Jornal Maranduba News #53

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Maranduba, Setembro de 2013

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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br

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Ano 4 - Edição 53

Assoreamento do Rio Maranduba chega ao limite


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Biblioteca Municipal de Ubatuba recebe escolas em programa de incentivo à leitura

Através da Fundação Alavanca de Ubatuba que realiza projeto de incentivo à leitura foi iniciada uma nova atividade no mês de setembro “A arte de ler a Arte”. O projeto “Histórias do Véio” criou oficinas de leitura para crianças e acontece na Biblioteca Municipal todas as quartas, quintas e sextas em dois horários, manhã e tarde. O projeto tem apoio da Prefeitura de Ubatuba, da FundArt, e da Secretaria Munici-

Editado por:

Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda. Fones: (12) 3832.6688 (12) 9714.5678 / (12) 7813.7563 Nextel ID: 55*96*28016 e-mail: jornal@maranduba.com.br Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal Responsabilidade Editorial:

Emilio Campi Colaboradores:

Adelina Campi e Ezequiel dos Santos Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

pal de Educação, que cede o ônibus para levar as crianças de diferentes escolas para a Biblioteca, e é patrocinado pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. A Fundação Alavanca de Ubatuba tem como objetivo a busca do crescimento de cada ser e acredita que através da leitura a criança atinge seu desenvolvimento lúdico e intelectual. O sucesso da oficina é perceptível quando em apenas dois dias a agenda foi

lotada por pedido de escolas para visita `a biblioteca até o final de outubro. Além da oficina de leitura, o projeto “Histórias do Véio” trará outras novidades este mês, como um sarau cheio de atrações na região sul e oficinas de contação de histórias nas escolas. Para acompanhar a programação do Projeto: www.facebook.com/HistoriasDoVeio Fonte: Assessoria de Imprensa Fundação Alavanca


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Assoreamento do Rio Maranduba chega ao limite, dizem pescadores Pescadores e usuários do Rio Maranduba são unânimes em apontar que o assoreamento do Rio Maranduba chegou ao seu limite máximo de acúmulo de areia. Um exemplo claro disto é a altura da água na foz do rio que em dias normais teria um metro e meio de profundidade e atualmente, com a maré baixa, beira os quinze centímetros. Além dos prejuízos econômicos e ambientais, o rio começa a causar problemas sociais, já que os pescadores têm de buscar alternativas de trabalho fora da pesca. Na ponta do lápis, o último feriado causou milhares de reais de prejuízo entre os pescadores e usuários, consequentemente também à região. Com o rio muito baixo, as embarcações costumam virar e acumular óleo no fundo, com a chegada da maré, que possibilita ao menos que os barcos fiquem em sua posição normal, o óleo pode vazar e contaminar o rio. Outro problema é a impossibilidade da pesca por conta dos barcos não poderem sair do rio, se saem ficam sem voltar e desembarcar o pescado. Na realidade toda a cadeia econômica e social fica prejudicada além do potencial turístico, já que é deste rio que saem as embarcações para a visitação dos pontos de interesse turístico da região e de municípios vizinhos. Outro fator muito discutido é o da segurança. No caso de haver a necessidade de prestar algum socorro imediato haveria problemas com a logística, já que da forma como está nada pode entrar ou sair do rio. Moradores da região foram ao local para prestar solidariedade aos pescadores indignados, já que são velhos conhe-

cidos e sabem da dificuldade enfrentada por esta categoria de trabalhadores. Por outro lado a visita se deu por conta da particularidade em que se apresenta o local, alguns caiçaras apontam que nunca havia visto o rio chegar a este ponto trágico. No local não é difícil encontrar pescadores indignados com esta situação, já que todo investimento de suas vidas encontram-se dentro dos barcos e que nesta porção territorial esta atividade ainda é parte da cultura formadora do processo civilizatório nacional. A Associação de Pescadores da Barra do Rio Maranduba vem pelo menos há quatro anos tentando resolver este problema, esbarrado muitas vezes em burocracias e falta de respostas. Ela continua em

contato com os órgãos responsáveis da união federal, estado e município. O presidente da associação, Mauricio de Souza, lembra que já ocorreu uma grande dificuldade de resgate de um pescador, que ficou por varias horas a deriva, por conta de nenhum barco ter condições de sair do rio Maranduba a seu socorro. A prefeitura marcou uma reunião para a segunda quinzena de setembro para tratar do tema, alguns interessados já foram a outros órgãos buscar informações. Os pescadores ouvidos pelo JMN dizem que “se nada for resolvido, a vontade é fazer um mutirão para entrarem com pá no rio e tirar no braço a areia, é uma vergonha e um descaso com a gente!”, desabafam.


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INCRA anuncia o descongelamento da Caçandoca, comunidade pede a titulação EZEQUIEL DOS SANTOS Com pelo menos duas horas de atraso, no último dia 31 de agosto na sede da Associação dos Remanescentes da Comunidade Quilombo Caçandoca, aconteceu a reunião que tratou do anuncio do descongelamento da área quilombola pela Justiça federal em Caraguatatuba. O evento contou com a participação do Superintendente do INCRA Wellington Diniz Monteiro, do Prefeito Municipal Mauricio Moromizado, o Substituto do INCRA Sinésio Luiz Paiva Sapucahy Filho, Dr. Caio Vinicius – advogado do INCRA, o Sr. Maurici Romeu da Silva, Secretario Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento de Ubatuba, representante da Diretoria Executiva do ITESP, responsável pelo núcleo quilombola e da sua gerencia de Regularização Fundiária, a Presidente e o Vice da Associação Quilombola, Emilia e Mario Gabriel e demais profissionais que acompanharam as autoridades e instituições, também representantes do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Ubatuba, da empresa IBS e demais moradores. O local foi todo preparado para a recepção das autoridades e dos convidados, na parede fotos, cartazes e mapas que mostram a vontade daquela comunidade. Após as apresentações formais, a Presidente da associação abriu a palavra diretamente ao Superintendente do INCRA para a finalidade da reunião. Dito os agradecimentos e o pedido de desculpas pelo atraso, o superintendente lê o e-mail que recebeu do

Foto: Robson Ennes Virgilio

Juiz Ricardo Nascimento. No documento o magistrado lamenta sua ausência nesta importante reunião e informa que por conta de um evento já agendado na Universidade Federal de Viçosa não pode estar presente. O juiz parabeniza a comunidade pela iniciativa do entendimento e dos trabalhos que vem acontecendo e acrescenta que é o modelo de luta em que o país hoje se espelha e que aquele magistrado esta atento a guarda destas comunidades segundo a Constituição Federal. O superintendente também tece elogios ao andamento do processo até o momen-

to. Num dado momento para fins de esclarecimento e conhecimento de todos o vice presidente le o despacho proferido pela justiça federal sobre o descongelamento da área, o INCRA diz dos passos que realizará, alguns de forma direta e outros em parcerias, inclusive com a prefeitura. Depois dos vários temas discutidos a comunidade cobrou do INCRA a imediata titulação como garantia real da territorialidade do quilombo. As explicações ficaram por conta da tramitação do caso e que este seria o primeiro passo para a futura titulação. O representante do

sindicato de trabalhadores pediu ao INCRA a possibilidade de abrir um escritório em Ubatuba, Wellington se prontificou a conversar com a prefeitura uma possível parceria para esta solicitação. Antes de sair o prefeito se manifestou sobre as melhorias a escola do quilombo e disse que quarta já havia marcado uma reunião pela associação para tratar do tema, que também atenderá a associação, aos interesses coletivos. A reunião foi presenciada por mais de cento e trinta pessoas e os detalhes estão sendo tratados com a

diretoria da associação. Aos que buscam informações oficiais sobre o andamento dos trabalhos no quilombo Caçandoca basta mostrar interesse e ir a sua sede, verificar as datas das reuniões e encontros, colocar em dia os compromissos e as mensalidades com a associação até porque sem participação não cabe reclamação. Para evitar especulações e informações desencontradas à diretoria esclarece que todos os temas sobre moradia, recadastramento, benefícios e projetos, por exemplo, serão discutidos em reuniões ordinárias e extraordinárias se necessário.


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Novo bispo diocesano encerra tradicional festa com celebração EZEQUIEL DOS SANTOS No último dia 8, o bispo diocesano Dom José Carlos Chacorowski se surpreendeu com a quantidade de fiéis que o aguardam na sua primeira celebração fora dos grandes centros urbanos e da catedral. Ele participou de toda a reza do terço, a caminhada até o Monte do São Cruzeiro (Emaús) e lá foi fotografado por fiéis, visitantes e turistas que participavam das festividades. Neste ano o que abrilhantou o encerramento foi à imagem da lua que tinha a seu lado uma estrela como companhia. No sábado o Padre Carlos havia, pelo microfone, anunciado a intenção do Papa Francisco pela paz na Síria, à aquele povo muçulmano. No domingo em grande parte do país e também no céu negro do Emaús apareceu o símbolo do povo muçulmano, ao qual o papa havia pedido muitas orações à paz. Antes mesmo

da celebração ele solicitou a alguns fiéis que fotografassem a lua e depois enviassem a ele a foto. Já no altar ele conduziu junto aos outros concelebrantes a santa missa, muito bem acompanhado pelo ótimo desempenho da banda do grupo de jovens local. Milhares de fiéis ouviram atentamente a história de como ele se tornou bispo, para ele foi uma oportunidade do chamado da mãe de Deus que o levaram até o seu bispado. Todos riram quando ele questionou o anuncio que seria bispo da diocese de Caraguatatuba: mas onde será que é este lugar? Já ao final o bispo foi convidado a sortear o cupom que daria o carro zero a algum colaborador da campanha. O bispo preocupado solicitou a ajuda dos padres que, segurando em sua esquerda, fizeram as sortes para que a direita sorteasse um paroquiano. De fato o veiculo saiu a um

membro da comunidade local, a uma moradora. Todos tiveram a mais positiva impressão do novo bispo que parece ter mostrado a que veio e que como o Papa

Francisco é adepto das coisas simples e dos mais humildes. A diocese informa que o ideal ou meta principal do novo bispo é baseado e vivido na caridade a fim de evangelizar aos po-

bres. A comunidade ofereceu um presente ao bispo, depois foi aplaudido de pé quando a ele foi dada as boas vindas e também os desejos de retorno mais vezes a região.

Emoção e lágrimas ao final do III encontro de jovens Thalita Kum

Nos últimos dias 30 e 31 de agosto e 1 de setembro aconteceu a 3ª Edição do Encontro de Jovens da Paróquia Nossa Senhora das Graças. Denomi-

nado “Thalita Kum” ou “Levanta-te” o evento foi realizado na escola municipal Nativa Fernandes de Faria que teve seu inicio na acolhida da sex-

ta feira a noite. Nesta edição participaram jovens de outras paróquias totalizando 81 jovens e alguns voluntários, passando certamente de cem ao total. Como sempre os jovens foram preparados espiritualmente para os mais variados temas abordados, tendo como pano de fundo o amor de Cristo. Enquanto os jovens realizavam suas tarefas, por trás nos bastidores voluntários se desdobravam nas mais variadas tarefas e atividades. A interação foi muito boa e esta edição teve um diferencial percebido por todos, conta um dos organizadores, o espírito de conjunto e a facilidade de comunicação se tornaram pre-

sentes e mesmo os que não se conheciam pareciam terem amizades já de longa data. A expectativa mesmo ficou por conta do final, da celebração realizada pelo Padre Carlos Alexandre. No domingo a tarde antes da missa os jovens haviam deixado seus pertences na arquibancada da quadra de esportes e como parte da surpresa os pais entrarem no local e cada um buscou seu filho em meio ao grupo, lágrimas sinceras de emoção e alegria se misturavam aos beijos e abraços de amor fraterno e amizade. Na mão de cada um os bilhetes escritos carinhosamente pelos pais, irmãos, amigos e

parentes que teceram elogios e os incentivaram pela responsabilidade assumida. Nas palavras do padre a preocupação da igreja em abrigar os jovens, abrigar as famílias, segundo ele, como exemplo, se a igreja não o fizer o traficante fará. De forma descontraída a missa revelou varias surpresas entre elas as mais variadas formas de emoção junto aos familiares que assistiam a celebração. Ao final e em tom festivo os agradecimentos aos voluntários, colaboradores e organizadores do evento. Neste último sábado (07/07) já aconteceu o pósencontro na Capela do Sapé, na Maranduba, a comunidade ansiosa aguarda o próximo encontro.


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Maranduba já tem o mais novo banqueiro da região CATI e APTA apoiam produção agroecológica para o Litoral Norte Paulista

EZEQUIEL DOS SANTOS Com uma fortuna em papéis moeda, o caiçara Givanildo de Oliveira Prado, 37, é hoje o mais novo banqueiro da região. Foi encontrada com ele mais de duas mil cédulas de papel moeda do Brasil dos vários períodos da economia nacional. O retorno é muito mais do que aplicar na bolsa de valores, conta o investidor. Giva como é conhecido começou a coleção ainda na adolescência com os passes escolares que tinha quando ia ao colégio. Na realidade ele conta que seu irmão João Mario, 35, também esta neste negócio de investimentos, mas na coleção de papéis moeda. Conta-nos que na adolescência quando o passe era diferente, eles iam a pé ao colégio só para guardar aquele pedacinho de papel colorido. Ele ainda possui os passes escolares do então Expresso Rodoviário Atlântico. A coleção conta com notas do inicio do período republicano, algumas eram assinadas para ter validade. Outras, engraçado possuírem alguns dizeres na nota que anunciavam que

aquele papel vale tanto em dinheiro. Algumas possuem as estampas da Amazônia, da Escola Militar de Rezende, de Santos Dumont em tons amarelados e impressões não muito claras, que para a época era o top da tecnologia. Algumas estampam sua origem – as várias Casas da Moeda da Europa. Giva comenta que muita gente junta este material pensando no valor econômico, ele, porém tem mais apreço pelo valor histórico e sentimental das pessoas que admiram sua coleção. Alguns moradores lembram-se de coisas absurdas quando olham para as notas, muita gente recorda do primeiro salário recebido quando vê uma das notas, isto a 70 anos atrás. Ele conta que também recebe notas de outros países, mas o que mais gosta são as notas brasileiras. Conta-nos que esta recebendo doações em dinheiro, melhor explicar que as doações são em dinheiro antigo. Tem muita gente que tem uma ou duas notas em casa e não sabe o que fazer, o colecionador conta que grande parte de sua

coleção vem de pessoas que tem um pequeno número destes papéis moedas. Em sua locadora e ateliê de produção de adesivos e cartazes existe um painel na parede com varias notas em exposição, segundo Giva a idéia é ampliar o painel e colocar outras notas que ainda não estão expostas. A ciencia que trata deste tema é conhecida por numismática que também pode ser confundida por colecionismo, das pessoas que colecionam. Embora pareça simples existe toda uma técnica e ciencia para cuidar, catalogar, registrar e guardar estes documentos históricos nacionais. O fato que não é para qualquer um, tem que gostar do que faz e fazer bem feito o que gosta, ao menos sabemos que o nosso mais novo banqueiro leva jeito pra isto. Agora para visualizar com maiores detalhes os papéis moeda há que agendar a visita, já que o cofre possui trava de segurança e só abre em horário programado via satélite com senha criptografada. Brincadeirinha!

A CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral e a APTA – Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios promoveram na última semana evento sobre o uso de insumos ecológicos visando incentivar a prática de uma horticultura mais sustentável. A atividade aconteceu no Sitio Boca Larga, no Sertão da Quina em Ubatuba. O evento teve o apoio das empresas Atlântica e Agrofertil, que produzem e comercializam diversos insumos ecológicos. Produtores de Ubatuba e Caraguatatuba tiveram a oportunidade de conhecer produtos que podem ser usados para melhorar a nutrição das plantas e combater pragas sem ter que lançar mão do uso de agrotóxicos. AGROTÓXICOS – COMO COMBATER Em levantamento realizado pela CATI em unidades produtivas de Ubatuba que trabalham com Horticultura foram identificados mais de 600 quilos de agrotóxicos obsoletos, produtos cujo uso é proibido pela legislação brasileira. Esses produtos foram georeferenciados para futura coleta e destinação para descarte com segurança em aterros sanitários preparados para o recebimento de resíduos perigosos. Os produtores foram orientados sobre como fazer o armazenamento seguro desses produtos até que o seu descarte seja viabilizado. Nesse levantamento também foram identificadas desconformidades como uso de produtos não registrados e aplicações feitas sem o uso de equipamento de proteção individual. Para promover a adoção de boas práticas agropecuárias os

produtores foram orientados sobre as implicações do uso inadequado de agrotóxicos e ficou a certeza da demanda de ações para evitar o uso desses produtos. INSUMOS ECOLÓGICOS – UMA TENDÊNCIA DE MERCADO As tendências do mercado para a produção de produtos agroecológicos pode ser vista pelos produtores do litoral norte que visitaram a última Hortitec em Holambra, com apoio das Prefeituras Municipais de Ubatuba e Caraguatatuba. A Hortitec é a principal feira voltada para o setor da América Latina, e na sua última edição mostrou um significativo crescimento do setor de fornecimento de insumos ecológicos. Os produtos apresentados no evento realizado em Ubatuba já vem sendo utilizados com sucesso por vários produtores do litoral norte. Isso pode ser compartilhado pelos participantes depois da apresentação técnica, quando tiveram a oportunidade de “trocar idéias” degustando uma deliciosa carne de porco feita no rolete, com rúcula e outros produtos de origem agroecológica local.


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Promata recebe credencial de Observação de Aves inédita no país EZEQUIEL DOS SANTOS Na tarde do último dia 27 de agosto, membros da Associação de Moradores para a Preservação e Recuperação da Mata Atlântica - PROMATA, receberam a tão esperada credencial de uma Unidade de Conservação, o Parque Estadual da Serra do Mar - PESM Picinguaba. O feito, único no país, foi muito comemorado e prestigiado por vários convidados ilustres, entre eles vários moradores tradicionais e membros das comunidades vizinhas. Os organizadores informam que foram seis anos de trabalho duro e muita negociação entre os interessados para se chegar a esta conquista. O evento que foi cancelado e mudado várias vezes, foi alvo de fofocas e comentários maldosos por parte de alguns poucos moradores da localidade, que infelizmente insistem nesta visão maldosa. Para a conquista da credencial foram mais de 130 horas de curso, seis saídas a campo, como exigido por lei. Outras atividades também se fizeram importantes como o curso de fotografia com a equipe da Dravos. O evento contou também com a visita a sede da associação e um café comunitário, no decorrer das formalidades Danilo Silva, gestor do Parque Estadual, falou da importância deste momento, que de fato disse desconhecer um evento deste no país e que estava surpreso com o grau de organização e comprometimento da comunidade. Já Carlos Zacchi, gerente dos parques no litoral e baixada santista reconheceu a Promata como parceira dos projetos do PESM, mencionou sua importância por ser membro do Conselho Consultivo do

Parque em Caraguatatuba e assinalou possíveis novos trabalhos em conjunto. Compromisso O curso também tratou de outros temas importantes como turismo de base comunitária, rede de contatos, valorização do patrimônio caiçara, contação de histórias, elaboração de projetos, dentre outros. O mais importante passo foi formalizar um processo, isto é, colocar em pratica um

A equipe que conquistou a certificação

Danilo entrega credencial a Aguinaldo

Carlos Zacchi fala da importância desta iniciativa

modelo que a comunidade esteja inserida e comprometida num contexto de preservação do meio ambiente e do meio histórico, cultural e social, tudo com perspectivas reais de ganho econômico dentro e fora de uma Unidade de Conservação, tudo sem conotação política partidária. O projeto foi aprovado pelo Conselho do Parque Estadual e o material apresentado por Carlos Rizzo, percussor do projeto na região sul. O processo foi lento, pacifico, continuo e árduo para as partes, já que

se tratava de uma inovação nunca antes aplicada no Brasil. A credencial não significa de que todos podem fazer o que bem entender na floresta, a partir deste momento a floresta, a cultura, a biodiversidade, as tradições de conhecimento e a tradição oral tendem a serem tratadas com mais carinho, atenção e muito profissionalismo, para tanto todos assinaram um termo de compromisso. Garantias A idéia foi manter o nativo na floresta explorando

seu etnoconhecimento em avifauna repassados por seus antecessores e aprimorados com o curso de observação, tudo com o objetivo não só proteger, mas como garantia de uma fonte de renda e profissão. O importante é que qualquer pessoa pode participar, desde que compromissada com alguns aspectos regionais e comportamentais da atividade e da legislação. Seus membros começaram a atuar em defesa da comunidade desde a época de 1950, aonde poucos moradores recordam de seus feitos. Depois do evento seus integrantes receberam felicitações de vários locais do país e fora dele, foram vários os convites de outras unidades de conservação, órgãos públicos e comunidades solicitando colaboração e serviços. Na última semana de preparação, seus organizadores, apoiadores e colaboradores sofreram grande pressão para desistir do evento, houve um movimento entre grupos de outros interesses para que a associação de base comunitária não recebesse as credenciais, tentativa até de ingresso no judiciário para cancelar sua entrega. Na própria comunidade foram vários os comentários que tentavam desmotivar e desqualificar o trabalho frente alguns populares. Para seus membros o que interessa é o trabalho reconhecido e que a comunidade possa ser beneficiada direta e indiretamente com o que foi proposto na ocasião da sua criação. A PROMATA agradece aos amigos, colaboradores, apoiadores e simpatizantes desta nobre causa que começaram a acreditar na formação da PROMATA timidamente no final de 2005.


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Estudo científico com a Promata leva Sertão da Quina a evento internacional EZEQUIEL DOS SANTOS Sob o titulo de ‘’A importância dos produtos e serviços como atratividade turística para o desenvolvimento regional - Estudo de Caso da PROMATA, Ubatuba, SP “, o tecnólogo em processos gerenciais Antonio de Oliveira acabou conquistando não só o interesse dos professores, mestres e doutores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) – Campos Caraguatatuba, mas também de vários representantes e membros de comunidades tradicionais. Antonio, que foi aprovado na primeira turma de Tecnologia em Processos Gerenciais do IFSP, baseou seus estudos em algo que pudesse manter a natureza, melhorar a qualidade de vida da população residente e preservar as tradições caiçaras. Com esse pensamento começou a elaborar o seu TCC, que teve por objetivo identificar quais produtos e serviços podem ser desenvolvidos ou melhorados para atender as necessidades e desejos dos turistas que visitam o litoral norte. Todo trabalho de conclusão de curso foi orientado pela orientadora Mestra Marlette Cassia Oliveira Ferreira do IFSP do Campus Caraguatatuba. O trabalho mostra em números, porcentagens e outros fatores a necessidade de desenvolvimento das cidades do litoral norte em contraposição com a procura da valorização e preservação de seu meio ambiente, a criação e desenvolvimento de projetos sustentáveis envolvendo as comunidades que tendem a ser uma alternativa viável para as soluções dos problemas so-

artesanato, festas religiosas, festival de músicas, festival de danças e principalmente festas gastronômicas que têm se tornado um dos principais atrativos turísticos no litoral norte. Estas atividades podem e devem destacar o meio sustentavel destas populações contribuindo cada vez mais com a preservação natural da região. As culturas nativas: quilombola, indígena e caiçara, que ainda possuem técnicas e conhecimentos diferenciados adquiridos pela tradição oral, disponibiliza com estes produtos, atrativos e serviços, além de melhorarem a renda e garantirem a valorização de seus artigos e técnicas culturais, garantias de uma boa estrutura cultural, aumentando o do valor agregado, maior satisfação do cliente, uma melhor qualidade de vida dos moradores, uma real otimização do uso e ocupação do solo e uma melhor preservação dos patrimônios materiais e imateriais do litoral norte. ciais, econômicos, ambientais e culturais existentes. Culturas Reconhecidas Para que as culturas existentes possam desenvolver atividades relacionadas a suas culturas e criar produtos turísticos é preciso que esta cultura seja reconhecida, valorizada e que os setores públicos e privados se envolvam para criar condições adequadas para a sua perpetuação, através de legislação específica e promoção de seus produtos e serviços para a garantia do crescimento planejado da região. Uma das opções para esse reconhecimento e valorização é a promoção de eventos culturais, feiras de

Congresso Internacional de Administração Tendo como base o TCC, Antonio elaborou um artigo cientifico que já foi aprovado no Congresso Internacional de Administração – 2013 no Paraná. No trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica com temas relacionados a Turismo, Potencial Turístico, Mercado Turísticos, Produtos Turísticos do Litoral Norte: Turismo Rural, Ecoturismo, Sol e Praia, Turismo Cultural e Turismo Esportivo. Para isto um questionário foi aplicado através da internet, em e-mails pessoais, de grupo e redes sociais. No trabalho a Associação Promata foi devidamente descrita, informando ainda seus objetivos principais e a realizações. Por conta do estudo científico realizado Antonio de Oliveira representará o Instituto Federal-SP, as cidades do Litoral Norte e o bairro do Sertão da Quina neste congresso que acontecerá no próximo dia 24 de setembro na cidade de Ponta Grossa-PR.


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Observação de aves: segmento com grande probabilidade de desenvolvimento Para que uma pesquisa cientifica tivesse resultado o proponente buscou focar a pesquisa em um segmento que tem uma grande probabilidade de desenvolvimento socioambiental no litoral norte - a observação de aves. Para que os resultados das pesquisas pudessem ser utilizados de maneira concreta foi utilizado como estudo de caso a Associação de Preservação e Recuperação da Mata Atlântica – PROMATA, com sede no bairro Sertão da Quina, no qual é integrante. Na análise dos produtos específicos oferecidos pela PROMATA, um questionário aplicado sobre serviço de guias em trilhas na mata e guias especializados em observação de aves revelou que é necessário que se realizem roteiros que busquem satisfazer a necessidade dos clientes, que priorizem a segurança, o grau de dificuldade e os atrativos existentes na escolha de produtos e serviços, além de oferecer novos atrativos que possam diferenciar os serviços e garantir uma vantagem competitiva para o empreendimento. Como parte das atividades de Ecoturismo, este nicho promove contato direto com a sociedade e o meio ambiente local possibilitando um melhor rendimento, troca de conhecimento, venda, promoção e melhoria dos produtos e serviços existentes, que podem causar o desenvolvimento da região, provocando o aumento do interesse dos moradores na busca de capacitação e o aumento de clientes satisfeitos com os produtos e a prestação de serviços, principalmente na baixa temporada. Para a observação o estudo aponta outros fatores as su-

gestões para que a atividade seja bem sucedida e o perfil de seu cliente. O estudo aponta os pontos positivos e as melhorias que devem ser implantadas do segmento turístico ‘sol e praia’, o mais importante e conhecido na região do litoral norte, o turismo o esportivo com a presença da Copa do Mundo de

Futebol e as Olimpíadas entre outros segmentos. Fala ainda da importância da interação logística entre as estruturas de atendimento existentes e a necessária comunicação entre seus atores. Também da necessidade da preparação de pacotes exclusivos principalmente nas épocas de ‘baixa tempora-

da’ do litoral norte. A busca de parcerias com instituições de ensino, organizações públicas e privadas e organizações não governamentais que se identifiquem com os produtos e serviços existentes no litoral norte também é uma alternativa para a viabilização econômica dos empreendimentos turísticos aponta o estudo. Por fim o estudo encontra-se a disposição da comunidade na sede da associação de base comunitária PROMATA e esse trabalho foi realizado com a intenção de servir de parâmetro para auxiliar as possíveis investigações sobre os assuntos relacionados, diz o autor. Ele ainda agradece aos colaboradores, a família e os ami-

gos e conclui dizendo que tudo foi no “intuito de dar exemplo para os meus filhos, aumentar a qualificação para os meus projetos e concluir um curso superior resolvi, após concluir o curso de técnico em gestão empresarial, iniciar o curso superior de Tecnologia em processos gerenciais, junto ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) – Campos Caraguatatuba. Foram dois anos e meio de muito esforço e dedicação, dificultados pelo trabalho, pelos compromissos familiares e pelos desafios e problemas de participar da implantação da primeira turma de Tecnologia em Processos Gerenciais do IFSP”.


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Araribá sedia experimento científico de universidade federal carioca EZEQUIEL DOS SANTOS O sitio Recanto da Paz, no bairro do Araribá é palco de mais um experimento cientifico. Desta vez é da Universidade Federal do Rio de Janeiro cujo trabalho foi idealizado e proposto pelo geógrafo professor Doutor Antonio Teixeira Guerra. Professor titular da UFRJ ele é coordenador do LAGESOLOS – Laboratório de Geomorfologia Ambiental e Degradação dos Solos daquela universidade que realiza vários outros experimentos pelo país. O projeto é financiado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e intitulado de Diagnóstico Ambiental do Parque da Serra do Mar, do Parque Nacional da Bocaína e Reserva Ecológica da Joatinga. Embora mais pareça ter saído de um filme de ficção cientifica, daqueles em solo lunar ou em outro planeta, com todos aqueles petrechos no chão do sitio, o trabalho desenvolvido no Araribá trata na pratica de recuperar áreas degradadas. O objetivo do projeto é monitorar a umidade do solo, chuva e erosão diariamente ao longo de um ano. Na realidade o experimento serve para mostrar qual é o risco de erosão numa determinada área se deixar o local descoberto, sem vegetação e com certa declividade. O resultado do experimento pode ser aplicado em trilhas, em áreas de plantações e para evitar danos ao meio ambiente. O local do experimento ficou interessante, existem três parcelas de solo que recolhem o material carreado, com pequenos canos em profundidades diferentes para saber a umidade do solo, chuva que escorre nas parcelas em uma caixa d’água e depois é recolhida para analise, também existe um equipamento que mede a quantidade de chuva que cai no local. Estes dados são transferidos para um computador onde é realizada a análise diária. Antonio tem em sua residência uma coleção de garrafas de material do local coletadas

para o estudo. Ele conta sempre com o apoio da doutoranda Maria do Carmo, geógrafa, esposa e companheira dos trabalhos país a fora. Maria do Carmo é caiçara moradora do bairro do Araribá e assim como o marido é entusiasta das causas caiçaras. O trabalho realizado pela equipe envolve as atividades em São Luiz do Maranhão, Uberlandia-MG, Paraty-RJ e Ubatuba - Sitio Recanto da Paz/SP. As parcerias são com a Universidade Federal de Uberlândia, Estadual do Maranhão, Embrapa e Universidade Federal do Rio de Janeiro. A idéia também é trabalhar com as comunidades ao entorno dos projetos e trocar experiências com os detentores dos conhecimentos tradicionais, o etnoconhecimento. Existe uma primeira conversa para a realização de uma parceria entre a PROMATA e os professores para trabalhos e atividades de difusão do conhecimento como palestras a serem realizadas num futuro próximo e possíveis contratações em projetos de pesquisa. Esta parceria visa atender a comunidade com mais conhe-

cimento e capacitar a população no intuito de conheceram ainda mais a geografia e as condições de solo da região. JORNAL

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Sarau no Araribá Dia: 28/09 (sábado) Hora: das 14:30 as 18:00 Local: Biblioteca Comunitária Doraci (Estrada do Araribá, 1420)


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Poetisa Tupiniquim tem livro publicado

A Jovem Grazielle Maria dos Santos, 23, moradora do bairro do Araribá enfim conquista seu espaço no mundo da literatura nacional. È dela a mais nova obra de poesias intitulada “Brasiluz - Viagem aos Detalhes Magníficos” publicado pela editora Biblioteca 24 horas, disponível no site: http://24.233.183.33/ cont/login/Index_Piloto. jsp?sair=ok&ID=bv24x7br A novidade é que você pode adquirir o livro físico (R$ 26,00 mais frete) ou de forma virtual (R$ 7,39), tudo isto para que ninguém fique sem dar uma boa espiada no que a autora quer nos contar. O livro tem uma bela capa amarela fruto do trabalho da professora de artes Ana Luiza Nogueira - amiga pessoal da autora. Por e-mail a autora destaca o belo trabalho da amiga na confecção da capa do livro, enfatiza que os leitores vão gostar dos diversos temas de forma poética, bem humorada e reflexiva dos textos. Para os leitores a autora deixa seu e-mail para receber os mais variados comentários sobre seus trabalhos: grazi_ vox@hotmail.com. Alunos buscam exemplo Na última sexta-feira, Graziela foi sabatinada por

100 alunos dos sextos anos da escola Áurea Moreira Rachou no Sertão da Quina que participam de um projeto pedagógico da professora de língua portuguesa Lucia Helena Barbosa da Silva. A professora procurava um tema a qual pudesse colocar em pratica uma atividade teórica da cartilha do aluno bem parecida com o mundo real em que a autora vivenciou. Lucia destaca que Gazielle, que foi aluna do colégio Áurea, é um bom exemplo da dedicação aos estudos. Ela nos conta que os alunos se preparam para receber a autora, elaboraram perguntas para entrevistas, para matar as curiosidades, para saber mais sobre seu trabalho e esforço pra este momento. Muitos alunos ficaram atônitos em saber que uma moça tão jovem pudesse despontar para o mundo literário. Foram várias as perguntas a jovem escritora que leu trechos do livro, falou de outros temas já escritos, contou os detalhes que a fez partir para este ramo. Após a troca de experiências ela foi homenageada e aplaudida pelos alunos que, como forma de agradecimento e satisfação, viram no seu trabalho um exemplo de sucesso a ser seguido.

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Setembro 2013

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Dicionário de vocábulos e expressões caiçaras - Parte 23

REINAR - ( v. t. ) - bulir nas coisas dos outros; fazer troça, gozação com outra pessoa. REINENTO - (adj.) travesso; traquinas; gozador. RéIVA - ( s.f. ) - raiva ; ódio. “ minha carne treme de réiva “ RELá - (v.t.) - ralar; tocar de leve em ; roçar. basto uma reladinha da bracoraia na perna dele , que ele embarcô “ REMANESCER - (v.i.) - sobrar; restar; sobejar; aparecer de forma súbita. REMATE - ( s.m.) - sobra da raiz da mandioca que não pode ser ralada diretamente com a mão na roda de servar.Faz-se uma cava na mandioca inteira e se coloca o remate na ponta, comprimindo- o contra o ralador, sem risco de ferir a mão, no processo de fabrico da farinha de mandioca. REMéDIO DO MATO - ( s.m.) - remédio caseiro à base de ervas medicinais; meizina. “ De primêro, caía doente, sarava só com remédio do mato, tudo, não egistia nada, a gente andava c’o pé no chão , saía na friage tudo, anssim . “ REMELA - ( s.f.) - secreção amarelada que se acumula nos olhos. REMENDãO - (adj.) - pessoa com pouca habilidade no seu ofício. REMO DE VOGA - ( s.m. ) - tipo de remo duplo, preso às bordas da embarcação. RENCA - ( s.f. ) - mesmo que corja, bando. RENDER - ( v.int. ) - adquirir hérnia. RENDIDO - (adj.) - com hérnia. “ Este um deve de tê se esbodegado, do jeito que tá andando meio rengo. REPINICADO -( s.m. ) - repe-

nicado; som agudo tirado da viola. REQUINTA - ( s.f.) - a terceira corda da viola. RERRé - (s.m. ) - provocação ; acinte. RéSTIA -( s.f.) - feixe de luz do sol; corda de palha entrelaçada; réstia de cebola/alho. RESTOLHO - ( s.m. ) - restos; resíduos. RETINTO - (adj.) - com cores fortes; céu escuro com nuvens negras de temporal. RETRATO - ( s.m. ) - fotografia. “ Tenho de tirá retrato prá botá nos dicumento “ úmidos. REVERTéRIO - (s.m. ) - mudança de situação favorável ,boa , para ruim , desfavorável. REVESSA - ( s.f.) - corrente marítima que corre em direção contrária à maré. REVESTRéS - ( s.m. ) - de revés; ao contrário; de ladinho ; mesmo que esguelha. REVIMENTO - ( s.m. ) - líquido que sai do que está revendo ; transudação. REZINGá - ( v.t. ) - resmungar; discutir com alguém. RIBERANA - ( s.f.) - espécie de canoa usada no rios, principalmente no Ribeira de Iguape. RILHá(R) – ( vtd ) - Ranger (os dentes). “ Esse minimo tá com verme. Passô a noite inteira rilhando o dente” RIPA - ( s.f.) - pedaço de madeira comprido e estreito ; sarrafo; uma peça de pão sovado. RIPA DE PãO - ( s.f.) - peça do pão sovado, que se divide em cinco gomos dúplos. ROÇADA - ( s.f. ) - roçado; roça; terra preparada para o plantio ou ja descurtivada. ROÇADO - ( s.m. ) - roça nova; plantação recente; terreno, cujo arvorede encontra-se derrubado e roçado, donde se retira lenha , enquanto seca para a coivara. RODA - ( s.f. ) - peça da roda de sevá que consiste numa roda de madeira estruturada em quatro raios, com cerca de 0,50m. de diâmetro, encimada por uma chapa de latão provida de ralo, de 0,10 a

0,12 m. de largura. RODES - ( s.m. ) - rhodes; uma raça de galinha. RODETES - (s.m. ) - engrenagens de ferro, que através de um eixo, transmitem movimento do veio para a roda de sevá mandioca. RODILHA - ( s.f.) - rosca de pano em que se assenta a carga na cabeça. RODO - (s.m. ) - pequeno rodo de madeira usado para mexer a farinha no tacho de cobre do forno, durante o forneá. ”Rodo é uma taubinha cum pau fincado”. RODURA - (s.f.) - medida de circunferência; “ um metro de rodura por três de fundura. “ ROER - (v.t. ) - roer a comida ; comer aos pedacinhos; pouco a pouco. ROGADO - (adj.) - arrogante ; pessoa de má vontade. ROLO - ( s.m. ) - cepo roliço de madeira, usado para fazer deslizar a canoa da praia para o mar e vice-versa. Esse rolo tem encravado em cada extremidade, uma vara roliça, que serve de apoio de mão para o seu deslocamento; termo também usado para definir confusão, negócio excuso etc... S SABE-ME LÄ - ( loc.v.) - quem sabe; como vamos saber. “ Sabe-me lá o que ele anda fazendo por aí . “ SABUGO - ( s.m. ) - espiga de milho sem os grãos. SACA-TRAPOS - (adj.) - astuto; manhoso. SACO - ( s.m.) - entrada do mar pela barra de um rio, formando uma pequena enseada, aberta entre dois morros com costeira, ou entre uma costeira e a praia. SACUDIDO - (adj.) - valente; competente ; ágil ; craque. SAFADAGEM) - (s.f. ) - safadeza. SAIR NA PISA - ( loc.v. )- sair em alta velocidade; sair correndo. SAÍR PRá FORA - ( loc.v. ) sair para mar adentro, alto mar; para o largo da costa. SAIBRO - ( s.m. ) - areia grossa extraída dos rios. SAÍDO - (adj.) – mesmo que confiado, intrometido; enxeri-

do. “ Essa minina ta muito saída pro meu gosto.” SAIMENTO - ( s.m. ) - enxerimento. SAIPORCARIO - ( s.m. ) - um tipo de saíra. SAIR FORRADO - (loc.v. ) sair alimentado, de estômago cheio; comer antes de sair. SAL-AMARGO - ( s.m. ) - antigo remédio de sulfato de magnésio. SALETA - ( s.f.) - pequena sala. SALITRO ( s.m.) salitre;fenômeno que ocorre na praia e nas várzeas marítimas, pelo qual qualquer objeto de ferro, aço, metal ou latão, sofre uma oxidação intensa, destruindo as ferramentas; maresia; cheiro do mar . SALOBA - (adj.)- salobre; forma regional do feminino singular de salobro; diz-se da água com gosto levemente salgado. SAMBAQUI - ( s.m. ) - designação dada a antiquíssimos depósitos situados ora na costa ora em lagoas e rios do litoral, e formado de montões de conchas e restos de cozinha e de esqueletos amontoados por tribos selvagens que habitaram o litoral americano em época pré- histórica. Também é conhecido como casqueiro, casqueira, ostreira, berbigueira, sernambí e caeiera, este último pelo fato de serem suas conchas utilizadas para fazer cal para a construção. SAMBIQUIRA - ( s.f.) - mesmo que sobrecú e curanchim; apêndice triangular que recobre as vértebras caudais das aves, onde se inserem as penas da cauda. SAMEADA - ( s.f.) - semeadura; semeada. SAMO(S) - (v.i. ) - somos. SANEFA - ( s.f.) - larga faixa de tecido que orna a parte superior das cortinas. SANGA - ( s.f.) - quirera do arroz. Fonte: PEQUENO DICIONÁRIO DE VOCÁBULOS E EXPRESSÕES CAIÇARAS DE CANANÉIA. Obra registrada sob nº 377.947-Liv.701. Fls. 107 na Fundação Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura para Edgar Jaci Teixeira – CANANÉIA –SP .


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7° aniversario do Cardume do Asfalto movimenta região EZEQUIEL DOS SANTOS Entre os dias 31 de agosto a 1º de setembro na Praia da Maranduba aconteceu mais um grandioso evento para os aficionados por motos e liberdade. As margens da SP- 55 todos podiam ver as festividades do 7º aniversario do Moto Clube Cardumes do Asfalto. No inicio já dava ver a qualidade do evento, na quinta todos foram recepcionados com uma suculenta e deliciosa peixada. Já no domingo um rico da café da manhã a beira mar. Os dias se seguiram com muito rock, churrasco para 800 convidados, lembranças e troféus a todos os MCs, muita descontração e bom humor. Nesta edição os números impressionam, foram cerca de duas mil pessoas, 189 motoclubes de todo país inscritos, duas pousadas lotadas, circulação direta de pessoas aos comércios da região e nenhum incidente registrado que possa denegrir a imagem da região. Por conta da organização não faltaram elogios ao evento que gerou recursos extras neste período de baixa temporada, muitos comércios locais se beneficiaram direta e indiretamente. Novos visitantes aparecerem nesta edição como o pessoal do Espírito Santo, região serrana do RJ, Minas Gerais, além dos costumeiros visitantes do interior de São Paulo, Vale do Paraíba, Baixada Santista e Litoral Norte Paulista. Muitos destes, contam os organizadores, nunca haviam pisado em uma praia, foi uma emoção nova e marcante, outros só foram embora na segunda pela manhã. Os participantes destacaram o entrosamento e a seriedade do evento, os patrocinadores

e colaboradores foram muito importantes nesta edição, comenta o presidente do MC Ronaldo da Silva. Ele destaca ainda a importância das policias militar e rodoviária, a equipe do DER, a prefeitura de Ubatuba e colaboradores para o sucesso do evento. A equipe já iniciou os trabalhos para a organização do próximo evento que será no último final de semana de agosto, data intencional para movimentar o comércio local, conta um dos diretores do MC. O encerramento foi marcante com som de rock dos anos 80, também pelo batizado de um

novo integrante que é da cidade de Paraty-RJ, que esteve aqui com sua esposa, para os curiosos a mostra de bicicletas estilosas daquelas que parecem motos customizadas estilo

chopper. O Cardumes do Asfalto é formado por integrantes, amigos, simpatizantes e colaboradores da região sul e que junto ao outros motoclubes realizam

outros eventos de cunho social e cultural. Para maiores informações e parcerias o MC disponibiliza seu e-mal: naldo. uba@hotmail.com (Ronaldo da Silva – Presidente).


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Voluntários lançam projeto de Educação Ambiental na Caçandoca

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Cantinho da Poesia O MONSTRO CTONICO Do meio do mato surge uma voz, Voz calma, humilde e simplória Vem convidar a todos nós; A impedir que destruam nossa história! Para um homem, qual valor da integridade? Será ele tão alto, que o faça destruir sua cidade? As vezes, menos é mais, é o que aprendemos Com o povo antigo chamado caiçara, Mas é uma pena, que hoje em dia esquecemos Que a beleza material em nosso lar é rara! Mais pessoas guerreiras, juntam-se a nós todos os dias Esperançosas em ter o mesmo fim de “Davi e Golias”. O poder adversário possui armas bem equipadas Que deixam os mais receosos atônitos; Com medo nos olhos, que espreita por cima d´água e transfere a maldade de tal monstro atômico. Porém hoje é muito mais lindo aqui fora, Pois vemos realizados os sonhos de uma Velha Senhora.

No último dia 25 de agosto quilombolas voluntárias iniciaram o trabalho de educação ambiental que trata da proteção do mangue do Rio Caçandoca. O trabalho se se baseou nas lembranças de infância de alguns moradores sobre o local, na forma de tratar o período da criação dos guaimuns e de toda lingüística, historicidade culturabilidade gerada pelo tema. A tradição oral se faz presente nos trabalhos, principalmente no que trata dos costumes e o respeito natural que os antigos caiçaras tinham pela área do mangue e seus habitantes, inclusive os humanos. O projeto visa não somente proteger a biodiversidade do mangue e a espécie de ca-

ranguejo, também a espécie quilombola caiçara com seu modo de sobrevivência histórica e cultural, a difusão do seu etnoconhecimento e etnoproteção, tendo como pano de fundo os berçários ambiental e cultural. Marlene Lopes Giraud, uma das idealizadoras do projeto, conta que “dentro desse projeto o guaiamum é o primeiro a ser estudado, o foco principal são as crianças, pois elas não ainda estão tão contaminadas nos seus ideais, daí, a idéia de trabalhar com textos infantis e com fatos que realmente ocorreram”. O trabalho conta com um livro escrito, editada e impresso em várias parcerias, cujo titulo é Georgina, que tem uma linguagem muito simples e de fácil enten-

dimento as crianças, o desenho possui um visual suave e de fácil leitura e o texto interessante e de fácil compreensão. O trabalho foi colocado em pauta em uma reunião da associação quilombola e aprovado por unanimidade. O projeto tem o apoio e colaboração técnica da PROMATA. Marlene Lopes Giraud nasceu na praia da Caçandoca, onde viveu por vários anos, segundo ela, nunca perdeu o contato com suas origens, mantendo-se sempre presente em todos os eventos que ocorrem na comunidade. Atualmente faz parte da Associação do Quilombo da Caçandoca, mora em Caraguatatuba com sua família e tem uma linda neta de quatro anos.

Então, meus caros rezemos para que tal sonho não seque Perante a este mundo inteiramente moderno, e para que o lago onde banhei-me quando moleque permaneça, com sua beleza, para todos caiçaras Eterno! Guy Jann Terra -16 anos


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Coluna da Adelina Campi

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Guia da Maranduba e Região Sul de Ubatuba 2013/2014

Como melhorar a sua auto-estima 1. Transforme os lamentos em decisões. Deixe a atitude passiva de lado e assuma para si a responsabilidade de promover mudanças. 2. Escolha objetivos possíveis, mesmo que você tenha que conquistá-los pouco a pouco. Metas inatingíveis são o caminho mais fácil para a frustração e uma nova recaída na auto-estima. 3. Trabalhe seu auto-conhecimento questionando sobre seus valores e analisando o que é realmente importante para você. Isto vai ajudá-lo a tomar decisões e mudar atitudes. 4. Assuma seus defeitos e se aceite do jeito que você é. Não se trata de ser acomodado, pelo contrário. Tente melhorar o que for possível, mas não exagere buscando perfeição em tudo. Essa busca é infinita, e você pode estar desperdiçando tempo e esforços que poderiam ser dedicados a outras atividades mais produtivas e prazeirosas. 5. Encare o fracasso como algo normal. Aproveite-o como uma lição valiosa para encarar os novos desafios, e não como prova de

incapacidade. 6. Expresse suas opiniões, desejos. Por outro lado, respeite as opiniões de outras pessoas. Respeitar não significa que você deva concordar necessariamente com elas. 7. Diversifique e amplie suas relações. 8. Pequenas atitudes podem significar muito: um telefonema, uma festa com os amigos, arrumação do quarto, etc.

Atenção: 1. Dê um passo de cada vez. Querer resolver tudo de uma vez na maioria das vezes não é uma atitude realista. 2. Não caia na tentação do álcool para esquecer os problemas e obstáculos. O melhor é enfrentá-los de forma otimista, sem subestimá-los ou, ao contrário, achar que são intransponíveis.

GARANTA JÁ SUA INSERÇÃO! Ligue: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 (12) 97813.7563 NEXTEL: 96*28016



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