina de muita gente proporcionando comodidade e facilidade a aqueles que iam à cidade só para atender seus bichos de estimação ou criação. Numa região onde as galinhas de quintal ainda são apreciadas a Pet Shop faz sucesso e oferece de tudo para peixes, aves, gatos, coelhos e cachorros, pesca e jardim. Inaugurado em 1998 o estabelecimento continua no mesmo ponto a Rua Roberto Antonio do Prado, 2055, ao lado do antigo mercado Supimpa e atende através do telefone 12-9721-3434 falar com Betinho que assume a direção

deste empreendimento. Com atendimento de medico veterinário uma vez por semana, a Pet Shop do Betinho oferece serviços de medicamentos prescritos pelo veterinário Dr. Jurandyr Romano Junior CRVM 11218, que acompanha os trabalhos no lugar desde sua instalação e que segundo moradores trata-se de uma parceria de sucesso e bons frutos colhidos. Desde de higiene e limpeza animal, ração, sementes, produtos de jardinagem, pesca, insumos, adubos, o local oferece também serviços de entrega em domicilio. Seu idealizador informa que num futuro próximo o empreendimento oferecerá sorteio de brindes aos amigos e clientes que fizeram deste comércio o sucesso que é visto por todos.


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Coluna da

Cantinho da Poesia

Teu sorriso

Adelina Campi

(Para minha neta Bianca)

Contente-se com o que tens!

Havia uma perereca se preparando para comer uma mosca que voava por perto, quando uma perereca macho, que observava a cena, disse: - Perereca, não coma já a mosca! Espera que a abelha a coma, depois você come a abelha e ficará muito mais bem alimentada. A perereca assim fez e, efetivamente, passados alguns segundos, veio uma abelha e comeu a mosca. A perereca preparou-se, então, para comer a abelha, mas o macho a interrompeu novamente: - Perereca, não coma a abelha, ela vai ficar presa na teia da aranha e a aranha vai comê-la, então você come a aranha e ficará mais bem alimentada. A perereca de novo esperou. A abelha levantou vôo, caiu na teia da aranha, veio a aranha e a comeu. A perereca preparou-se para saltar sobre a aranha, mas de novo, o macho falou: - Perereca, não sejas precipitada! Há de vir o pássaro que comerá a aranha, que comeu a abelha, que comeu a mosca.

Então você poderá comer o pássaro e ficará, sem dúvida, mais bem alimentada. A perereca, reconhecendo os bons conselhos do macho, aguardou. Logo após, chegou o pássaro que comeu a aranha. Entretanto, começou a chover, e a perereca, ao atirar-se sobre o pássaro, para comer, escorregou e caiu numa poça d’água. Esta é a história da “perereca” que por muitos foi deturpada e levada por outros pontos de vista, que certamente não são nem estão próximos do que Deus quer de nós, mas... estou dando significados mais propícios a ela. Servirá a muitos como uma verdadeira lição de vida... É possível desta pequena estória quatro significados, quatro morais: 1- Contente-se com o que tens dando sempre graças a Deus, pois, se jamais olhou para os lados, faça isto e veja que muitos não têm nem mesmo o que você possui.

2- Nunca deixe para amanhã o que se pode fazer hoje. Não deixe que a preguiça, ou maus conselhos te faça cair neste laço maligno que é a preguiça. “Por muita preguiça se enfraquece o teto, e pela frouxidão das mãos a casa goteja”. (Eclesiastes 10:18). 3- Quem muito quer nada tem. Na maioria das vezes nos arrependemos por não aceitar o que Deus nos dá, então, ficamos na esperança de algo que não é da Sua vontade. Deus somente dá aos “seus filhos” o que Ele achar conveniente, o que Ele certamente sabe que não nos prejudicará. “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”. (I Tessalonicenses 5:18). 4- Jamais dê ouvido a conselhos dos outros se não te parecer bom, peça auxílio a Deus e siga os passos de Jesus. A única maneira de ouvir um conselho, é saber se está de acordo com a Bíblia. “Examinai tudo. Retende o bem”. (I Tessalonicenses 5:21).

Teu sorriso é um raio de luz Que me faz bem, me aquieta a alma. Teu sorriso me faz bem, me seduz, Me faz sentir jovem, me alegra, me acalma. Teu sorriso é flor que desponta na primavera. É o sonho dos sonhos, sonho acordado! Beleza inquieta que a gente sempre espera Como um amanhã por toda uma noite esperado. Na paz do teu sorriso vejo minha esperança De um futuro que talvez eu não possa ver. Mas, até onde este meu pensamento alcança, Vou estar contigo, com todo o meu bem querer Manoel Del Valle Neto

Inércia Sentada na sua cadeira de balanço; com seu gato. Prusca-Tunga, Prusca-Tunga, aquela velha senhora é um retrato. Brancos são seus cabelos, E as olheiras profundas Muito já vivera, e andava neste globo; Mas agora ali, inerte na cadeira Tens o corpo velho e fraco, porém a inteligência é inteira. Mas o que será que pensas? Em poema? O que será que pensas Dona Renata? O que pensas “Tita”? O que pensas minha vó? O que será que pensas a senhora com seu gato? Guy Jann Terra

15 anos – Sertão da Quina



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