Maranduba, Julho de 2014
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Ano 5 - Edição 62 Foto: Adelina Fernandes
Foto: Ezequiel dos Santos
Aldeia Renascer recebe representantes indígenas do Paraná em intercâmbio
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Os cursos do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais para este mês são: De 07 a 11 de Julho de 2014 Artesanato em ibras Vegetais – Bananeira/Papel Quilombo Fazenda Picinguaba De 10 a 12 de Julho de 2014 Viveirista – Módulo 1 Casa da Agricultura de Ubatuba De 14 a 15 de Julho de 2014 Olericultura Organica – Módulo 5 Propriedade no Rio Escuro De 21 a 23 de Julho de 2014 Artesanato em Sementes Bio Jóias Sede do Sindicato no Sertão da Quina Curso de Eletricista Dias 01, 02, 03, 08, 09 e 10 de Agosto no Sertão da Quina, restam somente sete vagas. Estão abertas as inscrições do curso de Orquídeas Tratos e Manejos Culturais Este curso poderá ser em Setembro de 2014. Contatos pelo email: tadeudosindicato@gmail.com ou pelo telefone 12 - 997273793
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Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda. Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: jornal@maranduba.com.br Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal Editor Chefe:
Emilio Campi Jornalista Responsável:
Ezequiel dos Santos - MTB 76477 Colaboradora:
Adelina Campi Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo
Professor Pérsio Jordano O futebol e o futsal estão a todo vapor, no inicio do mês passado aconteceu o campeonato municipal juvenil de futebol de campo, onde o E.C Araribá/Vila representou com muita garra a nossa região. Esta equipe já realizou três jogos: Araribá 2x1 Estufa, Araribá 2x2 Silop e Araribá 2x0 Itaguá. Com estes resultados a equipe se destaca muito na competição. Parabéns ao Régis que liderou e apoiou com muita vontade os atletas. O campeonato municipal está rolando, muitas alegrias ainda estão por vir. Já no futsal feminino está rolando dois campeonatos, a 2ª Taça Cidade de Caraguatatuba de Futsal Feminino Livre, onde as garotas do E.F. Sertãozinho anda muito bem, mesmo depois de perderem para a forte seleção de São Sebastião por 05 a 03. A equipe só cresceu, veja os resultados: E.F. Sertãozinho 01x01 Seleção de Caragua, E.F. Sertãozinho 09x00 P. Barcelona, E.F. Sertãozinho 05x01 União, E.F Sertãozinho 05 x 02 Seleção de Ilha Bela, E.F Sertãozinho 10x00 Ciase. A competição ainda esta em andamento. Também teve início no último dia 16
de junho a Taça Gatorade de Futsal Feminino sub - 15. Nesta competição as meninas do E.F. Sertãozinho estará representando nossa cidade. No último dia 28, o resultado pra nossa equipe foi a seguinte, ficamos com o terceiro lugar na competição 2ª Taça Cidade de Caraguatatuba de Futsal Feminino Livre, onde, na quadra do Tinga em Caraguatatuba amargaram uma derrota de 2 a 1 para a equipe da portuguesa da Ilhabela. As meninas do sub-15 estão na semi-final da copa Gatorade de futsal feminino Ed ainda não sabemos o adversário. Porém, ao final do encerramento desta edição o resultado do futsal feminino livre Copa Caraguatatuba de futsal feminino foi E.F. Sertãozinho 02 X 00 Ajax. Pra o futsal feminino sub-15 Copa Gatorade E.F. Sertãozinho 02 X 01 Barcelona, E.F. Sertãozinho 03 X01 Integração. Mais uma vez é a região sul de Ubatuba muito bem representada nas competições municipais e inter- municipais. Os organizadores agradecem aos apoiadores que acreditam nesta geração.
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Frio aumenta público em festas Juninas nas escolas da região EZEQUIEL DOS SANTOS As escolas municipais da região sul realizaram na primeira semana de Junho as festividades juninas em suas unidades escolares. A população compareceu em massa para prestigiar o evento. Os pais se deliciaram com os filhos, já que alguns se apresentaram ao grande público. As escolas capricharam no figurino e no enfeite ao evento. Tudo indica que o número de pessoas superou a do ano passado. Não faltaram os quitutes tradicionais e pitadas de inovação em pratos que não fazem parte do cardápio junino, mas agradou o público. A grande maioria preparou danças e apresentações sobre o tema da época. Nos dias que antecederam as festividades foi possível ver a preparação e a correria dos organizadores, professores, direção, pais, voluntários e simpatizantes. Muitos alunos contavam em casa da satisfação que sentiam em ensaiar as danças para este grande dia. Na escola Nativa Fernandes de Faria, Sertão da Quina, houve até banda para animar os convidados. A rua em frente à escola ficou tomada de pessoas que buscavam se distrair. Muitas pessoas colaboraram com esta grande festa, principalmente alguns comerciantes. A Alegria ficou por conta da banda Leões de Arame, composta pelos músicos Everaldo, Dirceu e Leandro que abrilhantaram o evento. Houve premiações aos alunos. A apresentação das crianças encheu os pais de orgulho, vários foram os pais corujas que acompanhavam atentamente os filhos dançarem. Os visitantes, pais e colaboradores
saíram satisfeitos das festas e já aguardam a do ano que vem. Um resumo do surgimento das Festas Juninas Os portugueses após o tal descobrimento do Brasil introduziram em nosso território varias características da cultura européia, como as festa juninas. Em principio estas festas surgiram no período pré-gregoriano, como uma festa pagã em comemoração à grande fertilidade da terra, às boas colheitas. Essas comemorações também aconteciam no dia 24 de junho, que para nós, era o dia de São João. Lá estas festas eram conhecidas como Joaninas e recebeu esse nome para homenagear João Batista, primo de Jesus. Assim, passou
a ser uma comemoração da igreja católica, onde homenageiam três santos: no dia 13 a festa é para Santo Antônio; no dia 24, para São João; e no dia 29, para São Pedro. Os negros e os índios que viviam no Brasil não tiveram dificuldade em se adaptar às festas juninas, pois são muito parecidas com as de suas culturas. Com o passar dos anos, as festas juninas ganharam outros símbolos característicos. Como é realizada num mês mais frio, passaram a acender enormes fogueiras para que as pessoas se aquecessem em seu redor. Várias brincadeiras entraram para a festa, como o pau de sebo, o correio elegante, os fogos de artifício, o casamento
na roça, dentre outros, com o intuito de animar ainda mais a festividade. As comidas típicas dessa festa tornaram-se presentes em razão das boas colheitas na safra de milho. Com esse cereal, por exemplo, são desenvolvidas várias receitas, como bolos, caldos, pamonhas, bolinhos fritos, curau,
pipoca, milho cozido, canjica, dentre outros. Depois de toda esta história de formação a festa junina ainda relembra muito a alegria, a fartura e a satisfação de viver em nossa terra e cultura, vista no rosto das pessoas que participaram das festas nas escolas de nossa região.
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Ubatubano Ilustre comemora mais um ano de vida
EZEQUIEL DOS SANTOS No último dia 24, sábado, a família de um Ubatubano Ilustre preparou mais uma grande festa ao patriarca Sebastião Pedro de Oliveira. Foram 89 velas assopradas e dezenas de vozes cantando os tradicionais parabéns pra você. Além da alegria de sempre, desta vez os filhos, netos, bisnetos, amigos, conhecidos e parentes cantavam ao vivo ao som da banda que animava a festa. Nem a chuva, nem o tempo ruim atrapalhou este momento em família. Enquanto rolava a festa, o aniversariante inquieto conferia se todos os convidados estavam sendo servidos e também aproveitava para cumprimentar um por um. Antes de cortarem o bolo, a família apresentou a todos o ensaio da semana, era uma bela e pura homenagem ao patriarca, uma antiga musica que se refere aos pais que muita gente conhece:
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“Meu velho pai, preste atenção no que lhe digo; Meu pobre papai querido; Enxugue as lágrimas do rosto; Porque papai que você chora tão sozinho; Me conta meu papaizinho; O que lhe causa desgosto - Estou notando que você está cansado; Meu pobre, velho adorado é seu filho que está falando; Quero saber qual é a tristeza que existe; Não quero ver você triste; Porque é que está chorando?”. Foi assim que todos soltaram a voz e a grande maioria soltou
as lágrimas e as emoções contidas da beleza e da realidade da letra da música. Já o bolo continha na cobertura a foto do patriarca no gramado da Casa de Emaús, onde ajudou a construir. Dois de seus descendentes aproveitaram a data para assoprar velinhas, o filho Adilson e o neto Roger, que completaram mais um tanto de anos de vida. Após cortar o bolo, Tião Pedro foi para seus aposentos e lá fora a festa ia de vento em popa.
Região inaugura quadra de futebol society
EZEQUIEL DOS SANTOS Com a escassez de espaços públicos para a pratica de esportes, entretenimento e encontro familiar na região, o caiçara e empresário Valdomiro Luiz de Deus inaugurou no último dia 6 de junho o Fliper Sport Center Futebol Society. O espaço conta com lanchonete, churrasqueira, vestiário e o mais importante - uma quadra em tamanho oficial (25x45 metros) nova instalada com equipamentos de excelente qualidade. “O local é mais do que um espaço para a pratica de esporte e lazer, trata-se de um ponto de encontro familiar”, comenta o proprietário que é morador da região. O empreendimento oferece também bolas novas e coletes aos atletas amadores e profissionais. As parcerias já acontecem, o Fliper Sport Center cede graciosamente o espaço
ao time de futebol feminino local treinado pelo professor Pérsio Jordano. Futuramente o time masculino também será beneficiado por esta parceria, confirma Valdomiro. O que esta bombando na quadra society é o futebol das mulheres aos domingos a tarde. Lá pelas 16 horas a quadra é aberta as atletas femininas de final de semana por uma taxa simbólica de R$ 5,00, tudo isto para estimular as mulheres a pratica deste esporte. O espaço fica a beira da Estrada Municipal do Sertão da Quina Antonio Cruz de Amorim, próximo a entrada do bairro do Ingá e ao Morro do Foge. O interessado pode agendar valores mensais e avulsos pelos telefones (12)38498399 e 997289371. Vale a pena conferir.
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Ilha Anchieta participa do Dia Mundial dos Oceanos com limpeza de suas praias EZEQUIEL DOS SANTOS No último dia 8, domingo, em comemoração ao Dia Mundial dos Oceanos, funcionários do Parque Estadual da Ilha Anchieta - PEIA, colaboradores, amigos e voluntários realizaram mais uma edição do mutirão de limpeza de praias e entorno da Unidade de Conservação. Desta vez o pente fino não ficou só com as praias. Os costões rochosos e o polígono de proteção no entorno da ilha também receberam atenção especial. A atividade começou bem cedo e terminou por volta das 15 horas, neste período foram recolhidos 30 quilos de lixo. Desta vez foram os pequenos resíduos como as pontas de cigarro e tampas de garrafas, os objetos mais recolhidos pela equipe. Voluntários do Instituto Argonauta, Aquário de Ubatuba, Filhos da Ilha acompanharam todo o processo. Segundo Luiz Bitteti, o gestor do PEIA, ano passado foi recolhido aproximadamente 200 quilos de lixo. “A diminuição do lixo na ilha e em suas águas se devem ao trabalho preventivo realizado todos os dias, principalmente nos períodos de maré cheia e após os feriados, é nossa responsabilidade cuidar deste bem tão precioso e tão importante a toda vida no planeta”, comenta Bitteti. A comemoração do Dia Mundial dos Oceanos acontece anualmente no dia 8 de junho. Neste dia é relembrada a importância dos oceanos no equilíbrio do planeta e em todo o globo são realizadas várias atividades de conscientização das pessoas para os perigos que os oceanos estão correndo. O gestor agradece a colaboração de Carlos Paiva - gestor do Píer e do Ubatuba Iate Clube nesta empreitada.
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Garota da Copa e Rainha dos Pescadores de Ubatuba é da Região Sul EZEQUIEL DOS SANTOS A Jovem Maria Alice, 16 anos, conquistou neste mês de junho dois importantes títulos para a Região Sul de Ubatuba. Primeiro foi a conquista da “Garota da Copa 2014”, realizado no último dia 14 no Pesque Pague Ubatuba. Lá 200 convidados puderam acompanhar a difícil tarefa de 13 belas garotas representarem os países integrantes desta Copa do Mundo no Brasil. Maria Alice, moradora do Sertão da Quina, representou com muita elegância e simpatia a beleza da mulher brasileira e foi à final. Os pais corujas perderam a voz na torcida, valeu a pena, foi ela a escolhida em Ubatuba para representar neste ano a beleza da Garota da Copa 2014. “Gosto muito de participar desses eventos e, ter a oportunidade e responsabilidade de representar o Brasil, foi muito gratificante. Conquistar mais um título para o Sertão da Quina também me deixou muito feliz”, comenta a campeã. Os pais contam que foi pura coincidência a filha participar deste concurso, a jovem que faz balé na FUNDART foi vista por um integrante da organização do evento a qual procurava meninas para o concurso. Maria Alice foi abordada e convidada a realizar a inscrição. O concurso priorizou meninas de vários bairros de Ubatuba e segundo os convidados e participantes foi um show de beleza caiçara. Rainha dos Pescadores 91ª Festa de São Pedro Pescador A segunda conquista aconteceu na noite do último dia 25, na 91º Festa de São Pedro Pescador onde 17 candidatas concorriam ao titulo de Rainha
dos Pescadores 2014. A festa apresentou um cronograma bem atrativo de uma semana cheia de eventos ligados a cultura e a história da formação dos primeiros povos do Brasil aqui em Ubatuba. Logo no primeiro dia foi à apresentação do concurso ao público e aos jurados da rai-
nha da festa. Antes, porém, para este dia as meninas passaram por um treinamento com os coreógrafos Eudes Soares e Renato Fernandes. “Durante 30 dias foi um trabalho dedicado a passarela. Pra mim é bem gratificante ver o desenvoltura de cada uma, estou muito contente com o
resultado, elas são ótimas”, diz o coreógrafo Eudes. Para Renato, “a rainha tem que ter postura correta, beleza, simpatia e carisma para representar bem a cidade de Ubatuba e seus pescadores, tem que dar o exemplo”, finaliza o profissional. A escolhida passa a participar de todas as
atividades culturais da festa, incluindo a tradicional Procissão Marítima. A Rainha dos Pescadores 2014 teve o patrocínio da Cida artesã do Sertão da Quina (Pedra Preta) que confeccionou um belo balaio utilizado no desfile. Com uma roupa típica, seus acessórios para o desfile (colar, pulseira, brinco) foram confeccionados pela artesã Sheila, do Sertão da Quina, que possui uma banca de artesanato na Feira da Maranduba. A colaboração das duas artesãs foi essencial para os detalhes da vestimenta que colaborou muito para esta conquista, por isso a rainha dos pescadores agradece o patrocínio. No depoimento da campeã ela destaca a importância e a responsabilidade de representar esta categoria, ela sabe o que significa o trabalho duro no mar, por isso queria este titulo. “Esse foi um dos concursos mais importantes que eu já ganhei, porque além de representar os Pescadores de Ubatuba, sei que a pesca é uma atividade muito importante no nosso município e que a cultura caiçara precisa ser valorizada e, para isso, tenho outras responsabilidades durante o ano que exige muita dedicação e vou me esforçar muito para fazer jus a esse título”, fala Maria Alice emocionada com a conquista. Com apenas 16 anos, cursa o 2º ano ensino médio, faz balé, futebol e também, quando pode, gosta de surfar com o pai dela. Quem quiser acompanhar com mais detalhes sobre o evento basta acessar: “http:// fundart.com.br/festa-de-sao-pedro-2014/rainha-dos-pescadores/” e navegar na representação da cultura caiçara.
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Prefeitura estende Festa de São Pedro por mais uma semana COMUNICAÇÃO PMU A tradicional Festa de São Pedro Pescador de Ubatuba reuniu cerca de 25 mil pessoas entre o fim da tarde da última quarta-feira e a noite do último domingo na Praça de Eventos da cidade e devido ao sucesso da festa a prefeitura decidiu estender por mais uma semana as comemorações. “Em função do sucesso do evento, da grande presença de turistas estrangeiros e da estrutura montada, decidimos estender a comemoração por mais uma semana, fazendo com que a cidade tenha atrações em uma época em que precisa de uma política pública de combate à sazonalidade”, informa o prefeito Mauricio. Nesta terça-feira, o telão instalado no espaço exibiu os últimos jogos das oitavas-de-final da Copa do Mundo. Na quarta-feira e na quinta-feira, a Vila Caiçara voltou a funcionar. A barraca da tainha na brasa não fecha e tem uma novidade: o prato ficou mais barato (R$45). Na sexta-feira, o telão exibe o jogo entre Brasil e Colômbia pelas quartas-de-final da competição e as atrações do evento continuam funcionando, inclusive neste fim de semana. O evento de cunho cultural e religioso chegou à sua 91a edição em 2014 e mais uma vez valorizou a cultura caiçara e popular. Com a cidade cheia de turistas brasileiros e estrangeiros em função da Copa, a prefeitura encontrou na festa uma oportunidade ímpar para potencializar as atividades turísticas e culturais na baixa temporada. A festa deste ano incluiu uma extensa programação cultural e artística, além das
A barraca da tainha na brasa não fecha e tem uma novidade: o prato ficou mais barato (R$45)
barracas de bebidas e comidas da culinária local. Destaque para a ampla estrutura montada para receber o evento, a maior da história, e para a Vila Caiçara, construída especialmente para exaltar as tradições da região. Destaque também para a apresentação da banda paulistana de forró Bicho de Pé, que colocou o público para dançar no domingo com seu repertório nota dez. Rainha dos Pescadores Moradora do Sertão da Quina e filha de uma família que vive da pesca, Maria Alice da Silva Rocha, 16 anos, foi eleita a Rainha dos Pescadores de 2014. Estudante do segundo ano do ensino médio E.M Thomas Ribeiro de Lima, a jovem gosta de futebol, ballet e é apaixonada pelo surf. “Fico muito feliz em ter vencido o concurso. Primeiro por ser uma conquista pessoal minha. Mas o mais importante é que sou caiçara, filha de pescadores e minha vitória
representa a valorização da nossa cultura e da nossa gente. Precisamos muito valorizar nossas tradições”, pontua a jovem. Vila Caiçara Construída especialmente para exaltar as tradições e a cultura caiçara, a Vila Caiçara fez sucesso durante a festa. O espaço reproduziu fielmente a estética das moradias locais, com paredes de pau a pique, decoração típica, janelas de bambu, fogão à lenha e panelas de ferro. De acordo com Maurici Romeu da Silva, pescador e secretário municipal de Pesca, Agricultura e Abastecimento, os principais objetivos da ação são resgatar e promover a identidade cultural caiçara durante o evento. “Nas duas festas de São Pedro que organizamos desde que assumimos a prefeitura fizemos questão de montar a estrutura da Vila Caiçara. Com ela, mantemos vivas nossas tradições mais antigas e apresentamos sua beleza à nossa
população e aos visitantes”, conta Romeu. Um dos responsáveis pela construção da vila, Mario Gato, reafirma as palavras de Maurici. Para ele, a Festa de São Pedro nasceu do povo e é fundamental apresentar o modo de vida de quem a criou. “Esse espaço busca recuperar o que deixaram de lado. Ele também representa as nossas comunidades e a preservação dos nossos costumes. Temos um imenso orgulho de tudo isso”, diz Mario. Dentro da programação da festa, o Fórum das Comunidades Tradicionais Indígenas, Quilombolas e Caiçaras de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba lançaram a campanha Preservar é Resistir. O objetivo da iniciativa é garantir a manutenção dos territórios tradicionais e preservar o estilo de vida das populações que neles residem. Tradição Uma série de eventos tradicionais ditaram o ritmo das comemorações da Festa de
São Pedro. Na quarta-feira, a abertura reuniu guardas-mirins, o prefeito Mauiricio (PT), autoridades locais e devotos, que deram início ao evento com uma procissão. A solenidade exaltou a imagem de São Pedro e a estátua foi colocada em um altar na pequena capela da Vila Caiçara. Na sexta-feira, o Grupo Fandango Ubatubano apresentou-se também na área da vila. Na manhã de sábado, aconteceu a tradicionalíssima chegada da Folia do Divino na Barra dos Pescadores. No domingo, a cultura caiçara tomou conta da programação com a Corrida de Canoas e a Procissão de Barcos. Já a barraca da Tainha serviu o peixe na brasa e o sabor da comida encantou os visitantes, sobretudo os estrangeiros. Shows Ponto alto das festas, ótimos shows de música popular animaram o público presente na Praça de Eventos. A programação contou com nomes de destaque do cenário local, como a Praieira e a dupla Nako e Rafael, e incluiu uma apresentação da Bicho de Pé, banda de forró que anda fazendo sucesso em um programa da Rede Globo. “Mais que uma honra, tocar na festa de São Pedro é uma missão para nós da Praieira”, afirmou Jan Kedzuh, caiçara e vocalista da banda. “Como vivemos tocando fora da cidade na maior parte do ano, criamos uma grande expectativa para apresentar nosso som neste evento, tão importante e bacana para nossa comunidade”, completa.
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Aldeia Renascer recebe representantes indígenas do Paraná em intercâmbio EMILIO CAMPI A Aldeia Renascer (YWYTY-GUAÇU) localizada no bairro do Corcovado, em Ubatuba-SP, recebeu no último dia 16/06 a visita de aproximadamente 100 integrantes de cinco aldeias de origem Caingangue e Guarani oriunda da região norte do estado do Paraná. Segundo o cacique AWA, anfitrião do evento, este encontro teve a finalidade de promover um intercâmbio entre as etnias que pertencem ao mesmo tronco linguístico e possuem parentesco entre si. Na abertura do evento foi realizada uma cerimônia religiosa (MBORAI-ETÉ) onde Dercílio da Silva (WURE EDJKUE) o AMÕI (pessoa mais idosa da tribo) pediu a proteção de NHANDERU, o Deus trovão e realizador de toda a criação para o bom andamento dos trabalhos. Entre os assuntos discutidos foram relatadas experiências das diversas tribos com relação à educação, sistema de plantio, demarcações de terra, interação com a FUNAI e outros assuntos visando o bem comum da população indígena. Todos os representantes das tribos e entidades fizeram suas apresentações e discutiram suas experiências, anseios e projetos para o futuro. As entidades oficiais também esclareceram várias dúvidas concernentes a proporcionar uma melhor condição de vida para a população indígena presente. Entre os participantes estiveram representantes das aldeias de Laranjinha, Santa Amélia, Barão de Antonina, São Jerônimo da Serra, Pinhalzinho além de representantes do PBA (Projeto Básico
Fotos: Adelina Fernandes/Gatuchinha
Ambiental), EMATER (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), COPEL e da FUNAI. Após o almoço o cacique AWA levou os visitantes para conhecer os arredores da Aldeia. Os visitantes ficaram
encantados com a localização da aldeia devido ela estar integrada completamente com a natureza. A riqueza da biodiversidade, os rios e o imponente pico do Corcovado do qual se tem uma vista magnífica encantaram a todos.
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Índios da etnia Caingangue e Guarani se encantam com a beleza de Ubatuba Os visitantes das aldeias do Norte do Paraná ficaram encantados com a beleza natural onde a Aldeia Renascer está localizada. Eloy Jacinto (AWA NBOADU) e o Cacique Marcio da aldeia Laranjinha comentaram sobre o privilégio que a Aldeia Renascer estar localizada em meio a mata nativa, muito difetente da su região onde o desmatamento descaracterizou toda a paisagem. O ancião Dercílio da Silva (WURE EDJAKUE) e sua esposa Maria de Lourdes Lourenço (REROKAIDJU) também elogiaram a região fazendo menção de como é importante a preservação das matas e a importância da preservação da cultura indígena. Os representantes do PBA (Projeto Básico ambiental), Maicon, Aloísio e Diego também elogiaram a forma como a Aldeia Renascer vem trabalhando em sua infraestrutura, enaltecendo as conquistas que o Cacique AWA e seu filho, o Vice Cacique Cristiano Lima trouxeram para o local. Uma apresentação de dança típica foi realizada pelas crianças e jovens da aldeia, o que enriqueceu ainda mais esse maravilhoso intercâmbio entre os descendentes de um povo genuinamente bresileiro.
Fotos: Adelina Fernandes/Gatuchinha
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Novos veículos para transporte de pacientes estão à disposição da população COMUNICAÇÃO PMU Vans começaram a rodar nesta semana e trazem mais conforto e comodidade para os pacientes ubatubenses As duas Vans para transportar pacientes compradas pela prefeitura de Ubatuba e pela Câmara Municipal já estão à disposição da população. Os veículos, devidamente equipados e adesivados, começaram a rodar nesta semana, trazendo mais conforto e comodidade para os ubatubenses que precisam se descolar para tratamentos médicos. Portador de um tumor no
cérebro, Silvio Silva, 47 anos, morador do Ipiranguinha, necessita de tratamento continuo e vai a São Paulo desde 1985. “Sempre faço as viagens pela prefeitura e agora, com as novas vans, ficou bem melhor e mais confortável”, contou Silva. Gilberto Lopes, 22 anos, morador da Lagoinha, sofre de uma deficiência no coração e precisa frequentar o Incor (Instituto do Coração), também na capital paulista, com frequência. “Fizemos a viagem nesta semana em quatro pessoas e foi
muito confortável e tranquila”, confirma Lopes. Secretária adjunta de Saúde, Mari Ângela Bezerra informa que a chegadas das vans vai melhorar não só a qualidade de assistência aos pacientes, mas também as condições de trabalho dos motoristas. “Outro ponto importante é que vamos diminuir a espera e o tempo das viagens”, comenta Mari. Ainda segundo Mari Ângela, a expectativa da pasta, a médio prazo, é renovar a frota até a população de Ubatuba ter um transporte digno, gratuito e de qualidade.
Atletas ubatubenses disputam Jogos Regionais em Caraguatatuba COMUNICAÇÃO PMU Delegação de Ubatuba vai às disputas com 160 atletas, que competem em 24 modalidades diferentes Os Jogos Regionais de 2014 começam nesta quarta-feira, dia 2 de julho, e estendem-se até o próximo dia 12 de julho em Caraguatatuba. A delegação ubatubense vai às disputas com 160 atletas, que competem em 24 modalidades diferentes. Destaque para a equipe de Ginástica Rítmica, comandada pela professora Joyce Parada Suguimoto. Atual campeã da 1ª divisão dos jogos, ela chega como um das favoritas para as disputas deste ano. “As meninas estão muito bem preparadas. Estamos confiantes pra mais uma vitória”, informa Suguimoto. Outra modalidade onde Ubatuba se destaca é o Futebol de Campo. Em 2013, o time ubatubense foi vice-campeão. Na natação, também temos atletas expoentes, com bons
resultados em competições de âmbito nacional e até mesmo mundial. Excelentes nadadores, Maurcí Rubens Pereira Filho, Cauê Rodrigues de Freitas e Ricardo Miranda Gouvea defendem a bandeira da cidade com muita categoria. 58º Jogos Regionais O 58º Jogos Regionais é uma realização da Secretaria de Esporte, Juventude e Lazer do Estado de São Paulo em parceria com o Governo Municipal de Caraguatatuba. Atletas de municípios do Vale do Paraíba, Litoral Norte, Serra da Mantiqueira e parte da gran-
de São Paulo (2ª região esportiva do Estado de São Paulo) competem em 24 modalidades esportivas, entre elas Atletismo, Atletismo PCD, Basquetebol, Biribol, Bocha, Capoeira, Ciclismo, Damas, Futebol, Futsal, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Handebol, Judô, Karatê, Malha, Natação, Natação PCD, Taekwondo, Tênis, Tênis de Mesa, Vôlei de Praia, Voleibol e Xadrez. Nesta edição do evento, serão também inseridas as modalidades extras: Beach Soccer, Futebol de Mesa, Rugby Beach, Stand up e Futevôlei.
Prefeitura de Ubatuba reforma na Ponte da Caçandoca
A Administração Regional Sul e a Secretaria de Obras de Ubatuba executaram nesta semana a troca do madeiramento da Ponte da Caçandoca, importante passagem para os moradores da região.
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Cambuci ganha festival gastronômico em Caragua EZEQUIEL DOS SANTOS Cambuci é uma fruta conhecida dos antigos e novos moradores do Litoral Paulista e Vale do Paraíba. Na região sul de Ubatuba ela é comumente utilizada para ser colocada na cachaça e dar um toque regional a bebida. Muita gente ainda não conhece sua rica propriedade em vitamina C e antioxidantes, que além de fornecer um delicioso suco ajuda a prover de renda as comunidades que foram impedidas de sobreviverem depois da criação das Unidades de Conservação no litoral e vale. Segundo os organizadores o Cambuci já era utilizado pelos índios e também por bandeirantes e tropeiros na cachaça e xarope, doces e outros produtos. Por aqui não é diferente existem varias propriedades que mantém pés de Cambuci para uso e manutenção da biodiversidade local. Desta vez a Rota Gastronômica do Cambuci chega a Caraguatatuba e acontecerá no Núcleo Caraguatatuba do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), no dia 6 de julho, das 9h30 às 18h. Devido à importância da fruta para o Vale do Paraíba e Litoral Norte, foi criado este evento que viaja pelas cidades, trazendo ao público os aspectos gastronômicos, históricos, culturais, ambientais, econômicos e turísticos desta deliciosa fruta. Os antigos moradores já sabiam da sua importância ao meio histórico, cultural e ambiental para a manutenção da vida da população e da Mata Atlântica. Assim como outras frutas ela era consumida das mais variadas formas, mas principalmente
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diretamente. Também serve de fonte de alimentos a vários animais em seu meio natural, no passado era comum haver uma interação entre homens e seres da floresta por causa das frutas, entre elas o Cambuci. Existem varias propriedades que foram invadidas pelo estado na ocasião da criação dos Parques Estaduais e que muita gente deixou de cuidar de suas áreas, onde existem frutíferas, por conta dos problemas em que o mesmo estado acarreta a varias gerações de moradores. Com o intuito de melhorar a situação criada no passado existe consenso em dizer que esta
situação é insustentável e só uma proposta propositiva é possível agregar valor aos dois lados. Segundo o gestor do PESM – Núcleo Caraguatatuba, Miguel Nema Neto, o cultivo de frutos como o cambuci tem o poder de transformar a realidade, tanto das unidades de conservação, como das comunidades do entorno. “Projetos como este têm uma função socioambiental de grande importância, uma vez que promove o uso sustentável dos recursos, o que pode resultar em uma melhoria na qualidade de vida. A Rota do Cambuci tem como objetivo, preservar e resgatar a história da região, principalmente gerando renda
e fortalecendo a estratégia de conservação ambiental”. O evento conta ainda com brincadeiras para as crianças, informações sobre o parque, apresentações musicais e teatrais, exposição e venda de artesanatos e produtos à base de Cambuci das seguintes cidades: Ribeirão Pires, com Chocolateiras e os produtores da Estrela do Campo; São Lourenço da Serra, com a Doçaria Artesanal e os produtores do Rancho Inhame Bravo e Cia das Cachaças; Prefeitura de Paraibuna com seus produtores, produtores locais de Caraguatatuba, Salesópolis e Natividade da Serra. O evento em Caraguatatuba conta com a parceria da Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba (FUNDACC) e Prefeitura de Caraguatatuba. O Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Caraguatatuba, fica na Rua do Horto Florestal, 1200, bairro Rio do Ouro. Para mais informações sobre o parque, acesse: http://www.ambiente. sp.gov.br/parque-serra-do-mar-nucleo-caraguatatuba/ , ligue para (12) 3882-5999, ou entre em contato pelo e-mail:pesm.caragua@fflorestal. sp.gov.br . Confira a programação completa e prestigie! 9h30 – Abertura do evento 11h – Apresentação Orquestra de Viola Caipira FUNDACC – Estrela de Ouro 14h – Apresentação Teatral Centro Comunitário Rio do Ouro, FUNDACC – prof. Guilherme 15h – Apresentação Camerata de Cordas – FUNDACC 18h – Agradecimentos e encerramento do evento
Argentinos comemoram na Praça de Eventos de Ubatuba
COMUNICAÇÃO PMU Um grupo de pelo menos 20 argentinos assistiu a partida decisiva das oitavas-de-final da Copa do Mundo na Praça de Eventos de Ubatuba. A equipe de comunicação da prefeitura bateu um papo com os hermanos, que foram ao delírio com a classificação da sua seleção. Juan Rodrigues, 27 anos, morador da cidade de Rosario, conta que veio de carro para São Paulo. “A viagem demorou três dias. Como não consegui ingresso para ver a partida no Itaquerão, decidi visitar as cidades do Litoral Norte paulista e me deparei com esse imen-
so telão. Achei incrível”, opina Juan. Já a professora Cristina Sanches, 34 anos, de Buenos Aires, chegou a São Paulo com o marido no fim de semana e também acabou sem ingresso. “Ficamos na esperança de comprar, mas não deu certo, então resolvemos aproveitar para conhecer Ubatuba e Ilhabela, cidades que sempre ouvimos falar bem”, comenta. O telão instalado na Praça de Eventos de Ubatuba vai exibir todos os jogos da competição e com o período da Festa de São Pedro Pescador estendido até domingo, os próximos dias prometem ser muito agitados na cidade.
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“Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invasão e retomada da Ilha” Parte 4 Jornais da época enviaram seus melhores repórteres para descrever a maior rebelião do planeta que aconteceu em nossa região, sobreviventes ajudam a contar a história.
EZEQUIEL DOS SANTOS “Jornal Última Hora - Edição 4 (1º caderno) São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1952”, continuando a reportagem, já no meio da edição, está o resumo, segundo os repórteres de como tudo começou. O Praça João de Campos relata aos repórteres da seguinte forma: 117 presos estavam cortando lenha na encosta da ilha. Isso era uma pratica comum já que a lenha era o único combustível para uso na cozinha, principalmente. Naquele fatídico dia eles já tinham seu plano de fuga formulado e aguardaram para colocar em pratica. Como parte do plano, uma semana antes um preso havia empreendido fuga para chamar atenção do maior numero de soldados da ilha de forma a enfraquecer a guarnição. Foi então que na manhã de sexta-feira acharam que seria o melhor momento para executar a rebelião. Nesta situação a guarnição contou apenas com 20 soldados para mais de 400 presos. Na encosta os presos do corte de lenha dominaram a escolta. Com a tomada das armas dos soldados aproximaram-se do presídio. Foram primeiramente ao deposito de armas no quartel, lá mataram o encarregado, apossaram-se de cinco automáticas, 30 rifles, 40 revolveres, bombas de efeito moral e uma grande quantidade de munição. Em seguida, os evadidos entraram no alojamento dos praças, onde encontraram vários soldados despreocupados, uns conversando, outros fazendo a barba. Imaginem o aconteceu, alguns foram dominados e outros mortos. Já o depoimento do soldado Celso de Jesus, ainda tenso e alerta sobre o efeito chocante do ocorrido, entrevistado pelo repórter Celso Jardim, diz que todos pareciam vitimas de uma loucura coletiva, que ninguém conseguia controlar a embriagues por sangue dos amotinados. Este soldado havia sido baleado pelos piores facínoras do presídio o “China Show” e “Alemãozinho”,
gue, arquejante e com uma ponta de vida ainda consegue dizer a Celso: “Fechou o tempo! Estamos desgraçados!”. Celso fala ao companheiro estendido no chão que iria para campo e que se puder voltaria ou mandaria alguém pega-lo, isto é, se ainda estiver vivo. Ele teve forças ainda para um grito. O soldado foi para fora no intuito de se armar, tinha agora que, além de se proteger, lutar contra os facínoras e manter-se vivo para não ser trucidado. Enquanto corria pensava nas mulheres e crianças da ilha, o que seria deles? Celso disse que em meio aquele inferno algo poderia acontecer, seu fim estava próximo, pensava. Atirado ao chão para se proteger, vê novamente o China, que pulava os muros das casas como se fosse um índio astuto. Assim que o vê, faz pontaria em sua direção. Ele dispara e em seguida o soldado sai correndo, ele conta que ouviu alguns zunidos de projeteis passarem pelos lados. Na correria ainda troca desaforos com o algoz: “Bandido! Patife!”. Agora que havia conseguido escapar corre pra casa do capitão Gaby. Desta vez ele não pediu licença. Meteu o pé na porta gritando pelos aposentos: “Capitão! Capitão!”. A casa estava abandonada, o que será que aconteceu? Saberemos na próxima edição.
que segundo os sobreviventes eram os capazes das maiores atrocidades e que junto a outros fugitivos transformaram a ilha numa “onda de sangue”. O soldado conta que foi dormir no dia anterior muito cansado e que não desconfiava de nada do que ocorreriam naquele dia, os presos não deram sinal de nada, foi tudo muito bem planejado. Lembra-se que dormiu profundamente e acordou as 8:30 hs com barulhos de tiros
e gritos, levantou assustado e seu primeiro impulso era o de correr para o posto do quartel, a meio caminho se depara com os dois meliantes. Armado com um mosquetão China Show grita ao soldado: “Se tu és homem dê mais um passo cachorro!” Alemãozinho louco de ódio logo diz ao companheiro: “Passa fogo, passa fogo!”, Lembro-me que Alemãozinho estava com a maior cara de ódio que já viu na vida, conta o soldado ao
repórter da época. O soldado não pensa duas vezes e sai correndo, China não perde a vontade e ouvindo a orientação do amigo bandido alveja o soldado com um tiro no braço com o mosquetão. Mesmo assim, exausto e ensanguentado Celso continua correndo até alcançar o quartel. Pensou ele – “cheguei tarde!”, a desgraça já havia passado por lá. Na casa de armas o soldado Oscar dos Santos, estendido e ensopado em seu próprio san-
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Fidencio velho e alguns de seus “causos” ZECA PEDRO O “Seo” Fidencio, melhor Fidencio Manoel de Oliveira, nascido em 16 de novembro de 1907, ainda vivo, passou do seu século de vida faz tempo e nós quando moleques tínhamos o prazer de ouvir suas histórias, muitas delas caíram no gosto popular de nossa região, outras já fazem parte de nossa cultura popular, que aos poucos, infelizmente, vai se acabando. Mas tem algumas que me “alembro” bem. “Vamo lá”! A faca mais afiada do mundo - Lembro que numa pescaria que ele fez lá pro lado do Camaroeiro na Vila de Santo Antonio (Caraguatatuba) onde tava dando muito peixe, vinha gente com “balaiada até o tampo”. Seu Fidencio, homem simples, trabalhador também queria o seu quinhão. Afinal naquela época vivíamos do sistema rotacionado de uso da natureza, tínhamos que nos alimentar e a floresta e o mar nos dava o que precisávamos, bastava respeitar seu ciclo, seu tempo pra termos tudo, até sossego. Então Fidencio disse-nos que havia levado apenas uma jogada de anzol, por azar o baiacu havia comido a linha e levado tudo, ficando apenas com um pedaço de linha arrebentada e a vara de Bacupari na mão. O que fazer? Todo mundo pegando peixe e eu nada! Então ele pegou
uma faca velha que tava presa ao cinto de corda, afiou-a mais do que podia e a amarrou no que sobrou da linha. Todos olhavam e desaprovavam seu novo petrecho de pesca. Bom ele pinchou a faca no mar, que ia virando por causa da água e ia cortando os peixes em pedaços que “aboiavam” na flor da água. Assim ele encheu seu balaio mais rápido do que os outros. Enquanto as pessoas iam com a farinha, Fidencio voltava com os peixes cortado em pedaços. Mandioca Numa época ruim de caça pra se alimentar Fidencio resolveu aumentar o seu “arquere”, seu “quinhão” de farinha de mandioca. Rumou pra roça, lá pros lado do Taquari (Pedra Preta) onde tinha uma boa plantação. As mandiocas “grendes” eram separadas pra levar a casa de farinha. Lá com a esposa Maria começou a preparar a raiz para ralar no viamento. Ele na roda transformava força bruta em energia mecânica para que a esposa sentada pudesse transformar a raiz em goma, depois ia pro tipiti com folhas de cana e pra prensa de fuso ou arataca secar. Na hora de ralar, Seu Fidencio que estava embaixo percebeu que estava descendo mandioca ralada
com sangue. Assustado ele pergunta a sua companheira se ele havia ralado o dedo, ela responde que não, então eles param pra procurar o que estava acontecendo e descobriram que infelizmente haviam ralado uma cutia que estava dentro de uma das raízes de mandioca. Isso sim era mandioca “grende”. O cachorro do outro lado do rio No mesmo “mandiocá” do Taquari, em dias normais de trabalho Fidencio ia com seu fiel cachorro, quase um amigo pra todas as horas. Como um gato, o seu cachorro não gostava de água, quanto mais nadar. Os bichos do mato então aproveitavam a situação pra provocar o cão do outro lado do rio. A rotina era a mesma, ia bem cedo e voltava a tarde-
zinha, no horário combinado o cachorro vinha e o acompanhava até em casa. Porém numa manhã de muito sol ele ouviu o cachorro latir bastante, saiu do seu acero e foi em direção ao rio, onde viu seu amigo de quatro patas do outro lado do rio. “Diacho! Como é que essa “porquera” “passo” o rio? “Jisusvaleime!”. Bom ele voltou, mas o cachorro nada. No outro dia pela manhã ele foi a beira do rio e viu seu fiel companheiro latindo. Insistindo ele chamava o cão por um tempão, quando deu as costas pro animal viu que ele estava ali do seu lado. Intrigado começou a seguir suas pegadas que não fazia sentido já que conduzia o homem a um eito de ramas de mandiocas perto do rio no meio de uma “toceira” de capim alto. Foi quando a surpresa ver o cachorro que entrou pelo capim e em dois minutos estava do outro lado do rio. Curioso que só investigou e descobriu o feito, a raiz de mandioca era tão grande e grossa que o cachorro cavoucou por dentro fazendo dela um túnel, assim ele passava o rio por dentro da mandioca e alcançava o outro lado sem se molhar. Diz ele que é a mais pura verdade “lhéi só!”
Macuco na Panela delivery Na época de caça Fidencio era “bão”. Mas tinha os dias que nada dava certo até chegar em casa, pelo menos. Lá a Dona Maria sempre deixava um “cardeirão” no fogo pra alguma eventualidade. Num capão de mato bem pra cima de sua casa ele e sua inseparável espingarda Henrique Laporte calibre 40 avistaram um macuco num galho de pau. Olhou pros lados e viu que aquele seria o jantar daquele dia, só que estava em meio a muitos galhos, mas ia tentar. Preparou, apontou e disparou em direção a janta, mas infelizmente os chumbos acertaram mais galhos que a ave, que passou “avoando” por “riba” da sua cabeça. Chateado, rumou pra casa na intenção de colher alguns ovos no galinheiro pra jantar, porém viu umas penas diferentes perto do tanque. Perguntou pra mulher se havia limpado alguma galinha, o que não podia, já que só tinha poedeira. Maria disse que o marido estava ruim de caça mesmo, porque um macuco havia caído na frente dela no quintal, ela então “ligera” na oportunidade pegou, limpou e cozinhou na panela, já que água estava fervendo a um tempão, tudo isso sem disparar um único tiro. Isso que é sorte! * * * Zeca Pedro, 74, é caiçara da gema e personagem real de nossa história regional, homem que acompanhou e guardou muitas recordações e histórias de nossa rica cultura, também é de uma geração que acompanhou muitas transformações de nossa terra e nas horas vagas é colaborador do Jornal Maranduba News e que na próxima edição contará outras história de Fidencio.
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A um pouco de “rapé, fumo de corda, cigarrilhas e cigarros” até a década de 1960 EZEQUIEL DOS SANTOS Numa boa roda de conversa, descobri nomes e marcas de cigarros de décadas atrás, pior, contadas por quem vivenciou esta época e que eu não tinha a mínima idéia que existiam. Desta vez, eu, rodeado de 230 anos de muita história tagarelando as marcas de cigarros que existiam entre as décadas de 1920 até finais de 1960. Gente simples que sentia charmoso ao ascender um cigarro. Naquela época trocava-se serviços por maços de cigarro, gentilezas por um cigarro, golpes na praça por caixas e caixas de cigarro, por exemplo. Esta boa prosa foi com o José Salomão das Chagas, 84, Seu Célio, 70 anos, os dois ligados diretamente a história da rebelião na Ilha Anchieta e do caiçara ubatubano Roquinho Nunes, 60. Segundo eles, ou se fazia o fumo em casa ou comprava em charutaria, churrascaria, cabarés e restaurantes. Vendas e botequins não possuíam cigarros de marcas caras, os considerados chiques. Os mais comuns da época eram os “rebenta peito” (fumo egípcio) como Mistura Fina, Continental, Beverly, Miss Tigre, Macedonia. Já os considerados meia boca, os utilizados pela classe média eram o Saratoga e Trezentos Postais. Para os ricos e bacanas era o “tar” (tal) de “óliúdi” (hollywood), “ócsfórdi” (oxford) como diz seu Chagas. Também havia o Coliseu, Luiz XV, Pullman e o Negritus Açucarado, cujo papel era adocicado, lembra seu Célio. Os fumos de corda conhecidos eram Poço Fundo e Goiano. “Meus pais diziam que mulher que fumava era considerada “biscaite” e que usava “carça” comprida era mulher em dúvida”, fala seu Chagas se referindo aos costumes da época. Vale lembrar que os “rebenta peito” eram assim chamados por não possu-
írem filtro, então a classe mais pobre adquiria as marcas que vinham de fábrica com o desenho do filtro estampado do lado de fora do cigarro. O legal da conversa era a forma em que eles contavam as tragédias, os suspenses e as vitórias em que sempre havia um maço de cigarros envolvido. Quem não se lembra de uma história assim antes da década de 1990? Para algumas histórias as risadas de Célio denunciavam que havia mais angu neste caroço do se imagina, algumas eu não posso contar. No presídio da Ilha Anchieta, segundo seu Chagas, alguns “sordados” trocavam serviços em troca de cigarros, outros tiravam sentinelas de outros para terem uma grana extra para comprar as cartelas. Alguns, conta Seu Célio, tinham o apelido de alguma marca de cigarro de tanto ser pidão, mas só pedia determinada marca. Mas o que despertou a curiosidade eram as cartelas, o design das embalagens e não seu consumo, seu vicio. A lembrança dos entrevistados era mais ligada aos detalhes das embalagens, o tamanho dos cigarros, os cheiros distintos, o dulçor das palhas que os envolviam e o aroma, se podem dizer assim, do pós-fumo, aquele cheiro nada agradável depois que o cigarro era consumido. Por conta desta prosa sem versos e pelo interesse em verificar e analisar as técnicas de marketing utilizados na época para produzirem embalagens, que cada vez ficava mais atraente, a Associação dos Colecionadores de Embalagens de Cigarros e Afins – Aceca, informa que existiam outras marcas daquele período além dos lembrados pelos entrevistados e algumas sobrevivem até hoje como o Hollywood. Desde daquela época as
marcas mais comuns eram: Aspásia, Sir, Star, Fulgor, Selma, Yolanda, Everest, Lincoln, Misbela, Vai e Vem, Hípicos, Petilondrinos, Castelões, Liberty, SS, Astória, Finesse, St. Moritz, Urca, Super Finos, Cairo, Kentucky, Charm, Fulgor, Luxor, Louvre, Veado, Peter Stuyvesant, Columbia, Monitor, Kent, Fio de Ouro, Lord, Big Bem, Líricos, Elmo liso e com ponta, Neusa, cigarrilhas Tálviz, cigarro mentolado (já comprado pronto ou você passava o bastão de menta no papel). Era comum ouvir nossas avós dizendo que alguém ia “cheirá rapé”. Seu Célio e Seu Chagas ainda se lembraram das únicas fabricas de cigarros existentes que eram a Companhia Souza Cruz de Cigarros e a Companhia Castelões. Os de caixinha (box) começaram a ser distribuídos para serem consumidos em aviões, naquela época era permitido fumar em qualquer lugar. Uma das sacadas mais engraçadas de criar marcas era de pensar no atendimento rápido, por exemplo, alguém poderia parar em frente a um comércio e de longe perguntar: Tem cigarro? Tem sim! Que marca tem? Daí saia um menino de dentro do comércio já com a carteira de cigarros para entregar ao viajante – cigarros Mark Tem. O primeiro cigarro produzido no Brasil foi o de marca Dalila em 25 de abril de 1903 por Albino Souza Cruz, mal sabia ele que criara um dos maiores impérios mundiais do tabaco, também que seria o causador de milhões de mortos e doentes por conta deste vicio assustador no país. Já no final da prosa e depois de muita conversa e o tempo querendo mudar seu Célio acendeu um cigarro, que não me lembro a marca, e partimos, mas que ficou combinado que teríamos outro dedo de prosa ficou.
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Solicite o tombamento e ajude a salvar uma árvore
Coluna da Adelina Campi
O Amor Em uma sala de aula havia várias crianças. Quando uma delas perguntou à professora: - Professora, o que é o amor? A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera. Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e que trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor. As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora disse: - Quero que cada um mostre o que trouxe consigo. A primeira criança disse: - Eu trouxe esta flor, não é linda? A segunda criança falou: - Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção. A terceira criança completou: - Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do
ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha? E assim as crianças foram se colocando. Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.
A professora se dirigiu a ela e perguntou: - Meu bem, porque você nada trouxe? E a criança, timidamente, respondeu: - Desculpe, professora. Vi a flor e senti o seu perfume, pensei em arrancá-la, mas
preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas ao subir na árvore notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto, professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe? A professora agradeceu, pois ela fora a única criança que percebera que só podemos trazer o amor no coração. *
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“Todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem. Deus quer que ajudemos aos animais, se necessitam de ajuda. Todas as criaturas em desgraça têm o mesmo direito a ser protegido”. - São Francisco de Assis
Qualquer cidadão pode solicitar que uma árvore seja declarada imune ao corte através de requerimento O tombamento de árvores no Brasil é garantido pelo Artigo 7° do Código Florestal (Lei Federal 4771/65) e em nosso município pela Lei Municipal 3531/12. Qualquer cidadão pode solicitar que uma árvore seja declarada imune ao corte através de requerimento protocolado na Gerência de Expediente de Documentos e Protocolo (GEDP). Para isso, é preciso informar a localização precisa, características gerais relacionadas
com a espécie, o porte e a justificativa para a sua proteção, em local público ou de propriedade do solicitante. O requerimento é avaliado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e deve ser emitido um parecer favorável. O prefeito, por fim, oficializa esta declaração através de Decreto. As árvores declaradas imunes ao corte são monitoradas mais de perto pela fiscalização e sua poda ou corte têm penalidades maiores do que o normal. Para obter mais informações, entre em contato pelo telefone (0xx12) 3833-4541.